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Sucessões Prof. Fernando Netto Abertura Sucessões Profa. Me. Shirley Graff 1 Direito das Sucessões Efetiva transferência de direitos de uma pessoa para outra “Vir após”, “vir para o lugar de”, “tomar o lugar de” Estuda e regulamenta a destinação do patrimônio da pessoa física ou natural em decorrência de sua morte, verificando-se qual o patrimônio (herança) que será transferido (sucessão) e quem serão as pessoas que o receberão (herdeiros) 2 “Inter vivos” e “causa mortis” Sucessão “inter vivos” é provocada pelos negócios jurídicos que ocorrem durante a vida do declarante Sucessão “causa mortis” é aquela cuja transferência patrimonial dar-se-á por causa ou concausa da morte da pessoa física ou natural, só operando seus efeitos a partir daí Transmissor, transmitente, morto, falecido, prefalecido, defunto, autor da herança, inventariado, hereditando, “de cuius”, de cujos, de cujo, passado Sucessor assume o lugar do falecido, sub-rogando-se em seus direitos, créditos e débitos 3 Sucessão hereditária Código Civil de 2002: Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários. Art. 1.786. A sucessão dá-se por lei ou por disposição de última vontade. Sentido objetivo – objeto material do direito sucessório – patrimônio transmitido Sentido subjetivo – sucessores legais e/ou testamentários Bens da herança: A título universal A título singular 4 Espécies de sucessão “mortis causa” e de herdeiros Herdeiros legais ou legítimos – definição e ordem estabelecidas por lei Herdeiros necessários ou legitimários – CC/02, art. 1.845. “São herdeiros necessários os descendentes, os ascendentes e o cônjuge” Facultativos – CC/02, art. 1.850. “Para excluir da sucessão os herdeiros colaterais, basta que o testador disponha de seu patrimônio sem os contemplar” Testamentários – escolhidos pelo hereditando através de negócio jurídico de última vontade denominado “testamento” – CC/02, art. 1.857. “Toda pessoa capaz pode dispor, por testamento, da totalidade dos seus bens, ou de parte deles, para depois de sua morte” Legatários – sucessão a título singular ou particular (legados) 5 Indignidade e deserdação Sanções civis aplicáveis àqueles que não se comportaram bem com o autor da herança Indignidade Deserdação 1. A indignidade é ato reconhecido mediante uma ação de indignidade, prevista no art. 1.185 do Código Civil 1. A deserdação se manifesta por ato de vontade do autor da herança por meio do testamento, logo, somente o autor da herança pode deserdar 2. Qualquer sucessor (seja herdeiro ou legatário) pode ser indigno 2. Somente o herdeiro necessário pode ser deserdado 3. A indignidade é reconhecida por ato praticado antes ou depois da abertura da sucessão 3. A deserdação se dá por ato praticado antes da abertura da sucessão 4. As causas de indignidade estão previstas no art. 1.814 4. As causas de deserdação são as mesmas de indignidade (art. 1.814) e também as previstas nos arts. 1.962 e 1.963 6 Indignidade Código Civil de 2002 Art. 1.814. São excluídos da sucessão os herdeiros ou legatários: I - que houverem sido autores, co-autores ou partícipes de homicídio doloso, ou tentativa deste, contra a pessoa de cuja sucessão se tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente; II - que houverem acusado caluniosamente em juízo o autor da herança ou incorrerem em crime contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou companheiro; III - que, por violência ou meios fraudulentos, inibirem ou obstarem o autor da herança de dispor livremente de seus bens por ato de última vontade. 7 Deserdação Código Civil de 2002 Art. 1.962. Além das causas mencionadas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos descendentes por seus ascendentes: I - ofensa física; II - injúria grave; III - relações ilícitas com a madrasta ou com o padrasto; IV - desamparo do ascendente em alienação mental ou grave enfermidade. Art. 1.963. Além das causas enumeradas no art. 1.814, autorizam a deserdação dos ascendentes pelos descendentes: I - ofensa física; II - injúria grave; III - relações ilícitas com a mulher ou companheira do filho ou a do neto, ou com o marido ou companheiro da filha ou o da neta; IV - desamparo do filho ou neto com deficiência mental ou grave enfermidade. 8 Herança jacente e vacante Código Civil de 2002 Art. 1.819. Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro legítimo notoriamente conhecido, os bens da herança, depois de arrecadados, ficarão sob a guarda e administração de um curador, até a sua entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância. Art. 1.820. Praticadas as diligências de arrecadação e ultimado o inventário, serão expedidos editais na forma da lei processual, e, decorrido um ano de sua primeira publicação, sem que haja herdeiro habilitado, ou penda habilitação, será a herança declarada vacante. 9 Obrigado! Até a próxima Profa. Me. Shirley Graff Email: shirley.graff@eadlaureate.com.br 10
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