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PACOTE ANTICRIME E-BOOK PARTE II LEGISLAÇÃO ESPECIAL AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES Instagram: @professorfelipenovaes AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES 1 - Lei 7210/84 – Lei de Execução Penal: 1.1 – alterações no recolhimento de material genético do condenado, criação de falta grave para preso que se recusa a colher o material. Comparação dos Dispositivos: Dispositivo atual: Novo Dispositivo: Art. 9o-A. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave contra pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho de 1990, serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA - ácido desoxirribonucleico, por técnica adequada e indolor. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012) § 1o A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012) § 2o A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, no caso de inquérito instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de perfil genético. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012) Art. 9º-A. (VETADO). ................................................................ ........................................... § 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar garantias mínimas de proteção de dados genéticos, observando as melhores práticas da genética forense. ................................................................ ........................................... § 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o acesso aos seus dados constantes nos bancos de perfis genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de custódia que gerou esse dado, de maneira que possa ser contraditado pela defesa. § 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste artigo que não tiver sido submetido à identificação do perfil genético por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional deverá ser submetido ao procedimento durante o cumprimento da pena. § 5º (VETADO). § 6º (VETADO). § 7º (VETADO). AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES § 8º Constitui falta grave a recusa do condenado em submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético.” (NR) Comentários: trata-se de modificação realizada no sistema de identificação criminal por meio de recolhimento de material genético do preso. Os tribunais superiores vem admitindo o recolhimento de material genético com a finalidade de compor o sistema de identificação criminal de criminosos, presos provisórios ou condenados, entretanto vem impondo limites para o uso de tais informações com um caráter probatório, ou seja, que tais dados sejam utilizados para determinar a autoria de crimes posteriores, em outros processos criminais. A modificação realizada no art. 9º - A, teve a alteração do caput vetada, permanecendo o texto anterior, foram criados dois parágrafos que deixam claro o caráter probatório de tais elementos em processos por outros crimes, o que nos parece ferir o direito de não produzir provas contra si, assegurado na Convenção Americana de Direitos Humanos, o Pacto de São José da Costa Rica, pois o detento terá seu material genético, que foi coletado sob a alegação de cadastro de identificação criminal utilizado para comprovar a autoria em outras infrações penais. Além disso o paragrafo oitavo, incluído pelo pacote anticrime, passou a prever falta grave consistente na recusa em recolher material genético. O que se ratifica na inclusão desta modalidade de falta grave no art. 50, da LEP. 1.2 – Criação de nova falta disciplinar grave: Comparação dos Dispositivos: Dispositivo atual: Novo Dispositivo: Art. 50. Comete falta grave o condenado à pena privativa de liberdade que: I - incitar ou participar de movimento para subverter a ordem ou a disciplina; II - fugir; III - possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a integridade física de outrem; Art. 50. .............................................................................. .............. .................................................................... ...................................... VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético. .................................................................... ............................” (NR) AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES IV - provocar acidente de trabalho; V - descumprir, no regime aberto, as condições impostas; VI - inobservar os deveres previstos nos incisos II e V, do artigo 39, desta Lei. Comentários: foi criada uma nova falta disciplinar grave para o preso que se recusar submeter-se ao procedimento de identificação do perfil genético. Coadunando com o disposto no novo §8º, do art. 9º A, da lei 7210/84 – Lei de Execução Penal. 1.3 – Alterações no RDD – regime disciplinar diferenciado. Comparação dos Dispositivos: Dispositivo atual: Novo Dispositivo: Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasione subversão da ordem ou disciplina internas, sujeita o preso provisório, ou condenado, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) I - duração máxima de trezentos e sessenta dias, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie, até o limite de um sexto da pena aplicada; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) II - recolhimento em cela individual; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) Art. 52. A prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasionar subversão da ordem ou disciplina internas, sujeitará o preso provisório, ou condenado, nacional ou estrangeiro, sem prejuízo da sanção penal, ao regime disciplinar diferenciado, com as seguintes características: I - duração máxima de até 2 (dois) anos, sem prejuízo de repetição da sanção por nova falta grave de mesma espécie; II - recolhimento em cela individual; III - visitas quinzenais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem realizadas em instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família ou, no caso de AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES III - visitas semanais de duas pessoas, sem contar as crianças, com duração de duas horas; (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) IV - o preso terá direito à saída da cela por 2 horas diárias para banho de sol. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) § 1o O regime disciplinar diferenciado também poderá abrigar presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) § 2o Estará igualmente sujeito ao regime disciplinar diferenciado o preso provisório ou o condenado sob o qual recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organizações criminosas, quadrilha ou bando. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) terceiro, autorizado judicialmente, com duração de 2 (duas) horas; IV - direito do preso à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de sol, em grupos de até 4 (quatro) presos, desde que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso; V - entrevistas sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, em instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização judicial em contrário;VI - fiscalização do conteúdo da correspondência; VII - participação em audiências judiciais preferencialmente por videoconferência, garantindo-se a participação do defensor no mesmo ambiente do preso. § 1º O regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros: I - que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade; II - sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de falta grave. § 2º (Revogado). § 3º Existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa, associação criminosa ou AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais Estados da Federação, o regime disciplinar diferenciado será obrigatoriamente cumprido em estabelecimento prisional federal. § 4º Na hipótese dos parágrafos anteriores, o regime disciplinar diferenciado poderá ser prorrogado sucessivamente, por períodos de 1 (um) ano, existindo indícios de que o preso: I - continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal de origem ou da sociedade; II - mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, considerados também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no grupo criminoso, a operação duradoura do grupo, a superveniência de novos processos criminais e os resultados do tratamento penitenciário. § 5º Na hipótese prevista no § 3º deste artigo, o regime disciplinar diferenciado deverá contar com alta segurança interna e externa, principalmente no que diz respeito à necessidade de se evitar contato do preso com membros de sua organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, ou de grupos rivais. § 6º A visita de que trata o inciso III do caput deste artigo será gravada em sistema de áudio ou de áudio e vídeo e, com autorização judicial, fiscalizada por agente penitenciário. § 7º Após os primeiros 6 (seis) meses de regime disciplinar diferenciado, o preso que não receber a visita de que AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES trata o inciso III do caput deste artigo poderá, após prévio agendamento, ter contato telefônico, que será gravado, com uma pessoa da família, 2 (duas) vezes por mês e por 10 (dez) minutos.” (NR) Comentários: - a alteração feita no caput do art. 52 tornou possível a inclusão do preso estrangeiro no regime disciplinar diferenciado. O RDD é cabível quando ocorrer a prática de fato previsto como crime doloso constitui falta grave e, quando ocasionar subversão da ordem ou disciplina internas, hipótese descrita no caput do art. 52. O §1º dispõe que o regime disciplinar diferenciado também será aplicado aos presos provisórios ou condenados, nacionais ou estrangeiros, que apresentem alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade, bem como para aqueles sob os quais recaiam fundadas suspeitas de envolvimento ou participação, a qualquer título, em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de falta grave. - também foi alterada a regra para a duração da permanecia no RDD, anteriormente era de 365 dias, podendo ser prorrogada até o limite de 1/6 da pena, com a nova redação a duração pode ser de 2 anos, prorrogáveis em caso de repetição da falta grave. O RDD deve ser cumprido com recolhimento em cela individual. - são permitidas visitas quinzenais com duração de 2 (duas) horas, na redação anterior eram semanais, de 2 (duas) pessoas por vez, a serem realizadas em instalações equipadas para impedir o contato físico e a passagem de objetos, por pessoa da família. No caso de visitas de terceiro, que não sejam da família do preso, é necessária autorização judicial. A visita será gravada em sistema de áudio ou de áudio e vídeo e, com autorização judicial, fiscalizada por agente penitenciário, conforme disposto no §6º do art. 52. Caso após os primeiros 6 meses de regime disciplinar diferenciado, prevê o § 7º, a possibilidade do preso que não receber a visita poderá, após prévio agendamento, ter contato telefônico, que será gravado, com uma pessoa da família, 2 (duas) vezes por mês e por 10 (dez) minutos. - o preso tem o direito à saída da cela por 2 (duas) horas diárias para banho de sol, em grupos de até 4 (quatro) presos, desde que não haja contato com presos do mesmo grupo criminoso, na redação anterior o banho de sol era individual, não podendo haver contato com outros presos. - com a intenção de evitar que o preso envie ordens aos comparsas soltos, mantendo sai atividade criminosa, mesmo estando preso, a nova redação prevê que as entrevistas serão sempre monitoradas, exceto aquelas com seu defensor, em instalações equipadas AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES para impedir o contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização judicial em contrário. Além de prever a fiscalização do conteúdo da correspondência. - Outro ponto incluído pela nova lei é a participação em audiências judiciais preferencialmente por videoconferência, garantindo-se a participação do defensor no mesmo ambiente do preso. - A princípio o RDD deve ser cumprido em estabelecimentos prisionais estaduais, entretanto o §3º prevê que existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa (art. 1º da lei 12850/2013), associação criminosa (art. 288 do CP) ou milícia privada (art. 288-A, do CP), ou que tenha atuação criminosa em dois ou mais Estados da Federação, o regime disciplinar diferenciado será obrigatoriamente cumprido em estabelecimento prisional federal, com alta segurança interna e externa, principalmente no que diz respeito à necessidade de se evitar contato do preso com membros de sua organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, ou de grupos rivais. - o §4º prevê a hipótese de prorrogação do RDD, nas hipóteses dos parágrafos anteriores, por períodos de 1 ano, existindo indícios de que o preso continua apresentando alto risco para a ordem e a segurança do estabelecimento penal de origem ou da sociedade ou de que mantém os vínculos com organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada, considerados também o perfil criminal e a função desempenhada por ele no grupo criminoso, a operação duradoura do grupo, a superveniência de novos processos criminais e os resultados do tratamento penitenciário. - Entendo que as alterações no RDD são imediatamente aplicáveis, mesmo para crimes anteriores a modificação, devendo ser levada em conta a data da falta disciplinar. Por tratar-se de norma processual inerente ao processo de execução da pena. 1.4 – Modificações na progressão de regime, passa a ter 9 hipóteses, de acordo com a primariedade ou reincidência, violência ou grave ameaça, hediondez: Comparação dos Dispositivos: Dispositivo atual: Novo Dispositivo: Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. “Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver cumprido ao menos: I - 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça; AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES(Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) § 1o A decisão será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor. (Redação dada pela Lei nº 10.792, de 2003) § 2o Idêntico procedimento será adotado na concessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes. (Incluído pela Lei nº 10.792, de 2003) § 3º No caso de mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência, os requisitos para progressão de regime são, cumulativamente: (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) I - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) II - não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento; (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) II - 20% (vinte por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça; III - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, se o apenado for primário e o crime tiver sido cometido com violência à pessoa ou grave ameaça; IV - 30% (trinta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça; V - 40% (quarenta por cento) da pena, se o apenado for condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, se for primário; VI - 50% (cinquenta por cento) da pena, se o apenado for: a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, vedado o livramento condicional; b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada; VII - 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado; VIII - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento condicional. § 1º Em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor do AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES V - não ter integrado organização criminosa. (Incluído pela Lei nº 13.769, de 2018) § 4º O cometimento de novo crime doloso ou falta grave implicará a revogação do benefício previsto no § 3º deste artigo. estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. § 2º A decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor, procedimento que também será adotado na concessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes. .............................................................................. ............... § 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins deste artigo, o crime de tráfico de drogas previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. § 6º O cometimento de falta grave durante a execução da pena privativa de liberdade interrompe o prazo para a obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena, caso em que o reinício da contagem do requisito objetivo terá como base a pena remanescente. § 7º (VETADO).” (NR) Comentários: A progressão de regime foi completamente alterada. Na redação anterior do art. 112, da Lei de Execução Penal, lei 7210/84, e do art. 2º, §2º da Lei de Crimes Hediondos, lei 8072/90, estavam previstas as seguintes hipóteses: - crimes comuns (não hediondos) progressão com 1/6 da pena para todos os crimes, sem qualquer diferenciação para casos de violência ou grave ameaça, bem como independentemente da reincidência ou primariedade do condenado. - crimes hediondos e assemelhados tinham duas frações de pena independentes, 2/5 para o condenado primário e 3/5 para o reincidente, tendo o STJ entendido que essa reincidência era comum, bastando o crime atual ser hediondo, ainda que o primeiro crime fosse comum. - condenadas mulheres gestantes, mães ou responsáveis legais por crianças ou pessoas com deficiência, conforme previsto no art. 122, §3º, tinham direito a progressão com a fração de 1/8 da pena, além de outros requisitos específicos. Essa progressão especial AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES era cabível para qualquer crime, hediondo ou não, desde que atendidos os seus requisitos. Com a nova redação, a lei passou a prever 9 hipóteses de progressão diferentes que, na verdade, se desdobram em muitas outras. Para os crimes não hediondos, o legislador levou em conta a primariedade ou a reincidência do agente, bem como o meio utilizado com ou sem violência e grave ameaça. Resultando em quatro hipóteses: - 16% (dezesseis por cento) da pena, o que equivale a fração de 1/6 prevista anteriormente, mas agora será apenas quando o apenado for primário e o crime tiver sido cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça, nessa hipótese não há alteração do percentual. - 20% (vinte por cento) da pena, o que equivale a 1/5, fração mais severa do que a anteriormente prevista, quando o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça, nessa hipótese a lei mudou para pior, novatio legis in pejus, não podendo retroagir aos crimes anteriores ao pacote anticrime. - 25% (vinte e cinco por cento) da pena, equivale a fração de 1/4, quando o condenado for primário e o crime tiver sido cometido com violência à pessoa ou grave ameaça, novatio legis in pejus, não podendo retroagir aos crimes anteriores ao pacote anticrime. - 30% (trinta por cento) da pena, o que equivale a uma fração de aproximadamente 1/3,33 da pena, quando o apenado for reincidente em crime cometido com violência à pessoa ou grave ameaça, novatio legis in pejus, não podendo retroagir aos crimes anteriores ao pacote anticrime. Para os crimes hediondos ou equiparados, o legislador levou em conta a primariedade ou a reincidência específica, o resultado morte, bem como outros fatores, gerando várias hipóteses: - 40% (quarenta por cento) da pena, o que equivale aos 2/5 previstos anteriormente, quando o apenado for condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, se for primário, hipótese idêntica a prevista anteriormente pelo art. 2º, §2º da Lei 807/90, Lei de Crimes Hediondos. - 50% (cinquenta por cento) da pena, fração de 1/2 da pena, quando o condenado for: a) condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, antes da modificação está hipótese seria de progressão com 2/5 da pena (40%), trata-se de novatio legis in pejus, não podendo retroagir aos crimes anteriores ao pacote anticrime. O novo dispositivo ainda prevê que, neste caso, é vedado o livramento condicional, tal vedação, nos parece, inconstitucional por violar o princípio da individualização da pena, uma vez que vincula a impossibilidade de livramento a características do crime e não do agente. AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES b) condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado. O pacote anticrime transformou o crime de organização criminosa, previsto no art. 2º, da Lei 12850/13 em crime hediondo, quando se tratar de organização criminosa que tenha a finalidade de praticarcrimes hediondos. Aqui é preciso ter atenção às possibilidades, lembrando que na organização criminosa, em si, não há violência ou grave ameaça: b.1) crime de organização criminosa que não visa crimes hediondos, condenado primário, a progressão será com 16%. b.2) crime de organização criminosa que não visa crimes hediondos, condenado reincidente, a progressão será com 20%, novatio legis in pejus, não podendo retroagir aos crimes anteriores ao pacote anticrime. b.3) crime de organização criminosa (crime hediondo) que visa crimes hediondos ou equiparados, condenados primários que não lideravam a organização, a progressão será com 40% da pena, novatio legis in pejus, não podendo retroagir aos crimes anteriores ao pacote anticrime. b.4) crime de organização criminosa (crime hediondo) que visa crimes hediondos ou equiparados, sendo o condenado primário que era líder da organização, a progressão será com 50% da pena, novatio legis in pejus, não podendo retroagir aos crimes anteriores ao pacote anticrime. b.5) crime de organização criminosa (crime hediondo) que visa crimes hediondos ou equiparado, condenado reincidente específico em crimes hediondos ou equiparados, seja ou não líder, progressão com 60% da pena, novatio legis in pejus, não podendo retroagir aos crimes anteriores ao pacote anticrime. c) condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada, tal hipótese está mal localizado, uma vez que o crime do art. 288-A do CP, não foi considerado como crime hediondo, demonstrando falta de proporcionalidade incluí-lo nessa hipótese de progressão, novatio legis in pejus, não podendo retroagir aos crimes anteriores ao pacote anticrime. - 60% (sessenta por cento) da pena, o que equivale a 3/5 da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado, tal fração de 3/5 era prevista, na legislação anterior, para os condenados por crimes hediondos, que fossem reincidentes, independentemente do crime anterior ser ou não hediondo, ou seja, não era reincidência específica, segundo entendimento do STJ. Assim, quando se tratar de condenados por crimes hediondos, que sejam reincidentes, precisamos dividir em duas hipóteses: AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES a) o crime anterior não era hediondo ou equiparado, reincidente comum, a progressão será com 40% ou com 50%, nos incisos anteriores, sendo novatio legis in mellius, retroagindo para todos. b) O crime anterior era hediondo ou equiparado, reincidente específico nesse tipo de crime, a progressão será com 60%, sem alteração frente a situação anterior. - 70% (setenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultado morte, trata-se de novatio legis in pejus, não podendo retroagir aos crimes anteriores ao pacote anticrime. O novo dispositivo ainda prevê que, neste caso, é vedado o livramento condicional, tal vedação, nos parece, inconstitucional por violar o princípio da individualização da pena, uma vez que vincula a impossibilidade de livramento a características do crime e não do agente. Cuidado: a) Se o condenado por crime hediondo com resultado morte, for reincidente comum (primeiro crime não hediondo) a progressão será com 50% da pena. b) Se o condenado por crime hediondo com resultado morte, for reincidente específico em crime hediondo ou equiparado, aplica-se o novo percentual de 70%. - por último, ainda há a hipótese de progressão prevista no art. 112, §3º, para mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência, incluída pela Lei 13.769/18, válida para qualquer crime, independente de primariedade ou reincidência, de ser hediondo ou não, de ter violência e grave ameaça ou não, desde de que satisfeitos os seguintes requisitos cumulativos: I - não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; II - não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente; III - ter cumprido ao menos 1/8 (um oitavo) da pena no regime anterior; IV - ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento; V - não ter integrado organização criminosa. Além dos percentuais de pena necessários, requisitos de natureza objetiva, o § 1º prevê que em todos os casos, o apenado só terá direito à progressão de regime se ostentar boa conduta carcerária, requisito subjetivo, comprovada pelo diretor do estabelecimento, respeitadas as normas que vedam a progressão. Atualmente não há normas vedando a progressão. O § 2º dispõe que a decisão do juiz que determinar a progressão de regime será sempre motivada e precedida de manifestação do Ministério Público e do defensor, procedimento que também será adotado na concessão de livramento condicional, indulto e comutação de penas, respeitados os prazos previstos nas normas vigentes. O § 5º, meio mal localizado, melhor seria a inclusão na Lei de Drogas, prevê que não se considera hediondo ou equiparado, para os fins deste artigo, o crime de tráfico de drogas previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343/06. Esse já era o entendimento AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES consolidado na doutrina e na jurisprudência, inclusive com o cancelamento da Súmula 512 do STJ, que afirmava o contrário. O STJ já havia Sumulado, no enunciado 534, esse entendimento, que derivava de uma interpretação do art. 118 da LEP, a inclusão do § 6º, no art. 112, torna legal o entendimento jurisprudencial consolidado, dispondo que o cometimento de falta grave durante a execução da pena privativa de liberdade interrompe o prazo para a obtenção da progressão no regime de cumprimento da pena, caso em que o reinício da contagem do requisito objetivo terá como base a pena remanescente. 1.5 - proibição das saída temporária nos crimes hediondos. Comparação dos Dispositivos: Dispositivo atual: Novo Dispositivo: Art. 122. Os condenados que cumprem pena em regime semi- aberto poderão obter autorização para saída temporária do estabelecimento, sem vigilância direta, nos seguintes casos: I - visita à família; II - frequência a curso supletivo profissionalizante, bem como de instrução do 2º grau ou superior, na Comarca do Juízo da Execução; III - participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social. Parágrafo único. A ausência de vigilância direta não impede a utilização de equipamento de monitoração eletrônica pelo condenado, quando assim determinar o juiz da execução. “Art. 122. ..................................................................... § 1º ............................................................. § 2º Não terá direito à saída temporária a que se refere o caput deste artigo o condenado que cumpre pena por praticar crime hediondo com resultado morte.” (NR) Comentários: O dispositivo faz vedação à saída temporária para os condenados que cumprem pena por praticar crime hediondo com resultado morte. Vedação sem muito efeito prático, passível de algumas críticas. Primeiro, porque o preso já está em regime AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES semiaberto o que permite a autorização para sair para trabalhar, na forma do art. 37 da LEP, benefício que não sofreu qualquer restrição, sendo inócuo proibir a autorização de saída prevista no art. 122. Outrossim, a proibição de benefícios de execução penal de forma objetiva, levando em conta o tipo de crime praticado, já foi considerada inconstitucional em diversas oportunidades pelo STF, como na progressão de regime nos crimes hediondos, a pena restritiva de direitos e a suspensão condicional da pena nos crimes da lei de drogas, entre outros exemplos. Parece-nos que esse será o destino de tal vedação, caso chegue ao STF. AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAESINSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES 2 - Lei 8072/90 – Lei de Crimes Hediondos: Comparação dos Dispositivos: Dispositivo atual: Novo Dispositivo: Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados: I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII); I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição; II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine); III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o); IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o); V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o); Art. 1º ....................................................................... ............................ I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII); ............................................................. .................................................. II - roubo: a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso V); b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) ou pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-B); c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º); III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte (art. 158, § 3º); ............................................................. ................................................ IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A). AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o); VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o). VII-A – (VETADO) VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o- A e § 1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998). VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). Parágrafo único. Consideram-se também hediondos o crime de genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, e o de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, previsto no art. 16 da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, todos tentados ou consumados. Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou consumados: I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889, de 1º de outubro de 1956; II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES IV - o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, previsto no art. 18 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003; V - o crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou equiparado.” (NR) Comentários: O art. 1º da lei de crimes hediondos foi alterado para que alguns novos crimes fossem incluídos no rol da hediondez. Comentaremos cada uma das alterações abaixo: 2.1 – Homicídio qualificado pelo uso de arma e fogo de uso restrito ou proibido - O art. 1º, §1º, foi alterado para incluir o inciso VIII, do §2º, do art. 121, entre as hipóteses de crime hediondo. Esse seria um novo homicídio qualificado pelo uso de arma de fogo de uso restrito ou proibido, entretanto o Presidente da República vetou a inclusão da nova qualificadora, sendo irrelevante a modificação realizada na lei de crimes hediondo, incluindo entre os crimes hediondo um dispositivo legal que não existe. Nada muda. 2.2 – Roubo – o crime de roubo era considerado hediondo apenas quando resultasse em morte, o denominado latrocínio, previsto no art. 157, §3º, II, do CP. Com a alteração, mais modalidades de roubo foram incluídas no rol da hediondez, com exceção do latrocínio, todas são hipóteses de novatio legis in pejus, portanto irretroativas, são elas: - roubo com aumento de pena (majorado ou circunstanciado) em razão da privação da liberdade, previsto no art. 157, §2º, V, do CP. - roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo de uso permitido, previsto no art. 157, § 2º-A, I e o roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito, previsto no art. 157, § 2º-B. - roubo qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º, I e II). 2.3 - extorsão – a alteração realizada no art. 1º, IV da Lei de Crimes Hediondos, talvez seja um dos pontos mais inexplicáveis do pacote anticrime. Precisamos fazer um histórico breve, o crime de extorsão foi considerado hediondo apenas quando resultasse em morte, tendo a versão original da lei de crimes hediondos, citado o art. 158, §2º, na sua redação de 1990. No ano de 2009 o Código Penal sofreu um alteração no crime de extorsão, com o objetivo de incluir uma modalidade qualificada pela restrição da liberdade, motivada pelo crescente número de sequestros relâmpagos, com essa finalidade foi incluído o §3º, qualificando o crime quando houvesse a restrição da liberdade e criando duas qualificadoras internas, quando dessa modalidade qualificada, resultasse lesão grave ou morte. Assim o crime de extorsão passou a ter duas modalidades qualificadas pela lesão grave e pela morte. No §2º, para a extorsão comum, AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES cuja violência levasse a lesão grave ou morte, e outras, mais graves, no §3º para a extorsão qualificada pela restrição da liberdade que culminasse em lesão grave ou morte. Quando desta alteração, em 2009, o legislador não alterou, provavelmente por esquecimento, a lei de crimes hediondos, que permaneceu prevendo como crime hediondo a extorsão qualificada pela morte apenas no art. 158, §2º, do CP. Apesar da discussão doutrinária inaugurada na época, foi essa a posição que prevaleceu. Agora o legislador, que poderia ter corrigido tal situação apenas incluindo o §3º do art. 158 no rol da hediondez, fez uma alteração completamente inexplicável, prevendo como crime hediondo as extorsões qualificadas pela restrição da liberdade da vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte, exatamente assim, péssima redação por sinal, mas que podemos entender como sendo a previsão da extorsão qualificada pela privação da liberdade (sequestro relâmpago, a extorsão qualificada pela restrição da liberdade que resulte em lesão grave ou em morte, uma vez que o dispositivo legal citado ao lado da previsão foi apenas o art. 158, § 3º, do CP, modalidades novas de crimes hediondos, que não podemretroagir. Não foi mantido o art.158, §2º, previsto na redação anterior, caracterizando uma mudança benéfica, retroativa para todos os casos anteriores. Parece-nos inexplicável. 2.4- O art. 1º passa a ter um novo inciso, o inciso IX, prevendo como crime hediondo o crime de furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum, previsto no art. 155, § 4º-A. Essa inclusão é completamente incoerente por várias razões. Primeiro, todos os crimes hediondos são crimes que de alguma forma expõe pessoas a lesão ou perigo de lesão grave, enquanto o furto é um crime que recai apenas sobre a coisa. Há completa falta de proporcionalidade, uma vez que o roubo com aumento de pena pelo uso de explosivos, mais grave, não foi considerado hediondo, enquanto o furto, menos grave, sim. O crime de explosão, previsto no art. 251, do CP, quando há dolo de expor a coletividade a perigo por meio de uma explosão, não foi considerado hediondo. Entre outros argumentos que poderiam ser utilizados. Entendemos que os tribunais devem considerar a inclusão do furto no rol de crimes hediondos, por ofender o princípio da proporcionalidade, inconstitucional. O parágrafo único do art. 1º, que prevê crimes hediondos não previstos no Código Penal, também foi alterado, na redação anterior eram previstos como crimes hediondos o crime de genocídio previsto nos arts. 1o, 2o e 3o da Lei no 2.889/56, desde a primeira redação da lei em 1990. Em 2017 foi incluído o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, que englobava tanto as de uso restrito, quanto as de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei 10.826/2003, Estatuto do Desarmamento, entendia- se que todo o artigo, tanto o caput, quanto o paragrafo único, eram hediondos. A modificação no dispositivo passa a prever como hediondos, tentados ou consumados: - O inciso I prevê o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889/56, neste ponto nada foi alterado. - O inciso II prevê o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, previsto no art. 16 da Lei nº 10.826/03, aqui temos um problema, a versão anterior previa o crime de posse ou porte de arma de fogo de uso restrito, nome do art. 16 do AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES Estatuto do Desarmamento, que englobava armas de uso restrito e proibido. Entretanto, tal dispositivo foi alterado e as armas de uso proibido passaram a ter modalidade específica no art. 16, §2º, do Estatuto. Com a nova redação do dispositivo em análise, a alteração passa a considerar como hediondo apenas o crime do posse ou porte de uso POIBIDO, deixando de ser hediondo o crime quando se tratar de armas de uso restrito, neste ponto há novatio legis in mellius, retroagindo em benefício de todos. - O inciso III, incluiu o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art. 17 da Lei nº 10.826/03, novo crime hediondo, consistindo em novatio legis in pejus, não sendo possível retroagi-la aos crimes anteriores. - o inciso IV definiu como hediondo o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição, previsto no art. 18 da Lei nº 10.826/03, novo crime hediondo, consistindo em novatio legis in pejus, não sendo possível retroagi-la aos crimes anteriores. Os incisos III e IV vieram corrigir um problema de proporcionalidade, criada em 2017, quando o crime de posse ou porte de arma de fogo de uso restrito foi incluído nas hipóteses de hediondez e os crimes de comércio ilegal de armas e de tráfico ilegal de armas, crimes mais graves, não eram hediondos. - o inciso V prevê o crime de organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou equiparado, neste dispositivo o legislador esqueceu de incluir o dispositivo legal pertinente, entendemos que seja o art. 2º, da Lei 12850/13. Mais uma hipótese de crime hediondo condicionado, ou seja, o crime não é em regra hediondo, mas será quando a condição prevista no dispositivo legal for atendida, qual seja, a destinação da organização criminosa à pratica de crimes hediondos ou equiparados. Como o dispositivo utilizou a denominação organização criminosa, entendemos que não é possível utilizar analogia para considerar a associação criminosa destinada a crimes hediondos, prevista no art. 288, do CP, combinado com art. 8º, da Lei de crimes hediondos, nem mesmo o crime de associação para o tráfico de drogas, prevista no art. 35, da Lei de Drogas, como crimes hediondos. AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES 3 – Alteração na Lei nº 8.429/92, Lei de Improbidade Administrativa: Comparação dos Dispositivos: Dispositivo atual: Novo Dispositivo: Art. 17. A ação principal, que terá o rito ordinário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de trinta dias da efetivação da medida cautelar. § 1º É vedada a transação, acordo ou conciliação nas ações de que trata o caput. § 2º A Fazenda Pública, quando for o caso, promoverá as ações necessárias à complementação do ressarcimento do patrimônio público. § 3o No caso de a ação principal ter sido proposta pelo Ministério Público, aplica- se, no que couber, o disposto no § 3o do art. 6o da Lei no 4.717, de 29 de junho de 1965. § 4º O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade. § 5o A propositura da ação prevenirá a jurisdição do juízo para todas as ações posteriormente intentadas que possuam a mesma causa de pedir ou o mesmo objeto. § 6o A ação será instruída com documentos ou justificação que contenham indícios suficientes da existência do ato de improbidade ou com razões fundamentadas da impossibilidade de apresentação de qualquer dessas provas, observada a “Art. 17. .... .................................................... ................ § 1º As ações de que trata este artigo admitem a celebração de acordo de não persecução cível, nos termos desta Lei. .................................................... ................... § 10-A. Havendo a possibilidade de solução consensual, poderão as partes requerer ao juiz a interrupção do prazo para a contestação, por prazo não superior a 90 (noventa) dias. .................................................... ...........................................” (NR) AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES legislação vigente, inclusive as disposições inscritas nos arts. 16 a 18 do Código de Processo Civil § 7o Estando a inicial em devida forma, o juiz mandará autuá-la e ordenará a notificação do requerido, para oferecer manifestação por escrito, que poderá ser instruída com documentos e justificações, dentro do prazo de quinze dias § 8o Recebida a manifestação, o juiz, no prazo de trinta dias, em decisão fundamentada, rejeitará a ação, se convencido da inexistência do ato de improbidade, da improcedência da ação ou da inadequação da via eleita § 9o Recebida a petição inicial, será o réu citado para apresentar contestação § 10. Da decisão que receber a petição inicial, caberá agravo de instrumento § 11. Em qualquer fase do processo, reconhecida a inadequação da ação de improbidade, o juiz extinguirá o processo sem julgamento do mérito § 12. Aplica-se aos depoimentos ou inquirições realizadas nos processos regidos por esta Lei o disposto no art. 221, caput e § 1o, do Código de Processo Penal § 13. Para os efeitos deste artigo, também se considera pessoa jurídica interessada o ente tributante que figurar no polo ativo da obrigação tributária de que tratam o § 4º do art. 3º e o art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES Comentários: Estranha presença no pacote anticrime, que visa aperfeiçoar alegislação penal, de alterações no âmbito da lei de improbidade administrativa, ante a sua natureza de ilícito administrativo e não de ilícito penal. A alteração visa a inclusão da possibilidade de realização de acordo de não persecução civil nos casos de improbidade, a redação anterior do §1º, do art. 17, vedava a possiblidade de acordo, a nova redação passou a prever tal possiblidade, dispondo que as ações de improbidade admitem a celebração de acordo de não persecução cível, nos termos desta Lei. Foi incluído também o § 10-A, dispondo que em havendo a possibilidade de solução consensual, poderão as partes requerer ao juiz a interrupção do prazo para a contestação, por prazo não superior a 90 (noventa) dias. AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES 4 - Lei 9296/96 – Interceptação telefônica: Comparação dos Dispositivos: Dispositivo atual: Novo Dispositivo: Não havia dispositivo anterior. Art. 8º-A. Para investigação ou instrução criminal, poderá ser autorizada pelo juiz, a requerimento da autoridade policial ou do Ministério Público, a captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos, quando: I - a prova não puder ser feita por outros meios disponíveis e igualmente eficazes; e II - houver elementos probatórios razoáveis de autoria e participação em infrações criminais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos ou em infrações penais conexas. § 1º O requerimento deverá descrever circunstanciadamente o local e a forma de instalação do dispositivo de captação ambiental. § 2º (VETADO). § 3º A captação ambiental não poderá exceder o prazo de 15 (quinze) dias, renovável por decisão judicial por iguais períodos, se comprovada a indispensabilidade do meio de prova e quando presente atividade criminal permanente, habitual ou continuada. § 4º (VETADO). § 5º Aplicam-se subsidiariamente à captação ambiental as regras previstas na legislação específica para a interceptação telefônica e telemática. Comentários: A Constituição Federal prevê no art. 5º que, inciso X, são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação; e no inciso XII, que é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES penal. Apesar dessas proteções constitucionais a captação ambiental estava mal regulada na legislação brasileira, em especial pela lei 12850/13, Lei de Organização Criminosa, sendo objeto de muitas divergências doutrinárias e jurisprudenciais. O pacote anticrime incluiu na lei de interceptação telefônica o Art. 8º-A, regulando a interceptação ambiental, dispondo que para a investigação ou instrução criminal, poderá ser autorizada pelo juiz, a requerimento da autoridade policial ou do Ministério Público, nunca de ofício, resguardando a imparcialidade, a captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos. No inciso I, adotou a concepção de subsidiariedade desse meio de prova, dispondo que só poderá ser autorizada quando a prova não puder ser feita por outros meios disponíveis e igualmente eficazes, desde que os requisitos previsto no inciso II sejam atendidos, ou seja, que existam elementos probatórios razoáveis de autoria e participação em infrações criminais cujas penas máximas sejam superiores a 4 (quatro) anos ou em infrações penais conexas. O § 1º determina a necessidade de especificar no requerimento circunstanciadamente o local e a forma de instalação do dispositivo de captação ambiental. O § 3º fixa que a captação ambiental não poderá exceder o prazo de 15 (quinze) dias, renovável por decisão judicial por iguais períodos, se comprovada a indispensabilidade do meio de prova e quando presente atividade criminal permanente, habitual ou continuada. O § 5º, desnecessário, dispõe que se aplicam subsidiariamente à captação ambiental as regras previstas na legislação específica para a interceptação telefônica e telemática. Comparação dos Dispositivos: Dispositivo atual: Novo Dispositivo: “Art. 10-A. Realizar captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos para investigação ou instrução criminal sem autorização judicial, quando esta for exigida: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. § 1º Não há crime se a captação é realizada por um dos interlocutores. § 2º A pena será aplicada em dobro ao funcionário público que descumprir determinação de sigilo das investigações que envolvam a captação ambiental ou revelar o conteúdo das gravações enquanto mantido o sigilo judicial.” AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES Comentários: A partir da regulação da interceptação ambiental pelo art. 8-A, seguindo o mesmo modelo da interceptação telefônica, o legislador, previu um novo crime no art. 10-A para quem realizar captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos para investigação ou instrução criminal sem autorização judicial, quando esta for exigida. Diferente de parte da doutrina, discordamos da afirmação de que se trata de crime próprio de autoridades públicas, policiais ou MP, uma vez que o tipo penal dispõe que a captação ilegal ocorreu para fins de investigação ou instrução criminal, qualquer pessoa poderia realizar a interceptação com finalidade de investigação criminal, por exemplo a vítima, advogados, investigadores particulares, entre outras. Tanto que o §1º do art. 10-A, dispõe que não há crime se a gravação é feita pelos interlocutores. O §2º do art. 10-A, prevê modalidade especial do crime, com aumento de pena, dispondo que a pena será aplicada em dobro ao funcionário público que descumprir determinação de sigilo das investigações que envolvam a captação ambiental ou revelar o conteúdo das gravações enquanto mantido o sigilo judicial. AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES 5 – Alteração na Lei 9613/98 – Lavagem de dinheiro: Comparação dos Dispositivos: Dispositivo atual: Novo Dispositivo: Não havia §6º no art. 1º anteriormente. “Art. 1º ......................................................................... ......................... ................................................................ ............................................... § 6º Para a apuração do crime de que trata este artigo, admite-se a utilização da ação controlada e da infiltração de agentes.” (NR) Comentários: Foi incluído o §6º no art. 1º, da Lei de Lavagem de Dinheiro, com o objetivo de autorizar a ação controlada e a infiltração de agentes como forma de investigação do crime de lavagem de dinheiro. A ação controlada consiste na possibilidade de retardar a intervenção pública, como por exemplo retardando uma prisão em flagrante, para ser realizada em momento que oportunize outras prisões ou a melhor elucidação dos crimes. Já a infiltração policial consiste na inclusão de um policial disfarçado no grupo criminoso, com o objetivo de apurar todos os detalhes da prática criminosa. A alteração passa a permitir tais meios de prova e investigação nos crimes de lavagem de dinheiro, mas não regulou como devem ser realizados, entendemos que devem ser aplicadas subsidiariamente as regras da lei de organização criminosa, Lei 12850/13, que regula de forma mais completa tais mecanismos investigativos. AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES 6 – Alterações na Lei 10826/03 – Estatuto dodesarmamento: Comparação dos Dispositivos: Dispositivo atual: Novo Dispositivo: Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa. Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de fogo ou artefato; II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, perito ou juiz; III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar; IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar: ................................................ ..................... ....................................... § 1º ....................................................... .......................................... ... § 2º Se as condutas descritas no caput e no § 1º deste artigo envolverem arma de fogo de uso proibido, a pena é de reclusão, de 4 (quatro) a 12 (doze) anos.” (NR) AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado; V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente; e VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer forma, munição ou explosivo. Comentários: O crime de Posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito, previsto pelo art. 16, do Estatuto do Desarmamento, tratava das várias condutas descritas, em relação às armas de fogo, munições e acessórios tanto de uso restrito, quanto de uso proibido. A alteração realizada retirou as de uso proibido do caput e do §1º, criando uma modalidade qualificada específica, no §2º, para as armas de fogo, munições ou acessórios de uso proibido. Vale repisar a alteração feita na lei 8072/90, lei de crimes hediondos, que acarretou a exclusão do crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso restrito do rol da hediondez, mantendo apenas o crime de posse ou porte de arma de fogo de uso proibido, atualmente previsto no art. 16, §2º, do Estatuto do Desarmamento. Comparação dos Dispositivos: Dispositivo atual: Novo Dispositivo: Comércio ilegal de arma de fogo Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena – reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. Art. 17. ........................................................ ..................................... Pena - reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, e multa. § 1º . .......................................................... ......................................... AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive o exercido em residência. § 2º Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.” (NR) Comentários: Alteração da pena do crime de comércio ilegal de arma de fogo, previsto no art. 17 do Estatuto do Desarmamento, a pena era de reclusão de 4 a 8 anos e multa, passou a ser reclusão de 6 a 12 anos e multa. Obviamente não pode retroagir aos casos anteriores, por tratar-se de novatio legis in pejus. Também foi incluído o § 2º, que prevê perigosa hipótese de prisão em flagrante, por se aproximar de uma situação de flagrante provocado, autorizada por lei, indo contra a Súmula 145 do STF e a teoria objetiva adotada no crime impossível, pelo art. 17,do CP, o dispositivo dispõe que pratica o crime quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. A prisão em flagrante, nessa situação, só é possível pelas condutas preexistentes, por ser tipo misto alternativo, mas não pela conduta de vender a arma, acessório ou munição. Comparação dos Dispositivos: Dispositivo atual: Novo Dispositivo: Tráfico internacional de arma de fogo Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente: Pena – reclusão de 4 (quatro) a 8 (oito) anos, e multa. Art. 18. . .......................................................................... ................. Pena - reclusão, de 8 (oito) a 16 (dezesseis) anos, e multa. Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade competente, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente.” (NR) AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES Comentários: Alteração da pena do crime de tráfico internacional de arma de fogo, previsto no art. 18 do Estatuto do Desarmamento, a pena era de reclusão de 4 a 8 anos e multa, passou a ser reclusão de 8 a 16 anos e multa. Obviamente não pode retroagir aos casos anteriores, por tratar-se de novatio legis in pejus. Também foi incluído o parágrafo único, que prevê perigosa hipótese de prisão em flagrante, por se aproximar de uma situação de flagrante provocado, autorizada por lei, indo contra a Súmula 145 do STF e a teoria objetiva adotada no crime impossível, pelo art. 17,do CP, o dispositivo dispõe que pratica o crime quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. A prisão em flagrante, nessa situação, só é possível pelas condutas preexistentes, por ser tipo misto alternativo, mas não pela conduta de vender a arma, acessório ou munição. Comparação dos Dispositivos: Dispositivo atual: Novo Dispositivo: Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6o, 7o e 8odesta Lei. Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15,16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade se: I - forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º desta Lei; ou II - o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza.” (NR) Comentários: Nova causa de aumento de pena prevista no art. 20, II, para o agente reincidente específico nos crimes citados no caput. Não retroage a fatos anteriores, por ser modificação em prejuízo do agente. AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES 7 - Lei 11343/06 – Lei de drogas: Comparação dos Dispositivos: Dispositivo atual: Novo Dispositivo: Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar: Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. § 1º Nas mesmas penas incorre quem: I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece, fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas; II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima para a preparação de drogas; III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse, administração, Art. 33. . ........................................................ § 1º .......................... ............................................................... ............................................ IV - vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. ......................................................... .....................................” (NR) AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas. Comentários: foi incluído o inciso IV, no §1º, do art. 33, da Lei de Drogas, prevendo que pratica o crime vende ou entrega drogas ou matéria-prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta criminal preexistente. Perigosa hipótese de prisão em flagrante, por se aproximar de uma situação de flagrante provocado, autorizada por lei, indo contra a Súmula 145 do STF e a teoria objetiva adotada no crime impossível, pelo art. 17, do CP. A prisão em flagrante, nessa situação, só é possível pelas condutas preexistentes, por ser tipo misto alternativo, mas não pela conduta de vender a arma, acessório ou munição. Também cabe ressaltar, que a alteração realizada no art. 112 da LEP, A Lei de Execução Penal, com a inclusão do §5º, que expressamente afasta a hediondez do tráfico de drogas, quando incidir a diminuição de penal do art. 33, §4º, da Lei de Drogas. Tal entendimento já estava consolidado na doutrina e na jurisprudência, levando ao cancelamento da Súmula 512 do STJ. AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES 8- Lei 11671/2008 – Competência da Juízo de Execução Penal Federal: Comparação dos Dispositivos: Dispositivo atual: Novo Dispositivo: Art. 2o A atividade jurisdicional de execução penal nos estabelecimentos penais federais será desenvolvida pelo juízo federal da seção ou subseção judiciária em que estiver localizado o estabelecimento penal federal de segurança máxima ao qual for recolhido o preso. Art. 2º .................................................................. Parágrafo único. O juízo federal de execução penal será competente para as ações de natureza penal que tenham por objeto fatos ou incidentes relacionados à execução da pena ou infrações penais ocorridas no estabelecimento penal federal.” (NR) Comentários: A competência criminal dos juízos federais, está disposta no art. 109, da CF/88, em especial no inciso IV, que fixa a competência federal nos casos onde exista interesse da União. Evidentemente os crimes praticados durante a execução penal em presídios federais, desperta o interesse da União, devendo o julgamento ocorrer na Justiça Federal, o novo dispositivo fixa a competência do próprio juízo responsável pela execução penal para julgar ações de natureza penal que tenham por objeto fatos ou incidentes relacionados à execução da pena ou infrações penais ocorridas no estabelecimento penal federal. Comparação dos Dispositivos: Dispositivo atual: Novo Dispositivo: Art. 3o Serão recolhidos em estabelecimentos penais federais de segurança máxima aqueles cuja medida se justifique no interesse da segurança pública ou do próprio preso, condenado ou provisório. Art. 3º Serão incluídos em estabelecimentos penais federais de segurança máxima aqueles para quem a medida se justifique no interesse da segurança pública ou do próprio preso, condenado ou provisório. § 1º A inclusão em estabelecimento penal federal de segurança máxima, no atendimento do interesse da segurança pública, será em regime fechado de AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES segurança máxima, com as seguintes características: I - recolhimento em cela individual; II - visita do cônjuge, do companheiro, de parentes e de amigos somente em dias determinados, por meio virtual ou no parlatório, com o máximo de 2 (duas) pessoas por vez, além de eventuais crianças, separados por vidro e comunicação por meio de interfone, com filmagem e gravações; III - banho de sol de até 2 (duas) horas diárias; e IV - monitoramento de todos os meios de comunicação, inclusive de correspondência escrita. § 2º Os estabelecimentos penais federais de segurança máxima deverão dispor de monitoramento de áudio e vídeo no parlatório e nas áreas comuns, para fins de preservação da ordem interna e da segurança pública, vedado seu uso nas celas e no atendimento advocatício, salvo expressa autorização judicial em contrário. § 3º As gravações das visitas não poderão ser utilizadas como meio de prova de infrações penais pretéritas ao ingresso do preso no estabelecimento. § 4º Os diretores dos estabelecimentos penais federais de segurança máxima ou o Diretor do Sistema Penitenciário Federal poderão suspender e restringir o direito de visitas previsto no inciso II do § 1º deste artigo por meio de ato fundamentado. § 5º Configura o crime do art. 325 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES violação ao disposto no § 2º deste artigo.” (NR) Comentários: Regula a inclusão de presos no sistema penitenciário federal. O caput do art. 3º prevê que serão incluídos em estabelecimentos penais federais de segurança máxima aqueles para quem a medida se justifique no interesse da segurança pública ou do próprio preso, condenado ou provisório. O §1º, dispõe sobre as características do cumprimento de pena nesses estabelecimentos, com um rigor maior do que nos estabelecimentos comuns incluindoo recolhimento em cela individual; a visita do cônjuge, do companheiro, de parentes e de amigos somente em dias determinados, por meio virtual ou no parlatório, com o máximo de 2 (duas) pessoas por vez, além de eventuais crianças, separados por vidro e comunicação por meio de interfone, com filmagem e gravações; a possibilidade de banho de sol de até 2 (duas) horas diárias; e o monitoramento de todos os meios de comunicação, inclusive de correspondência escrita. Os §§ 2º, 3º e 4º regulam o direito a visita e a forma como ela será monitorada dispondo que os estabelecimentos penais federais de segurança máxima deverão dispor de monitoramento de áudio e vídeo no parlatório e nas áreas comuns, para fins de preservação da ordem interna e da segurança pública, vedado seu uso nas celas e no atendimento advocatício, resguardando o sigilo da relação entre o cliente e o advogado, mas prevê a possibilidade expressa autorização judicial em contrário, o que nos parecer, a princípio inconstitucional. O direito de visita poderá ser restringido na forma do § 4º pelos diretores dos estabelecimentos penais federais de segurança máxima ou o Diretor do Sistema Penitenciário Federal. Dispõe o § 3º que as gravações das visitas não poderão ser utilizadas como meio de prova de infrações penais pretéritas ao ingresso do preso no estabelecimento, consagrando o direito a não autoincriminação. O § 5º tipifica como crime do art. 325, do CP, crime de violação de sigilo funcional, quando ocorrer a violação ao disposto no § 2º deste artigo. Comparação dos Dispositivos: Dispositivo atual: Novo Dispositivo: Art. 10. A inclusão de preso em estabelecimento penal federal de segurança máxima será excepcional e por prazo determinado. Art. 10. .................................................................. . AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES § 1o O período de permanência não poderá ser superior a 360 (trezentos e sessenta) dias, renovável, excepcionalmente, quando solicitado motivadamente pelo juízo de origem, observados os requisitos da transferência. § 2o Decorrido o prazo, sem que seja feito, imediatamente após seu decurso, pedido de renovação da permanência do preso em estabelecimento penal federal de segurança máxima, ficará o juízo de origem obrigado a receber o preso no estabelecimento penal sob sua jurisdição. § 3o Tendo havido pedido de renovação, o preso, recolhido no estabelecimento federal em que estiver, aguardará que o juízo federal profira decisão. § 4o Aceita a renovação, o preso permanecerá no estabelecimento federal de segurança máxima em que estiver, retroagindo o termo inicial do prazo ao dia seguinte ao término do prazo anterior. § 5o Rejeitada a renovação, o juízo de origem poderá suscitar o conflito de competência, que o tribunal apreciará em caráter prioritário. § 6o Enquanto não decidido o conflito de competência em caso de renovação, o preso permanecerá no estabelecimento penal federal. § 1º O período de permanência será de até 3 (três) anos, renovável por iguais períodos, quando solicitado motivadamente pelo juízo de origem, observados os requisitos da transferência, e se persistirem os motivos que a determinaram. ......................................................... ..................” (NR) Art. 11-A. As decisões relativas à transferência ou à prorrogação da permanência do preso em estabelecimento penal federal de segurança máxima, à concessão ou à denegação de benefícios prisionais ou à imposição de sanções ao preso federal poderão ser tomadas por órgão colegiado de juízes, na forma das normas de organização interna dos tribunais.” “Art. 11-B. Os Estados e o Distrito Federal poderão construir estabelecimentos penais de segurança máxima, ou adaptar os já existentes, aos quais será aplicável, no que couber, o disposto nesta Lei.” Comentários: alterou a duração máxima de permanência de presos em presídios federais, dispondo que o período de permanência será de até 3 (três) anos, renovável por iguais períodos, quando solicitado motivadamente pelo juízo de origem, observados os requisitos da transferência, e se persistirem os motivos que a determinaram. AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES Com o objetivo de assegurar a imparcialidade e a segurança dos magistrados, o art. 11- A prevê que as decisões relativas à transferência ou à prorrogação da permanência do preso em estabelecimento penal federal de segurança máxima, à concessão ou à denegação de benefícios prisionais ou à imposição de sanções ao preso federal poderão ser tomadas por órgão colegiado de juízes, o que depende de previsão nas normas de organização interna dos tribunais, para não ferir o princípio do juiz natural. O art. 11-B amplia a aplicação da lei quando os Estados e o Distrito Federal construirem estabelecimentos penais de segurança máxima, ou adaptarem os já existentes, que poderão seguir as regras nela contidas. AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES 9 - Lei 12037/09 - identificação criminal do civilmente identificado Comparação dos Dispositivos: Dispositivo atual: Novo Dispositivo: Art. 7o-A. A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá no término do prazo estabelecido em lei para a prescrição do delito. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012) Art. 7o-B. A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo. (Incluído pela Lei nº 12.654, de 2012) Art. 7º-A. A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá: I - no caso de absolvição do acusado; ou II - no caso de condenação do acusado, mediante requerimento, após decorridos 20 (vinte) anos do cumprimento da pena.” (NR) “Art. 7º-C. Fica autorizada a criação, no Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais. § 1º A formação, a gestão e o acesso ao Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais serão regulamentados em ato do Poder Executivo federal. § 2º O Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais tem como objetivo armazenar dados de registros biométricos, de impressões digitais e, quando possível, de íris, face e voz, para subsidiar investigações criminais federais, estaduais ou distritais. § 3º O Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais será integrado pelos registros biométricos, de impressões digitais, de íris, face e voz colhidos em investigações criminais ou por ocasião da identificação criminal. AUTOR: FELIPE VIEITES NOVAES INSTAGRAM: @PROFESSORFELIPENOVAES § 4º Poderão ser colhidos os registros biométricos, de impressões digitais, de íris, face e voz dos presos provisórios ou definitivos quando não tiverem sido extraídos por ocasião da identificação criminal. § 5º Poderão integrar o Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais, ou com ele interoperar, os dados de registros constantes em quaisquer bancos de dados geridos por órgãos dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário das esferas federal, estadual e distrital, inclusive pelo Tribunal Superior Eleitoral e pelos Institutos de Identificação Civil. § 6º No caso de bancos de dados de identificação de natureza civil, administrativa ou eleitoral, a integração ou o compartilhamento dos registros do Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais será limitado às impressões digitais e às informações necessárias para identificação do seu titular. § 7º A integração ou a interoperação dos dados de registros multibiométricos constantes de outros bancos de dados com o Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais ocorrerá por meio de acordo ou convênio com a unidade
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