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APOL Objetiva 1 - HISTÓRIA DA LITERATURA E LITERATURA BRASILEIRA

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Questão 1/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Do outro lado da cerca, pelos espaços entre as flores curvas, eles estavam tacando. Eles foram 
para o lugar onde estava a bandeira e eu fui seguindo junto à cerca. Luster estava procurado na 
grama perto da árvore florida. Eles tiraram a bandeira e a tacaram outra vez. Então puseram a 
bandeira de novo e foram até a mesa, ele tacou e o outro tacou. Então eles andaram e eu fui 
seguindo junto à cerca. Luster veio da árvore florida e nós seguimos junto à cerca e eles pararam e 
nós paramos e eu fiquei olhando através da cerca enquanto Luster procurava na grama”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FAULKNER, William. O som e a fúria. Trad. Paulo Henriques Brito. São Paulo: CosacNaify, 2004, p. 5. 
O fragmento reproduz o início do romance de Faulkner, O som e a fúria. Nesse início de romance, 
o narrador é alguém que sofre de deficiência mental. No decorrer do livro, aparecerão outros 
narradores, cujas histórias não correm linearmente nem em espaços comuns. Esses recursos de 
alguma forma buscavam exprimir a falta de sentido decorrente dos efeitos da Primeira Guerra 
Mundial, da crise econômica, entre outros eventos que abalaram a vida na Europa e nas Américas 
nas primeiras décadas do século XX. Considerando essas informações, o fragmento de texto e os 
conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre o Modernismo, leia as afirmativas 
a seguir: 
I. O Modernismo buscou negar os padrões e linguagem considerados tradicionais. 
II. O desejo de ruptura com o passado foi uma das marcas do Modernismo 
III. O Modernismo foi marcado pelo sentimento de saudosismo e melancolia em relação ao passado. 
IV. A reinvenção de formas artísticas é uma maneira de expressar novos sentidos para um mundo 
que se transformara radicalmente. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
Nota: 10.0 
 
A I, II e III 
 
B I, II e IV 
Você acertou! 
As afirmativas I, II e IV estão corretas porque a ruptura com os modelos literários tradicionais estava no centro das aspirações modernistas. Entre essas 
rupturas, estava o rompimento dos padrões usuais da linguagem literária, como no livro de Faulkner, que dá a palavra a um narrador com problemas 
mentais: “Os escritores dessa época negavam e evitavam os tipos formais e tradicionais. É um momento de revolução e busca de novos caminhos e 
novos formatos literários: a grande onda cultural do modernismo, que surgiu na Europa e depois se espalhou para os Estados Unidos nos primeiros 
anos do século XX e expressava um desejo de ruptura brusca com o passado” (livro-base, p. 254, 255). Por essas razões, a afirmativa III está incorreta, 
já que não havia sentimento nostálgico entre os modernistas. 
 
C II, III e IV 
 
D I, III e IV 
 
E I e IV 
 
Questão 2/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“D. Glória não conhecia S. Bernardo, e essa ignorância me ofendeu, porque para mim S. Bernardo 
era o lugar mais importante do mundo. 
— Uma boa fazenda! Não há lá essa água podre que se bebe por aí. Lama. Não senhora, há 
conforto, há higiene. 
Glória retificou a espinha, ergueu a voz e desfez o ar apoucado: 
— Não me dou. Nasci na cidade, criei-me na cidade. Saindo daí, sou como peixe fora da água. 
Tanto que estive cavando transferência para um grupo na capital. Mas é preciso muito pistolão. 
Promessas... 
— Ah! É professora? 
— Não. Professora é minha sobrinha. 
— Aquela moça que estava com a senhora em casa do dr. Magalhães? 
— Sim. 
— E como é a graça de sua sobrinha, d. Glória? 
— Madalena. Veja o senhor. Fez um curso brilhante... 
[...] 
Essa conversa, é claro, não saiu de cabo a rabo como está no papel. Houve suspensões, repetições, 
mal-entendidos, incongruências, naturais quando a gente fala sem pensar que aquilo vai ser lido. 
Reproduzo o que julgo interessante. Suprimi diversas passagens, modifiquei outras. [...] É o 
processo que adoto: extraio dos acontecimentos algumas parcelas; o resto é bagaço”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RAMOS, Graciliano. São Bernardo. Rio de Janeiro: Record, p. 75-78. 
Com o romance São Bernardo, de 1934, Graciliano Ramos consolidou o que se chamou de 
“romance de 30”. Tendo como referência o fragmento acima, retirado da obra São Bernardo, e sua 
leitura do livro-base Literatura Brasileira sobre o romance São Bernardo, leia as sentenças 
abaixo: 
I – Proprietário da fazenda São Bernardo, Paulo Honório é personagem e narrador do romance. 
Narrando em primeira pessoa, Honório conta a história quando se encontra solitário na fazenda. 
II – No romance, Paulo Honorário conta a história de seu casamento com Madalena, o suicídio dela 
e a decadência da fazenda. 
III – O romance tem um narrador em terceira pessoa, onisciente, que mostra ao leitor o que se 
passa com Paulo Honório e, ao mesmo tempo, as expectativas de Madalena sobre o casamento. 
IV - O romance pode ser compreendido como uma crítica ao capitalismo. Paulo Honório, por 
exemplo, em vários momentos sobrepõe seus interesses pessoais e financeiros aos de 
camaradagem e sentimentos afetivos. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
Nota: 10.0 
 
A I e II. 
 
B II e III. 
 
C I, II e IV. 
Você acertou! 
As afirmativas I, II e IV estão corretas porque Paulo Honório é o narrador da história, cujos eventos se deram antes do momento em que narra, quando 
já está sozinho, viúvo e decadente; porque de fato o romance pode ser entendido como uma crítica ao capitalismo, uma vez que Paulo Honório coloca 
os interesses comerciais, produtivos e financeiros acima dos demais. A afirmativa III está errada porque o narrador do romance é o próprio Paulo 
Honório, que o narra em 1ª pessoa. Trata-se de um romance memorialista, de um homem solitário. (Livro-base, p. 214 e 215) 
 
D I, III e IV. 
 
E I e III. 
 
Questão 3/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia a passagem a seguir: 
“Estava no teatro lírico, onde o acaso me colocara junto de um moço com quem havia feito 
conhecimento na sociedade e cujo nome não me acode agora. Em falta de outro, lhe darei o de 
Cunha. 
Esperando que se levantasse o pano, corríamos ambos com o binóculo as ordens de camarotes, 
que se começavam a encher. É um regalo semelhante ao do gastrônomo, que antes de sentar-se 
à mesa belisca as iguarias que vão se ostentando aos olhos gulosos. A comparação me agrada; 
porque realmente nunca senti essa gula de olhar que devora com uma fome canina, como quando 
contemplava uma multidão de mulheres bonitas. Cada uma delas me emprestava uma forma 
sedutora, um encanto, um contorno para a estátua ideal que a imaginação moldava, aperfeiçoando 
a capricho”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000035.pdf>. Acesso em 08 ago. 2017. 
É por volta de 1860 que o romance brasileiro se torna mais robusto. Os diferentes ambientes, 
espaços e grupos sociais do país passaram a ser mapeados por nossos romancistas. No fragmento 
acima selecionamos um trecho de um dos chamados romances urbanos de José de Alencar. A 
cena se passa num teatro, na cidade, aspecto que se percebe, por exemplo, pela palavra multidão, 
a qual acena para o ambiente da cidade em oposição ao ambiente rural. De acordo com a passagem 
acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, o trecho acima é um fragmento do 
romance urbano: 
Nota: 10.0 
 
A O Guarani. 
 
B Iracema. 
 
C Lucíola. 
Você acertou! 
O trecho é de Lucíola, pois entre as alternativas é o único romance urbano de José de Alencar. Os demais são: histórico (O Guarani), indianista 
(Iracema), regionalista (Til). Dom Casmurro foi escrito por Machado de Assis. No livro-base, lemos: “Do ponto de vista temático, José de Alencar [...] 
desenvolve [o romance] em várias frentes. Com Oguarani (1857) e As minas de prata (1865-66), ele praticou o romance histórico, então em voga em 
virtude do sucesso de Walter Scott; desenvolveu o indianismo como forma de expressão literária ao trabalhar nos limites entre prosa e poesia 
em Iracema (1865); concentrou-se no romance urbano e de costumes com Lucíola (1862), Diva (1864) e Senhora (1875); e adentrou o país ao 
ficcionalizar o interior de São Paulo em O tronco do ipê (1871) e Til (1872), o interior do Ceará, com O sertanejo (1876), e os pampas, com O 
gaúcho (1870), fazendo do regionalismo, no plano literário, um programa de descoberta do Brasil. Em cada uma dessas frentes, José de Alencar legou, 
ao menos, uma obra-prima para a literatura brasileira (livro-base, p. 101). 
 
D Til 
 
E Dom Casmurro 
 
Questão 4/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto: 
“A obra literária de Antero, a poética e a em prosa, atesta de modo patente a contínua e dolorosa 
luta de um espírito a procurar-se, a dissecar-se e, contemporaneamente, a desintegrar-se pouco a 
pouco, até o aniquilamento final. A evolução do seu espírito, através dos marcos literários e 
filosóficos, testemunha de modo claro esse esvaziamento lento de suas forças de reação e de 
equilíbrio, até culminar num espesso ceticismo de profundas raízes, poderoso a ponto de o arrastar 
ao suicídio”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa. São Paulo: Cultrix, 1965, p. 262. 
Pode-se perceber, pela citação, que a obra do poeta Antero de Quental sofreu constantes 
modificações. Considerando o texto e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, 
associe as fases da obra de Quental às suas respectivas características: 
1.Primeira fase 
2. Segunda fase 
3. Terceira fase 
( ) Irreverência 
( ) Pessimismo 
( ) Lirismo amoroso 
( ) Poesia realista de ação social 
( ) Poesia metafísica 
( ) Erotismo e religiosidade 
Agora, marque a sequência correta: 
Nota: 10.0 
 
A 2 – 2 – 1 – 3 – 3 – 1 
 
B 1 – 3 – 2 – 2 – 1 – 3 
 
C 2 – 3 – 1 – 2 – 3 – 1 
Você acertou! 
Esta é a sequência correta porque “Antero de Quental [...] foi o líder intelectual da geração realista que deu início ao realismo em Portugal. [...] Sua 
poesia passa por três fases: 1) lirismo-amoroso, erotismo e religiosidade, cujas principais obras são Raio de extinta luz e Primaveras 
românticas; 2) poesia realista de ação social e irreverência, que pode ser exemplificada com Odes Modernas; 3) poesia metafísica, como 
em Sonetos, oposta à poesia do cotidiano de Cesário Verde [...] e que se caracteriza pela preocupação com questões filosóficas eternas do ser humano, 
uma visão pessimista” (livro-base, p. 241). 
 
D 3 – 3 – 1 – 2 – 1 – 2 
 
E 1 – 3 – 1 – 3 – 2 – 2 
 
Questão 5/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia os versos a seguir: 
“Tendo aberto a boca e tomado a palavra 
os anciãos se dirigiram a Gilgamesh: 
‘Não confies, ó Gilgamesh, 
Nem mesmo em tua imensa força! 
Observa com atenção 
Para que teus golpes atinjam o alvo! 
Aquele que vai primeiro 
Salva o seu companheiro! 
Enkidu 
caminhará à tua frente, 
ele conhece a trilha da floresta dos cedros 
...............................................”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANÔNIMO. L’Epopea di Gilgamesh. L’Eroe che non voleva morire. Trad. Jean Bottéro. Roma: Edizioni Mediterranee, 2008, p. 98. 
(Traduzido pelo autor do banco para o português) 
O texto citado foi produzido por povos que viveram onde hoje é o Iraque. Eles fundaram as primeiras 
cidades-Estado e empregaram a escrita cuneiforme, forma utilizada nos primeiros registros literários 
e jurídicos. A Epopeia de Gilgamesh, fruto dessa matriz cultural, é considerada o marco inicial da 
literatura, por ser o texto mais antigo já encontrado. Considerando esses comentários e os 
conteúdos abordados no livro História da Literatura Universal sobre as características da Epopeia 
de Gilgamesh, analise as afirmativas abaixo: 
I. Gilgamesh narra as aventuras de Gilgamesh, o mais ilustre rei da Suméria. 
II. Gilgamesh desce ao fundo do oceano em busca de uma planta que lhe garantiria a imortalidade. 
III. O conteúdo da Epopeia de Gilgamesh possui muitas semelhanças com o texto da Bíblia judaico-
cristã. 
IV. De todas as narrativas bíblicas, apenas os eventos da criação não constam em textos de outras 
culturas. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
Nota: 10.0 
 
A I, II e IV 
 
B II e III 
 
C II, III e IV 
 
D III e IV 
 
E I, II, III 
Você acertou! 
As afirmativas I, II e III estão corretas porque Gilgamesh é um rei sumério; ele desce às profundezas do oceano atrás da planta que tem a propriedade da 
imortalidade; e essa narrativa tem semelhanças com o texto do Velho Testamento, como o tempo das aventuras do personagem, sete dias, igual ao tempo 
que Deus levou para criar o mundo ou a presença da serpente, que rouba a planta da imortalidade. A afirmativa IV está errada, porque os eventos da 
criação constam em narrativas de outros povos. Uma história do mito da criação, por exemplo, pode ser encontrada no Popol Vuh, manuscrito maia 
(livro-base, p. 33-35). 
 
Questão 6/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia a citação a seguir: 
“Enquanto nos textos de um Cláudio Manuel da Costa ou de um Gonzaga o nativismo, que aos 
coloridos exaltadores barrocos das grandezas do país sugeria descrições grandiloquentes para uso 
dos estrangeiros, torna-se pena sutil de consumo local. Nasce com os árcades, indubitavelmente 
sob influência das ideias da França e da América do Norte, mas como uma precisa referência aos 
problemas locais, aquela consciência pátria que com os românticos irá desaguar na vontade de 
independência”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 127. 
Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre o 
Arcadismo, é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 
A A estética árcade no Brasil Colônia descarta as tendências neoclássicas, de origem francesa, e opõe-se às ideias Iluministas. 
 
B O Arcadismo é uma releitura do barroco brasileiro, empregando sobretudo as formas cultistas. 
 
C Um dos principais traços da estética árcade é a adesão à razão e às teses do iluminismo. 
Você acertou! 
As alternativas a, b, d e e estão incorretas A alternativa c está correta porque a estética árcade é racionalista. “A estética árcade no Brasil Colônia 
combina as tendências neoclássicas, de origem francesa, e os ideias da Ilustração, difundidos pela Europa do século XVIII [ ]. Para os poetas árcades, 
a imaginação era o elemento a ser dominado pela razão. Cabia ao poeta elaborar a expressão adequada, mais a partir da lógica e do estudo do que da 
inspiração. Por isso não podiam ser cultistas, nem usar a alegoria como faziam os barrocos. Realismo e determinismo são correntes posteriores ao 
arcadismo, fortes no século XIX. (Livro-base, p. 56). 
 
D Entre as características da estética árcade, destacam-se o uso da imaginação e o emprego exagerado das alegorias. 
 
E Os poetas árcades eram realistas e extraíam do determinismo geográfico e biológico a base ideológica de seus versos. 
 
 
Questão 7/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia a citação a seguir: 
“Do outro lado da cerca, pelos espaços entre as flores curvas, eles estavam tacando. Eles foram 
para o lugar onde estava a bandeira e eu fui seguindo junto à cerca. Luster estava procurado na 
grama perto da árvore florida. Eles tiraram a bandeira e a tacaram outra vez. Então puseram a 
bandeira de novo e foram até a mesa, ele tacou e o outro tacou. Então eles andaram e eu fui 
seguindo junto à cerca. Luster veio da árvore florida e nós seguimosjunto à cerca e eles pararam e 
nós paramos e eu fiquei olhando através da cerca enquanto Luster procurava na grama” 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FAULKNER, William. O som e a fúria. Trad. Paulo Henriques Brito. São Paulo: CosacNaify, 2004, p. 5. 
O fragmento reproduz o início do romance de Faulkner, O som e a fúria. Nesse início de romance, 
o narrador é alguém que sofre de deficiência mental. No decorrer do livro, aparecerão outros 
narradores, cujas histórias não correm linearmente nem em espaços comuns. Esses recursos de 
alguma forma buscavam exprimir a falta de sentido decorrente dos efeitos da Primeira Guerra 
Mundial, da crise econômica, entre outros eventos que abalaram a vida na Europa e nas Américas 
nas primeiras décadas do século XX. Considerando essas informações, o fragmento de texto e os 
conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre o Modernismo, assinale a 
alternativa correta: 
Nota: 10.0 
 
A O Modernismo reforçou o uso de um formato literário muito semelhante ao do Romantismo. 
 
B O romance de Faulkner, O som e a fúria, utiliza uma cronologia narrativa tradicional, marcada por uma linearidade que busca dar sentido 
ao caos gerado pelas duas grandes guerras mundiais. 
 
C O Modernismo foi marcado pelo sentimento de saudosismo e melancolia em relação ao passado. 
 
D As obras modernistas valorizavam a vida no campo (bucolismo) e criticavam a vida nos centros urbanos. 
 
E O desejo de ruptura com o passado foi uma das marcas do Modernismo. 
Você acertou! 
Comentário: A afirmativa está correta porque a ruptura com os modelos literários tradicionais estava no centro das aspirações modernistas. Entre essas 
rupturas, estava o rompimento dos padrões usuais da linguagem literária, como no livro de Faulkner, que dá a palavra a um narrador com problemas 
mentais: “Os escritores dessa época negavam e evitavam os tipos formais e tradicionais. É um momento de revolução e busca de novos caminhos e novos 
formatos literários: a grande onda cultural do modernismo, que surgiu na Europa e depois se espalhou para os Estados Unidos nos primeiros anos do 
século XX e expressava um desejo de ruptura brusca com o passado” (livro-base, p. 254, 255). 
 
Questão 8/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Ainda que Plauto tenha sido muito lido e encenado ao longo dos séculos, ele ainda não é muito 
conhecido entre nós. No entanto, seus admiradores, reescritores, adaptadores, encenadores e 
tradutores não analisados neste livro incluem Shakespeare [cuja Comédia dos Erros é uma 
ampliação multicômica dos Mecnemos, de Plauto), Descartes [...], Hobbes [‘o homem é o lobo do 
homem’ é citação de Plauto [...]), Lessing [...], Ariano Suassuna [cuja magnífica peça O santo e a 
porca é uma adaptação-reescrita da Aulularia, de Plauto), entre tantos outros”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GONÇALVES, Rodrigo T. Prefácio. In: _______ (org.) A comédia e seus duplos: o Anfitrião, de Plauto. Curitiba: Kötter Editorial; 
Cotia: Ateliê, 2017, p. 8. 
Plauto teve muitos admiradores entre os escritores de tradição ocidental. Várias de suas peças 
foram adaptadas e reescritas. Isso se deve a algumas características importantes de sua obra. 
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base História da Literatura Ocidental 
sobre as características da obra de Plauto, leia as afirmativas a seguir: 
I. Plauto produziu uma obra popular que soube agradar e fazer rir o público em geral. 
II. O dramaturgo empregou uma linguagem rebuscada, voltada para os literatos e a elite romana. 
III. Grande encenador, Plauto criou intrigas e complicações tão bem urdidas que renderam inúmeras 
adaptações. 
IV. Suas peças enalteciam os feitos dos deuses e ridicularizavam os homens, meros escravos da 
vontade divina. 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
Nota: 10.0 
 
A I e III 
Você acertou! 
As afirmativas I e III estão corretas porque Plauto de fato produziu uma obra popular que atingiu um grande e variado público. Uma das razões disso 
estava no seu talento de criador de boas intrigas: “[...] O seu teatro ‘é popular; quer fazer rir as massas, e consegue o seu fim, porque Plauto é um 
sabidíssimo profissional da cena, o criador de todas as intrigas e complicações burlescas para todos os tempos: um gênio do palco’” (livro-base, p. 84, 
85) e “A obra de Plauto inspirou muitos outros escritores, entre eles os prestigiados dramaturgos Shakespeare [...] e Molière [...]” (p. 85). As afirmativas 
II e IV estão erradas porque Plauto não empregou uma linguagem rebuscada e não elogiou os deuses – tanto os criticou quanto os elogiou: “‘Fala a língua 
do povo, não a dos literatos, ao ponto de criar as maiores dificuldades aos nossos filólogos [...]’” (p. 85) e “Plauto foi acusado de zombar das divindades 
em muitas ocasiões, pois as figuras que o comediante criou podem muitas vezes ser equiparados a deuses – seja para elogiar, seja para escarnecer” (p. 
85). 
 
B II e IV 
 
C I e II 
 
D I e IV 
 
E II e III 
 
Questão 9/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Suas casacas, mais bem cortadas, pareciam feitas de um tecido mais macio e seus cabelos, 
puxados em caracóis em direção às têmporas, pareciam brilhar com uma pomada mais fina. 
Possuíam a tez da riqueza, aquela tez branca realçada pela palidez das porcelanas, pelo reflexo 
dos cetins, pelo verniz dos belos móveis e cuja saúde é mantida por um regime discreto de alimentos 
requintados. Seus pescoços movimentavam-se à vontade sobre suas gravatas baixas, suas longas 
suíças caíam sobre colarinhos voltados; enxugavam os lábios em lenços bordados com um grande 
monograma de onde saía um aroma suave”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FLAUBERT, Gustave. Madame Bovary. Trad. Fúlvia Moretto. São Paulo: Nova Alexandria, 2007, p. 58. 
O trecho citado de Madame Bovary compõe a cena da residência do Marquês d’Andervilles, o 
castelo de Vaubyessard. É a descrição dos jovens aristocratas presentes no baile do marquês. A 
cena é expressiva do estilo realista. Pode-se saber muito sobre as personagens pelos detalhes que 
são mostrados por um narrador quase invisível, como o monograma no lenço perfumado, 
denunciando o que havia neles de refinado, mas fútil. Considerando o trecho citado e os conteúdos 
do livro-base História da Literatura Universal sobre o Realismo, é correto afirmar que: 
Nota: 10.0 
 
A surgiu em meados do século XX e teve como representantes no Brasil Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Lúcio Cardoso. 
 
B prezava a subjetividade como forma de romper com a tradição e voltar-se contra as desigualdades sociais. 
 
C se notabilizou pela poesia, priorizando temas nacionais, o que vimos no Brasil nas obras de Gonçalves Dias e Castro Alves. 
 
D via nos símbolos e na fantasia a forma de chegar mais perto da realidade, como fizeram os poetas franceses Rimbaud e Verlaine. 
 
E valorizou o pensamento objetivo, interessou-se por fatos observáveis e procurou mostrar criticamente a sociedade burguesa. 
Você acertou! 
Emma Bovary é casada com um médico de província, um pequeno-burguês. A vida desse casal é apresentada ao leitor de forma crítica, corrosiva até. 
O trecho retirado do livro faz parte da atração de Emma pelo universo aristocrático, ao qual não pode aceder, e o qual irá aniquilá-la. Nesse sentido, 
esse romance realista atende às características dessa corrente, assim apresentada no livro-base: o realismo “[...] prima pelo pensamento objetivo e 
científico e pelo uso da razão. Surgiu na França, em 1857, com a publicação de Madame Bovary, de Gustave Flaubert [...]. [...] tem como característica 
o antirromantismo, o que significa ser antissubjetivo e adepto da objetividade [...]. Prefere uma busca da verdade universal e impessoal e o interessepor fatos observáveis [...] é um movimento que mostra de forma crítica a realidade do mundo capitalista e suas contradições” (livro-base, p. 226, 227, 
228). 
 
Questão 10/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira 
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Neste sentido, também a primeira literatura dos descobrimentos, com seu tom grandiloquente, é 
literatura barroca Como também o é, em bloco, a literatura dos jesuítas: não só por sua temática 
contrarreformista, por sua concepção trágica da vida e do pecado, mas também por sua forma”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 98. 
O barroco no Brasil sofreu um processo de aclimatação, que se caracterizou por meio dos ajustes 
que os escritores da colônia procederam em relação às convenções literárias europeias. Esses 
ajustes se deram tanto no plano estilístico quanto no plano ideológico, que podem ser resumidos 
em dois conceitos. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura 
Brasileira, é correto afirmar que esses dois conceitos são: 
Nota: 10.0 
 
A visão laica e visão alegórica. 
 
B visão literária e visão transfiguradora. 
 
C visão religiosa e visão reformista. 
 
D visão religiosa e visão transfiguradora. 
Você acertou! 
“O ajuste que as convenções literárias da Europa sofreram ao serem utilizadas pelos escritores coloniais estabeleceu alguns traços estilísticos e 
ideológicos que caracterizaram a produção dos primeiros séculos de colonização portuguesa no Brasil. Esses traços estão sintetizados nos conceitos 
denominados visão religiosa e visão transfiguradora” (livro-base, p. 41). As demais visões citadas (literária, alegórica, reformista) não são 
denominações empregadas no livro-base como conceitos que sintetizam esses traços da literatura barroca no Brasil. 
 
E visão reformista e visão alegórica.

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