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PARASITOLOGIA - Aula 1 A 10

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parasita (90% de eficácia).
Oxamniquina - (MANSIL, VANSIL)
· Adultos (15mg/kg);
· Crianças (2 doses de 10mg/kg).
Derivado das tetraidroquinoleínas
· Age sobre as formas adultas do parasita e também logo após infecção (esquistossômulo recente);
· Utilizado em quem tem forte indicativo de que foi recém-infectado.
Comentário: Entre os criadores de animais, esse trematódeo é conhecido como “Baratinha do fígado”.
Veja suas principais características:
· Filo Platyhelminthes;
· Classe Trematoda;
· Subclasse Digenea;
· Ordem Echinostomida;
· Família Fasciolidae.
Formas morfológicas
Veja no esquema abaixo a morfologia e os estágios evolutivos da Fasciola hepatica.
OVO: 
· Medem cerca de 150µm de comprimento e 100µm de largura.
· Possuem forma elíptica, cor amarelada e em uma de suas extremidades apresentam uma abertura que é fechada pelo opérculo, por onde saem os miracídios.
MIRACÍDIO: 
· Medem aproximadamente o mesmo comprimento dos ovos.
· Vivem por um curto período na água, entre a eclosão do ovo e a penetração no molusco.
· Os esporocistos possuem forma de saco alongado, apresentando em seu interior aglomerados de células germinativas em multiplicação.
RÉDIA:
· Tem forma cilíndrica e mede de 1 as 3mm de comprimento.
· Na região anterior do corpo, possui uma abertura por onde sairão as cercárias que são formadas a partir de células germinativas em contínua multiplicação no interior das rédias.
CERCÁRIAS: 
· Medem de 250-350µm de comprimento com uma cauda longa e não bifurcada.
· Possuem glândulas cistogênicas, envolvidas no processo de encista.
METACERCÁRIA: 
· Trata-se da cercária encistada e pode viver até 3 meses na vegetação aquática.
VERME ADULTO: 
· Mede de 3 a 5cm comprimento.
· É hermafrodita, tem aspecto de folha e espinhos recobrindo toda superfície do corpo, que é achatado dorsoventralmente.
Ciclo de vida
É um ciclo heteroxênico, uma vez que o parasita necessita de um hospedeiro definitivo (ovino, caprino, bovino, suíno e, ocasionalmente, o homem). O hospedeiro intermediário é o caramujo do gênero Lymnaea.
No interior do HD, o verme adulto fêmea põem seus ovos operculados, que são eliminados com as fezes.
O ovo, em contato com a água, faz com que o miracídio levante o opérculo e passe pelo orifício.
Na água, o miracídio é atraído por um molusco, que penetrará em qualquer molusco que encontrar. No entanto, só dará continuidade ao ciclo de vida da Fasciola Hepatica se conseguir penetrar em um molusco do gênero Lymnaea.
Caso o miracídio não encontre o hospedeiro intermediário, morrerá em poucas horas.
Ao penetrar no molusco, o miracídio forma um esporocisto que dará origem às rédias e estas darão origem às cercarias.
As cercárias saem do caramujo, nadam alguns minutos e depois perdem a cauda única não bifurcada. Após perderem a cauda, começam um processo de encistamento, passando à sua forma morfológica: metacercária.
As metacercária ficam aderidas na vegetação aquática ou na superfície d’água. O homem (ou animal) infecta-se ao beber essa água ou comer verdura (agrião) com metacercária.
Estas desencistam-se no intestino delgado, perfuram a parede do mesmo, caem na cavidade peritoneal, perfuram a cápsula hepática (ou cápsula de Glisson) e começam a migrar pelo parênquima hepático.
Patogenia
Vamos conhecer as características patogênicas da Fasciola hepatica.
Ductos biliares
Nos adultos, há ação mecânica (espinhos), quadro inflamatório com deposição de fibrose nos ductos com diminuição do fluxo (cirrose e insuficiência hepática).
 Veja os principais sintomas:
Diagnósticos
 
Exame laboratorial:
Pesquisa de ovos nas fezes ou na bile por meio do Exame Parasitológico de Fezes (EPF).
 Métodos Imunológicos:
· Reação intradérmica;
· Imunofluorescência.
 Elisa:
Reações cruzadas com esquistossomose e hidatidose.
Profilaxia e tratamento
Podemos evitar a Fasciola hepatica com:
 
· Tratamento em massa dos animais infectados (isto tem alto custo);
· Isolamento dos pastos úmidos;
· Tratamento com molusquicida;
· Drenagem de áreas úmidas;
· Ingestão apenas de agrião de hortas cercadas e irrigadas com água tratada;
· Não ingestão de agrião silvestre;
· Ingestão somente de água tratada.
Os possíveis tratamentos da Fasciola hepática são:
· Triclabendazol (10mg/kg) - Dose única. Tem a melhor eficácia (quase 100%), porém, no Brasil, é de uso exclusivamente veterinário.
· Bithionol (50mg/kg/dia) - Deve ser feito por 10 dias.
· Deidrometina 1 mg/kg/dia - Também deve ser feito por 10 dias.
Atividade
1. Qual a forma de transmissão do Schistosoma mansoni?
a) Metacercária
b) Miracídio
c) Cercária
d) Esquistossômulo
e) Ovo
GABARITO: Esquistossomose é adquirida pela penetração de Schistosoma mansoni na pele ou mucosa.
2. “Em torno do local de deposição do ovo, observa-se a área de células do tecido nervoso em processo de necrose lítica e de coagulação. Externamente a esta zona, há um envelope de macrófagos, células epitelioides e células gigantes, circundados por infiltrado inflamatório rico em eosinófilos e linfócitos. À medida que a lesão progride, a infiltração por fibroblastos pode resultar em encapsulamento do ovo por fibrose.” (MOTA et. al., 2018). Essa descrição está relacionada ao quadro de:
a) Granuloma
b) Hipertensão
c) Coma
d) Cirrose
e)Cicatrização
GABARITO: Granuloma que é uma reação inflamatória que acontece em volta do ovo de Schistosoma mansoni.
3. Na esquistossomose pode ocorrer extravasamento de líquido para a cavidade abdominal, causando quadro de:
a) Ascite
b) Hipertensão portal
c) Hematêmese
d) Eructação
e) Esplenomegalia
GABARITO: A ascite (extravasamento do plasma sanguíneo para o interior da cavidade abdominal) ocorre devido ao derrame cavitário causado pela hipertensão dos vasos sanguíneos.
4. Qual é o hospedeiro intermediário para Fasciola hepatica?
a) Biomphalaria
b) Littorina
c) Achatina
d) Pseudosuccinea
e) Lymnaea
GABARITO: O gênero de caramujo Lymnaea tem papel de hospedeiro intermediário no ciclo de vida.
5. O que é colangite?
a) Obstrução da vesícula
b) Inflamação da vesícula biliar
c) Inflamação dos canais biliares
d) Inflamação do colágeno
e) Formação de cálculos
GABARITO: Como vimos na aula, trata-se da inflamação de um ou mais canais biliares.
Aula 5: Protozoários – amebíase e amebas de vida livre
Apresentação
Nesta aula, conheceremos a amebas que causam patologia no homem. Veremos que a Aameba intestinal (Entamoeba histolytica) é o agente etiológico da amebíase, importante problema de saúde pública que leva ao óbito anualmente cerca de 100.000 pessoas, constituindo a segunda causa de mortes por parasitoses. Apesar da alta mortalidade, muitos casos de infecções assintomáticas são registrados.
Estudaremos também as amebas patogênicas de vida livre: Naegleria fowleri (agente etiológico da Meningoencefalite amebiana primária), Balamuthia mandrilaris e várias espécies do gênero Acanthamoeba (que causam encefalite amebiana granulomatosa no homem).
Objetivos
· Identificar os diferentes aspectos fisiopatológicos por meio dos mecanismos da ação parasitária que influenciam as respostas do hospedeiro;
· Reconhecer os principais métodos parasitológicos para o diagnóstico laboratorial da parasitose, além de exames laboratoriais complementares;
· Descrever os tratamentos farmacológicos e profilaxia para as patologias causadas por amebas.
Amebíase intestinal
A amebíase é uma patologia causada pelo agente etiológico Entamoeba histolytica.
Trata-se de um importante problema de saúde pública, sendo a segunda causa de morte por parasitose. Embora, a amebíase possa evoluir para uma infecção assintomática, todos os anos 100.000 pessoas vão a óbito.
O seu habitat é o intestino grosso e, ocasionalmente, penetra na mucosa e produz ulcerações intestinais ou em outras regiões.
Veja como as amebas1que vivem no intestino do homem são classificadas:
Amebas: Ameba indica “aquilo que muda ou não tem forma”, emitem pseudópodes.
· Reino: Protista
· Sub-reino: Protozoa
· Filo: Sarcomastigophora
· Subfilo: Sarcodina
· Família: Entamoebidae
· Gêneros: Entamoeba, Iodamoeba e endolimax
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