Buscar

Forragem p1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 26 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Forragicultura
19/02 – CLASSIFICAÇÃO DE PLANTAS FORRAGEIRAS
Forragicultura é a ciência que cuida ou trata do plantio de forrageiras para serem levadas ao cocho ou serem ensiladas e/ou fenadas. Já a agrostologia é a ciência que consiste no correto uso do solo para o plantio de espécies forrageiras destinadas ao consumo animal, a fertilidade e adaptação dessas plantas e seus teores nutritivos.
Em relação a alimentação animal, até a década de 70 a maioria das pastagens brasileiras era em cima de capim gordura ou colonião. Estes capins foram os primeiros que entraram no Brasil, porém são pouco produtivos comparados aos capins que temos hoje. Depois da década de 70 houve introdução do capim brachiaria, que aumentou a produção do rebanho instantâneamente. Porque o capim gordura era pouco resistente a pisoteio, perdia o seu valor muito rapidamente e não suportava na época da seca, faltava alimentação. A taxa de lotação do pasto era muito baixa e a produtividade também. Então precisava de 2 a 3 ha para manter a unidade animal. (p.ex. se a taxa de lotação do pasto for E=1, pode-se colocar 1 unidade animal/ha; 1 unidade animal = animal com peso de 475kg). 
· Grande expansão de forrageiras de gênero Brachiaria spp, introduzidas da África e da Austrália, como B. humidicola, B. decumbens e B. Ruziziensis , mais adaptadas a solos da região dos cerrados ou de solos de baixa fertilidade natural ou esgotados, como os solos das regiões de pecuária tradicional.
As forrageiras tropicas são mais adaptadas às condições do nosso país. Elas tem pico de crescimento na primavera/verão, quando começa o início da chuva e aumento da temperatura. De setembro até março temos o crescimento de forrageiras tropicais, a partir de abril/maio/junho começa a ter uma taxa de crescimento menor. Com isso, menos disponibilidade de forragem. Começa a aumentar muito a pressão de pastejo sobre essa pastagens. É necessário aumentar a quantidade de capim no pasto ou diminuir o número de animais por área. Para de as forrageiras tropicais, a falta de umidade no solo e a menor temperatura diminuem a taxa de crescimento. 
Existe uma estreita relação entre as características do pasto e as características dos animais que teriam a capacidade de usá-lo. Cada animal tem um método diferente de preensão no pastejo. O bovino usa a língua e os incisivos para fazer o corte, já o equino usa mais os lábios. Os ovinos usam mais os dentes. Os pastos com pior valor nutritivo, com muito caule e capim mais fibroso, seriam mais bem aproveitados por animais de maior peso corporal. Pastos de elevada qualidade, com alta quantidade de folhas verdes, são mais adequados aos animais menores.
Gramíneas de porte médio ou baixo são preferidas pelos ovinos. Em geral, eles não aproveitam bem pastagens formadas por capins cespitosos. O capim cespitoso é aquele que cresce reto, ereto, como o colonião.
· Pastagens Anuais: ciclo curto. Ex.: milho. Quando completou o ciclo, ela morre. São plantas que germinam, desenvolvem e reproduzem em menos de um ano, e priorizam a produção de sementes para atravessam períodos desfavoráveis. Ocorrem, normalmente, em áreas de campo alteradas por distúrbios naturais (seca, geada, erosão) ou causados pelos homens (lavração, fogo,superpastejo, uso de herbicidas).
· Bianuais: cana e sorgo. Vai fazer corte e vai rebrotar, tem ciclo de 1 a dois anos, dependendo do manejo da cultura. Temporárias, que duram dois (bianuais) ou mais anos, até ao limite de cinco, entrando normalmente em rotação com outras culturas, seja em sequeiro ou várzea umida;
· Perenes: Os capins apresentam gemas de crescimento na base de raiz e caule, que são regiões de células meristemáticas. Quando um animal corta esse capim, o que vai garantir a perenidade, é que não sejam atingidos seu meristemas. Esses, na verdade, são células de multiplicação. A partir do meristema nascem novas folhas. 
São plantas que sobrevivem por vários anos, em geral apresentam um crescimento inicial mais lento, priorizando a acumulação de reservas nas raízes e base do caule.Geralmente produzem menos sementes que as espécies anuais, e estas são indispensáveis para a renovação da pastagem em períodos extremamente desfavoráveis como de secas prolongadas.
Pastagens nativas – são as formadas principalmente por plantas nativas ou adaptadas, mas distribuídas naturalmente, podendo ter espécies anuais ou perenes.
Pastagens cultivadas – são aquelas que o homem contribui diretamente para sua formação,utilizando espécies adaptadas, uma ou mais espécies reunidas e/ou consorciadas, podendo ser anuais ou perenes.
a) Pastagens hibernais – são as gramíneas e leguminosas forrageiras de clima temperado, no Brasil há algumas na região Sul, dias menos ensolarados, geralmente de pequeno crescimento, talos finos e folhagem tenra. 
•Gramíneas: Perenes - aveia, centeio, azevém, etc.; Anuais - capim doce, etc...
•Leguminosas: Perenes - alfafa, cornichão, etc.
•Anuais: ervilhaca, serradela, etc.
b) Estivais – sãoas gramíneas forrageiras de clima tropical, grande crescimento, colmos grossos e folhas largas. Requerem bastante luz e calor, sentem o frio intenso. No inverno crescem apenas de 20-30%.
•Gramíneas: Perenes – Capim-colonião , capim-gordura, capim-elefante, etc..
•Anuais: milho, sorgo, etc.
•Leguminosas: Perenes – soja perene, siratro, centrosema, etc.
•Leguminosas Anuais – feijão miúdo, mucuna preta, etc.
Consórcio de pastagens: O consórcio permite a plantação de gramíneas e leguminosas, isso permite que haja oferta de alimentos em maior parte do ano. Enquanto a gramínea não está produzindo, a leguminosa está e vice versa. Porém, é necessário saber o tipo de plantas que se está consorciando pois uma pode afetar o crescimento da outra. As leguminosas possuem bacterias em suas raízes que fixam N no solo, melhorando a qualidade do solo e da planta.
Pasto e lavoura: A vantagem do uso de pasto e lavoura está ligada essencialmente no adiantamento da entrada dos animais e o retorno mais rápido do capital investido para produzir a pastagem.
MORFOLOGIA
Poaceae – gramíneas de maior importância na agropecuária. Produzem cereais (trigo, arroz e milho) e forragem para ruminantes. Estão presentes em diversas situações ambientais. 
A gramínea basicamente é formada por inflorescência, folhas (geralmente finas e com forma de lança), caule (formado por colmos ocos ou cheios; serve para odentificar gêneros) e raiz (tipo fasciculada ou em cabeleira) e classe das monocotiledôneas (leguminosas são di).
Meristemas: são pontos de crescimento e multiplicação das células; podem ser apicais ou laterais.
Sistema Radicular: predominante nas gramíneas é o fasciculado (nas leguminosas é radicular pivotante). Fasciculado – desenvolvem-se na camada pouco profunda; numerosas. São raízes semelhantes entre si, numerosas, formando um sistema de ‘cabeleira’. Desenvolvem-se nas camadas pouco profundas do solo.
· As gramíneas tem maior quantidade de massa seca, de volume, mas sua raiz é mais superficial. As leguminosas tem alto valor nutritivo e por terem sistema radicular pivotante penetram mais no solo e mantem uma qualidade melhor da pastagem mesmo na seca. Uma das grandes vantagens das leguminosas com as gramíneas é a capacidade de fixar nitrogênio, transformando-o em NH3, que vai poder ser assimilado pela planta. A planta só aproveita o nitrogênio na forma iônica. 
Colmo: é constituído de nós e entrenós. Cada nó tem sua folha correspondente. A região dos nós é uma região de células meristemáticas. A partir dessas regiões é possível que haja o crescimento de uma nova planta. Esse tipo de caule que se multiplica e que pode gerar uma nova planta é chamado de estolão. Os entrenós são cilíndricos e podem ser ocos, como ocorre em gramíneas de inverno, ou podem ser cheios, como ocorre em milho e em cana de açúcar. Dos nós do colmo, na axila das bainhas foliares, surgem brotos ou afilhos. À medida que o capim estimula as gemas basais, ela gera os afilhos ou perfilhos. Esses afilhos são estimulados a crescer por hormônios de crescimento da planta. 
· Algunscapins tem elevação de meristema, o que facilita a competição por luz. Ex: Colonião. A cana tem gemas basais (região do caule e raiz), por isso que quando cortadas podem crescer de novo.
· P/ pastejo direto: usar capim que mantenha os meristemas mais protegidos próximos ao solo 
· P/ corte: pode ser usado capim com elevação de meristema(colonião, elefente), já que ele vai ser cortado com uma determinada altura e não vai ser cortado pelos animais rente ao solo. Se for usado em pastejo direto, o manejo tem que ser diferente.
Folhas: são lanceoladas, em forma de lança. Algumas espécies apresentam pelos, que são importantes para a identificação. Entre as brachiarias, por exemplo, há diferença nas pilosidades. Algumas são mais e outras menos, algumas vão tem pelos apenas na região do nó e o caule quase sem pelo. O tangola é híbrido do angola com a brachiaria do brejo, então vai ter pilosidade na região do nó. 
Hábito de crescimento das Gramíneas – a forma de crescimento do colmo determina o hábito de crescimento de plantas. 
· Cespitoso ereto: o caule cresce perpendicularmente em relação ao solo. Panicum, Pennisetum, milho, sorgo.
· Prostrado/decumbente: Os colmos crescem encostados ao solo, sem enraizamento nos nós, só se erguendo a parte que tem a inflorescência. Pode formar estolão. Ex: Brachiaria decumbens 
· Estolonífero: Os colmos rasteiros superficiais, enraízam-se nos nós que estão em contato com o solo, originando novas plantas em cada nó. Aumenta a resistência a pisoteio .Ex: Cynodon (tifton), capim estrela, transvala
· Rizomatoso: Colmo subterrâneo, aclorofilado. Dos nós partem raízes e novas plantas. Ex: capim elefante, grama bermuda (estolonífero-rizomatoso)
Morfologia do perfilho – A folha é constituída de lâmina foliar, lígula e bainha foliar. A folha é formada por bainha e lâmina e o que separa a bainha da lâmina é a lígula. Capim de folhas grandes tem aurículas. A bainha abraça o caule e fixa a folha. 
Inflorescência – Distribuição das flores em ramos florísticos. Pode servir para diferenciar gêneros. Tem 3 tipos em gramíneas: 
a) Espiga – flores sésseis (fixas) dispostas sobre um eixo ou ráquis
b) Panícula – tipo de cacho em que o eixo da inflorescência é ramificado (cacho composto), apresentando uma forma cônica ou piramidal (ex: inflorescência da aveia; Panicum maximum)
c) Rácemo – as flores estão inseridas num eixo ou ráquis não ramificado
Gênero Panicum: Capim Colonião - Introduzido no Brasil por volta de 1500;Originário da África tropical; Valor nutritivo elevado; Exigente em fertilidade do solo; Requer manejo para utilização; Colmos são levemente arroxeados; (CV. Tanzania, Mombaça, Atlas, Massai, Sempre Verde e outros)
Gênero Pennisetum: Capim elefante – crescimento cespitoso; Utilização: Pastejo, corte e ensilagem; Capacidade Suporte/Lotação: 4,0 U.A./há; Produção de Matéria Seca: 40 t/ha/ano Proteína Bruta: 13 %; Digestibilidade: 60%; Exigência em Solo: média a alta; Plantio: mudas ( 3 a 4 t/ha); Cultivares: Napier, Cameroon, Roxo, Pioneiro, Mineiro
Panicum maximum cv. Tanzania: Hábito de Crescimento cespitoso; Boa palatabilidade; Capacidade de suporte: 2UA/há; Produção de MS: 20 a 36t/há; Resistência a seca: média; Proteína bruta nas folhas: 12 a16%; porcentagem de folhas: 80%; Exigência de solo: média a alta
Gênero Cynodon: Gramas estrelas e bermudas; Cynodon dactilon cv Tifton-85, Cynodon nlemfuensis cv Florico, Florona, Florakirk, Estrela Africana.
· Cynodon spp cv Tifton-85 - crescimento estolonífero, rizomatoso ; Palatabilidade: Excelente, Utilização: Pastejo e Fenação; Capacidade Suporte/Lotação: 2,7 U.A./há; Produção de Matéria Seca: 18 t/ha/ano; Resistência à Seca: Muito boa; Resistência à Cigarrinha: Moderadamente resistente; Resistência à Geada: Muito boa ; Proteína Bruta: 15 % ;Exigência em Solo: média a alta
· Uma folha de leguminosa consiste em três partes: folíolo, pecíolo e estípula.
	
Gêneros de leguminosas forrageiras: Medicago, Estilosantes, Centrosema, Calopogonio, Siratro, Leucena, Guandu, Puerária/Cudzu, Amendoim Forrageiro.
As leguminosas nas pastagens podem ser usadas consorciadas ou em banco de proteínas. O “Banco de Proteína” é o sistema do plantio de leguminosas, com alto valor nutritivo e ingresso dos animais de duas a quatro horas/dia. NÃO EXISTE FONTE MAIS BARATA PARA GERAÇÃO DE PROTEÍNA E PARA FIXAÇÃO DE NITROGÊNIO NO SOLO.
· Alfafa: leguminosa perene; bom valor nutritivo; baixo teor de fibra; procurar variedades melhoradas que se adaptem ao clima do Brasil; pode ser usada na forma de feno, usada em pastejo e ser usada como silagem. (Proteína Bruta de 22 a 25%; Boa palatabilidade; Baixo FDA e FDN)
CONCEITOS E TERMINOLOGIAS
Forragem: Biomassa de plantas herbáceas acima do nível do solo, geralmente compreendida por partes comestíveis das plantas, normalmente excluindo‐se os grãos, e que pode servir de alimento para animais em pastejo ou colhida para a sua alimentação. 
Massa de Forragem: Massa total de forragem por unidade de área de solo acima de uma altura específica (normalmente, mas não necessariamente, o nível do solo).
Pastejo: desfolhação realizada pelos animais ao consumirem a parte aérea ou uma fração desta.
Pressão de pastejo: relação instantânea entre kg de peso vivo animal e kg de massa de forragem. (kg MS de forragem/100 kg PV)
Oferta de forragem: Relação quantitativa pontual entre a massa de forragem (kg de massa seca acima da superfície do solo) e a ‘massa’ de animais presentes na mesma área, em um ponto qualquer do tempo. Relação inversa à de ‘pressão de pastejo’
Taxa de lotação: número de animais (ou Unidade Animal) por unidade de área de toda a unidade de pastejo considerada dentro de um intervalo de tempo.
· Cálculo da lotação: 450kg/450kg = 1 Unidade Animal; 4,5 cabeças x 1 UA = 4,5 UA/ha
280kg/450kg = 0,62 UA; 7 cabeças x 0,62 UA = 4,34 UA/ha
Capacidade de suporte: Taxa de lotação na pressão ótima de pastejo
· Diferenças entre gramíneas e leguminosas (prova)
Gramíneas: Folha lanceolada; nós e entrenós. A folha engloba a lâmina foliar, tem colmo e a folha tem uma parte que abraça o colmo, que é a bainha. Na base dessa lâmina, tem uns pelos que são chamados de lígula. Então o espaço que eu tenho entre essa folha completa e outra folha completa, é chamado de entrenó. As gramíneas tem um perfilho principal , esse perfilho é como se fosse um broto da planta que se desenvolve, com folhas, bainhas e lamina folear. Normalmente o número de folhas por perfilho é mais ou menos constante em função do tipo de planta, então se essa planta não for pastejada, quando uma começar a morrer, uma nova começa a nascer, isso é em torno de 4-5 folhas por perfilho. E aí tem os outros perfilhos, os secundários. Normalmente, o perfilho principal exerce uma dominância sobre os da base da planta. 
Leguminosas: Tem uma raiz pivotante. Tem uma raiz principal e tem radículas com raízes secundárias. Leguminosa não tem nó e entrenó, a folha da gramínea é lanceolada, mas a folha da leguminosa é diferente porque tem 1 folha, dividida em folíolos. O fruto das leguminosas geralmente é do tipo vagem. Elas podem ter bactérias gram negativas que são responsáveis pela fixação de nitrogênio. 
26/02 - FISIOLOGIA VEGETAL E MANEJO DAS PASTAGENS
Nas plantas, tem a celulose e hemicelulose, carboidratos estruturais. A célula vegetal não tem bicamada lipídica, tem uma parede celular. A celulose e a hemicelulose são carboidratos estruturais que fazem parte da parede, determinam uma rigidez à célula e são importantes no processo de crescimento da planta. Os carboidratos, celulose, hemicelulose e pectina, estão presentes na parede e são grandes carboidratos formados por monossacarídeos.
As plantas forrageiras se caracterizam por ter uma parede celular mais espessa. Os bovinos retiram energia desses carboidratos. O amido tem ligações do tipo α1-4 e nas ramificações são do tipo α1-6. Então, tem uma determinada conformação que permite que as nossas enzimas quebrem essas ligações e a glicose presente seja absorvida. Celulose é homopolissacarídeo (moléculas muito grandes formadasapenas por um carboidrato), assim como o amido, só tem glicose. A hemicelulose tem monossacarídeos bagunçados. A mesma coisa é a pectina, só que diferente do amido e do glicogênio, as ligações que unem esses monômeros são do tipo β. Isso faz com que a enzima amilase pancreática não consiga quebrar essa ligação. Nenhum mamífero possui enzimas que quebrem essas ligações β. Existem microrganismos presentes no rumen, relação interespecífica harmônica entre os ruminantes e as bactérias que estão ali presentes. Essas bacterias produzem enzimas que quebram essa ligação β. Quebra celulose, liberam glicose, a glicose vai a piruvato e este vai produzir AGVs, que são absorvidos pela parede do rúmen. 
No processo de mudança da planta, os carboidratos presentes na parede celular podem se tornar indisponíveis para microrganismos ruminais porque existe um composto fenólico, lignina, que é um fator antinutricional. Ela impede que a celulose e a hemicelulose seja aproveitada pelos microrganismos. A celulose é como se fosse os pilares da parede celular e a lignina vai formar uma barreira física porque aumenta de concentração com a maturidade. O microrganismo quando fermenta a partícula tem que colonizá-la, se adere à partícula do alimento. Vai colonizando e vai lançando as enzimas no meio extracelular. Se existe a lignina como barreira física, o microrganismo não vai conseguir ter acesso à celulose. As enzimas dos microrganismos não vão conseguir quebrar as ligações glicosídicas. Se não quebra a ligação o ruminante não vai conseguir aproveitar o carboidrato. A lignina cria uma ligação química com a hemicelulose que nem as bacterias são capazes de quebrar. Conforme a planta vai avançando em maturidade, a parede fica mais espessa e a lignina começa a aumentar de concentração e aqueles carboidratos que estavam presentes, que são fonte de energia, vão ficar menos disponíveis. 
Com relação à hemicelulose, a lignina se liga quimicamente com a hemicelulose, vai formar um composto químico e a bactéria não consegue quebrar. A pectina, que também é um carboidrato estrutural, não é afetada pela lignina.
Anatomicamente, esses carboidratos são chamados de estruturais (celulose, hemicelulose e pectina) e o amido é um carboidrato de reserva. Eles não são aproveitados da mesma forma no ambiente ruminal, quando o amido cai no rumen vai ser rapidamente fermentado. Se tiver fornecendo o milho, fonte de amido, vai ser rapidamente fermentado. O milho tem parede celular, mas a do grão é muito fina com pouca lignina. Já as folhas tem uma parede mais espessa. O amido quando cai no rumen é rapidamente fermentado, a mesma coisa acontece com a pectina. A pectina também está presente na parede celular, só que a fermentação dela é tão rápida quanto do amido, é considerada um carboidrato não fibroso. Um alimento rico em pectina é a polpa cítrica. Celulose e hemicelulose tem digestão lenta naturalmente e a lignina vai estar segurando para que esse material seja fermentado. Então, na nutrição de ruminantes, os carboidratos serão divididos em fibrosos e não fibrosos. Os fibrosos são celulose e hemicelulose, independente se estão associados com a lignina ou não. Os não fibrosos são a pectina e amido. 
· Carboidratos não fibrosos - são aqueles que rapidamente vão ser degradados no rúmen.
· Carboidratos fibrosos - são aqueles que por algum motivo não vão ser digeridos ou a digestão deles vai ser mais lenta.
Se eu pegar um tifton com 30 dias de rebrota, e pegar a folha e o colmo dele, a célula vegetal não vai ter a mesma quantidade de celulose, hemicelulose e lignina nas partes da planta. A parede celular presente no colmo vai ter um aproveitamento menor do que a parede celular presente na folha porque ele é mais rico em lignina, já que é a parte que dará sustentação à planta. A folha vai ter parede menos espessa porque não tem função estrutural, mas vai absorver os raios solares, realizar fotossíntese e crescer acúmulo de matéria verde. A nervura central que tem nas folhas, tem uma quantidade maior de lignina que o resto da folha. Essa parede celular, mesmo na folha, vai ser mais grossa. O bovino tem uma alta capacidade de seleção da fração mais digestível do pasto. A parede celular do colmo é mais espessa, tem mais carboidrato, celulose e hemicelulose, mas tem lignina junto. 
· A quantidade de cada um desses carboidratos vai ser em função da idade da planta, do tecido e do órgão, da parte da planta. Alguns tecidos vão ter um aproveitamento muito maior pelos microrganismos ruminais do que outros. Isso porque a quantidade de lignina presente numa planta jovem vai ser muito mais bem aproveitada, esses carboidratos, pelo hospedeiro (ruminante) porque ela tem pouca lignina indisponibilizando esses dois carboidratos fibrosos. E também em função da parte da planta, se comparar uma folha com um colmo ou com a bainha, ou até mesmo a própria folha, pegar a lâmina folhear e tirar a nervura da folha o aproveitamento desses carboidratos vão ser muito maior. 
Há diferenças entre plantas -> A Brachiaria umidicola, a brisantha e um tifton, mesmo que bem manejados o animal vai ter um desempenho muito melhor no tifton, porque tem uma maior produção de matéria verde, tem um maior valor nutritivo. 
Entre partes da planta existem diferenças -> A folha é diferente do colmo. A idade da planta também influencia porque quanto mais velha, mais espessa fica a parede celular, então tem mais carboidrato. Demora para ser fermentado. E junto com essa maior espessura, tem lignina também. 
Dentro do manejo de pastagens deve-se aliar qualidade com quantidade. O animal vai comer até completar a demanda de energia, mas também tem efeito do enchimento. Então, quando a dieta é formulada se eu tiver fornecendo um capim com baixo valor nutritivo, o consumo do animal vai ser menor do que se ele tivesse num piquete bem manejado. Porque essa planta forrageira vai ter que ficar ali por um bom tempo até o animal ruminar aquilo, diminuir tamanho de partícula, bacteria fermentar. 
Fotossíntese - O crescimento forrageiro se dá em função da fixação de dois compostos, o CO2 e da água, através da interceptação luminosa. Esse processo conhecido como fotossíntese vai acontecer em todos os tecidos que são verdes, que possuem uma estrutura conhecida como cloroplasto, e dentro do cloroplasto é realizado o 
processo de fotossíntese. Normalmente, as folhas e os colmos vão ter uma pequena quantidade de amido, então a energia está vindo da parede celular que é fermentada pelos ruminantes. 
Dentro da estrutura da célula vegetal, tem a parede da célula e dentro têm os cloroplastos. O pigmento que tem dentro do cloroplasto que faz com que ele fique verde é a clorofila. A parede celular nas plantas pode ser dividida em 3 partes. A parede primária é externa e a parede secundária é interna. E ainda, podemos dividir essa parede secundária em três: S1, S2 e S3. Entre essas células existe a lamela média ou lamela mediana. A lamela média é rica em pectina. 
Então, a parede celular é dividida em primária, secundária e a lamela média: (prova)
1. Parede primária: quando a célula se divide no tecido embrionario, é a primeira parede a ser formada e normalmente ela apresenta uma quantidade muito pequena de lignina, ou seja, tem altíssima digestibilidade. 
2. Secundária: começa a ser formada conforme a planta vai avançando em maturidade. tem mais celulose e mais lignina que a parede primária. É depositada internamente a parede primária. Sua função é de aumentar a resistência.
3. Lamela média : camada gelatinosa, rica em pectina e une as paredes primárias. Tem mais celulose e tem mais lignina do que a parede secundária. A lamela média está unindo a parede primária de várias plantas. Ela é rica em pectina e rapidamente vai ser aproveitada pelo ruminante. 
Dentro do rúmen se separarmos parede secundária da parede primária a taxa de degradação vai ser maior na parede primária, isso porque ela é mais fina e tem uma quantidade muito pequena de lignina. Tem pectina também na parede primária e na secundária.
Plantas forrageirassão extremamente responsivas as variações ambientais, componentes do clima, solo e manejo imposto. Se quisermos obter uma alta quantidade de produto é preciso produzir forragem em quantidade e em qualidade. Essa quantidade é dependente de variações ambientais (se tem mais luz, se tem mais água, se a temperatura está mais alta), de fatores do solo (se adubarmos mais e a plantas forem responsivas a adubação, a produção forrageira vai ser maior) e também ao manejo imposto. O manejo é a manipulação do meio através do emprego de um conjunto de técnicas agronômicas. Não adianta escolher a melhor planta forrageira se de alguma forma o manejo não está correto. Todos os fatores que podem ser manipulados são tipos de manejo.
Existe um grande paradoxo no manejo das pastagens. É preciso atender as exigências nutricionais dos animais, e as células jovens vão ter uma maior quantidade de proteína, os carboidratos presentes vão estar disponíveis em maior quantidade porque a célula vai ser menos lignificada. Mas também é preciso atender as exigências fisiológicas das plantas porque as folhas jovens são as folhas mais fotossinteticamente ativas. O manejador tem que ter em mente que precisa atender as exigências dos animais, mas essas exigências tem que ser atendidas de tal forma que não haja destruição do ecossistema. 
· Os animais precisam de forragem de alta qualidade porque a gente quer que eles produzam muito e num curto espaço de tempo e o pasto, o volumoso é o ingrediente mais barato da dieta dos ruminantes.
· É preciso retirar os animais no momento certo, trabalhar com uma carga animal adequada, só que isso está diretamente relacionado com a fisiologia da planta, a capacidade que a planta tem de rebrotar e se manter naquele ecossistema por período maior.
· Paradoxo do manejo das pastagens: exigências nutricionais dos animais x exigências fisiológicas das plantas
As plantas são divididas fisiologicamente, em relação à fotossíntese, em dois grupos: plantas C3 e plantas C4. 
· Plantas C4 - são as gramíneas tropicais. Nas plantas C4 o primeiro composto a ser formado é um composto de quatro carbonos. 
· Plantas C3 – são todas as leguminosas e são as gramíneas temperadas. As C3 são as plantas que durante a fotossíntese o primeiro composto a ser formado é um composto de três átomos de carbono. 
Essas plantas têm em comum o primeiro local de fixação do CO2, que ocorre no mesófilo foliar. 
Basicamente a estrutura de uma planta C3 vai ser: pela parte superior, que é a epiderme, tem os vasos condutores (seiva bruta e seiva elaborada), no meio tem um único tipo de tecido que é o mesófilo foliar. Os pontinhos na imagem são os cloroplastos. Eles são importantes porque tecidos que tem cloroplastos vão realizar fotossíntese. Esse tecido é frouxo, as células não estão muito adensadas entre elas, não é tudo comprimido. Isso é interessante porque a epiderme das plantas C3 é diferente da epiderme das plantas C4, então para o organismo quebrar essa barreira e ter acesso ao interior da folha é muito fácil. A mastigação favorece, os microrganismos conseguem penetrar nessa folha com uma facilidade maior. 
Esse mesófilo foliar é um tecido que tem uma degradabilidade muito grande, ele é muito nutritivo para o animal. Essa diferença estrutural vai interferir no processo de fotossíntese e também influencia no aproveitamento dessas plantas pelos animais. A epiderme das plantas C4 é como se as células tivessem um encaixe, são muito mais aderidas, e por isso os animais precisam mastigar mais, os microrganismos vão ter muito mais trabalho para chegar ao interior da planta. 
Plantas C4 são diferentes. Nas plantas C3 basicamente só tinha células de mesófilo foliar. Na C4 já não tem isso.
Na C4 existe a epiderme, os vasos condutores, em volta dos vasos condutores têm as células da bainha dos feixes vasculares. Em volta dos feixes vasculares é que tem as células do mesófilo foliar. Epiderme na parte de cima e na parte de baixo, no interior de uma planta C3 vai ter mesófilo foliar e os vasos condutores. Já nas plantas C4, que são as gramíneas tropicais, têm epiderme na parte de cima e na parte de baixo e dentro vai ter outros tecidos como os feixes condutores (os vasos, como se fossem canos), em volta há um grupo de células que são as bainhas dos feixes vasculares e em volta disso é que tem o mesófilo foliar. 
Plantas C3 – Os feixes vasculares estão em aberto e livremente arranjados – rápida degradação. Eles estão arranjados de uma forma frouxa e por isso fica mais fácil dos microrganismos degradarem. 
Plantas C4 – Maior proporção de bainha parenquimática dos feixes vasculares e epiderme – barreira natural para a degradação. Tem o dobro de eficiência fotossintética devido a combinação de enzimas e anatomia krans.
Processo de fotossíntese nas plantas C3 – O CO2 vai passar, entrar pelos estômatos (são aberturas que são responsáveis pelas trocas gasosas, evapotranspiração nas folhas), vai passar pelas células da planta, vai chegar numa célula fotossinteticamente ativa (tem que ter cloroplasto) no mesófilo foliar. No mesófilo foliar esse carbono vai ser fixado através do auxilio de uma enzima chamada rubisco. 
Uma molécula de CO2 se combina com ribulose difosfato (RUDP) e vai formar 2 ácido 3-fosfoglicérico (PGA) – ciclo de Calvin-Benson. O CO2 entra pelos estômatos das plantas, vai para as células do mesófilo, se liga a um composto químico e forma o PGA. O PGA é um composto de 3 carbonos, por isso que essas plantas são conhecidas como plantas C3. Pela fotossíntese o primeiro composto a ser formado é uma composto de 3 carbonos, que é o PGA. 
Quem participa desse processo é uma enzima conhecida como rubisco. Essa enzima tem afinidade tanto pelo CO2 quanto pelo O2. O O2 vai disputar a enzima com o CO2, isso significa que se tiver uma alta concentração de oxigênio (se a taxa de CO2 for fixa) a rubisco vai se ligar ao oxigênio e a taxa fotossintética vai ser afetada. 
Nas plantas C4 isso não vai ocorrer, porque a partir do momento que o CO2 entra na célula pelo estômato ele vai ser fixado nas células do mesófilo e vai produzir um composto de 4 carbonos (ácido oxaloacético), a enzima que participa desse processo não é a rubisco, a enzima é a pepcarboxilase. Isso significa que ela não trabalha com oxigênio, pode ter a concentração que for de oxigênio que o processo de fixação não vai ser prejudicado. 
Depois que esse CO2 foi fixado nas células do mesófilo, o ácido oxaloacético vai se transformar em ácido málico ou aspártico (malato ou aspartato) vai passar para as células da bainha dos feixes vasculares. Esses compostos vão para as células da bainha, o ácido málico e o ácido aspártico vão perder o CO2, e esse CO2 vai ser refixado nas células da bainha no mesmo ciclo pela rubisco, que é o ciclo de Calvin que ocorre nas plantas C3. 
Essa primeira fixação ocorrendo pela ação de uma enzima que tem uma alta afinidade pelo CO2 faz com que a taxa fotossintética nas plantas C4 seja muito maior do que nas plantas C3. Porque quando esse composto já fixado vai para as células da bainha e vai ser refixado, a concentração de oxigênio dentro é muito baixa. A enzima utilizada na primeira fase é a pepcarboxilase e na segunda fase é a rubisco.
Processo de fotossíntese nas plantas C4 – CO2 fixado pela ação da enzima fosfoenolpiruvato carboxilase formando ácido oxaloacético. O ácido oxaloacético vai se transformar em aspartato ou malato e vai para a célula da bainha onde é refixado em mecanismo semelhante às plantas C3.
Ponto de compensação - Nas plantas C4 não é preciso se preocupar muito com a relação carbono – oxigênio, porque a pepcarboxilase tem afinidade só pelo CO2.
Temperatura ótima para fotossíntese – Isso significa que se formos fazer um consórcio de uma gramínea com uma leguminosa é preciso tomar cuidado. Porque além de uma gramínea tropical ter uma taxa fotossintética muito maior nas nossas condições de altas temperaturas a leguminosa vai parar de crescer, porque passou daquela taxa ótima para a fotossíntese, e a gramínea vai estar comuma temperatura ótima para as enzimas trabalharem. 
Efeito do oxigênio na fotossíntese - A primeira fixação do CO2 nas plantas C4 é feita no mesófilo e a enzima é a pepcarboxilase, e ela não tem afinidade pelo oxigênio. O O2 já foi fixado. Então, o oxigênio não vai causar nenhum efeito inibitório porque a enzima só tem afinidade pelo CO2. 
Fotossíntese vs intensidade luminosa – As plantas C3, a saturação delas por incidência solar é muito menor do que nas plantas C4. As plantas C4 nós podemos aumentar o quanto for à luz que ela sempre estará respondendo.
Diferenças em respostas à desfolhação – Existem algumas diferenças com relação à desfolha que ocorrem nas folhas. Essas diferenças estão relacionadas na remoção da área fotossinteticamente ativa e, a parte mais ativa são as folhas, também dos meristemas (que são as células embrionárias que estão em constante crescimento). A partir do momento que retiramos folhas, removemos os meristemas isso vai influenciar na desfolha da folha. Em desfolhas muito intensas, o capim elefante sobre pastejo, vai ter uma remoção do meristema apical e a planta deixa de se desenvolver nessa gema, nesse meristema, e ela vai começar a crescer para os lados e isso pode influenciar negativamente o crescimento. 
· Diferenças na remoção de área fotossintética e meristema
· Regeneração das gemas
· Florescimento
· Reservas de sementes no solo
· Regeneração das plântulas (são as plantas pequenas que estão começando a se desenvolver)
Desfolha frequente – é quando o animal vai várias vezes na mesma comunidade de plantas.
Desfolha intensa – ele pode até ir menos vez mas o período que ele vai ficar é longo o suficiente para retirar uma grande quantidade de tecido da planta.
Efeito das desfolhações mais frequentes e intensas:
· Interceptação luminosa reduzida pelos tecidos fotossintéticos: O animal quando está pastejando retira as folhas, se não tem folha ou se tem menos folhas a interceptação de luz pelo tecido fotossinteticamente ativo vai ser menor
· Esgotamento das reservas metabólicas das plantas: O animal vai e retira as folhas, essa planta para rebrotar vai precisar das folhas remanescentes e vai utilizar um pouco de carboidrato de reserva. Se o animal sempre está desfolhando essa planta ela não tem tempo de reconstituir seu tecido folhear com base nas folhas que sobraram e, com isso, ela vai ficar muito dependente dos carboidratos de reserva. Vai chegar uma hora que esse carboidrato de reserva não vai existir mais para essa planta rebrotar e o sistema vai entrar num processo de degradação. 
· Absorção reduzida de nutrientes e água: Isso porque o crescimento das raízes também vai ser prejudicado. Quando a planta é pastejada, a sua prioridade vai deixar de ser a raiz e vai passar a ser folha para a planta voltar a fotossintetizar.
· Danos causados nos meristemas apicais: Vai variar a altura que esse meristema fica em função da espécie da planta. Mas a partir do momento que essa desfolha é frequente e intensa esses meristemas vão ser removidos, o que vai causar danos no crescimento da planta. 
· Esgotamento da reserva de sementes: isso acontece porque a planta não consegue chegar numa idade em que ela produza sementes. Se o pastejo é um sistema de pastejo contínuo, não necessariamente todas as plantas vão ser pastejadas. Algumas plantas irão passar da fase vegetativa para a fase reprodutiva. Nessa fase reprodutiva elas vão produzir sementes e elas vão cair no solo. Se esse processo natural é impedido de acontecer irá esgotar a reserva de sementes no solo e essa reserva de sementes é importante para a própria manutenção da área de pastagem.
Luz – É importante quando falamos de fotossíntese porque ela é o determinante básico para o crescimento das folhas. O aumento da produção está relacionado ao aumento da intensidade luminosa. A redução na taxa fotossintética na seca está mais relacionada mais a baixa temperatura do que a baixa intensidade luminosa.
Quantidade de energia recebida pelas folhas individualmente e quantidade de energia recebida como um todo: numa área de pastagem existe uma comunidade de plantas e essas plantas têm idades diferentes e algumas folhas podem estar sendo sombreadas. Então, não adianta uma folha receber muita luz e ter outras folhas, na parte de baixo do docel, que são folhas velhas, folhas que estão sendo sombreadas. Com isso a taxa fotossintética vai ser afetada como um todo. 
· Entre luz e temperatura, o fator que mais vai influenciar o crescimento das plantas é a temperatura
· O foto período é muito mais variável nas regiões tropicais do que nas regiões temperadas.
Temperatura – Fatores que estimulam o crescimento das plantas, geralmente levam ao esgotamento das reservas e à deposição de tecidos estruturais. A resposta é diferenciada dependendo da espécie. Qualquer fator que favoreça o crescimento da planta, se essa planta crescer mais rápido, significa que ela vai entrar num estágio de desenvolvimento maior, mais avançado, numa velocidade maior. Então, a parede secundária vai ser desenvolver mais rapidamente e esse tecido vai apresentar menor valor nutricional para os animais. 
Água, luz e temperatura em abundância faz com que a planta cresça mais, porém ela vai atingir um estágio de maturidade com um período mais curto e consequentemente o valor nutritivo dela vai ser menor.
A temperatura determina a distribuição, adaptabilidade e produtividade das plantas. É o principal fator que influencia a quantidade forrageira. Normalmente quando tem alta temperatura, também vai ter um alto teor de parede celular, isso porque a temperatura vai acelerar o desenvolvimento da planta, a reposição desses tecidos vai acontecer de uma forma mais rápida.
A temperatura diurna deve ser ótima para favorecer a fotossíntese. E se favorece a fotossíntese, favorece também o acúmulo de forragem. A temperatura diurna é interessante que ela seja abaixo da temperatura ótima da planta porque ela vai utilizar menos aquilo que ela produziu durante o dia a noite, com isso, sobram mais carboidratos. 
A temperatura afeta a produção de forragem através do seu efeito sobre os processos de divisão e expansão celular. Quanto maior a temperatura, dentro da faixa ótima, as células vão se dividir mais e vão se expandir mais rapidamente.
Água – Ela passa pela planta durante a estação de crescimento e somente quando elas são muito pequenas são usadas no processo metabólico. A necessidade de água pelas plantas vai variar em função da espécie e também de acordo com as condições climáticas e do solo. A água não pode ser considerada exatamente como uma fonte para o crescimento da planta, mas como um meio de dissipar o excesso de energia solar recebida pelas folhas para evitar o excesso de temperatura e dessecação do tecido da planta. O sombreamento está relacionado com a economia da demanda de água, em sistemas silvipastoris, por exemplo, as plantas sombreadas tem menor demanda de água. 
Se camada superior do solo é seca, o crescimento pode ser limitado pela redução da absorção de nitrogênio e potássio. O fechamento dos estômatos provoca limitação no ingresso de CO2. Se a temperatura está muito alta e a planta não tem água no solo para ajudar na dissipação do calor os estômatos se fecham para evitar a perda de água. Se os estômatos se fecham a taxa fotossintética vai ser afetada porque o CO2 não vai ter como entrar.
Índice de área foliar - É como se conseguíssemos medir qual é a área dessa folha. A taxa com que essas plantas forrageiras crescem está relacionada com o índice de área foliar, com o tamanho dessa folha e também com a eficiência fotossintética dessas folhas. 
Pode ter uma área foliar considerada para uma determinada espécie, mas essas folhas não têm uma eficiência fotossintética muito grande, porque são folhas mais velhas. Com isso, a taxa de crescimento da planta forrageira vai ser limitada pela eficiência fotossintética. 
· O crescimento forrageiro é limitado porque o índice de área foliar para captar a luz solar é baixa.
Índice de área foliar ótima – onde vai haver a maior taxafotossintética e melhor potencial de crescimento para a planta. É quando a planta vai crescer mais, vai fazer mais fotossíntese. 
Índice de área foliar crítico – que é quando a planta está recebendo 95% de interceptação luminosa. A partir do momento que um docel, uma comunidade de plantas é pastejado, vai havendo um acúmulo líquido de forragem porque essas plantas estão crescendo , estão fazendo fotossíntese e está reconstituindo o tecido foliar. Vai aumentando a massa de forragem. A partir de um determinado ponto a interceptação luminosa vai aumentando porque tem mais luz para interceptar, tem mais folha. Quando essa interceptação está em torno de 95 significa que aquela determinada comunidade de planta já está numa idade, com folhas num estágio mais avançado de desenvolvimento (senescência), com folhas sombreadas. Acaba que a taxa fotossintética para de crescer e com o tempo vai começar a diminuir. Vai continuar tendo fotossíntese e acúmulo de forragem, mas esse acúmulo de forragem vai ser menor.
Reservas orgânicas - As folhas operam como fonte e como dreno porque a desfolha resulta num período onde crescimento e o acúmulo são limitados pelo suprimento de fotoassimilados. Isso significa que a partir do momento que retiramos as folhas a quantidade de fotossíntese realizada é menor, então folhas novas vão precisar crescer e elas vão direcionar a energia da planta. A severidade da limitação depende da espécie e da intensidade de desfolhação. Quanto mais intenso, maior é a limitação. 
· Responsáveis pela sobrevivência dos tecidos remanescentes e respiração celular: O índice de área foliar remanescente, as folhas que não foram pastejadas, e as reservas orgânicas, que no caso das gramíneas se encontram na base do colmo.
Relação folha / colmo – É mais interessante para o animal as folhas do que o colmo, porque são mais nutritivas. O consumo das plantas pelos animais depende da composição bromatológica dessas plantas, o animal vai ser capaz de escolher dentro da comunidade de plantas quais são as plantas mais jovens, as folhas mais nutritivas. 
E também vai depender das características estruturais da vegetação, qual é a relação de folha com caule, altura, densidade, disponibilidade. 
Essa relação folha/caule é extremamente importante para o pastejo porque as folhas apresentam maior teor de proteína, elas são mais digestíveis e os animais vão conseguir consumir uma maior quantidade. Até em função delas serem mais digestíveis, elas vão ficar menos tempo dentro do rúmen. Então, o animal não vai ter uma limitação física para o consumo. 
· É interessante que se trabalhe com plantas forrageiras que tem uma melhor adaptação ao pastejo ou tolerância ao corte. 
Perfilhamento – Essa produção contínua de novos perfilhos é o que vai garantir a persistência de uma planta forrageira num dossel. O maior número de gemas próximas ao solo favorece maior capacidade de rebrotação da planta. Se as gemas estão próximas ao solo, o animal não vai remover esses pontos de crescimento no pastejo. O número de folhas verdes por perfilhos é razoavelmente constante. Em função da espécie de planta vamos encontrar 3, 4 ou 5 folhas por perfilho. Se essa planta não for pastejada esse vai ser o número máximo. Se são 4 folhas, quando uma morre, nasce uma nova. O comportamento da planta forrageira com relação ao perfilhamento pode explicar a resposta das plantas a níveis de adubações, efeito da época, da frequência e intervalos entre cortes. Cada planta vai ter uma resposta diferente ao manejo e ao pastejo. Com relação à desfolha, fatores como frequência, intensidade, uniformidade e época vai fazer com que os efeitos dos animais sobre as plantas sejam diferentes. 
Os carboidratos de reservas são armazenados na base do colmo, na raiz, mas principalmente na base do colmo. Se há um excesso de produção fotossintética esses carboidratos vão sendo armazenados. A partir do momento em que a folha sofre o processo de desfolha esses carboidratos são utilizados para a rebrota, e o grau de utilização depende daqueles fatores (frequência, intensidade, uniformidade).
A área foliar remanescente após a desfolhação assume importância para aumentar o vigor da rebrotação devido à imediata produção de carboidratos pela fotossíntese, proporcionando à planta menos tempo de dependência sobre o nível de carboidratos de reserva para sua recuperação. 
Se o resíduo após o pastejo permite uma determinada taxa fotossintética, menos carboidratos de reserva da planta vão ser utilizados. Se o resíduo pós pastejo for muito pequeno as plantas vão ter que utilizar os carboidratos de reserva para rebrotar, até que esses carboidratos podem se esgotar e a planta não ter como se recuperar.
Manejo de pastagem – O objetivo é assegurar a longevidade e produtividade da planta forrageira. Fornecer alimento em quantidade e qualidade para suprir as exigências nutricionais dos animais garantindo uma maior produtividade. 
Impactos positivos: retirada das folhas velhas, que atuam como dreno, folhas que estão sendo sombreadas e vai favorecer uma renovação do dossel.
Impactos negativos: pisoteio, remoção de folhas fotossinteticamente ativas. 
A produção forrageira é o resultado final de eventos eco fisiológicos na comunidade de plantas forrageiras, e que não representa a produção potencial se não for relacionada a variável consumo. Sempre que formos pensar em produção de forragem é preciso relacionar essa produção de forragem com o consumo. 
Manejar áreas de pastagem significa proporcionar condições para rebrotação rápida e vigorosa da planta forrageira de forma a restabelecer a área foliar da comunidade. Quando pensamos num manejo de pastagem deve ser levada em consideração a remoção de folhas com alto valor nutritivo pelos animais e também considerar a forma como essa comunidade de plantas vai ser reestabelecida para que um novo pastejo aconteça. 
Manejo racional: com base nas exigências e características eco fisiológicas das plantas em pastagens.	
26/03- FERTILIDADE DO SOLO
As planta para crescerem e produzirem massa, precisam fazer fotossínte, precisam de água e precisam de nutrientes presentes no solo. Porém, para esses nutrientes serem absorvidos devem estar em sua forma iônica. O solo pode ter a presença dos nutrientes, mas não em sua forma ionizável, ou podem ter os nutrientes disponíveis, mas em quantidade insuficiente para nutrir as plantas. 
Um solo fértil permite uma produção melhor de forrageiras, consequentemente, maior produção de carne ou leite. A pressão de pastejo, além de se relacionar com a espécie forrageira, também está relacionada com a fertilidade do solo. Lembrando que as gramíneas tropicais são mais adaptadas e vão produzir mais matéria seca.
O manejo do pasto também é importante para a produtividade do pasto. Por exemplo, se aumentamos a unidade animal sem aumentar a área, o solo poderá ficar desgastado pelo aumento da pressão de pisoteio. Produzir e conservar forragem na época do verão para ofertar no inverno, onde não há tanta produção.
O solo, do ponto de vista agronômico, é uma mistura de materiais minerais e orgânicos da superfície da terra que serve de ambiente para o crescimento das plantas. O solo como um fator de produção agrícola, possui duas características que revelam o seu valor agronômico: FERTILIDADE E PRODUTIVIDADE. A FERTILIDADE de um solo refere-se à capacidade de um solo para fornecer nutrientes às plantas em quantidade adequadas e proporções convenientes. Um solo fértil tem que apresentar:
· Elementos químicos essenciais em forma ionizável (forma absorvível)
· Os elementos precisam estar em quantidade suficiente para que o efeito no vegetal seja positivo e as interações com os demais elementos seja sempre positivas
· O elemento deverá estar em local que permita a absorção pelo vegetal
· A quantidade do elemento à disposição do vegetal deverá ser adequada aos requerimentos das plantas durante o ciclo vegetal
Elementos essencias – macroelementos: N,P,K, Ca, Mg e S; Microelementos: Fe, Zn, Cu, B, Mn, Cl
O gráfico está analisando a produçãode matéria seca, do capim colonião, em um mesmo solo que tem áreas diferentes, uma área com terra vermelha escura e outra área com areia quartizosa. Então tem-se respostas diferentes na produção de capim. No gráfico observa- se na dose 0 a produção no AQ era de 400Kg de matéria seca e no LE era de 600Kg de MS, quando se acresentou 10Kg de P2O5 essa produção passou do AQ pra mais de 400Kg e o de LE pra mais de 600Kg. A dose 0 é a fertilidade natural do solo, esse estudo mostrou que a fertilidade varia de solo pra solo. A produção de alimento será em função do solo, do clima, da espécie e de sua fisiologia (C3 ou C4), do tipo de manejo e se o solo está submetido a uma taxa de lotação alta ou baixa. 
· A taxa de lotação é o número de animais por área. Ex: vamos que temos uma vaca de 500Kg nesta área e q essa vaca consuma 4% do seu peso de MS, ela estará consumindo 20 Kg de MS por dia, naquela área de Areia quartizosa tem uma área de 400 Kg e MS então daria pra colocar 20 vacas, já na área de terra vermelha escura, que produz 600Kg de MS daria pra colocar 30 vacas.
Sistema Coloidal do Solo: Nesse sistema é onde ocorrem as maiorias das reações físico-químicas e microbiológicas do solo, por exemplo, nitrogênio se tornar NH4, o fósforo passar para fosfato mono ou bivalente, e o potássio ser deslocado. Essa propriedade está ligada à textura do solo. Ele é constituído por partículas diminutas, de tamanho coloidal, minerais orgânicas ou orgânico-minerais, como fase dispersa na solução (ou no ar) do solo, como meio de dispersão. Propriedades:
1. Grande superfície específica – É em função do tamanho das partículas. Quanto menor as particulas predominantes do solo, maior a superfície específica. Se um solo é argiloso, ele tem uma grande superfície específica. Quanto maior as partículas do solo, menor sua superfície específica.
O solo, na sua textura, está em função da quantidade de partículas existentes no meio, então quando se fala em tamanho das partículas em uma escala binária temos desde a argila até arenoso. Então as partículas são dimensionadas de acordo com seu diâmetro, quando se diz que um solo é argiloso é porque as partículas predominantes são menores do que 0,002 mm de diâmetro, essas partículas poder ser partículas minerais, podem ser partículas orgânicas ou partículas minerais e orgânicas. Então qualquer partícula de solo menor que 0,002 mm de diâmetro é considerada uma argila. A outra sequência de tamanho se refere à fração silt, são as partículas que vão estar entre 0,002 mm a 0,02 mm de diâmetro, então são dez vezes maiores que a argila. A areia muito fina é a partir de 0,2mm. Frações depois deste diâmetro são consideradas solos arenosos. Quanto menor as frações, menor a capacidade de retenção de umidade nesse solo. 
2. Cargas elétricas – As argilas de um modo geral são eletronegativas, embora possa apresentar em menor número cargas positivas. 
3. Cinéticas: Movimento Browniano - caracterizado pelo movimento brusco, irregular e em ziguezague de partículas individuais no meio de dispersão; Movimento difusão - que é uma conseqüência da migração de partículas de uma região; Movimento gravitacional, responsável pela sedimentação de partículas.
· Se quiser aumentar a umidade do solo, faz adubação orgânica. Além de aumentar a superfície específica, a matéria orgânica vai ser fonte de outros nutrientes. 
Origem das cargas presentes no solo: Negativas - Dissociação de grupo OH, Substituição Isomórfica, Matéria Orgânica. Geralmente há predominância de cargas negativas sobre positivas, principalmente solos de regiões temperadas pela maior presença de argilas silicatadas mais ativas.
Positivas - Tem origem nos óxidos e hidróxidos (óxidos hidratados) de Fe e Al (Fe2O3 x H2O preferencialmente).
Adsorção e troca iônica: As propriedades de adsorção iônica do solo são devidas, quase totalmente, aos minerais de argila e matéria orgânica coloidal do solo, de elevada superfície especifica. Na fase sólida do solo as cargas negativas e positivas são neutralizadas por íons de cargas contrárias, que podem ser trocados por outros íons presentes na solução do solo. Este fenômeno é de extrema importância na natureza é chamado de troca ou adsorção iônica, podendo ser catiônica ou aniônica. As cargas negativas são neutralizados por íons eletro positivos, ou seja, pelos cátions, o que se denomina Adsorção catiônica. Na neutralização de cargas positivas pelos ânions tem-se a adsorção aniônica. As reações de adsorção podem envolver forças não específicas (força de Van der Waals) e forças específicas semelhantes às das ligações químicas. Os íons envolvidos nesse processo de adsorção ligam-se por eletrovalência ou por covalência às partículas coloidais do solo. Este fenômeno é de extrema importância na natureza é chamado de troca ou adsorção iônica, podendo ser catiônica (Al3+, Ca2+, Mg2+, K+, Na+, NH4+) ou aniônica (NO3-, H2PO4 -, HPO4- etc.). A reação de troca que se dá entre íons de mesma carga é conhecido como Troca Iônica.
1) Capacidade de Troca Catiônica: Quando se coloca uma certa quantidade de solução salina em contato com o solo, haverá troca entre os cátions contidos na solução e os da fase sólida do solo em proporções estequiométricas e esse processo é reversível. A determinação da CTC do solo deve-se levar em conta o pH do meio em que a troca catiônica se verifica e as cargas elétricas de caráter eletrovalente e covalente. A CTC do solo também é influenciada pela espécie/quantidade de argila e matéria orgânica e pela superfície específica. 
2) Capacidade de Troca Aniônica: A capacidade de troca aniônica (CTA) é definida como o poder do solo de reter ânions na fase sólida, numa forma trocável com outros ânions da solução. A troca aniônica é mais frequente e convenientemente denominada adsorção aniônica, sendo a adsorção um processo mais complexo do que simples troca. Este tipo de reação é bem comum com o fósforo, principalmente nos solos ricos em óxidos de ferro e alumínio. A capacidade máxima de adsorção varia com a textura do solo, em função de suas características, tipo de argila predominante. 
Transporte de nutrientes no solo: As plantas constituem uma unidade que estabelece mudanças com o meio que a cerca. As substâncias penetram na planta através das folhas e das raízes das mesmas no meio. A relação entre o solo, a planta e a atmosfera constituem um sistema na qual a planta absorve a água do solo, circulando pelo xilema e se perdendo para a atmosfera. Esse transporte pode ocorrer de três formas diferentes: 
1. Intercepção Radicular: À medida que a raiz cresce num solo ela absorve os nutrientes que inicialmente se encontram no trajeto de seu crescimento. Ele também facilita indiretamente os outros dois mecanismos, principalmente a difusão, por diminuir a distancia entre os íons e a raiz. 
2. Difusão: À medida que os íons vão de encontro à raiz e sendo absorvido, cria-se um gradiente de concentração próximo a raiz menor que no restante do solo, fazendo com que os íons se movimentem de uma região de maior concentração para uma de menor concentração. Ex: Fósforo, Potássio
3. Fluxo de Massa: a planta perde água pela transpiração criando uma pressão negativa na raiz que faz com que a água do solo seja absorvida pela raiz e os íons sejam arrastados juntamente a ela. É uma consequência da existência de um potencial de água no solo maior do que junto às raízes. 
O teor de um nutriente disponível para as plantas vai depender das formas que os mesmos se encontram no solo e da sua concentração.
Origem da acidez do solo: Os solos ácidos são decorrência das condições naturais ou de cultivos. A chuva causa intemperismo em rochas e estas liberam diversos minerais no solo. O processo de decomposição e desagregação do solo faz com que esses íons percam suas cargas ou sejam removidos do solo. 
· Remoção das bases, seja ela por lixiviação, erosão ou pelas próprias culturas; precipitação atmosférica – chuva baixo pH; mineralização da matéria orgânica, decomposição diminui o pH pela liberação de H+ da amônia->nitrato;ação de fertilizantes acidificantes.
Leis gerais da adubação
1) Lei da restituição: determina que deve-se fazer a restituição dos elementos nutritivos exportados pelas colheitas, mas também dos elementos nutritivos que são perdidos pelo solo. 
Limitações: Muitos solos são naturalmente pobres em um ou mais nutrientes, ou apresentam problemas de acidez ou problemas de salinidade. 
Se solos estão submetidos à perda de nutrientes por lixiviação e mesmo por erosão, perdas que muitas vezes são intensificadas pela adição de corretivos e adubos; Ex. Gesso aumenta a disponibilidade de cátion.
2) Lei do mínimo: determina que o que vai limitar o crescimento da planta é o elemento que aparece em menor quantidade no solo em relação à necessidade da planta, limitando o crescimento dela. “As plantas crescem de acordo com o elemento disponível no solo que se encontram em menor proporção no solo em relação as necessidades das plantas”. Correlaciona o crescimento vegetal com a quantidade do elemento existente no solo. 
3) Lei dos acréscimos não proporcionais (Mitscherlich): determina que com o aumento progressivo das concentrações de nutriente deficientes no solo, a produtividade aumenta rapidamente no início (tendo resposta linear) e esses aumentos tornam-se cada vez menores até atingir um platô, quando não há mais respostas às novas adições de nutrientes. 
4) Lei da interação: a insuficiência de um nutriente no solo reduz a eficácia dos outros nutrientes. 
5) Lei do máximo: o excesso de um nutriente no solo reduz a eficácia de outros, podendo diminuir a produção. 
Gráfico: Quando o pH está muito baixo, abaixo de 6, se olharmos no gráfico o fósforo (verde), vemos que à medida que vai elevando o pH vai aumentando a disponibilidade. Se o pH passar de 7 essa disponibilidade começa a diminuir. Se eu ver os micronutrientes que são importantes, então o pH mais ácido a disponibilidade dele é muito alta, então não adianta trabalhar com pH em torno de 5 se terá deficiência de fósforo, de nitrogênio. É preciso elevar o pH mesmo em detrimento da maior disponibilidade daqueles elementos - ferro, fósforo, cobre, manganês e zinco. Não existe um valor fixo pra pH, mas sim uma faixa ótima de pH, essa faixa vai de 6 a 6,5, então quando se trabalha nessa faixa, aumenta a disponibilidade de alguns elementos mesmo em detrimento de outros. 
Pode-se observar que em pH ácido a disponibilidade do alumínio é alta e quando o pH vai aumentando essa disponibilidade diminui. Quando se faz calagem no solo está ocorrendo a adição de OH, e este está reagindo com o Al formando o hidróxido de alumínio, e aí torna o alumínio indisponível, então fica insolúvel, e aí libera fósforo para a planta. 
09/04 – CALAGEM DO SOLO
Solos brasileiros, em sua grande maioria, a acidez está relacionada a: Lixiviação das bases, exportação das bases pelas culturas, atividade biológica no solo que geram compostos ácidos. Como conseqüência dessa lixiviação há um abaixamento do pH bem como a toxidez pelo H+ gerado no solo, diminuindo a fluidez da membrana plasmática e como conseqüência diminuindo a absorção. A calagem se faz necessária em solos com alumínio trocável porque este interfere na absorção dos elementos, principalmente o fósforo. Isso gera a acidez ativa do solo. Já a acidez potencial do solo é a acidez não trocável + acidez de troca. A influência da calagem sobre a eficiência dos fertilizantes a fim de melhorar o ambiente próximo ao sistema radicular das plantas - permite que haja uma maior absorção dos fertilizantes e aproveitamento pelas plantas. A acidez trocável é representada pelo Al+3 mais o H+ que faz parte da CTC efetiva. A participação do H+ é pequena em relação ao Al+ (alumínio trocável). Este Al+ é considerado acidez porque em solução por hidrólise gera acidez.Após a aplicação do calcário vai ocorrer a dissociação desse carbonato de cálcio. Vai liberar Ca + H2O + CO2. A calagem corrige o pH elevando-o por meio da adição de OH no solo. Isso vai neutralizar os H+, que são naturalmente ácidos. O alumínio, vai reagir com o OH e este OH vai neutralizá-lo – Al(OH)3.
· É o processo de correção do pH do solo. Consiste na aplicação do calcário com a finalidade de diminuir a acidez (elevar o pH). Geralmente feito de dois a três meses antes do plantio para que se tenha efeito total. Deve-se considerar o PRNT do calcário, que é o poder relativo de neutralização total do calcário. A incorporação do calcário deve ser em toda a camada arável do solo, através de aração e gradagem. 
Ao fazer calagem do solo, vemos que o solo tem CTC (capacidade de troca catiônica) determinada a pH 7. Vemos então, na camada mineral, a argila mineral, humos e óxidos. Se esse solo composto na argila tem as bases e depois tem a acidez trocável, que é gerada pela presença do alumínio trocável, e com a sua hidrólise gera as cargas positivas, que gera a acidez do solo, a presença dos humos (matéria orgânica) forma um fenol, um composto carboxílico, que gera aquelas cargas positivas e negativas do solo. Os óxidos e hidróxidos de ferro e alumínio são responsáveis pela geração dessas cargas positivas. A calagem também permite que alguns elementos se tornem disponíveis para as plantas, lembrando que o pH influencia nessa disponibilidade. 
· Solos com maior capacidade tampão CTH (+ argilosos) necessitam de mais calcário para aumentar o pH que os solos de menor CTH (+ arenosos). A capacidade tampão relaciona-se diretamente com as quantidades totais de argilas e de matéria orgânica no solo, assim como o tipo de argila.
Possibilidades da calagem: 
· Adicionar cálcio e magnésio ao solo, e elevar o pH;
· Diminuir a toxidez de alumínio, ferro e manganês;
· Diminuir a adsorção ou “fixação”de fósforo;
· Diminuir a disponibilidade de boro, manganês e zinco em alguns solos;
· Aumentar a disponibilidade de molibdênio do solo;
· Aumentar a atividade microbiana e a liberação de nutrientes (N, P e S) pela decomposição microbiana;
Eficiência do corretivo (PRNT)
· Poder Relativo de Neutralização Total
Depende: características químicas PN e físicas RE -> PRNT (%) = (PN x RE)/100
O PRNT = (PN x RE)/100 sendo o CaCO3 com PN igual a 100 Se um calcário tem PN de 80% e reatividade de 85%, o valor do PRNT será: PRNT = (PN x RE)/100 = 80 x 85/100 = 68%
Menor partícula do calcário – MAIS REATIVO; Maior partícula do calcário – MENOS REATIVO
Métodos de correção do pH
1. Neutralização do Al+ trocável 
Baseia-se na extração do alumínio trocável ou da acidez extraível por uma solução de KCl 1mol/L. Princípio: o Al trocável é um dos principais componentes da acidez dos solos. Acima de pH 5,5 não existe Al trocável.
	
	1.2 Método do alumínio trocável e da elevação dos teores de Ca e Mg
A necessidade da calagem seria baseada num valor Y (textura de solo – argiloso ou arenoso) x a concentração do Alumínio + X (vai depender do grau de exigência dessa cultura) – o teor de cálcio e magnésio. Por exemplo, a brachiaria é um capim pouco exigente. Se eu for plantar tifton, ele é mais exigente, X teria um valor maior para tifton. Então X também, dependendo da cultura, assume valores de 1, 2 ou 3. Se a planta for pouco exigente, X = 1. Se for uma cultura muito exigente, por exemplo milho para silagem, então X = 3. Em caso de produção média de milho, o valor pode ser 2. Capim elefante pode ser 2 a 2,5. O valor de X vai sempre depender do grau de exigência da planta. Exemplo: no resultado laboratorial de uma amostra de solo – pH 5; teor de Al = 0,5; teor de Ca = ...; 
teor de Mg = ... Só com esses 3 elementos já é possível determinar a necessidade. Princípio: neutralizar o Al trocável e assegurar teores adequados de Ca e Mg no solo.
NC = Y x Al+3 + [ X – (Ca + Mg)]
Y = 1 para solo arenoso (< 15% de argila)
Y = 2 para solo de textura média (15 a 35% de argila)
Y = 3 para solo argiloso (>35% a 60% de argila)
X = 2 para a maioria das culturas
X = 3 culturas exigentes em Ca e Mg e
X = 1 para o eucalipto.
Em um análise de solo o valor de argila era 20%, 30%, x vai assumir valor 1 ou 2? Nessas situações pode assumiro valor como 1,5; 60% poderia ser 3,5. 
PRNT: o PRNT deve ser considerado sempre que o calcário não tiver um poder de neutralização total (100%). ou seja, sempre que ele colocar na prova:" considerar um PRNT de 85%", por exemplo, vc vai levar em conta
NC=YxAl+3+[X-(Ca+Mg)]x 100/PRNT
Se o valor de Al+3 for zero e a soma Ca+Mg for alta, não é necessário fazer calagem. 
Se X-(Ca+Mg) for negativo, desconsiderar o resultado, NÃO usar. 
NC= necessidade de calagem 
Y= textura do solo -> usa-se 1 para arenosos; 2 para médios e 3 para argilosos. (SE NA PROVA NÃO DER VALOR, USE 2!!!!) 
X= exigência da planta -> usa-se 1 para pouco exigentes (gordura, decumbens); 2 para médios (colonião, braquiarão, tangola) e 3 para muito exigentes (alfafa, tifton, milho p/ silagem). (SE NA PROVA NÃO DER VALOR, USE 2!!!)
"se a soma dos teores de Ca + Mg do solo já estiverem acima de 2 cmolc/dm-³ (ou 20 mmolc/dm-³), considera-se a parte entre os colchetes igual a zero. Em outras palavras, se a operação dentro dos colchetes fornecer um valor negativo, deve ser considerada como zero"
2. Método da elevação da Saturação por bases
Saturação de bases é a soma das bases trocáveis (Ca, Mg, K).
Procura-se elevar o índice de saturação de base (V%) da capacidade de troca de cátions a pH 7,0 e a valores desejados de acordo com a cultura de interesse. Deve-se determinar os valores de Ca, Mg, K+, às vezes o Na+, além do (H + Al) extraíveis com acetato de cálcio 0,5 mol/L a pH 7,0.
Para elevar a saturação de bases a um valor desejado,deve-se considerar que entre uma calagem e outra há necessidade de uma calagem preventiva, para evitar que o solo se acidifique. 
NC=T(V2-V1)/100 x 100/PRNT
T= CTC-> SB+(H+Al)
V1= SB/Tx100
SB= saturação das bases
V1= saturação de bases atual do solo
V2= saturação de bases desejada para a cultura a ser implantada
(maria fernanda: então, vamos supor que o seu solo tenha uma saturação de bases de 10(EXEMPLOOOOOO), e vc quer elevar essa saturação de bases para 30. ai na fórmula, o seu V1 seria 10, pq é o valor que vc tem, e V2 seria pra quanto você quer elevar..)
Se o ph já for acima de 5,5 não há necessidade de calagem
Época de aplicação – Pode ser feita em qualquer época do ano, é importante que a aplicação do calcário seja ralizada com a maior antecedência possível ao plantio e/ou adubação. Sendo o calcário um material de baixa solubilidade e de reação lenta, deve-se aplicar de dois a três meses antes do plantio para que haja tempo suficiente de ocorrerem as reações esperadas se processem. No caso de não ser possível aplicar o calcário com antecedência necessária, pode-se utilizar produtos com maior PRNT. Deve-se dar preferência para o calcário dolomítico (fonte de cálcio e magnésio) a fim de evitar desequilíbrio entre os nutrientes. Deve-se acompanhar a evolução dos teores de cálcio e magnésio no solo e, caso haja desequilíbrio, pode-se aplicar calcário calcítico para aumentar a relação Ca: Mg.
· Distibuição: deve ser espalhado o mais uniformemente possível e aplicação correta da dose necessária
· Incorporação: incorporado na maior profundidade possível de modo a permitir o melhor contato do corretivo com as partículas do solo.
Saturação x Espécies Forrageiras – Para espécies tolerantes a acidez recomenda-se elevar a saturação para 30 a 35% (decumbens, humidicola, stylosanthes, calopogonio); as espécies medianamente tolerantes 40 a 45% (brizantha,maximum); para as susceptíveis deve ser 50 a 60% (elefante, napier, coast cross, tifton)
GESSO AGRÍCOLA
Apesar de não corrigir a acidez ou aumentar o pH, tem a propriedade de penetrar mais facilmente no perfil do solo, fornecendo cálcio e enxofre em profundidade, e reduzindo a saturação de Al3+ no sub-solo, podendo suprir micronutrientes como o Zn, Cu, B e facilitando o aprofundamento das raízes. O sulfato de cálcio ajuda a corrigir duas das conseqüências danosas do excesso de acidez: a deficiência de cálcio e toxidez de alumínio.
· Gesso+Calagem: é a prática recomendada para corrigir a deficiência de Ca, Mg e S no solo. Apenas o Gesso não corrige pH.
ANÁLISE DO SOLO
A principal finalidade de uma análise de solo é verificar a condição de fertilidade das terras, indicando a disponibilidade de alguns dos principais nutrientes para as culturas, como base de uma recomendação racional e econômica de corretivos e adubos. É importante observar a cor do solo, textura, tipo de cultura que se desenvolve ali. 
Em uma área de várzea seguida por morro, a amostragem para análise deve englobar ao menos uma amostra de cada terreno. Por exemplo, uma amostra da várzea, uma amostra da várzea para o morro, uma amostra ‘do meio do morro’ e uma amostra mais acima do meio. Vamos fazer amostras simples, tirando uma fatia do solo de cima e de baixo. De várias amostras simples coletadas, vamos misturar e fazer uma amostra composta, que vai nos dar maior precisão de resultados.
16/04 – Adubação (NPK)
Adubação deve ser feita no início da estação de crescimento (no período de chuva). Adubação de fósforo no plantio -> utilizo todo ele; mas o nitrogênio deve ser colocado em partes, 45 dias após o plantio utilizo o resto. Adubação de pastagem deve ser feita no início das chuvas, no plantio e no próximo ano a adubação de manutenção, 3 ou 4 anos depois faço análise de solo para ver em quais condições se encontra.
FÓSFORO
· Está ligado a forma inicial da formação das pastagens, para ser absorvido deve estar na forma mono, bi ou trivalente relacionado ao pH.
O fósforo exerce importante papel no desenvolvimento do sistema radicular, e no perfilhamento das gramíneas e sua deficiência limita a produtividade das forrageiras e consequentemente do pasto e animal. (diminui a capacidade de perfilhamento)
· Estimula o florescimento e ajuda a formação das sementes.
· É um elemento indispensável à FS, síntese de ligações ricas em energia, síntese e degradação dos CHO e etc.
· Apresenta reações típicas de adsorção e precipitação com minerais da fração argila do solo e com íons da solução do solo que leva a imobilização. (É um elemento pouco móvel no solo, dependendo do teor de umidade pode se ligar ao alumínio ou se pH for muito alto se liga ao cálcio ficando assim indisponível para as plantas)
· É um elemento de baixa mobilidade no solo, no qual encontra-se como ortofosfato, que são as formas derivadas do H3PO4
As plantas absorvem os nutrientes na forma de íons da solução do solo. Por sua vez é na fase sólida que estão as reservas desses íons e quando se coloca uma fonte de P no solo, há enriquecimento rápido da solução do solo (-P-H2O). O fosfato adicionado ao solo como fertilizante dissolve-se passando para a solução do solo. Devido à sua baixa solubilidade e a forte tendência de adsorção pelo solo, a maior parte passa para a fase sólida (P-lábil), que gradativamente passa para a forma (P-não lábil).
· Recomendação para adubação do solo depende da análise do solo, ele vai me dizer o quanto de adubo irei precisar. Se o solo for pobre em fosforo (ex.: cerrado) a recomendação é de 90kg de P2O5 por hectare (não estou levando em consideração a textura do solo). Se eu for usar um saco de adubo SS (superfosfato) de 100kg que me fornece 18% de P2O5 tenho que fazer uma regrinha de 3 para saber quantos kg de adubo irei precisar
Estas formas acima (mono, bi e trivalente) estarão disponíveis de acordo com o pH do solo. Se o pH estiver em torno de 5 e 6 será mais absorvida a forma monovalente, de 6 a 6,5 a forma bivalente e acima de 7 trivalente. Se o pH for ainda maior que isso o P pode se ligar ao Ca ficando indisponível para absorção das plantas.
Comportamento no solo
· Na fase sólida do solo, dependendo do pH, tipo e quantidade de minerais existentes na fração argila, o fosforo encontra-se combinado com compostos de Fe, Al e Ca e na matéria orgânica.
· Em solos ácidos com predomínio da caulinita e dos óxidos e hidróxidos de Fe e Al, são mais importantes às combinações P-Fe, P-Al e solos neutros P-Ca.
· As plantas absorvem os nutrientes na forma de íons da solução do solo. Por sua vez éna fase sólida é que está a reserva desses íons e quando se coloca uma fonte de P no solo, há enriquecimento rápido da solução do solo (-P-H2O).
· Esta forma iônica (solúvel) de Pinorg será absorvida pelas plantas, depois por difusão até as raízes.
Efeito do fósforo na planta
· A deficiência de P pode reduzir tanto a respiração como a fotossíntese; porém se a respiração reduzir mais que a fotossíntese, os CHO se acumulam, deixando folhas com coloração verde-escura.
· A deficiência reduz a síntese de ác. Nucleico e de proteínas, induzindo o acúmulo compostos nitrogenados nos tecidos.
· O desenvolvimento das raízes secundárias segue o mesmo comportamento, demonstrando a necessidade de fosforo disponível no início do crescimento.
Formas de P nos solos: O fósforo (P) encontra-se na fase sólida nas formas orgânicas e inorgânicas; na fase líquida em formas inorgânicas na solução do solo, nas formas de H2PO4- e HPO42-.
NITROGÊNIO 
É o segundo elemento mais absorvido pelas plantas (perde só para o K), causa grande impacto na produção. Está ligado a longevidade da planta. Aumenta o teor de proteína bruta. A forma que será usada pela planta: NH4+, NO3 (nitrito, nitrato e amônia; absorve mais na forma nítrica e amoniacal).
A fixação pode ser feita através de descarga elétrica, fixação industrial ou natural (através da fixação biológica microorganismos usam enzimas). O biológico pode ser ainda simbiótico onde acontece associação da bactéria com a planta: raízes noduladas; ou assimbiótico onde os microorganismos estão livres no solo (diazotróficos, podem usar energia solar).
Medimos nitrogênio no solo através da medida de teor de matéria orgânica presente nele.
A simbiose com as gramíneas
√ Milho, arroz e trigo - bactérias do gênero Azospirillum.
√ Cana-de-açúcar - bactérias do gênero Beijirinckia
√ Grama batatais (Paspalum notatum) Azotobacter paspali
√ Determinados cultivares de trigo com espécies do gênero Bacillus.
· Algumas plantas, como a soja, não se recomenda fazer a adubação nitrogenada, apenas deve se fazer a inoculação da bactéria. Apenas a presença da leguminosa (tem sistema radicular mais profundo) melhora a qualidade da pastagem. 
Fixação Assimbiótica: Se dá através de microrganismos de vida livre no solo também denominados de diazotróficos como as algas azuis verdes e certas bactérias dos gêneros Azotobacter, Rodospirillum, Beijerinkia, Derxia, Clostridium, Bacillus e outras têm pouco rendimento fixador de N, devido à escassez de substrato, como fonte de energia na biosfera. Os diazotróficos fotossintéticos podem utilizar também a energia solar, razão pela qual as cianobactérias são os microrganismos de vida livres de maior importância ecológica.
Mineralização da matéria orgânica: Ocorre através da aminificação e amonificação (nem todo amônio produzido será aproveitado pela planta). Matéria orgânica sofre digestão enzimática.
A amônia (NH3) livre presente no solo é oxidada a nitrato, que é a forma preferida pelas plantas não fixadoras de nitrogênio. Já a desnitrificação consiste na transformação bacteriana do NO3- do solo para N2 e óxido nitroso (N2O) que são devolvidos à atmosfera. Neste processo há participação de bactérias. É devido a esse comportamento do nitrogênio que medimos a matéria orgânica quando queremos fazer a análise. O solo é dinâmico, está em constante mudança.
· Posso inocular a bactéria na semente. Se a semente for dura faço uma escarificação antes para diminuir a dureza do tegumento. Depois faço uma peletização (envolvo semente com uma fonte de nutriente). Faço esse processo para ter uma maior especificidade da bactéria para espécie da leguminosa aumentando assim a capacidade de fixação do nitrogênio.
POTÁSSIO
· É o cátion mais abundante nas plantas; Não faz parte de estrutura ou molécula orgânica; Íon livre, facilmente deslocado das células e tecidos; É um ativador enzimático (está ligado a produção de açúcar das plantas); Atua na fotossíntese; Mantém o turgor das células; Regula a abertura e o fechamento dos estômatos.
· Planta absorve potássio na forma trocável. 
K total no solo: K+ na solução do solo; K adsorvido nas cargas negativas do solo; K nas entrecamadas de argilominerais 2:1; K na estrutura dos minerais
· Estará sempre em equilíbrio com a forma presente no solo e a absorvível pelas plantas.
Podemos também parcelar a aplicação de K+. As gramíneas absorvem além do necessário (consumo de luxo).
Pode se observar na tabela que a necessidade de K+ e N na adubação é maior que outras substâncias.
Cloreto de potássio: a cada 100Kg tenho 60% de K2O. Faço de novo regrinha de três caso seja necessário 100kg por exemplo. Se em 100kg de adubo tenho 60kg de K2O em X terei os 100Kg que preciso.

Outros materiais