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A importância do Índice de Apgar Letícia Martins dos Santos Aluna do Curso de Graduação em Enfermagem. Valdilea Zorub Pasquini Docente do Curso de Graduação em Enfermagem. Orientadora. RESUMO Santos LM, Pasquini VZ. A importância do Índice de Apagar. Rev Enferm UNISA 2009; 10(1): 39-43. 39Rev Enferm UNISA 2009; 10(1): 39-43. O trabalho teve por objetivo mostrar aos profissionais de saúde a importância do índice de Apgar. O estudo é uma revisão de literatura de caráter descritivo. Apgar é um método de avaliação sistemática do recém-nascido efetuado logo após o parto, avalia as condições fisiológicas e a capacidade de resposta e serve para identificar aqueles que necessitam de reanimação ou cuidados especiais. Conclui-se que mesmo depois de tantos anos o escore de Apgar ainda é um método utilizado em todos os hospitais ao nascimento do RN. Descritores: Apgar; Saúde neonatal; Cuidados com o RN. INTRODUÇÃO Introduzido por Virginia Apgar, anestesista inglesa, em 1953, o escore de Apgar é um dos métodos mais utilizados na avaliação imediata do neonato(1) feito logo após o parto, avalia condições fisiológicas e a capacidade de resposta, ajuda a identificar a necessidade de reanimação ou algum outro tipo de cuidado especial(2). Aos aspectos avaliados são atribuídas notas 0 a 2 pontos, somando um total de 10 pontos. A escala de Apgar usualmente é realizada no primeiro e quinto minuto de vida(2). Inicialmente desenvolvido como um método de fácil avaliação no recém-nascido, visava também auxiliar na pratica obstétrica e pediátrica(3). Com o passar do tempo foi sendo utilizado como diagnóstico de asfixia neonatal. E mais recentemente deixou de ser um demonstrativo que determina o inicio da reanimação e passou a ser um método de avaliação da resposta do recém-nascido (RN) após as manobras realizadas com o mesmo(3). Também por este motivo a escala esta diretamente ligada com a mortalidade nos primeiros 28 dias de vida(2). Segundo alguns autores o Apgar no primeiro minuto mostra a necessidade de se ressuscitar imediatamente e os seguintes mostram as chances de sucesso neste ressuscitamento (2). Menos da metade dos nascidos com escore de Apgar baixos são asfixiados de acordo com o critério gasométrico(1). A avaliação fetal pela cardiotocografia tem possibilitado investigações sobre as condições da freqüência cardíaca fetal(4). Os neonatologistas são questionados sobre a validade de se tomar condutas para a reanimação dos recém-nascidos asfixiados, devido ao risco de lesões permanentes(5). É importante que a família exija uma ficha detalhada com o que foi feito com o RN, dados claros e precisos da avaliação, isto poderá favorecer mais tarde em um prognostico e diagnostico referentes ao RN(2). O trabalho tem por objetivo mostrar aos profissionais de saúde a importância do escore de Apgar. MÉTODO A metodologia trata-se de uma pesquisa descritiva cujos dados foram obtidos através da revisão de literatura. As Rev Enferm UNISA 2009; 10(1): 39-43.40 coletas de dados foram realizadas por meio de consulta eletrônica à biblioteca Milton Soldani Afonso (BMSA), consulta eletrônica a biblioteca regional de medicina (BIREME), junto às bases de dados LILACS E SCIELO, revistas e livros didáticos referentes ao tema. Dos 27 resultados lidos, foram selecionados apenas 12 que apresentavam relevância e pertinência ao estudo. RESULTADOS Elaborado por Virgínia Apgar no inicio da década de 50 e revisado na década seguinte, o escore de Apgar foi criado para ser um método fácil de avaliação da criança ao nascer, alem de servir como comparação em praticas obstétricas, anestésicas e pediátricas (3). É um método de avaliação sistemática do recém-nascido efetuado logo após o parto, avalia as condições fisiológicas e a capacidade de resposta e serve para identificar aqueles que necessitam de reanimação ou cuidados especiais(2). A preocupação com possíveis imprecisões quando se aplica valores ao escore de Apgar vem de longa data. A própria Virginia Apgar focava a importância da evolução dos valores do escore em tempo precisamente definidos(3). O atendimento ao RN, logo após o nascimento, pode ser realizado na própria sala de parto, em local adequado, seja na mesa ou no berço ou em sala anexa ao centro obstétrico, em berço aquecido. Na sala de parto para o atendimento ao RN devem estar presentes pessoas especializadas, como o medico e o enfermeiro, principalmente se for um RN de risco. A sala de atendimento ao RN deve ser confortável, ampla, com boa iluminação, aquecida a temperatura de aproximadamente 27°C e ter comunicação fácil e direta com a sala de admissão do RN na unidade neonatal. Considerada área estéril, merecendo os mesmos cuidados que são empregados no centro obstétrico, ou seja, uso de mascara, gorro e pró-pés. Um principio básico para todos os que manipulam o RN deve ser a lavagem previa e cuidadosa das mãos(6). Dentro dos procedimentos técnicos em neonatologia existem alguns procedimentos comuns, como medições, peso, altura, perímetro e sinais vitais. Em relação à medição, é feita sempre de forma padrão, feita cuidadosamente, pois revela informações importantes. Em relação ao peso, deve ser sempre anotado no prontuário do RN expresso em Kg e é analisado em função da idade gestacional, nas curvas apropriadas para que se possa classificar o RN. A tomada de peso deve ser realizada diariamente enquanto o RN estiver no ambiente hospitalar. Em relação à altura, deve ser feita de forma precisa e cuidadosa, pois a margem de erros pode ser bem grande. Assim como para avaliar o peso, na hora de verificar a altura também deve se manter o local aquecido, para que não ocorra perda de temperatura. Em relação ao perímetro, soa verificados perímetros cefálico e torácico e é feita com uma fita métrica. E para verificar os sinais vitais, são analisados pulso, freqüência respiratória, freqüência cardíaca e temperatura(4). Por ocasião do nascimento, a criança recebe, da placenta, importante quantidade de sangue, que pode ser de 73 a 100 ml em crianças de peso normal, sendo por isso inconveniente a ligadura precoce do cordão, a não ser em casos especiais. Após a interrupção da circulação placentária, os vasos umbilicais se constringem em poucos minutos, o sangue que flui pela veia cava inferior ao ventrículo direito diminui, reduzindo a pressão sanguínea na câmara cardíaca. Alem disso, o aumento do retorno venoso ao átrio esquerdo aumenta pressão local, favorecendo o fechamento funcional do forâmen oval. Nem sempre este fechamento é completo, podendo haver pequeno fluxo da direita para a esquerda por certo tempo. Outra mudança é que a criança passa de um meio hídrico para um meio aéreo, assim, serão necessários vários eventos para que haja uma adaptação à vida extra-uterina. O estado de maturação do pulmão tem importante papel para que esta adaptação se efetue. A primeira respiração deve superar varias forças e ira requerer uma pressão negativa intrapleural, o que permitira uma introdução nos pulmões de ar. Após esta primeira respiração haverá uma redução na assistência vascular pulmonar, permitindo um aumento do fluxo sanguíneo. Uma vez estabelecida uma respiração regular, a freqüência respiratória normal é de aproximadamente 40 movimentos por minuto. Porém, vários fatores podem alterar isto, como por exemplo, atividade física, temperatura corporal, aumento do metabolismo, mudança na oxigenação(8). A adaptação do RN da vida intra-uterina para a extra- uterina exige o desencadeamento de uma serie de mecanismos complexos, que em 98% dos casos leva o nascimento de uma criança ativa e vigorosa. Não há tempo para indecisão, já que uma decisão incorreta pode ser trágica. O sucesso da reanimação da criança envolve conhecimento da fisiologia perinatal e princípios de reanimação, habilidade em manusear equipamentos e materiais e interação na sala de atendimento entre médicos e enfermeiros. Nos centros de nível de maior complexidade, a sala de parto ou de recepção para a reanimação deve ser devidamente equipada para o atendimentoimediato do RN de risco. Os centros de nível primário poderão ser equipados de maneira a atender o RN de baixo ou mínimo risco, adaptando-se a partir de condições locais(6). Com o passar do tempo, o método passou a ser utilizado como diagnostico de asfixia neonatal, recentemente, a Academia Americana de Pediatria publicou recomendação em que, na conceituação de uma criança gravemente asfixiada ao nascimento, fossem analisados alguns critérios, são eles: 1) amostra de sangue arterial umbilical mostrando profunda acidose metabólica ou mista, com Ph < 7,0; 2) escore de Apgar entre 0 e 3, além do quinto minuto de vida; 3) sinais de comprometimento neurológico; e 4) evidencia de disfunção multi-orgânica. Sendo assim, podemos ver que mesmo se passando mais de 50 anos de seu desenvolvimento, o escore de Apgar ainda é um parâmetro de avaliação do bem estar do recém- nascido(3). Durante o parto, atenção deve ser dada ao tipo de anestesia que foi administrada a mãe, quantidade de 41Rev Enferm UNISA 2009; 10(1): 39-43. sangramento materno, prévio conhecimento da presença de mecônio no liquido amniótico, nó, circular ou prolapso de cordão umbilical e grau de transfusão placentária(6). A associação entre desacelerações variáveis com outras alterações tais como taquicardia, variabilidade diminuída da linha de base e recuperação lenta da desaceleração (componentes hipóxicos) tem sido correlacionadas com índice de Apgar menor que 7(9). Há significativa associação entre as desacelerações tardias da FCF na cardiotocografia de repouso e o índice de Apgar de primeiro ou quinto minutos(10). Ao nascimento do RN, começa um processo de avaliação de reanimação: desobstrução de vias aéreas superiores, logo após o desprendimento da cabeça. Pinçamento do cordão umbilical, sem ordenha de cordão, sendo que o enfermeiro providencia a colheita de sangre de cordão para grupo sanguíneo, Rh e Coombs, e outros exames pedidos pelo neonatologista. O RN é recebido em campo estéril e aquecido e removido a sala ou mesa de reanimação. Sucção da boa, orofaringe e narinas com aspiração delicada, cerca de 10 a 15 segundos, se houver presença de liquido meconial, é indicada sucção da orofaringe e traquéia antes da respiração. Secar o RN, especialmente na cabeça e face, pois compreendem cerca de 20% da área corpórea total. E determinar escore de Apgar(6). Com novas normas de assistência na sala de parto, o escore de Apgar deixou de ser utilizado como determinador do inicio da reanimação neonatal e passou a ser usado como avaliação da resposta do recém-nascido às manobras realizadas. A escala de avaliação do recém-nascido criada por Virginia Apgar é um marco na neonatologia. Passado mais 50 anos ainda não foi desenvolvido nenhum outro método tão simples para avaliar o neonato. Hoje o escore de Apgar continua sendo aplicado praticamente a todas as crianças nascidas em hospitais(3). O teste é usualmente realizado no primeiro e no quinto minuto de vida, logo após o nascimento completo (excluindo o cordão umbilical e placenta) e desobstrução das vias aéreas superiores. O exame avalia cinco aspectos do neonato, são eles freqüência cardíaca, esforço respiratório, tônus muscular, irritabilidade reflexa e coloração da pele, para cada um dos cinco itens é atribuída uma nota de 0 a 2, soma-se o escore de cada item e se obtém um resultado de no máximo 10 pontos(2). Veja a seguir os valores aplicados à tabela do escore de Apgar: A escala de Apgar esta relacionada significativamente com a mortalidade nos primeiros 28 dias de vida do bebê (2). Vários fatores podem interferir para uma pontuação mais baixa do Apgar, tais como idade gestacional, medicações, doenças neuromusculares e a própria condição cardiopulmonar do recém-nascido(11). Boletim de Apgar de primeiro minuto, geralmente correlaciona-se com o PH de cordão umbilical e traduz um asfixia intraparto. RN com apagar de 0-4 tem os menos OH, maiores PaCO2, menores BE do que aqueles com boletim maior que 7. Apgar de quinto minuto correlaciona-se melhor com as eventuais seqüelas neurológicas. O boletim deve ser repetido a cada 5 minutos ate que atinja uma nota maior ou igual a 7. Um boletim de Apgar de primeiro minuto igual a 10 não é comum, pois o RN apresenta certo grau de acrocianose, com grande freqüência(8). O escore de Apgar menor que 7 é considerado indicativo de asfixia perinatal pelos pediatras, sendo este o racional para a escolha deste valor de Apgar para determinar sofrimento fetal ou não(12). O momento do nascimento é crucial para o bebe, o cérebro é o órgão mais delicado do corpo humano, enquanto a criança esta no útero toda a oxigenação vem pela placenta através da respiração materna, no momento em que se corta o cordão a criança tem que respirar sozinha. Quando isto se da, o neonatologista tem que agir rapidamente, pois a falta de oxigenação pode levar a seqüelas graves como, por exemplo, a paralisia cerebral ou outros problemas neurológicos, se não for rapidamente tratada esta falta de oxigenação chama-se anóxia perinatal ou asfixia perinatal(2). A depressão do recém-nascido pode ter diversas causas: ingestão materna de drogas, manipulação neonatal, trauma, anomalias congênitas, prematuridade e asfixia perinatal. O uso do escore de Apgar como única medida na avaliação do RN tem sido questionado ao longo dos anos, principalmente, quando se quer identificar algum grau de asfixia (1). Uma das características da anóxia perinatal é o escore de Apgar de quinto minuto entre 0 e 3. Alguns dos fatores que podem levar a anóxia perinatal: Condições maternas - principalmente idosas - menores de 16 anos Aspectos avaliados Pontuação (exemplo) Valor 0 Valor 1 Valor 2 Freqüência cardíaca 2 Ausente Abaixo de 100 bpm Acima de 100 bpm Esforço respiratório 2 Ausente Débil-irregular Choro forte Tônus muscular 2 Hipotônico Alguma flexão Flexão Coloração 1 Cianótico Rosado/ com as extremidades cianóticas Extremidades rosadas Irritabilidade reflexa 2 Ausente Faz careta Tosse ou funga/ respiro Total 9 0 a 3 (grave) 4 a 7 (moderada) 8 a 10 (normal) Quadro 1. Escores de Apgar entre crianças nascidas de parto normal. Rev Enferm UNISA 2009; 10(1): 39-43.42 - diabetes - hipertensão - toxemia - tratamento materno com drogas como diuréticos, antimetabólicos, lítio, magnésio, álcool e drogas beta adrenérgicas - anemia - placenta previa - isoimunização - alcoolismo ou vicio em qualquer tipo de drogas - história de morte neonatal anterior - baixo nível sócio econômico. Condições do trabalho de parto e do parto - emprego de fórceps - cesárea - trabalho de parto prolongado - hipotensão materna Condições fetais - gemelaridade - polidramnio - acidose - anestesia geral à mãe - grande para idade gestacional - freqüência ou ritmo cardíaco alterados Condições neonatais: - asfixia neonatal - peso de nascimento inadequado para idade gestacional - pele, unhas e cordão umbilical impregnados no mecônio. - sinais de desconforto respiratório (6). Métodos bioquímicos empregando a avaliação da gasometria do sangue do cordão umbilical tem sido muito utilizados. A junção destes métodos com o escore de Apgar dão um melhor resultado para a avaliação(1). Aproximadamente 5 a 10% dos RN tem dificuldade durante a transição (vida fetal, dependente, para a vida neonatal, independente) e requerem assistência em sala de atendimento. Muitas vezes estes partos são previsíveis, com a informação do obstetra sobre a gestação atual. O neonatologista tem a oportunidade de conhecer a historia da gravidez e possíveis ocorrências durante o trabalho de parto. O conhecimento da historia materna poderá preparar o atendimento de um RN com problemas específicos. A asfixia perinatal ou neonatologica ocorre no feto ou no RN devido à falta de oxigênio e a ma perfusão de vários órgãos, associando-se a hipóxia tecidual e a acidose. Em resumo, há combinação de hiperemia, hipercapnia e deficiência da circulação. Assim, o objetivo da reanimação visa sempre: - desobstruir vias aéreas, de secreção, mecônio e outrosmateriais, para que ocorra expansão pulmonar - aumento da PO2 arterial com adequado fornecimento de O2 - medidas para assegurar debito cardíaco adequado - manter consumo de O2 mínimo, principalmente por diminuição da perda de calor, imediatamente no período pós-parto (secar e manter o RN sob fonte de calor). Procedimentos diversos são adotados de acordo com o resultado do escore: Boletim de Apgar entre 8 e 10 Este valor é encontrado em 90% dos RN com 1 minuto após o parto. Sucção ode vias aéreas superiores, manter a temperatura corporal, realizar o boletim de Apgar de quinto minuto, cuidados com o coto umbilical (observação do numero de vasos, clampeamento e curativo realizado), credeização (colocar uma gota de nitrato de prata 1% de preparo recente em cada olho do RN. Secar com gaze estéril, e identificar o RN (colocar a pulseira de identificação no RN e na mãe) e tirar as impressões plantares e digitais da mãe na folha apropriada. Boletim de Apgar 7- anoxia leve Além dos procedimentos do caso anterior, estimular a respiração e oxigenação sobre a face. Boletim de Apgar entre 4 e 6- anoxia moderada Estimulo de sucção e leves palmadinhas no calcanhar ou na fricção do tórax, quando há resposta a estes estímulos, o RN estava em apnéia primaria. Se a FC for menor que 100 a mascara com pressão positiva deve ser iniciada. Geralmente este bebe esta em acidose, recomenda-se também a utilização de sonda nasogastrica, para avaliar a distensão gástrica e esvaziar o conteúdo gástrico. Boletim de apgar entre 0 e 3- anóxia grave Este RN requer vigorosa e imediata reanimação, pessoas treinadas e preferencialmente pelo menos três pessoas. Devem ser executadas quatro tarefas: ventilação, circulação, medicação e manutenção de temperatura (6). A evolução clinica das crianças nascidas com Apgar zero justifica os esforços da receptação, pois em muitos dos casos obteve-se sucesso(5). Alguns artigos têm revisado a exatidão do escore de Apgar do primeiro minuto como diagnostico ou marcador de presença de asfixia. Menos da metade dos recém-nascidos com escore de Apgar baixo são asfixiados, segundo critério gasométrico. A sensibilidade do escore no primeiro minuto para detectar asfixia tem variável de 10,7 a 78% e a especificidade de 75 a 98%(5). Em resumo, o escore de Apgar é um método impreciso para detectar asfixia, mas muito bom para descartá-la. Ou seja, o escore de Apgar deve ser usado, mas não como única medida de diagnóstico(1). CONCLUSÃO Diante de todos os pontos apresentados neste trabalho, conclui-se que mesmo depois de tantos anos o escore de Apgar, criado por Virgínia Apgar ainda é um método utilizado em todos os hospitais ao nascimento do RN. Porém, já não com o mesmo objetivo de quando foi criado, hoje é mais 43Rev Enferm UNISA 2009; 10(1): 39-43. utilizado como método de identificação para asfixia neonatal. Devido à preocupação com possíveis imprecisões quando se aplica valores ao escore de Apgar, o correto é que seja utilizado como um dos métodos, mas em junção com outros já citados no decorrer do trabalho. É importante que os profissionais de saúde que atuam na sala de parto cuidem para que a cronologia seja rigorosa e o registro seja imediato. REFERÊNCIAS 1. Pereira D, Rocha V, Procianoy R, Azevedo R, Kersting D, Cardozo A, et al. Avaliação do Ph de sangue de cordão umbilical e sua relação com o escore de Apgar em recém- nascidos a termo. J Pediatria 1996. 2. Loth E, Vitti C, Nunes JI. A diferença das notas do escore de Apgarentre crianças nascidas de parto normal e parto cesariana. Arq Cien Saúde Unipar 2001. 3. Santoro W, Martinez FE. Precisão do escore de Apgar no atendimento ao recém-nascido de muito baixo peso. 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