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APOL História da Literatura e Literatura Brasileira

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APOL História da Literatura e Literatura Brasileira
Questão 1/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia os versos a seguir: 
“A glória de quem tudo o mais comove
pelo universo penetra e resplende
e mais, e menos, suas partes move.
 
No alto céu onde mais a luz se incende
eu fui, e vi tais coisas, que dizer
não sabe ou pode quem de lá descende;
 
porque apressurando-se ao querer
sumo, o intelecto se aprofunda tanto
que a memória não segue o seu correr”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALIGHIERI, Dante. Canto I. In: CAMPOS, Haroldo. Pedra e luz na poesia de Dante. Rio de Janeiro: Imago, 1998, p. 85
Os versos citados abrem a última parte da Divina Comédia, de Dante Alighieri. Esta obra é considerada como a síntese da mentalidade medieval ao mesmo que já aponta para a visão do mundo renascentista, que valoriza o homem e a arte greco-romana da Antiguidade. Tendo como referência o texto e a leitura do livro base História da Literatura Universal sobre a Divina Comédia, leia as afirmativas abaixo:
I. A obra é dividida em três livros: Inferno, Purgatório e Paraíso.
II. A passagem de Dante pelo Inferno e pelo Purgatório é conduzida pelo poeta Virgílio.
III. A passagem de Dante pelo Purgatório e pelo Paraíso é conduzida por Beatriz, eterna amada e inspiração do poeta.
IV. A descrição do Inferno é a mais envolvente. 
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 10.0
	
	A
	I e II
	
	B
	II e III
	
	C
	I, II e IV
Você acertou!
As afirmativas I, II e IV estão corretas porque a Divina Comédia é dividida em três partes – Inferno, Purgatório e Paraíso. Virgílio conduz Dante pelo Inferno e pelo Purgatório e Beatriz, pelo Paraíso. Segundo a autora do livro-base, o Inferno é a parte mais envolvente: “o sofrimento dos penitentes é narrado em um contexto vibrante (daí o termo dantesco) e se tornou mais popular que os outros dois livros, o ‘Purgatório’ e o ‘Paraíso’, que contêm reflexões mais sofisticadas” (livro-base, p. 109). A afirmativa III não está correta porque Dante só é conduzido por Beatriz no Paraíso, como mencionado.
	
	D
	I, III e IV
	
	E
	I e III
Questão 2/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a passagem abaixo: 
“Pelo hábito de frequentar a igreja tomara conhecimento e travara estreita amizade com um pequeno sacristão que, digamos de passagem, era tão boa peça como ele; apenas se encontravam limitavam-se a trocar olhares significativos enquanto o amigo andava ocupado no serviço da igreja; assim porém que se acabavam as missas, e que saíam as verdadeiras beatas, reuniam-se os dois, e começavam a contar suas diabruras mais recentes, travando o plano de mil outras novas. Por complacência, ou antes por prova de decidida amizade, o companheiro confiava ao nosso gazeador um caniço, e faziam juntos o serviço e as maroteiras: a mais pequena que faziam era irem de altar em altar escorropichando todas as galhetas, o que lhes incendia mais o desejo de traquinar”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALMEIDA, Manuel A. de. Memórias de um sargento de milícias. Domínio Público, p. 32. < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000235.pdf>. Acesso em 07 de ago. 2017.
A passagem acima foi extraída do romance Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. Romance de costumes, a obra trouxe para a ficção os ambientes mais populares do Rio de Janeiro e seus moradores, escolhendo como protagonistas os homens pobres, mas livres, do século XIX. Nesse romance é possível enxergar um modo de sociabilidade que Antonio Candido percebeu como estrutural daquela sociedade e da sociedade brasileira em geral. Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, Candido chamou esse tipo de sociabilidade de:
Nota: 10.0
	
	A
	malandragem.
Você acertou!
“A grande contribuição desse romance de costumes está na aposta de ficcionalizar o mundo popular do Rio de Janeiro. [...] Ao enquadrar essa população sem eira nem beira, Memórias de um sargento de milícias revela certo tipo de sociabilidade local até então não percebida por Teixeira e Sousa ou Macedo e que Antonio Candido, a certa altura, denominou de malandragem (livro-base, p. 100-101).
	
	B
	marginal.
	
	C
	aristocrática.
	
	D
	convencional.
	
	E
	civilizatória.
Questão 3/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a passagem de texto a seguir: 
“– Sabes, portanto, que até esse ponto da epopeia é [...] o próprio poeta que fala e não tenta voltar o nosso pensamento para outro lado, como se fosse outra pessoa que dissesse, e não ele. E, depois disto, fala como se Crises fosse ele mesmo e tenta o mais possível fazer-nos supor que não é Homero que fala, mas o sacerdote, que é um ancião. E quase todo resto da narrativa está feita deste modo, sobre os acontecimentos em Ílion, em Ítaca e as provações em toda Odisseia”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: PLATÃO. Livro III. In: ____ A República. Trad. Maria Helena da Rocha Pereira. 6ª ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1990, p. 116.
Na passagem, Platão discute as formas narrativas usadas por Homero na Ilíada (que narra a guerra de Troia ou Ilíon, para os gregos) e na Odisseia (que narra as aventuras de Ulisses em seu retorno a Ítaca). Platão divide essas formas em três modalidades. Considerando a passagem e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, relacione os gêneros abaixo às formas narrativas que lhes correspondem, segundo Platão:
1. Tragédia e Comédia
2. Ditirambo
3. Epopeia 
(   ) narrativa e imitação (mista)
(   ) narrativa
(   ) imitação 
Assinale agora a sequência correta:
Nota: 0.0
	
	A
	3–2–1
A sequência correta é 3,2,1 porque “[...] ‘em poesia e em prosa há uma espécie que é toda de imitação, como tu dizes que é a tragédia e a comédia [1]; outra, de narração pelo próprio poeta - é nos ditirambos [2] que pode encontrar-se de preferência; e outra ainda constituída por ambas [3], que se usa na composição da epopeia e de muitos outros gêneros’ [...]” (livro-base, p. 43).
	
	B
	1–2–3
	
	C
	3–1–2
	
	D
	2–1–3
	
	E
	1–3–2
Questão 4/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“[...] Deus disse: ‘Que a terra verdeje de verdura: ervas que deem semente e árvores frutíferas que deem sobre a terra, segundo sua espécie, frutos contendo sua semente’, e assim se fez. A terra produziu verdura: ervas que dão semente segundo sua espécie, árvores que dão, segundo sua espécie, frutos contendo sua semente, e Deus viu que isso era bom. Houve uma tarde e uma manhã: terceiro dia”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GORGULHO, G. da S.; STORNIOLO, I.; ANDERSON, A. F. (coordenadores). Gênesis. In: ______. A Bíblia de Jerusalém. Trad. Vários. Nova edição revista. São Paulo: Paulinas,1985, p.31, 32.
As narrativas consideradas inaugurais da história da literatura universal têm semelhanças de forma e conteúdo que as aproximam para além das diferenças contextuais que as geraram. Considerando o fragmento de texto citado e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre questões e temas comuns a essas obras, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	Os temas mais recorrentes eram os relativos aos tratados de etiqueta, ligados às cortes das cidades-Estado regidas por príncipes e afins.
	
	B
	As questões que aparecem em todos esses textos se ligam às perguntas sobre a constituição da literatura e dos gêneros literários.
	
	C
	A questão da autonomia da mulher em face da dominação patriarcal está presente nesses textos inaugurais.
	
	D
	Entre as questões centrais estavam as reflexões sobre a criação do mundo, do homem, do lugar de onde vem o homem ou para onde ele vai.
Você acertou!
Textos como o Gilgamesh, O livro dos Mortos, o Velho Testamento, entre outros buscam responder a essas questões: “Pensando nessas obras tidas como inaugurais, uma das questões centrais,que inquietava os primeiros pensadores ou artistas, era a de compreender a criação do mundo ou saber quem somos nós e de onde viemos. Assim, as primeiras narrativas tinham como tema a criação do mundo e eram longos textos, provavelmente em versos [...] (livro base, p. 32). As demais alternativas estão erradas porque não eram temas comuns à discussão sobre a etiqueta da corte, debate que começou no Renascimento, com obras como O cortesão, entre outras; nem sobre os gêneros literários, ainda que haja passagens sobre a origem da linguagem, o poder das palavras, etc. A discussão inicial sobre gêneros se dará na esfera da filosofia, com Platão e Aristóteles; tampouco se discutem a autonomia da mulher, algo que só virá muito mais tarde, ainda que já na Antiguidade haja personagens femininas poderosas como Antígone e Medeia e até Xerazade, das Mil e uma noites; e muito menos os feitos de cavalaria, que são temas pertencentes à literatura medieval.
	
	E
	Os temas estavam ligados aos feitos dos heróis de cavalaria, cuja ênfase recaía nos valores como a honra, coragem e a fortaleza.
Questão 5/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto: 
“Quem estuda as manifestações artísticas e as ideias que as alimentaram ou cercaram, sobretudo nos séculos XIX e XX, depara-se imediatamente com a palavra ‘romantismo’. É como se tudo o que foi criado nos últimos duzentos anos, obra de literatura, pintura, teatro, escultura, arquitetura, houvesse surgido do confronto e da união com este espírito mágico, que, buscando as esferas mais profundas do homem, reptou o consagrado, o estabelecido,  modelado aparentemente desde e para todo o sempre, efetuando uma revolução fundamental na conceituação e na realização de todas as artes, mesmo daquelas que não sentiram ou expressaram de modo imediato ou feliz os efeitos da fermentação romântica”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GUINSBURG, J. Romantismo, Historicismo e História. In: O Romantismo. São Paulo: Editora Perspectiva, 1985. p. 13. 
O fragmento mostra a força do movimento romântico. Confrontando-se com o modelo clássico, espalhou-se por toda Europa e Américas. Tendo como referência essas informações e a leitura do livro-base História da Literatura Universal sobre os autores românticos, assinale a alternativa que descreve corretamente o autor e as características de sua obra:
Nota: 10.0
	
	A
	O escritor escocês Walter Scott inaugurou a vertente do individualismo, produzindo romances cujas personagens são construídas dentro de uma visão introspectiva, revelando seus conflitos consigo mesmas e com a sociedade.
	
	B
	Alexandre Herculano, escritor português, está situado dentro da vertente historicista, construindo em sua obra de ficção um detalhado panorama histórico, que serve como cenário para a trama que envolve suas personagens.
Você acertou!
Esta é a única descrição correta, pois a marca de Alexandre Herculano “[...] era a historiografia, exatamente em razão de seu temperamento e formação; foi o maior historiador de seu tempo, introduzindo modernos métodos historiográficos em Portugal. [...] o escritor parece mais interessado no panorama histórico [...] do que no desenvolvimento do drama afetivo [...]” (livro-base, p. 204). As demais alternativas estão erradas, porque Walter Scott escreveu romances históricos; Emily Dickinson não escreveu poemas épicos, Stendhal não escreveu romances sentimentais, mas “crônicas” analíticas da sociedade francesa, nas quais se destacava a análise psicológica dos personagens; e Byron não introduziu a vertente historicista (livro-base, p. 184, 190, 194).
	
	C
	A poeta Emily Dickinson, embora tendo escrito na vigência do Romantismo, tem, em sua obra, uma clara influência do classicismo, principalmente em seus poemas épicos, nos quais enaltece os grandes heróis de batalhas históricas.
	
	D
	Stendhal, romancista francês, escreveu romances de cunho sentimental, os quais se distanciavam da realidade de seu tempo, num característico movimento romântico de evasão, abordando superficialmente o caráter de suas personagens.
	
	E
	Lord Byron introduziu a vertente historicista no Romantismo, produzindo extensos poemas narrativos, sempre centrados em personagens históricas, os quais se tornaram referência para os escritores que seguiram essa vertente temática.
Questão 6/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Só a antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente.
Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz.
Tupi, or not tupi that is the question.
Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos.
Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.
Estamos fatigados de todos os maridos católicos suspeitos postos em drama. Freud acabou com o enigma mulher e com os sustos da psicologia impressa”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANDRADE, Oswald. Manifesto Antropófago. Correio da Manhã, 18 de março de 1924 (ortografia atualizada)
Personalidade polêmica, Oswald de Andrade foi autor de vários manifestos. Os mais conhecidos e importantes são o Manifesto antropófago e o Manifesto pau-brasil. Nesses textos, ao mesmo tempo em que divulgam as ideias modernistas, eles estabelecem os planos e os marcos do modernismo brasileiro. Em grande medida, foi um dos principais responsáveis pela divulgação e concretização do início do modernismo. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, leia as sentenças a seguir, assinalando V para as afirmativas verdadeiras e F paras as afirmativas falsas.
I. ( ) O indígena, na antropofagia, submete-se aos padrões dos heróis de matriz europeia, a fim de legitimá-lo literariamente.
II. ( ) Ao defender um novo mito formador, Oswald retoma muitas discussões iniciadas no romantismo.
III. ( ) Oswald de Andrade propõe a inclusão da lábia brasileira, da malandragem, da língua coloquial na literatura nacional.
IV. ( ) A antropofagia nivela as vanguardas europeias, cujas diferenças são anuladas localmente, misturando-se todas em vista de um projeto de “desidealizar” a representação do Brasil. 
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 0.0
	
	A
	V – F – V – V
	
	B
	F – V – V – V
As afirmativas II, III e IV são verdadeiras, porque Oswald retoma as discussões sobre a língua, por exemplo levantadas pelos românticos, que defendiam uma língua brasileira para representar as coisas locais (livro-base, p. 183); porque as manifestações culturais populares são importantes para o programa modernista, que busca incluir tudo que está “marginalizado em nossa vivência cultural” (livro-base, p. 184); porque as diferenças entre as vanguardas europeias, como entre o futurismo e o surrealismo, aqui eram como que apagadas em nome da afirmação da mistura e do projeto literário nacional (livro-base, p. 185). A afirmativa I é falsa porque a ideia do indígena conformado à matriz europeia é uma ideia romântica, alencariana, e não modernista (livro-base, p. 182).
	
	C
	V – V – V – F
	
	D
	F – V – F – V
	
	E
	F – F – V – V
Questão 7/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o poema abaixo: 
“Este é o rio, a montanha é esta,
Estes os troncos, estes os rochedos;
São estes inda os mesmos arvoredos;
Esta é a mesma rústica floresta.
Tudo cheio de horror se manifesta,
Rio, montanha, troncos, e penedos;
Que de amor nos suavíssimos enredos
Foi cena alegre, e urna é já funesta.
Oh quão lembrado estou de haver subido
Aquele monte, e às vezes, que baixando
Deixei do pranto o vale umedecido!
Tudo me está a memória retratando;
Que da mesma saudade o infame ruído
Vem as mortas espécies despertando”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: COSTA, C. M. Poemas escolhidos. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d. p. 32.
O poema acima é do árcade Cláudio Manoel da Costa, cujosversos marcam o início da escola arcadista no Brasil. Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre a estética árcade e a obra de Cláudio Manuel da Costa, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	na poesia árcade inicial é forte a presença dos problemas citadinos e políticos de Vila Rica.
	
	B
	poema acima evoca a tristeza do eu lírico diante de um cenário que no passado foi lugar de um idílio amoroso.
Você acertou!
A alternativa b está correta porque reflexão do eu lírico trata do desencontro dos sentimentos que eram atribuídos àquele cenário revisitado. No passado foi palco de um amor que não mais existe. As demais alternativas estão erradas porque a presença da natureza é um traço predominante na poesia inicial árcade, como se vê nas referências a florestas, rios, montanhas etc. Outra característica importante do arcadismo é a presença dos elementos locais, como a descrição da rústica floresta, que caracteriza melhor a paisagem brasileira em comparação com o ambiente bucólico dos poemas das escolas europeias Por fim, não há referência no poema à ideia de felicidade e reencontro amoroso, tampouco a elementos ligados ao pecado e afins (livro-base, p. 62-64).
	
	C
	o eu lírico canta a felicidade do reencontro amoroso e das possibilidades de um amor feliz.
	
	D
	as convenções árcades revelam elementos religiosos e contritos do pecador, como pode se observar na segunda estrofe do poema.
	
	E
	não há elementos locais no poema, característica do estilo arcadista, que adota as convenções europeias integralmente.
 
Questão 8/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“O sucesso inicial de Alencar e a primazia literária que assumiu, primazia indisputável, a que Machado de Assis se refere em páginas nítidas, tem sido explicado de muitas maneiras. Há traços, entretanto, apontados por todos os críticos e historiógrafos que se ocuparam do problema. Eles constituem, pois, como que as características do romance alencariano, no consenso geral, as explicações de seu triunfo, os motivos de sua difusão. Em primeiro lugar está, certamente, o romantismo. [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SODRÉ, Nelson W. Prefácio. In: ALENCAR, José de. Sonhos D’Ouro. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1953, p. 13. 
Considerando o fragmento acima e os conteúdos abordados no livro Literatura Brasileira sobre as características da obra de José de Alencar, leia as afirmativas a seguir: 
I – Apesar de grande prosador, o romance de José de Alencar emprega mal as técnicas da escrita romanesca e falta complexidade psicológica às suas personagens.
II – Desenvolveu o indianismo como forma de expressão literária ao trabalhar nos limites entre prosa e poesia em Iracema.
III – A maior contribuição de Alencar, entretanto, está no aprofundamento psicológico das personagens, como Paulo, em Lucíola, que oscila entre desejo e nojo por Lúcia.
IV – Em As minas de prata, Alencar praticou o romance histórico, no qual levou adiante seu programa de descoberta do Brasil.
V - A escrava Isaura (1875), seu romance mais conhecido, é um libelo contra a escravidão e traz uma série de lições morais para o leitor. 
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 10.0
	
	A
	I, II e III.
	
	B
	I, II e IV.
	
	C
	II, III e IV.
Você acertou!
As afirmativas II, III e IV estão corretas, porque Iracema é o romance em que Alencar melhor desenvolveu o que a crítica chamou de indianismo, praticado por meio de um estilo em que a prosa se aproxima da poesia; porque, como escreveu Antonio Candido, uma das características importantes do romance alencariano foi a capacidade de expressar os dilemas humanos por meio da complexificação psicológica das suas personagens, como Paulo (Lucíola), Aurélia (de Senhora), entre outras; porque o plano literário de Alencar era ambicioso, nada mais do que fazer o mapeamento da sociedade brasileira, o que ocorre em As minas de prata, romance histórico. As afirmativas I e V estão incorretas porque, como se viu, a complexidade das personagens é uma das marcas da obra do escritor cearense, que desenvolveu e elevou o emprego das técnicas narrativas no âmbito da literatura brasileira; e porque A escrava Isaura é de Bernardo Guimarães (Livro-base, p. 100 e 101).
	
	D
	III, IV e V.
	
	E
	II, IV e V.
Questão 9/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto abaixo: 
“O convés, tanto na coberta como na tolda, apresentava o aspecto de um acampamento nômade. A marinhagem, entorpecida pelo trabalho, caíra numa sonolência profunda, espalhada por ali ao relento, numa desordem geral de ciganos que não escolhem terreno para repousar. Pouco lhe importavam o chão úmido, as correntes de ar, as constipações, o beribéri. Embaixo era maior o atravancamento. Macas de lona suspensas em varais de ferro, umas sobre outras, encardidas como panos de cozinha, oscilavam à luz moribunda e macilenta das lanternas. Imagine-se o porão de um navio mercante carregado de miséria. No intervalo das peças, na meia escuridão dos recôncavos moviam-se os corpos seminus, indistintos. Respiravam um odor nauseabundo de cárcere, um cheiro acre de suor humano diluído em urina e alcatrão. Negros, de boca aberta, roncavam profundamente, contorcendo-se na inconsciência do sono. Viam-se torsos nus abraçando o convés, aspectos indecorosos que a luz evidenciava cruelmente”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CAMINHA, Adolfo. Bom crioulo. Domínio Público, p. 20. <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000052.pdf>. Acesso em: 28/07/2017. 
De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base Literatura Brasileira sobre o romance naturalista Bom crioulo (1898), de Adolfo Caminha (1867-1897), é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	Além da temática homossexual, o romance denuncia os maus-tratos dispensados aos marinheiros engajados nas Forças Armadas Brasileiras.
Você acertou!
Esta é a alternativa correta porque o tema central de Bom crioulo é a relação homossexual entre Aleixo e Amaro, protetor e protegido. Comprovando a tese naturalista de que o meio influencia na formação do caráter e dos comportamentos, Adolfo Caminha procura demonstrar que a forma com que os marinheiros se encontravam a bordo da corveta beneficiou os comportamentos de Aleixo e Amaro. Além disso, denuncia os castigos físicos sofridos pelos marinheiros, como as chibatadas. A maioria dos marinheiros era negra, escravos ou ex-escravos (Livro-base, p. 131). As demais alternativas referem-se a outros romances, como o Cortiço, ou mencionam temáticas, personagens ou espaços que não dizem respeito aos do romance de Adolfo Caminha, como a periferia de Recife, Maria das Hortaliças ou o cortiço.
	
	B
	o romance revela as condições precárias de certa parcela da população nordestina e o mundo violento, sem lei nem rei, do qual as personagens fazem parte.
	
	C
	o cortiço, onde se passa o romance, é apresentado de tal forma que surge diante dos olhos do leitor como mais uma personagem do romance.
	
	D
	o romance apresenta a mulher independente, caracterizada na figura de Maria das Hortaliças.
	
	E
	além da temática homossexual, o romance retrata os problemas da periferia do Recife e as viagens de trem pelo interior do país.
 
Questão 10/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir 
“Pois o que realmente interessa é investigar como se formou aqui uma literatura, concebida menos como apoteose de cambucás e morubixabas, de sertanejos e cachoeiras, do que como manifestação dos grandes problemas do homem do Ocidente nas novas condições de existência. [...] Estas considerações sugerem alguns dos modos por que se teria processado o ajuste entre a tradição europeia e os estímulos locais, faltando mencionar que os padrões estéticos do momento – os do atualmente chamado Barroco – atuaram como ingrediente decisivo”.
Após esta avaliação, caso queira lero texto integralmente, ele está disponível em: CANDIDO, A. Letras e ideias no período colonial. In: CANDIDO, A. Literatura e sociedade. 9. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006, p. 99-101.
Segundo Antonio Candido, nos dois primeiros séculos da colonização do Brasil, a literatura brasileira elaborou duas características principais para ajustar as formas de expressão europeia à realidade colonial brasileira: a visão religiosa e a visão transfiguradora. Tendo como referência o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre as visões religiosa e transfiguradora, leia as sentenças a seguir, assinalando V para as verdadeiras e F paras as falsas.
I. ( ) A visão religiosa foi, ao mesmo tempo, diretriz ideológica e fundamento estético.
II. ( ) A empresa colonizadora tinha uma espécie de “unidade de intenção”, marcada pela propagação da fé cristã. Essas marcas podem ser identificadas na Carta de Caminha e na obra de José de Anchieta.
III. ( ) A visão transfiguradora é o resultado do espanto ante as novidades da terra. O mundo desconhecido e novo levou o homem europeu a criar, no plano literário, modos de expressar esse lugar desconhecido.
IV. ( ) A visão religiosa elabora, no plano literário, uma apoteose da realidade colonial, calcada na hipérbole, na metáfora, no símile, que tende a uma alegoria do mundo natural.
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 0.0
	
	A
	V– F– V– V
	
	B
	F– V– V– V
	
	C
	V– V– V– F
As afirmativas I, II e III são verdadeiras, pois de fato a visão religiosa foi matriz ideológica e estética da literatura que se fazia aqui; que o fator de unidade ideológica da colonização era a expansão da fé cristã; e a visão transfiguradora resultava do espanto em face das novidades encontradas em terras brasileiras. A afirmativa IV é falsa, pois a capacidade de criar uma apoteose da realidade, criando um alegorização do mundo natural se dá dentro do que Candido definiu como visão transfiguradora e não visão religiosa. Podemos identificar essas características no exemplo oferecido pelo crítico sobre o abacaxi: “Lembremos apenas o caso do mundo vegetal, primeiro descrito, depois retocado, finalmente alçado à metáfora. Se em Gabriel Soares de Sousa (1587) o abacaxi é fruta, nas Notícias curiosas e necessárias das cousas do Brasil (1668), de Simão de Vasconcelos, é fruta real, coroada e soberana; e nas Frutas do Brasil (1702), de frei Antônio do Rosário, a alegoria se eleva ao simbolismo moral, pois a régia polpa é doce às línguas sadias, mas mortifica as machucadas – isto é, galardoa a virtude e castiga o pecado” (livro-base, p. 31-34).
	
	D
	F– V– F– V
	
	E
	F– F– V– V

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