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1 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 Vigilância epidemiológica - Conceito, notificação -------------------------------------------------------------------------------------------- 3 - Dados do sistema de vigilância epidemiológica ---------------------------------------------------------- 4 - Surto e Epidemia; Processo de investigação (11 passos) ----------------------------------------------- 5 - Estudos epidemiológicos, Sistema Sentinela e Funções da V. E -------------------------------------- 7 - Critérios para inclusão de doenças e Lista de notificação ---------------------------------------------- 8 - Agravo, doença, epizootia, evento de saúde pública, vigilância sentinela ----------------------- 11 Tuberculose - Conceito, transmissão, definição de caso ---------------------------------------------------------------- 11 - Notificação ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 13 - Investigação ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 15 - Busca Ativa de SR ----------------------------------------------------------------------------------------------- 17 - Biossegurança (recomendação VD e pessoas no mesmo domicílio) ------------------------------- 18 - Livro de registo e acompanhamento de casos TB, Livro de registro de SR, Fichas, Boletim de acompanhamento ------------------------------------------------------------------------------------------------ 20 - Prevenção e Medidas: administrativa, ambiental e de proteção individual --------------------- 22 - Papel das 3 esferas no combate a TB ---------------------------------------------------------------------- 23 - ESF na TB --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 28 Controle Social - Conselhos de Saúde ---------------------------------------------------------------------------------------------- 30 - Conferência --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 35 ESF, NASF e Abordagem Familiar • ESF - Atribuição dos membros -------------------------------------------------------------------------------------- 39 - Princípios ---------------------------------------------------------------------------------------------------------- 42 • NASF -------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 42 - Orientado --------------------------------------------------------------------------------------------------------- 44 2 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 - Composição ------------------------------------------------------------------------------------------------------ 45 - O que objetiva ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 46 Atendimento individual compartilhado Estratégias que melhoram a comunicação no NASF e as equipes de AB • Abordagem Familiar - Definição de ciclo de vida ------------------------------------------------------------------------------------ 47 - Contextualização de crise e resiliência presente no âmbito familiar e 4 processos favorecedores da resiliência familiar que podem ser estimulados pelas equipes de saúde - 48 - Importância da identificação das fases do ciclo de vida das famílias e as características de uma família saudável --------------------------------------------------------------------------------------------------- 49 - Descrição das fases do ciclo de vida das famílias de classe média e alta e as fases das famílias de classe popular e quais os eventos estressores que influenciam a dinâmica deste - Genograma ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 51 - Ecomapa ----------------------------------------------------------------------------------------------------------- 53 Planejamento em Saúde - Planejamento em saúde --------------------------------------------------------------------------------------- 55 - Momentos do planejamento estratégico situacional e plano de ação ----------------------------- 57 - Processo de trabalho em saúde ------------------------------------------------------------------------------ 59 3 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 ➢ Feitos de acordo com os objetivos do caderno do PINESC II VIGILÂNGIA EPIDEMIOLÓGICA CONCEITUAR VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA E SUA IMPORTÂNCIA PARA A ANÁLISE DOS INDICADORES EPIDEMIOLÓGICOS (TAXAS DE INCIDÊNCIA E DE PREVALÊNCIA) DE DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA ✓ Conceito e sua importância: de vigilância epidemiológico, segundo a Lei 8.080: “conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.” Investigação Epidemiológica é um trabalho de campo, realizado a partir de casos notificados (clinicamente declarados ou suspeitos) e seus contatos, que tem como principais objetivos: identificar fonte e modo de transmissão; grupos expostos a maior risco; fatores determinantes; confirmar o diagnóstico; e determinar as principais características epidemiológicas. O seu propósito final é orientar medidas de controle para impedir a ocorrência de novos casos - O que é notificação: é a comunicação da ocorrência de determinada doença ou agravo à saúde, feita à autoridade sanitária por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, para fins de adoção de medidas de intervenção pertinentes. Notificação compulsória: Comunicação obrigatória à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsáveis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de suspeita ou confirmação de doença, agravo ou evento de saúde pública, descritos no anexo, podendo ser imediata ou semanal Notificação compulsória imediata (NCI): notificação compulsória realizada em até 24 (vinte e quatro) horas, a partir do conhecimento da ocorrência de doença, agravo ou evento de saúde pública, pelo meio de comunicação mais rápido disponível. Notificação compulsória semanal (NCS): notificação compulsória realizada em até 7 (sete) dias, a partir do conhecimento da ocorrência de doença ou agravo. 4 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 Notificação compulsória negativa: comunicação semanal realizada pelo responsável pelo estabelecimento de saúde à autoridade de saúde, informando que na semana epidemiológica não foi identificado nenhuma doença, agravo ou evento de saúde pública constante da Lista de Notificação Compulsória. • Aspectos que devem ser considerados na notificação: - Notificar a simples suspeita da doença ou evento. Não se deve aguardar a confirmação do caso para se efetuar a notificação, pois isso pode significar perda da oportunidade de intervir eficazmente. - A notificação tem de ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito médico-sanitário em caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito de anonimato dos cidadãos. - O envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na ausência de casos, configurando-se o que se denomina notificação negativa, que funciona como um indicador de eficiência do sistema de informações. - Incidência: número de casos novos de uma doença, ocorridos em uma população em um período de tempo específico. - Prevalência: número total de casos de uma doença em determinado momento em uma comunidade. COMPETÊNCIASDOS NÍVEIS DO SISTEMA DE SAÚDE (MUNICIPAL, ESTADUAL E FEDERAL) As ações executivas são inerentes ao nível municipal e seu exercício exige conhecimento analítico da situação de saúde local. Por sua vez, cabe aos níveis nacional e estadual conduzirem ações de caráter estratégico, de coordenação em seu âmbito de ação e de longo alcance, além da atuação de forma complementar ou suplementar aos demais níveis. O SISTEMA DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA É ALIMENTADO POR MEIO DE DADOS E INFORMAÇÕES - DESCRIÇÃO: 1. Dados demográficos, socioeconômicos e ambientais: permitem quantificar a população e gerar informações sobre suas condições de vida: número de habitantes e características de sua distribuição, condições de saneamento, climáticas, ecológicas, habitacionais e culturais. 2. Dados de morbidade: podem ser obtidos mediante a notificação de casos e surtos, de produção de serviços ambulatoriais e hospitalares, de investigação epidemiológica, de busca ativa de casos, de estudos amostrais e de inquéritos, entre outras formas. 5 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 3. Dados de mortalidade: são obtidos através das declarações de óbitos, processadas pelo Sistema de Informações sobre Mortalidade. Mesmo considerando o sub-registro, que é significativo em algumas regiões do país, e a necessidade de um correto preenchimento das declarações, trata-se de um dado que assume importância capital entre os indicadores de saúde. Esse sistema está sendo descentralizado, objetivando o uso imediato dos dados pelo nível local de saúde. 4. Notificação de surtos e epidemias: Essa prática possibilita a constatação de qualquer indício de elevação do número de casos de uma patologia, ou a introdução de outras doenças não incidentes no local e, consequentemente, o diagnóstico de uma situação epidêmica inicial, para a adoção imediata das medidas de controle CONCEITO DE SURTO E EPIDEMIA E SÍNTESE DAS 11 ETAPAS DO PROCESSO DE INVESTIGAÇÃO DE SURTOS/EPIDEMIAS - Epidemia Elevação do número de casos de uma doença ou agravo, em um determinado lugar e período de tempo, caracterizando de forma clara, um excesso em relação à frequência esperada. - Surto Tipo de epidemia em que os casos se restringem a uma área geográfica pequena e bem delimitada ou a uma população institucionalizada (creches, quartéis, escolas, etc.). - Os primeiros casos de uma epidemia, em uma determinada área, sempre devem ser submetidos à investigação em profundidade. A magnitude, extensão, natureza do evento, a forma de transmissão, tipo de medidas de controle indicadas (individuais, coletivas ou ambientais), são alguns elementos que orientam a equipe sobre a necessidade de se investigar todos ou apenas uma amostra dos casos. O principal objetivo da investigação de uma epidemia ou surto de determinada doença infecciosa, é identificar formas de interromper a transmissão e prevenir a ocorrência de novos casos. ETAPA 1 - CONFIRMAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DA DOENÇA: Quando da ocorrência de uma epidemia, torna-se necessário verificar se a suspeita diagnóstica inicial se enquadra na definição de caso suspeito ou confirmado da doença em questão, à luz dos critérios definidos pelo sistema de vigilância epidemiológica ETAPA 2 - CONFIRMAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE EPIDEMIA/SURTO: O processo da confirmação de uma epidemia ou surto envolve o estabelecimento do diagnóstico da doença e do estado epidêmico ETAPA 3 - CARACTERIZAÇÃO DA EPIDEMIA: As informações disponíveis devem ser organizadas, de forma a permitir analisar algumas características, e responder algumas questões relativas à sua distribuição no tempo, lugar e pessoa. 6 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 ETAPA 4 - FORMULAÇÃO DE HIPÓTESES PRELIMINARES: Embora na realidade o desenvolvimento de conjecturas se dê desde o momento que se tem conhecimento da epidemia, ao se dispor das informações relativas à pessoa, tempo e lugar, torna-se possível a formulação de hipóteses mais consistentes e precisas. As hipóteses devem ser testáveis, uma vez que esta avaliação se constitui em uma das etapas de uma investigação epidemiológica. ETAPA 5 - ANÁLISES PARCIAIS: Em cada uma destas etapas, cuja periodicidade é definida de acordo com a magnitude e gravidade do evento (diariamente, semanalmente, mensalmente ETAPA 6 - BUSCA ATIVA DE CASOS: Busca reconhecer e proceder à investigação de casos similares no espaço geográfico onde houver suspeita da existência de contatos e/ou fonte de contágio ativa, cuja abrangência é mais ou menos ampla em função dos dados coletados nas etapas anteriores. ETAPA 7 - BUSCA DE DADOS ADICIONAIS: Quando necessário pode-se conduzir uma investigação mais minuciosa de todos os casos ou de amostra representativa dos mesmos, visando esclarecer/fortalecer as hipóteses iniciais. ETAPA 8 - PROCESSAMENTO E ANÁLISE FINAL: Os dados coletados são consolidados em tabelas, gráficos, mapas da área em estudo, fluxos de pacientes, dentre outros. Essa disposição fornecerá uma visão global do evento, permitindo a avaliação, de acordo com as variáveis de tempo, espaço e pessoas (quando? onde? quem?) e a relação causal (por que?) que deverá ser comparada com períodos semelhantes de anos anteriores. RECOMENDAÇÕES DE MEDIDAS DE CONTROLE: Logo após à identificação das fontes de infecção, dos modos de transmissão e da população exposta a elevado risco de infecção, deverão ser recomendadas as medidas adequadas de controle e elaborado um relatório circunstanciado, a ser amplamente divulgado a todos os profissionais de saúde ETAPA 10 - RELATÓRIO FINAL: Os dados da investigação deverão ser sumarizados em um relatório que contenha a descrição do evento (todas as etapas da investigação), incluindo tabelas e gráficos, e as principais conclusões e recomendações. ETAPA 11- DIVULGAÇÃO: O relatório deverá ser enviado aos profissionais que prestaram assistência médica aos casos e aos participantes da investigação clínica e epidemiológica, representantes da comunidade, autoridades locais, administração central dos órgãos responsáveis pela investigação e controle do evento. Sempre que possível, quando se tratar de surto ou agravo inusitado, divulgar um resumo da investigação em boletins. 7 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 IMPORTÂNCIA DAS FONTES ESPECIAIS DE DADOS COMO A DE ESTUDOS EPIDEMIOLÓGICOS E SISTEMAS SENTINELAS Estudos epidemiológicos: os registros de dados e as investigações epidemiológicas constituem- se em fontes regulares de coleta. Sempre que as condições exigirem, deve-se recorrer diretamente à população ou aos serviços, realizando inquérito, investigação ou levantamento epidemiológico em determinado momento ou período, para obter dados adicionais ou mais representativos. Sistemas Sentinela: é organizada em redes constituídas de fontes especiais de notificação que tem como objetivo monitorar indicadores chaves na população geral ou em grupos especiais, que sirvam como alerta precoce para o sistema, não tendo a preocupação com estimativas precisas de incidência ou prevalência na população geral. IMPORTÂNCIA DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA EM SITUAÇÕES DE PANDEMIAS COMO A QUE ESTAMOS VIVENCIANDO HOJE, JUSTIFICANDO POR MEIO DE SUAS FUNÇÕES - A vigilância epidemiológica tem como propósito, fornecer orientação técnica permanente para os responsáveis pela decisão e execução de ações de controle de doenças e agravos. Para subsidiar esta atividade, deve tornar disponíveis informações atualizadas sobre a ocorrência dessas doenças ou agravos, bem como dos seus fatores condicionantes, em uma área geográfica ou população determinada. A vigilância epidemiológica constitui-se, ainda, em importante instrumento para o planejamento, a organização e a operacionalização dos serviços de saúde, como também para a normatização de atividadestécnicas correlatas. Sua operacionalização compreende um ciclo completo de funções específicas e intercomplementares que devem ser, necessariamente, desenvolvidas de modo contínuo, de modo a possibilitar conhecer, a cada momento, o comportamento epidemiológico da doença ou agravo que se apresente como alvo das ações, para que as medidas de intervenção pertinentes possam ser desencadeadas com oportunidade e eficácia. ➢ São funções da vigilância epidemiológica: • Processamento de dados coletados • Análise e interpretação dos dados processados • Recomendação das medidas de prevenção e controle apropriadas • Promoção das ações de prevenção e controle indicadas • Avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas • Divulgação de informações pertinentes. • coleta de dados: A coleta de dados ocorre em todos os níveis de atuação do sistema de saúde. A força e o valor da informação (o dado analisado) dependem da qualidade e fidedignidade com 8 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 que o mesmo é gerado. Para isso, faz-se necessário que os responsáveis pela sua geração estejam bem preparados para diagnosticar corretamente o caso, como também para realizar uma boa investigação epidemiológica, e fazer registros claros e objetivos destes e de outros dados de interesse, para que possam refletir a realidade da forma mais fidedigna possível. • processamento de dados coletados: O envio do dado, para os diversos níveis, deverá ser suficientemente rápido para permitir o desencadeamento oportuno de ações. É importante salientar que o fluxo, a periodicidade e o tipo de dado que interessa ao sistema de vigilância, estão relacionados às características de cada doença ou agravo. CRITÉRIOS DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA (REGULAMENTO SANITÁRIO INTERNACIONAL, MAGNITUDE, POTENCIAL DE DISSEMINAÇÃO, VULNERABILIDADE, TRANSCENDÊNCIA, COMPROMISSOS INTERNACIONAIS, EPIDEMIAS, SURTOS E AGRAVOS INUSITADOS) E AS LISTAS DE DOENÇAS DE NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA (NACIONAL E ESTADUAL) - Os parâmetros para inclusão de doenças e agravos na lista de notificação compulsória devem obedecer aos critérios a seguir: Regulamento Sanitário Internacional: O Regulamento Sanitário Internacional (RSI) é um instrumento jurídico internacional vinculativo para vários países em todo o mundo, que inclui todos os Estados Membros da OMS. Seu objetivo é ajudar a comunidade internacional a prevenir e responder a graves riscos de saúde pública que têm o potencial de atravessar fronteiras e ameaçar pessoas em todo o mundo. O RSI, que entrou em vigor no dia 15 de junho de 2007, exige que os países notifiquem certos surtos de doenças e eventos de saúde pública à OMS. Com base na experiência única da OMS em vigilância global de doenças, alerta e resposta, o RSI define os direitos e obrigações dos países de relatar eventos de saúde pública e estabelecer vários procedimentos que a OMS deve seguir em seu trabalho para defender a segurança pública mundial. Magnitude: aplicável a doenças de elevada frequência, que afetam grandes contingentes populacionais e se traduzem por altas taxas de incidência, prevalência, mortalidade e anos potenciais de vida perdidos. Potencial de disseminação – representado pelo elevado poder de transmissão da doença, através de vetores ou outras fontes de infecção, colocando sob risco a saúde coletiva. Potencial de disseminação: representado pelo elevado poder de transmissão da doença, através de vetores ou outras fontes de infecção, colocando sob risco a saúde coletiva. 9 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 Transcendência: expressa-se por características subsidiárias que conferem relevância especial à doença ou agravo, destacando-se: severidade - medida por taxas de letalidade, de hospitalização e de sequelas; relevância social - avaliada, subjetivamente, pelo valor imputado pela sociedade à ocorrência da doença, e que se manifesta pela sensação de medo, de repulsa ou de indignação; relevância econômica - avaliada por prejuízos decorrentes de restrições comerciais, redução da força de trabalho, absenteísmo escolar e laboral, custos assistenciais e previdenciários, entre outros. Compromissos internacionais: relativos ao cumprimento de metas continentais ou mundiais de controle, de eliminação ou de erradicação de doenças, previstas em acordos firmados pelo governo brasileiro com organismos internacionais. O atual Regulamento Sanitário Internacional (RSI-2005) estabelece que sejam notificados todos os eventos considerados de Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). Ocorrência de emergências de saúde pública, epidemias e surtos: são situações que impõe notificação imediata de todos os eventos de saúde que impliquem risco de disseminação de doenças, com o objetivo de delimitar a área de ocorrência, elucidar o diagnóstico e deflagrar medidas de controle aplicáveis 10 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 11 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 CONCEITUAR E DIFERENCIAR AGRAVO, DOENÇA, EPIZOOTIA, EVENTO DE SAÚDE PÚBLICA, VIGILÂNCIA SENTINELA, SEGUNDO A PORTARIA N. 204/2016 - Agravo: qualquer dano à integridade física ou mental do indivíduo, provocado por circunstâncias nocivas, tais como acidentes, intoxicações por substâncias químicas, abuso de drogas ou lesões decorrentes de violências interpessoais, como agressões e maus tratos, e lesão autoprovocada - Doença: enfermidade ou estado clínico, independente de origem ou fonte, que represente ou possa representar um dano significativo para os seres humanos - Epizootia: doença ou morte de animal ou de grupo de animais que possa apresentar riscos à saúde pública - Evento de saúde pública (ESP): situação que pode constituir potencial ameaça à saúde pública, como a ocorrência de surto ou epidemia, doença ou agravo de causa desconhecida, alteração no padrão clínico epidemiológico das doenças conhecidas, considerando o potencial de disseminação, a magnitude, a gravidade, a severidade, a transcendência e a vulnerabilidade, bem como epizootias ou agravos decorrentes de desastres ou acidentes - Vigilância sentinela: modelo de vigilância realizada a partir de estabelecimento de saúde estratégico para a vigilância de morbidade, mortalidade ou agentes etiológicos de interesse para a saúde pública, com participação facultativa, segundo norma técnica específica estabelecida pela Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS/MS). TUBERCULOSE CONCEITUAR TUBERCULOSE, SEU MODO DE TRANSMISSÃO, TIPOS DE CASOS (SUSPEITO, CONFIRMADO, DESCARTADO, ENCERRADO), INVESTIGAÇÃO DO CASO E SUA NOTIFICAÇÃO - O que é: A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e/ou sistemas. A doença é causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou bacilo de Koch. - Transmissão: O M. tuberculosis (agente etiológico da tuberculose) é transmitido por via aérea, de uma pessoa com TB pulmonar ou laríngea, que elimina bacilos no ambiente (caso fonte), a outra pessoa, por exalação de aerossóis oriundos da tosse, fala ou espirro. O termo “bacilífero” 12 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 refere-se a pessoas com TB pulmonar ou laríngea que tem baciloscopia positiva no escarro. Esses casos têm maior capacidade de transmissão - tosse de um doente de Tuberculose pulmonar bacilífera lança no ar gotículas, de tamanhos variados, contendo no seu interior o bacilo: A transmissão se faz por via respiratória, pela inalação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de um doente com tuberculose ativa pulmonar ou laríngea. As gotículas exaladas (gotículas de Pfluger) rapidamente se tornam secas e transformam-se em partículas menores.Essas partículas menores (núcleos de Wells), contendo um a dois bacilos, podem manter-se em suspensão no ar por muitas horas e são capazes de alcançar os alvéolos, onde podem se multiplicar e provocar a chamada primo-infecção. • Caso índice: todos os pacientes com TB pulmonar ativa, prioritariamente com baciloscopia positiva. Tendo em vista que crianças com TB, independentemente da forma clínica, em geral desenvolvem a doença após transmissão por um contato adulto bacilífero, é preconizado a investigação de todos os seus contatos a fim de se identificar identificação latente e o caso índice, interrompendo assim a cadeia de transmissão. • Contato: é definido como toda pessoa que convive no mesmo ambiente com o caso índice no momento do diagnóstico da TB. Esse convívio pode se dar em casa e/ou em ambientes de trabalho, instituições de longa permanência, escola ou pré-escola. Para ser considerado contato deve ser avaliado caso a caso levando em consideração a forma da doença, ambiente e tempo de exposição. - O controle de contatos é indicado prioritariamente para os contatos que convivam com doentes bacilíferos, especialmente os intra-domiciliares, por apresentarem maior probabilidade de adoecimento, e nos adultos que convivam com doentes menores de 5 anos, para identificação da possível fonte de infecção. DEFINIÇÃO DE CASO • Suspeito: Todo indivíduo com sintomatologia clínica sugestiva de tuberculose pulmonar: tosse por três ou mais semanas, febre, perda de peso e apetite, ou suspeito ao exame radiológico; Paciente com imagem compatível com tuberculose. • Confirmado 1. Critério clínico laboratorial - Tuberculose pulmonar bacilífera: paciente com duas baciloscopias diretas positivas, ou uma baciloscopia direta positiva e cultura positiva ou uma baciloscopia direta positiva e imagem radiológica sugestiva de tuberculose. 13 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 - Tuberculose pulmonar escarro negativo (BK): é o paciente com duas baciloscopias negativas, com imagem radiológica sugestiva, e achados clínicos ou outros exames complementares, que permitam ao médico efetuar um diagnóstico de tuberculose. - Tuberculose extrapulmonar: paciente com evidências clínicas, achados laboratoriais, inclusive histopatológicos compatíveis com tuberculose extrapulmonar ativa, em que o médico toma a decisão de tratar com esquema específico; ou paciente com, pelo menos, uma cultura positiva para M. tuberculosis, de material proveniente de uma localização extrapulmonar. Diagnóstico laboratorial: É fundamentado, nos seguintes métodos: • bacterioscópico - baciloscopia e cultura; • radiológico - tomografia computadorizada do tórax; • outros - prova tuberculínica; anátomo-patológico (histológico e citológico); sorológico; bioquímico; biologia molecular. 2. Critério clínico-epidemiológico: O raciocínio diagnóstico deve desenvolver-se, a partir do exame clínico, dos dados epidemiológicos e da interpretação dos resultados dos exames solicitados. Em situações em que o diagnóstico laboratorial não pode ser realizado, o clínico pode confirmar o caso pelo critério clínico epidemiológico, principalmente, quando de história de contato com doentes de tuberculose, fator de importância primordial para a suspeição diagnóstica. • Descartado: Casos suspeitos que, apesar de sintomatologia compatível, apresentaram resultados negativos nos exames laboratoriais. Principalmente, quando se confirma outra patologia, na busca de diagnóstico diferencial. NOTIFICAÇÃO - A unidade de saúde que descobre e inicia o tratamento dos casos novos, é a responsável pela notificação compulsória dos mesmos. Outras fontes de notificação são os hospitais, os laboratórios e outros serviços de assistência médica, governamental e particular. - Conduta frente a um caso suspeito de tuberculose pulmonar: • Identificação e confirmação do caso; • Baciloscopia direta do escarro no momento da consulta e solicitação de outra amostra a ser colhida no dia seguinte; • Casos negativos à baciloscopia e com suspeita radiológica devem ter cultura solicitada e serem encaminhados para elucidação diagnóstica em uma referência. 14 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 1. A vigilância da TB tem seu início na busca ativa de sintomáticos respiratórios, que são definidos como indivíduos com tosse produtiva ou não, há três semanas ou mais. 2. Ao identificar um sintomático respiratório (caso suspeito de TB pulmonar), o profissional de saúde deve proceder os exames laboratoriais, para confirmar ou descartar a doença, devendo registrar seus resultados e conclusão no livro de Registro de Sintomático Respiratório no Serviço de Saúde. 3. Na forma clínica extrapulmonar, a pessoa deve ser notificada e registrada no livro de Registro de pessoas com tuberculose e acompanhamento do tratamento, após confirmação clínica ou laboratorial. Se for confirmada TB ativa, o indivíduo deverá ser incluído pelo profissional de saúde no livro de Registro de pessoas com tuberculose e acompanhamento do tratamento; em seguida, a ficha de notificação/ investigação deverá ser preenchida adequadamente, e encaminhada ao primeiro nível informatizado, para ser digitada no Sinan-Net. 4. O livro de Registro de pessoas com tuberculose e acompanhamento do tratamento, que permanece na unidade de saúde, deverá ser atualizado periodicamente, pelo profissional de saúde, e alimentará o Boletim de Acompanhamento de Tuberculose, o qual deve ser preenchido e devolvido para o primeiro nível informatizado mensalmente. 5. Os casos de TB são notificados somente após sua confirmação, seja laboratorial ou por critério clínico - A ficha de notificação/investigação de tuberculose deve ser utilizada para notificar todas as pessoas com TB ativa, ou seja, os casos novos, as recidivas, os reingressos após abandono e as transferências. ✓ Quem pode notificar e como lançar no sistema de informação os tipos de casos (suspeito, confirmado, descartado, encerrado), sua investigação e notificação: - O SINAN é o sistema nacional adotado para o registro e processamento de dados de notificação e acompanhamento da tuberculose - Os casos de tuberculose são notificados somente após confirmação diagnóstica (conforme normas estabelecidas pelo Programa Nacional de Controle da Tuberculose - PNCT), ou seja, não existe notificação de casos suspeitos. - O caso deverá ser notificado através do preenchimento da ficha de notificação do SINAN, pelo profissional de saúde (enfermeiro ou médico) da UBS que atendeu o paciente. Essa ficha deverá ser encaminhada ao 1.º nível informatizado para digitação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) - O caso de tuberculose será inserido no Sinan de acordo com o seu “tipo de entrada”: 15 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 Caso novo - qualquer caso que nunca utilizou a medicação antituberculosa, ou a utilizou por menos de 30 dias. Verificar, insistentemente, com o paciente e seus familiares, se não houve tratamento prévio para tuberculose por 30 dias ou mais. Recidiva - é o caso de tuberculose ativa que foi tratado anteriormente e recebeu alta por cura comprovada ou por ter completado o tratamento. Reingresso após abandono - é o caso de tuberculose ativa, tratado anteriormente por mais de 30 dias, mas que deixou de tomar a medicação por 30 dias consecutivos ou mais. Não sabe - refere-se ao caso com história prévia desconhecida. Deve ser registrado apenas quando esgotadas as possibilidades de investigação da história anterior do paciente. Transferência - refere-se ao paciente que compareceu à unidade de saúde para dar continuidade ao tratamento iniciado em outra unidade de saúde, desde que não tenha havido interrupção do uso da medicação por 30 dias ou mais. Neste último caso,o tipo de entrada deve ser “reingresso após abandono”. Todo paciente transferido por outra unidade deve ser notificado pela unidade que o recebe. Pós-óbito - é o caso de tuberculose que não foi registrado no Sinan e foi descoberto ou notificado após a morte do paciente, em decorrência da realização de investigação epidemiológica (por exemplo, investigação do óbito, busca ativa em prontuários e relacionamento entre bases de dados - SIM e Sinan). - Os casos novos, os reingressos após abandono, as recidivas e os casos que são transferidos, oficialmente ou não, para tratamento em outra unidade de saúde devem ser notificados utilizando a ficha individual de notificação/investigação de tuberculose, segundo o fluxo e a periodicidade estabelecidos por portaria nacional e complementadas por portarias estaduais/municipais. A digitação da ficha de notificação/investigação no SINAN deverá ser realizada sempre pelo município notificante, independentemente do local de residência do paciente. Portanto, os municípios informatizados deverão digitar tanto os casos residentes no próprio município quanto aqueles residentes em outros municípios. INVESTIGAÇÃO ➢ Roteiro investigação epidemiológica: 1. Identificação do paciente: informações anotadas na ficha de investigação, com isso é possível avaliar a tendência e a situação da doença; dados como: lugar, paciente, tempo, caso. 16 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 2. Coleta e análise dos dados clínicos e epidemiológicos: Os dados deverão ser registrados, consolidados e analisados pela unidade de saúde e pelos níveis municipal, estadual e federal do sistema de saúde. A análise dos dados permite a tomada de decisões nos diferentes níveis. 3. Acompanhamento do caso: A evolução do caso de tuberculose deve ser acompanhada, e registrada em notificação, para que o caso possa ser encerrado, de acordo com critérios: alta por cura, alta por complementar o tratamento, alta por abandonar o tratamento, alta por mudança de diagnóstico, alta por óbito, alta por falência, alta por transferência 4. Controle pós-cura: A maioria dos casos curados não necessita de controle pós-tratamento, devendo-se orientar o paciente a retornar à unidade, apenas se surgirem sintomas semelhantes aos do início da doença. Processo de investigação de contatos • O caso índice deve ser entrevistado o quanto antes para identificação das pessoas que serão consideradas contatos. • Os contatos e suas respectivas idades devem ser listados. O tipo de convívio deve ser estabelecido (casa, ambiente de trabalho, escola, etc.) e formas de localização devem ser identificadas (endereço e ou telefone). • Sempre que possível realizar visita domiciliar para um melhor entendimento das circunstâncias que caracterizam os contatos identificados na entrevista do caso índice. • Todos os contatos serão convidados a comparecer à unidade de saúde para serem avaliados. Esta avaliação consiste na realização de criteriosa anamnese e exame físico. Pessoas assintomáticas deverão realizar PT e serão submetidas à tratamento da infecção latente por M. tuberculosis (quimioprofilaxia) se PT >10mm. Se a PT for negativa, deve-se repeti-la 4 a 8 semanas mais tarde, pois o indivíduo pode estar na janela imunológica. Para considerar uma 2ª PT positiva, deve haver um incremento de pelo menos 10mm em relação à PT anterior. Se a 1ª PT for positiva, ou se houver incremento de 10 mm no resultado da 2ª PT, deve-se iniciar tratamento da Infecção latente por M. tuberculosis (quimioprofilaxia) • Sintomáticos deverão ter sua investigação diagnóstica ampliada com radiografia de tórax, baciloscopia de escarro e outros exames de acordo com cada caso. • Se os contatos não comparecerem à unidade de saúde, visita domiciliar aos contatos deve ser feita. • O resultado da avaliação do contato deve ser registrado em prontuário. • Após serem avaliados, não sendo constatada TB ou não existindo indicação de tratamento da infecção latente, deverão ser orientados a retornar à unidade de saúde, em caso de aparecimento de sinais e sintomas afins, particularmente sintomas respiratórios. 17 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 DESCREVER OS CRITÉRIOS PARA A REALIZAÇÃO DA BUSCA ATIVA DE PESSOA SINTOMÁTICA RESPIRATÓRIA, APLICANDO OS PRINCÍPIOS DA BIOSSEGURANÇA, BUSCANDO IDENTIFICAR ESTES PACIENTES (HISTÓRIA CLÍNICA, EXAME FÍSICO GERAL E EXAMES LABORATORIAIS) ✓ Busca ativa de sintomáticos respiratórios: - Definição: É a atividade de saúde pública (conceito programático) orientada a identificar precocemente pessoas com tosse por tempo igual ou superior a três semanas (Sintomático Respiratório), consideradas com suspeita de tuberculose pulmonar, visando à descoberta dos casos bacilíferos. A busca ativa do SR deve ser realizada permanentemente por todos os serviços de saúde (níveis primário, secundário e terciário) e tem sido uma estratégia recomendada internacionalmente Sintomáticos respiratórios: indivíduos com tosse por tempo igual ou superior a três semanas. Sintomáticos Respiratórios Esperados - SRE: é o número de sintomáticos respiratórios que se espera encontrar em um determinado período de tempo. Para fins operacionais, o parâmetro nacional recomendado é de 1% da população, ou de 5% das consultas de primeira vez de indivíduos com 15 anos ou mais nos serviços de saúde. A cada 100 SR examinados, espera-se encontrar, em média, de três a quatro doentes bacilíferos Objetivo: identificar precocemente os casos bacilíferos, interromper a cadeia de transmissão e reduzir a incidência da doença a longo prazo. A procura de casos de tuberculose deve ser, prioritariamente, efetuada nos sintomáticos respiratórios (indivíduos com tosse por três ou mais semanas), que deverão ser submetidos à baciloscopia direta do escarro no momento da consulta, e solicitação de outra amostra a ser colhida no dia seguinte. Sempre que necessário, outros exames deverão ser solicitados para elucidação diagnóstica. Os suspeitos assintomáticos deverão realizar radiografia de tórax para apoiar a elucidação do diagnóstico. - Estratégia operacional: • Interrogar sobre a presença e duração da tosse à clientela dos serviços de saúde, independentemente do motivo da procura. • Orientar os SR identificados para a coleta do exame de escarro (ver capítulo Diagnóstico, tópico Bacteriológico). 18 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 • Coletar duas amostras de escarro, uma no momento da identificação e outra no dia seguinte (atenção na orientação ao paciente sobre como coletar o escarro e qual o local apropriado de coleta – área externa do serviço de saúde). • Registrar as atividades nos instrumentos padronizados (pedido de baciloscopia e livro do SR) • Estabelecer fluxo para conduta nos casos positivos e negativos à baciloscopia. • Avaliar rotineiramente a atividade da busca por meio dos indicadores sugeridos: proporção de sintomáticos respiratórios examinados, proporção de baciloscopias positivas e proporção da meta alcançada. - ESF: a busca ativa deve ser estendida à comunidade, com a inclusão da identificação do SR na visita mensal para todos os moradores do domicílio (na população da área de abrangência de cada equipe). BIOSSEGURANÇA - Para o atendimento ambulatorial de pacientes com TB pulmonar, confirmada ou sob suspeita, sugere-se que (unidade tipo 1 e 2 - baixo e médio grau de complexidade): • Os profissionais de saúde orientem os sintomáticos respiratórios sobre a necessidade do uso de máscaras cirúrgicas (máscaras comuns) ao entrarem na unidade de saúde e durante o tempo em que nela permanecerem. • Os profissionais de saúde que estejam na mesma sala de tais pacientes devem usar máscaras especiais (respiradores N95), desde que não haja ventilação adequada no local. • Na medidado possível, seja evitado o acúmulo de pacientes nas salas de espera. Isto pode ser obtido pelo escalonamento das consultas ao longo do turno, ou mesmo pela consulta com hora marcada. Deve-se evitar a marcação de atendimentos em salas contíguas de pacientes sob suspeita de tuberculose com outros pacientes portadores de imunossupressão ou mesmo crianças com menos de cinco anos de idade. Caso esta conduta seja impossível, deve-se propor ao paciente imunodeprimido o uso de máscara especial enquanto estiver no recinto. - Recomendações para a manipulação de secreção respiratória (escarro espontâneo ou não) no laboratório de microbiologia ou em outro setor: 1. Nas unidades tipo 1, será realizada apenas a baciloscopia do escarro. Portanto, seguindo a recomendação da OMS e da UICTER, não é necessária a manipulação dos materiais clínicos em cabines (fluxos laminares), pois o risco de transmissão do M. tuberculosis é baixo. 2. Nas unidades tipo 2, onde serão realizadas a baciloscopia e a cultura para micobactéria, o escarro e os demais materiais biológicos devem ser manipulados em cabines de segurança biológica, de padrão mínimo Classe II. 19 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 3. Os profissionais do laboratório ou aqueles que, em ambientes fechados, realizam procedimentos que promovam a formação de partículas infectantes (escarro induzido, nebulização com pentamidina) devem usar máscaras especiais (respiradores N95) por ocasião da manipulação dos materiais e/ou realização de exames. O acesso ao laboratório e aos locais onde se realizam tais procedimentos deve ser restrito aos funcionários responsáveis. - Recomendações para VD: - A visita domiciliar tem como objetivo identificar sintomáticos respiratórios, agendar exame de contatos, reforçar as orientações, verificar possíveis obstáculos à adesão, procurar soluções para superá-los e evitar o abandono. Dessa forma, o serviço de saúde pode promover a adesão ao tratamento e estreitar os vínculos com o paciente e a família. O usuário deve ser avisado sobre a visita e deve-se assegurar o sigilo quanto às suas informações. Indica-se realizar visita domiciliar para todo caso de tuberculose diagnosticado, especialmente aos que apresentam a forma pulmonar diagnosticada por critério laboratorial e a todo caso que não compareça ao serviço de saúde quando agendado. A visita domiciliar também deve ser realizada logo após a verificação do não comparecimento para realização do tratamento diretamente observado na unidade de saúde. O contato telefônico imediato após a falta pode facilitar o entendimento do problema e direcionar a visita domiciliar. - Visita domiciliar a caso novo e convocação de faltosos: Os objetivos da visita ao caso novo são vários: verificar possíveis obstáculos à adesão, procurar soluções para superá-los, reforçar as orientações, confirmar o endereço, agendar exame dos contatos. A visita domiciliar ao faltoso tem como objetivo evitar o abandono do tratamento. - Medidas de segurança: • Sempre questionar sobre a presença de SR no domicilio • Orientar coleta de escarro em local ventilado. • Fazer a observação da tomada dos medicamentos - TDO - em local bem ventilado, principalmente no primeiro mês de tratamento (porta da casa, varanda etc.). • Orientar sobre medidas gerais: o SR ou a pessoa com TB deve cobrir a boca com o braço ou o lenço ao tossir e manter o ambiente arejado, com luz solar; esclarecer que o compartilhamento de objetos em geral e/ou de uso pessoal não transmite a TB. • Recomendação para a necessidade de ventilação adequada dos ambientes de moradia e de trabalho, considerando os riscos de aglomeração de pessoas em locais pouco ventilados, deve fazer parte das orientações gerais de saúde e se aplica tanto na prevenção de tuberculose quanto de outras doenças de transmissão aérea e por gotículas. 20 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 • Levar o braço ou lenço à boca e ao nariz quando tossir e espirrar também faz parte dessas orientações gerais. Em casos excepcionais, como na impossibilidade de atendimento do paciente em ambiente externo por dificuldade de ambulação ou situações de moradia que não propiciem a atuação do profissional em local com ventilação em nenhuma hipótese, após avaliação criteriosa da equipe da ESF, o agente comunitário ou qualquer outro profissional de saúde que proceda a visita domiciliar pode usar máscaras PFF2 ou N95 (o que não deverá ser um procedimento de rotina). Nessas situações, o uso de máscara se dará na entrada do profissional no ambiente, que deverá com ela permanecer até sua saída. Atentar sempre para a adequada informação do paciente e de seus familiares quanto a necessidade desse procedimento, evitando constrangimentos e estigmatização. - Recomendações para pessoas que moram no mesmo domicílio: Todos os contatos dos doentes de tuberculose, especialmente os intradomiciliares, devem comparecer à unidade de saúde para exame: Os sintomáticos respiratórios (SR) deverão submeter-se à rotina prevista para o diagnóstico de tuberculose; os assintomáticos deverão realizar radiografia de tórax quando houver disponibilidade desse recurso. IDENTIFICAR OS DADOS DE INVESTIGAÇÃO, DO DIAGNÓSTICO E DO ACOMPANHAMENTO DOS CASOS DE TUBERCULOSE REGISTRADOS NA UBSF, E, DIVERSOS INSTRUMENTOS DE COLETA (FICHA DE NOTIFICAÇÃO E DE INVESTIGAÇÃO, LIVRO DE REGISTRO DE SINTOMÁTICO RESPIRATÓRIO, OUTROS) E O FLUXO DE INFORMAÇÃO E A SUA DIVULGAÇÃO NO SINAN 1. Livro de registro e acompanhamento de casos de Tuberculose: Livro de registro e acompanhamento de tratamento dos casos de Tuberculose: permite acompanhar a evolução e o desfecho do tratamento dos doentes e serve como base para preenchimento da ficha de notificação/investigação e do boletim de acompanhamento de casos do Sinan. 2. Livro de registro de Sintomáticos Respiratórios: Instrumento utilizado para registro dos sintomáticos respiratórios identificados e da investigação diagnóstica. Além disso, subsidia o monitoramento do alcance de metas de busca de SR pelos serviços de saúde. Permite também verificar o tempo decorrido entre a identificação do caso e a realização do exame pelo paciente, o seguimento do protocolo para o diagnóstico e ainda o percentual de positividade em cada serviço. 3. Ficha de notificação/ investigação: A ficha de notificação/investigação de tuberculose deve ser utilizada para notificar todas as pessoas com TB ativa, ou seja, os casos novos, as recidivas, os reingressos após abandono e as transferências, é um instrumento padronizado para entrada de dados no Sinan e que deve ser preenchido pela unidade notificante e encaminhado ao 21 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 primeiro nível informatizado. Esse instrumento possui dados gerais sobre o paciente, antecedentes epidemiológicos, dados clínicos, laboratoriais e sobre o tratamento. As pessoas que nunca foram registradas no Sinan e foram descobertas após a morte, em decorrência da realização de investigação epidemiológica, devem ser notificados com o tipo de entrada ‘pós- óbito’. 4. Boletim de acompanhamento: instrumento de registro gerado pelo Sinan que é utilizado para analisar os resultados do acompanhamento dos casos de tuberculose atendidos nas unidades de saúde. - O fluxo de registro da investigação epidemiológica contempla, pelo menos, quatro instrumentos: - Notificação na pág. 14 - SINAN na Tuberculose É a principal fonte de dados da Vigilância Epidemiológica da tuberculose nas instâncias federal, estadual e municipal. O Sinan tem por objetivo coletar, transmitir, consolidar dados gerados rotineiramente pela Vigilância Epidemiológica, por uma rede informatizada, possibilitando, assim, a disseminação de dados e divulgação de informações. 22 Eduarda Oliveira Cochito MedicinaUniderp TXXIV PINESC II - 2020 Os casos devem ser notificados utilizando a Ficha de notificação/investigação de tuberculose. A entrada de dados da ficha de notificação/investigação no Sinan deverá ser realizada sempre pelo município notificante, independentemente do local de residência do paciente. - O caso deverá ser notificado através do preenchimento da ficha de notificação do SINAN, pelo profissional de saúde (enfermeiro ou médico) da UBS que atendeu o paciente. Essa ficha deverá ser encaminhada ao 1.º nível informatizado para digitação no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) - Todos os materiais informativos elaborados pelos técnicos do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) a partir dos dados do Sinan estão disponíveis nas páginas oficiais do Ministério da Saúde. Uma ferramenta disponibilizada pelo DataSus, que permite a disseminação e o uso das informações, é o TabNet - Outro canal importante de divulgação dos dados de TB é a Sala de Apoio à Gestão Estratégica (SAGE), onde os indicadores constantes nos Planos de Governo estão disponibilizados e são atualizados sistematicamente, pelo PNCT. O acesso é público. DESCREVER E JUSTIFICAR A IMPORTÂNCIA DE ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO E O DIAGNÓSTICO EPIDEMIOLÓGICO PARA O CONTROLE DOS CONTATOS E AS MEDIDAS PARA A REDUÇÃO DA TRANSMISSÃO DA TUBERCULOSE NA ESF E NO DOMICILIO DA PESSOA DOENTE - A TB pulmonar e a TB laríngea são classificadas como doenças de transmissão aérea e requerem medidas administrativas, ambientais e de proteção individual que diminua o risco de transmissão da doenca. - Segundo a OMS, devem ser elaboradas políticas para controle da infecção tuberculosa em unidades de saúde, prisões e instituições de saúde de longa permanência (GRANICH et al., 1999; WHO, 2009; TELLES; KRITSKI, 2007). - Informações das medidas adm, ambientais e de proteção individual tiradas do: https://bit.ly/32AodVJ - Manual de Recomendações Para o Controle da TB no Brasil (2019) 1. Medidas Administrativas / Gerenciais: - É consenso que as medidas administrativas, isoladamente, são as mais efetivas na prevenção da transmissão da TB. Essas medidas devem se basear no monitoramento do percurso do sintomático respiratório (SR) e/ou do paciente com tuberculose pulmonar bacilífero e seu tempo de permanência nos diferentes locais da unidade de saúde, visando a agilizar seu atendimento e a reduzir seu tempo de permanência no serviço. https://bit.ly/32AodVJ 23 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 - Ex: identificação de fluxo de procedimentos diagnósticos para TB, disponibilização de tratamento e monitoramento de notificação de casos de TB; promoção de educação permanente dos profissionais de saúde para garantir adesão às medidas de biossegurança, diminuir o retardo no diagnóstico de TB pulmonar e promover o adequado tratamento antiTB; elaboração de planejamento e/ou protocolo para assegurar rápida identificação e condução do SR 2. Medidas de Controle Ambiental / Engenharia: - As medidas de controle ambiental incluem adaptação de mobiliário e dos espaços de atendimento com eventuais reformas ou construção de espaços adequados. - Ex: escolha de ambientes bem ventilados (salas de espera) para permanência de possíveis SR antes do atendimento. Havendo condições, devem ser designadas áreas externas para esta finalidade; definir local adequado para coleta de escarro, de preferência em área externa, cuidando para que haja suficiente privacidade para o paciente. Não utilizar cômodos fechados para coleta de escarro, como banheiros; estabelecer local adequado para coleta de exame de escarro induzido. 3. Medidas de Proteção Individual / Proteção Respiratória: - É necessário que se estabeleçam locais para a utilização correta das máscaras, o que implica em identificação de barreiras físicas a partir de onde elas devem ser utilizadas (salas de atendimento, isolamentos, entre outras). É importante esclarecer a necessidade do seu uso aos pacientes e familiares, evitando constrangimentos e estigmatização. 24 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 - Recomenda-se o uso de máscaras tipo PFF2 (padrão brasileiro e da União Europeia) ou N95 (padrão dos Estados Unidos) em locais previamente identificados, para: - Na utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI), é necessário levar em consideração as seguintes observações: ✓ Prevenção: - As principais medidas de prevenção e controle da tuberculose dizem respeito à identificação precoce de casos suspeitos e tratamento adequado dos casos confirmados. Também são 25 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 importantes a oferta da vacina BCG, que previne as formas mais graves em crianças, a implementação da identificação e do tratamento da infecção latente da tuberculose, além das medidas de controle de infecção por aerossóis em serviços de saúde 1. Controle dos contatos: Todos os contatos dos doentes de tuberculose, prioritariamente dos pacientes pulmonares positivos, devem comparecer à unidade de saúde para exame. Quando diagnosticada a tuberculose em crianças, a equipe de saúde deverá examinar os contatos adultos para busca do possível caso fonte. Após serem examinados e não sendo constatada tuberculose-doença, deve-se orientá-los a procurarem a unidade de saúde, em caso de aparecimento de sintomatologia respiratória. 2. Diagnóstico e tratamento: identificação dos casos índices e SR 3. Notificação 4. Vacina BCG: indicada para as crianças de zero a quatro anos de idade, sendo obrigatória para menores de um ano. - Recomenda vacinar: • Os recém-nascidos, sempre que possível na maternidade, desde que tenham peso igual ou superior a 2kg e sem interferências clínicas. Observação: Os recém-nascidos contatos de tuberculosos bacilíferos farão previamente a quimioprofilaxia, conforme exposto no item que trata desse procedimento preventivo. • Os recém-nascidos, filhos de mães com aids. • Crianças soropositivas para HIV ou filhos de mães com aids, desde que sejam tuberculino- negativas e que não apresentem os sintomas dessa síndrome. Os vacinados nessas condições deverão ser acompanhados pela vigilância epidemiológica, nas unidades de referência para aids. • Contatos de doentes com hanseníase. Nesses casos, deve-se seguir as normas estabelecidas pelo Programa de Controle da Hanseníase. • Profissionais de Serviços de Saúde e novos profissionais admitidos nesses serviços serão vacinados desde que sejam negativos à tuberculina. Para os profissionais lotados nos serviços de saúde de hansenianos, o procedimento da vacinação obedecerá às normas mencionadas no item anterior. 5. Ações de educação em saúde: é necessário esclarecer à comunidade, quanto aos aspectos importantes da doença, sua transmissão, prevenção e tratamento. O desconhecimento leva à discriminação do doente, no âmbito familiar e profissional. O afastamento compulsório do trabalho contribui para o agravamento do sofrimento do paciente 26 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 RECONHECER AS ATRIBUIÇÕES DAS INSTÂNCIAS (FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL) NO CONTROLE DA TUBERCULOSE, COM ENFOQUE PARA AS AÇÕES DA ESF 1. Federal - O Ministério da Saúde é o órgão do Poder Executivo Federal responsável pela organização e elaboração de planos e políticas públicas voltados para a promoção, prevenção e assistência à saúde dos brasileiros. Tem como missão promover a saúde da população mediante a integração e a construção de parcerias com os órgãos federais, as unidades da Federação, os municípios, a iniciativa privada e a sociedade, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida e para o exercício da cidadania. I. propor, coordenar, supervisionar, monitorar e avaliar as ações de vigilância,de prevenção e de controle da tuberculose; II. elaborar normas técnicas e operacionais relativas às ações de promoção à saúde, prevenção, controle e atenção da tuberculose, em articulação com as demais unidades competentes; III. monitorar as informações relativas à tuberculose, por meio dos sistemas oficiais de informação em articulação com as demais unidades competentes; IV. assessorar e cooperar tecnicamente com os estados, municípios e Distrito Federal na implantação e implementação das ações de promoção à saúde, prevenção e controle da tuberculose; V. promover o processo de educação permanente junto aos estados, municípios e Distrito Federal, relacionados às ações de promoção à saúde, prevenção e controle da tuberculose, em articulação com as demais unidades competentes; VI. capacitar profissionais de vigilância em saúde, em caráter suplementar e em articulação com as demais unidades competentes, em sua área de atuação; VII. propor linhas prioritárias para o desenvolvimento de estudos, pesquisas, análises e outras atividades técnico-científicas de interesse para vigilância, prevenção e controle da tuberculose; VIII. planejar e monitorar o fornecimento e estoques dos insumos estratégicos para prevenção e controle da tuberculose, em articulação com as demais unidades competentes; IX. fomentar a comunicação e divulgação das ações de prevenção e controle da tuberculose, em articulação com as demais unidades competentes. 2. Estadual Compete à área técnica ou aos Programas Estaduais de Controle da Tuberculose: - Gerenciar e executar supletivamente as ações de controle da tuberculose 27 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 - Realizar articulações intra e intersetoriais que possam fortalecer as ações de controle da tuberculose - Monitorar os indicadores epidemiológicos e acompanhar o cumprimento das metas estabelecidas nos instrumentos de gestão do SUS - Executar as rotinas de vinculação dos casos de tuberculose de transferências intermunicipais notificados no Sinan e monitorar a completitude dos dados com vistas à melhoria da qualidade da informação - Gerenciar e monitorar os casos em tratamentos especiais para tuberculose pelo Sistema de Informação de Tratamentos Especiais de Tuberculose (SITE-TB) - Analisar e divulgar informações epidemiológicas por meio de boletins e informes e utilizá-las para fins de definição de prioridades, planejamento, monitoramento, avaliação, bem como para o fortalecimento da transparência ativa e do controle social - Priorizar municípios para o controle da tuberculose segundo critérios epidemiológicos e operacionais - Realizar visitas de monitoramento das ações de controle da tuberculose aos municípios prioritários para o controle da doença - Realizar o controle logístico, calcular a demanda e armazenar adequadamente os medicamentos para tuberculose e insumos no nível estadual - Promover e participar da capacitação de recursos humanos na área de tuberculose, fomentando a integração entre instituições de ensino e o serviço - Assessorar as coordenadorias regionais na implantação e/ou implementação do Programa de Controle da Tuberculose nos municípios; - Entres outros.... 3. Municipal - Executar as ações para o controle da tuberculose localmente e supervisionar/monitorar no nível central do município; - Realizar articulações intra e intersetoriais que possam fortalecer as ações de controle da tuberculose; - Monitorar os indicadores epidemiológicos, bem como acompanhar o cumprimento de metas propostas nos instrumentos de gestão do SUS; - Coordenar a Busca Ativa de sintomáticos respiratórios no município, bem como supervisionar e participar da investigação e do controle dos contatos de pessoas com tuberculose na comunidade; 28 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 - Notificar os casos de tuberculose ao Sinan, bem como acompanhá-lo, por meio do sistema de informação, durante todo o tratamento, com a geração de boletins de acompanhamento mensal; - Analisar e divulgar informações epidemiológicas por meio de boletins e informes e utilizá-las para fins de definição de prioridades, planejamento, monitoramento, avaliação, bem como para o fortalecimento da transparência ativa e do controle social; - Realizar visitas de monitoramento das ações de controle da tuberculose aos serviços de saúde; - Assegurar a realização dos exames diagnósticos, conforme preconizado nas normas; - Participar da operacionalização do tratamento diretamente observado no município e acompanhar as medidas de controle preventivas e profiláticas; - Providenciar, junto ao órgão regional ou estadual, os medicamentos para o tratamento da tuberculose e distribuí-los às respectivas unidades de saúde; - Articular-se com as unidades executoras, como as equipes da Estratégia Saúde da Família e/ou de agentes comunitários e com os segmentos organizados da comunidade, aperfeiçoando as ações de controle da tuberculose em todas as suas fases, inclusive com a participação da sociedade civil na promoção à saúde e no controle social das ações realizadas pelos três níveis de governo - Entre outros... A ESF na Tuberculose No caso específico da TB, as equipes de saúde da família, por estarem inseridas na comunidade, podem contribuir para o controle da doença, pois o trabalho é realizado de acordo com cada realidade local. Desenvolvem-se atividades de educação em saúde, busca de sintomáticos respiratórios, realiza-se a supervisão medicamentosa, o monitoramento dos contactantes, a busca de faltosos, esclarecendo questões relacionadas à doença, tratamento e possíveis dúvidas que surgem no decorrer do tratamento. Uma das estratégias fundamentais para o controle da TB é a detecção precoce dos casos. A busca ativa de sintomáticos respiratórios deve ser uma atitude permanente e incorporada à rotina de atividades de todos os membros da equipe de saúde, não apenas nos serviços de saúde, mas também nas atividades realizadas na coletividade, seja por meio de visita domiciliar, reuniões com os membros da comunidade. - Por meio da descentralização das ações em saúde e reestruturação dos serviços, a ESF assume um papel essencial no controle da tuberculose, com chances de se tornar protagonista no combate à doença, uma vez que durante a visita domiciliária pode-se identificar o SR e criar vínculo com as pessoas da comunidade, o que poderá facilitar a adesão ao tratamento. - É de responsabilidade da equipe de APS, seja estratégia saúde da família ou unidade de saúde tradicional, a Busca Ativa, a classificação e estratificação do risco, o acompanhamento e 29 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 tratamento, bem como o encaminhamento para outro nível de atenção, quando for o caso, garantindo sempre a vinculação do usuário com a equipe de APS 30 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 CONTROLE SOCIAL ➢ Reconhecer e descrever as bases legais que regulamentam a participação social na UBSF e na esfera municipal (composição e critérios de escolha dos conselheiros, duração de mandato, estrutura e funcionamento), por meio dos conselhos de saúde ➢ Reconhecer as competências do conselho de saúde em cada instância de governo (federal, estadual e municipal), bem como os documentos elaborados pelos conselhos ➢ Descrever as bases legais que estabelecem a organização e as competências relacionadas às Conferências de Saúde, em cada instância de governo ➢ Identificar a dinâmica e o papel de cada membro do Conselho Local e Municipal de Saúde ✓ LEI Nº 8.080 = Regulamentação do SUS ✓ LEI Nº 8.142, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1990 = Concretização do CONTROLE SOCIAL, através das seguintes instâncias: Conselhosde Saúde e Conferências de Saúde. CONSELHOS DE SAÚDE - O Conselho de Saúde, no âmbito de atuação (Nacional, Estadual ou Municipal), em caráter permanente e deliberativo, órgão colegiado composto por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde na instância correspondente, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído em cada esfera do governo. - Deve funcionar mensalmente, ter ata que registre suas reuniões e infraestrutura que dê suporte ao seu funcionamento - O número de conselheiros será indicado pelos plenários dos conselhos de saúde e das conferências de saúde, devendo ser definido em lei (municipal, estadual e federal). - Onde atua o Conselho de Saúde: Na formulação de estratégias e no controle da execução da política de saúde, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros. O conselho analisa e aprova 31 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 o plano de saúde. Analisa e aprova o relatório de gestão. Informa a sociedade sobre a sua atuação. - Portaria 453/12: estabelece diretrizes para instituição, reformulação, reestruturação e funcionamento dos Conselhos de Saúde e revoga a Resolução nº 333/2003 • Comissão Intergestores Tripartite (CIT): Foro de negociação e pactuação entre gestores federal, estadual e municipal, quanto aos aspectos operacionais do SUS • Comissão Intergestores Bipartite (CIB): Foro de negociação e pactuação entre gestores estadual e municipais, quanto aos aspectos operacionais do SUS 32 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 ✓ Deve possuir: 33 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 ✓ Tipos de deliberações: - Resolução: Decisão de caráter geral, devem ser obrigatoriamente homologadas pelo Poder Executivo em até 30 dias - Recomendação: Sugestão, advertência ou aviso a respeito do conteúdo ou da forma de execução de uma política ou ação de saúde. - Moções: Manifestação de aprovação, reconhecimento ou repúdio de determinado assunto ou fato. CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE - O Conselho Nacional de Saúde é formado por 48 conselheiros(as) titulares e seus respectivos primeiro e segundos suplentes. De acordo com o Regimento Interno do CNS, a composição do Conselho é definida da seguinte forma: 1. Entidades e Movimentos Sociais de Usuários do SUS 2. Entidades Nacionais de Profissionais de Saúde/Comunidade Científica na Área da Saúde; 3. Entidades Nacionais de Prestadores de Serviços de Saúde e das Nacionais com Atividades na Área da Saúde; 4. Segmento do Governo Federal. - 50% dos membros representantes de entidades e dos movimentos sociais de usuários do SUS, escolhidos em processo eleitoral direto; A fim de manter equilíbrio dos interesses envolvidos, a distribuição das vagas é paritária, ou seja, 50% de entidades e movimentos representativos de usuários, 25% devem ser profissionais de saúde e os outros 25% devem ser gestores e 34 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 prestadores de serviço. Qualquer pessoa pode presidir o Conselho de Saúde, desde que seja conselheiro e participe do processo de eleição deste colegiado. ✓ Atribuições específicas: • Formulação de estratégias e no controle da execução da Política Nacional de Saúde, na esfera do Governo Federal, inclusive nos aspectos econômicos e financeiros • Estabelecer diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos de saúde, em razão das características epidemiológicas e da organização dos serviços • Elaborar cronograma de transferência de recursos financeiros aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, consignados ao SUS • Aprovar os critérios e os valores para remuneração de serviços e os parâmetros de cobertura de assistência • Propor critérios para a definição de padrões e parâmetros assistenciais • Acompanhar e controlar a atuação do setor privado da área da saúde, credenciado mediante contrato ou convênio • Acompanhar o processo de desenvolvimento e incorporação científica e - tecnológica na área de saúde, visando à observação de padrões éticos compatíveis com o desenvolvimento sociocultural do País • Articular-se com o Ministério da Educação quanto à criação de novos cursos de ensino superior na área da saúde, no que concerne à caracterização das necessidades sociais • Fortalecer a participação e o controle social no SUS. CONSELHOS ESTADUAIS DE SAÚDE - Realiza o papel geral dos conselhos, porém em âmbito estadual ✓ Atribuições específicas: • Formulação de estratégias e controle da execução das políticas de saúde, inclusive em aspectos econômicos. 35 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 • Deliberar sobre: - Política de saúde do estado; - Direção estadual do SUS; - Regimento interno CONSELHOS MUNICIPAIS DE SAÚDE - Realiza o papel geral dos conselhos, porém em âmbito municipal; - Deve receber trimestralmente a prestação de contas do Fundo Municipal de Saúde feita pelo gestor municipal de saúde; - Deve aprovar o Plano Municipal de Saúde e Relatório de Gestão; - Deve conhecer as necessidades da comunidade e do município, a fim de aumentar a resolubilidade das ações em saúde ➢ Além dos Conselhos Municipais, Estaduais e o Federal existem os: - Conselhos locais de saúde: Possibilitam a proximidade entre a comunidade e os serviços de saúde e as demais organizações do bairro. - Conselhos de saúde distritais: Cuidam de uma região ou de um distrito sanitário com uma ou mais unidades de saúde e uma ou mais comunidades que guardam entre si identidade geográfica, socioeconômica e epidemiológica. CONFERÊNCIAS - É o fórum que reúne todos os segmentos representativos da sociedade, um espaço de debate para avaliar a situação de saúde, propor diretrizes para a formulação da política de saúde nas três esferas de governo. É convocada pelo Poder Executivo ou pelo conselho de saúde, quando 50% + 1 dos integrantes desse fórum conclamam a conferência. Acontece de 4 em 4 anos. É realizada pelas esferas municipal, estadual e federal. É o espaço de debate, formulação e avaliação das políticas de saúde. - Artigo 1º da lei 8142/90: I - a Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro anos com representação dos vários segmentos sociais, para avaliar a situação da saúde e propor as diretrizes para a formulação da política de saúde nos níveis correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou, extraordinariamente, por este ou pelo Conselho de Saúde; (...)”. 36 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 - Artigo 90 da Lei n.º 378, de 13 de janeiro de 1937 = Início do debate periódico e sistemático sobre a saúde no país, apontando as diretrizes de formulação de políticas para a área nas esferas de gestão municipal, estadual e nacional; - Lei nº 8.142: Estabeleceu-se uma periodicidade de 4 anos para a realização das Conferências; - Tem como objetivo principal avaliar a situação da saúde e propor diretrizes para a formulação de novas políticas de saúde em todos os níveis de gestão; 37 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 ESF, NASF E ABORDAGEM FAMILIAR ESF - ESF: visa à reorganização da atenção básica no País, de acordo com os preceitos do SUS, e é tida pelo MS e gestores estaduais e municipais como estratégia de expansão, qualificação e consolidação da atenção básica por favorecer uma reorientação do processo de trabalho com maior potencial de aprofundar os princípios, diretrizes e fundamentos da atenção básica, de ampliara resolutividade e impacto na situação de saúde das pessoas e coletividades, além de propiciar uma importante relação custo - efetividade. Um ponto importante é o estabelecimento de uma equipe multiprofissional - ESF composta por, no mínimo: - Médico generalista, ou especialista em Saúde da Família, ou médico de Família e Comunidade; - Enfermeiro generalista ou especialista em Saúde da Família; - Auxiliar ou técnico de enfermagem; - ACS - Podem ser acrescentados a essa composição os profissionais de Saúde Bucal: cirurgião- dentista generalista ou especialista em Saúde da Família, auxiliar e/ou técnico em Saúde Bucal. 38 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 - Cada equipe de Saúde da Família (eSF) deve ser responsável por, no máximo, 4.000 pessoas, sendo a média recomendada de 3.000 pessoas, respeitando critérios de equidade para essa definição. - Recomenda-se que o número de pessoas por equipe considere o grau de vulnerabilidade das famílias daquele território, sendo que, quanto maior o grau de vulnerabilidade, menor deverá ser a quantidade de pessoas por equipe. ✓ Principais programas da Atenção Primária a serem executadas pelas ESF: - Atenção à Saúde da Criança, Atenção à Saúde da Mulher, Controle de hipertensão e diabetes, Controle de Tuberculose, Eliminação da Hanseníase, Ações de saúde bucal ✓ Avaliação das atividades da ESF: O Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB) é um sistema de informação responsável por armazenar e sistematizar os dados coletados, gerando relatórios de acompanhamento e avaliação que vão mostrar como está a situação de vida e saúde da população. ✓ Constitui-se em desafios à ESF sua integração à rede assistencial, o aumento de sua resolutividade e a capacidade de compartilhar e fazer a coordenação do cuidado. Com o objetivo de superar estes desafios, o Ministério da Saúde, em 2008, criou o Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF) para ampliar a abrangência e as ações da Atenção Básica, reforçando o processo de territorialização e regionalização em saúde. 39 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS - Disponível em https://bit.ly/3bD6WfP Enfermeiro: I - Realizar assistência integral (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias na USF e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc.), em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade; II - Conforme protocolos ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão, realizar consulta de enfermagem, solicitar exames complementares e prescrever medicações; III - Planejar, gerenciar, coordenar e avaliar as ações desenvolvidas pelos ACS; IV - Supervisionar, coordenar e realizar atividades de educação permanente dos ACS e da equipe de enfermagem; V - Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente do Auxiliar de Enfermagem, Auxiliar de Consultório Dentário (ACD) e Técnico em Higiene Dental (THD); VI - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. Auxiliar e Técnico de Enfermagem: Este profissional da equipe acompanha as visitas domiciliares com maior frequência e, entre as atribuições listadas abaixo, é o principal responsável pelas ações educativas na unidade. É de sua competência: I - Participar das atividades de assistência básica, realizando procedimentos regulamentados no exercício de sua profissão na Unidade de Saúde Familiar (USF) e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc.); II - Realizar ações de educação em saúde a grupos específicos e a famílias em situação de risco, conforme planejamento da equipe; III - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. Médico: I - Realizar assistência integral (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) aos indivíduos e famílias em todas as fases do desenvolvimento humano: infância, adolescência, idade adulta e terceira idade; II - Realizar consultas clínicas e procedimentos na USF e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações etc.); https://bit.ly/3bD6WfP 40 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 III - Realizar atividades de demanda espontânea e programada em clínica médica, pediatria, gineco-obstetrícia, cirurgias ambulatoriais, pequenas urgências clínico-cirúrgicas e procedimentos para fins de diagnósticos; IV - Encaminhar, quando necessário, usuários a serviços de média e alta complexidade, respeitando fluxos de referência e contrarreferência locais, mantendo sua responsabilidade pelo acompanhamento do plano terapêutico do usuário, proposto pela referência; V - Indicar a necessidade de internação hospitalar ou domiciliar, mantendo a responsabilização pelo acompanhamento do usuário; VI - Contribuir e participar das atividades de Educação Permanente dos ACS, Auxiliares de Enfermagem, ACD e THD; VII - Participar do gerenciamento dos insumos necessários para o adequado funcionamento da USF. Agente Comunitário de Saúde: I - Desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe de saúde e a população adscrita à UBS, considerando as características e as finalidades do trabalho de acompanhamento de indivíduos e grupos sociais ou coletividade; II - Trabalhar com adscrição de famílias em base geográfica definida, a microárea; III - Estar em contato permanente com as famílias desenvolvendo ações educativas, visando à promoção da saúde e à prevenção das doenças, de acordo com o planejamento da equipe; IV - Cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os cadastros atualizados; V - Orientar famílias quanto à utilização dos serviços de saúde disponíveis; VI - Desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção das doenças e de agravos, e de vigilância à saúde, por meio de visitas domiciliares e de ações educativas individuais e coletivas nos domicílios e na comunidade, mantendo a equipe informada, principalmente a respeito daquelas em situação de risco; VII - Acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e indivíduos sob sua responsabilidade, de acordo com as necessidades definidas pela equipe; e VIII - Cumprir com as atribuições atualmente definidas para os ACS em relação à prevenção e ao controle da malária e da dengue, conforme a Portaria nº 44/GM, de 3 de janeiro de 2002. Cirurgião-Dentista: I - Realizar diagnóstico com a finalidade de obter o perfil epidemiológico para o planejamento e a programação em saúde bucal; II - Realizar os procedimentos clínicos da Atenção Básica em saúde bucal, incluindo atendimento das urgências e pequenas cirurgias ambulatoriais; III - Realizar a atenção integral em saúde bucal (promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação e manutenção da saúde) individual e coletiva a todas as famílias, a indivíduos e a grupos específicos, de acordo com planejamento local, com resolubilidade; 41 Eduarda Oliveira Cochito Medicina Uniderp TXXIV PINESC II - 2020 IV - Encaminhar e orientar usuários, quando necessário, a outros níveis de assistência, mantendo sua responsabilização pelo acompanhamento do usuário e o segmento do tratamento; V - Coordenar e participar de ações coletivas voltadas à promoção da saúde e à prevenção de doenças bucais; VI - Acompanhar, apoiar e desenvolver atividades referentes à saúde bucal com os demais membros da Equipe de
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