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Córtex Cerebral

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08/09/2020 BASES MORFOFUNCIONAIS IV Aula 12 – Bloco 2 
 1 
Córtex Cerebral 
Córtex cerebral é a fina camada de substância cinzenta 
que reveste o centro branco medular do cérebro ou centro 
semioval. Trata-se de uma das partes mais importantes do 
sistema nervoso. Ao córtex cerebral chegam impulsos 
provenientes de todas as vias da sensibilidade, que aí se 
tomam conscientes e são interpretadas. Assim, uma lesão 
nas áreas corticais da visão pode levar à cegueira mesmo 
com as vias visuais intactas. Do córtex saem os impulsos 
nervosos que iniciam e comandam os movimentos 
voluntários e que estão relacionados também com os 
fenômenos psíquicos. 
O córtex cerebral é dividido em lobos de acordo com a 
organização dos principais sulcos. O lobo ínsular se localiza 
na parte interna do sulco lateral. Quatro desses lobos são 
identificados de acordo com os ossos do crânio com os quais 
estão relacionados. 
No córtex cerebral existem neurônios, células neurogliais 
e fibras. 
Classificação Filogenética do córtex: neocórtex, 
paleocórtex e arquicórtex. 
Classificação Citoarquitetural do Córtex: isocórtex e 
alocórtex. 
No isocórtex existem seis camadas, o que não ocorre no 
alocórtex, cujo número de camadas varia, mas é sempre 
menor que seis. Sendo as chamados do Isocórtex: 
I. Camada Molecular 
II. Camada Granular Externa 
III. Camada Piramidal Externa 
IV. Camada Granular Interna 
V. Camada Piramidal Interna (ou ganglionar) 
VI. Camada de Células Fusiformes (ou multiformes) 
 
 
I - Fibras nervosas dispostas em forma 
horizontal e seu tipo de células que 
predomina serás as células de Cajal; 
II e IV - predomínio de células granulosas; 
III e V - predomínio de neurônios 
piramidais. 
VI - Prevalência de células fusiformes. 
2 
Principais tipos de neurônios 
o Células granulares: também conhecida como 
“células estreladas”, possuem dendritos que se 
ramificam próximo ao corpo celular, e um axônio 
que pode estabelecer conexões com células das 
camadas vizinhas; principal interneurônio 
cortical, estabelece conexão entre os demais 
neurônios e fibras do córtex. 
o Células piramidais: corpo celular com formato 
piramidal e tamanho variado. As gigantes são 
denominadas células de Betz (área motora no 
giro pré-central) 
o Células fusiformes: axônio descendente, são 
células efetoras que predominam na camada VI. 
o Células de Cajal: células horizontais fusiformes, 
localizadas apenas na camada molecular. São 
células intracorticais de associação 
o Células de Martinotti: axônio de direção 
ascendente 
Camadas predominantemente receptoras (áreas 
primárias somestésicas): 
o Camada granular interna e externa, principal 
camada receptora de projeção é a IV – 
predominância de células granulares. 
Camadas predominantemente efetoras (área motora primária): 
o Camada piramidal interna e externa (área motora giro pré-central - Células piramidais 
gigantes = Células de Betz), principal camada efetora de projeção é a V 
o Tais camadas estão bem desenvolvidas. 
Citoarquitetura do Córtex Cerebral Sensitivo 
Camadas predominantemente receptoras: Camada granular interna e externa, principal 
camada receptora de projeção é a IV. 
Presença de feixes de fibras nervosas e as células granulares apontadas pelas células verdes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Citoarquitetura do Córtex Cerebral Motor 
Camadas predominantemente efetoras: Camada piramidal interna e externa (área motora giro 
pré-central - Células piramidais gigantes = Células de Betz), principal camada efetora de 
projeção é a V. 
 
Citoarquitetura do Córtex Cerebral
 
As fibras que saem ou que entram no córtex cerebral podem ser de associação ou de 
projeção. As fibras de projeção aferentes podem ter origem talâmica ou extratalâmica, mas o 
maior contingente é de origem talâmica. As fibras extratalâmicas são dos sistemas modulatórios 
de projeção difusa, podem ser monoaminérgicas ou colinérgicas e se distribuem a todo o córtex. 
As fibras aferentes oriundas dos núcleos talâmicos inespecíficos também se distribuem a todo o 
córtex, sobre o qual exercem ação ativadora, como parte do sistema ativador reticular 
ascendente (SARA). As radiações talâmicas originadas nos núcleos específicos do tálamo 
terminam na camada IV, granular interna. Ela é, pois, muito desenvolvida nas áreas sensitivas do 
córtex. 
Áreas de Broadmann 
 
Áreas corticais primarias (rosa), secundárias (amarelo) e terciarias (azul). Primeira imagem – 
Face Dorsolateral do Cérebro. Segunda Imagem – Face Medial do Cérebro. 
4 
Classificação Funcional do Córtex Cerebral 
Exemplo de uma dor no joelho, primariamente, o sinal afere na medula e ascende neurônio de 
segunda ordem até chegar ao tálamo (núcleo ventral posterolateral e posteromedial) recebe as 
informações de dor, temperatura, tato, calor e pressão direcionando essa informação somestésica 
direto para o córtex no lobo parietal, mais especificamente, no giro pós-central. 
Visão: a informação deve parar no lobo occiptal. 
 
Quando falamos de áreas de projeções, nos referimos a áreas primarias sejam elas sensitivas 
(recebem informação que vem do tálamo) ou motoras (saíram do córtex para a área subcortical). 
Nas áreas segundarias e terciarias serão denominadas áreas de associação, pois não saíram do 
córtex, e sim ligaram pontos diferentes do córtex. 
As secundarias podem ser sensitivas ou motoras. Significa que sempre perto de uma área 
primaria sensitiva terá uma área secundaria sensitiva. Interpretam o tipo de informação sensitiva. 
Quando se fala se uma via aferente sempre será do tálamo para uma área sensitiva primaria, 
que encaminhará a informação para uma área sensitiva secundaria. 
O giro pré-central é uma área motora primaria, a partir dai sairá os comandos para que o 
individuo realize os movimentos. Quando a informação eferindo do córtex, passara da área 
secundaria para a primaria. 
Quando se fala de áreas terciarias são aquelas supramodais, significando que, elas não 
precisaram processar nenhum tipo de informação sozinha. Elas pegam o que já foi interpretado 
para a partir dai montar uma linha de raciocínio mais complexa, para que haja um planejamento 
de assoes futuras. 
Áreas Corticias Relacionadas com a Sensibilidade Somática 
Área Somestésica Primária (S1): A S1 e Área de sensibilidade somática geral estão 
localizada no giro pós- central se estende em direção à superfície medial do hemisfério, ele é 
contínuo com o giro paracentral posterior (Áreas 3, 1 e 2 de Brodmann). 
o Aferências: de dor, temperatura, pressão, tato e propriocepção provenientes dos 
núcleos talâmicos ventral póstero-lateral e ventral póstero-medial. 
o Quando se estimula eletricamente a área somastésica, o individuo tem manifestações 
sensitivas em partes determinadas do corpo, porém mal definidas, do tipo dormência 
ou formigamento. 
o Se são estimulados receptores exteroceptivos ou se são feitos movimentos em 
determinadas articulações, de modo a ativar receptores proprioceptivos, pode-se 
tomar potenciais evocados nas partes correspondentes da área somática. 
o Lesões: Agnosia (incapacidade de reconhecer dois pontos, perceber movimentos de 
partes do corpo ou reconhecer diferentes intensidades de estímulos ou graus de 
temperatura). 
o Estereognosia (incapacidade de reconhecer os objetos colocados na mão. 
o Na porção superior desse giro, na parte medial do hemisfério, localiza-se a área dos 
órgãos genitais e do pé, seguida, já na parte súperolateral do hemisfério, das áreas da 
perna, do tronco e do braço, todas pequenas. Mais abaixo vem a área da mão, que é 
mais extensa, seguida da área da cabeça, onde a face e a boca têm representação 
5 
também bastante extensa. Segue-se, já próximo ao sulco lateral, a área da língua e da 
faringe. 
 
Área Somestésica Secundária (S2): localizada posterior a área somestésica primária (Áreas 5 
e 7 de Brodmann). 
o Lesões: Agnosia tátil, ou seja, incapacidade de reconhecer objetos pelo tato.Áreas Corticias Relacionadas com a Visão: Área Visual Primária (V1) 
O córtex visual primário (Área 17 de Brodmann) se localiza nos lábios do sulco calcarino. 
Estimulações elétricas da área 17 causam alucinações visuais, nas quais o indivíduo vê círculos 
brilhantes, nunca objetos bem definidos. Estimulando-se pontos específicos da retina com um jato 
de luz filiforme, pode-se tomar potenciais elétricos evocados em partes específicas da área 17. 
O córtex primárioVI,mostra,principalmente,ocontorno dosobje¬ tos, resultando um esboço 
primitivo que é aperfeiçoado nas áreas visuais secundárias. 
Aferências: Fibras do trato genículo- calcarino. 
Lesões bilaterais: cegueira completa – causada por ablação bilateral da área 17. 
 
Áreas Corticias Relacionadas com a Visão: Área Visual Secundárias (V2) 
O Áreas visuais secundárias (V2, V3, V4 e V5), são unidas por duas linhas 
corticais originadas em V1 (Áreas 18,19, 20, 21 e 37 de Brodmann). 
 
Via Dorsal (parte posterior do lobo parietal): percepção do movimento e 
velocidade e representação espacial dos objetos. 
Lesões - agnosias: acinetopsia. 
 
Via Ventral (lobo temporal): percepção do objeto, cores e reconhecimento 
de faces 
Lesões- agnosias- prosopagnosiam, ou seja, na incapacidade de identificar 
objetos ou aspectos dos objetos, mesmo estando íntegras as áreas corticais 
primárias. 
 
Áreas Corticias Relacionadas com a Audição 
Área Auditiva Primária (A1 - Áreas 41 e 42 de Broadmann), localizada 
no giro temporal transverso anterior (de Heschl), nela chegam fibras do 
corpo geniculado medial. 
Estimulações elétricas da área auditiva de um indivíduo acordado causam 
alucinações auditivas que, entretanto, nunca são muito precisas, 
manifestando-se principalmente como zumbidos. 
Lesões bilaterais do córtex auditivo causam surdez completa. Lesões 
unilaterais causam déficits auditivos pequenos, pois, ao contrário das demais 
vias da sensibilidade, a via auditiva não é totalmente cruzada. 
6 
 
A Área Auditiva Secundária (A2 – Área 22 de Broadmann), adjacente à área auditiva 
primária com função pouco conhecida. 
 
Áreas Vestibular e Olfatória 
Área Vestibular: localizada no lobo parietal, próxima ao território de somestesia facial, 
relacionada com a área de projeção da sensibilidade proprioceptiva – posição e movimento da 
cabeça. Os receptores do vestíbulo já foram classificados como proprioceptores especiais, pois 
informam sobre a posição e o movimento da cabeça. 
 
Área Olfatória: localizada no úncus e giro para-hipocampal (córtex piriforme - Área 34 de 
Broadmann). 
Crises Uncinadas (epilepsia): alucinações olfatórias, nas quais os doentes subitamente se 
queixam de cheiros, em geral desagradáveis, que na realidade não existem. 
 
Áreas Gustatória 
Área Gustatória Primária: localizada na parte posterior da ínsula. É ativada por imagens ou 
pensamentos em alimentos saborosos e também pelo olfato e a sensibilidade somestésica da 
boca. 
Área Gustatória Secundária: localizada na região orbitofrontal da área pré-frontal, recebe 
aferências da ínsula. 
 
Áreas Corticais Relacionadas com a Motricidades 
A motricidade voluntária só é possível porque as áreas corticais 
que controlam o movimento recebem constantemente informações 
sensoriais. 
Execução do movimento – interação entre os sistemas sensoriais e 
motor. 
Área Pré-frontal: o objetivo do movimento Área Motora 
Suplementar: planejamento do movimento. 
Área Pré-Motora: planejamento do movimento. 
Área Motora Primária (M1): Execução do movimento. 
 
Área Motora Primária – M1 
Área motora primária, (área 4 de Brodmann), localiza- se no giro pré-central, o qual é 
contínuo na superfície medial do hemisfério com o giro paracentral. Há uma representação 
somatotopica nestes dois giros. 
Células de Betz – menor limiar 
Aferências: tálamo (do cerebelo e núcleos da base), áreas somestésica, pré-motora e motora 
suplementar. 
Eferências: Tratos córtico espinal e corticonuclear – motricidade voluntária. 
 
Área Motora Secundárias – M2 
Área Pré-Motora: localizada no lobo frontal, anterior a área motora primária (Área 6 de 
Brodmann). 
Exige correntes elétricas mais intensas para que se obtenham respostas motoras. Músculos do 
tronco ou da base dos membros. – Postura básica para realizar movimentos mais delicados. 
Trato córtico-reticulo-espinal 
Aferências: cerebelo (via tálamo) e áreas de associação do córtex. 
Eferências: Área motora primária 
Função: planejamento motor. 
Lesões: paresia (força muscular diminuída), o que impede o paciente de elevar 
completamente o braço ou a perna. 
 
7 
Área Motora Suplementar: localizada na face medial do giro frontal superior (Área 6 de 
Brodmann). 
Suas principais conexões são com o corpo estriado, via tálamo, com a área motora primária e 
com a área pré-frontal. Assim como a área pré-motora, a função mais importante da área motora 
suplementar é o planejamento motor, de sequencias complexas de movimentos, para o que são 
importantes suas amplas conexões aferentes com o corpo estriado, que também está envolvido 
neste planejamento motor. 
Aferência: corpo estriado (tálamo) 
Eferências: Áreas motora primária e pré-frontal 
Função: planejamento motor. 
 
 
 
Áreas de Associação Terciárias 
Áreas supramodais – recebem e integram informações das áreas secundárias e também 
elaboram estratégias comportamentais. 
 
Área Pré-Frontal 
Parte não motora do lobo frontal. Apresenta conexões com quase todo o encéfalo, 
principalmente com os núcleos da base. Responsável por nosso comportamento inteligente. 
Estudos em macacos e o Caso Clínico de Phineas T. Gage (1868). 
Memória operacional 
Lobotomia: depressão e ansiedade. 
Leucotomia: Perda de decisão de comportamentos adequados. 
8 
o ÁREA PRÉ-FRONTAL DORSOLATERAL (Área 9 de Brodmann): ocupa a parte 
anterior e dorsolateral do frontal. Liga-se ao corpo estriado (putâmen) integrando o 
circuito cortiço-estriado-talâmico-cortical. 
• FUNÃO EXECUTIVA (Planejamento execução das estratégias 
comportamentais mais adequadas) 
• MEMÓRIA OPERACIONAL (CURTO PRAZO) 
• AVALIAÇÃO DE CONSEQUÊNCIAS 
• SOLUÇÕES DE PROBLEMAS (LÓGICA e CÁLCULOS) 
• PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO COM INTELIGÊNCIA 
o ÁREAS PRÉ-FRONTAL 
ORBITOFRONTAL (Área 11 e 12 de 
Brodmann): Ocupa a parte ventral do 
lobo frontal adjacente às orbitas 
compreendendo os giros orbitários. 
Projeta-se para o núcleo caudado que, 
por sua vez se projeta para o globo 
pálido, a seguir para a área pré-frontal 
orbitofrontal fechando o circuito. 
• EMOÇÕES 
• SUPRESSÃO DE 
COMPORTAMENTOS 
SOCIALMENTE 
INDESEJADOS; 
• ATENÇÃO 
• TOMADA DE DECISÃO e COMPORTAMENTOS ÉTICOS. 
Lesões nessa área resulta no que já foi chamado de “tamponamento psíquico”, ou seja, 
o paciente deixa de reagir às situações que normalmente resultam em alegria ou 
tristeza além do déficit de atenção e comportamentos inadequados. 
 
Área Parietal Posterior 
Compreende o lóbulo parietal inferior – giros supramarginal (Área 40 de Brodmann) e 
angular (Área 39 de Brodmann) estendendo-se também às margens do sulco temporal superior 
e parte do lóbulo parietal superior. Situa-se entre as áreas secundárias auditiva, visual e 
somestésica. Integra informações das três áreas. 
o Reúne informações já processadas para gerar uma imagem de aparência do objeto, 
seu cheiro, som, tato e seu nome. 
o Participa do planejamento de movimentos e na atenção seletiva, percepção espacial. 
Lesões bilaterais causam incapacidade de explorar o ambiente e alcançar objetos. 
o Área do esquema corporal – imagens do próprio corpo. 
o Lesões: Síndrome de negligência ou Síndrome de inatenção - negligência sensorial do 
mundo contra-lateral. Lesões do lado direito, ou seja, no hemisfério mais relacionado 
com os processos visuespaciais. O paciente perde a noção do seu esquema corporal, 
deixa de perceber a metade esquerda de seu corpo como fazendo parte do seu “eu”, 
e passa a negligencia-la. 
 
CórtexInsular Anterior 
O córtex insular anterior é isocórtex homótipo, característico das áreas de associação. 
o EMPATIA: capacidade de se identificar com outras pessoas e perceber e se 
sensibilizar com seu estado emocional. 
o CONHECIMENTO DA PRÓPRIA FISIONOMIA: Observação em espelho ou em uma 
foto. SENSAÇÃO DE NOJO: presença ou imagens de fezes, vômitos, caniça etc. 
Afastar de doenças. 
o PERCEPÇÃO DOS COMPONENTES SUBJETIVOS DAS EMOÇÕES. Permite ao 
indivíduo sentir emoções. 
 
Áreas Límbicas 
Compreendem hipocampo, giro denteado, giro para- hipocampal, giro do cíngulo, insula 
anterior e área pré-frontal orbitofrontal. 
9 
o MEMÓRIA E EMOÇÕES 
 
Áreas Terciárias Relacionadas com a Linguagem – 
Afasias 
A linguagem verbal é um fenômeno complexo do qual 
participam áreas corticais (papel mais importante) e 
subcorticais. 
Áreas corticais para a linguagem (ambas de associação): 
o Área de Broca: área anterior da linguagem 
(partes opercular e triangular do giro frontal 
inferior– área 44 e parte da 45 de Brodmann). 
Relaciona-se com a programação da expressão da 
linguagem. Lesões causam afasia motora ou de 
expressão - dificuldade na expressão da fala e 
escrita, mas tem dificuldade de se expressar 
adequadamente. Nos casos mais comuns, ele consegue apenas produzir poucas 
palavras com dificuldade, e tende a produzir as frases, seja falando ou escrevendo, de 
maneira telegráfica. 
o Área de Wernicke: área posterior da linguagem (na junção entre os lobos temporal e 
parietal e corresponde à parte mais posterior da área 22 de Brodmann). Relaciona-se 
com a percepção da linguagem. Lesões causam afasia sensitiva ou de percepção 
(dificuldade na compreensão da linguagem). 
o Essas duas áreas estão ligadas pelo fascículo longitudinal superior ou fascículo 
arqueado, através do qual, informações relavantes para a corrente expressão da 
linguagem passar da área de Wernicke para a área de Broca. A leitura e a escrita 
também dependem destas duas áreas. 
o Na maioria dos indivíduos, as áreas corticais da linguagem se localizam apenas no 
lado esquerdo. 
o No lobo temporal existem áreas diferentes para a capacidade de nomear pessoas, de 
animais ou de objetos. Lesões nessas áreas resultam em afasias, nas quais há 
dificuldade em dizer nomes dessas categorias. Lesão do giro angular pode causar um 
tipo de afasia denominado dislexia, dificuldade de ler, que pode estar acompanhada 
de disgrafia, ou dificuldade de escrever. 
 
10 
 
 
Referencias 
- BEAR, Mark F.. Neurociências: desvendando o sistema nervoso. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 
2008. 857 p. 
 - MACHADO, Angelo. Neuroanatomia Funcional. 3. ed. São Paulo: Elsevier 
Editora Ltda., 2014. 344 p. 
- MARTINEZ, Ana Maria Blanco. Neuroanatomia Essencial. Rio de Janeiro: Guanabara 
Koogan, 2014. 375 p. 
 - RUBIN, Michael. Neuroanatomia Essencial: netter. 2. ed. Rio de Janeiro: 
Elsevier Editora Ltda., 2008. 482 p.

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