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APLICAÇÃO DE INJEÇÃO

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APLICAÇÃO DE INJEÇÃO
Administração de Medicamentos Sublinguais e Via Boca: 
Alguns medicamentos, como a nitroglicerina, são administrados via sublingual, isto é, o comprimido é colocado sob a língua do paciente. Outro método é administrar o medicamento entre a bochecha e a gengiva (administração via boca). São áreas ricas em vasos sangüíneos superficiais, o que possibilita que o medicamento seja absorvido de forma relativamente rápida na corrente sangüínea para efeitos sistêmicos rápidos. Esses tipos de medicamentos não devem ser engolidos; devem, sim, ser mantidos sob a língua, para que a absorção total ocorra. Antes de administrar remédios sublinguais ou pela boca, o enfermeiro pode oferecer água ao paciente (se ele puder tomar líquidos) ou 
cuidados orais (se ele estiver em NPO). Isso assegura a dissolução adequada do comprimido.
Administração de Medicamentos Parenterais:
O termo enteral significa no interior dos intestinos; parenteral significa fora dos intestinos ou do canal alimentar. Assim, uma maneira de dar um medicamento pela via parenteral envolve sua injeção naqueles tecidos do corpo afastados dos intestinos ou do canal alimentar. Técnicas avançadas consistem em injetar medicamentos em uma artéria, no peritônio, nos tecidos cardíacos, no canal medular e nos ossos. As técnicas de injeção de medicamentos nessas áreas são discutidas em textos clínicos. Na maioria dos casos, os médicos são os responsáveis por tais procedimentos, e os enfermeiros 
os auxiliam. Ocorre absorção mais rápida com a injeção do que com o uso de outras vias. Injeções intravenosas são absorvidas com mais rapidez do que intramusculares, embora os efeitos destas costumem perdurar mais devido ao maior tempo de absorção. A absorção também é quase completa: assim os resultados são mais previsíveis, e a dosagem desejada pode ser determinada com maior precisão. Administrar medicamentos via injeção é uma necessidade se eles não estiverem disponíveis em outra forma. As injeções são especialmente preferidas para pacientes inconscientes, com distúrbios gastrintestinais ou 
não-cooperativos. Também são usadas em emergências, urna vez que a absorção e os resultados desejados ocorrem com maior rapidez.
Agulhas e Seringas:
As agulhas estão disponíveis em vários comprimentos e calibres, com tamanhos diferentes de bisel. Os comprimentos mais comuns variam de 0,8 a 5,1 cm. O comprimento da agulha escolhida depende da via de administração. O calibre é determinado pelo diâmetro da agulha sendo numerado de 18 a 30. À medida que aumenta o diâmetro de uma agulha, diminui o número do calibre; por exemplo, uma agulha com calibre 18 é maior do que uma de calibre 30. O bisel da agulha é sua extremidade enviesada, criada para oferecer um orifício estreito e como uma fenda, que se fecha com rapidez. 
As seringas existem em vários tamanhos. A maioria é plástica e descartável. Algumas têm uma agulha acoplada, e outras, não, caso em que o enfermeiro deve escolher a agulha mais adequada. 
Selecionar o equipamento necessário para uma injeção, com base nos seguintes critérios: 
- Via de administração: Há necessidade de uma agulha mais comprida para uma injeção intramuscular do que para uma intradérmica ou subcutânea. 
- Viscosidade da solução: Alguns medicamentos são mais 
viscosos do que outros e demandam uma agulha com lúmen maior. 
- Quantidade a ser administrada: Quanto maior a quantidade injetada, maior a capacidade da seringa
- Tamanho do corpo: Uma pessoa obesa necessita de uma agulha mais comprida para que seja alcançado o tecido muscular, se comparada a uma pessoa magra. 
- Tipo de medicamento: Há seringas especiais para alguns usos. Um exemplo é a seringa empregada para injetar insulina. Determinados medicamentos, como a injeção de 
Dextrano ferroso (Imferon), são irritantes ao tecido subcutâneo. Assim, deve ser usada uma agulha mais comprida para garantir a colocação adequada do medicamento no tecido muscular. 
Após o uso, as agulhas e as seringas são depositadas em recipientes resistentes a perfurações, sem terem as tampas recolocadas. A maioria das lesões por picadas de agulhas decorre do movimento na recolocação das tampas. É usada a técnica de uma só mão quando há necessidade de recolocação da tampa na seringa. Essa técnica e medidas adicionais de proteção dos profissionais da saúde contra a transmissão acidental de doenças infecciosas. Muitos fabricantes têm colocado tampas tipo bainha retrátil na agulha em seringas previamente carregadas. Com elas, uma vez contaminada a agulha, a porção superior desliza para a frente e sobre a agulha a fim de evitar lesões por picada. 
Para injeções parenterais, técnicas de assepsia cirúrgica precisam ser seguidas à risca para ajudar a evitar a introdução de organismos no corpo. As partes da seringa e da agulha que devem ser mantidas esterilizadas durante o procedimento de preparo e administração de uma injeção são a porção interna do cilindro, a porção do êmbolo que entra no cilindro, a extremidade do êmbolo e a agulha, menos a peça de encaixe desta. A assepsia cirúrgica também se aplica à limpeza da pele para uma injeção. Ela é limpa com álcool ou iodo povidona (Betadine), com movimentos circulares, do centro da área mareada para fora.
Sistemas sem Agulha: 
O risco para picadas acidentais de agulha e uma possível exposição a organismos patógenos no ar fica reduzido, de forma significativa, com o uso de dispositivos sem agulhas ou com agulhas protegidas. São dispositivos que evitam lesões por picada de agulha de várias formas. Os exemplos incluem agulhas que podem ter uma bainha protetora plástica, usada após sua retirada da pele, além de seringas com agulhas que se retraem, trancam-se e ficam lacradas dentro do cilindro da seringa. Sistemas sem agulhas também existem para uso intravenoso, inclusive conectares para agulhas intravenosas embainhadas e que se retraem, além de cânulas cegas que são inseridas em locais especiais de recepção em dispositivos de sondas ou fechamento. Um dispositivo sem agulha (Injex) está disponível para administração de insulina. Trata-se de um sistema que usa pressão para injetar a insulina sob a pele e o tecido subcutâneo. Não causa dor, mas é contra-indicado para pacientes muito magros ou que tomam anticoagulantes (Clarke, 2002). Todos os dispositivos sem agulha, ou com cânulas cegas, são descartados em recipientes especiais, à prova de perfurações, vazamentos, com rótulos legíveis, disponíveis em vários locais da unidade de cuidados de saúde. 
Preparo de Medicamentos para Administração por Injeção: 
Os medicamentos administrados por injeção são embalados de várias formas. Os que se deterioram em soluções costumam ser aviados em pó e reconstituídos imediatamente antes da injeção. Os que permanecem estáveis em soluções costumam ser aviados em ampolas, frascos ou vidros, em solução aquosa ou oleosa, ou em suspensão. Os medicamentos podem ser aviados em ampolas de vidro em dose única, frascos em dose única com tampa de borracha, frascos multidosagem com tampa de borracha e cartuchos pré-carregados. A Figura mostra vários tipos de ampolas e frascos, além de cartuchos pré-carregados. 
Ampolas. A ampola é um frasco de vidro com uma dose única do medicamento para administração parenteral. Não existe maneira de evitar contaminação pelo ar de qualquer porção não-utilizada de um medicamento após a abertura da ampola. Se a totalidade do remédio não for utilizada, o restante deve ser jogado fora. O medicamento é retirado de uma ampola após sua porção superior, que é mais fina, ser quebrada. Cuidar muito ao quebrar uma ampola para não se lesionar. Se isso ocorrer, jogar fora o medicamento e a ampola. Devido ao risco de pequenos fragmentos de vidro caírem no interior da ampola, usar uma agulha que filtre para retirar o medicamento do frasco e, em seguida, descartá-lo, de forma adequada antes de administrá-lo ao paciente. A ampola pode ser Invertida ou colocada em super-lide plana, para que a solução seja transferida para dentro da seringa. Deve-se ter cuidado para não contaminara agulha, tocando a borda da ampola. 
Frascos. o frasco é uma garrafinha de vidro com interruptor que se fecha, pelo qual o medicamento é retirado. Para segurança no transporte e no armazenamento, o frasco de dose única, com tampa de borracha, costuma ser coberto por uma tampa metálica fina, que pode ser retirada com facilidade. A tampa de borracha que fica depois exposta é o meio de entrada no frasco. Alguns medicamentos são preparados em frascos com várias doses. Isso significa que o enfermeiro pode retirar várias doses do mesmo recipiente. Para evitar proliferação de micróbios no frasco, cada um deles costuma valer por apenas 24 horas. Deve-se rotular o frasco, escrevendo hora e data do primeiro uso. Depois da primeira dose, limpar o tampo emborrachado com álcool, cada vez que o remédio é retirado do frasco. Para facilitar a remoção do medicamento, o enfermeiro injeta ar no interior do frasco. A quantidade de ar injetada é a mesma da quantidade desejada de solução. 
Cartuchos Pré-carregados proporcionam dose única do medicamento o enfermeiro insere o cartucho em um recipiente reutilizável. Antes de dar a injeção, ele verifica a dosagem no cartucho e retira o excesso de ar. A maioria dos cartuchos pré-carregados tem medicamento em excesso: assim, o enfermeiro precisa ejetar o excesso para oferecer uma dose exata e evitar erro de medicamento. Tubex e Carpuject são dois exemplos desses de cartuchos. 
mostrados na Figura 29.5. Similares aos cartuchos pré-carregados são as seringas pré-carregadas. Elas já têm o medicamento em seu interior e costumam ter a própria agulha já inserida. Tal como os cartuchos, também vêm com excesso de ar. Em alguns casos, o ar já está computado, não precisando ser expelido antes da administração do medicamento. Lovenox é um exemplo de seringa cujo ar não precisa ser expelido antes da administração.
Mistura de Medicamentos em uma Seringa: 
O preparo dos medicamentos em uma seringa depende de como eles são fornecidos. Ao utilizar frascos de dose única e frascos multidosagem, é injetado ar em ambos, e o medicamento do frasco multidose é retirado primeiro em uma seringa. Isso evita que o conteúdo do frasco com múltiplas doses seja contaminado pelo medicamento do frasco de dose única. O enfermeiro deve, inicialmente, assegurar-se de que ambos os medicamentos sejam compatíveis. As etapas a serem seguidas no preparo de medicamentos, retirados de dois frascos com doses múltiplas, em uma só seringa, estão ilustradas na Figura 29.6. No preparo de medicamentos de uma ampola e de um frasco, primeiro é preparado o medicamento no frasco. O que está na ampola é retirado depois. Os enfermeiros precisam estar atentos às incompatibilidades entre medicamentos em seu no preparo em uma só seringa. Alguns remédios, como o diazepam (valium), são incompatíveis com outros na mesma seringa. Outros possuem compatibilidade limitada, devendo ser administrados em 15 minutos após o preparo. Medicamentos incompatíveis podem ficar turvos ou formar um precipitado na seringa. Tais medicamentos são jogados fora e novamente preparados em seringas
INJEÇÃO INTRADÉRMICA:
EQUIPAMENTO 
- Medicamento 
- Algodão com álcool 
- Luvas descartáveis 
- MAR informatizado, prontuário do paciente ou prescrição médica do medicamento 
- Seringa esterilizada e agulha (calibre 25 a 27, comprimento entre 0,63 cm a 1.58 cm) 
- Acetona e quadrados 2,5 x 2,5 cm de gaze esterilizada (opcional)
AÇÃO
- Reunir o equipamento e verificar a prescrição do médico. 
- Explicar o procedimento ao paciente. 
- Fazer a higiene das mãos. Colocar as luvas descartáveis. Se necessário, retirar o medicamento de uma ampola ou frasco. 
- Escolher uma área na face interna do antebraço que não seja muito pigmentada ou tenha muitos pelos. A porção superior do tórax ou das costas, abaixo das escápulas, é também local injeções intradérmicas. 
- Limpar a área com algodão embebido em álcool enquanto esfregar com movimento circular e firme a partir do local da Injeção para fora. Deixar a pele secar. Se for oleosa, limpar com compressa com acetona. 
- Tirar a proteção da agulha com a mão não-dominante em um movimento direto. 
- Usar a mão não-dominante para esticar as dobras de pele no local da injeção. Retirar a tampa da agulha com a mão não-dominante usando movimento em linha reta. 
- Colocar a agulha quase em uma posição plana com a pele do paciente, com bisel para cima, e inseri-la na pele, de modo que sua ponta possa ser vista através da pele. Inserir a agulha somente 0,35 cm.
- Lentamente, injetar o agente, ao mesmo tempo em que 
observa o surgimento de uma bolha ou vergão pequeno. Se nenhum aparecer, retirar com suavidade a agulha.
JUSTIFICATIVA:
- Para garantir que o paciente receba o medicamento correto, no horário certo e pela via adequada. Muitos medicamentos intradérmicos são alérgenos potentes. podendo causar importante reação se for administrada dose Incorreta. 
- A explicação encoraja a cooperação e reduz o medo. 
- A higiene das mãos impede a disseminação de microrganismos. As luvas agem como uma barreira e protegem as mãos do enfermeiro contra exposição acidental ao sangue durante o procedimento de injeção. 
- O antebraço é um local conveniente e fácil para a introdução de um agente. via Intradérmica. Pêlos ou lesões no local da injeção podem interferir na investigação das mudanças da pele local. 
- Organismos patógenos na pele podem ser empurrados para dentro dos tecidos pela agulha. A introdução de álcool nos tecidos irrita-os e é desconfortável para o paciente, A acetona e eficaz para a remoção de substâncias oleosas da pele. 
- O retesamento da pele possibilita uma inserção fácil no tecido intradérmico
- A tampa protege a agulha do contato com microrganismos. É uma técnica que diminui o risco de picadas acidentais. 
- O tecido intradérmico é penetrado quando a agulha é mantida o mais paralela possível à pele, sendo inserida a cerca de 0.35 em.
- Surgindo vergão ou bolha pequena, o agente encontra-se no tecido Intradérmico.
INJEÇÃO INTRAMUSCULAR:
As injeções intramusculares depositam o medicamento profundamente no tecido muscular. 
Considerações anatômicas:
A escolha do local deve ser cuidadosa, considerando o estado físico geral do paciente e a finalidade do medicamento. Os músculos glúteos (médio, mínimo e quadrante superior externo do glúteo máximo) são mais usados em adultos saudáveis. O deltoide pode ser utilizado para pequenos volumes (até 2 ml; tabela).
 Os músculos glúteos só podem ser empregados em crianças pré-escolares, que já deambulam há cerca de 1 ano. Para lactentes e crianças, usa-se, com frequência, o músculo vastolateral da coxa. Em lactantes, é possível utilizar o músculo retofemoral, que é contraindicado em adultos.
· Deltoide: 
- Identificar o processo acromial e o ponto do lado do braço alinhado com a axila. 
- Inserir a agulha 2,5 a 5 cm abaixo do processo acromial, em geral dois a três dedos, em um ângulo de 90° em direção ao processo. 
- Aplicar, no máximo, 2 m nesse local.
· Glúteo dorsal: 
- Traçar uma linha a partir da espinha ilíaca superior posterior até o trocanter maior do fêmur.
- Injetar acima e externamente a ela.
- OU dividir a nádega do paciente em quadrantes .
- Injetar no quadrante superior externo, 5 a 7,5 cm abaixo da crista ilíaca. 
- Inserir a agulha em ângulo de 90°. 
- Aplicar no máximo 5 ml.
· Glúteo ventral: 
- Localizar o trocanter maior do fêmur com a mão e levar os dedos indicador e médio da espinha ilíaca superior anterior até onde alcançar ao longo da crista iliaca. 
- Inserir a agulha entre os dois dedos em um ângulo de 90° com a musculatura, retirando os dedos antes da injeção, para maior segurança. 
- Aplicar no máximo 5 ml.
· Vasto lateral: 
- Usar o músculo lateral do quadríceps desde a largura correspondente a de uma das mãos abaixo do trocanter maior à mesma largura acima do joelho.
- Inserir a agulha no terço médio distal do músculo, paralelamente à superfície em que o paciente esteja deitado. 
- Traça-se um retângulo, que será delimitado pelas linhas média anteriore lateral da coxa, aproximadamente 15 cm abaixo do trocanter maior do fêmur, e 12 cm acima do joelho, em uma faixa de 7 a 10 cm de largura.
 
- Após a delimitação do retângulo, divide-se quadrilátero em duas partes iguais, pela técnica já descrita, empregando a metade distal como local de escolha para a injeção. 
- Recomenda-se utilizar a porção inferior do terço médio da coxa, por se tratar de uma região menos inervada, o que acarretará um procedimento menos dolorido, com maior conforto para o paciente. 
- Aplicar no máximo 4 ml.
Indicação:
Quando a via oral ou endovenosa não puder ser utilizada e o medicamento tiver apresentação intramuscular. 
Contraindicações:
- Área de aplicação inflamada, infeccionada ou edemaciada 
- Cicatrizes 
- Coagulopatia 
- Doença vascular periférica oclusiva 
- Terapia trombolítica 
- Choque.
Material:
· Principal: 
- Medicação a ser administrada 
- Diluente, se necessário 
- Seringa de 3 ou 5 ml 
- Agulha de 20 a 25 G de 7,5 cm. O comprimento da agulha depende do local da injeção, da quantidade de tecido subcutâneo e do volume muscular do paciente. O calibre deve ser maior para substâncias viscosas e suspensões 
· Assepsia: 
- Luvas de procedimento 
- Compressa, gaze ou algodão embebido em álcool 
· Curativo/fixação: 
- Tintura de benjoim (opcional) 
- Esparadrapo ou Micropore® Gelo (opcional). 
Avaliação e preparo do paciente:
- Explicar o procedimento, se o paciente estiver consciente 
- Verificar se o paciente é alérgico a alguma medicação ou diluente.
- Verificar a coloração da medicação e evitar substâncias turvas, com a cor alterada ou precipitado, a não ser que haja permissão do fabricante para uso com tais alterações, pois alguns medicamentos têm essas características normalmente. 
- Solicitar termo de consentimento assinado, se possível
- Colocar o paciente em posição confortável, em pé ou em decúbito ventral horizontal, sob boa iluminação 
- Passar gaze embebida em álcool em torno do colo da ampola e rodá-la para retirar o ar do alto. Abri-la direcionando a parte superior para cima, longe de seus olhos e além de seu corpo. Retirar o medicamento mantendo o bisel abaixo do nível da medicação. Retirar o ar da seringa, sacudindo-a (petelecos ajudam), e cobrir a agulha com a tampa. Para reconstituir medicamentos em pó, seguir as instruções fornecidas pelo fabricante, certificando-se de que todos os cristais foram dissolvidos na solução. Aquecer o frasco com as mãos pode acelerar a dissolução do fármaco, desde que permitido pelo fabricante. Limpar a tampa do medicamento com gaze embebida em álcool e retirar a quantidade necessária da medicação 
- Se o paciente tiver muita dor, considerar adormecer o local com gelo antes da aplicação e, no caso de mais de 5 me de solução, injetar em locais separados 
- Escolher e adaptar a agulha apropriada. Agulhas mais calibrosas são para substâncias mais viscosas.
Técnica:
- Escolher o local para administração do medicamento 
- Limpar a pele com o algodão embebido em álcool para adstringência e assepsia 
- Afrouxar a bainha protetora da agulha, mas ainda não retirar 
- Esticar levemente a pele, com o polegar e o indicador da mão não dominante 
- Retirar a agulha da bainha, deslizando-a entre os dedos da mão não dominante e puxando a seringa para trás 
- Posicionar a seringa em um ângulo de 90° com a superfície cutânea.
- Solicitar ao paciente que relaxe a musculatura para diminuir a dor e prevenir sangramentos 
- Introduzir a agulha em um movimento rápido e firme, porém não grosseiro, através da pele e do subcutâneo, aprofundando-a até a musculatura 
- Segurar a seringa com a mão não dominante 
- Puxar o êmbolo para trás, com a mão dominante, para verificar se há refluxo sanguíneo e se a agulha está em um vaso. Não aparecendo sangue, injetar a medicação lentamente no músculo. Não deve haver muita resistência; 
uma injeção lenta e continua faz o músculo se distender gradualmente, sem necessidade de muita pressão no êmbolo e com menos dor 
- Aparecendo sangue na seringa, interromper a injeção, retirar a agulha, comprimir o local puncionado e preparar nova injeção com outro material em outro local. Não injetar solução contendo sangue 
- Após a injeção, retirar delicadamente a agulha no mesmo ângulo de entrada 
- Cobrir o local com compressa embebida em álcool e aplicar leve pressão. Caso não seja contraindicado, massagear o músculo para distribuir o fármaco.
- Retirar a compressa embebida em álcool e inspecionar o local à procura de sangramento: se houver, fazer pressão local. 
Cuidados após o procedimento:
- Observar possíveis reações adversas por, no mínimo, 30min 
- Descartar todo o material utilizado 
- Alternar os locais de aplicação 
- Pode ocorrer aumento nos níveis séricos de creatinofosfoquinase (CPK). 
Complicações: 
- Abscesso
- Depósitos de medicação não absorvida 
- Fibrose local 
- Flebite 
- Sangramento 
- Relativas ao medicamento administrado: fenômenos alérgicos 
- Embolia.
INJEÇÃO INTRAVENOSA
A injeção intravenosa (IV) permite a administração rápida de fármacos e é ideal em situações de emergência. Doses de medicamentos em bolus podem ser administradas diretamente em uma veia por meio de equipo intravenoso existente ou de um injetor para acesso vascular implantado. A punção venosa pode ser feita para obter sangue venoso, em geral na fossa antecubital, no dorso da mão ou do pé ou na veia do antebraço.
Considerações anatômicas 
- Escolher as veias mais calibrosas e adequadas para uma injeção, diluindo o medicamento e diminuindo a irritação vascular
- Optar pelas veias mais distais possíveis, preservando a integridade venosa para se houver necessidade de uso posterior para fístulas arteriovenosas.
Indicação:
- Quando as vias oral e intramuscular não puderem ser utilizadas e o medicamento tiver apresentação intravenosa. Sempre que possível, por ser a menos invasiva. 
Contraindicações:
- Local de aplicação inflamado, infeccionado ou edemaciado 
- Regiões com cicatrizes 
- Vigência de terapia trombolítica. 
Material:
· Principal: 
- Medicação a ser administrada 
- Diluente, se necessário 
- Seringa de 3 ou 5 ml e outra seringa com soro fisiológico a 0,9% 
- Agulha de 20 G ou apropriada para cateter implantado
- Torniquete 
- Escalpelo com cateter 
· Assepsia: 
- Luvas de procedimento 
- Gaze ou algodão embebido em álcool ou polivinilpirrolidona-iodo (PVP-I) 
· Curativo/fixação: 
- Tintura de benjoim (opcional) 
- Esparadrapo ou Micropore® Gelo (opcional).
Avaliação e preparo do paciente: 
- Explicar o procedimento para o paciente, se ele estiver consciente. Se for criança, explicar à mãe e pedir-lhe que a contenha junto ao peito e, ao pai, que mantenha imóvel o local da veia escolhida
- Procurar saber se o paciente é alérgico a alguma medicação, se tem asma, urticária ou edema de Quincke 
- Verificar a coloração da medicação e evitar substâncias turvas, com a cor alterada ou com precipitado, a não ser que haja permissão do fabricante para uso com tais alterações 
- Solicitar termo de consentimento assinado, se possível 
- Colocar o paciente, se for adulto, em posição confortável, sentado ou em decúbito dorsal horizontal, sob boa iluminação 
- Passar gaze embebida em álcool em torno do colo da ampola e rodá-la para retirar o ar do alto: Abrir direcionando a parte superior para cima, longe de seus olhos e além de seu corpo. Aspirar o conteúdo, mantendo o bisel abaixo do nível da medicação. Retirar o ar da seringa, sacudindo-a. Cobrir a agulha com a tampa. Para dissolver o pó, seguir as instruções fornecidas pelo fabricante, certificando-se de que a totalidade do sal foi atingida e diluída pelo solvente. Aquecer o frasco com as mãos pode acelerar a dissolução do fármaco. Limpar a tampa do frasco com gaze embebida em álcool e retirar a quantidade necessária a ser aplicada. 
Técnica:
- Aplicar torniquete acima do local desejado para distender a veia: 
· Massagear o local com suavidade, sem bater. Os "tapinhas" sobre a veia devem ser evitados, pois além de dolorosos podem lesar o vaso, sendo desnecessários· Abrir e fechar a mão, fletir e estender o antebraço são exercícios recomendados: podem facilitar o procedimento 
· Aquecer o local com compressas mornas ou bolsas de água quente também pode ajudar
- Escolher o local para administração do medicamento, visando à necessidade momentânea e projetando necessidades futuras 
- Limpar a pele com gaze embebida em álcool ou iodopovidona, em movimento radial para fora do local de punção, evitando recontaminação com bactérias cutâneas 
- Posicionar a agulha do escalpelo em um ângulo de 30° com a superfície cutânea, com o bisel para cima. A agulha deve penetrar 6 mm na veia 
- Quando vier sangue no tubo, adaptar a seringa com medicação 
- Puxar o êmbolo com a mão dominante para verificar se há refluxo sanguíneo, indicando que a agulha está em uma veia. Se o êmbolo for expelido pela força do sangue, é porque está em uma artéria, devendo-se retirar comprimir. Se não aparecer sangue, tentar novamente. No caso de realizar uma punção venosa para coleta de sangue, não puxar o êmbolo com rapidez, pois isso pode fazer a veia colabar. Se estiver usando um tubo a vácuo, segurar a agulha com firmeza, empurrar tubo até a agulha e puncionar a tampa de borracha, pois o sangue irá fluir para o tubo automaticamente 
- Retirar o torniquete 
- Injetar a medicação lentamente, indagando se paciente sente algo. Diminuir a velocidade ou, se for o caso, interromper a administração 
- Puxar o êmbolo novamente, visando ao refluxo sanguíneo, para confirmar que a agulha e a medicação estão no local correto 
- Irrigar o cateter com soro fisiológico a 0,9%, para infundir toda a medicação que restou no sistema 
- Retirar a agulha e aplicar pressão com gaze estéril no local puncionado, por pelo menos 3 min. O tempo recomendado é de 5 min 
- Realizar um curativo oclusivo pequeno. 
Cuidados após o procedimento: 
- Observar possíveis reações adversas por, no mínimo, 30min 
- Verificar sinais de anafilaxia 
- Descartar todo o material utilizado.
Complicações: 
- Embolia 
- Esclerose venosa 
- Extravasamento do medicamento: necrose tecidual
- Infecções e abscessos. 
- Flebite 
- Sangramento, equimose, hematoma e pseudoaneurisma 
- Relativas ao medicamento administrado: fenômenos alérgicos
INJEÇÃO SUBCUTÂNEA 
A injeção subcutânea (SC) deposita o medicamento no tecido subcutâneo, causando menor traumatismo tecidual e implicando menor risco de atingir grandes vasos e nervos. Nesse caso, o fármaco é absorvido por capilares.
Considerações anatômicas:
As principais áreas para aplicar a injeção subcutânea são os coxins gordurosos no abdome, as partes superior e lateral das coxas, as nádegas e as regiões medial e posterior dos braços. Para alguns medicamentos, como insulina e anticoagulantes, deve-se fazer rodízio dos locais. Ao utilizar a mesma área novamente, selecionar um local diferente. O local preferencial de administração das heparinas é o baixo-ventre, 5 cm abaixo da cicatriz umbilical, entre as cristas ilíacas direita e esquerda. Local inflamado, infeccionado ou edemaciado deve ser evitado, bem como cicatrizes.
Indicação:
Quando as vias oral e intravenosa não puderem ser utilizadas e o medicamento tiver apresentação subcutânea. 
Contraindicação: 
A coagulopatia é uma contraindicação relativa.
 
Material 
· Principal: 
- Medicação a ser administrada 
- Diluente, se necessário 
- Seringa de 1 a 3 ml
- Agulha de 25 a 27 G curta (1 a 1,5 cm) 
· Assepsia: 
- Luvas de procedimento 
- Compressa, gaze ou algodão embebido em álcool, polivinilpirrolidona-iodo (PVP-I) ou clorexidina (opcional) 
· Curativo/fixação: 
- Tintura de benjoim (opcional) 
- Esparadrapo ou Micropore® Gelo (opcional), para analgesia.
Avaliação e preparo do paciente:
- Explicar o procedimento, caso o paciente esteja consciente 
- Verificar se o paciente é alérgico a alguma medicação 
- Verificar a coloração da medicação e evitar substâncias turvas, com a cor alterada ou com precipitado, a não ser que haja permissão do fabricante para uso com tais alterações 
- Colocar o paciente em posição confortável, sob boa iluminação 
- Passar gaze embebida em álcool em torno do colo da ampola e rodá-la para retirar o ar do alto. Abrir direcionando a parte superior da ampola para além de seu corpo e longe de seus olhos. Retirar o medicamento, mantendo o bisel abaixo do nível da medicação. Retirar o ar da seringa, sacudindo-a (petelecos ajudam) e cobrir a agulha com a tampa. Para reconstituir medicamentos sólidos, seguir as instruções fornecidas pelo fabricante, certificando-se de que todos os cristais foram dissolvidos na solução. Aquecer o frasco com as mãos pode acelerar a dissolução do fármaco, desde que permitido pelo fabricante. Limpar a tampa do medicamento com gaze embebida em álcool e retirar a quantidade necessária da medicação 
- Se o paciente apresentar muita dor, considerar adormecer o local com gelo antes da aplicação, compressão firme bidigital da área selecionada também pode minimizar a dor, desviando a atenção do paciente 
- Adaptar a agulha apropriada.
Técnica:
- Escolher o local para administração do medicamento, visando à necessidade momentânea 
- Limpar a pele com algodão embebido em álcool, começando no centro e fazendo um movimento circular espiral, evitando trazer microrganismos para o centro 
- Esperar a pele secar 
- Afrouxar a bainha protetora da agulha, mas sem retirá-la 
- Segurar a pele com a mão não dominante e levantar o tecido subcutâneo, formando uma prega de gordura com mais ou menos 2,5 cm 
- Retirar a agulha da bainha, deslizando-a entre os dedos da mão não dominante, e puxar a seringa para trás 
- Posicionar a seringa em um ângulo de 45 a 90° com a superfície cutânea, com o bisel para cima. Algumas medicações devem ser aplicadas sempre em 90°, e isso deve ser informado pelo fabricante.
- Introduzir a agulha rapidamente em um movimento firme, mas não grosseiro, através da pele e do subcutâneo 
- Liberar a pele, afrouxando o tecido 
- Segurar a seringa com a mão dominante 
- Puxar o êmbolo para trás com a mão dominante, para verificar se há refluxo sanguíneo e se a agulha está em um vaso. Esse procedimento não é necessário com administração de heparina, para evitar hematomas. Se não 
aparecer sangue, injetar a medicação lentamente no subcutâneo. Não deve haver muita resistência, uma injeção lenta e continua faz o tecido subcutâneo se distender gradualmente, sem necessidade de muita pressão no êmbolo.
 
- Se aparecer sangue na seringa, interromper a injeção, retirar a agulha, comprimir o local puncionado até a coagulação (5 mm) e preparar nova injeção, com outro material, em outro local. Não injetar solução contendo 
sangue 
- Após a injeção, retirar rápida e delicadamente a agulha no mesmo ângulo de entrada 
- Cobrir o local com compressa embebida em álcool e aplicar leve pressão. Pode-se massagear para distribuir o fármaco, sendo contraindicado quando o medicamento utilizado for heparina ou insulina 
- Retirar a compressa embebida em álcool e inspecionar o local à procura de sangramentos. Se houver, fazer compressa local por, no mínimo, 10 min.
Cuidados após o procedimento:
- Observar possíveis reações adversas por, no mínimo, 30min 
- Descartar todo o material utilizado 
- Alternar os locais de aplicação. 
Complicações: 
- Abscesso 
- Lipodistrofia 
- Depósitos de medicação não absorvida 
- Fibrose local 
- Flebite 
- Sangramento e hematomas 
- Relativas ao medicamento administrado: fenômenos alérgicos 
- Embolia.

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