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RECURSO INOMINADO 1 AV2

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO V JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Processo nº …
 VIRGÍNIA LOPES, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Identidade n°..., inscrito no CPF sob o n°..., residente e domiciliado à Rua..., n°..., bairro ..., Rio de Janeiro/RJ, CEP: ..., e-mail: ...@..., telefone n°..., vem por meu de seu advogado, residente e domiciliado à Rua..., n°..., bairro ..., Cidade/Estado, CEP: ..., e-mail: ...@..., telefone n°..., (procuração anexo 01), inconformada com a sentença proferida pelo Juiz do V Juizado Especial Cível da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro às (fls...), nos autos da AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM DANO MORAL E PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA, movida em face de USURACARD S.A ADMINISTRADORA DE CARTÃO DE CRÉDITO, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ n°..., com sede à Rua..., n°..., bairro..., São Paulo/SP, CEP: ..., e-mail: ...@..., telefone n° ..., representada neste ato por seu representante legal, nome, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da Identidade n°..., inscrito no CPF sob o n°..., residente e domiciliado à Rua..., n°..., bairro ..., Cidade/Estado, CEP: ..., e-mail: ...@..., telefone n°..., vem respeitosamente perante Vossa Excelência, com o fulcro nos artigos 41 e seguintes da Lei 9.099/95, tempestivamente, (Declaração de hipossuficiência, anexo 02), interpor:
RECURSO INOMINADO
 Requerendo, a reforma da respeitável sentença nestes autos e, na oportunidade, que o recorrido seja intimados para, querendo, ofereça as contrarrazões no prazo de 10 (dez) dias e, ato continuo, sejam os autos, as razões anexas, assim como o comprovante de recolhimento das custas relativas ao preparo da presente peça recursal, remetidos a Egrégia Turma Recursal do Estado do Rio de Janeiro/RJ, para seu processamento e julgamento.
Nestes termos,
Pede deferimento
Local e Data
Advogado
OAB/UF
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA EGRÉGIA TURMA RECURSAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO/RJ
RAZÕES DO RECURSO INOMINADO
Processo n°…
Recorrente: Virgínia Lopes
Recorrido: Usuracard S.A. Administradora de Cartão de Crédito
Ação: Obrigação de Fazer Cumulada com Dano Moral e Pedido de Tutela Antecipada Origem: V Juizado Especial Cível da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro
EGRÉGIA TURMA RECURSAL
NOBRES JULGADORES
 Não merece prosperar a sentença impugnada, em razão da má apreciação dos fatos e aplicação do direito proferida pelo juízo a quo, pelas razões a seguir expostas:
I – DA ADMISSIBILIDADE
 O Recorrente é parte legítima, com interesse sucumbencial, devidamente representado, conforme se verifica, portanto, preenchido os pressupostos objetivos e subjetivos de admissibilidade.
I.I - DA TEMPESTIVIDADE
 A sentença recorrida foi publicada no dia ..., sendo o presente recurso prolatado em ..., logo, está dentro do prazo legal, sendo, portanto, tempestivo na forma do artigo 42, Lei 9.099/95.
DA JUSTIÇA GRATUITA
 A Recorrente pleiteia os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, assegurados pela Lei nº 1060/50 e consoante o art. 98, caput, do novo CPC/2015.
 Infere-se dos artigos supracitados que qualquer uma das partes no processo pode usufruir do benefício da justiça gratuita. Logo, a Recorrente faz jus ao benefício, haja vista não ter condições de arcar com as despesas do processo sem prejuízo de sua mantença, observados os valores de guia de recurso no importe de R$ X.XXX,XX para interpor em segunda instância.
 Mister frisar, ainda, que em conformidade com o art. 99, § 1º, do novo CPC/2015, o pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado por petição simples e durante o curso do processo, tendo em vista a possibilidade de se requerer em qualquer tempo e grau de jurisdição os benefícios da justiça gratuita, ante a alteração do status econômico.
 Ainda sobre a gratuidade a que tem direito, o novo Código Instrumentalista dispõe em seu art. 99, § 3º, que “presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural”. Assim, à pessoa natural basta a mera alegação de insuficiência de recursos, sendo desnecessária, num primeiro momento, a produção de provas da hipossuficiência financeira.
 Por tais razões, pleiteia neste Egrégia Turma os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal, artigo 5°, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 do NCPC, no artigo 98 e seguintes. Declaração de hipossuficiência, segue anexo, (doc. 2).
II - DOS EFEITOS
 Diante do exposto, requer que o presente recurso seja CONCEDIDO, no seu duplo efeito, devolutivo, se foro o caso, seja necessário pelo dano irreparável pela não atribuição, atribuir efeito suspensivo, em conformidade com o artigo 43 da Lei 9099/95.
 Por tais razões, pleiteia neste Egrégia Turma os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal, artigo 5°, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 do NCPC, no artigo 98 e seguintes. Declaração de hipossuficiência, segue anexo, (doc. 2).
II – BREVE SÍNTESE DOS FATOS
 A recorrente, ajuizou junto ao Juizado Especial Cível, ação de obrigação de fazer cumulada com dano moral e pedido de Tutela Antecipada, em face da Recorrida, na data, ... de outubro de 2014, informando ser usuária do cartão de crédito n° 1234.9909.3322.1100, emitido e administrado pela Recorrida.
 Em virtude do atraso de 2 meses nos pagamentos das faturas dos meses de abril e maio de 2014, colocou o nome da Recorrente no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).
 Sendo que, foram quitadas as parcelas que estavam vencidas, em 26 de junho de 2014, para regularizar o débito, e posteriormente, fechar contrato de financiamento habitacional, mas até a data de distribuição da demanda, a USURACARD não havia retirado o seu nome do SPC, o que a levou a perder o contrato para a aquisição da sua casa própria.
 O nobre Magistrado, determinou que a Recorrida retirasse o nome da Recorrente do cadastro de restrição do crédito, em decisão interlocutória. Ademais, em contestação, a Recorrida sustentou a inexistência de dano moral.
 Foi proferida sentença, confirmando em definitivo a tutela antecipada anteriormente deferida, sendo julgado improcedente o pedido de dano moral requerido pela Recorrente, por entender incabível pelo o juiz a quo.
 Dessa forma, requer que a decisão seja reformada para que haja garantia da efetiva justiça no processo em análise.
III – DAS RAZÕES DA REFORMA
 Vejam, Eméritos Julgadores, no tocante aos danos morais, o juízo a quo entendeu que a Agravante não faria jus aos danos morais, julgando improcedente ao pedido. Ocorre que, o Doutor Juiz em decisão interlocutória determinou que a Ré, ora agravada, que retirasse o nome da Agravante do Cadastro de Restrição de Credito (SPC), o que não veio a ser obedecido pela mesma, causando a Agravante, danos irreparáveis a sua reputação e, que por injustiça e ao descumprimento a voz do nobre magistrado, acarretou na perda do contrato para aquisição da sua casa própria.
 Em decorrência deste fato, a Requerente experimentou situação constrangedora, angustiante, tendo sua moral abalada, face a indevida inscrição de seu nome no cadastro de inadimplentes com seus reflexos prejudiciais, sendo suficiente a ensejar danos morais, até porque, ele já tinha quitado o débito.
 Certo é que, conforme ressaltado alhures, até o presente momento, a Requerente permanece com seu nome registrado no cadastro do (SPC), por conta de um debito inexigível referente ao atraso de 2 meses nos pagamentos das faturas do cartão de crédito, de dois meses, abril e maio de 2014, quitados em 26 de junho de 2014, tendo em vista, ser necessário o cancelamento do (SPC) e , que seja retirado para continuar sua vida.
 A Requerida está agindo com manifesta negligencia e evidente descaso com a Requerente, pois jamais poderia ter inscrito e mesmo mantido o nome da Requerente maisde dois meses no cadastro dos serviços de proteção ao crédito.
 Sua conduta, sem dúvida, causou danos à imagem, à honra e ao bom nome da Requerente, de modo que se encontra com uma imagem de “mau pagadora”, de forma absolutamente indevida.
 Entre os direitos básicos do consumidor, está efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, é o disposto no art. 6º, VI, do Código de Defesa do Consumidor.
 Como ninguém tem o direito de causar sofrimento a outrem, impunemente, a dor representada pelos transtornos, humilhações e constrangimentos podem ser perfeitamente enfeixados como danos morais, que, por sua vez, não podem deixar de ter uma reparação jurídica. A função de reparabilidade do dano moral restou consagrada na CRFB em seu artigo 5º, incisos V e X.
 Com efeito, dispõem os artigos 186 e 927 do atual Diploma Civil, que:
Artigo 186 do CC/02: Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito ou causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Artigo 927 do CC/02: Aquele que, por ato ilícito (arts 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
 Inegável é que a Requerida, efetivamente, realizou conduta lesiva contra a parte autora. Desse modo, estes dispositivos volvidos asseguram cristalinamente o direito da preservação da dignidade humana, da intimidade, da intangibilidade dos direitos da personalidade.
 Assim, a reparação, nesses casos, reside no pagamento de uma soma pecuniária, arbitrada pelo consenso do juiz, que possibilite ao lesionador uma penalização e consequentemente compense os dissabores sofridos pela vítima e repare sua dor íntima, em virtude da ação ilícita do lesionador.
 O STF tem proclamado que “a indenização, a título de dano moral, não exige comprovação de prejuízo” (RT 614/236), por ser este uma consequência irrecusável do fato e um “direito subjetivo da pessoa ofendida” (RT 124/299).
 Por fim, com a observância na TEORIA DO DESESTÍMULO, ou seja, o valor não deve enriquecer ilicitamente a Recorrente, mas há de ser suficientemente elevado para desencorajar novas agressões à honra alheia; ainda, considerando o porte da empresa que integram o polo passivo, para que a reparação venha a atingir seus fins, requer-se a reforma da sentença com a devida majoração dos valores arbitrados à título de danos morais.
IV – DOS PEDIDOS
 Requer que o recurso seja conhecido e provido com a consequente reforma parcialmente da referida sentença atacada; a aplicação dos benefícios da assistência judiciária gratuita ao Recorrente; determinando-se: no mérito, no tocante ao aspecto do dano moral inicialmente formulado pela Recorrente, julgando procedente o pedido, com reforma da sentença com a devida majoração dos valores arbitrados à título de danos morais. Além disso, seja a Recorrida condenada ao pagamento das custas processuais e dos honorários advocatícios, fixando no importante de XX% no valor da causa, (Lei 9099, no seu artigo 55. segunda parte).
Nestes termos,
Pede deferimento.
Local e Data
Advogado
OAB/UF
ROL DE DOCUMENTOS
- Instrumento procuratório - (anexo 01);
- Declaração de hipossuficiência, segue anexo, (doc. 2).

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