Buscar

Artigo - Danielli

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 18 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ANÁLISE DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE ESGOTO EM SINOP-
MT: ESTUDO DE CASO NO BAIRRO JARDIM DO OURO 
 
 
DANIELLI PALERMO BASTOS1 
GABRIELE WOLF 2 
 
 
RESUMO: O esgotamento sanitário é indispensável em todas as cidades, pois além de garantir 
que o meio ambiente não sofra com o lançamento dos efluentes, também melhora a qualidade 
de vida de toda a população, reduz gastos com internações e melhora o aspecto estético da 
cidade, valorizando cada vez mais os imóveis. Nesta pesquisa objetivou-se através de um estudo 
de caso no Bairro Jardim do Ouro, no município de Sinop-MT, investigar qual a visão que a 
população tem sobre o assunto coleta e tratamento de esgoto, quais os problemas enfrentados 
pela falta do mesmo e quais benefícios teriam com a implantação de tal recurso. Para esse fim, 
foram realizadas entrevistas com os moradores do bairro Jardim do Ouro através da aplicação 
de um questionário, buscando estipular o conhecimento da população que reside nesse bairro 
sobre saneamento básico e os benefícios imediatos, de médio e longo prazos que um sistema 
de coleta e tratamento de esgoto pode trazer. Foi constatado que a maioria da população desse 
bairro, tem conhecimentos generalistas sobre os benefícios que o Saneamento Básico pode 
trazer, porém muitos desconhecem até mesmo qual o destino final dos dejetos de suas 
resistências ou como esse sistema funciona. Além disso, a população se mostra contrária à 
implantação de um sistema de coleta e tratamento de esgoto, principalmente por razões 
econômicas, desprezando qualquer vantagem relacionada ao ambiente e saúde, evidenciando 
assim a necessidade de se difundir os benefícios sociais, ambientais e econômicos propiciados 
pelo saneamento básico, principalmente entre as comunidades mais desfavorecidas. 
 
PALAVRAS-CHAVE: Saneamento Básico; Esgotamento Sanitário; Qualidade de Vida; 
Saneamento e Universalização. 
 
 
ANALYSIS OF SINOP SEWAGE SYSTEM IMPLEMENTATION: CASE 
STUDY IN GOLDEN GARDEN 
 
ABSTRACT: Sanitary sewage is indispensable in all cities, as well as ensuring that the 
environment does not suffer from the discharge of effluents, also improves the quality of life of 
the entire population, reduces spending on hospitalizations and improves the aesthetic aspect 
of the city, valuing more and more real estate. The objective of this research was through a case 
study in Bairro Jardim do Ouro, Sinop-MT, to investigate what is the population's view on 
sewage collection and treatment, what are the problems faced by its lack and what benefits they 
would have from deploying such a feature. To this end, interviews were conducted with 
residents of the Jardim do Ouro neighborhood through the application of a questionnaire, 
seeking to stipulate the knowledge of the population living in this neighborhood about basic 
sanitation and the immediate, medium and long term benefits that a collection system has. and 
 
1 Acadêmica de Graduação, Curso de Engenharia Civil, Faculdade de Sinop – FASIPE, R. Carine, 11, Res. 
Florença, Sinop - MT. CEP: 78550-000. Endereço eletrônico: dani_11vol@hotmail.com 
 
2 Professora Mestre, Engenheira Agrícola e Ambiental , Curso de Engenharia Civil, Faculdade de Sinop – FASIPE, 
R. Carine, 11, Res. Florença, Sinop - MT. CEP: 78550-000. Endereço eletrônico: wolf_gabriele@yahoo.com.br 
mailto:dani_11vol@hotmail.com
mailto:wolf_gabriele@yahoo.com.br
 
sewage treatment can bring. It has been found that the majority of the population in this 
neighborhood has general knowledge about the benefits that Basic Sanitation can bring, but 
many are unaware of the final destination of the waste from their resistances or how this system 
works. In addition, the population is opposed to the implementation of a sewage collection and 
treatment system, mainly for economic reasons, disregarding any advantage related to the 
environment and health, thus evidencing the need to spread the social, environmental and 
economic benefits provided by the sanitation, especially among the most disadvantaged 
communities. 
 
KEYWORDS: Sanitation; Sanitary sewage; Quality of life; Sanitation and Universalization. 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Os relatos sobre as práticas de Saneamento Básico existem desde aproximadamente 
2000 a.C., porém, grandes mudanças foram registradas com o desenvolvimento do Império 
Romano. Eles desenvolveram práticas de higienização pessoal e técnicas para o controle de 
doenças, possuíam tanto conhecimento que criaram um livro que ficou vigente sem 
significativas alterações até o século XIX (RUBINGER, 2008). 
Ainda de acordo com Rubinger (2008), o grande problema, na época, era o fato de 
que vastos conhecimentos sobre as técnicas de saneamento ficaram guardadas entre poucas 
pessoas de maior status, fazendo com que este conhecimento ruísse junto com a queda do 
Império Romano. Logo após a sua queda, houve um gigantesco retrocesso em relação a tais 
práticas, evidenciado, principalmente, pelo consumo per capita de água, que chegou a incríveis 
índices de um litro por habitante ao dia. 
Saneamento Básico constitui um conjunto de medidas que visa promover à 
população ações como esgotamento sanitário, abastecimento de água, drenagem urbana, coleta 
de lixo e limpeza pública. Essas medidas visam proporcionar saúde e bem-estar para toda 
população, bem como garantir que não sejam escassos os recursos naturais existentes 
(RIBEIRO e ROOKE, 2010). 
Com o crescimento populacional desenfreado, problemas relacionados às 
epidemias passaram a existir por falta de cuidados com o descarte de lixos e dejetos; com isso, 
começaram a ser buscadas alternativas para evitar proliferação de doenças como cólera, febre 
tifoide e paratifoide e outras que podem ser causadas por insetos, como febre amarela e malária, 
surgindo, assim, as bases do saneamento (SANTOS, 2014). 
Atualmente, o Saneamento no Brasil possui um sistema de abastecimento de água 
muito abrangente, com altos índices de abastecimento, embora ainda não seja universalizado. 
Porém, quando se trata da coleta e tratamento de esgoto, a realidade é bem distinta, com 
pouquíssimas cidades com esgotamento sanitário, sem contar os inúmeros problemas devido ao 
lançamento inadequado de resíduos sólidos (DANTAS et al., 2012). 
De acordo com Machado et al. (2007), o Saneamento Básico é primordial para que 
um país possa ser considerado desenvolvido. Quando gerido de forma correta, ele traz 
benefícios grandiosos à população e até mesmo às finanças como: a redução de dias fora do 
serviço, redução da mortalidade infantil, valorização do imóvel, redução de gastos com a saúde, 
aumento do turismo, dentre outros. 
Nesse contexto, infelizmente, em muitas regiões, o entendimento da população é 
limitado em relação aos benefícios que o Saneamento Básico pode trazer. Esses benefícios, em 
geral, revelam-se a médio e longo prazos, porém geram melhorias para a qualidade de vida, 
contemplando uma infraestrutura de operações de coleta, transporte e tratamento de esgoto, 
 
permitindo que os dejetos tratados sejam devolvidos para o meio ambiente de uma forma que 
não irá afetá-lo (WAGNER, 2013). 
Diante disso, é relevante ter um sistema de coleta e tratamento de esgoto 
universalizado para toda a população, seja para garantir melhor saúde ou para melhorar as 
condições do meio ambiente, turismo e economia. 
Desta forma, esse artigo tem o objetivo de estudar as necessidades para a 
implantação de um sistema de esgoto no município de Sinop-MT, enfatizando o bairro Jardim 
do Ouro, a fim de verificar junto à população do bairro, o nível de conhecimento e aceitação a 
respeito da implantação do esgotamento sanitário; apurando as formas de coleta e tratamento 
de esgoto no bairro e os impactos positivos e negativos de implantação de um sistema de 
esgotamento sanitário no tocante à saúde da população, meio ambiente e economia do 
município. 
 
 
2. REVISÃO DE LITERATURA 
 
2.1 SaneamentoBásico 
O Saneamento Básico é definido como um conjunto de medidas que visa única e 
exclusivamente buscar a harmonização entre a saúde, o bem-estar e a preservação da natureza 
simultaneamente, incorporando vários aspectos como abastecimento de água, drenagem urbana 
das águas pluviais, esgotamento sanitário e uma série de outras medidas (SOUSA, SOUSA E 
ALVARES, 2015) 
De acordo com a última conferência realizada pelo Fundo das Nações Unidas 
(UNICEF) e Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2017, de cada dez pessoas no mundo, 
três não contam com serviços de abastecimento de água tratada para sanar suas necessidades 
básicas e esse número atinge cerca de 2,1 bilhões de habitantes. Quando se trata de sistema de 
esgoto, de cada dez pessoas, seis não possuem os serviços de saneamento seguro próximo às 
suas residências, correspondendo a 4 bilhões de habitantes, evidenciando o quão deficiente é o 
sistema de esgotamento sanitário em muitos países, mesmo com tanto conhecimento adquirido 
ao longo da história sobre o caso (UNICEF, 2017). 
Aprofundando um pouco mais esta reflexão, tem-se que dos 2,1 bilhões de 
habitantes que não contam com água devidamente processada, 844 milhões não têm acesso nem 
mesmo a serviços básicos de água; e 2,3 bilhões de habitantes não têm à disposição, serviço 
básico de esgoto sanitário (UNICEF, 2017). 
Ainda de acordo com o estudo realizado pela UNICEF (2017), a ausência de 
saneamento adequado traz prejuízos imensos à população. Estima-se que anualmente, 
aproximadamente 361 mil crianças com idade inferior a cinco anos, morrem devido à diarreia. 
A falta do correto esgotamento sanitário e água tratada acarretam outras doenças gravíssimas à 
sociedade, como a cólera, febre tifoide, hepatite A, entre outros. Além dos dados alarmantes já 
citados, a pesquisa mostra que, na maioria dos países investigados, o Saneamento Básico evolui 
de maneira lenta, ou seja, é bem provável que não esteja universalizado até 2030. 
 
2.2 Saneamento no Brasil 
Desde o Período Imperial, o sistema de esgoto no Brasil representa um assunto 
preocupante. Com o aumento da população, os dejetos e detritos domésticos foram se 
acumulando rapidamente e isso fez com que algumas medidas fossem criadas para resolver o 
problema que provocava mau cheiro e proliferação de doenças (BRITO, 2015). 
A partir no século XVIII, segundo Saker (2007), entre 1830 e 1840, houve relatos 
de uma grande epidemia de tifo e cólera; razão pela qual o diretor-geral de Saúde Pública, 
Osvaldo Cruz, iniciou uma luta para aniquilar essa epidemia. 
 
De acordo com Britto (2015), D. Pedro II, no ano de 1857, assinou um contrato para 
dar início a instalações de sistema de esgoto sanitário na capital Rio de Janeiro, tornando-a a 
segunda capital do mundo a possuir esse sistema. Sete anos após a assinatura do contrato, 
iniciaram-se as obras e, com isso, os problemas de Saúde Pública e ambiental começaram a 
diminuir, proporcionando benefícios à saúde da população e também ao meio ambiente. 
Segundo Cavinatto (1992), após se iniciar, no Rio de Janeiro, a luta para acabar 
com as epidemias e melhorar o quadro de saneamento básico; em 1907, o Engenheiro Saturnino 
de Brito criou o sistema de drenagem em Santos - SP, com o que as águas pluviais tiveram 
destinação correta, beneficiando a população daquela região. 
Atualmente, o saneamento básico ainda é pouco difundido no Brasil e expectativa 
de que sua cobertura seja universalizada está distante de se concretizar. O abastecimento de 
água melhorou conforme o passar dos anos, porém, na coleta e tratamento de esgoto, existem 
sérios déficits em todo país, principalmente em bairros mais carentes (BARAT, 1998). 
 
2.3 Sistema de esgotamento sanitário 
O esgoto sanitário é caracterizado como uma mistura de matérias orgânicas, sendo 
que o volume desse esgoto pode totalizar 99 % líquido e apenas 1% de matéria sólida, sendo 
que o tratamento de esgoto tem como objetivo principal separar essa mistura (CESAN, 2013). 
Os esgotos domésticos oriundos das residências familiares, comércios e afins, são 
compostos por água de banho, detergentes, água de lavagem, restos de comida e dejetos 
humanos. As fezes humanas são compostas por restos de comidas não digeridas, integradas às 
albuminas, às gorduras, às proteínas, o hidrato de carbono, além de uma infinidade de 
microrganismos (FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE, 2004). 
Existem diversos tipos de microrganismos que são eliminados junto às fezes, com 
destaque para os coliformes fecais, que estão presentes em grande escala, podendo chegar até 
a 1 bilhão por grama de fezes (HELLER, 1997). 
Para viabilizar o correto tratamento e descarte do esgoto sanitário no meio 
ambiente, é necessário que o tratamento atenda às condições de descarte previstas nas 
legislações; e, para isso, devem ser controladas as condições do tratamento para garantir a 
qualidade do efluente final. Existem, no mercado, diferentes sistemas de tratamento de esgoto 
adequados à qualidade pretendida de efluente final, como lagoas de estabilização, sistema de 
reator anaeróbio, entre outros, porém todos esses sistemas dependem de planejamento e alto 
investimento para instalação e funcionamento (ZUFFO, 2018) 
Pelo fato de o crescimento populacional, em grande parte do país, ter se dado de 
maneira desordenada, o sistema de esgotamento sanitário não acompanhou esse crescimento; 
em muitas regiões, o sistema de esgotamento sanitário utilizado nas residências constitui-se de 
fossas negras, método de implantação simples e econômico, porém, irregular e altamente 
prejudicial ao meio ambiente e saúde da população. Além disso, em algumas regiões, os dejetos 
são descartados diretamente em céu aberto, córregos e valas, agravando e contaminando, de 
forma devastadora, o meio ambiente e prejudicando a saúde da população (CESAN, 2013). 
 
2.3.1 Fossas Negras 
 
A fossa negra é executada da mesma forma que a fossa séptica, é composta por uma 
escavação, porém, sem cobertura e revestimento ela recebe os dejetos sem nenhuma proteção 
para evitar o contato direto com o solo. Conforme o material vai se decompondo, é absorvido 
imediatamente pelo solo e contaminando o lençol freático, essa contaminação é prejudicial para 
a saúde da população e também ao meio ambiente (COSTA, 2014). 
 
 
 
2.3.2 Sistema de Coleta e Tratamento de Esgoto 
 
De acordo com Dias (2009), os componentes fundamentais para o funcionamento 
de um sistema de esgoto sanitário, são as seguintes unidades: estação de tratamento de esgoto, 
rede coletora e estação elevatória. 
Segundo Tsutiya e Sobrinho (2011), os Sistemas de Esgoto Sanitários (SES) devem 
ser projetados para atender à coleta adequada de águas residuais e o transporte seguro dos 
efluentes sem afetar os recursos hídricos, além de promover o tratamento adequado destes 
efluentes sem que haja agressões ao meio ambiente. Desta forma, a fim de cumprir todos os 
requisitos e ter um funcionamento eficaz, os sistemas de esgoto devem possuir as estruturas, 
conforme se explica abaixo. 
Os ramais prediais são trechos construídos nas propriedades particulares com 
intuito de coletar e transportar os efluentes até a rede pública de coleta para conduzir os dejetos. 
Podem ser construídas individualmente ou interligadas em outras residências antes de serem 
conectadas com a rede coletora. Ramais interligados são usualmente utilizados quando existem 
vários imóveis em um mesmo terreno. 
 As redes coletoras de esgoto são um conjunto de tubulações responsáveis por 
receber e conduzir os efluentes da população. O sistema de esgoto é ligado à rede coletora 
através de um componente denominado coletor predial. A rede coletora pode ser composta por 
coletores tronco, que representam o coletor principal de uma bacia de drenagem; e os coletores 
secundários, que são ligados diretamente aos coletores troncos. 
A Estação de tratamento de esgoto (ETE) é uma unidade do sistemaresponsável 
por tratar todo o esgoto recolhido da população local e dar tratamento adequado para ser 
devolvido à natureza sem maiores impactos ambientais. Já a estação elevatória de esgoto (EEE), 
pode ser compreendida como um conjunto de equipamentos montados, geralmente, em uma 
edificação subterrânea, tendo a função de promover recalques na vazão do esgoto ao montante. 
Via de regra são utilizados apenas quando não é possível realizar a condução do esgoto com a 
ação da gravidade. 
Também são utilizados os tubos de inspeção e limpeza (TIL), os quais têm função 
similar em relação aos poços de visita, porém, não permitem visitas internas para a realização 
de manutenção, sendo necessário realizar inspeções externas com equipamentos apropriados. 
Os terminais de limpeza (TL) são elementos colocados sempre no ponto de início das redes e 
dispensam a utilização de um PV, já que, neste ponto, ainda não existe algum tipo de 
contribuição da rede. Permitem apenas o uso de equipamentos para limpeza da rede. 
Os interceptores são tubulações com diâmetros elevados, que recolhem os efluentes 
de vários coletores primários ao longo de seu comprimento e os conduzem até a Estação de 
Tratamento de Esgoto (ETE) e os emissários têm a função de receber o esgoto da rede coletora 
e transportar até a estação de tratamento de esgoto. 
 
2.4 Impactos na Saúde Pública 
De acordo com dados da UNICEF e OMS entre os anos de 2007 a 2015, doenças 
como dengue, diarreia e leptospirose, estão diretamente ligadas à falta de Saneamento Básico e 
aproximadamente 40% das internações hospitalares são de crianças. É primordial que o 
esgotamento sanitário seja universalizado de forma adequada e possa atender aos requisitos 
básicos da população, somente assim haverá redução desse quadro (INSTITUTO TRATA 
BRASIL, 2018). 
Segundo a OMS, o acesso a recursos hídricos potáveis e uma cobertura 
universalizada de saneamento básico, principalmente com coleta e tratamento de esgoto, 
tornam-se imprescindíveis para reduzir e, até mesmo, sanar doenças como diarreia, cólera, 
 
disenteria, entre outras consideradas infectocontagiosas (INSTITUTO TRATA BRASIL, 
2018). 
O sistema de coleta e tratamento de esgoto tem, por sua vez, a finalidade de dar a 
destinação correta dos dejetos humanos, objetivando, primordialmente, o controle e a 
prevenção de doenças relacionadas à sua não existência (FUNDAÇÃO NACIONAL DA 
SAÚDE, 2004). 
As soluções a serem empregadas, de acordo com a Fundação Nacional de Saúde 
(2004), têm as seguintes finalidades: evitar a poluição do solo e dos mananciais, evitar o contato 
dos lençóis freáticos com os dejetos humanos, proporcionar hábitos higiênicos, promover 
conforto e melhorar a estética da região e promover o combate de doenças endêmicas e 
epidêmicas. 
De acordo com o Instituto Trata Brasil (2013), regiões com menores índices de 
coberturas de esgoto apresentam maiores números de internações ocorridas por doenças 
acometidas pela falta de tratamento adequado de esgoto. Visto que regiões como Norte e 
Nordeste do Brasil, que possuem índices abaixo da média nacional, apresentando até 30% de 
cobertura de esgoto, são as regiões que apresentam os maiores valores de internações 
hospitalares. 
De acordo com Freitas (2014), segundo informações do Datasus do ano de 2013, 
340 mil internações por doenças gastrintestinais foram notificadas em todo país. 
Aproximadamente 173 mil por diarreia, 4,6 mil amebíases, shiguelose ou cólera e 162,7 mil 
por outras doenças causadas por infecções intestinais. Essas notificações caíram com o passar 
do tempo, porém, ainda o saneamento no país precisa melhorar, pois, com um sistema de esgoto 
adequado, muitas dessas doenças poderiam ser evitadas ou até mesmo sanadas. Entre os anos 
de 2009 a 2013, 19,3 milhões de pessoas, passaram a usufruir de coleta e tratamento de esgoto, 
no entanto, esse número é baixo, porque somente 48,7% das pessoas têm acesso a ele. 
 
2.5 Impactos ambientais 
A poluição no meio ambiente é um dos assuntos mais preocupantes no mundo 
atualmente. Ao fazer os despejos dos materiais sem tratamento adequado, afeta-se diretamente 
a população quanto à qualidade de vida e também na Saúde Pública (SOUZA, 2015). 
Segundo Gouveia (2000), no cenário atual, a população urbana já é maior que a 
rural; e, pelo fato de a urbanização desenfreada ocorrer principalmente nas grandes cidades, a 
escassez de serviços básicos de saneamento básico é relativamente preocupante, principalmente 
em aspectos ambientais. 
A busca pela sustentabilidade nas grandes cidades tem uma dificuldade ambiental 
significativa, pois, dado à quantidade elevada de pessoas, os problemas ambientais também se 
tornam superiores, exigindo-se, assim, maiores cuidados com serviços de saneamento, como 
abastecimento hídrico, coleta de lixo, sistema de coleta e tratamento de esgoto, entre outros 
serviços (PHILIPPI JR, 2002). 
Ainda de acordo com o autor Philippi (2002), é necessário acrescentar estratégias 
de gestão ambiental para fortalecer o desenvolvimento sustentável, principalmente nos grandes 
centros que sofrem mais com a falta de saneamento. Essa gestão deve dispor de estratégias de 
prevenção e controle de meios que impactam negativamente o meio ambiente, como: poluição 
dos recursos hídricos, uso desenfreado da ocupação do solo, infraestrutura projetada 
inadequadamente, principalmente nas periferias das cidades, onde o esgoto é a céu aberto e o 
lixo não é coletado de maneira correta. 
O tratamento de efluentes oferece diversos benefícios para o meio ambiente e, 
atualmente, há uma séria de normas ambientais e leis que servem para regular e aplicar punições 
para empresas que despejam materiais que contaminam o meio ambiente, porém, os dejetos 
 
humanos, em muitas localidades, ainda são despejados a céu aberto e não ocorre uma 
fiscalização efetiva para punir esse tipo de ação (SOUSA, 2015). 
Segundo Bovolato (2017), um bom sistema de saneamento traz diversas melhorias 
para a qualidade de vida e economia da população, sendo elas: preservação ambiental, 
despoluição dos rios, preservação dos recursos hídricos, tratamento dos dejetos provenientes de 
esgoto para devolução ao meio ambiente, implementação de hábitos higiênicos na população e 
maior facilidade na execução de limpeza pública. 
 
 
3. MATERIAL E MÉTODOS 
 
O bairro Jardim do Ouro localiza-se à margem esquerda da BR 163 sentidos Sinop-
Santarém, resultado de uma ocupação ilegal de território pelos moradores. O bairro é residido 
por moradores economicamente da classe baixa, foi recentemente legalizado e apresenta 
escassa e precária infraestrutura de cobertura de Saneamento Básico. 
 
Figura 1: Mapa do bairro Jardim do Ouro no município de Sinop-MT 
 
Fonte: Google Mapas (2019) 
 
Primeiramente, a empresa que possui a concessão para a coleta e tratamento de 
esgoto AEGEA, foi consultada para que fosse possível identificar se o bairro em estudo já se 
enquadra no planejamento para implantação de um sistema de coleta e tratamento de esgoto, 
garantindo, com isso, que a população venha a ter melhor qualidade de vida, melhoria na saúde 
e menor degradação do meio ambiente. 
Em seguida, através de um questionário, foram realizadas entrevistas com 
moradores de residências do bairro Jardim do Ouro, buscando estipular o conhecimento da 
população que reside nesse bairro sobre os seguintes assuntos: saneamento básico; os benefícios 
imediatos, de médio e longo prazos que um sistema de coleta e tratamento de esgoto pode trazer; 
os impactos que a falta desse sistema causa na vida da população principalmente relacionados 
à saúde; os tipos de vetores de doenças encontrados no bairro; se os moradores são afetados por 
doenças que são provenientes da falta de saneamento e a degradação que afeta o meio ambiente. 
Para definição do tamanho da amostra, foi realizada uma pesquisa piloto com 
moradores de 50 residências (valor definidocom base no número de ligações de água ativas no 
bairro que, de acordo com dados fornecidos pela concessionária, totalizavam 277 ligações). 
O questionário previamente padronizado e neutro ao estudo, de forma a não 
interferir ou influenciar na resposta na forma de entrevista, consistiu de dez questões conforme 
apresentado no Anexo 1. 
 
 
 
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Os dados foram obtidos no ano de 2019, através da aplicação de um questionário 
em uma única etapa no bairro Jardim do Ouro, do município de Sinop- MT, para uma amostra 
de 50 moradores, representando 50 residências. O mapa de Sinop- MT está demonstrado no 
mapa na figura 1 conforme abaixo. 
De acordo com dados fornecidos pela AEGEA o município de Sinop-MT o 
Saneamento básico apresenta números abaixo dos ideais. O abastecimento de água demonstra 
números excelentes, porém o sistema de esgotamento sanitário é pouco difundido e se essa 
evolução continuar a crescer de maneira lenta, é bem provável que não esteja universalizado 
nos próximos anos, visto que a cobertura de coleta e tratamento de esgoto atual é de 
aproximadamente 23 % do total de residências do município. 
Após a aplicação do questionário foi realizado uma análise dos dados coletados 
junto à população. Os gráficos enfatizaram as ideias que o morador do Bairro Jardim do Ouro 
tem sobre o que envolve o Saneamento Básico. 
O Gráfico 1 a seguir demonstra a idade da população que reside no Bairro Jardim 
do ouro, esses dados são importantes para saber principalmente se há crianças nessas 
residências, pois, segundo dados do UNICEF (2017), estima-se que anualmente 
aproximadamente 361 mil crianças com idade inferior a cinco anos morrem devido à diarreia e 
outras doenças que são ocasionadas pela falta de saneamento básico. 
 
Gráfico 1– Qual a idade das pessoas que moram na residência?
 
 
O Gráfico 2 demonstra o tipo de forma de destinação dos dejetos da população que 
reside do Bairro Jardim do Ouro. Sabendo-se que o bairro escolhido para ser realizado o 
presente questionário não possui sistema de coleta e tratamento de esgoto, 90% dos 
entrevistados responderam que o tipo de destinação é o a fossa séptica, esse modelo de fossa é 
uma das mais seguras, quando comparada com outros meios de destinação, como fossa negra e 
esgoto a céu a aberto, a mesma já possui cerca de 100 anos de existência, sendo comum no 
Brasil, de acordo com Souza (2015). Mesmo a porcentagem das respostas ser bem significativo, 
muitos ainda não possuem conhecimento sobre o tipo de forma de destinação dos dejetos de 
sua residência e acreditam que somente a fossa séptica pode realizar o tratamento desses 
dejetos. 
 
31%
16%26%
27%
0 a 10 10 a 20 20 a 40 acima de 40
 
Gráfico 2– Qual a forma de destinação de descarte dos dejetos sanitários de sua residência?
 
 
O Gráfico 3 apresenta que os entrevistados quando perguntados sobre as melhorias 
que o saneamento pode trazer, apesar da maioria conhecer tais benefícios, muitos ainda são 
leigos sobre o assunto e não tinham conhecimento que um saneamento bem difundido pode 
evitar doenças e melhorar as condições de vida. Segundo o Instituto Trata Brasil (2018) doenças 
como dengue, diarreia e leptospirose, estão diretamente ligadas à falta de Saneamento Básico e 
as crianças são as mais afetadas por esses tipos de doenças. É de extrema importância que haja 
coleta e tratamento de esgoto sanitário somente assim irá reduzir e evitar essas doenças. e esgoto 
a céu a aberto; ela é usada já há cerca de 100 anos, sendo comum no Brasil, de acordo com 
Souza (2015). 
 
Gráfico 3– Sr(a) tem conhecimento que o Saneamento Básico melhora as condições de vida, evita contaminação 
e proliferação de doenças e preserva o meio ambiente? 
 
 
O Gráfico 4 apresenta que mais da maioria (78%) tem ciência de que o esgoto 
sanitário quando não é adequadamente tratado pode se tornar um grande propagador de 
doenças, porém, 22% das pessoas entrevistadas não possuem conhecimento sobre as doenças 
que podem ser causadas pela falta de saneamento e que quando essas doenças são evitadas, há 
uma diminuição em gastos com saúde e principalmente uma melhoria nas condições de vida da 
população. 
 
Gráfico 4– O esgoto sanitário, se não for adequadamente tratado, pode se tornar um grande propagador de 
doenças? 
90%
0%
0% 0%
10%
Fossa séptica Fossa negra céu aberto
ETE Não Sabe
24%
76%
Sim Não
 
 
 
O Gráfico 5 apresenta doenças que são ocasionadas pela falta de um Saneamento 
Básico bem difundido. A doença que mais ocorreu na população da pesquisa foi a popular 
“virose”, que apresenta sintomas como diarreia e é mais evidente em crianças. Doenças como 
essas poderiam ser evitadas se houvesse a universalização do Saneamento Básico. De acordo 
com o Instituto Trata Brasil (2013), regiões com menores índices de coberturas de esgoto 
apresentam maiores números de internações ocorridas por doenças acometidas pela falta de 
tratamento adequado de esgoto. 
 
Gráfico 5 – Tiveram caso na família de doenças como virose, diarreia, cólera (infecção no intestino), dengue e 
hepatite A ou E nos últimos meses? 
 
 
O Gráfico 6 demonstra qual o conhecimento da população em relação ao destino 
final dos dejetos coletados no munício de Sinop- MT. Como já era de se esperar, as pessoas não 
possuem conhecimento que no município já tem esgoto sendo coletado e tratado, e nem como 
esse sistema funciona. Por não possuírem tais conhecimento, a população acaba não possuindo 
hábito de fazer cobranças ou exigências para que os serviços de Saneamento Básico se 
universalizem e elas sejam atendidas por esse serviço. 
 
Gráfico 6 – Sr(a) tem conhecimento sobre qual o destino final do esgoto coletado da sua cidade? 
78%
22%
Sim Não
30%
70%
Sim Não
 
 
 
O Gráfico 7 apresenta um número elevado de pessoas que não possuem condições 
de arcar com os gastos mensais de pagamento pelo uso de coleta e tratamento de esgoto. Um 
dos fatores que pode explicar o resultado dessa pergunta, é que a população não possui 
conhecimento sobre os benefícios e economias com gastos com saúde que se obteria com o 
sistema de coleta e tratamento funcionando de maneira adequada. 
 
Gráfico 7 – Sr(a) possui condições para pagamento de esgoto sanitário? 
 
 
O Gráfico 8 mostra que a população está satisfeita com os serviços prestados no 
tratamento de água, 90% respondeu que nunca sofreram com a falta de água e nem com a 
qualidade. Mesmo tendo os outros serviços de saneamento bem escassos, como esgoto, 
drenagem e limpeza das ruas, o tratamento de água funciona de maneira adequada. 
 
Gráfico 8 – Qual a sua opinião sobre o serviço prestado no tratamento de água no seu bairro? 
20%
80%
Sim Não
4%
96%
SIM NÃO
 
 
 
O Gráfico 9 apresenta que por falta de infraestrutura adequada, com um sistema de 
drenagem correto, ocorrem muitos alagamentos, também devido ao fato de que nem todas as 
ruas são asfaltadas e possuem sistema de drenagem como valetas e bueiros, isso faz com haja 
alagamentos em épocas chuvosas. Segundo Leal (2008) um sistema de drenagem adequado 
proporciona diversos benefícios como, o desenvolvimento viário, redução da manutenção das 
vias públicas, valorização dos imóveis existentes nas áreas onde existe um sistema de drenagem 
adequado, rápido escoamento das águas superficiais, além de melhorias no trânsito. 
 
Gráfico 9 – No seu bairro, em épocas chuvosas acontecem alagamentos? 
 
 
O Gráfico 10 demonstra de maneira quase que unanime que a população não possui 
conhecimento de tais dados, isso mostra que essa informação é pouco divulgada, uma possível 
causa é a resistência das pessoas em aceitar as cobranças provenientes da implantação de um 
sistema de coleta de tratamento de esgoto. Quando se trata do abastecimento de água a 
população vê de outra forma e a aceitação é muito maior, mas quando se trata do esgoto muitos 
não aceitam. Esse cenário evidencia que a falta de informaçãoé raiz de boa parte dos problemas 
associados às críticas expressivas a eventuais cobranças para a instalação de sistemas de 
saneamento. 
 
Gráfico 10 – É do conhecimento do Sr(a) que, segundo dados do Instituto Trata Brasil, a cada um real investido 
em Saneamento Básico, economizam-se quatro reais em saúde pública? 
90%
10%
BOM RUIM
96%
4%
SIM NÃO
 
 
 
 
5. CONCLUSÃO 
 
Após apresentar os dados coletados com observações sobre os entendimentos 
demonstrados pelos moradores do bairro, foi possível constatar fortes indícios relacionados à 
escassez de Saneamento Básico e pelos problemas que podem ser ocasionados pela falta deste, 
como proliferação de doenças e a degradação ao meio ambiente. Por esse motivo, tem-se um 
déficit de coleta e tratamento de esgoto de uma forma geral, afetando não somente a saúde, mas 
também a economia, meio ambiente e bem-estar da população. 
Para se obter a universalização dos serviços em Saneamento Básico, melhorar a 
qualidade da mesma e tornar o meio ambiente mais saudável, necessita-se de ações e planos de 
planejamento para que busquem aumentar os recursos para investir mais em implantação de 
todos os conjuntos dos sistemas, como esgotamento sanitário, abastecimento de água, drenagem 
urbana, coleta de lixo e limpeza pública, com isso irá ocorrer uma grande redução de danos ao 
ambiente especialmente nos solos e nos recursos hídricos, além de diminuir proliferação de 
doenças. 
Foi possível constatar que a maioria da população do Bairro Jardim do Ouro, tem 
conhecimento sobre os benefícios que o Saneamento Básico pode trazer na vida deles, porém 
muitos ainda são leigos no assunto. Algumas pessoas não conhecem qual o destino final dos 
dejetos que saem de suas resistências e nem sabem como esse sistema funciona. Além disso, a 
população ainda não é favorável à implantação do sistema de coleta e tratamento de esgoto, 
sabendo-se que maioria é contrário por motivos econômicos ou por não ter conhecimento dos 
benefícios. Tendo em vista que essa região se trata de um bairro de classe baixa a cobrança 
desse sistema certamente ocasionaria inquietações na população que já não apresenta condições 
razoáveis e suficientes de renda para manutenção de sua família. 
Por fim, fica recomendado que a sociedade como um todo, faça cobranças para seus 
governantes, buscando melhorias para ocorrer a universalização do Saneamento Básico, pois, 
com isso também haverá menos degradação ao meio ambiente à saúde e isso irá prevenir 
incidentes de doenças e agravos para as gerações atuais e as futuras. Que seja divulgado em 
escolas, jornais, revistas, redes sociais, entre outros, todos os benefícios que o Saneamento 
Básico pode trazer, pois somente com a informação a população poderá correr atrás de seus 
direitos e principalmente lutar para que o Saneamento Básico seja efetivamente um direito 
humano e não um bem negociável. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
2%
98%
SIM NÃO
 
BARAT, J. O financiamento da infraestrutura urbana: os impasses, as perspectivas 
institucionais, as perspectivas financeiras. In: IPEA. Infraestrutura: perspectivas de 
reorganização (financiamento), Brasília. 1998 
 
BOVOLATO, L. E. Saneamento Básico e Saúde, 2017. Disponível em: 
<http://www.uft.edu.br/revistaescritas/sistema/uploads/saneamento-bacc81sico-e-
saucc81de.pdf>. Acesso em: 04 mar. 2019. 
 
BRITTO, E. R. História do Tratamento de Esgotos do Estado do Rio de Janeiro. Rio de 
Janeiro: [s.n.], 2015. 
CAVINATTO, V. M. Saneamento Básico: fonte de saúde e bem-estar. São Paulo: Moderna, 
1992. 
 
CESAN. Tratamento de esgoto, 2013. Disponível em: < http://www.cesan.com.br/wp-
content/uploads/2013/08/APOSTILA_TRATAMENTO_ESGOTO.pdf>. Acesso em: 15 mar. 
2019. 
 
COSTA, C. C, GUILHOTO, J. J. M. Saneamento rural no Brasil: impacto da fossa séptica 
biodigestora, 2014. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/esa/v19nspe/1413-4152-esa-
19-spe-0051.pdf>. Acesso em: 15 mar. 2019. 
 
DANTAS, F. V. A. et al. FACEF. Uma Análise da Situação do Saneamento no Brasil, 2012. 
Disponível em: 
<http://periodicos.unifacef.com.br/index.php/facefpesquisa/article/view/549/513>. Acesso 
em: 18 abr. 2019. 
 
DIAS, M. S. O. UFPA. Sistema de Esgotamento Sanitário Proposta de Concepção ´para 
Universalização do Atendimento até 2030, 2009. Disponível em: 
<http://www.ufpa.br/ppgec/data/producaocientifica/Monique%20Dias.pdf>. Acesso em: 03 
mar. 2019. 
 
FREITAS, F. G. D. CEBDS. Benefícios econômicos da expansão do saneamento, 2014. 
Disponível em: <http://cebds.org/wp-content/uploads/2014/03/Relatorio_Beneficios-
Economicos-do-Saneamento.pdf>. Acesso em: 03 mar. 2019 
 
FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE. Manual do Saneamento. Brasília: [s.n.], 2004. 
 
GOUVEIA, N. Saúde e meio ambiente nas cidades: conceito de saúde ambiental. Saúde e 
sociedade, n8, v1, 2000. 
 
HELLER, L. Saneamento e Saúde. Brasília: Organização Pan-Americana da 
Saúde/Organização Mundial da Saúde. 1997. 
 
INSTITUTO TRATA BRASIL. Benefícios Econômicos e Sociais da Expansão do 
Saneamento no Estado de São Paulo, 2013. Disponível em: 
<http://tratabrasil.org.br/datafiles/uploads/estudos/beneficios/Estudo-Completo-GO.pdf>. 
Acesso em: 05 mar. 2019. 
 
 
INSTITUTO TRATA BRASIL. 20 melhores cidades do Ranking de Saneamento 2018, 
2018. Disponivel em: <http://www.tratabrasil.org.br/blog/2018/04/24/investimentos-das-100-
maiores-cidades/>. Acesso em: 05 mar. 2019. 
MACHADO, EDILSON E. W et al. Manual de Saneamento,2007. Disponível: < 
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/ambiente/Manual%20de%20Saneamento.p
df>. Acesso em: 05 mar. 2019. 
 
LEAL, F. C. T. Sistemas de saneamento ambiental. 4ª. ed. Juiz de Fora: [s.n.], 2008. 
 
MAYS, L. W. Water Distribution System Handbook. USA: [s.n.], 2000. 
 
PHILIPPI JR, A. Saneamento, Saúde e Ambiente: fundamentos para um desenvolvimento 
sustentável. Barueri, SP: Manoele, 2002. 
RIBEIRO, J. W.; ROOKE, J. M. S. UFJF. Saneamento Básico e sua relação com a saúde 
pública, 2010. Disponível em: <http://www.ufjf.br/analiseambiental/files/2009/11/TCC-
SaneamentoeSa%C3%BAde.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2019. 
 
RUBINGER, Sabrina Dionísio. Desvendando o conceito de saneamento no brasil: uma 
análise da percepção da população e do discurso técnico contemporâneo,2008. Disponivel 
em: < http://www.smarh.eng.ufmg.br/defesas/528M.PDF> Acesso em 04 mar. 2019. 
 
SAKER, J. P. P. Saneamento Básico e Desenvolvimento, 2007. Disponível em: 
<http://www.dominiopublico.gov.br/download/teste/arqs/cp061777.pdf>. Acesso em: 04 mar. 
2019. 
 
SANTOS, HELAINE MARIA NAVES. Saneamento e saúde ambiental em Araguari-MG, 
2014. Disponivel: 
<https://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/15985/1/SaneamentoSaudeAmbiental.pdf>. 
Acesso em: 04 mar. 2019. 
 
SOUSA, C. D. S.; SOUSA, S. C. S.; ALVARES, A. M. PUC Minas. Diretrizes normativas 
para o Saneamento Básico no Brasil, 2015. Disponível em: 
<http://periodicos.pucminas.br/index.php/geografia/article/view/8243>. Acesso em: 05 mar. 
2019. 
 
SOUZA, K. F. O. Fossas negras: um problema para o meio ambiente e para a saúde 
pública, 2015. Disponível em: < 
http://repositorio.faema.edu.br:8000/bitstream/123456789/531/1/SOUZA%2C%20K.%20F.%
20O.%20-
%20FOSSAS%20NEGRAS..%20UM%20PROBLEMA%20PARA%20O%20MEIO%20AM
BIENTE%20E%20PARA%20A%20SA%C3%9ADE%20P%C3%9ABLICA.pdfhttp://period
icos.pucminas.br/index.php/geografia/article/view/8243 >. Acesso em: 05 mar. 2019. 
TSUTIYA, M. T.; SOBRINHO, P. A. Coleta e Transporte de Esgoto Sanitário. 3ª. ed. São 
Paulo: [s.n.], 2011. 
 
UNICEF. 6,2 milhões de Brasileiros não têm água potável em casa e 29 milhões não 
possuem saneamento seguro, 2017. Disponível em: 
<https://www.unicef.org/brazil/pt/media_36643.html>. Acesso em: 05 mar. 2019. 
 
 
ZUFFO, C. K. Panorama do tratamento de esgoto sanitário nas regiões Sul, Sudeste e 
Centro-Oeste do Brasil: tecnologias mais empregadas. 2018. Disponível em: < 
http://revistadae.com.br/downloads/edicoes/Revista-DAE-213.pdf>.Acesso em: 14 mai. 2019. 
 
WAGNER, VANIZE RONEIDE. SANEAMENTO BÁSICO: Gestão de serviços de esgoto 
do Município de Lagoa dos Três Cantos, 2013. Disponível em: < 
https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/222/Wagner_Vanize_Roneide.pdf?sequence=1
>. Acesso em: 04 mar. 2019. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXO 1 
 
 
Questionário 
Este questionário faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do Curso de Engenharia Civil. Tema: 
“ANÁLISE DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE ESGOTO EM SINOP: ESTUDO DE CASO NO BAIRRO 
JARDIM DO OURO” e tem, como principal objetivo, verificar junto à população o nível de conhecimento e 
aceitação a respeito da implantação do esgotamento sanitário. 
É assegurado o seu anonimato e que a divulgação dos resultados não permitirá sua identificação, tendo em vista 
que estes serão tratados em conjunto com os demais participantes e refletirão as características do grupo como um 
todo e não dos indivíduos separadamente. Reitero que os dados obtidos serão utilizados com fins exclusivamente 
acadêmicos. 
Desde já agradecemos sua valiosa colaboração. 
1. Quantas pessoas moram na residência? ________________________ 
2. Sr(a) tem conhecimento de que o Saneamento Básico melhora as condições de vida, evita contaminação e 
proliferação de doenças e preserva o meio ambiente? 
 
( ) Sim ( ) Não 
 
3. Qual a forma de destinação de descarte dos dejetos sanitários de sua residência? 
 
( ) Fossa séptica ( ) Fossa negra (buraco aberto e sem revestimento) ( ) céu aberto 
 
( ) Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) 
 
4. O esgoto sanitário, se não for adequadamente tratado, pode tornar-se um grande propagador de doenças? o 
(a) Sr(a) conhece o nível de importância nos serviços demostrados abaixo? 
 
( ) Sim ( ) Não 
 
 
5. Tiveram casos na família de doenças como virose, diarreia, cólera (infecção no intestino), dengue e hepatite A 
ou E nos últimos meses? 
 
( ) Sim ( ) Não 
6. Sr (a) tem conhecimento qual o destino final do esgoto coletado da sua cidade? 
 
( ) Sim ( ) Não 
 
 
7. Sr(a) possui condições para pagamento pelo esgoto sanitário?? 
 
( ) Sim ( ) Não 
 
8. Qual a sua opinião sobre o serviço prestado no tratamento de água no seu bairro? 
 
( ) Bom ( ) Ruim 
 
9. No seu bairro, em épocas chuvosas acontecem alagamentos? 
 
( ) Sim ( ) Não 
 
10. É do conhecimento do Sr(a) que, segundo dados do Instituto Trata Brasil, a cada um real investido em 
saneamento básico, economizam-se quatro reais em saúde pública? 
 
( ) Sim ( ) Não

Outros materiais