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DIREITO DAS SUCESSOES SLIDE AULAS 1

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ORIGEM E FUNDAMENTO 
 
Professora: STELA CABRAL 
 
 CLÓVIS BEVILÁQUA conceitua o direito 
das sucessões como “o complexo dos 
princípios segundo os quais se realiza a 
transmissão do patrimônio de alguém que 
deixa de existir.” 
 Evolução histórica do direito 
sucessório remonta à mais alta 
antiguidade, sempre ligado à ideia de 
continuidade da religião e da família. 
Em Roma, na Grécia e na Índia, a 
religião desempenha, com efeito, papel 
de grande importância para a 
agregação familiar. 
 Relata FUSTEL DE COULANGES, a 
propósito, que o culto dos antepassados 
desenvolve-se diante do altar doméstico, 
não havendo castigo maior para uma 
pessoa do que falecer sem deixar quem 
lhe cultue a memória, de modo a ficar seu 
túmulo ao abandono. Cabe ao herdeiro o 
sacerdócio desse culto. 
 “mors omnia solvit” - a morte acaba com 
tudo 
 Esse princípio se aplica ao Direito Eleitoral, 
Penal e de Família, de modo que os direitos 
políticos, a punibilidade, o casamento e o 
poder familiar se extinguem com a morte. Já 
no Direito das Sucessões é com a morte que 
tudo começa, pois a vida terminou, mas o 
patrimônio do extinto subsiste e será 
transferido a seus herdeiros. 
 
 Dispõe o art. 1.784 do Código Civil: “Aberta a 
sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos 
herdeiros legítimos e testamentários”. 
 A existência da pessoa natural termina com a morte 
real (CC, art. 6º). Como não se concebe direito 
subjetivo sem titular, no mesmo instante em que 
aquela acontece abre-se a sucessão, transmitindo-se 
automaticamente a herança aos herdeiros legítimos 
e testamentários do de cujus. 
 Não há falar em herança de pessoa viva, 
embora possa ocorrer a abertura da 
sucessão do ausente, presumindo-se-lhe a 
morte (CC, arts. 26 e s.). 
 Com a morte, pois, transmite-se a herança 
aos herdeiros, de acordo com a ordem de 
vocação hereditária estabelecida no art. 
1.829 do Código Civil. Na falta destes, 
será a herança recolhida pelo Município, 
pelo Distrito Federal ou pela União, na 
conformidade do disposto no art. 1.844 do 
mesmo diploma. 
 SUCESSÃO: é a transferência de bens de 
uma pessoa para a outra e pode se dar 
duas forma: 
 Por vontade das partes 
 Em razão da morte. 
Obs: É proibido o pacto sucessório, 
conforme artigo 426 do CC 
 Aquele que morre é chamado de sujeito ativo 
da sucessão, de cujus ou autor da herança. 
 
 Os sujeito passivos são os sucessores, 
denominados herdeiros 
 PROVA DA MORTE: A existência da 
pessoa natural termina com a morte, 
conforme art. 6º do CC, sendo 
desnecessário o reconhecimento judicial. 
 A morte é fato jurídico, pois cria 
direitos e deveres para os que ficam 
vivos. 
 É necessário precisar o exato instante 
do falecimento. 
 É o registro do óbito que prova a 
morte. 
 MORTE PRESUMIDA: Na impossibilidade de se 
proceder o óbito, é preciso ocorrer à prova indireta da 
morte. 
 Circunstância que ensejam a declaração da morte de 
alguém: 
 Ausência (art. 6º CC); 
 Quando for extremamente provável a morte de 
alguém que estava em perigo de vida ( art.7º, inciso I 
CC); 
 Se alguém, desaparecido em campanha ou feito 
prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o 
término da guerra ( art.7º, inciso II CC); 
 
 para que haja sucessão é necessário que o 
herdeiro sobreviva ao hereditando. Há 
casos, no entanto, em que ambos falecem 
em condições que impossibilitam precisar 
qual deles morreu primeiro e se ocorreu 
ou não a sobrevivência do herdeiro. Essas 
hipóteses de morte simultânea recebem a 
denominação de comoriência. 
 Não há, pois, transferência de bens e 
direitos entre comorientes. Por 
conseguinte, se morre em acidente casal 
sem descendentes e ascendentes, sem 
saber qual morreu primeiro, um não 
herda do outro. Assim, os colaterais da 
mulher ficarão com a meação dela; 
enquanto os colaterais do marido ficarão 
com a meação dele. 
 Uma vez aberta a sucessão, dispõe o art. 
1.784 do Código Civil, a herança 
transmite-se, desde logo, aos herdeiros. 
Nisso consiste o princípio da Saisine, 
segundo o qual o próprio defunto 
transmite ao sucessor a propriedade e a 
posse da herança. 
 O princípio da saisine surgiu na Idade Média e 
foi instituído pelo direito costumeiro francês, 
como reação ao sistema do regime feudal. Por 
morte do arrendatário, a terra arrendada devia 
ser devolvida ao senhor, de modo que os 
herdeiros do falecido teriam de pleitear a 
imissão na posse, pagando para tal uma 
contribuição. Para evitar o pagamento desse 
tributo feudal, adotou-se a ficção de que o 
defunto havia transmitido ao seu herdeiro, e no 
momento de sua morte, a posse de todos os seus 
bens. 
 Direito das sucessões se divide em quatro 
partes: 
◦ Sucessão em geral (arts. 1.784 a 1.828, CC) 
◦ Sucessão legítima (arts. 1.829 a 1.856, CC) 
◦ Sucessão testamentária (arts. 1.857 a 1.990, CC) 
◦ Inventário e partilha (arts. 1.991 a 2.027, CC) 
 
 Proclama o art. 1.786 do Código Civil: “A 
sucessão dá-se por lei ou por disposição de 
última vontade”. Por isso se diz que a sucessão, 
considerando-se a sua fonte, pode ser legítima 
ou “ab intestato” e testamentária. Quando se dá 
em virtude da lei, denomina-se sucessão 
legítima; quando decorre de manifestação de 
última vontade, expressa em testamento ou 
codicilo, chama-se sucessão testamentária. 
 Por sua vez, prescreve o art. 1.788 do 
Código Civil: “Morrendo a pessoa 
sem testamento, transmite a herança 
aos herdeiros legítimos. 
 Morrendo, portanto, a pessoa ab intestato, 
transmite-se a herança a seus herdeiros 
legítimos, expressamente indicados na lei (CC, 
art. 1.829), de acordo com uma ordem 
preferencial, denominada ordem da vocação 
hereditária. Costuma-se dizer, por isso, que a 
sucessão legítima representa a vontade 
presumida do de cujus de transmitir o seu 
patrimônio para as pessoas indicadas na lei, pois 
teria deixado testamento se outra fosse a 
intenção. 
 A sucessão poderá ser, também, 
simultaneamente legítima e testamentária 
quando o testamento não compreender 
todos os bens do de cujus, pois os não 
incluídos passarão a seus herdeiros 
legítimos (CC, art. 1.788, 2ª parte). 
 Abertura da sucessão 
 Dispõe o art. 1.784 do Código Civil: 
“Aberta a sucessão, a herança transmite-se, 
desde logo, aos herdeiros legítimos e 
testamentários”. 
 Obs: A herança se transmite ao herdeiro, 
ainda, que ele não tenha conhecimento da 
morte do autor da herança. 
 HERANÇA: é, na verdade, um somatório, 
em que se incluem os bens e as dívidas, os 
créditos e os débitos, os direitos e as 
obrigações, as pretensões e ações de que 
era titular o falecido. Compreende, 
portanto, o ativo e o passivo (CC, arts. 
1.792 e 1.997) 
 A pessoa natural deixa de existir com a 
morte real (art. 6º, CC), momento em que 
a sucessão é aberta. 
 Aberta a sucessão os bens se transmitem 
imediatamente aos herdeiros legítimos e 
testamentários. (art. 1784, CC). 
 
 
 
 O art. 1.785 estabelece que : 
“ A sucessão abre-se no lugar do último domicílio do 
falecido”. 
 E o Código de Processo Civil de 2015, no seu art. 48 
estabelece que: 
“ Art. 48. O foro de domicílio do autor da herança, no 
Brasil, é o competente para inventário, partilha, a 
arrecadação, o cumprimento de disposição de 
última vontade, a impugnação ou anulação de 
partilha extrajudicial e para todas as ações em que o 
espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no 
estrangeiro”. 
 
 
 
a) Com a morte do de cujus, os herdeiros 
imediatamente tornam-se donos dos bens. 
 
b) A imissão na posse dos bens herdados ocorre 
imediatamente e sem nenhuma formalidade. 
herdeiros, mesmo sem saberem, já serão donos 
dos bens e terão a posse dos bens do de cujus. 
 
 
c) Após a morte do de cujus qualquer herdeiro terá 
a capacidade de defender o acervo contra atos 
de terceiros, mesmo que tenha direito a apenas 
uma fração da herança. 
 
 
d) Mesmo que o herdeiro não saiba que foi 
beneficiado, aquiloque ele herdou incorpora ao 
seu patrimônio e passara aos seus sucessores 
após sua morte. 
 
 Existem quatro razões para que alguém 
não venha a receber herança de outrem, 
apesar de figurar como o herdeiro 
legítimo mais próximo: 
 a) morte – premoriência ou comoriência; 
b) renúncia; 
 c) indignidade; 
 d) deserdação. 
 
 II – Da indignidade – arts. 1.814 a 1.818, 
CC/2002. 
 A indignidade é uma sanção que pode ser 
aplicada aos beneficiários de uma herança em 
razão da pratica de ato reprovável ou falta grave 
contra o de cujus ou seus familiares, conforme 
previsto em lei. 
 Podem ser punidos herdeiros legítimos ou 
testamentários, assim como os legatários. 
 Resguarda-se a vida, a honra e a liberdade de 
testar. 
 
 1- Requisitos: 
 a) Prática de ato previsto em lei como 
possibilitador da exclusão - art. 1.814; 
 Art. 1.814. São excluídos da sucessão os 
herdeiros ou legatários: 
 I - que houverem sido autores, co-autores ou 
partícipes de homicídio doloso, ou tentativa 
deste, contra a pessoa de cuja sucessão se 
tratar, seu cônjuge, companheiro, ascendente 
ou descendente; 
 
 II - que houverem acusado caluniosamente em 
juízo o autor da herança ou incorrerem em crime 
contra a sua honra, ou de seu cônjuge ou 
companheiro; 
 III - que, por violência ou meios fraudulentos, 
inibirem ou obstarem o autor da herança de 
dispor livremente de seus bens por ato de última 
vontade. 
 
 b) Propositura da ação de exclusão (prazo 
de 4 anos, a partir da abertura da 
sucessão), com julgamento pela 
procedência, art. 1.815, caput e parágrafo 
único; 
 Na exclusão por indignidade a pessoa 
comete um dos atos previstos no artigo 1.814, 
e para ser declarado indigno precisa ser 
proposta uma ação denominada de AÇÃO 
DECLARATÓRIA DE INDIGNIDADE. 
 Da deserdação – arts. 1.961 a 1.965, CC/2002 - A 
deserdação é uma pena civil, aplicável pelo de 
cujus a herdeiro legítimo, com fundamento em 
prática de ato reprovável ou falta grave, contra a 
pessoa do de cujus ou seus familiares, conforme 
previsto em lei. 
 1- Requisitos 
 a) Prática de ato previsto em lei como 
possibilitador da exclusão: 
 1- Causas gerais, que justificam a deserdação de 
descendentes por ascendentes e de ascendentes 
por descendentes – art. 1.961 - Os herdeiros 
necessários podem ser privados de sua legítima, 
ou deserdados, em todos os casos em que podem 
ser excluídos da sucessão. 
 
 2- Causas especiais de deserdação de 
descendentes por seus ascendentes – art. 1.962 -
 Além das causas mencionadas no art. 1.814, 
autorizam a deserdação dos descendentes por 
seus ascendentes: 
 I - ofensa física; 
 II - injúria grave; 
 III - relações ilícitas com a madrasta ou com o 
padrasto; 
 IV - desamparo do ascendente em alienação 
mental ou grave enfermidade. 
 
 3- Causas especiais de deserdação de ascendentes 
por seus descendentes – art. 1.963 - Além das 
causas enumeradas no art. 1.814, autorizam a 
deserdação dos ascendentes pelos descendentes: 
 I - ofensa física; 
 II - injúria grave; 
 
 III - relações ilícitas com a mulher ou companheira 
do filho ou a do neto, ou com o marido ou 
companheiro da filha ou o da neta; 
 IV - desamparo do filho ou neto com deficiência 
mental ou grave enfermidade. 
 
 b) Cominação em testamento, com expressa 
declaração da causa da deserdação – art. 1.964 
 
 c) Prova (dentro de 4 anos a partir da abertura do 
testamento) da veracidade da causa alegada, 
cabendo o ônus ao herdeiro instituído ou a quem 
aproveite a deserdação – art. 1.965 
 
 2- Efeitos: O Código não fez referência aos 
efeitos da deserdação, porém, por se tratar de 
sanção civil, semelhante à exclusão por 
indignidade, entendemos serem os mesmos os 
efeitos, ou seja: 
 a) Efeitos para o deserdado e demais 
sucessores: como pena que é, a deserdação não 
pode ultrapassar a pessoa do ofensor, razão pela 
qual são pessoais os efeitos da deserdação, assim, 
os herdeiros do deserdado colocam-se em seu 
lugar, como se ele morto fosse. 
 - Diferenças entre indiginidade e deserdação: 
 A indignidade pode em desfavor de herdeiros 
ou legatários, a deserdação somente ocorre 
contra herdeiros legítimos necessários; 
 A indignidade pode ser pleiteada por 
interessados, a deserdação somente pode ser 
ordenada pelo de cujus; 
 A indignidade decorre da lei e a deserdação 
decorre do testamento. 
 
 Com a morte do titular do patrimônio ocorre a 
abertura da sucessão, assim é necessário que os 
bens, direito e obrigações do falecido sejam 
transferidos a alguém. 
 
 
 A herança permanece como uma 
universalidade e assim se transfere 
aos herdeiros. 
 Essa universalidade é denominada 
bem imóvel. 
 
 O herdeiro a título universal- quer 
legítimo, quer testamentário- sub-roga-se 
abstratamente na posição do falecido, pois 
recebe tanto o ativo como o passivo, e dívidas 
referentes à parte ideal que recebeu. 
 
 
 
 Sucessão universal: 
 
De acordo com o art. 1786, CC a sucessão 
causa mortis se dá por disposição legal ou 
por ato de última vontade. No primeiro 
caso tem-se a sucessão legítima e no 
segundo, a testamentária, ou seja, 
conforme vontade do de cujos em 
testamento. 
 
 Sucessão legítima: É a transmissão da 
herança aos herdeiros indicados pela lei e 
sempre ocorre a título universal, ainda 
que por ocasião da partilha, cada um 
receba somente o seu quinhão. 
 Herdeiro testamentário: Pessoa a 
quem o testador destina uma fração 
de bens, também é sucessor à título 
universal. Basta não receber bens 
individualizados. 
 Sucessão singular: No exercício do 
direito de testar, o autor da herança 
pode: escolher seus herdeiros; 
destinar a integralidade ou parte de 
seus bens; individualizar os bens, a 
algum ou a todos os sucessores. 
 Sucessão legítima: resulta da lei . Expressão 
muito criticada , pois não há sucessão 
ilegítima. 
 Essa referência tinha a ver com a 
discriminação que se fazia dos filhos havidos 
fora do casamento que eram chamados de 
filhos ilegítimos. 
 Os filhos ilegítimos não podiam ser 
reconhecidos e consequentemente não 
podiam herdar. 
 A legítima, ou a parte preservada aos 
herdeiros é intangível. 
 A lei nomina de legítima a metade dos 
bens da herança que pertence aos 
herdeiros necessários- (art. 1.846 CC). 
 Todos os herdeiros- parentes em linha 
reta, colaterais até 4º grau, cônjuges e 
companheiros dispõe de legitimidade 
para suceder. 
 
 
CAPACIDADE SUCESSÓRIA 
X 
CAPACIDADE CIVIL 
 LEGITIMAÇÃO PARA SUCEDER 
 Art. 1798, CC – aplica-se à sucessão legítima e 
testamentária. 
 Via de regra, todos possuem legitimação para 
suceder, exceto aquelas afastadas pela Lei. 
 Art. 1798- legitima-se a suceder as pessoas 
nascidas ou concebidas no momento da abertura 
da sucessão. 
 Legitimação para suceder por testamento 
 § Art. 1799, CC – somente se aplica à 
sucessão testamentária 
 O artigo dispõe sobre pessoas que 
também podem ser contempladas, desde 
que por testamento. 
 O inciso I fala de filhos ainda não 
concebidos. Aqui verifica-se uma sucessão 
condicional (evento futuro e incerto). 
 Alguém pode ser incapaz para os 
atos da vida civil, o que não lhe 
retira a capacidade para suceder. 
 Nascituro= a personalidade civil 
começa com o nascimento com vida, 
mas a lei põe a salvo os direitos do 
nascituro desde a concepção. (art.2º 
CC). Quem já foi concebido, mas 
ainda não nasceu tem capacidade 
sucessória. (art. 1.798 CC). 
 Teoria natalista 
 Ensina que a personalidade jurídica é 
adquirida apenas com o nascimento com 
vida. Nesse sentido, o nascituro teria 
apenas expectativa de direitos. 
 
 Teoria concepcionista 
 Retrata que a personalidade civil da pessoa 
natural já existe no nascituro, sem necessidade 
do preenchimento de nenhum outro requisito 
(como o nascimento com vida, por exemplo). 
Desse modo, a personalidade jurídica da 
pessoa natural é adquirida desde a concepção. Esse é o entendimento doutrinário majoritário, 
em relação à doutrina contemporânea. 
Adotam essa teoria: Pablo Stolze, Rodolfo 
Pamplona, Flávio Tartuce, Maria Berenice 
Dias, além de outros. 
 
 
 A identificação de quem é chamado a 
suceder (receber herança) se dá pelas 
linhas de parentesco: reta e colateral. 
 Os primeiros a herdar são os filhos e o 
cônjuge; se não houver filhos e cônjuge 
chamam-se os pais do extinto; estes são 
os herdeiros necessários (1.845); 
finalmente convocam-se os herdeiros 
facultativos, que são os parentes colaterais 
irmãos, tios, sobrinhos e primos até o 
quarto grau (Parentesco, 1.594, 1.839 CC) 
 Na linha reta, a herança desce para 
depois ascender, ou seja, a primeira 
chamada é para os descendentes. 
 Passando para a linha colateral é 
necessário se indagar sobre a existência de 
cônjuge sobrevivente, caso não haja 
prossegue-se para a os colaterais até 4º 
grau. 
 O Chamamento para a sucessão é feito por 
classes. Os de grau mais próximos precedem os 
mais remotos. 
 
FILHOS 
NETOS 
BISNETOS 
 Dentre os descendente em linha reta 
descendente tem preferência os de 
primeiro grau: FILHOS. 
 Os netos (parentes de segundo grau), só 
são contemplados se não existirem filhos. 
(art. 1834 CC) 
 Inexistindo descendentes, os ascendentes são 
chamados a suceder 
BISAVÓS 
AVÓS 
PAIS 
 Na classe colateral: A preferência é para os 
irmãos que são parentes de segundo grau. 
(art.1.840 CC). 
 Irmãos germanos = filhos do mesmo pai e 
da mesma mãe). 
 Meio- irmãos= (somente quando tem em 
comum um dos genitores). 
 SUCESSÃO DOS DESCENDENTES 
 Os descendentes mais próximos excluem 
os mais remotos, ou seja, primeiro são 
chamados a suceder os filhos, depois os 
netos, bisnetos, salvo casos em que há 
direito de representação. 
 Regras da sucessão legítima para a vocação 
hereditária: 
 a) só se convoca uma classe nova quando não há 
herdeiros na classe precedente, então, por 
exemplo, não se convocam os ascendentes se há 
descendentes (1.836 e 1.838). 
 b) na mesma classe os mais próximos excluem 
os mais remotos (1.833, então não se chama o 
neto se existe filho, não se chama o avô se existe 
pai, § 1º do 1.836), salvo o direito de 
representação que veremos. 
 
 Modos da sucessão legítima: 
 a) Direito Próprio: sucede-se por direito próprio 
quando se é herdeiro da classe chamada, então o 
filho herda do pai por direito próprio. 
 b) Direito de Representação: sucede-se por 
direito de representação quando se toma o lugar 
de herdeiro pré-morto (1.851) ou indigno da 
classe chamada (1.816); ex: o filho morre antes 
do pai, então o neto herda direto do avô, 
representando o pai pré-morto. 
 Caso um filho do de cujos seja pré-morto 
(morto no momento da abertura da 
sucessão) mas tenha deixado filhos (netos 
do de cujos), estes herdarão por estirpe 
(direito de representação), dividindo a 
parte que cabia ao filho do de cujos em 
partes iguais a seus descendentes. 
 Exemplo: 
 
 
 
 PORÉM, SE OS DOIS FILHOS DO DE CUJOS JÁ 
FOREM FALECIDOS QUANDO DE SUA 
MORTE, OS NETOS RECEBERÃO QUOTAS 
IGUAIS (HERANÇA DIVIDIDA POR 5), POIS 
CADA UM RECEBRÁ POR CABEÇA, VEZ QUE 
TODOS SÃO DA MESMA CLASSE – ESTAS 
QUOTAS QUE PASSAM DIRETO DE AVÓS 
PARA NETOS SÃO CHAMADAS 
DE AVOENGAS. 
 Na sucessão legítima, por opção do 
legislador de 2002, o cônjuge se tornou 
herdeiro necessário, sendo elevado à 
mesma condição dos filhos e dos pais do 
hereditando (1.845). Antigamente o 
cônjuge era mero herdeiro facultativo. 
Esta foi uma grande inovação do Código 
Civil. 
 Se o hereditando é casado, seu cônjuge irá 
herdar junto com os filhos, a depender do 
regime matrimonial de bens (1.829, I); irá 
herdar com os ascendentes se não há 
filhos (1.829, II); ou irá herdar sozinho se o 
extinto não deixou descendentes nem 
ascendentes (1838). 
 OBS: O casal precisava estar vivendo 
junto na época do falecimento, senão o 
cônjuge sobrevivente pode nada herdar 
(1.830). 
 Diferença entre meação de herança: quando 
alguém enviúva, a depender do regime de bens, 
uma parte do patrimônio do morto é do 
sobrevivente por direito próprio e não por 
herança; ex: no regime da comunhão parcial, 
que é o mais comum na sociedade (1.640), 
metade dos bens é do viúvo não por herança, 
mas por integrar o condomínio do casal (1.658, 
1.660, I). Então, exclui-se a meação do 
sobrevivente e o resto é herança para os 
herdeiros necessários, inclusive o cônjuge. 
 Assim o cônjuge sobrevivente, a depender 
do regime de bens, vai receber igual a seus 
filhos, ou se tiver mais de três filhos pelo 
menos 25% da herança; se os filhos forem 
só do falecido, o cônjuge herda igual a 
eles, mesmo que sejam mais de três filhos 
(1.832). 
 a) separação obrigatória de bens (1.641): o 
viúvo não tem meação (1.687) e nem 
herança (1.829, I); só lhe cabe direito real 
de habitação (1.831). 
 b) separação convencional: o sobrevivente 
não tem meação (1.687) mas tem herança 
(1.829, I; obs: se seu cônjuge for rico, 
nunca se divorcie, espere ficar viúvo. 
(aqui está o verdadeiro golpe do baú). 
 c) comunhão parcial de bens: o viúvo tem 
meação (1.658), mas caso se divorcie não tem 
direito aos bens do cônjuge (1.659, I); todavia, 
com a viuvez, o sobrevivente alcança estes bens 
por serem bens particulares do cônjuge (1.829, I, 
in fine). Se o falecido não deixou bens 
particulares o cônjuge nada herda, fica apenas 
com sua meação. Se o falecido só deixou bens 
particulares, e nada integra o patrimônio 
comum do casal, só haverá herança e não 
meação. 
 e) comunhão universal: o viúvo tem 
meação de tudo (1.667), então não precisa 
herdar nada (1.829, I). 
 Caso contrário seria muita fome de 
herança. 
 Cônjuge concorrendo com ascendentes 
do hereditando: concorrendo com o sogro 
e a sogra o viúvo terá direito a um terço 
da herança, independente do regime 
matrimonial de bens (1.829, II, 1.837, obs: 
cônjuge concorrendo com os avôs do 
marido herda metade). 
 Sucessão do Companheiro: Lembro que 
companheiro é aquele que vive em união 
estável, sem impedimento para se casar, 
então não confundam com o concubinato 
(1.727 CC). 
 O Artigo 1790 CC é aplicável ao companheiro??? 
 O Recurso Extraordinário 646721 e 878694 
julgou inconstitucional o art. 1790 CC. 
 O efeito é ex nunc. 
 Maria Berenice Dias já lecionava nesse sentido. 
 Logo, com base no julgado deve ser aplicado o 
artigo 1829 CC ao companheiro. 
Artigo 1.790 CC 
Esqueça 
 SUCESSÃO DOS ASCENDENTES 
 Somente serão chamados a suceder se não houver 
herdeiros na classe dos descendentes. 
 Concorrerão com o cônjuge sobrevivente (art. 
1836, CC). 
 O grau mais próximo excluirá o mais remoto, 
mas se forem do mesmo grau e de linhas 
diversas, os ascendentes maternos ficarão com 
50% e a outra metade caberá para os paternos. 
 
 
 O cônjuge concorre com os ascendentes 
independentemente do regime de bens, mas 
obedece o art. 1837, CC: 
 a) 1/3 se concorrer com os pais dos de cujos (1/3 
para cada um); 
 b) ½ se concorre com um dos pais; 
 c) ½ se concorre com os avós ou ascendentes de 
maior grau. 
 
 SUCESSÃO DO CÔNJUGE 
 Na falta de ascendentes e descendentes a 
herança vai toda para o cônjuge 
sobrevivente (art. 1838, CC). 
 Independe do regime de bens. 
 
 Sucessão do Município: Não havendo 
parente algum, a herança vai para o 
Município (1.844). Todavia o poder 
público não é herdeiro, ele é chamado 
diante da ausência de parentes, a fim de 
que os bens do falecido não se deteriorem; 
o princípio da saisine não se aplica ao 
Município, pois é preciso aguardar a 
sentença de vacância (1.820). 
 Conceito de testamento: negócio jurídico 
solene pelo qual alguém, nos termos da lei, dispõe 
de seus bens, no todo ou em parte, paradepois de 
sua morte (1.857). 
 Negócio jurídico, pois, se trata de uma 
declaração de vontade que produz efeito 
jurídico; digo solene pois testamento não pode 
ser verbal, mas sim escrito, conforme espécies e 
formalidades previstas em lei. 
 Via de regra as disposições testamentárias 
são patrimoniais, versam sobre os bens do 
extinto, mas o testamento pode conter 
cláusulas extra-patrimoniais, como por 
exemplo o reconhecimento de um filho (§ 
2º do 1.857, 1.609, III), a nomeação de um 
tutor para um filho menor (1.634, IV) ou 
determinações sobre seu funeral. 
 Características 
 O testamento é revogável, pois o seu 
autor pode se arrepender, demorar a 
morrer, e querer mudar alguma 
disposição, então a liberdade de revogar é 
a mesma de testar (1.858). 
 É imprescritível: um adolescente de 16 
anos já pode testar (p. único do 1.860), 
então mesmo que ele só venha a morrer 
aos noventa anos, se não for revogado seu 
testamento continua válido. 
 Testar é ato personalíssimo: só o 
hereditando pode testar, de modo 
individual e exclusivo (1.858). 
 testamento é ato unilateral quanto às 
partes porque se forma apenas pela 
vontade do testador, independentemente 
da aceitação do herdeiro. 
 Capacidade para testar 
 
 como todo negócio jurídico, o testamento 
deve atender ao art. 104 do CC. 
 quem pode testar? 
 Qualquer pessoa física desde que lúcida (art. 
1857) e maior de 16 anos (1.860 § único). 
Pessoa jurídica não pode testar porque não 
está sujeita a morte, e sua extinção ou 
falência interessa ao Direito Empresarial. 
 A superveniência da capacidade do 
incapaz não valida o testamento. (art. 1861 
do CC). 
 A capacidade para testar é a do momento 
da feitura do testamento; a incapacidade 
superveniente não torna nulo o 
testamento. 
 Quem pode adquirir por testamento? 
 De regra todas as pessoas, físicas ou 
jurídicas (1.799, II e III). Animais não 
podem ser herdeiros ou legatários, mas 
podem ser encargos (ex: deixo minha 
herança para João com o ônus de cuidar 
do meu cachorro; 
 Art. 1.801. Não podem ser nomeados herdeiros nem 
legatários: 
 I - a pessoa que, a rogo, escreveu o testamento, nem 
o seu cônjuge ou companheiro, ou os seus 
ascendentes e irmãos; 
 II - as testemunhas do testamento; 
 III - o concubino do testador casado, salvo se este, 
sem culpa sua, estiver separado de fato do cônjuge 
há mais de cinco anos; (só para uma prova objetiva) 
 IV - o tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou 
escrivão, perante quem se fizer, assim como o que 
fizer ou aprovar o testamento. 
 
 Art. 1.802. São nulas as disposições testamentárias 
em favor de pessoas não legitimadas a suceder, 
ainda quando simuladas sob a forma de contrato 
oneroso, ou feitas mediante interposta pessoa. 
 Parágrafo único. Presumem-se pessoas 
interpostas os ascendentes, os descendentes, os 
irmãos e o cônjuge ou companheiro do não 
legitimado a suceder. 
 
 Formas de testamento 
 1 – testamento ordinário: este pode ser 
usado pelas pessoas capazes em qualquer 
condição, e se divide em público, cerrado 
e particular (1.862); 
 2 – testamento especial: somente 
permitido a determinadas pessoas em 
situações peculiares, e se divide em 
marítimo, militar e aeronáutico (1.886); 
 
 3 – codicilo; 
 o codicilo é um testamentozinho, é uma carta, é 
um pequeno registro deixado pelo extinto, com 
poucas formalidades e tratando de bens de 
pequeno valor (1.881). As expressões “pouca 
monta” e “pouco valor” referidas no art 1.881 
são relativas e dependem, é claro, do tamanho 
da herança, a ser examinado pelo juiz, em geral 
cerca de 10% do patrimônio do extinto. 
 Testamento ordinário: 
 1 – público: feito por qualquer tabelião do 
cartório de notas do país e anotado em livro 
próprio (1.864). 
 vantagem é porque tal espécie é redigida pelo 
tabelião, ou seja, profissional habilitado, com fé 
pública e experiência, que dificilmente vai errar 
e causar nulidade ao testamento. Por ter que ser 
lido em voz alta, esta espécie é recomendada 
para os analfabetos, surdos e cegos (1.867). 
 2 – Cerrado: conhecido como secreto ou místico. 
Ao contrário do público, não é ditado pelo 
testador para o tabelião digitar, mas sim 
entregue já escrito ao tabelião para aprová-lo. 
Essa aprovação é aquela do art. 1.869, ou seja, é 
um termo onde o tabelião confirma se tratar 
aquele documento da vontade autêntica do 
hereditando. 
 Sua vantagem é o sigilo, afinal só o testador 
conhece seu teor. 
 3 – particular: é a mais rápida, simples e 
fácil espécie de testamento, dispensando 
até o tabelião. É aberto (1.876). O testador 
precisa ter algum conhecimento jurídico 
para não cometer ilegalidades que 
venham a anular o ato. 
 4- testamento excepcional ou in extrimes, 
ou nuncupativo: admitido em situações 
emergenciais de risco iminente de perder 
a vida, não havendo testemunhas 
disponíveis, como num desastre, 
naufrágio, seqüestro, preso numa caverna, 
etc. (1.879). Tem que ser manuscrito. A 
doutrina o critica pois é fácil de ser 
fraudado. Cabe ao juiz aceitá-lo ou não. 
 Testamento especial: 
 1 – marítimo: para aqueles que estão com medo 
de morrer em alto-mar. Curioso é que temos a 
vida toda para testar, vamos nos preocupar com 
isso logo quando entramos num navio? 
Inclusive porque as viagens marítimas não são 
mais tão longas, e mesmo a bordo temos 
telefone e internet (1.892). Bom, caso necessário 
o comandante vai corresponder ao tabelião do 
cartório de notas (1.888). Esse testamento precisa 
ser confirmado quando terminar a viagem, sob 
pena de caducidade (1.891). 
 2 – aeronáutico: essa espécie não se justifica, 
pois em vôos normais não há necessidade, 
podendo o testador aguardar algumas horas até 
o desembarque (1.889); e se o avião estiver em 
perigo, aplica-se o testamento particular 
excepcional acima. Ou então para alguém que 
passe mal dentro do avião e ache que vai morrer 
antes do pouso. 
 3 – militar: feito por militares, médicos, 
engenheiros, padres, repórteres, reféns e 
prisioneiros em época de guerra, em 
combate ou em cidades cercadas (1.893). 
 O testamento militar admite a 
espécie nuncupativa, ou seja “in 
extremis” quando o militar ferido, 
agonizante, confia sua vontade 
oralmente a duas testemunhas... 
Depois as testemunhas terão que 
escrever o que ouviram do 
moribundo e entregar o documento 
ao comandante do batalhão(1.896). 
 Disposições Testamentárias 
Regras gerais: 
 O que não estiver no testamento não tem 
validade, assim não adianta o nome do 
herdeiro constar de uma escritura pública, 
de uma procuração, de uma declaração 
perante um juiz, etc., se não estiver no 
testamento. 
 
 Respeito à vontade do falecido (arts. 112 e 
1.899); nos arts. 1.902 e 1.903 o legislador 
presume em regras detalhistas qual seria a 
vontade do extinto. 
 Espécies de disposições: 
 1. simples: é a cláusula pura, sem 
imposição de qualquer condição ou 
restrição, possuindo eficácia imediata 
face ao princípio da saisine (ex: deixo 
10% de meus bens para meu amigo 
João, 1.897). 
 2. condicional: depende de evento futuro 
e incerto (ex: deixo minha biblioteca para 
minha sobrinha se ela se formar em 
Direito; trata-se do direito eventual a um 
legado condicionado a acontecimento 
futuro e incerto;) 
 3. modal: é a cláusula que tem encargo ou 
ônus, ou seja, possui uma pequena 
contraprestação a ser cumprida pelo 
sucessor (ex: deixarei meus bens para meu 
sobrinho ficando ele com a incumbência 
de construir uma construir uma escola. 
 Cláusula de inalienabilidade 
 cláusula restritiva que implica também em 
impenhorabilidade e incomunicabilidade, 
ou seja, se o testador deixar seus bens com 
essa cláusula, tais bens não poderão ser 
vendidos ou doados pelo herdeiro 
(inalienáveis), não poderão ser tomados 
pelo credor do herdeiro (impenhoráveis), 
e nem se transmitirão ao cônjuge do 
herdeiro (incomunicabilidade, 1.911). 
 Legado 
 legatáriodifere do herdeiro pois este 
herda uma fração a título universal (ex: 
10% da herança, 1/3 da herança), 
enquanto o legatário sucede a título 
singular, recebendo coisa certa (ex: uma 
jóia, uma casa, uma cifra em dinheiro, um 
rebanho, um cavalo de raça, uma coleção 
de selos, uma loja comercial, ações, etc.) 
 O legado é personalíssimo. 
 Obs: legatário morre antes do testador, não 
haverá direito de representação em benefício 
dos filhos do legatário, pois a representação é 
exclusiva da sucessão legítima, e só pode 
existir legado na sucessão testamentária. 
 Morrendo o legatário antes do testador, o 
legado será transferido aos herdeiros 
legítimos conforme 1.788 CC. 
 Na prática é na partilha, ao final do 
processo de inventário, que o legatário 
recebe seu bem arcando com eventuais 
despesas (ex: impostos, frete, 1.936). 
Recebido o legado (ex: uma fazenda), seus 
frutos (ex: crias dos animais) serão do 
legatário desde a morte do testador, 
 Direito de Acrescer 
 Ocorre quando numa mesma cláusula o testador 
deixa bens para várias pessoas (= disposição 
conjunta), e uma delas não quer ou não pode 
receber a herança ou legado (ex: renúncia, 
premoriência, indignidade), hipótese em que a 
cota dos demais poderá aumentar com essa cota 
vaga (direito de acrescer, 1.941). 
 Fideicomisso: é uma espécie de substituição 
onde o substituto não herda no lugar do 
substituído, mas após o substituído, 
beneficiando pessoas não concebidas ao tempo 
da morte do testador (ex: deixo minha casa de 
praia para o primeiro filho de minha sobrinha 
Ana, só que Ana é uma criança, então se um dia 
ela tiver um filho, esse concepturo será o 
beneficiado, 1.952; enquanto o concepturo não 
vem, designo meu amigo João para cuidar da 
casa). 
 Se o fiduciário vender o bem a terceiros, o 
negócio estará desfeito se o concepturo 
nascer.( por isso nunca comprem uma 
casa sem verificar o registro no Cartório 
de Imóveis. 
 O fideicomisso é um recurso legal para 
satisfazer o testador que quer beneficiar 
pessoa inexistente ao tempo da abertura 
da sucessão. Confia o testador que o 
fiduciário vai cuidar da coisa e transferi-la 
oportunamente ao concepturo. 
 Obs: prazo para o nascimento é de 2 anos. 
Art. 1.800 §4º CC. 
 Revogação do testamento. 
 Só um testamento revoga outro, da 
mesma espécie ou não (1.969). 
 
 Rompimento do testamento 
 O rompimento é uma revogação presumida pela 
lei, e independe da manifestação do testador. 
Ocorre quando o testador tem um filho ou adota 
alguém após testar (1.973). Ocorre também se o 
testador desconhecia a existência de um filho 
(1.974). Presume a lei que o surgimento de um 
filho novo faria o testador mudar radicalmente o 
testamento, por isso ele fica automaticamente 
revogado. 
 
 O alvará judicial é um instrumento muito 
utilizado de forma autônoma, quando não 
há um processo onde este autor é parte 
integrante, ou incidental, quando 
requerido dentro de um processo de 
inventário, geralmente para levantamento 
de pequenos valores deixados pelo de 
cujus. 
 Em muitos casos quando o de cujus não 
possui bens a serem partilhados pelos 
herdeiros, estes podem requerer um 
alvará para fins de levantamento de 
valores que geralmente ficam depositados 
em conta bancária. 
 É comum o pedido de alvará judicial para 
venda de bens do espólio para custear as 
despesas de inventário e pagamento de 
tributos. 
 Obs: os herdeiros devem ser citados, mas 
é indeispensável a concordância dos 
mesmos. 
 dispondo o art. 1.791: 
“A herança defere-se como um todo 
unitário, ainda que vários sejam os 
herdeiros. 
 Parágrafo único. Até a partilha, o direito 
dos coerdeiros, quanto à propriedade e 
posse da herança, será indivisível, e 
regular-se-á pelas normas relativas ao 
condomínio”. 
 Por uma ficção legal, como vimos, a morte do 
titular do patrimônio, a abertura da sucessão e 
transmissão da herança aos herdeiros ocorrem 
num só momento. O art.1.791 supratranscrito e 
seu parágrafo único reafirmam duas ideias 
fundamentais do direito sucessório: 
 a) a da devolução unitária da herança aos 
herdeiros; 
 b) a noção de indivisibilidade do monte 
hereditário, no momento da abertura da 
sucessão, até a partilha final. 
 Antes da partilha, nenhum herdeiro tem a 
propriedade ou a posse exclusiva sobre 
um bem certo e determinado do acervo 
hereditário. Só a partilha individualiza e 
determina objetivamente os bens que 
cabem a cada herdeiro. Julgada a partilha, 
diz o art. 2.023 do Código Civil, “fica o 
direito de cada um dos herdeiros circunscrito 
aos bens do seu quinhão” 
 A herança, tanto quanto o patrimônio, é 
bem, classificada entre as universalidades de 
direito (CC, art. 91). 
 Prescreve o art. 1.792 do Código Civil: 
 “O herdeiro não responde por encargos 
superiores às forças da herança; incumbe-
lhe, porém, a prova do excesso, salvo se 
houver inventário que a escuse, 
demonstrando o valor dos bens 
herdados”. 
 O direito à sucessão aberta, portanto, 
como qualquer direito patrimonial de 
conteúdo econômico, pode ser transferido 
mediante cessão. A cessão de direitos 
hereditários é negócio jurídico translativo 
inter vivos, pois só pode ser celebrado depois 
da abertura da sucessão. 
 O novo diploma regula a matéria nos arts. 
1.793 a 1.795. Dispõe o primeiro artigo 
citado: 
 “Art. 1.793. O direito à sucessão aberta, bem 
como o quinhão de que disponha o coerdeiro, 
pode ser objeto de cessão por escritura pública. 
 
 
 Aceitação ou adição da herança é o ato pelo 
qual o herdeiro anui à transmissão dos bens do 
de cujus, ocorrida por lei com a abertura da 
sucessão, confirmando-a. 
 prescreve o art. 1.804 do Código Civil: 
“Aceita a herança, torna-se definitiva a sua 
transmissão ao herdeiro, desde a abertura da sucessão. 
 Parágrafo único. A transmissão tem-se por não 
verificada quando o herdeiro renuncia à herança”. 
 Quanto à sua forma, a aceitação pode ser expressa, 
quando é manifestada mediante declaração escrita 
(CC, art. 1.805, caput); 
 tácita, quando resulta de conduta própria de 
herdeiro (art. 1.805) 
 presumida, quando o herdeiro permanece silente, 
depois de notificado, nos termos do art. 1.807 do CC. 
 
 
 Art. 1808 do Código Civil estabelece que 
não se pode aceitar ou renunciar a herança 
em parte, sob condição ou termo. 
 
 
O herdeiro não responde por encargos que 
excedam o patrimônio do de cujus. 
 
 
 
 
 Estabelece o art. 1.812 do Código Civil que 
são irrevogáveis os atos de aceitação ou 
renúncia da herança. 
 Renúncia é o ato pelo qual a pessoa, 
chamada à sucessão da outra, recusa-se a 
aceitá-la. 
 É ato unilateral. 
 A Renúncia não se presume, ela deve ser 
declarada expressamente, que por 
escritura pública quer por termo nos autos 
do inventário. 
 Espécies de renúncia: abdicativa e translativa 
 
ABDICATIVA: o herdeiro manifesta sua vontade de 
não aceitar a herança, expressamente, retornando sua 
quota parte para o monte, ou seja, é o “abandono" de um 
direito em favor dos demais herdeiros, sem indicação de 
qualquer beneficiário. 
 TRANSLATIVA: Também conhecida como cessão, 
uma vez que consiste na transferência da herança pelo 
herdeiro a um terceiro, isso é, á a transferência da 
herança em favor de uma pessoa determinada. Pode ser 
a título gratuito ou oneroso. 
 
 
 
 O principal efeito é afastar o renunciante 
da sucessão. 
 Tal efeito retroage ao momento da 
abertura da sucessão. 
 O renunciante é tido como se jamais 
houvesse sido herdeiro. 
 Considera-se herança jacente aquela cujos herdeiros 
ainda não se conhece. 
 Mesmo desconhecido o herdeiro adquire propriedade e 
a posse dos bens, desde sua abertura. 
 Art. 1.819 do C.C: 
 “Falecendo alguém sem deixar testamento nem herdeiro 
legítimo notoriamente conhecido, os bens da herança, 
depois de arrecadados ficarão sob a guarda e 
administração de um curador, até a sua entrega ao 
sucessor devidamentehabilitado ou à declaração de 
vacância”. 
 Se praticadas todas as diligências legais, não 
aparecerem herdeiros, a herança toma a 
denominação de vacante. 
 Caso sejam conhecidos os herdeiros ou não se 
apresentarem para reclamar a herança, 
proceder-se-á à arrecadação para a posterior 
entrega dos bens aos que aparecerem. 
 Na falta destes, ocorre a decretação da vacância. 
( Art. 1.820), observados os procedimentos do 
(Art.743 do CPC). 
 ASPECTOS GERAIS (Arts. 1824 / 1828, CC) 
 
 É a ação que busca proteger a condição de 
sucessor a certa herança, ou seja, é a ação 
que possibilita que um herdeiro tome 
posse da herança que era sua de direito e 
que, por algum motivo, não veio a recebe-
la. 
 
 
 
 
 Pressupostos: 
 A ação tem dupla carga de eficácia: 
 a) declaratória da qualidade de herdeiro; 
 b)condenatória à restituição da herança, 
com seus rendimentos e acessórios. 
 Obs: a ação de petição de herança é chamada de 
universal , pois pretende a devolução do 
patrimônio por inteiro. 
 Competência: Não ultimada a partilha a 
competência será do juízo universal do 
inventário. 
 Acabado o inventário e feita a partilha não 
haverá prevenção. 
 Legitimidade ativa: qualquer dos 
herdeiros. Tanto legítimos quanto 
testamentários. 
 
 Ocorre quando o verdadeiro herdeiro foi 
preterido da herança, por exemplo, 
porque não era conhecido, era filho não 
reconhecido do de cujus, o testamento que 
o beneficiava não foi encontrado ou foi 
anulado. 
 
 
 A ação é proposta pelo herdeiro preterido 
em face de quem ofendeu sua condição de 
herdeiro. 
 O prazo prescricional é de 10 anos (art. 205, CC 
c/c Sum. 149, STF)a contar da abertura da 
sucessão 
 
O prazo prescricional não conta para os menores 
e quando é caso de reconhecimento da 
paternidade, conta a partir da sentença que a 
reconheceu, visto que antes disso não havia 
conhecimento da situação de herdeiro. 
 
 
ART. 1826, CC c/c 1214 / 1222, CC 
 
 
Reconhecido o direito hereditário, o autor da ação de 
petição de herança passa a gozar do direito de participar 
da sucessão do de cujos. 
 
 
Quem possui os bens indevidamente tem o dever de 
restituí-los ao monte, para que nova partilha ocorra. Assim, 
os efeitos dependerão se a posse era de boa ou má-fé. 
 
 
 Se de má-fé, o possuidor terá: a) dever de restituir os 
frutos colhidos e percebidos e os que deixou de colher 
por sua culpa; 
 b) direito a indenização das despesas decorrentes de 
produção e custeio dos frutos; 
 c) responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa, 
mesmo que acidental, exceto de comprovar que mesmo 
se estivesse em poder do herdeiro o dano aconteceria; 
 d) direito a indenização penas benfeitorias necessárias, 
sem possuir direito a retenção. 
 
 
 
 Se de boa –fé, o possuidor terá: a) direito aos frutos 
percebidos; 
 
 
b) direito a uma indenização pelos gastos e prejuízos até a 
cessação da boa-fé; 
 
 
c)não responderá pela perda ou deterioração da coisa , se 
não deu causa; 
 
 
d) indenização pela benfeitorias voluptuárias, se não 
forem levantadas; 
 sonegados 
 São os bens propositadamente escondidos pelo 
herdeiro, inventariante ou testamenteiro a fim 
de não pagar o imposto de transmissão ou 
prejudicar outro herdeiro. A sonegação é a 
intenção de ocultar bens da herança. A 
sonegação exige dolo, cabendo ao herdeiro 
provar que omitiu o bem por ignorância (1.992 e 
1.993). 
 
 A sonegação não pode ser discutida no 
inventário, exigindo ação própria (1.994). 
Além de perder o direito ao bem 
sonegado, a sonegação implica também 
em crime de apropriação indébita do art. 
168, § 1º, II do CP. 
 É a obrigação legal dos filhos de restituir 
os bens recebidos em vida dos pais, a fim 
de que a partilha seja igual. 
 A colação corresponde a uma conferência 
dos bens que o falecido doou ao filho 
(2.002 e 2.003). A colação só se aplica aos 
descendentes e cônjuge que fazem jus à 
legítima.