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1 UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ Pós-graduação em Direito e Processo do Trabalho e Direito Previdenciário Resenha do Artigo ou Caso: Justiça trabalhista aceita ação cível para evitar honorários Nome do aluna Monize Ferreira de França Trabalho da disciplina: Audiência Trabalhista Tutor: Prof. Maria Celia Ferreira De Rezende Americana/SP 2020 http://portal.estacio.br/ 2 Artigo ou Caso: Caso que discorre sobre a justiça trabalhista aceitar ação cível para evitar honorários na justiça do trabalho. TÍTULO Justiça trabalhista aceita ação cível para evitar honorários. REFERÊNCIA: Após a entrada em vigor da Lei 13.467/2017 Reforma Trabalhista, muitos trabalhadores ficaram com receio de ingressarem com uma reclamação trabalhista, pois caso fossem vencidos os mesmos teriam de arcar com os honorários periciais e advocatícios o que não ocorria antes da alteração da lei. Diante deste receio um trabalhador conseguiu na justiça do trabalho a produção antecipada de prova, prevista no processo civil. Deste modo, evitaria tanto o pagamento de honorários pericias como advocatícios em caso de derrota. Vários juristas foram consultados e fizeram suas ponderações. Esse caso ocorreu na 1ª Vara do Trabalho de Pouso Alegre (MG), em primeira instância tal pleito foi negado, porém a Primeira Turma do TRT-3, mudou tal decisão, determinando o prosseguimento do processo. O Trabalhador, beneficiário da justiça gratuita, fez tal pedido com base no Código de Processo Civil e não com base na CLT. Como se pode observar o Art. 15 do Código de Processo Civil estabelece que: “Na ausência de normas que regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as disposições deste Código lhes serão aplicadas supletivamente e subsidiariamente”. Deste modo o obreiro para evitaria ter de arcar com os honorários dos arts. 790-B e 791-A CLT. Que prevê: art. 790-B da CLT “A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda que 3 beneficiária da justiça gratuita”; bem como o art. 791-A do mesmo dispositivo diz que ao advogado, serão devidos honorários de sucumbência. Uma vez que em ambos dispositivos, mesmo em casos de beneficiário da justiça gratuita se obtiver créditos suficientes nesta ou em outra demanda teria de arcar com tais valores. Com base na antecipação da prova o Reclamante (trabalhador), poderá antes mesmo de ingressar com uma reclamação trabalhista, pedir que seja realizada tal perícia para verificar a existência ou não de tal direito, caso o laudo seja negativo este poderia não ingressar com tal reclamação se por caso esse fosse o único pedido. Por ser uma antecipação de prova, não é cabível defesa nem recurso, salvo contra decisão que indeferiu totalmente a produção da prova pleiteada. Conforme o “Juiz Guilherme Feliciano, presidente da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho), o regime de sucumbência da reforma trabalhista pode levar à multiplicação das ações de produção antecipada da prova.”, ou seja, pode haver um maior número de demanda trabalhista, a primeira para verificar se haveria ou não tal direito e a segunda para pleitear, com isso haveria um maior tumulto para o judiciário que ao invés de apenas uma ação teria duas.
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