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Aula 1 - Introdução ao Psicodiagnóstico

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16/08/2020
INTRODUÇÃO AO PSICODIAGNÓSTICO
Curso de Psicologia
Disciplina: Psicodiagnóstico
AVALIAÇÃO
 Avaliação é uma atividade universal do ser humano – determinar o valor, estimar,
calcular, apreciar, reconhecer a grandeza ou a intensidade de algo – avaliação não-
profissional, habilidade necessária à nossa sobrevivência;
 Modernização: cresce a necessidade de se avaliar o comportamento das pessoas de
forma mais precisa: esta criança precisa de educação especial? Este sujeito goza de
faculdades mentais? Este sujeito tem as aptidões necessárias para determinado
trabalho?
 Importância de um sistema formal de avaliação, fornecido pelas avaliações ditas
profissionais;
16/08/2020
AVALIAÇÃO
 Avaliação psicológica acrescenta um caráter científico a uma atividade comum do
ser humano – fundamenta-se em métodos científicos de observação;
 A avaliação passou a ser uma atividade primordial do profissional da psicologia, que
utiliza técnicas para esclarecer determinada situação, visando alguma intervenção;
 Pode ser realizada nos mais variados contextos: educativo, laboral, clínico, forense,
social;
 Diferentes tipos de avaliação: da personalidade, da inteligência, de aptidões e
habilidades, retrospectiva, neuropsicológica, da família;
DIAGNÓSTICO
 Diagnóstico (discernimento, faculdade de conhecer) – sempre que explicitamos nossa
compreensão sobre determinado fenômeno, com base nos dados e/ou informações
deste obtidos por meio de exame, realizamos um de seus possíveis diagnósticos;
 Diagnóstico psicológico – busca uma forma de compreensão situada no âmbito da
psicologia; uma das funções exclusivas do psicólogo é chamada de Psicodiagnóstico;
 Quando se realiza um diagnóstico, presume-se que o profissional tenha
conhecimentos teóricos científicos, domine procedimentos e técnicas psicológicas.
16/08/2020
A PSICOLOGIA CLÍNICA E O DIAGNÓSTICO
 O interesse pelo diagnóstico clínico surgiu no momento em que as doenças mentais
foram consideradas semelhantes às doenças físicas, e assim, passaram a ser tema de
estudo da ciência;
 Foi necessário, então, observar e verificar sua existência como entidades específicas,
descrevê-las e classificá-las;
 A partir da Psiquiatria, desenvolveu-se a Psicopatologia, ou seja, o ramo da ciência
voltado ao estudo do comportamento anormal, definindo-o, compreendendo seus
aspectos subjacentes, sua etiologia, classificação e aspectos sociais;
 E, a partir da Psicologia, do estudo sistemático da vida psíquica em geral,
desenvolveu-se a Psicologia Clínica, como atividade voltada à prevenção e ao alívio
do sofrimento psíquico.
O INÍCIO DO DIAGNÓSTICO PSICOLÓGICO
 Refletiu a postura predominante da ciência da época:
 Metodologia baseada em observação imparcial e experimentação;
 Postura positivista: base nas ciências empíricas; exatidão.
 Desenvolveram o modelo médico de psicodiagnóstico, modelo psicométrico e
modelo behaviorista.
16/08/2020
O MODELO MÉDICO
 Enfatizou o aspecto patológico do indivíduo, usando como quadros referenciais as nosologias
psicopatológicas e enfatizou o uso de instrumentos de medida;
 Estabeleceram relações de causalidade entre os distúrbios orgânicos e os distúrbios
psicológicos;
 Procuraram classificar as doenças mentais, organizando as síndromes sintomáticas que
caracterizassem esses quadros e pudessem ser observadas;
 Comportamentos patológicos passaram a ser descritos detalhadamente;
 Elaboraram testes para subsidiar os diagnósticos psicopatológicos.
O MODELO MÉDICO
 Dificuldades da área:
 Quadros sintomáticos nem sempre se adéquam ao que era apresentado pelo sujeito;
 Mesmos sintomas podiam ter causas diversas;
 A ênfase nos aspectos psicopatológicos deixava em segundo plano características não patológicas
do comportamento dos indivíduos.
 O que ficou:
 Classificações psicopatológicas, principalmente os grandes grupos nosológicos, que obedecem a
diferentes critérios;
16/08/2020
O MODELO MÉDICO
A utilização de critérios classificatórios justifica-se 
pela busca de uma linguagem comum.
No entanto...
A classificação nosológica facilita a comunicação 
com outros profissionais, mas num 
psicodiagnóstico, a tarefa não se restringe a 
identificar os critérios diagnósticos preenchidos 
por determinado sujeito.
O MODELO PSICOMÉTRICO
 O desenvolvimento dos testes foi estabelecendo um campo de atuação exclusivo para o
psicólogo e garantindo sua identidade profissional;
 Foi com o uso de testes que os psicólogos ganharam autonomia;
 Os testes serviam agora para orientar pais, professores ou os próprios médicos;
 Com os resultados dos testes, tornou-se menos importante detectar distúrbios e classificá-los
psicopatologicamente, mas sim estabelecer diferenças individuais e orientações específicas;
 A visão de homem subjacente ao modelo, implicava a existência de características genéticas
do comportamento humano. Essas características de ordem genética e constitucional, eram
consideradas relativamente imutáveis. Os testes visavam identificá-las, classificá-las e medi-las.
16/08/2020
O MODELO BEHAVIORISTA
 Ênfase na postura positivista. Parte do princípio de que o homem pode ser estudado como
qualquer outro fenômeno da natureza;
 Necessitava de um objeto de estudo observável e mensurável. Entendem o comportamento
observável como o único objeto possível de ser estudado pela Psicologia;
 O comportamento humano não decorre de características inatas e imutáveis, mas é
aprendido, podendo ser modificado;
 Preocupação em alcançar as leis que regem e as variáveis que implicam no comportamento,
para poder agir sobre ele, mantendo-o, substituindo-o, modelando-o ou modificando-o;
 Criaram formas próprias de avaliação do comportamento. Não utilizavam o termo
“psicodiagnóstico”, mas sim, “levantamento de repertório” ou “análises do comportamento”.
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO
 Como existem muitas teorias, a atuação do psicólogo em diagnóstico varia
consideravelmente, pois está interligado à forma de conhecimento, método de estudo e
procedimentos utilizados;
 Historicamente aconteceram disputas entre os profissionais, que procuravam provar a maior
ou menor qualidade de suas propostas;
 Fato que até agora nenhuma teoria mostrou-se suficiente para responder a todas as
questões colocadas pela Psicologia;
 É necessário uma postura crítica diante do conhecimento psicológico, e a procura de uma
integração entre as diversas conquistas até agora;
16/08/2020
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO
Embora partindo de pressupostos e 
métodos diferentes, para se 
compreender o homem, é necessário 
organizar conhecimentos que digam 
respeito à sua vida biológica, 
intrapsíquica e social, não sendo 
possível excluir nenhum desses 
horizontes.
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO
 Avaliação de aspectos biológicos:
 Atentar-se para fatores de desenvolvimento e maturação, com especial atenção à organização
neurológica refletida no exercício das funções motoras e cognitivas;
 Cabe questionar possíveis causas orgânicas subjacentes à queixa apresentada.
 Avaliação de processos intrapsíquicos:
 Principalmente da estrutura e dinâmica da personalidade (cerne do psicodiagnóstico);
 Ao redor da personalidade se organizam outros aspectos importantes, tais como: papéis familiares e
sociais, valores e expectativas, entre outros.
16/08/2020
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO
A divisão dos dados não passa de um artifício para permitir um 
trabalho mais sistemático. A maior responsabilidade do psicólogo 
está no trabalho de integração desses dados.
Um psicodiagnóstico, por mais completo que seja, refere-se a um 
determinado momento de vida do indivíduo.
A Psicologia, como qualquer outra ciência, não pode ser considerada 
um corpo de conhecimento acabado, completo e fechado.
ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO
 Teoria e prática:
 Se alimentam mutuamente. Uma não se desenvolve sem a outra, não pode haver
desvinculação e nem subordinação total entre elas
 A incompreensão desses aspectos pode levar a uma desqualificação do trabalho,
seja poruma desqualificação da prática profissional ou uma atuação restritiva e
improdutiva.
16/08/2020
LOCAIS DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO
 Questões éticas propõem ao psicólogo o conhecimento das necessidades de seu cliente para
a elaboração de seu trabalho;
 O psicólogo é muitas vezes pressionado a servir primordialmente aos interesses da
instituição, por meio de regulamentos internos ou de poder burocrático, determina a
quantidade de trabalho a produzir, local, tempo e recursos a serem usados;
 Limitação da autonomia do psicólogo.
 Consultórios privados;
 Em instituição:
PSICODIAGNÓSTICO
 Criado sobre a tradição da psicologia acadêmica e da tradição médica.
 “Paternidade” atribuída a três autores (final do séc. XIX e no início do séc. XX):
 Galton: introduziu estudos das diferenças individuais;
 Cattell: elaborou as primeiras provas chamadas de testes mentais;
 Binet: propôs a utilização do exame psicológico (por meio de medidas intelectuais) como
coadjuvante da avaliação pedagógica.
16/08/2020
PSICODIAGNÓSTICO
 Antigamente: psicodiagnóstico era sinônimo de AP;
 Atualmente: psicodiagnóstico como um tipo de avaliação psicológica, mais voltado à
atuação e intervenção clínica;
 Psicodiagnóstico é uma avaliação psicológica feita com propósitos clínicos; portanto,
não abarca todos os modelos de avaliação psicológica de diferenças individuais;
 Numa perspectiva clínica, a avaliação é comumente chamada de psicodiagnóstico,
porque procura avaliar forças e fraquezas no funcionamento psicológico de
determinado indivíduo, com um foco na existência ou não de psicopatologia;
PSICODIAGNÓSTICO
 Ou seja, enquanto os psicólogos em geral realizam avaliações, os psicólogos clínicos
realizam, entre outras tarefas, psicodiagnósticos;
 “psicodiagnóstico é um processo científico, limitado no tempo, que utiliza técnicas e
testes psicológicos (input), em nível intelectual ou não, seja para entender
problemas à luz de pressupostos teóricos, identificar e avaliar aspectos específicos,
seja para classificar o caso e prever seu curso possível, comunicando resultados
(output), na base dos quais são propostas soluções, se for o caso”.
(CUNHA, 2002, p. 26)
 Psicodiagnóstico (palavra de origem grega)
 psique = mente, dia = através, gnosis = conhecimento
 Se refere a um conhecimento dos aspectos mais relevantes do funcionamento
psíquico.
(Rigoni & Sá, 2016, p. 28)
16/08/2020
POR QUE FAZER UM DIAGNÓSTICO PSICOLÓGICO?
 Para saber o que ocorre e suas causas, de forma a responder ao pedido com o qual
foi iniciada a consulta;
 Porque iniciar um tratamento sem o questionamento prévio do que realmente
ocorre representa um risco muito alto;
 Para proteger o psicólogo, que ao iniciar um tratamento contrai automaticamente
um compromisso de dois sentidos: clínico e ético
QUEM PODE REALIZAR UM DIAGNÓSTICO PSICOLÓGICO?
1. Psiquiatras, neurologistas, pedagogos, desde que seja utilizado o modelo médico,
apenas, sem uso de testes e técnicas de uso exclusivo do psicólogo.
2. Psicólogos clínicos, quando é utilizado o modelo psicológico - psicodiagnóstico -
incluindo testes e técnicas.
3. Equipes multiprofissionais, desde que cada profissional utilize o seu modelo próprio,
em avaliações mais complexas e inclusivas, em que é necessário integrar dados
interdependentes (de natureza social, médica, psicológica...).
 Psicodiagnóstico – consequência do advento da psicanálise, que ofereceu nova
possibilidade de entendimento e classificação dos transtornos mentais – antes de Freud,
o enfoque do transtorno mental era médico.
16/08/2020
PSICODIAGNÓSTICO
 Que serviços ou profissionais podem ter e necessidade de solicitar psicodiagnósticos?
 Lembrar: o psicodiagnóstico precisa responder à pergunta do solicitante – muitas
vezes esta pergunta não está clara no encaminhamento – cabe ao profissional
buscar canais de comunicação para determinar e esclarecer o que dele se espera;
 O Psicodiagnóstico é um procedimento científico que necessariamente utiliza de
testes psicológicos, diferente da AP na qual o psicólogo pode ou não utilizar esses
instrumentos.

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