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Teste Diagnóstico

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Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
 
 TESTE DIAGNÓSTICO. 
Todas às vezes em que somos submetidos à um teste diagnóstico, são 
obtidos resultados que irão levar ao diagnóstico. Só que, como 
sabemos, não existe 100% de certeza de você fazer o exame e o 
resultado sair de acordo com a realidade. 
Se o exame consegue identificar bem os doentes  SENSÍVEL 
Se o exame consegue identificar bem os sadios  ESPECÍFICO 
 
TABELA DE CONTINGÊNCIA ou TABELA 2X2 
 
Aqui você tem o resultado do teste que a ser avaliado e uma 
confirmação se a pessoa realmente estava com a doença. 
 
SENSIBILIDADE 
S = A/A+C 
 Proporção de verdadeiros positivos entre todos os doentes. 
 Expressa a probabilidade de um teste dar positivo na presença 
de doença. 
 Avalia a capacidade do teste detectar a doença quando ela está 
de fato presente. 
 
ESPECIFICIDADE 
E = D/B+D 
 Proporção de verdadeiros negativos entre os sadios; 
 Expressa a probabilidade de um teste dar negativo na ausência 
da doença; 
 Avalia a capacidade do teste afastar a doença quando ela está 
ausente; 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
 
VALOR PREDITIVO POSITIVO (VPP) 
VPP = A/A+B 
 A proporção de verdadeiros-positivos entre todos os indivíduos 
com teste positivo. 
 Expressa a probabilidade de um paciente com teste positivo ter a 
doença. 
 Avalia-se o quanto o teste conseguiu acertar. 
 
VALOR PREDITIVO NEGATIVO (VPN) 
VPN = D/C+D 
 A proporção de verdadeiros-negativos entre todos os indivíduos 
com teste negativo. 
 Expressa a probabilidade de um paciente com teste negativo não 
ter a doença. 
 
Ex: Um inquérito soro-epidemiológico para a detecção de anticorpos 
IgM contra o antígeno da rubéola foi realizado em 100 pacientes. O 
médico assistente diagnosticou clinicamente a doença em 60% dos 
pacientes. O exame sorológico resultou positivo em 90 pacientes. 
Dentre esses pacientes, constatou-se que, em 55, o médico havia 
diagnosticado a doença. Não houve erro no diagnostico laboratorial 
da doença. Com base nessas informações: 
A) Construa a tabela 2x2 e calcule a sensibilidade, a especificidade e 
os valores preditivos do diagnóstico do médico assistente, 
considerando o exame sorológico como padrão-ouro. 
 
 
 
Sensibilidade = 61% 
Especificidade = 50% 
VPP = 91% 
VPN = 12,5% 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
 
B) Comente os resultados 
Esses achados indicam que o médico possui uma boa habilidade para 
diagnosticar a doença (VPP alto), entretanto, sua habilidade para afastá-
la é muito baixa (VPN baixíssimo). Uma hipótese plausível pode ser 
explicada devido ao amplo espectro clínico da doença, ou seja, quando o 
quadro clínico é muito exuberante, fica mais fácil encontrar uma 
concordância entre a sorologia e o diagnóstico clínico, entretanto, a 
rubéola pode se apresentar de maneira pouco específica 
(oligossintomática) em muitos casos, dificultando o diagnóstico clínico. 
 
DETERMINANTES DO VALOR PREDITIVO 
É possível determinar o valor preditivo antes do paciente fazer o teste 
Determinado pela: 
 Sensibilidade e especificidade 
 Prevalência da doença na população testada 
Prevalência = probabilidade de o indivíduo ter a doença antes da 
realização do teste diagnóstico. 
Valor preditivo = probabilidade pré-teste. 
 
𝑽𝑷𝑷 =
𝑆 𝑋 𝑃
(𝑆 𝑋 𝑃) + (1 − 𝐸) 𝑥 (1 − 𝑃)
 
 
𝑽𝑷𝑵 =
𝐸 𝑋 (1 − 𝑃)
(1 − 𝑆) 𝑥 𝑃 + 𝐸 𝑥 (1 − 𝑃) 
 
 
Teste de esforço para o diagnóstico da doença coronariana, meta-análise: 
sensibilidade = 70% e especificidade = 80% 
Clínica Prevalência VPP VPN 
Mulher jovem 
com dor atípica 
5% 16% 98% 
Homem de 40 
anos com dor 
atípica 
50% 78% 73% 
Homens de 45-55 
anos com angina 
típica 
90% 97% 23% 
 
 Quanto maior a prevalência, maior será o VPP. 
 Quanto menor a prevalência, maior será o VPN. 
S = sensibilidade 
P = prevalência 
E = especificidade 
A partir dessas informações, 
você chega no valor preditivo 
ISSO É CHAMADO DE 
PROBABILIDADE PRÉ-TESTE 
O objetivo é identificar o quanto que 
aquele exame realmente consegue 
detectar pessoas doentes e não 
doentes. A partir disso você escolhe 
qual o melhor exame a solicitar 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
 
ACURÁCIA 
 
 Proporção de acertos de um teste diagnóstico. 
 Proporção entre os verdadeiros-positivos e verdadeiro-negativos 
em relação a todos os resultados possíveis. 
 
𝑨𝑪𝑼𝑹Á𝑪𝑰𝑨 =
𝐴 + 𝐷
𝐴 + 𝐵 + 𝐶 + 𝐷
 
 
O teste diagnóstico ideal deveria ter especificidade e sensibilidade 
de 100%, ou seja 0% de erro, porém na prática isso não existe! 
Quanto menor os valores dos falsos-positivos e falsos-negativos, 
menor é o erro do teste, logo, melhor ele é 
 
 
CURVA ROC 
 Expressa graficamente a relação entre a sensibilidade e a 
especificidade. 
 Foi desenvolvida em 1950 para detectar sinais de radar. 
Construção: 
 Eixo Y – Sensibilidade – proporção de verdadeiros positivos. 
 Eixo X – Complemento da especificidade (1 - E). 
Ex: Construa uma curva ROC a partir dos dados obtidos pela tabela: 
 
 
Epidemiologia Thomás R. Campos | Medicina - UFOB 
 
TESTES MÚLTIPLOS 
 Não existe um teste diagnóstico com sensibilidade e 
especificidade iguais a 100%. 
 O clínico não pode se basear em apenas um teste para 
diagnosticar uma doença. 
 A utilização de múltiplos testes na prática clínica aumenta a 
qualidade do diagnóstico, diminuindo o número de resultados 
falsos. 
Existem dois tipos de testes múltiplos: 
1-Testes em paralelo: solicitados ao mesmo tempo 
 Considera-se que o resultado positivo em qualquer um dos testes 
como evidência da doença  se um dos testes der positivo ou se 
os 2 testes derem positivo. 
 Relacionado a situações de emergência. 
2-Testes em série: solicitados sequencialmente 
 Todos os testes devem ser positivos para que se possa 
estabelecer o diagnóstico de uma doença. Se der um negativo, 
não dá sequência. 
 
Sensibilidade combinada: 
 
𝑺𝑷 = 𝑆𝐴 + 𝑆𝐵 − 𝑆𝐴 𝑥 𝑆𝐵 
 
Especificidade combinada: 
 
𝑬𝑷 = 𝐸𝐴 𝑥 𝐸𝐵 
 
Ex: Considere 2 testes diagnósticos A e B, sendo que o teste A possui 
S = 80% e E = 70%, e o teste B possui S = 90% e E = 90%. Prevalência = 10%. 
Calcule: 
a) Sensibilidade combinada 
 
b) Especificidade combinada 
 
c) VPP e VPN 
 
d) Interprete os resultados obtidos 
 
EP= Especificidade combinada 
EA= Especificidade do teste A 
EB= Especificidade do teste B 
SP= Sensibilidade combinada 
SA= Sensibilidade do teste A 
SB= Sensibilidade do teste B

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