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Trabalho NPK concluído

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Nitrogênio
Funções do Nitrogênio para as plantas 
O nitrogênio está presente no ar em grandes quantidades, superando até mesmo as quantidades de oxigênio, apresentando-se em 75% a 80% da composição do ar atmosférico. No entanto, é um gás inerte e insolúvel e não tem valor nenhum para as plantas, a não ser as leguminosas, sendo assim necessita ser sintetizado para forma de amônia anidra (sem a presença de água), portanto representa a base dos fertilizantes industriais. As principais funções do nitrogênio na planta são: responsável pelo crescimento da planta, atua diretamente na fotossíntese, e parte constituinte da clorofila, vitaminas, carboidratos e proteínas, é responsável pela coloração verde-escura das folhas, atua no desenvolvimento do sistema radicular.
O nitrogênio é de extrema importância para o crescimento da planta, uma vez que, auxilia na produção de novas células e tecidos, além de auxiliar na síntese de clorofila, pigmento responsável por fixar a luz do sol. Somente o nitrogênio e o magnésio são oriundos do solo, na síntese de proteína a amônia (NH3) se associa com açucares e produz aminoácidos. A qualidade dos cultivos está estreitamente ligada aos teores de nitrogênio do solo, uma vez que aumentam o teor e a qualidade de matéria orgânica. Para a rápida decomposição dos tecidos vegetais há necessidade de uma quantidade mínima de nitrogênio disponível. Se isto não se verifica, a decomposição da matéria orgânica é lenta e incompleta; ela depende da quantidade de N nos resíduos de cultivos. 
Sinais de deficiência de Nitrogênio
No primeiro momento a coloração verde pálida e um amarelecimento das folhas, evidencia uma deficiência pronunciada, já a cor amarronzada ou aspecto “queimado” que vai evoluindo gradualmente até ocupar toda a área foliar até paralisar o crescimento da planta e as folhas abaixo se tornam secas e queimadas. Observa-se a redução da produção e tamanho dos grãos ou frutos e inibição do crescimento das raízes das plantas.
Principais fontes. 
O nitrogênio é uma macromolécula presente no ar, pode ser encontrado e absorvido tanto na forma catiônica como aniônica, todavia a sua fixação pelas plantas dependem de alguns fatores. 
As plantas usam duas formas de absorção do nitrogênio: a nítrica (NO3) e a amoniacal (NH4). A preferência da planta é pela forma nítrica. A "adsorção de amônia" ocorre rapidamente quando se aplica amônia anidra (NH3), ou quando a uréia é hidrolisada. Toda a amônia é convertida em NH4+ que é adsorvido pelo solo, como acontece com os outros cátions.
NH3 + H2O = NH4+ + OH-
Como o N-NH4 é adsorvido pelo solo, ele é mais resistente às perdas por lavagem. Os íons OH-, oriundos desta reação, são os responsáveis pelo aumento do pH do solo, logo após a aplicação do produto. Entretanto, o pH cai rapidamente à medida que se verifica a nitrificação: este processo consiste na oxidação da amônia (NH3) em nitratos (NO3), com a formação intermediária de nitritos (NO2), sob a ação de bactérias: as nitrossomonas e as nitrobactérias. À temperatura de 0º C, a nitrificação para.
As leguminosas, como a soja, amendoim e milho, têm a propriedade de fixar o nitrogênio do ar através das bactérias do gênero Ryzobium. Estas bactérias desenvolvem nódulos nas raízes e alimentam as plantas. Por isto, nas leguminosas se utilizam fertilizantes com zero de nitrogênio ou com pequena quantidade, somente para dar o arranque nas plantas, principalmente nos solos onde o teor de matéria orgânica é menor que 1,5%. Exemplo: as fórmulas NPK 0-30-15, ou 2-30-15, e outras variando os teores de fósforo e potássio. Aliado a isto, a prática de usar inoculantes específicos.
Recomendações da Quantidade de Adubação
Geralmente, varia de 60 a 150 kg ha-1 de nitrogênio, sendo recomendada a aplicação em duas vezes; de 60 a 120 kg ha-1 de P2O5, dependendo, evidentemente, do teor disponível de fósforo no solo, das condições de risco e da expectativa de rendimento de grãos, e de 30 a 90 kg ha-1 de K2O.
Métodos e épocas de aplicação
Entre os estádios V3 a V6 é o período em que a planta tem maior demanda de nitrogênio, pois está definindo o seu potencial produtivo. No entanto, essa é a melhor época para se realizar a adubação de cobertura, e por outro lado, a não aplicação do nitrogênio ou fornecimento fora da época recomendada pode causar grandes perdas de produção. A prática mais comumente usada entre os produtores é aplicar no máximo 1/3 da dose total de Nitrogênio, desde que esse valor não passe de 50 kg/ha de N. O restante aplicar a lanço ou incorporar nos estádios V3 a V6. Em solos arenosos, a dose deve ser parcelada em 2 ou 3 vezes.
 Fosfato
Função do Fosfato para as plantas
Assim como o nitrogênio o fósforo é um macroelemento, sendo exigido em pequenas quantidades pelas plantas, todavia nessececita ser aplicado em grandes quantidades no solo devido a sua fácil associação com outros diminuindo a sua solubilidade. No solo o fósforo é pouco móvel, pois em ph alto entra em contato com o Ca e se transforma em fosfato de cálcio e em solos com baixo ph (ácidos) se associam com o Fe e o Al, ocorrendo a formação de fosfato de ferro e fosfato de alumínio. A sua aplicação deve ser feita em solos com ph entre 5,5 a 6,5.
Os fertilizantes são oriundos de rochas fosfatadas onde o material predominante é a apatita, com a rocha fluorapatita mais comumente utilizada, o tratamento necessário para deixar o fósforo mais solúvel e disponível para as plantas é submete-lo á ácidos e temperaturas elevadas. O fósforo está intimamente ligado ao crescimento da planta, sendo responsável pelo armazenamento e transferência de energia, como por exemplo, a glicose, frutose e ATP, constituinte dos nucleotídeos e das membranas fosfolipídicas.
Sinais de deficiência de fosfato
Diferentemente do que ocorre no solo, o fosfato é fixo na planta e consegue ser distribuído por todos os constituintes da mesma pelo floema. Com isso, os sinais de deficiência do fósforo começam a se manifestar nas folhas mais velhas, consequentemente o crescimento da planta é afetado as folhas adquirem cor amarelada, pouco brilho, cor verde-azulada, podendo até adquirir aspecto rígido. Exemplo de deficiência de fosfato no milho pode ser perceptível a coloração arroxeada nas folhas devido ao acúmulo de açúcares que favorecem a produção de antocianina (pigmento roxo do vegetal). Os solos brasileiros são bem pobres em fosfato devido ao alto grau de intemperismo.
Principais fontes de fosfato
O fosfato é extraído de rochas e a partir de sua composição é produzido o fosfato que irá ser aproveitado pela planta, sendo assim os principais fertilizantes fosfatados são:
· Fosfato Natural: normalmente de baixa eficiência agronômica devido à baixa solubilidade do fósforo em água.
· Superfosfato Simples: é advindo de um tratamento de rocha fosfatada com ácido sulfúrico. Desta maneira, quando realizada a fosfatagem com esse fertilizante, realiza-se uma gessagem “conjunta”.
· Superfosfato Triplo: ocorre o tratamento da rocha com altas doses de ácido sulfúrico e ainda há a separação do gesso, que se torna um subproduto. Contém menos cálcio e não contém enxofre comparado ao superfosfato simples.
· Termofosfatos: fertilizante obtido do tratamento térmico das rochas fosfatadas. É importante em fosfatagem corretivas em solos levemente ácidos, pois, além de disponibilizar fósforo, ainda tem o poder neutralizante da acidez.
· Fosfatos de amônio: adubo advindo da reação do amônio e do ácido fosfórico, formando o MAP ou DAP, ambos bastante solúveis.
· Ácido Fosfórico: normalmente utilizado como constituinte de outros adubos fluidos. 
Recomendações da Quantidade da Adubação
A aplicação do fósforo no solo é dependente exclusivamente das condições em que se encontra e da cultura. Como por exemplo, para se produzir 1 t/ha de milho é necessário cerca de 10 kg/ ha.
Métodos e épocas de aplicação
O local de aplicação do fósforo faz toda a diferença na planta, a fosfatagem corretiva é aplicada em toda a área com incorporação, para se tentar chegar a quantidade de fósforo necessária, já a adubaçãode manutenção é realizada em áreas específicas do solo próximo as raízes, sendo crucial para o desenvolvimento da planta. O local da aplicação é influenciado pela fertilidade do solo e posicionamento radicular, mas a existência de fungos chamados micorrízicos que, em associação com as raízes das plantas, conseguem ampliar a área de absorção da rizosfera.Tal condição permite uma maior busca pelo fósforo na solução do solo.
Potássio
Principais funções do Potássio para as plantas
O potássio, também considerada uma macromolécula é o segundo nutriente mais requerido pelas plantas. É bem absorvido na sua forma iônica de K+, contudo sua absorção é afetada por altas concentrações de Mg2+ e Ca2+. O requerimento de K para o ótimo crescimento das plantas está entre 2% a 5% na matéria seca, variando em função da espécie, sendo o elemento mais móvel no sistema solo-planta e o cátion mais abundante dentro das plantas.
Nas plantas é responsável pelos movimentos estomáticos, onde o íon de k atua diretamente na abertura e fechamento dos estômatos. Esse controle sobre a abertura estomática está ligado diretamente à absorção de água, devido à diferença de potencial hídrico que é causada pela perda de água, já a fotossíntese e translocação dos sintetizados é de suma importância para o potássio na fotossíntese e está vinculada à influência na síntese da rubisco, principal enzima responsável pela fixação de carbono, e pôr fim a ativação enzimática, sendo umas das funções do potássio de ser ativador de mais de 60 enzimas. Além do metabolismo do nitrogênio, atuando no metabolismo de carboidratos; crescimento meristemático; qualidade de produtos; resistência, pois o K é responsável por certa resistência em algumas plantas.
Sinais de deficiência de Potássio
Como o K é muito móvel nos tecidos vegetais, sintomas de deficiência são comumente notados em folhas mais velhas, devido à redistribuição deste nutriente para as partes novas. O sinal de deficiência nas folhas velhas é clorose seguida e necrose nas pontas e margens das folhas. Sintomas mais avançado também podem ser notados pela redução e/ou lentidão do crescimento da lavoura, além de um sistema radicular bem comprometido. Na composição química se nota a presença de acúmulo de carboidratos solúveis, decréscimo no nível de amido e acúmulo de compostos nitrogenados solúveis. Portanto, esse desequilíbrio afeta a absorção de mais nutrientes.
Principais Fontes de Potássio 
A principal forma do potássio no solo é a mineral, encontrada nos minerais primários (feldspato, biotita e muscovita). Além da forma mineral, existe também o K na forma de cátion na solução do solo, sendo que, em solos muito intemperizados, é a forma mais importante de potássio disponível, no entanto, outra fonte importante é a matéria orgânica, que após o processo de lavagem e mineralização, disponibiliza potássio na solução do solo.
Para suprir a necessidade das plantas, utiliza-se fertilizantes como o sulfato de potássio e cloreto de potássio, além dessas fontes, muitas vezes utilizam-se adubos formulados como, por exemplo, NPK, fonte de nitrogênio, fósforo e potássio. Ao optar pelas fontes formuladas, deve-se calcular de forma equilibrada a disponibilidade e a exigência de cada nutriente. Muitas vezes, no caso do potássio, ocorre a demanda de adubação de cobertura para suprir a demanda da cultura, assim como o nitrogênio, podendo ser justificado devido à grande perda de potássio por lixiviação provocada pelo tipo de argila, pela textura do solo, pelo pH, pela capacidade de troca catiônica (CTC) e pela relação Ca+2 + Mg+2/K.
Recomendações da Quantidade da Adubação
As doses recomendadas são baseadas nos valores obtidos na análise de solo e quantidade extraída pela cultura. O K é removido da área no momento da colheita, essa remoção varia de quanto a cultura tem retido na biomassa e nos grãos. Para situações em que se deseja aumentar a fertilidade do solo, utilizam-se doses um pouco maiores do que a quantidade extraída pela cultura. Deve-se tomar cuidado quanto à salinidade que esse adubo pode provocar, por isso, a quantidade de potássio excedente não deve ser demais.
Métodos e épocas de aplicação
A disponibilização do potássio normalmente é feita no mesmo momento do plantio e/ou do transplantio, porém, quando as quantidades demandas excedem a 50kg/ha de K2O, recomenda-se parcelar a adubação, aplicando 1/3 no plantio e o restante na cobertura. Não se deve aplicar tudo no plantio, pois grandes quantias podem provocar um efeito salino, podendo “queimar” a semente e até mesmo diminuir a fixação da muda, quando for o caso. 
A aplicação pode ser feita de duas formas, sendo posicionada ou disseminada. A primeira é feita no momento do plantio, localizando o fertilizante a aproximadamente 7 cm da lateral da semente e 5 cm abaixo dela, já a segunda resulta em boa parte do potássio aplicado permanecendo no topo de 2 cm ou 5 cm do solo.

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