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Linguagem Figurada Professora Angélica Campos Quando usamos a linguagem fora do seu contexto habitual, ou seja, quando damos às palavras novos significados, gerando novos efeitos de sentido, estamos utilizando a linguagem figurada. Para isso, fazemos uso das figuras de linguagem, ou seja, palavras que, quando empregadas com uma significação diferente, geram efeitos tais como a ironia, o sarcasmo, a ofensa, a graça, a ambiguidade e outros. Uma piada só pode ser considerada engraçada se fizer uso das figuras de linguagem, assim como a ironia só se constrói quando a charge ou a tirinha utilizá-las. Enfim, é importante pensar que a construção do efeito de sentido perpassa pela utilização dessas figuras. Assim, dependendo do efeito que se quer atingir, devemos fazer uso de uma ou outra figura, ou ainda de mais de uma delas. Metáfora Muito empregada na literatura, principalmente na poesia. A metáfora se realiza quando uma palavra é usada em um contexto diferente. Por exemplo, em “Joãozinho é um anjo”, não significa dizer que o menino é um anjo de verdade, mas que se comporta como um anjo, ou seja, faz o bem e não desobedece. A metáfora afirma algo como se fosse real. Comparação Ao contrário da metáfora, a comparação não se faz sem a utilização de palavras que estabeleçam uma relação. A mais utilizada é a palavra como. Exemplificando, quando dizemos “Hoje me sinto leve como uma pluma”, quer dizer que eu não estou me identificando com uma pluma, mas me comparando a uma, pela sua qualidade de leveza. Outras expressões que podem dar o mesmo sentido de “como” são tal qual, tal como, assim como. Metonímia A metonímia, por sua vez, envolve uma relação entre as palavras, de uma forma mais geral para uma mais específica ou vice-versa. Pode ser de vários tipos: Todo / parte Comi um porco. Conteúdo / Continente Tomei uma taça de vinho. Marca / produto Meu Fiat é o melhor! Autor / Obra Eu gosto de ler Camões. Causa / Efeito Pranchei o cabelo. (a prancha é a causa, não o efeito, que é o de alisar) Ironia Quando o efeito a ser produzido deve ser irônico, ou seja, diferente daquilo que foi dito. Exemplos: Você é mesmo muito dedicado. (para alguém que não se dedica a nada) Tenho muito orgulho da sua atitude. (para alguém que fez algo não muito bom) Antítese Quando o efeito é estabelecido por meio de ideias opostas. Exemplos: Entre o amor e o ódio, fico com o primeiro. Pra que rimar amor e dor? Paradoxo Ocorre quando as ideias são tão opostas que seria absurdo colocá-las juntas. Exemplos: O amor é um fogo que arde sem se ver. Estou com medo até da minha coragem. Hipérbole É o exagero na ideia a ser dita. Exemplos: Estou com uma fome de leão. O meu amor por você é maior do que o mundo! Eufemismo Quando a intenção é amenizar o sentido da ideia. Exemplos: Até que o bolo não ficou tão ruim. (ficou muito ruim) Ele foi descansar em paz. (para a morte) Prosopopeia ou personificação A caracterização de seres inanimados como humanos. Exemplos: A cobra disse para a raposa ter cuidado com ela. A rosa era muito bonita, mas muito tímida. Elipse Termo que pode ser omitido, por já ter sido citado antes. Exemplo: Aquela é a rua que fica perto da minha. Pleonasmo Repetição de ideias que constroem o mesmo sentido. Pode ser usada para enfatizar algo, ou ser um vício de linguagem. Exemplos: Toda a cidade, a cidade inteira, estava no evento. Subir para cima e descer para baixo.
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