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ANÁLISE DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE ESGOTO EM SINOP- MT: ESTUDO DE CASO NO BAIRRO JARDIM DO OURO DANIELLI PALERMO BASTOS1 GABRIELE WOLF 2 RESUMO: O esgotamento sanitário é indispensável em todas as cidades, pois além de garantir que o meio ambiente não sofra com o lançamento dos efluentes, também melhora a qualidade de vida de toda a população, reduz gastos com internações e melhora o aspecto estético da cidade, valorizando cada vez mais os imóveis. Nesta pesquisa objetivou-se através de um estudo de caso no Bairro Jardim do Ouro, no município de Sinop-MT, investigar qual a visão que a população tem sobre o assunto coleta e tratamento de esgoto, quais os problemas enfrentados pela falta do mesmo e quais benefícios teriam com a implantação de tal recurso. Para esse fim, foram realizadas entrevistas com os moradores do bairro Jardim do Ouro através da aplicação de um questionário, buscando estipular o conhecimento da população que reside nesse bairro sobre saneamento básico e os benefícios imediatos, de médio e longo prazos que um sistema de coleta e tratamento de esgoto pode trazer. Foi constatado que a maioria da população desse bairro, tem conhecimentos generalistas sobre os benefícios que o Saneamento Básico pode trazer, porém muitos desconhecem até mesmo qual o destino final dos dejetos de suas resistências ou como esse sistema funciona. Além disso, a população se mostra contrária à implantação de um sistema de coleta e tratamento de esgoto, principalmente por razões econômicas, desprezando qualquer vantagem relacionada ao ambiente e saúde, evidenciando assim a necessidade de se difundir os benefícios sociais, ambientais e econômicos propiciados pelo saneamento básico, principalmente entre as comunidades mais desfavorecidas. PALAVRAS-CHAVE: Saneamento Básico; Esgotamento Sanitário; Qualidade de Vida; Saneamento e Universalização. ANALYSIS OF SINOP SEWAGE SYSTEM IMPLEMENTATION: CASE STUDY IN GOLDEN GARDEN ABSTRACT: Sanitary sewage is indispensable in all cities, as well as ensuring that the environment does not suffer from the discharge of effluents, also improves the quality of life of the entire population, reduces spending on hospitalizations and improves the aesthetic aspect of the city, valuing more and more real estate. The objective of this research was through a case study in Bairro Jardim do Ouro, Sinop-MT, to investigate what is the population's view on sewage collection and treatment, what are the problems faced by its lack and what benefits they would have from deploying such a feature. To this end, interviews were conducted with residents of the Jardim do Ouro neighborhood through the application of a questionnaire, seeking to stipulate the knowledge of the population living in this neighborhood about basic sanitation and the immediate, medium and long term benefits that a collection system has. and 1 Acadêmica de Graduação, Curso de Engenharia Civil, Faculdade de Sinop – FASIPE, R. Carine, 11, Res. Florença, Sinop - MT. CEP: 78550-000. Endereço eletrônico: dani_11vol@hotmail.com 2 Professora Mestre, Engenheira Agrícola e Ambiental , Curso de Engenharia Civil, Faculdade de Sinop – FASIPE, R. Carine, 11, Res. Florença, Sinop - MT. CEP: 78550-000. Endereço eletrônico: wolf_gabriele@yahoo.com.br mailto:dani_11vol@hotmail.com mailto:wolf_gabriele@yahoo.com.br sewage treatment can bring. It has been found that the majority of the population in this neighborhood has general knowledge about the benefits that Basic Sanitation can bring, but many are unaware of the final destination of the waste from their resistances or how this system works. In addition, the population is opposed to the implementation of a sewage collection and treatment system, mainly for economic reasons, disregarding any advantage related to the environment and health, thus evidencing the need to spread the social, environmental and economic benefits provided by the sanitation, especially among the most disadvantaged communities. KEYWORDS: Sanitation; Sanitary sewage; Quality of life; Sanitation and Universalization. 1. INTRODUÇÃO Os relatos sobre as práticas de Saneamento Básico existem desde aproximadamente 2000 a.C., porém, grandes mudanças foram registradas com o desenvolvimento do Império Romano. Eles desenvolveram práticas de higienização pessoal e técnicas para o controle de doenças, possuíam tanto conhecimento que criaram um livro que ficou vigente sem significativas alterações até o século XIX (RUBINGER, 2008). Ainda de acordo com Rubinger (2008), o grande problema, na época, era o fato de que vastos conhecimentos sobre as técnicas de saneamento ficaram guardadas entre poucas pessoas de maior status, fazendo com que este conhecimento ruísse junto com a queda do Império Romano. Logo após a sua queda, houve um gigantesco retrocesso em relação a tais práticas, evidenciado, principalmente, pelo consumo per capita de água, que chegou a incríveis índices de um litro por habitante ao dia. Saneamento Básico constitui um conjunto de medidas que visa promover à população ações como esgotamento sanitário, abastecimento de água, drenagem urbana, coleta de lixo e limpeza pública. Essas medidas visam proporcionar saúde e bem-estar para toda população, bem como garantir que não sejam escassos os recursos naturais existentes (RIBEIRO e ROOKE, 2010). Com o crescimento populacional desenfreado, problemas relacionados às epidemias passaram a existir por falta de cuidados com o descarte de lixos e dejetos; com isso, começaram a ser buscadas alternativas para evitar proliferação de doenças como cólera, febre tifoide e paratifoide e outras que podem ser causadas por insetos, como febre amarela e malária, surgindo, assim, as bases do saneamento (SANTOS, 2014). Atualmente, o Saneamento no Brasil possui um sistema de abastecimento de água muito abrangente, com altos índices de abastecimento, embora ainda não seja universalizado. Porém, quando se trata da coleta e tratamento de esgoto, a realidade é bem distinta, com pouquíssimas cidades com esgotamento sanitário, sem contar os inúmeros problemas devido ao lançamento inadequado de resíduos sólidos (DANTAS et al., 2012). De acordo com Machado et al. (2007), o Saneamento Básico é primordial para que um país possa ser considerado desenvolvido. Quando gerido de forma correta, ele traz benefícios grandiosos à população e até mesmo às finanças como: a redução de dias fora do serviço, redução da mortalidade infantil, valorização do imóvel, redução de gastos com a saúde, aumento do turismo, dentre outros. Nesse contexto, infelizmente, em muitas regiões, o entendimento da população é limitado em relação aos benefícios que o Saneamento Básico pode trazer. Esses benefícios, em geral, revelam-se a médio e longo prazos, porém geram melhorias para a qualidade de vida, contemplando uma infraestrutura de operações de coleta, transporte e tratamento de esgoto, permitindo que os dejetos tratados sejam devolvidos para o meio ambiente de uma forma que não irá afetá-lo (WAGNER, 2013). Diante disso, é relevante ter um sistema de coleta e tratamento de esgoto universalizado para toda a população, seja para garantir melhor saúde ou para melhorar as condições do meio ambiente, turismo e economia. Desta forma, esse artigo tem o objetivo de estudar as necessidades para a implantação de um sistema de esgoto no município de Sinop-MT, enfatizando o bairro Jardim do Ouro, a fim de verificar junto à população do bairro, o nível de conhecimento e aceitação a respeito da implantação do esgotamento sanitário; apurando as formas de coleta e tratamento de esgoto no bairro e os impactos positivos e negativos de implantação de um sistema de esgotamento sanitário no tocante à saúde da população, meio ambiente e economia do município. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1 SaneamentoBásico O Saneamento Básico é definido como um conjunto de medidas que visa única e exclusivamente buscar a harmonização entre a saúde, o bem-estar e a preservação da natureza simultaneamente, incorporando vários aspectos como abastecimento de água, drenagem urbana das águas pluviais, esgotamento sanitário e uma série de outras medidas (SOUSA, SOUSA E ALVARES, 2015) De acordo com a última conferência realizada pelo Fundo das Nações Unidas (UNICEF) e Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2017, de cada dez pessoas no mundo, três não contam com serviços de abastecimento de água tratada para sanar suas necessidades básicas e esse número atinge cerca de 2,1 bilhões de habitantes. Quando se trata de sistema de esgoto, de cada dez pessoas, seis não possuem os serviços de saneamento seguro próximo às suas residências, correspondendo a 4 bilhões de habitantes, evidenciando o quão deficiente é o sistema de esgotamento sanitário em muitos países, mesmo com tanto conhecimento adquirido ao longo da história sobre o caso (UNICEF, 2017). Aprofundando um pouco mais esta reflexão, tem-se que dos 2,1 bilhões de habitantes que não contam com água devidamente processada, 844 milhões não têm acesso nem mesmo a serviços básicos de água; e 2,3 bilhões de habitantes não têm à disposição, serviço básico de esgoto sanitário (UNICEF, 2017). Ainda de acordo com o estudo realizado pela UNICEF (2017), a ausência de saneamento adequado traz prejuízos imensos à população. Estima-se que anualmente, aproximadamente 361 mil crianças com idade inferior a cinco anos, morrem devido à diarreia. A falta do correto esgotamento sanitário e água tratada acarretam outras doenças gravíssimas à sociedade, como a cólera, febre tifoide, hepatite A, entre outros. Além dos dados alarmantes já citados, a pesquisa mostra que, na maioria dos países investigados, o Saneamento Básico evolui de maneira lenta, ou seja, é bem provável que não esteja universalizado até 2030. 2.2 Saneamento no Brasil Desde o Período Imperial, o sistema de esgoto no Brasil representa um assunto preocupante. Com o aumento da população, os dejetos e detritos domésticos foram se acumulando rapidamente e isso fez com que algumas medidas fossem criadas para resolver o problema que provocava mau cheiro e proliferação de doenças (BRITO, 2015). A partir no século XVIII, segundo Saker (2007), entre 1830 e 1840, houve relatos de uma grande epidemia de tifo e cólera; razão pela qual o diretor-geral de Saúde Pública, Osvaldo Cruz, iniciou uma luta para aniquilar essa epidemia. De acordo com Britto (2015), D. Pedro II, no ano de 1857, assinou um contrato para dar início a instalações de sistema de esgoto sanitário na capital Rio de Janeiro, tornando-a a segunda capital do mundo a possuir esse sistema. Sete anos após a assinatura do contrato, iniciaram-se as obras e, com isso, os problemas de Saúde Pública e ambiental começaram a diminuir, proporcionando benefícios à saúde da população e também ao meio ambiente. Segundo Cavinatto (1992), após se iniciar, no Rio de Janeiro, a luta para acabar com as epidemias e melhorar o quadro de saneamento básico; em 1907, o Engenheiro Saturnino de Brito criou o sistema de drenagem em Santos - SP, com o que as águas pluviais tiveram destinação correta, beneficiando a população daquela região. Atualmente, o saneamento básico ainda é pouco difundido no Brasil e expectativa de que sua cobertura seja universalizada está distante de se concretizar. O abastecimento de água melhorou conforme o passar dos anos, porém, na coleta e tratamento de esgoto, existem sérios déficits em todo país, principalmente em bairros mais carentes (BARAT, 1998). 2.3 Sistema de esgotamento sanitário O esgoto sanitário é caracterizado como uma mistura de matérias orgânicas, sendo que o volume desse esgoto pode totalizar 99 % líquido e apenas 1% de matéria sólida, sendo que o tratamento de esgoto tem como objetivo principal separar essa mistura (CESAN, 2013). Os esgotos domésticos oriundos das residências familiares, comércios e afins, são compostos por água de banho, detergentes, água de lavagem, restos de comida e dejetos humanos. As fezes humanas são compostas por restos de comidas não digeridas, integradas às albuminas, às gorduras, às proteínas, o hidrato de carbono, além de uma infinidade de microrganismos (FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE, 2004). Existem diversos tipos de microrganismos que são eliminados junto às fezes, com destaque para os coliformes fecais, que estão presentes em grande escala, podendo chegar até a 1 bilhão por grama de fezes (HELLER, 1997). Para viabilizar o correto tratamento e descarte do esgoto sanitário no meio ambiente, é necessário que o tratamento atenda às condições de descarte previstas nas legislações; e, para isso, devem ser controladas as condições do tratamento para garantir a qualidade do efluente final. Existem, no mercado, diferentes sistemas de tratamento de esgoto adequados à qualidade pretendida de efluente final, como lagoas de estabilização, sistema de reator anaeróbio, entre outros, porém todos esses sistemas dependem de planejamento e alto investimento para instalação e funcionamento (ZUFFO, 2018) Pelo fato de o crescimento populacional, em grande parte do país, ter se dado de maneira desordenada, o sistema de esgotamento sanitário não acompanhou esse crescimento; em muitas regiões, o sistema de esgotamento sanitário utilizado nas residências constitui-se de fossas negras, método de implantação simples e econômico, porém, irregular e altamente prejudicial ao meio ambiente e saúde da população. Além disso, em algumas regiões, os dejetos são descartados diretamente em céu aberto, córregos e valas, agravando e contaminando, de forma devastadora, o meio ambiente e prejudicando a saúde da população (CESAN, 2013). 2.3.1 Fossas Negras A fossa negra é executada da mesma forma que a fossa séptica, é composta por uma escavação, porém, sem cobertura e revestimento ela recebe os dejetos sem nenhuma proteção para evitar o contato direto com o solo. Conforme o material vai se decompondo, é absorvido imediatamente pelo solo e contaminando o lençol freático, essa contaminação é prejudicial para a saúde da população e também ao meio ambiente (COSTA, 2014). 2.3.2 Sistema de Coleta e Tratamento de Esgoto De acordo com Dias (2009), os componentes fundamentais para o funcionamento de um sistema de esgoto sanitário, são as seguintes unidades: estação de tratamento de esgoto, rede coletora e estação elevatória. Segundo Tsutiya e Sobrinho (2011), os Sistemas de Esgoto Sanitários (SES) devem ser projetados para atender à coleta adequada de águas residuais e o transporte seguro dos efluentes sem afetar os recursos hídricos, além de promover o tratamento adequado destes efluentes sem que haja agressões ao meio ambiente. Desta forma, a fim de cumprir todos os requisitos e ter um funcionamento eficaz, os sistemas de esgoto devem possuir as estruturas, conforme se explica abaixo. Os ramais prediais são trechos construídos nas propriedades particulares com intuito de coletar e transportar os efluentes até a rede pública de coleta para conduzir os dejetos. Podem ser construídas individualmente ou interligadas em outras residências antes de serem conectadas com a rede coletora. Ramais interligados são usualmente utilizados quando existem vários imóveis em um mesmo terreno. As redes coletoras de esgoto são um conjunto de tubulações responsáveis por receber e conduzir os efluentes da população. O sistema de esgoto é ligado à rede coletora através de um componente denominado coletor predial. A rede coletora pode ser composta por coletores tronco, que representam o coletor principal de uma bacia de drenagem; e os coletores secundários, que são ligados diretamente aos coletores troncos. A Estação de tratamento de esgoto (ETE) é uma unidade do sistemaresponsável por tratar todo o esgoto recolhido da população local e dar tratamento adequado para ser devolvido à natureza sem maiores impactos ambientais. Já a estação elevatória de esgoto (EEE), pode ser compreendida como um conjunto de equipamentos montados, geralmente, em uma edificação subterrânea, tendo a função de promover recalques na vazão do esgoto ao montante. Via de regra são utilizados apenas quando não é possível realizar a condução do esgoto com a ação da gravidade. Também são utilizados os tubos de inspeção e limpeza (TIL), os quais têm função similar em relação aos poços de visita, porém, não permitem visitas internas para a realização de manutenção, sendo necessário realizar inspeções externas com equipamentos apropriados. Os terminais de limpeza (TL) são elementos colocados sempre no ponto de início das redes e dispensam a utilização de um PV, já que, neste ponto, ainda não existe algum tipo de contribuição da rede. Permitem apenas o uso de equipamentos para limpeza da rede. Os interceptores são tubulações com diâmetros elevados, que recolhem os efluentes de vários coletores primários ao longo de seu comprimento e os conduzem até a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) e os emissários têm a função de receber o esgoto da rede coletora e transportar até a estação de tratamento de esgoto. 2.4 Impactos na Saúde Pública De acordo com dados da UNICEF e OMS entre os anos de 2007 a 2015, doenças como dengue, diarreia e leptospirose, estão diretamente ligadas à falta de Saneamento Básico e aproximadamente 40% das internações hospitalares são de crianças. É primordial que o esgotamento sanitário seja universalizado de forma adequada e possa atender aos requisitos básicos da população, somente assim haverá redução desse quadro (INSTITUTO TRATA BRASIL, 2018). Segundo a OMS, o acesso a recursos hídricos potáveis e uma cobertura universalizada de saneamento básico, principalmente com coleta e tratamento de esgoto, tornam-se imprescindíveis para reduzir e, até mesmo, sanar doenças como diarreia, cólera, disenteria, entre outras consideradas infectocontagiosas (INSTITUTO TRATA BRASIL, 2018). O sistema de coleta e tratamento de esgoto tem, por sua vez, a finalidade de dar a destinação correta dos dejetos humanos, objetivando, primordialmente, o controle e a prevenção de doenças relacionadas à sua não existência (FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE, 2004). As soluções a serem empregadas, de acordo com a Fundação Nacional de Saúde (2004), têm as seguintes finalidades: evitar a poluição do solo e dos mananciais, evitar o contato dos lençóis freáticos com os dejetos humanos, proporcionar hábitos higiênicos, promover conforto e melhorar a estética da região e promover o combate de doenças endêmicas e epidêmicas. De acordo com o Instituto Trata Brasil (2013), regiões com menores índices de coberturas de esgoto apresentam maiores números de internações ocorridas por doenças acometidas pela falta de tratamento adequado de esgoto. Visto que regiões como Norte e Nordeste do Brasil, que possuem índices abaixo da média nacional, apresentando até 30% de cobertura de esgoto, são as regiões que apresentam os maiores valores de internações hospitalares. De acordo com Freitas (2014), segundo informações do Datasus do ano de 2013, 340 mil internações por doenças gastrintestinais foram notificadas em todo país. Aproximadamente 173 mil por diarreia, 4,6 mil amebíases, shiguelose ou cólera e 162,7 mil por outras doenças causadas por infecções intestinais. Essas notificações caíram com o passar do tempo, porém, ainda o saneamento no país precisa melhorar, pois, com um sistema de esgoto adequado, muitas dessas doenças poderiam ser evitadas ou até mesmo sanadas. Entre os anos de 2009 a 2013, 19,3 milhões de pessoas, passaram a usufruir de coleta e tratamento de esgoto, no entanto, esse número é baixo, porque somente 48,7% das pessoas têm acesso a ele. 2.5 Impactos ambientais A poluição no meio ambiente é um dos assuntos mais preocupantes no mundo atualmente. Ao fazer os despejos dos materiais sem tratamento adequado, afeta-se diretamente a população quanto à qualidade de vida e também na Saúde Pública (SOUZA, 2015). Segundo Gouveia (2000), no cenário atual, a população urbana já é maior que a rural; e, pelo fato de a urbanização desenfreada ocorrer principalmente nas grandes cidades, a escassez de serviços básicos de saneamento básico é relativamente preocupante, principalmente em aspectos ambientais. A busca pela sustentabilidade nas grandes cidades tem uma dificuldade ambiental significativa, pois, dado à quantidade elevada de pessoas, os problemas ambientais também se tornam superiores, exigindo-se, assim, maiores cuidados com serviços de saneamento, como abastecimento hídrico, coleta de lixo, sistema de coleta e tratamento de esgoto, entre outros serviços (PHILIPPI JR, 2002). Ainda de acordo com o autor Philippi (2002), é necessário acrescentar estratégias de gestão ambiental para fortalecer o desenvolvimento sustentável, principalmente nos grandes centros que sofrem mais com a falta de saneamento. Essa gestão deve dispor de estratégias de prevenção e controle de meios que impactam negativamente o meio ambiente, como: poluição dos recursos hídricos, uso desenfreado da ocupação do solo, infraestrutura projetada inadequadamente, principalmente nas periferias das cidades, onde o esgoto é a céu aberto e o lixo não é coletado de maneira correta. O tratamento de efluentes oferece diversos benefícios para o meio ambiente e, atualmente, há uma séria de normas ambientais e leis que servem para regular e aplicar punições para empresas que despejam materiais que contaminam o meio ambiente, porém, os dejetos humanos, em muitas localidades, ainda são despejados a céu aberto e não ocorre uma fiscalização efetiva para punir esse tipo de ação (SOUSA, 2015). Segundo Bovolato (2017), um bom sistema de saneamento traz diversas melhorias para a qualidade de vida e economia da população, sendo elas: preservação ambiental, despoluição dos rios, preservação dos recursos hídricos, tratamento dos dejetos provenientes de esgoto para devolução ao meio ambiente, implementação de hábitos higiênicos na população e maior facilidade na execução de limpeza pública. 3. MATERIAL E MÉTODOS O bairro Jardim do Ouro localiza-se à margem esquerda da BR 163 sentidos Sinop- Santarém, resultado de uma ocupação ilegal de território pelos moradores. O bairro é residido por moradores economicamente da classe baixa, foi recentemente legalizado e apresenta escassa e precária infraestrutura de cobertura de Saneamento Básico. Figura 1: Mapa do bairro Jardim do Ouro no município de Sinop-MT Fonte: Google Mapas (2019) Primeiramente, a empresa que possui a concessão para a coleta e tratamento de esgoto AEGEA, foi consultada para que fosse possível identificar se o bairro em estudo já se enquadra no planejamento para implantação de um sistema de coleta e tratamento de esgoto, garantindo, com isso, que a população venha a ter melhor qualidade de vida, melhoria na saúde e menor degradação do meio ambiente. Em seguida, através de um questionário, foram realizadas entrevistas com moradores de residências do bairro Jardim do Ouro, buscando estipular o conhecimento da população que reside nesse bairro sobre os seguintes assuntos: saneamento básico; os benefícios imediatos, de médio e longo prazos que um sistema de coleta e tratamento de esgoto pode trazer; os impactos que a falta desse sistema causa na vida da população principalmente relacionados à saúde; os tipos de vetores de doenças encontrados no bairro; se os moradores são afetados por doenças que são provenientes da falta de saneamento e a degradação que afeta o meio ambiente. Para definição do tamanho da amostra, foi realizada uma pesquisa piloto com moradores de 50 residências (valor definidocom base no número de ligações de água ativas no bairro que, de acordo com dados fornecidos pela concessionária, totalizavam 277 ligações). O questionário previamente padronizado e neutro ao estudo, de forma a não interferir ou influenciar na resposta na forma de entrevista, consistiu de dez questões conforme apresentado no Anexo 1. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os dados foram obtidos no ano de 2019, através da aplicação de um questionário em uma única etapa no bairro Jardim do Ouro, do município de Sinop- MT, para uma amostra de 50 moradores, representando 50 residências. O mapa de Sinop- MT está demonstrado no mapa na figura 1 conforme abaixo. De acordo com dados fornecidos pela AEGEA o município de Sinop-MT o Saneamento básico apresenta números abaixo dos ideais. O abastecimento de água demonstra números excelentes, porém o sistema de esgotamento sanitário é pouco difundido e se essa evolução continuar a crescer de maneira lenta, é bem provável que não esteja universalizado nos próximos anos, visto que a cobertura de coleta e tratamento de esgoto atual é de aproximadamente 23 % do total de residências do município. Após a aplicação do questionário foi realizado uma análise dos dados coletados junto à população. Os gráficos enfatizaram as ideias que o morador do Bairro Jardim do Ouro tem sobre o que envolve o Saneamento Básico. O Gráfico 1 a seguir demonstra a idade da população que reside no Bairro Jardim do ouro, esses dados são importantes para saber principalmente se há crianças nessas residências, pois, segundo dados do UNICEF (2017), estima-se que anualmente aproximadamente 361 mil crianças com idade inferior a cinco anos morrem devido à diarreia e outras doenças que são ocasionadas pela falta de saneamento básico. Gráfico 1– Qual a idade das pessoas que moram na residência? O Gráfico 2 demonstra o tipo de forma de destinação dos dejetos da população que reside do Bairro Jardim do Ouro. Sabendo-se que o bairro escolhido para ser realizado o presente questionário não possui sistema de coleta e tratamento de esgoto, 90% dos entrevistados responderam que o tipo de destinação é o a fossa séptica, esse modelo de fossa é uma das mais seguras, quando comparada com outros meios de destinação, como fossa negra e esgoto a céu a aberto, a mesma já possui cerca de 100 anos de existência, sendo comum no Brasil, de acordo com Souza (2015). Mesmo a porcentagem das respostas ser bem significativo, muitos ainda não possuem conhecimento sobre o tipo de forma de destinação dos dejetos de sua residência e acreditam que somente a fossa séptica pode realizar o tratamento desses dejetos. 31% 16%26% 27% 0 a 10 10 a 20 20 a 40 acima de 40 Gráfico 2– Qual a forma de destinação de descarte dos dejetos sanitários de sua residência? O Gráfico 3 apresenta que os entrevistados quando perguntados sobre as melhorias que o saneamento pode trazer, apesar da maioria conhecer tais benefícios, muitos ainda são leigos sobre o assunto e não tinham conhecimento que um saneamento bem difundido pode evitar doenças e melhorar as condições de vida. Segundo o Instituto Trata Brasil (2018) doenças como dengue, diarreia e leptospirose, estão diretamente ligadas à falta de Saneamento Básico e as crianças são as mais afetadas por esses tipos de doenças. É de extrema importância que haja coleta e tratamento de esgoto sanitário somente assim irá reduzir e evitar essas doenças. e esgoto a céu a aberto; ela é usada já há cerca de 100 anos, sendo comum no Brasil, de acordo com Souza (2015). Gráfico 3– Sr(a) tem conhecimento que o Saneamento Básico melhora as condições de vida, evita contaminação e proliferação de doenças e preserva o meio ambiente? O Gráfico 4 apresenta que mais da maioria (78%) tem ciência de que o esgoto sanitário quando não é adequadamente tratado pode se tornar um grande propagador de doenças, porém, 22% das pessoas entrevistadas não possuem conhecimento sobre as doenças que podem ser causadas pela falta de saneamento e que quando essas doenças são evitadas, há uma diminuição em gastos com saúde e principalmente uma melhoria nas condições de vida da população. Gráfico 4– O esgoto sanitário, se não for adequadamente tratado, pode se tornar um grande propagador de doenças? 90% 0% 0% 0% 10% Fossa séptica Fossa negra céu aberto ETE Não Sabe 24% 76% Sim Não O Gráfico 5 apresenta doenças que são ocasionadas pela falta de um Saneamento Básico bem difundido. A doença que mais ocorreu na população da pesquisa foi a popular “virose”, que apresenta sintomas como diarreia e é mais evidente em crianças. Doenças como essas poderiam ser evitadas se houvesse a universalização do Saneamento Básico. De acordo com o Instituto Trata Brasil (2013), regiões com menores índices de coberturas de esgoto apresentam maiores números de internações ocorridas por doenças acometidas pela falta de tratamento adequado de esgoto. Gráfico 5 – Tiveram caso na família de doenças como virose, diarreia, cólera (infecção no intestino), dengue e hepatite A ou E nos últimos meses? O Gráfico 6 demonstra qual o conhecimento da população em relação ao destino final dos dejetos coletados no munício de Sinop- MT. Como já era de se esperar, as pessoas não possuem conhecimento que no município já tem esgoto sendo coletado e tratado, e nem como esse sistema funciona. Por não possuírem tais conhecimento, a população acaba não possuindo hábito de fazer cobranças ou exigências para que os serviços de Saneamento Básico se universalizem e elas sejam atendidas por esse serviço. Gráfico 6 – Sr(a) tem conhecimento sobre qual o destino final do esgoto coletado da sua cidade? 78% 22% Sim Não 30% 70% Sim Não O Gráfico 7 apresenta um número elevado de pessoas que não possuem condições de arcar com os gastos mensais de pagamento pelo uso de coleta e tratamento de esgoto. Um dos fatores que pode explicar o resultado dessa pergunta, é que a população não possui conhecimento sobre os benefícios e economias com gastos com saúde que se obteria com o sistema de coleta e tratamento funcionando de maneira adequada. Gráfico 7 – Sr(a) possui condições para pagamento de esgoto sanitário? O Gráfico 8 mostra que a população está satisfeita com os serviços prestados no tratamento de água, 90% respondeu que nunca sofreram com a falta de água e nem com a qualidade. Mesmo tendo os outros serviços de saneamento bem escassos, como esgoto, drenagem e limpeza das ruas, o tratamento de água funciona de maneira adequada. Gráfico 8 – Qual a sua opinião sobre o serviço prestado no tratamento de água no seu bairro? 20% 80% Sim Não 4% 96% SIM NÃO O Gráfico 9 apresenta que por falta de infraestrutura adequada, com um sistema de drenagem correto, ocorrem muitos alagamentos, também devido ao fato de que nem todas as ruas são asfaltadas e possuem sistema de drenagem como valetas e bueiros, isso faz com haja alagamentos em épocas chuvosas. Segundo Leal (2008) um sistema de drenagem adequado proporciona diversos benefícios como, o desenvolvimento viário, redução da manutenção das vias públicas, valorização dos imóveis existentes nas áreas onde existe um sistema de drenagem adequado, rápido escoamento das águas superficiais, além de melhorias no trânsito. Gráfico 9 – No seu bairro, em épocas chuvosas acontecem alagamentos? O Gráfico 10 demonstra de maneira quase que unanime que a população não possui conhecimento de tais dados, isso mostra que essa informação é pouco divulgada, uma possível causa é a resistência das pessoas em aceitar as cobranças provenientes da implantação de um sistema de coleta de tratamento de esgoto. Quando se trata do abastecimento de água a população vê de outra forma e a aceitação é muito maior, mas quando se trata do esgoto muitos não aceitam. Esse cenário evidencia que a falta de informaçãoé raiz de boa parte dos problemas associados às críticas expressivas a eventuais cobranças para a instalação de sistemas de saneamento. Gráfico 10 – É do conhecimento do Sr(a) que, segundo dados do Instituto Trata Brasil, a cada um real investido em Saneamento Básico, economizam-se quatro reais em saúde pública? 90% 10% BOM RUIM 96% 4% SIM NÃO 5. CONCLUSÃO Após apresentar os dados coletados com observações sobre os entendimentos demonstrados pelos moradores do bairro, foi possível constatar fortes indícios relacionados à escassez de Saneamento Básico e pelos problemas que podem ser ocasionados pela falta deste, como proliferação de doenças e a degradação ao meio ambiente. Por esse motivo, tem-se um déficit de coleta e tratamento de esgoto de uma forma geral, afetando não somente a saúde, mas também a economia, meio ambiente e bem-estar da população. Para se obter a universalização dos serviços em Saneamento Básico, melhorar a qualidade da mesma e tornar o meio ambiente mais saudável, necessita-se de ações e planos de planejamento para que busquem aumentar os recursos para investir mais em implantação de todos os conjuntos dos sistemas, como esgotamento sanitário, abastecimento de água, drenagem urbana, coleta de lixo e limpeza pública, com isso irá ocorrer uma grande redução de danos ao ambiente especialmente nos solos e nos recursos hídricos, além de diminuir proliferação de doenças. Foi possível constatar que a maioria da população do Bairro Jardim do Ouro, tem conhecimento sobre os benefícios que o Saneamento Básico pode trazer na vida deles, porém muitos ainda são leigos no assunto. Algumas pessoas não conhecem qual o destino final dos dejetos que saem de suas resistências e nem sabem como esse sistema funciona. Além disso, a população ainda não é favorável à implantação do sistema de coleta e tratamento de esgoto, sabendo-se que maioria é contrário por motivos econômicos ou por não ter conhecimento dos benefícios. Tendo em vista que essa região se trata de um bairro de classe baixa a cobrança desse sistema certamente ocasionaria inquietações na população que já não apresenta condições razoáveis e suficientes de renda para manutenção de sua família. Por fim, fica recomendado que a sociedade como um todo, faça cobranças para seus governantes, buscando melhorias para ocorrer a universalização do Saneamento Básico, pois, com isso também haverá menos degradação ao meio ambiente à saúde e isso irá prevenir incidentes de doenças e agravos para as gerações atuais e as futuras. Que seja divulgado em escolas, jornais, revistas, redes sociais, entre outros, todos os benefícios que o Saneamento Básico pode trazer, pois somente com a informação a população poderá correr atrás de seus direitos e principalmente lutar para que o Saneamento Básico seja efetivamente um direito humano e não um bem negociável. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 2% 98% SIM NÃO BARAT, J. O financiamento da infraestrutura urbana: os impasses, as perspectivas institucionais, as perspectivas financeiras. In: IPEA. Infraestrutura: perspectivas de reorganização (financiamento), Brasília. 1998 BOVOLATO, L. E. Saneamento Básico e Saúde, 2017. Disponível em: <http://www.uft.edu.br/revistaescritas/sistema/uploads/saneamento-bacc81sico-e- saucc81de.pdf>. Acesso em: 04 mar. 2019. BRITTO, E. R. História do Tratamento de Esgotos do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: [s.n.], 2015. CAVINATTO, V. M. Saneamento Básico: fonte de saúde e bem-estar. São Paulo: Moderna, 1992. CESAN. 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Tema: “ANÁLISE DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE ESGOTO EM SINOP: ESTUDO DE CASO NO BAIRRO JARDIM DO OURO” e tem, como principal objetivo, verificar junto à população o nível de conhecimento e aceitação a respeito da implantação do esgotamento sanitário. É assegurado o seu anonimato e que a divulgação dos resultados não permitirá sua identificação, tendo em vista que estes serão tratados em conjunto com os demais participantes e refletirão as características do grupo como um todo e não dos indivíduos separadamente. Reitero que os dados obtidos serão utilizados com fins exclusivamente acadêmicos. Desde já agradecemos sua valiosa colaboração. 1. Quantas pessoas moram na residência? ________________________ 2. Sr(a) tem conhecimento de que o Saneamento Básico melhora as condições de vida, evita contaminação e proliferação de doenças e preserva o meio ambiente? ( ) Sim ( ) Não 3. Qual a forma de destinação de descarte dos dejetos sanitários de sua residência? ( ) Fossa séptica ( ) Fossa negra (buraco aberto e sem revestimento) ( ) céu aberto ( ) Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) 4. O esgoto sanitário, se não for adequadamente tratado, pode tornar-se um grande propagador de doenças? o (a) Sr(a) conhece o nível de importância nos serviços demostrados abaixo? ( ) Sim ( ) Não 5. Tiveram casos na família de doenças como virose, diarreia, cólera (infecção no intestino), dengue e hepatite A ou E nos últimos meses? ( ) Sim ( ) Não 6. Sr (a) tem conhecimento qual o destino final do esgoto coletado da sua cidade? ( ) Sim ( ) Não 7. Sr(a) possui condições para pagamento pelo esgoto sanitário?? ( ) Sim ( ) Não 8. Qual a sua opinião sobre o serviço prestado no tratamento de água no seu bairro? ( ) Bom ( ) Ruim 9. No seu bairro, em épocas chuvosas acontecem alagamentos? ( ) Sim ( ) Não 10. É do conhecimento do Sr(a) que, segundo dados do Instituto Trata Brasil, a cada um real investido em saneamento básico, economizam-se quatro reais em saúde pública? ( ) Sim ( ) Não
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