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PINESC II - Eduarda Oliveira TXXIV 2020

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1 
Eduarda Oliveira Cochito 
Medicina Uniderp TXXIV 
PINESC II - 2020 
 Vigilância epidemiológica 
 
- Conceito, notificação -------------------------------------------------------------------------------------------- 3 
- Dados do sistema de vigilância epidemiológica ---------------------------------------------------------- 4 
- Surto e Epidemia; Processo de investigação (11 passos) ----------------------------------------------- 5 
- Estudos epidemiológicos, Sistema Sentinela e Funções da V. E -------------------------------------- 7 
- Critérios para inclusão de doenças e Lista de notificação ---------------------------------------------- 8 
- Agravo, doença, epizootia, evento de saúde pública, vigilância sentinela ----------------------- 11 
 
 
 Tuberculose 
 
- Conceito, transmissão, definição de caso ---------------------------------------------------------------- 11 
- Notificação ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 13 
- Investigação ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 15 
- Busca Ativa de SR ----------------------------------------------------------------------------------------------- 17 
- Biossegurança (recomendação VD e pessoas no mesmo domicílio) ------------------------------- 18 
- Livro de registo e acompanhamento de casos TB, Livro de registro de SR, Fichas, Boletim de 
acompanhamento ------------------------------------------------------------------------------------------------ 20 
- Prevenção e Medidas: administrativa, ambiental e de proteção individual --------------------- 22 
- Papel das 3 esferas no combate a TB ---------------------------------------------------------------------- 23 
- ESF na TB --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 28 
 
 
 Controle Social 
- Conselhos de Saúde ---------------------------------------------------------------------------------------------- 30 
- Conferência --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 35 
 
 
 ESF, NASF e Abordagem Familiar 
 
• ESF 
- Atribuição dos membros -------------------------------------------------------------------------------------- 39 
- Princípios ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 42 
 
• NASF -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 42 
- Orientado --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 44 
 
 
 
 
2 
Eduarda Oliveira Cochito 
Medicina Uniderp TXXIV 
PINESC II - 2020 
- Composição ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 45 
- O que objetiva ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 46 
 Atendimento individual compartilhado 
 Estratégias que melhoram a comunicação no NASF e as equipes de AB 
 
• Abordagem Familiar 
- Definição de ciclo de vida ------------------------------------------------------------------------------------ 47 
 
- Contextualização de crise e resiliência presente no âmbito familiar e 4 processos 
favorecedores da resiliência familiar que podem ser estimulados pelas equipes de saúde - 48 
 
- Importância da identificação das fases do ciclo de vida das famílias e as características de uma 
família saudável --------------------------------------------------------------------------------------------------- 49 
 
- Descrição das fases do ciclo de vida das famílias de classe média e alta e as fases das famílias 
de classe popular e quais os eventos estressores que influenciam a dinâmica deste 
 
- Genograma ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 51 
- Ecomapa ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 53 
 
 
 Planejamento em Saúde 
 
- Planejamento em saúde --------------------------------------------------------------------------------------- 55 
- Momentos do planejamento estratégico situacional e plano de ação ----------------------------- 57 
- Processo de trabalho em saúde ------------------------------------------------------------------------------ 59 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
Eduarda Oliveira Cochito 
Medicina Uniderp TXXIV 
PINESC II - 2020 
➢ Feitos de acordo com os objetivos do caderno do PINESC II 
 
VIGILÂNGIA EPIDEMIOLÓGICA 
 
CONCEITUAR VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E SUA IMPORTÂNCIA PARA A ANÁLISE 
DOS INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS (TAXAS DE INCIDÊNCIA E DE PREVALÊNCIA) 
DE DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA 
 
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
 
✓ Conceito e sua importância: de vigilância epidemiológico, segundo a Lei 8.080: 
“conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de 
qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou 
coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle 
das doenças ou agravos.” Investigação Epidemiológica é um trabalho de campo, 
realizado a partir de casos notificados (clinicamente declarados ou suspeitos) e seus 
contatos, que tem como principais objetivos: identificar fonte e modo de transmissão; 
grupos expostos a maior risco; fatores determinantes; confirmar o diagnóstico; e 
determinar as principais características epidemiológicas. O seu propósito final é orientar 
medidas de controle para impedir a ocorrência de novos casos 
 
- O que é notificação: é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à 
saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de 
adoção de medidas de intervenção pertinentes. 
 
Notificação compulsória: Comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos 
médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou 
privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde 
pública, descritos no anexo, podendo ser imediata ou semanal 
 
 Notificação compulsória imediata (NCI): notificação compulsória realizada em até 24 (vinte e 
quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde 
pública, pelo meio de comunicação mais rápido disponível. 
 
Notificação compulsória semanal (NCS): notificação compulsória realizada em até 7 (sete) dias, 
a partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo. 
 
 
 
 
 
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Eduarda Oliveira Cochito 
Medicina Uniderp TXXIV 
PINESC II - 2020 
 Notificação compulsória negativa: comunicação semanal realizada pelo responsável pelo 
estabelecimento de saúde à autoridade de saúde, informando que na semana epidemiológica 
não foi identificado nenhuma doença, agravo ou evento de saúde pública constante da Lista de 
Notificação Compulsória. 
 
• Aspectos que devem ser considerados na notificação: 
 
- Notificar a simples suspeita da doença ou evento. Não se deve aguardar a confirmação do 
caso para se efetuar a notificação, pois isso pode significar perda da oportunidade de intervir 
eficazmente. 
- A notificação tem de ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médico-sanitário 
em caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de anonimato dos cidadãos. 
- O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de casos, 
configurando-se o que se denomina notificação negativa, que funciona como um indicador de 
eficiência do sistema de informações. 
 
 
- Incidência: número de casos novos de uma doença, ocorridos em uma população em um 
período de tempo específico. 
 
- Prevalência: número total de casos de uma doença em determinado momento em uma 
comunidade. 
 
 
COMPETÊNCIASDOS NÍVEIS DO SISTEMA DE SAÚDE (MUNICIPAL, ESTADUAL E FEDERAL) 
 
As ações executivas são inerentes ao nível municipal e seu exercício exige conhecimento 
analítico da situação de saúde local. Por sua vez, cabe aos níveis nacional e estadual 
conduzirem ações de caráter estratégico, de coordenação em seu âmbito de ação e de longo 
alcance, além da atuação de forma complementar ou suplementar aos demais níveis. 
 
 
O SISTEMA DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA É ALIMENTADO POR MEIO DE DADOS E 
INFORMAÇÕES - DESCRIÇÃO: 
 
1. Dados demográficos, socioeconômicos e ambientais: permitem quantificar a população e 
gerar informações sobre suas condições de vida: número de habitantes e características de sua 
distribuição, condições de saneamento, climáticas, ecológicas, habitacionais e culturais. 
 
2. Dados de morbidade: podem ser obtidos mediante a notificação de casos e surtos, de 
produção de serviços ambulatoriais e hospitalares, de investigação epidemiológica, de busca 
ativa de casos, de estudos amostrais e de inquéritos, entre outras formas. 
 
 
 
 
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Eduarda Oliveira Cochito 
Medicina Uniderp TXXIV 
PINESC II - 2020 
3. Dados de mortalidade: são obtidos através das declarações de óbitos, processadas pelo 
Sistema de Informações sobre Mortalidade. Mesmo considerando o sub-registro, que é 
significativo em algumas regiões do país, e a necessidade de um correto preenchimento das 
declarações, trata-se de um dado que assume importância capital entre os indicadores de 
saúde. Esse sistema está sendo descentralizado, objetivando o uso imediato dos dados pelo 
nível local de saúde. 
 
4. Notificação de surtos e epidemias: Essa prática possibilita a constatação de qualquer indício 
de elevação do número de casos de uma patologia, ou a introdução de outras doenças não 
incidentes no local e, consequentemente, o diagnóstico de uma situação epidêmica inicial, para 
a adoção imediata das medidas de controle 
 
 
CONCEITO DE SURTO E EPIDEMIA E SÍNTESE DAS 11 ETAPAS DO PROCESSO DE 
INVESTIGAÇÃO DE SURTOS/EPIDEMIAS 
 
- Epidemia Elevação do número de casos de uma doença ou agravo, em um determinado lugar 
e período de tempo, caracterizando de forma clara, um excesso em relação à frequência 
esperada. 
 
- Surto Tipo de epidemia em que os casos se restringem a uma área geográfica pequena e bem 
delimitada ou a uma população institucionalizada (creches, quartéis, escolas, etc.). 
 
- Os primeiros casos de uma epidemia, em uma determinada área, sempre devem ser 
submetidos à investigação em profundidade. A magnitude, extensão, natureza do evento, a 
forma de transmissão, tipo de medidas de controle indicadas (individuais, coletivas ou 
ambientais), são alguns elementos que orientam a equipe sobre a necessidade de se investigar 
todos ou apenas uma amostra dos casos. O principal objetivo da investigação de uma epidemia 
ou surto de determinada doença infecciosa, é identificar formas de interromper a transmissão 
e prevenir a ocorrência de novos casos. 
 
ETAPA 1 - CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DA DOENÇA: Quando da ocorrência de uma 
epidemia, torna-se necessário verificar se a suspeita diagnóstica inicial se enquadra na definição 
de caso suspeito ou confirmado da doença em questão, à luz dos critérios definidos pelo 
sistema de vigilância epidemiológica 
 
ETAPA 2 - CONFIRMAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE EPIDEMIA/SURTO: O processo da confirmação 
de uma epidemia ou surto envolve o estabelecimento do diagnóstico da doença e do estado 
epidêmico 
 
ETAPA 3 - CARACTERIZAÇÃO DA EPIDEMIA: As informações disponíveis devem ser organizadas, 
de forma a permitir analisar algumas características, e responder algumas questões relativas à 
sua distribuição no tempo, lugar e pessoa. 
 
 
 
 
 
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Medicina Uniderp TXXIV 
PINESC II - 2020 
ETAPA 4 - FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES PRELIMINARES: Embora na realidade o 
desenvolvimento de conjecturas se dê desde o momento que se tem conhecimento da 
epidemia, ao se dispor das informações relativas à pessoa, tempo e lugar, torna-se possível a 
formulação de hipóteses mais consistentes e precisas. As hipóteses devem ser testáveis, uma 
vez que esta avaliação se constitui em uma das etapas de uma investigação epidemiológica. 
 
ETAPA 5 - ANÁLISES PARCIAIS: Em cada uma destas etapas, cuja periodicidade é definida de 
acordo com a magnitude e gravidade do evento (diariamente, semanalmente, mensalmente 
 
ETAPA 6 - BUSCA ATIVA DE CASOS: Busca reconhecer e proceder à investigação de casos 
similares no espaço geográfico onde houver suspeita da existência de contatos e/ou fonte de 
contágio ativa, cuja abrangência é mais ou menos ampla em função dos dados coletados nas 
etapas anteriores. 
 
ETAPA 7 - BUSCA DE DADOS ADICIONAIS: Quando necessário pode-se conduzir uma 
investigação mais minuciosa de todos os casos ou de amostra representativa dos mesmos, 
visando esclarecer/fortalecer as hipóteses iniciais. 
 
ETAPA 8 - PROCESSAMENTO E ANÁLISE FINAL: Os dados coletados são consolidados em 
tabelas, gráficos, mapas da área em estudo, fluxos de pacientes, dentre outros. Essa disposição 
fornecerá uma visão global do evento, permitindo a avaliação, de acordo com as variáveis de 
tempo, espaço e pessoas (quando? onde? quem?) e a relação causal (por que?) que deverá ser 
comparada com períodos semelhantes de anos anteriores. 
 
RECOMENDAÇÕES DE MEDIDAS DE CONTROLE: Logo após à identificação das fontes de 
infecção, dos modos de transmissão e da população exposta a elevado risco de infecção, 
deverão ser recomendadas as medidas adequadas de controle e elaborado um relatório 
circunstanciado, a ser amplamente divulgado a todos os profissionais de saúde 
 
ETAPA 10 - RELATÓRIO FINAL: Os dados da investigação deverão ser sumarizados em um 
relatório que contenha a descrição do evento (todas as etapas da investigação), incluindo 
tabelas e gráficos, e as principais conclusões e recomendações. 
 
ETAPA 11- DIVULGAÇÃO: O relatório deverá ser enviado aos profissionais que prestaram 
assistência médica aos casos e aos participantes da investigação clínica e epidemiológica, 
representantes da comunidade, autoridades locais, administração central dos órgãos 
responsáveis pela investigação e controle do evento. Sempre que possível, quando se tratar de 
surto ou agravo inusitado, divulgar um resumo da investigação em boletins. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Medicina Uniderp TXXIV 
PINESC II - 2020 
IMPORTÂNCIA DAS FONTES ESPECIAIS DE DADOS COMO A DE ESTUDOS 
EPIDEMIOLÓGICOS E SISTEMAS SENTINELAS 
 
Estudos epidemiológicos: os registros de dados e as investigações epidemiológicas constituem-
se em fontes regulares de coleta. Sempre que as condições exigirem, deve-se recorrer 
diretamente à população ou aos serviços, realizando inquérito, investigação ou levantamento 
epidemiológico em determinado momento ou período, para obter dados adicionais ou mais 
representativos. 
 
Sistemas Sentinela: é organizada em redes constituídas de fontes especiais de notificação que 
tem como objetivo monitorar indicadores chaves na população geral ou em grupos especiais, 
que sirvam como alerta precoce para o sistema, não tendo a preocupação com estimativas 
precisas de incidência ou prevalência na população geral. 
 
 
IMPORTÂNCIA DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA EM SITUAÇÕES DE PANDEMIAS COMO A 
QUE ESTAMOS VIVENCIANDO HOJE, JUSTIFICANDO POR MEIO DE SUAS FUNÇÕES 
 
 
- A vigilância epidemiológica tem como propósito, fornecer orientação técnica permanente 
para os responsáveis pela decisão e execução de ações de controle de doenças e agravos. Para 
subsidiar esta atividade, deve tornar disponíveis informações atualizadas sobre a ocorrência 
dessas doenças ou agravos, bem como dos seus fatores condicionantes, em uma área 
geográfica ou população determinada. A vigilância epidemiológica constitui-se, ainda, em 
importante instrumento para o planejamento, a organização e a operacionalização dos serviços 
de saúde, como também para a normatização de atividadestécnicas correlatas. Sua 
operacionalização compreende um ciclo completo de funções específicas e 
intercomplementares que devem ser, necessariamente, desenvolvidas de modo contínuo, de 
modo a possibilitar conhecer, a cada momento, o comportamento epidemiológico da doença 
ou agravo que se apresente como alvo das ações, para que as medidas de intervenção 
pertinentes possam ser desencadeadas com oportunidade e eficácia. 
 
➢ São funções da vigilância epidemiológica: 
 
• Processamento de dados coletados 
• Análise e interpretação dos dados processados 
• Recomendação das medidas de prevenção e controle apropriadas 
• Promoção das ações de prevenção e controle indicadas 
• Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas 
• Divulgação de informações pertinentes. 
 
• coleta de dados: A coleta de dados ocorre em todos os níveis de atuação do sistema de saúde. 
A força e o valor da informação (o dado analisado) dependem da qualidade e fidedignidade com 
 
 
 
 
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PINESC II - 2020 
que o mesmo é gerado. Para isso, faz-se necessário que os responsáveis pela sua geração 
estejam bem preparados para diagnosticar corretamente o caso, como também para realizar 
uma boa investigação epidemiológica, e fazer registros claros e objetivos destes e de outros 
dados de interesse, para que possam refletir a realidade da forma mais fidedigna possível. 
 
• processamento de dados coletados: O envio do dado, para os diversos níveis, deverá ser 
suficientemente rápido para permitir o desencadeamento oportuno de ações. É importante 
salientar que o fluxo, a periodicidade e o tipo de dado que interessa ao sistema de vigilância, 
estão relacionados às características de cada doença ou agravo. 
 
 
CRITÉRIOS DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA (REGULAMENTO SANITÁRIO 
INTERNACIONAL, MAGNITUDE, POTENCIAL DE DISSEMINAÇÃO, 
VULNERABILIDADE, TRANSCENDÊNCIA, COMPROMISSOS INTERNACIONAIS, 
EPIDEMIAS, SURTOS E AGRAVOS INUSITADOS) E AS LISTAS DE DOENÇAS DE 
NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA (NACIONAL E ESTADUAL) 
 
- Os parâmetros para inclusão de doenças e agravos na lista de notificação compulsória devem 
obedecer aos critérios a seguir: 
Regulamento Sanitário Internacional: O Regulamento Sanitário Internacional (RSI) é um 
instrumento jurídico internacional vinculativo para vários países em todo o mundo, que inclui 
todos os Estados Membros da OMS. Seu objetivo é ajudar a comunidade internacional a 
prevenir e responder a graves riscos de saúde pública que têm o potencial de atravessar 
fronteiras e ameaçar pessoas em todo o mundo. O RSI, que entrou em vigor no dia 15 de junho 
de 2007, exige que os países notifiquem certos surtos de doenças e eventos de saúde pública à 
OMS. Com base na experiência única da OMS em vigilância global de doenças, alerta e resposta, 
o RSI define os direitos e obrigações dos países de relatar eventos de saúde pública e 
estabelecer vários procedimentos que a OMS deve seguir em seu trabalho para defender a 
segurança pública mundial. 
 
Magnitude: aplicável a doenças de elevada frequência, que afetam grandes contingentes 
populacionais e se traduzem por altas taxas de incidência, prevalência, mortalidade e anos 
potenciais de vida perdidos. Potencial de disseminação – representado pelo elevado poder de 
transmissão da doença, através de vetores ou outras fontes de infecção, colocando sob risco a 
saúde coletiva. 
 
Potencial de disseminação: representado pelo elevado poder de transmissão da doença, 
através de vetores ou outras fontes de infecção, colocando sob risco a saúde coletiva. 
 
 
 
 
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PINESC II - 2020 
Transcendência: expressa-se por características subsidiárias que conferem relevância especial 
à doença ou agravo, destacando-se: severidade - medida por taxas de letalidade, de 
hospitalização e de sequelas; relevância social - avaliada, subjetivamente, pelo valor imputado 
pela sociedade à ocorrência da doença, e que se manifesta pela sensação de medo, de repulsa 
ou de indignação; relevância econômica - avaliada por prejuízos decorrentes de restrições 
comerciais, redução da força de trabalho, absenteísmo escolar e laboral, custos assistenciais e 
previdenciários, entre outros. 
 
Compromissos internacionais: relativos ao cumprimento de metas continentais ou mundiais 
de controle, de eliminação ou de erradicação de doenças, previstas em acordos firmados pelo 
governo brasileiro com organismos internacionais. O atual Regulamento Sanitário Internacional 
(RSI-2005) estabelece que sejam notificados todos os eventos considerados de Emergência de 
Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). 
 
Ocorrência de emergências de saúde pública, epidemias e surtos: são situações que impõe 
notificação imediata de todos os eventos de saúde que impliquem risco de disseminação de 
doenças, com o objetivo de delimitar a área de ocorrência, elucidar o diagnóstico e deflagrar 
medidas de controle aplicáveis 
 
 
 
 
 
 
 
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CONCEITUAR E DIFERENCIAR AGRAVO, DOENÇA, EPIZOOTIA, EVENTO DE SAÚDE 
PÚBLICA, VIGILÂNCIA SENTINELA, SEGUNDO A PORTARIA N. 204/2016 
 
- Agravo: qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo, provocado por 
circunstâncias nocivas, tais como acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de 
drogas ou lesões decorrentes de violências interpessoais, como agressões e maus tratos, e lesão 
autoprovocada 
- Doença: enfermidade ou estado clínico, independente de origem ou fonte, que represente ou 
possa representar um dano significativo para os seres humanos 
- Epizootia: doença ou morte de animal ou de grupo de animais que possa apresentar riscos à 
saúde pública 
- Evento de saúde pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde 
pública, como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, 
alteração no padrão clínico epidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial 
de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, 
bem como epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes 
- Vigilância sentinela: modelo de vigilância realizada a partir de estabelecimento de saúde 
estratégico para a vigilância de morbidade, mortalidade ou agentes etiológicos de interesse 
para a saúde pública, com participação facultativa, segundo norma técnica específica 
estabelecida pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS). 
 
TUBERCULOSE 
 
CONCEITUAR TUBERCULOSE, SEU MODO DE TRANSMISSÃO, TIPOS DE CASOS 
(SUSPEITO, CONFIRMADO, DESCARTADO, ENCERRADO), INVESTIGAÇÃO DO CASO 
E SUA NOTIFICAÇÃO 
 
- O que é: A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os 
pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A doença é causada 
pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch. 
- Transmissão: O M. tuberculosis (agente etiológico da tuberculose) é transmitido por via aérea, 
de uma pessoa com TB pulmonar ou laríngea, que elimina bacilos no ambiente (caso fonte), a 
outra pessoa, por exalação de aerossóis oriundos da tosse, fala ou espirro. O termo “bacilífero” 
 
 
 
 
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refere-se a pessoas com TB pulmonar ou laríngea que tem baciloscopia positiva no escarro. 
Esses casos têm maior capacidade de transmissão - tosse de um doente de Tuberculose 
pulmonar bacilífera lança no ar gotículas, de tamanhos variados, contendo no seu interior o 
bacilo: A transmissão se faz por via respiratória, pela inalação de aerossóis produzidos pela 
tosse, fala ou espirro de um doente com tuberculose ativa pulmonar ou laríngea. As gotículas 
exaladas (gotículas de Pfluger) rapidamente se tornam secas e transformam-se em partículas 
menores.Essas partículas menores (núcleos de Wells), contendo um a dois bacilos, podem 
manter-se em suspensão no ar por muitas horas e são capazes de alcançar os alvéolos, onde 
podem se multiplicar e provocar a chamada primo-infecção. 
 
• Caso índice: todos os pacientes com TB pulmonar ativa, prioritariamente com baciloscopia 
positiva. Tendo em vista que crianças com TB, independentemente da forma clínica, em geral 
desenvolvem a doença após transmissão por um contato adulto bacilífero, é preconizado a 
investigação de todos os seus contatos a fim de se identificar identificação latente e o caso 
índice, interrompendo assim a cadeia de transmissão. 
 • Contato: é definido como toda pessoa que convive no mesmo ambiente com o caso índice 
no momento do diagnóstico da TB. Esse convívio pode se dar em casa e/ou em ambientes de 
trabalho, instituições de longa permanência, escola ou pré-escola. Para ser considerado contato 
deve ser avaliado caso a caso levando em consideração a forma da doença, ambiente e tempo 
de exposição. 
- O controle de contatos é indicado prioritariamente para os contatos que convivam com 
doentes bacilíferos, especialmente os intra-domiciliares, por apresentarem maior 
probabilidade de adoecimento, e nos adultos que convivam com doentes menores de 5 anos, 
para identificação da possível fonte de infecção. 
 
DEFINIÇÃO DE CASO 
 
• Suspeito: Todo indivíduo com sintomatologia clínica sugestiva de tuberculose pulmonar: 
tosse por três ou mais semanas, febre, perda de peso e apetite, ou suspeito ao exame 
radiológico; Paciente com imagem compatível com tuberculose. 
 
• Confirmado 
 
1. Critério clínico laboratorial 
 
- Tuberculose pulmonar bacilífera: paciente com duas baciloscopias diretas positivas, ou uma 
baciloscopia direta positiva e cultura positiva ou uma baciloscopia direta positiva e imagem 
radiológica sugestiva de tuberculose. 
 
 
 
 
 
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 - Tuberculose pulmonar escarro negativo (BK): é o paciente com duas baciloscopias negativas, 
com imagem radiológica sugestiva, e achados clínicos ou outros exames complementares, que 
permitam ao médico efetuar um diagnóstico de tuberculose. 
 
- Tuberculose extrapulmonar: paciente com evidências clínicas, achados laboratoriais, 
inclusive histopatológicos compatíveis com tuberculose extrapulmonar ativa, em que o médico 
toma a decisão de tratar com esquema específico; ou paciente com, pelo menos, uma cultura 
positiva para M. tuberculosis, de material proveniente de uma localização extrapulmonar. 
 
Diagnóstico laboratorial: É fundamentado, nos seguintes métodos: 
• bacterioscópico - baciloscopia e cultura; 
• radiológico - tomografia computadorizada do tórax; 
• outros - prova tuberculínica; anátomo-patológico (histológico e citológico); sorológico; 
bioquímico; biologia molecular. 
 
2. Critério clínico-epidemiológico: O raciocínio diagnóstico deve desenvolver-se, a partir do 
exame clínico, dos dados epidemiológicos e da interpretação dos resultados dos exames 
solicitados. Em situações em que o diagnóstico laboratorial não pode ser realizado, o clínico 
pode confirmar o caso pelo critério clínico epidemiológico, principalmente, quando de história 
de contato com doentes de tuberculose, fator de importância primordial para a suspeição 
diagnóstica. 
 
• Descartado: Casos suspeitos que, apesar de sintomatologia compatível, apresentaram 
resultados negativos nos exames laboratoriais. Principalmente, quando se confirma outra 
patologia, na busca de diagnóstico diferencial. 
 
NOTIFICAÇÃO 
 
- A unidade de saúde que descobre e inicia o tratamento dos casos novos, é a responsável pela 
notificação compulsória dos mesmos. Outras fontes de notificação são os hospitais, os 
laboratórios e outros serviços de assistência médica, governamental e particular. 
 
- Conduta frente a um caso suspeito de tuberculose pulmonar: 
 
• Identificação e confirmação do caso; 
• Baciloscopia direta do escarro no momento da consulta e solicitação de outra amostra a ser 
colhida no dia seguinte; 
• Casos negativos à baciloscopia e com suspeita radiológica devem ter cultura solicitada e 
serem encaminhados para elucidação diagnóstica em uma referência. 
 
 
 
 
 
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1. A vigilância da TB tem seu início na busca ativa de sintomáticos respiratórios, que são 
definidos como indivíduos com tosse produtiva ou não, há três semanas ou mais. 
 
2. Ao identificar um sintomático respiratório (caso suspeito de TB pulmonar), o profissional de 
saúde deve proceder os exames laboratoriais, para confirmar ou descartar a doença, devendo 
registrar seus resultados e conclusão no livro de Registro de Sintomático Respiratório no Serviço 
de Saúde. 
 
3. Na forma clínica extrapulmonar, a pessoa deve ser notificada e registrada no livro de Registro 
de pessoas com tuberculose e acompanhamento do tratamento, após confirmação clínica ou 
laboratorial. Se for confirmada TB ativa, o indivíduo deverá ser incluído pelo profissional de 
saúde no livro de Registro de pessoas com tuberculose e acompanhamento do tratamento; em 
seguida, a ficha de notificação/ investigação deverá ser preenchida adequadamente, e 
encaminhada ao primeiro nível informatizado, para ser digitada no Sinan-Net. 
 
4. O livro de Registro de pessoas com tuberculose e acompanhamento do tratamento, que 
permanece na unidade de saúde, deverá ser atualizado periodicamente, pelo profissional de 
saúde, e alimentará o Boletim de Acompanhamento de Tuberculose, o qual deve ser 
preenchido e devolvido para o primeiro nível informatizado mensalmente. 
 
5. Os casos de TB são notificados somente após sua confirmação, seja laboratorial ou por 
critério clínico - A ficha de notificação/investigação de tuberculose deve ser utilizada para 
notificar todas as pessoas com TB ativa, ou seja, os casos novos, as recidivas, os reingressos 
após abandono e as transferências. 
 
✓ Quem pode notificar e como lançar no sistema de informação os tipos de casos 
(suspeito, confirmado, descartado, encerrado), sua investigação e notificação: 
 
- O SINAN é o sistema nacional adotado para o registro e processamento de dados de 
notificação e acompanhamento da tuberculose 
- Os casos de tuberculose são notificados somente após confirmação diagnóstica (conforme 
normas estabelecidas pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose - PNCT), ou seja, não 
existe notificação de casos suspeitos. 
- O caso deverá ser notificado através do preenchimento da ficha de notificação do SINAN, pelo 
profissional de saúde (enfermeiro ou médico) da UBS que atendeu o paciente. Essa ficha deverá 
ser encaminhada ao 1.º nível informatizado para digitação no Sistema de Informação de 
Agravos de Notificação (SINAN) 
 
- O caso de tuberculose será inserido no Sinan de acordo com o seu “tipo de entrada”: 
 
 
 
 
 
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Caso novo - qualquer caso que nunca utilizou a medicação antituberculosa, ou a utilizou por 
menos de 30 dias. Verificar, insistentemente, com o paciente e seus familiares, se não houve 
tratamento prévio para tuberculose por 30 dias ou mais. 
 
Recidiva - é o caso de tuberculose ativa que foi tratado anteriormente e recebeu alta por cura 
comprovada ou por ter completado o tratamento. 
 Reingresso após abandono - é o caso de tuberculose ativa, tratado anteriormente por mais de 
30 dias, mas que deixou de tomar a medicação por 30 dias consecutivos ou mais. 
 
Não sabe - refere-se ao caso com história prévia desconhecida. Deve ser registrado apenas 
quando esgotadas as possibilidades de investigação da história anterior do paciente. 
 
Transferência - refere-se ao paciente que compareceu à unidade de saúde para dar 
continuidade ao tratamento iniciado em outra unidade de saúde, desde que não tenha havido 
interrupção do uso da medicação por 30 dias ou mais. Neste último caso,o tipo de entrada 
deve ser “reingresso após abandono”. Todo paciente transferido por outra unidade deve ser 
notificado pela unidade que o recebe. 
 
Pós-óbito - é o caso de tuberculose que não foi registrado no Sinan e foi descoberto ou 
notificado após a morte do paciente, em decorrência da realização de investigação 
epidemiológica (por exemplo, investigação do óbito, busca ativa em prontuários e 
relacionamento entre bases de dados - SIM e Sinan). 
 
- Os casos novos, os reingressos após abandono, as recidivas e os casos que são transferidos, 
oficialmente ou não, para tratamento em outra unidade de saúde devem ser notificados 
utilizando a ficha individual de notificação/investigação de tuberculose, segundo o fluxo e a 
periodicidade estabelecidos por portaria nacional e complementadas por portarias 
estaduais/municipais. A digitação da ficha de notificação/investigação no SINAN deverá ser 
realizada sempre pelo município notificante, independentemente do local de residência do 
paciente. Portanto, os municípios informatizados deverão digitar tanto os casos residentes no 
próprio município quanto aqueles residentes em outros municípios. 
 
INVESTIGAÇÃO 
 
➢ Roteiro investigação epidemiológica: 
 
1. Identificação do paciente: informações anotadas na ficha de investigação, com isso é possível 
avaliar a tendência e a situação da doença; dados como: lugar, paciente, tempo, caso. 
 
 
 
 
 
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2. Coleta e análise dos dados clínicos e epidemiológicos: Os dados deverão ser registrados, 
consolidados e analisados pela unidade de saúde e pelos níveis municipal, estadual e federal do 
sistema de saúde. A análise dos dados permite a tomada de decisões nos diferentes níveis. 
 
3. Acompanhamento do caso: A evolução do caso de tuberculose deve ser acompanhada, e 
registrada em notificação, para que o caso possa ser encerrado, de acordo com critérios: alta 
por cura, alta por complementar o tratamento, alta por abandonar o tratamento, alta por 
mudança de diagnóstico, alta por óbito, alta por falência, alta por transferência 
 
4. Controle pós-cura: A maioria dos casos curados não necessita de controle pós-tratamento, 
devendo-se orientar o paciente a retornar à unidade, apenas se surgirem sintomas semelhantes 
aos do início da doença. 
 
Processo de investigação de contatos 
 
• O caso índice deve ser entrevistado o quanto antes para identificação das pessoas que serão 
consideradas contatos. 
• Os contatos e suas respectivas idades devem ser listados. O tipo de convívio deve ser 
estabelecido (casa, ambiente de trabalho, escola, etc.) e formas de localização devem ser 
identificadas (endereço e ou telefone). 
• Sempre que possível realizar visita domiciliar para um melhor entendimento das 
circunstâncias que caracterizam os contatos identificados na entrevista do caso índice. 
• Todos os contatos serão convidados a comparecer à unidade de saúde para serem avaliados. 
Esta avaliação consiste na realização de criteriosa anamnese e exame físico. Pessoas 
assintomáticas deverão realizar PT e serão submetidas à tratamento da infecção latente por M. 
tuberculosis (quimioprofilaxia) se PT >10mm. Se a PT for negativa, deve-se repeti-la 4 a 8 
semanas mais tarde, pois o indivíduo pode estar na janela imunológica. Para considerar uma 2ª 
PT positiva, deve haver um incremento de pelo menos 10mm em relação à PT anterior. Se a 1ª 
PT for positiva, ou se houver incremento de 10 mm no resultado da 2ª PT, deve-se iniciar 
tratamento da Infecção latente por M. tuberculosis (quimioprofilaxia) 
• Sintomáticos deverão ter sua investigação diagnóstica ampliada com radiografia de tórax, 
baciloscopia de escarro e outros exames de acordo com cada caso. 
• Se os contatos não comparecerem à unidade de saúde, visita domiciliar aos contatos deve ser 
feita. 
• O resultado da avaliação do contato deve ser registrado em prontuário. 
• Após serem avaliados, não sendo constatada TB ou não existindo indicação de tratamento 
da infecção latente, deverão ser orientados a retornar à unidade de saúde, em caso de 
aparecimento de sinais e sintomas afins, particularmente sintomas respiratórios. 
 
 
 
 
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DESCREVER OS CRITÉRIOS PARA A REALIZAÇÃO DA BUSCA ATIVA DE PESSOA 
SINTOMÁTICA RESPIRATÓRIA, APLICANDO OS PRINCÍPIOS DA BIOSSEGURANÇA, 
BUSCANDO IDENTIFICAR ESTES PACIENTES (HISTÓRIA CLÍNICA, EXAME FÍSICO 
GERAL E EXAMES LABORATORIAIS) 
 
✓ Busca ativa de sintomáticos respiratórios: 
 
- Definição: É a atividade de saúde pública (conceito programático) orientada a identificar 
precocemente pessoas com tosse por tempo igual ou superior a três semanas (Sintomático 
Respiratório), consideradas com suspeita de tuberculose pulmonar, visando à descoberta dos 
casos bacilíferos. A busca ativa do SR deve ser realizada permanentemente por todos os 
serviços de saúde (níveis primário, secundário e terciário) e tem sido uma estratégia 
recomendada internacionalmente 
 
Sintomáticos respiratórios: indivíduos com tosse por tempo igual ou superior a três semanas. 
 
Sintomáticos Respiratórios Esperados - SRE: é o número de sintomáticos respiratórios que se 
espera encontrar em um determinado período de tempo. Para fins operacionais, o parâmetro 
nacional recomendado é de 1% da população, ou de 5% das consultas de primeira vez de 
indivíduos com 15 anos ou mais nos serviços de saúde. A cada 100 SR examinados, espera-se 
encontrar, em média, de três a quatro doentes bacilíferos 
 
Objetivo: identificar precocemente os casos bacilíferos, interromper a cadeia de transmissão e 
reduzir a incidência da doença a longo prazo. 
 
A procura de casos de tuberculose deve ser, prioritariamente, efetuada nos sintomáticos 
respiratórios (indivíduos com tosse por três ou mais semanas), que deverão ser submetidos à 
baciloscopia direta do escarro no momento da consulta, e solicitação de outra amostra a ser 
colhida no dia seguinte. Sempre que necessário, outros exames deverão ser solicitados para 
elucidação diagnóstica. Os suspeitos assintomáticos deverão realizar radiografia de tórax para 
apoiar a elucidação do diagnóstico. 
 
- Estratégia operacional: 
 
• Interrogar sobre a presença e duração da tosse à clientela dos serviços de saúde, 
independentemente do motivo da procura. 
• Orientar os SR identificados para a coleta do exame de escarro (ver capítulo Diagnóstico, 
tópico Bacteriológico). 
 
 
 
 
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• Coletar duas amostras de escarro, uma no momento da identificação e outra no dia seguinte 
(atenção na orientação ao paciente sobre como coletar o escarro e qual o local apropriado de 
coleta – área externa do serviço de saúde). 
• Registrar as atividades nos instrumentos padronizados (pedido de baciloscopia e livro do SR) 
• Estabelecer fluxo para conduta nos casos positivos e negativos à baciloscopia. 
• Avaliar rotineiramente a atividade da busca por meio dos indicadores sugeridos: proporção 
de sintomáticos respiratórios examinados, proporção de baciloscopias positivas e proporção da 
meta alcançada. 
 
- ESF: a busca ativa deve ser estendida à comunidade, com a inclusão da identificação do SR na 
visita mensal para todos os moradores do domicílio (na população da área de abrangência de 
cada equipe). 
 
BIOSSEGURANÇA 
 
- Para o atendimento ambulatorial de pacientes com TB pulmonar, confirmada ou sob suspeita, 
sugere-se que (unidade tipo 1 e 2 - baixo e médio grau de complexidade): 
 
• Os profissionais de saúde orientem os sintomáticos respiratórios sobre a necessidade do uso 
de máscaras cirúrgicas (máscaras comuns) ao entrarem na unidade de saúde e durante o tempo 
em que nela permanecerem. 
• Os profissionais de saúde que estejam na mesma sala de tais pacientes devem usar máscaras 
especiais (respiradores N95), desde que não haja ventilação adequada no local. 
 
• Na medidado possível, seja evitado o acúmulo de pacientes nas salas de espera. Isto pode ser 
obtido pelo escalonamento das consultas ao longo do turno, ou mesmo pela consulta com hora 
marcada. Deve-se evitar a marcação de atendimentos em salas contíguas de pacientes sob 
suspeita de tuberculose com outros pacientes portadores de imunossupressão ou mesmo 
crianças com menos de cinco anos de idade. Caso esta conduta seja impossível, deve-se propor 
ao paciente imunodeprimido o uso de máscara especial enquanto estiver no recinto. 
 
- Recomendações para a manipulação de secreção respiratória (escarro espontâneo ou não) no 
laboratório de microbiologia ou em outro setor: 
 
1. Nas unidades tipo 1, será realizada apenas a baciloscopia do escarro. Portanto, seguindo a 
recomendação da OMS e da UICTER, não é necessária a manipulação dos materiais clínicos em 
cabines (fluxos laminares), pois o risco de transmissão do M. tuberculosis é baixo. 
 
2. Nas unidades tipo 2, onde serão realizadas a baciloscopia e a cultura para micobactéria, o 
escarro e os demais materiais biológicos devem ser manipulados em cabines de segurança 
biológica, de padrão mínimo Classe II. 
 
 
 
 
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3. Os profissionais do laboratório ou aqueles que, em ambientes fechados, realizam 
procedimentos que promovam a formação de partículas infectantes (escarro induzido, 
nebulização com pentamidina) devem usar máscaras especiais (respiradores N95) por ocasião 
da manipulação dos materiais e/ou realização de exames. O acesso ao laboratório e aos locais 
onde se realizam tais procedimentos deve ser restrito aos funcionários responsáveis. 
 
- Recomendações para VD: 
 
- A visita domiciliar tem como objetivo identificar sintomáticos respiratórios, agendar exame 
de contatos, reforçar as orientações, verificar possíveis obstáculos à adesão, procurar soluções 
para superá-los e evitar o abandono. Dessa forma, o serviço de saúde pode promover a adesão 
ao tratamento e estreitar os vínculos com o paciente e a família. O usuário deve ser avisado 
sobre a visita e deve-se assegurar o sigilo quanto às suas informações. Indica-se realizar visita 
domiciliar para todo caso de tuberculose diagnosticado, especialmente aos que apresentam a 
forma pulmonar diagnosticada por critério laboratorial e a todo caso que não compareça ao 
serviço de saúde quando agendado. A visita domiciliar também deve ser realizada logo após a 
verificação do não comparecimento para realização do tratamento diretamente observado na 
unidade de saúde. O contato telefônico imediato após a falta pode facilitar o entendimento do 
problema e direcionar a visita domiciliar. 
 
- Visita domiciliar a caso novo e convocação de faltosos: 
 
Os objetivos da visita ao caso novo são vários: verificar possíveis obstáculos à adesão, procurar 
soluções para superá-los, reforçar as orientações, confirmar o endereço, agendar exame dos 
contatos. A visita domiciliar ao faltoso tem como objetivo evitar o abandono do tratamento. 
 
- Medidas de segurança: 
• Sempre questionar sobre a presença de SR no domicilio 
• Orientar coleta de escarro em local ventilado. 
• Fazer a observação da tomada dos medicamentos - TDO - em local bem ventilado, 
principalmente no primeiro mês de tratamento (porta da casa, varanda etc.). 
• Orientar sobre medidas gerais: o SR ou a pessoa com TB deve cobrir a boca com o braço ou o 
lenço ao tossir e manter o ambiente arejado, com luz solar; esclarecer que o compartilhamento 
de objetos em geral e/ou de uso pessoal não transmite a TB. 
 
• Recomendação para a necessidade de ventilação adequada dos ambientes de moradia e de 
trabalho, considerando os riscos de aglomeração de pessoas em locais pouco ventilados, deve 
fazer parte das orientações gerais de saúde e se aplica tanto na prevenção de tuberculose 
quanto de outras doenças de transmissão aérea e por gotículas. 
 
 
 
 
 
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• Levar o braço ou lenço à boca e ao nariz quando tossir e espirrar também faz parte dessas 
orientações gerais. 
 
 
Em casos excepcionais, como na impossibilidade de atendimento do paciente em ambiente 
externo por dificuldade de ambulação ou situações de moradia que não propiciem a atuação 
do profissional em local com ventilação em nenhuma hipótese, após avaliação criteriosa da 
equipe da ESF, o agente comunitário ou qualquer outro profissional de saúde que proceda a 
visita domiciliar pode usar máscaras PFF2 ou N95 (o que não deverá ser um procedimento de 
rotina). Nessas situações, o uso de máscara se dará na entrada do profissional no ambiente, 
que deverá com ela permanecer até sua saída. Atentar sempre para a adequada informação do 
paciente e de seus familiares quanto a necessidade desse procedimento, evitando 
constrangimentos e estigmatização. 
 
- Recomendações para pessoas que moram no mesmo domicílio: Todos os contatos dos 
doentes de tuberculose, especialmente os intradomiciliares, devem comparecer à unidade de 
saúde para exame: Os sintomáticos respiratórios (SR) deverão submeter-se à rotina prevista 
para o diagnóstico de tuberculose; os assintomáticos deverão realizar radiografia de tórax 
quando houver disponibilidade desse recurso. 
 
IDENTIFICAR OS DADOS DE INVESTIGAÇÃO, DO DIAGNÓSTICO E DO 
ACOMPANHAMENTO DOS CASOS DE TUBERCULOSE REGISTRADOS NA UBSF, E, 
DIVERSOS INSTRUMENTOS DE COLETA (FICHA DE NOTIFICAÇÃO E DE 
INVESTIGAÇÃO, LIVRO DE REGISTRO DE SINTOMÁTICO RESPIRATÓRIO, OUTROS) E 
O FLUXO DE INFORMAÇÃO E A SUA DIVULGAÇÃO NO SINAN 
 
1. Livro de registro e acompanhamento de casos de Tuberculose: Livro de registro e 
acompanhamento de tratamento dos casos de Tuberculose: permite acompanhar a evolução e 
o desfecho do tratamento dos doentes e serve como base para preenchimento da ficha de 
notificação/investigação e do boletim de acompanhamento de casos do Sinan. 
 
2. Livro de registro de Sintomáticos Respiratórios: Instrumento utilizado para registro dos 
sintomáticos respiratórios identificados e da investigação diagnóstica. Além disso, subsidia o 
monitoramento do alcance de metas de busca de SR pelos serviços de saúde. Permite também 
verificar o tempo decorrido entre a identificação do caso e a realização do exame pelo paciente, 
o seguimento do protocolo para o diagnóstico e ainda o percentual de positividade em cada 
serviço. 
 
3. Ficha de notificação/ investigação: A ficha de notificação/investigação de tuberculose deve 
ser utilizada para notificar todas as pessoas com TB ativa, ou seja, os casos novos, as recidivas, 
os reingressos após abandono e as transferências, é um instrumento padronizado para entrada 
de dados no Sinan e que deve ser preenchido pela unidade notificante e encaminhado ao 
 
 
 
 
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primeiro nível informatizado. Esse instrumento possui dados gerais sobre o paciente, 
antecedentes epidemiológicos, dados clínicos, laboratoriais e sobre o tratamento. As pessoas 
que nunca foram registradas no Sinan e foram descobertas após a morte, em decorrência da 
realização de investigação epidemiológica, devem ser notificados com o tipo de entrada ‘pós-
óbito’. 
 
4. Boletim de acompanhamento: instrumento de registro gerado pelo Sinan que é utilizado 
para analisar os resultados do acompanhamento dos casos de tuberculose atendidos nas 
unidades de saúde. 
- O fluxo de registro da investigação epidemiológica contempla, pelo menos, quatro 
instrumentos: 
 
 
- Notificação na pág. 14 
 
- SINAN na Tuberculose 
 
É a principal fonte de dados da Vigilância Epidemiológica da tuberculose nas instâncias federal, 
estadual e municipal. O Sinan tem por objetivo coletar, transmitir, consolidar dados gerados 
rotineiramente pela Vigilância Epidemiológica, por uma rede informatizada, possibilitando, 
assim, a disseminação de dados e divulgação de informações. 
 
 
 
 
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Os casos devem ser notificados utilizando a Ficha de notificação/investigação de tuberculose. 
A entrada de dados da ficha de notificação/investigação no Sinan deverá ser realizada sempre 
pelo município notificante, independentemente do local de residência do paciente. 
- O caso deverá ser notificado através do preenchimento da ficha de notificação do SINAN, pelo 
profissional de saúde (enfermeiro ou médico) da UBS que atendeu o paciente. Essa ficha deverá 
ser encaminhada ao 1.º nível informatizado para digitação no Sistema de Informação de 
Agravos de Notificação (SINAN) 
- Todos os materiais informativos elaborados pelos técnicos do Programa Nacional de Controle 
da Tuberculose (PNCT) a partir dos dados do Sinan estão disponíveis nas páginas oficiais do 
Ministério da Saúde. Uma ferramenta disponibilizada pelo DataSus, que permite a 
disseminação e o uso das informações, é o TabNet 
 
- Outro canal importante de divulgação dos dados de TB é a Sala de Apoio à Gestão Estratégica 
(SAGE), onde os indicadores constantes nos Planos de Governo estão disponibilizados e são 
atualizados sistematicamente, pelo PNCT. O acesso é público. 
 
 
DESCREVER E JUSTIFICAR A IMPORTÂNCIA DE ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO E O 
DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLÓGICO PARA O CONTROLE DOS CONTATOS E AS 
MEDIDAS PARA A REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO DA TUBERCULOSE NA ESF E NO 
DOMICILIO DA PESSOA DOENTE 
 
- A TB pulmonar e a TB laríngea são classificadas como doenças de transmissão aérea e 
requerem medidas administrativas, ambientais e de proteção individual que diminua o risco 
de transmissão da doenca. 
 
- Segundo a OMS, devem ser elaboradas políticas para controle da infecção tuberculosa em 
unidades de saúde, prisões e instituições de saúde de longa permanência (GRANICH et al., 1999; 
WHO, 2009; TELLES; KRITSKI, 2007). 
 
- Informações das medidas adm, ambientais e de proteção individual tiradas do: 
https://bit.ly/32AodVJ - Manual de Recomendações Para o Controle da TB no Brasil (2019) 
 
1. Medidas Administrativas / Gerenciais: 
 
- É consenso que as medidas administrativas, isoladamente, são as mais efetivas na prevenção 
da transmissão da TB. Essas medidas devem se basear no monitoramento do percurso do 
sintomático respiratório (SR) e/ou do paciente com tuberculose pulmonar bacilífero e seu 
tempo de permanência nos diferentes locais da unidade de saúde, visando a agilizar seu 
atendimento e a reduzir seu tempo de permanência no serviço. 
https://bit.ly/32AodVJ
 
 
 
 
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- Ex: identificação de fluxo de procedimentos diagnósticos para TB, disponibilização de 
tratamento e monitoramento de notificação de casos de TB; promoção de educação 
permanente dos profissionais de saúde para garantir adesão às medidas de biossegurança, 
diminuir o retardo no diagnóstico de TB pulmonar e promover o adequado tratamento antiTB; 
elaboração de planejamento e/ou protocolo para assegurar rápida identificação e condução do 
SR 
 
 
 
 
2. Medidas de Controle Ambiental / Engenharia: 
 
- As medidas de controle ambiental incluem adaptação de mobiliário e dos espaços de 
atendimento com eventuais reformas ou construção de espaços adequados. 
 
- Ex: escolha de ambientes bem ventilados (salas de espera) para permanência de possíveis SR 
antes do atendimento. Havendo condições, devem ser designadas áreas externas para esta 
finalidade; definir local adequado para coleta de escarro, de preferência em área externa, 
cuidando para que haja suficiente privacidade para o paciente. Não utilizar cômodos fechados 
para coleta de escarro, como banheiros; estabelecer local adequado para coleta de exame de 
escarro induzido. 
 
3. Medidas de Proteção Individual / Proteção Respiratória: 
 
- É necessário que se estabeleçam locais para a utilização correta das máscaras, o que implica 
em identificação de barreiras físicas a partir de onde elas devem ser utilizadas (salas de 
atendimento, isolamentos, entre outras). É importante esclarecer a necessidade do seu uso aos 
pacientes e familiares, evitando constrangimentos e estigmatização. 
 
 
 
 
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- Recomenda-se o uso de máscaras tipo PFF2 (padrão brasileiro e da União Europeia) ou N95 
(padrão dos Estados Unidos) em locais previamente identificados, para: 
 
 
 
- Na utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI), é necessário levar em 
consideração as seguintes observações: 
 
 
 
 
✓ Prevenção: 
 
- As principais medidas de prevenção e controle da tuberculose dizem respeito à identificação 
precoce de casos suspeitos e tratamento adequado dos casos confirmados. Também são 
 
 
 
 
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importantes a oferta da vacina BCG, que previne as formas mais graves em crianças, a 
implementação da identificação e do tratamento da infecção latente da tuberculose, além das 
medidas de controle de infecção por aerossóis em serviços de saúde 
 
1. Controle dos contatos: Todos os contatos dos doentes de tuberculose, prioritariamente dos 
pacientes pulmonares positivos, devem comparecer à unidade de saúde para exame. Quando 
diagnosticada a tuberculose em crianças, a equipe de saúde deverá examinar os contatos 
adultos para busca do possível caso fonte. Após serem examinados e não sendo constatada 
tuberculose-doença, deve-se orientá-los a procurarem a unidade de saúde, em caso de 
aparecimento de sintomatologia respiratória. 
 
2. Diagnóstico e tratamento: identificação dos casos índices e SR 
 
3. Notificação 
 
4. Vacina BCG: indicada para as crianças de zero a quatro anos de idade, sendo obrigatória para 
menores de um ano. 
 
- Recomenda vacinar: 
 
• Os recém-nascidos, sempre que possível na maternidade, desde que tenham peso igual ou 
superior a 2kg e sem interferências clínicas. 
 
Observação: Os recém-nascidos contatos de tuberculosos bacilíferos farão previamente a 
quimioprofilaxia, conforme exposto no item que trata desse procedimento preventivo. 
 
• Os recém-nascidos, filhos de mães com aids. 
• Crianças soropositivas para HIV ou filhos de mães com aids, desde que sejam tuberculino-
negativas e que não apresentem os sintomas dessa síndrome. Os vacinados nessas condições 
deverão ser acompanhados pela vigilância epidemiológica, nas unidades de referência para 
aids. 
• Contatos de doentes com hanseníase. Nesses casos, deve-se seguir as normas estabelecidas 
pelo Programa de Controle da Hanseníase. 
• Profissionais de Serviços de Saúde e novos profissionais admitidos nesses serviços serão 
vacinados desde que sejam negativos à tuberculina. Para os profissionais lotados nos serviços 
de saúde de hansenianos, o procedimento da vacinação obedecerá às normas mencionadas no 
item anterior. 
 
5. Ações de educação em saúde: é necessário esclarecer à comunidade, quanto aos aspectos 
importantes da doença, sua transmissão, prevenção e tratamento. O desconhecimento leva à 
discriminação do doente, no âmbito familiar e profissional. O afastamento compulsório do 
trabalho contribui para o agravamento do sofrimento do paciente 
 
 
 
 
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RECONHECER AS ATRIBUIÇÕES DAS INSTÂNCIAS (FEDERAL, ESTADUAL E 
MUNICIPAL) NO CONTROLE DA TUBERCULOSE, COM ENFOQUE PARA AS AÇÕES DA 
ESF 
 
1. Federal 
- O Ministério da Saúde é o órgão do Poder Executivo Federal responsável pela organização e 
elaboração de planos e políticas públicas voltados para a promoção, prevenção e assistência 
à saúde dos brasileiros. Tem como missão promover a saúde da população mediante a 
integração e a construção de parcerias com os órgãos federais, as unidades da Federação, os 
municípios, a iniciativa privada e a sociedade, contribuindo para a melhoria da qualidade de 
vida e para o exercício da cidadania. 
I. propor, coordenar, supervisionar, monitorar e avaliar as ações de vigilância,de prevenção e 
de controle da tuberculose; 
II. elaborar normas técnicas e operacionais relativas às ações de promoção à saúde, prevenção, 
controle e atenção da tuberculose, em articulação com as demais unidades competentes; 
III. monitorar as informações relativas à tuberculose, por meio dos sistemas oficiais de 
informação em articulação com as demais unidades competentes; 
 IV. assessorar e cooperar tecnicamente com os estados, municípios e Distrito Federal na 
implantação e implementação das ações de promoção à saúde, prevenção e controle da 
tuberculose; 
V. promover o processo de educação permanente junto aos estados, municípios e Distrito 
Federal, relacionados às ações de promoção à saúde, prevenção e controle da tuberculose, em 
articulação com as demais unidades competentes; 
VI. capacitar profissionais de vigilância em saúde, em caráter suplementar e em articulação com 
as demais unidades competentes, em sua área de atuação; 
VII. propor linhas prioritárias para o desenvolvimento de estudos, pesquisas, análises e outras 
atividades técnico-científicas de interesse para vigilância, prevenção e controle da tuberculose; 
VIII. planejar e monitorar o fornecimento e estoques dos insumos estratégicos para prevenção 
e controle da tuberculose, em articulação com as demais unidades competentes; 
 IX. fomentar a comunicação e divulgação das ações de prevenção e controle da tuberculose, 
em articulação com as demais unidades competentes. 
 
2. Estadual 
 
Compete à área técnica ou aos Programas Estaduais de Controle da Tuberculose: 
- Gerenciar e executar supletivamente as ações de controle da tuberculose 
 
 
 
 
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- Realizar articulações intra e intersetoriais que possam fortalecer as ações de controle da 
tuberculose 
- Monitorar os indicadores epidemiológicos e acompanhar o cumprimento das metas 
estabelecidas nos instrumentos de gestão do SUS 
- Executar as rotinas de vinculação dos casos de tuberculose de transferências intermunicipais 
notificados no Sinan e monitorar a completitude dos dados com vistas à melhoria da qualidade 
da informação 
- Gerenciar e monitorar os casos em tratamentos especiais para tuberculose pelo Sistema de 
Informação de Tratamentos Especiais de Tuberculose (SITE-TB) 
- Analisar e divulgar informações epidemiológicas por meio de boletins e informes e utilizá-las 
para fins de definição de prioridades, planejamento, monitoramento, avaliação, bem como para 
o fortalecimento da transparência ativa e do controle social 
- Priorizar municípios para o controle da tuberculose segundo critérios epidemiológicos e 
operacionais 
- Realizar visitas de monitoramento das ações de controle da tuberculose aos municípios 
prioritários para o controle da doença 
- Realizar o controle logístico, calcular a demanda e armazenar adequadamente os 
medicamentos para tuberculose e insumos no nível estadual 
- Promover e participar da capacitação de recursos humanos na área de tuberculose, 
fomentando a integração entre instituições de ensino e o serviço 
- Assessorar as coordenadorias regionais na implantação e/ou implementação do Programa de 
Controle da Tuberculose nos municípios; 
- Entres outros.... 
 
3. Municipal 
 
- Executar as ações para o controle da tuberculose localmente e supervisionar/monitorar no 
nível central do município; 
- Realizar articulações intra e intersetoriais que possam fortalecer as ações de controle da 
tuberculose; 
- Monitorar os indicadores epidemiológicos, bem como acompanhar o cumprimento de metas 
propostas nos instrumentos de gestão do SUS; 
- Coordenar a Busca Ativa de sintomáticos respiratórios no município, bem como supervisionar 
e participar da investigação e do controle dos contatos de pessoas com tuberculose na 
comunidade; 
 
 
 
 
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Eduarda Oliveira Cochito 
Medicina Uniderp TXXIV 
PINESC II - 2020 
- Notificar os casos de tuberculose ao Sinan, bem como acompanhá-lo, por meio do sistema de 
informação, durante todo o tratamento, com a geração de boletins de acompanhamento 
mensal; 
- Analisar e divulgar informações epidemiológicas por meio de boletins e informes e utilizá-las 
para fins de definição de prioridades, planejamento, monitoramento, avaliação, bem como para 
o fortalecimento da transparência ativa e do controle social; 
- Realizar visitas de monitoramento das ações de controle da tuberculose aos serviços de saúde; 
- Assegurar a realização dos exames diagnósticos, conforme preconizado nas normas; 
- Participar da operacionalização do tratamento diretamente observado no município e 
acompanhar as medidas de controle preventivas e profiláticas; 
- Providenciar, junto ao órgão regional ou estadual, os medicamentos para o tratamento da 
tuberculose e distribuí-los às respectivas unidades de saúde; 
- Articular-se com as unidades executoras, como as equipes da Estratégia Saúde da Família e/ou 
de agentes comunitários e com os segmentos organizados da comunidade, aperfeiçoando as 
ações de controle da tuberculose em todas as suas fases, inclusive com a participação da 
sociedade civil na promoção à saúde e no controle social das ações realizadas pelos três níveis 
de governo 
- Entre outros... 
 
A ESF na Tuberculose 
 
No caso específico da TB, as equipes de saúde da família, por estarem inseridas na comunidade, 
podem contribuir para o controle da doença, pois o trabalho é realizado de acordo com cada 
realidade local. Desenvolvem-se atividades de educação em saúde, busca de sintomáticos 
respiratórios, realiza-se a supervisão medicamentosa, o monitoramento dos contactantes, a 
busca de faltosos, esclarecendo questões relacionadas à doença, tratamento e possíveis 
dúvidas que surgem no decorrer do tratamento. Uma das estratégias fundamentais para o 
controle da TB é a detecção precoce dos casos. A busca ativa de sintomáticos respiratórios deve 
ser uma atitude permanente e incorporada à rotina de atividades de todos os membros da 
equipe de saúde, não apenas nos serviços de saúde, mas também nas atividades realizadas na 
coletividade, seja por meio de visita domiciliar, reuniões com os membros da comunidade. 
 
- Por meio da descentralização das ações em saúde e reestruturação dos serviços, a ESF 
assume um papel essencial no controle da tuberculose, com chances de se tornar 
protagonista no combate à doença, uma vez que durante a visita domiciliária pode-se 
identificar o SR e criar vínculo com as pessoas da comunidade, o que poderá facilitar a adesão 
ao tratamento. 
 
- É de responsabilidade da equipe de APS, seja estratégia saúde da família ou unidade de saúde 
tradicional, a Busca Ativa, a classificação e estratificação do risco, o acompanhamento e 
 
 
 
 
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tratamento, bem como o encaminhamento para outro nível de atenção, quando for o caso, 
garantindo sempre a vinculação do usuário com a equipe de APS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CONTROLE SOCIAL 
 
➢ Reconhecer e descrever as bases legais que regulamentam a participação social na UBSF 
e na esfera municipal (composição e critérios de escolha dos conselheiros, duração de 
mandato, estrutura e funcionamento), por meio dos conselhos de saúde 
 
➢ Reconhecer as competências do conselho de saúde em cada instância de governo 
(federal, estadual e municipal), bem como os documentos elaborados pelos conselhos 
 
➢ Descrever as bases legais que estabelecem a organização e as competências 
relacionadas às Conferências de Saúde, em cada instância de governo 
 
➢ Identificar a dinâmica e o papel de cada membro do Conselho Local e Municipal de 
Saúde 
 
 
✓ LEI Nº 8.080 = Regulamentação do SUS 
 
✓ LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990 = Concretização do CONTROLE SOCIAL, 
através das seguintes instâncias: Conselhosde Saúde e Conferências de Saúde. 
 
 
CONSELHOS DE SAÚDE 
 
- O Conselho de Saúde, no âmbito de atuação (Nacional, Estadual ou Municipal), em caráter 
permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, 
prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias 
e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos 
aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder 
legalmente constituído em cada esfera do governo. 
- Deve funcionar mensalmente, ter ata que registre suas reuniões e infraestrutura que dê 
suporte ao seu funcionamento 
- O número de conselheiros será indicado pelos plenários dos conselhos de saúde e das 
conferências de saúde, devendo ser definido em lei (municipal, estadual e federal). 
- Onde atua o Conselho de Saúde: Na formulação de estratégias e no controle da execução da 
política de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros. O conselho analisa e aprova 
 
 
 
 
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PINESC II - 2020 
o plano de saúde. Analisa e aprova o relatório de gestão. Informa a sociedade sobre a sua 
atuação. 
- Portaria 453/12: estabelece diretrizes para instituição, reformulação, reestruturação e 
funcionamento dos Conselhos de Saúde e revoga a Resolução nº 333/2003 
• Comissão Intergestores Tripartite (CIT): Foro de negociação e pactuação entre gestores 
federal, estadual e municipal, quanto aos aspectos operacionais do SUS 
 
• Comissão Intergestores Bipartite (CIB): Foro de negociação e pactuação entre gestores 
estadual e municipais, quanto aos aspectos operacionais do SUS 
 
 
 
 
 
 
 
 
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✓ Deve possuir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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✓ Tipos de deliberações: 
 
- Resolução: Decisão de caráter geral, devem ser obrigatoriamente homologadas pelo Poder 
Executivo em até 30 dias 
 
- Recomendação: Sugestão, advertência ou aviso a respeito do conteúdo ou da forma de 
execução de uma política ou ação de saúde. 
 
- Moções: Manifestação de aprovação, reconhecimento ou repúdio de determinado assunto 
ou fato. 
 
 
 
CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE 
 
- O Conselho Nacional de Saúde é formado por 48 conselheiros(as) titulares e seus respectivos 
primeiro e segundos suplentes. De acordo com o Regimento Interno do CNS, a composição do 
Conselho é definida da seguinte forma: 
1. Entidades e Movimentos Sociais de Usuários do SUS 
2. Entidades Nacionais de Profissionais de Saúde/Comunidade Científica na Área da Saúde; 
3. Entidades Nacionais de Prestadores de Serviços de Saúde e das Nacionais com Atividades na 
Área da Saúde; 
4. Segmento do Governo Federal. 
- 50% dos membros representantes de entidades e dos movimentos sociais de usuários do SUS, 
escolhidos em processo eleitoral direto; A fim de manter equilíbrio dos interesses envolvidos, 
a distribuição das vagas é paritária, ou seja, 50% de entidades e movimentos representativos 
de usuários, 25% devem ser profissionais de saúde e os outros 25% devem ser gestores e 
 
 
 
 
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PINESC II - 2020 
prestadores de serviço. Qualquer pessoa pode presidir o Conselho de Saúde, desde que seja 
conselheiro e participe do processo de eleição deste colegiado. 
 
✓ Atribuições específicas: 
 
• Formulação de estratégias e no controle da execução da Política Nacional de Saúde, na esfera 
do Governo Federal, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros 
• Estabelecer diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos de saúde, em razão das 
características epidemiológicas e da organização dos serviços 
• Elaborar cronograma de transferência de recursos financeiros aos Estados, ao Distrito Federal 
e aos Municípios, consignados ao SUS 
• Aprovar os critérios e os valores para remuneração de serviços e os parâmetros de cobertura 
de assistência 
• Propor critérios para a definição de padrões e parâmetros assistenciais 
• Acompanhar e controlar a atuação do setor privado da área da saúde, credenciado mediante 
contrato ou convênio 
• Acompanhar o processo de desenvolvimento e incorporação científica e - tecnológica na área 
de saúde, visando à observação de padrões éticos compatíveis com o desenvolvimento 
sociocultural do País 
• Articular-se com o Ministério da Educação quanto à criação de novos cursos de ensino 
superior na área da saúde, no que concerne à caracterização das necessidades sociais 
• Fortalecer a participação e o controle social no SUS. 
 
CONSELHOS ESTADUAIS DE SAÚDE 
 
- Realiza o papel geral dos conselhos, porém em âmbito estadual 
 
✓ Atribuições específicas: 
 
• Formulação de estratégias e controle da execução das políticas de saúde, inclusive em 
aspectos econômicos. 
 
 
 
 
 
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• Deliberar sobre: 
 
- Política de saúde do estado; 
- Direção estadual do SUS; 
- Regimento interno 
 
CONSELHOS MUNICIPAIS DE SAÚDE 
 
- Realiza o papel geral dos conselhos, porém em âmbito municipal; 
 
- Deve receber trimestralmente a prestação de contas do Fundo Municipal de Saúde feita pelo 
gestor municipal de saúde; 
 
- Deve aprovar o Plano Municipal de Saúde e Relatório de Gestão; 
- Deve conhecer as necessidades da comunidade e do município, a fim de aumentar a 
resolubilidade das ações em saúde 
 
➢ Além dos Conselhos Municipais, Estaduais e o Federal existem os: 
- Conselhos locais de saúde: Possibilitam a proximidade entre a comunidade e os serviços de 
saúde e as demais organizações do bairro. 
- Conselhos de saúde distritais: Cuidam de uma região ou de um distrito sanitário com uma ou 
mais unidades de saúde e uma ou mais comunidades que guardam entre si identidade 
geográfica, socioeconômica e epidemiológica. 
 
CONFERÊNCIAS 
 
- É o fórum que reúne todos os segmentos representativos da sociedade, um espaço de debate 
para avaliar a situação de saúde, propor diretrizes para a formulação da política de saúde nas 
três esferas de governo. É convocada pelo Poder Executivo ou pelo conselho de saúde, 
quando 50% + 1 dos integrantes desse fórum conclamam a conferência. Acontece de 4 em 4 
anos. É realizada pelas esferas municipal, estadual e federal. É o espaço de debate, 
formulação e avaliação das políticas de saúde. 
 
- Artigo 1º da lei 8142/90: I - a Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com 
representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação da saúde e propor as 
diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo 
Poder Executivo ou, extraordinariamente, por este ou pelo Conselho de Saúde; (...)”. 
 
 
 
 
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- Artigo 90 da Lei n.º 378, de 13 de janeiro de 1937 = Início do debate periódico e sistemático 
sobre a saúde no país, apontando as diretrizes de formulação de políticas para a área nas 
esferas de gestão municipal, estadual e nacional; 
 
- Lei nº 8.142: Estabeleceu-se uma periodicidade de 4 anos para a realização das Conferências; 
 
- Tem como objetivo principal avaliar a situação da saúde e propor diretrizes para a formulação 
de novas políticas de saúde em todos os níveis de gestão; 
 
 
 
 
 
 
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PINESC II - 2020 
 
 
ESF, NASF E ABORDAGEM FAMILIAR 
 
ESF 
 
- ESF: visa à reorganização da atenção básica no País, de acordo com os preceitos do SUS, e é 
tida pelo MS e gestores estaduais e municipais como estratégia de expansão, qualificação e 
consolidação da atenção básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com 
maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de 
ampliara resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de 
propiciar uma importante relação custo - efetividade. Um ponto importante é o 
estabelecimento de uma equipe multiprofissional - ESF composta por, no mínimo: 
 
- Médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade; 
- Enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família; 
- Auxiliar ou técnico de enfermagem; 
- ACS 
- Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião-
dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal. 
 
 
 
 
 
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- Cada equipe de Saúde da Família (eSF) deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, 
sendo a média recomendada de 3.000 pessoas, respeitando critérios de equidade para essa 
definição. 
 
- Recomenda-se que o número de pessoas por equipe considere o grau de vulnerabilidade das 
famílias daquele território, sendo que, quanto maior o grau de vulnerabilidade, menor deverá 
ser a quantidade de pessoas por equipe. 
 
 
✓ Principais programas da Atenção Primária a serem executadas pelas ESF: 
 
- Atenção à Saúde da Criança, Atenção à Saúde da Mulher, Controle de hipertensão e diabetes, 
Controle de Tuberculose, Eliminação da Hanseníase, Ações de saúde bucal 
 
 
 
✓ Avaliação das atividades da ESF: O Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB) é 
um sistema de informação responsável por armazenar e sistematizar os dados 
coletados, gerando relatórios de acompanhamento e avaliação que vão mostrar como 
está a situação de vida e saúde da população. 
 
✓ Constitui-se em desafios à ESF sua integração à rede assistencial, o aumento de sua 
resolutividade e a capacidade de compartilhar e fazer a coordenação do cuidado. Com 
o objetivo de superar estes desafios, o Ministério da Saúde, em 2008, criou o Núcleo de 
Apoio à Saúde da Família (NASF) para ampliar a abrangência e as ações da Atenção 
Básica, reforçando o processo de territorialização e regionalização em saúde. 
 
 
 
 
 
 
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ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS 
 
- Disponível em https://bit.ly/3bD6WfP 
 
Enfermeiro: 
 
I - Realizar assistência integral (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, 
diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias na USF 
e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, 
associações etc.), em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade 
adulta e terceira idade; 
II - Conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal ou 
do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão, realizar consulta de 
enfermagem, solicitar exames complementares e prescrever medicações; 
III - Planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS; 
IV - Supervisionar, coordenar e realizar atividades de educação permanente dos ACS e da 
equipe de enfermagem; 
V - Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do Auxiliar de Enfermagem, 
Auxiliar de Consultório Dentário (ACD) e Técnico em Higiene Dental (THD); 
VI - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da 
USF. 
 
 Auxiliar e Técnico de Enfermagem: 
 
Este profissional da equipe acompanha as visitas domiciliares com maior frequência e, entre as 
atribuições listadas abaixo, é o principal responsável pelas ações educativas na unidade. É de 
sua competência: 
 
I - Participar das atividades de assistência básica, realizando procedimentos regulamentados no 
exercício de sua profissão na Unidade de Saúde Familiar (USF) e, quando indicado ou 
necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc.); 
II - Realizar ações de educação em saúde a grupos específicos e a famílias em situação de risco, 
conforme planejamento da equipe; 
III - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da 
USF. 
 
 Médico: 
 
I - Realizar assistência integral (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, 
diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias em 
todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira 
idade; 
II - Realizar consultas clínicas e procedimentos na USF e, quando indicado ou necessário, no 
domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc.); 
https://bit.ly/3bD6WfP
 
 
 
 
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III - Realizar atividades de demanda espontânea e programada em clínica médica, pediatria, 
gineco-obstetrícia, cirurgias ambulatoriais, pequenas urgências clínico-cirúrgicas e 
procedimentos para fins de diagnósticos; 
IV - Encaminhar, quando necessário, usuários a serviços de média e alta complexidade, 
respeitando fluxos de referência e contrarreferência locais, mantendo sua responsabilidade 
pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário, proposto pela referência; 
V - Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização 
pelo acompanhamento do usuário; 
VI - Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente dos ACS, Auxiliares de 
Enfermagem, ACD e THD; 
VII - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da 
USF. 
 
Agente Comunitário de Saúde: 
 
I - Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a população adscrita 
à UBS, considerando as características e as finalidades do trabalho de acompanhamento de 
indivíduos e grupos sociais ou coletividade; 
II - Trabalhar com adscrição de famílias em base geográfica definida, a microárea; 
III - Estar em contato permanente com as famílias desenvolvendo ações educativas, visando à 
promoção da saúde e à prevenção das doenças, de acordo com o planejamento da equipe; 
IV - Cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros atualizados; 
V - Orientar famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis; 
VI - Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e de agravos, e 
de vigilância à saúde, por meio de visitas domiciliares e de ações educativas individuais e 
coletivas nos domicílios e na comunidade, mantendo a equipe informada, principalmente a 
respeito daquelas em situação de risco; 
VII - Acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos sob sua 
responsabilidade, de acordo com as necessidades definidas pela equipe; e 
VIII - Cumprir com as atribuições atualmente definidas para os ACS em relação à prevenção e 
ao controle da malária e da dengue, conforme a Portaria nº 44/GM, de 3 de janeiro de 2002. 
 
 Cirurgião-Dentista: 
 
I - Realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil epidemiológico para o planejamento 
e a programação em saúde bucal; 
II - Realizar os procedimentos clínicos da Atenção Básica em saúde bucal, incluindo atendimento 
das urgências e pequenas cirurgias ambulatoriais; 
III - Realizar a atenção integral em saúde bucal (promoção e proteção da saúde, prevenção de 
agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) individual e coletiva a 
todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, de acordo com planejamento local, com 
resolubilidade; 
 
 
 
 
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IV - Encaminhar e orientar usuários, quando necessário, a outros níveis de assistência, 
mantendo sua responsabilização pelo acompanhamento do usuário e o segmento do 
tratamento; 
V - Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e à prevenção de 
doenças bucais; 
VI - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais 
membros da Equipe de

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