Baixe o app para aproveitar ainda mais
Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original
FUNEC- FUNDAÇÃO DE ENSINO DE CONTAGEM ANÁLISES CLÍNICAS Emily Santana Oliveira Gomes Joyce Ellen Silva Machado ATLAS URINÁLISE Bioquímica Contagem 2019 1. Introdução Formada pelos rins, a urina é um ultrafiltrado do plasma do quais componentes essenciais foram reabsorvidos, componentes esses como água, glicose, aminoácidos. Tem em sua composição ureia e algumas outras substâncias dissolvidas em água, as quais podem variar de concentração de acordo com a situação a qual o indivíduo se encontra. Pode apresentar variações em seu aspecto físico como cor e turvidez e alterações em seu odor, e é importante ressaltar a possível presença de cristais. Em aspectos químicos pode apresentar presença de componentes como aumento de glicose, bilirrubina, urobilinogênio proteínas, presença de Cetose, sangue e nitrito. 2. Análise física I. Cor A cor da urina pode apresentar informações preliminares sobre hemorragias, hepatopatias, funções metabólicas, substâncias ingeridas e medicamentos, por exemplo. A cor de referência é amarelo citrino e as alterações podem ser: Amarelo escuro ou âmbar: Excesso de bilirrubina. Amarelo alaranjado: Ingestão de medicamentos e caroteno. Verde: Azul de metileno, propofol, aspargos, infecção por Pseudomonas spp. Preta: Ocronose (alcaptonúria), melanoma. Vermelha: Presença de hemácias, hemoglobina ou mioglobina, hemácias: vermelha e turva Hemoglobina ou mioglobina: Vermelha e límpida. Em casos de urina vermelha e análise negativa para sangue pode caracterizar porfiria ou ingestão de alimentos que alteram a coloração da urina. Urina amarelo escuro Urina amarelo alaranjado Urina verde Urina preta Urina vermelha Urina amarela citrino II. Sangue na urina = A presença de sangue na urina é denominada hematúria. Nem sempre a presença de sangue na urina será identificada ao olho nu, pode ser que a presença seja vista somente com o auxilio de microscópica, porém urina com presença de sangue a olho nu ou microscopicamente é algo anormal. Amostra biológica contendo sangue Urina com sangue III. Transparência Analisado em exame visual, tem como valor de referência: límpido. mas pode ser caracterizado como ligeiramente turvo, turvo e opaco, seus valores fora da referência podem caracterizar a presença de cristais, leucócitos, hemácias, células, epiteliais, muco e bactérias. Imagens meramente ilustrativas IV. Odor Urina com mau cheiro pode significar sinal de infecção por bactérias ou desidratação por pouca ingestão de água. Grande concentração de ureia deixa a urina com mau cheiro e odor forte, ocorrendo quando a urina do individuo está pouco diluída devido à desidratação. Porém, caso a urina esteja bem diluída, mas ainda assim estiver com um odor forte, pode ser indicativo de presença de bactérias que metabolizam a amônia. 3. Análise Bioquímica A análise bioquímica pode ser realizada com recurso de química seca, pelo uso de tiras reagentes, sendo observada a mudança de cor da tira para avaliação, sendo que cada cor alterada significará algo. Siga a imagem abaixo para observar quais resultados são dados pela tira de reagentes: Tira de reagentes 4. Sedimentocospia É o exame de observação microscópica do sedimento urinário e identificando todo material insolúvel presente na amostra. Imagem meramente ilustrativa I. Cilindros Sua presença na urina indica comprometimento dos túbulos renais, forma-se no interior do túbulo contorcido distal e ducto coletor, sua matriz é composta de mucoproteínas de Tomm-horsfall. Alguns tipos de cilindros Tipos de cilindros II. Cilindros bacterianos e fúngicos A presença de cilindros bacterianos e fúngicos deve ser levada em consideração quando obtiver visualização de leucócitos livres, microrganismos e cilindros leucocitários. Estes cilindros podem conter bacilos ou fungos, podendo ser dentro ou aderidos na matriz proteica. Pode ser observado em pacientes com caso de pielonefrite. Cilindro fúngico Cilindro bacteriano Cilindro bacteriano III. Cilindros Hemáticos Possui uma coloração alaranjado/avermelhada, mas com o passar do tempo pode ocorrer à mudança de cor, alternando para uma cor amarelada/amarronzada, pois ocorre a lise celular e liberação de hemoglobina, mudando a coloração. Estes cilindros possui aglomeração de hemácias. Pode ser observados em pacientes com glomerulonefrite aguda e infarto renal. Cilindro hemático Cilindro hemático Cilindro hemático IV. Cilindros leucocitários É constituído quase inteiramente por leucócitos, piócitos e bactérias. Pode ser observado em pacientes que podem ter desenvolvido inflamação ou hemorragia renal. Cilindro leucocitário Cilindro leucocitário Cilindro leucocitário V. Cilindros hialinos Pode aparecer na amostra devido a exercícios físicos intensos e grande estresse. Os cilindros hialinos são transparentes na microscopia e são constituídos por proteínas de Tamm-Horsfall. Pode ser observado em pacientes com doenças renais crônicas, glomerulonefrite, irritação renal moderada, febre, baixa perfusão renal, após exercício extenuante ou anestesia geral. Cilindro hialino Cilindro hialino Cilindro hialino VI. Cilindros céreos É uma fase mais avançada do cilindro hialino, sendo refringente, possue semelhança com os cilindros hialinos mas são mais largos e possuem extremidades quadradas. Pode ser observado em pacientes com insuficiência renal, podendo indicar degeneração tubular crônica. Cilindro céreo Cilindro céreo Cilindro céreo VII. Cilindros granulosos Pode ser de origem bacteriana, agregados proteicos ou até cristais. Eles são desintregação de cilindros celulares que continuaram nos túbulos. São observadas em pacientes com estresse, estase de fluxo urinário, doenças renais agudas, sendo mais específicos para lesões tubulares renais do que os cilindros hialinos. Cilindro granuloso Cilindro granuloso Cilindro granuloso VIII. Cilindros epiteliais Os cilindros epiteliais é a descamação das células que revestem os tubos renais. Pode ser observada em pacientes com doenças virais, exposição a varias drogas, rejeição aguda de aloenxertp, com pielonefrite e glomerulonefrite, produzindo lesões tubulares. Cilindro epitelial Cilindro epitelial Cilindro epitelial IX. Hemacias As hemácias encontradas na urina são incolores. Quando presentes na urina alcalina, as hemácias incham e lisam e ficam somente com membrana, já na urina concentrada as hemácias encolhem e ficam parecendo um disco. Pode ser observado em pacientes que podem ter casos de hematúria onde o paciente pode ter desenvolvido cálculos renais, glomerulonefrite, pielonefrite, tumores, traumas no sistema urinário, exposição à produtos ou drogas tóxicas e exercícios físicos intensos ou em casos de hemaglobinúria que pode ocorrer como resultado de hemólise, reações transfusionais e anemia hemolítica. Hemácias na urina Hemácias na urina Hemácias na urina X. Leucócitos Os leucócitos surgem na urina esfericamente com núcleos lobulados e com citoplasma granuloso, sendo lisadas nas urinas hipotômicas ou alcalinas, se perdendo rapidamente após a coleta, portanto para encontrar leucócitos o certo é fazer o exame logo após a coleta. Pode ser observada em pacientes com infecções bacterianas, cistite, uretrite, lúpus eritematoso sistêmico, glomerulofrite, tumores. Leucócitos e bactérias Leucócitos Leucócitos XI. Microrganismos Os microrganismos mais comuns de serem encontrados são leveduras que podem indicar infecções fúngicas, Trichomonas vaginalis que aparecem na urina devido a erros na hora de higienização antes da coleta e ovos de Schistosoma haematobium (que não são encontrados no Brasil). Trichomonas vaginalis Ovos de Schistosoma haematobium XII. Cristais Os cristais são formados pela precipitação dos sais da urina, submetidos a alteração de PH, temperatura ou concentração. Cristais urinários Cristais urinários Cristais urinários XIII. Cristais de ácido úrico São encontrados em casos de gota, metabolismo das purinas aumentado, pode ocorrer em enfermidades febris agudas e nefrites crônicas. Tem forma irregular e cor amarelada. Cristais de ácido úrico Cristais de ácido úrico Cristais de ácido úrico XIV. Cristais de colesterol Os cristais de colesterol raramente são vistos, exceto quando a amostra é refrigerada anteriormente. Tem forma retângular com retalhos em um ou mais cantos. Cristal de colesterol Cristal de colesterol Cristal de colesterol XV. Cristais de fosfato triplo Tem forma de prismas incolores de três a seis lado que frequentemente tem extremidades oblíquas, podem caracterizar pielonefrite crônica e cistite crônica por exemplo. Cristal de fosfato triplo Cristal de fosfato triplo Cristal de fosfato triplo XVI. Cristais de fosfato de cálcio São longos e finos, prismas incolores e pode ter uma extremidade pontiaguda, também podem assumir formar grandes, finas ou de placas irregulares que podem flutuar na superfície da urina. Cristal de fosfato de cálcio Cristal de fosfato de cálcio Cristal de fosfato de cálcio XVII. Cristais de Sulfadiazina, Amoxilina, Aciclovir e Indinvir São cristais devidos á drogas. Cristal de Amoxicilina e Indinivir Cristal de Aciclovir Cristal de Sulfadiazina XVIII. Fosfatos amorfos Tem aspecto granuloso, amorfo e incolor, surgem em urinas alcalinas, neutras e fracamente ácidas. Fosfato amorfo Fosfato amorfo Fosfato amorfo XIX. Uratos amorfos São pequenas granulações amorfas que podem apresentar coloração amarela. Urato amorfo Urato amorfo Urato amorfo XX. Oxalato de cálcio São incolores, brilhantes e possuem na maioria das vezes forma característica semelhante a um envelope. Oxalato de cálcio Oxalato de cálcio Oxalato de cálcio 5. Referências Acesso em: BLANCO, Elena - Análisis del sedimento urinário - https://www.slideshare.net/elenasan80/ud-18-iv-anlisis-del-sedimento-urinario- ppt. (Acesso em: 12/6/2019 ás 13:03) Acesso em: MONTENEGRO, Henri -URINÁLISE HISTÓRICO - https://slideplayer.com.br/slide/340189/. (Acesso em: 15/6/2019 ás 12:08) Acesso em: WEBER, Raimar, et. al - https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/164714/001024875.pdf?sequ ence=. (Acesso em: 15/6/2019 ás 20:32) Acesso em: CAROLINE, Tayná – Urinálise - https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/veterinaria/urinalise/19643 . (Acesso em 15/6/2019 ás 03:45) Acesso em: GEOVANA, Nicole – Urina com mau cheiro - https://medicoresponde.com.br/urina-com-mau-cheiro-o-que-pode-ser/ (Acesso em: 16/6/2019 ás 19:26) Acesso em: DESCONHECIDO - Sedimentoscopia: Análise Microscópica de Sedimento de Urina - https://kasvi.com.br/sedimentoscopia-analise-urina/ (Acesso em: 16/6/2019 ás 14:20) Acesso em: GUIMARÃES, Mariana - EXAME FISICO - https://slideplayer.com.br/slide/10497622/ . (Acesso em:18/6/2019 ás 15:23) Acesso em: CÂMARA, Bruno – Biomedicina padrão - https://www.biomedicinapadrao.com.br/2010/05/cristais-na-urina.html (Acesso em: 13/6/2019 ás 12:00) Acesso em: DESCONHECIDO - Cristais na urina causas sintomas e tratamento - https://www.sympla.com.br/cristais-na-urina-causas-sintomas-e- tratamento__254568. (Acesso em: 15/6/2019 ás 16:07) Acesso em: DESCONHECIDO – Exame de urina - http://bioquimicaesusnaoinvasivos.blogspot.com/2014/10/exame-de-urina- parte-2.html. (Acesso em: 13/6/2019 ás 01:28) https://www.slideshare.net/elenasan80/ud-18-iv-anlisis-del-sedimento-urinario-ppt https://www.slideshare.net/elenasan80/ud-18-iv-anlisis-del-sedimento-urinario-ppt https://slideplayer.com.br/slide/340189/ https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/164714/001024875.pdf?sequence https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/164714/001024875.pdf?sequence https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/veterinaria/urinalise/19643 https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/veterinaria/urinalise/19643 https://medicoresponde.com.br/urina-com-mau-cheiro-o-que-pode-ser/ https://kasvi.com.br/sedimentoscopia-analise-urina/ https://slideplayer.com.br/slide/10497622/ https://www.biomedicinapadrao.com.br/2010/05/cristais-na-urina.html https://www.sympla.com.br/cristais-na-urina-causas-sintomas-e-tratamento__254568 https://www.sympla.com.br/cristais-na-urina-causas-sintomas-e-tratamento__254568 http://bioquimicaesusnaoinvasivos.blogspot.com/2014/10/exame-de-urina-parte-2.html http://bioquimicaesusnaoinvasivos.blogspot.com/2014/10/exame-de-urina-parte-2.html
Compartilhar