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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS GRADUAÇÃO EM LEGISLAÇÃO, AUDITORIA E PERÍCIA AMBIENTAL
Resenha Crítica de Caso 
Jéssica Terezinha Vitche da Soler
Trabalho da disciplina Consultoria
 		 Tutor: Prof. Andrea Quintella Bezerra 
Tubarão 
2020
2
AMAZON, APPLE, FACEBOOK E GOOGLE
Referência: 
Deighton, Jhon and Kornfeld, Leora. Amazon, Apple, Facebook e Google. Havard Business School. Dez. 2013. Disponível em: http://pos.estacio.webaula.com.br/Biblioteca/Acervo/Basico/PG0310/Biblioteca_47956/Biblioteca_47956.pdf. Acesso em: 18/03/2020.
A internet foi criada na década de 1950, mas não tinha fins de divulgação de marketing, e sim como um sistema de proteção para alerta de bomba nuclear, que com o passar dos anos tornou-se global, mas ficou restrita a membros de universidades e laboratórios de pesquisa. No artigo “Amazon, Apple, Facebook e Google”, escrito por John Deighton e Leora Kornfeld e publicado em 2013 pela Harvard Business School, os autores analisaram como ficou a internet após a sua privatização a partir de 1995, que resultou em uma grande inovação, focando em quatro ações principais de marketing: geração de leads (interesse de um cliente em determinado produto ou empresa), compartilhamento de informações, transações e persuasão. 
A revolução das práticas de mercado ocorreu de 1997 a 2000, conhecida como “Bolha da internet” (alta das ações de empresas de tecnologia de informação e comunicação), sendo que a prática do marketing na internet, findou-se no ano de 2013. As principais empresas da época faturaram quase US$ 1 trilhão, sendo elas as que administravam os quatros setores do marketing na internet. São elas a Amazon, Apple, Google e Facebook. 
A Amazon entrou no mercado online no ano de 1995 atuando como uma livraria virtual, porém seu maior lucro ocorreu em 2001 faturando US$ 5 milhões, fazendo com que os 6 anos perdidos fossem “pagos”. Após essa fase a empresa cresceu exponencialmente, obtendo uma receita anual de US$ 57 bilhões nos primeiros meses do ano de 2013. Para alcançar esse grande faturamento além da venda de livros, mídias digitais e venda de outras mercadorias, a Amazon lançou alguns serviços como “Amazon Web Services” que foi lançado em 2002 servindo como um “grupo” de serviços de nuvem, alavancando ainda mais seu mercado online. Logo, esse processo de terceirização foi o que deu margens na tecnologia de informação, uma vez que ela era central. 
Com o Web Service a Amazon ganhou visibilidade nas vendas de muitos varejistas, uma vez que sua plataforma era sempre compartilhada. No ano de 2013, as vendas de varejo online eram dominadas pela Amazon, que obtinha uma receita de US$ 31 bilhões (apenas do varejo). Mas a grande jogada se deu durante muito tempo pelo uso do marketing e propaganda em nome de seus fornecedores, que foi o maior dos elementos de seu modelo de negócio. 
O ano de 2011 a 2012 foi marcado pela rede de propagandas da Amazon, que ficou conhecida por ser o “gigante adormecido da propaganda” como descrita pela AdWeek. Essas propagandas foram excelentes estratégias de vendas, uma vez que um visitante entrasse em seu site, porém não comprasse nada, o navegador deste provável comprador ficaria marcado com uma espécie de cookie rastreador, lançando propagandas em um outro website, tendo ele o contato com a propaganda do mesmo produto novamente, em uma outra ocasião, e assim uma nova oportunidade de compra. 
O que foi então a revolução do Google? Que até 1998 não existia, e os portais para navegação na internet eram dominados pela Microsoft como o Yahoo!, AOL e o MSN. Os anúncios nesses portais geravam receitas quando expostos ao tráfego, classificando o conteúdo de acordo com a capacidade de deter o mesmo, conhecido como a stickiness, ou seja, “permanência no site”. Nessa época não se dava muita importância para o tráfego a esses portais.
Quando o Google chegou, não foi dado muito importância, na página tinha a apenas a opção de pesquisa e não gerava receita, portanto esse era apenas o início de um grande projeto de mecanismos potenciais de pesquisa. Foi então que no ano de 2000 a Yahoo! optou pelo Google para ser seu mecanismo de busca, isso fez com que novos dados entrassem no fluxo de pesquisa do Google, fornecendo informações novas para treinar o algoritmo de busca. Foi quando essa plataforma começou a lucrar diretamente com o elevado tráfego da pesquisa, e também indiretamente, por taxas de licenciamento. 
No final do ano 2000, a Google possuía o serviço de AdWords, nada mais era do que um mecanismo de propaganda de texto para anunciantes, e o lucro que a Google recebia era baseado no número de vezes em que uma pessoa clicasse na caixa de texto do anúncio. Mas todo o dinheiro que gerava com esse tipo tráfego não parou por ai... Em 2003, já com o AdSense, o Google permitiu que toda a propaganda vinculada a sua plataforma fosse disseminada para todas as páginas de grande relevância em toda a internet. Com o lançamento do serviço de troca de e-mails gratuitos, o Gmail, tornou-se uma maneira de disseminar os anúncios na qual enquadrassem com o assunto das mensagens específicas de e-mail. 
Com mais uma revolução do Google no ano de 2004, ele se pôs a digitalizar e também indexar todos os livros do mundo!!! Disseminando milhares de páginas de conteúdo, com isso o Froogle, Picasa, Blogger, tradutor e um serviço de agenda passaram a derivar de um vínculo de equipes de desenvolvimento de produtos e de obtenção do Google. 
Em 2006 o Google comprou o YouTube, o canal de armazenar e distribuição de vídeo, que mais tarde passou a concorrer com a televisão a cabo. Já em 2007, a Google comprou a DubleClick, que é uma plataforma de exposição de propaganda online, com o objetivo de ter melhores resultados na exposição de suas propagandas. Logo depois comprou a AdMob, um servidor que fornecia anúncios para os dispositivos móveis. Com todas essas compras e mudanças que o Google realizou, logo ele começou a obter receita não apenas da propaganda, mas também das listas de resultados das páginas de resultados. Com a compra do software ITA (busca de assentos aéreos), em 2011, o Google começou a servir voos e informações sobre tarifas e passageiros, fazendo com que recebesse uma taxa de afiliação das páginas de viagens pela reserva de voos online pelas pessoas.
No ano de 2007, lançou o sistema operacional Android para telefone móvel, porém não gerava receita por ser gratuito, até que em 2011 com a compra da Motorola Mobility (fabricante de telefone móvel), permitiu que o Google desenvolvesse telefones móveis com o sistema operacional Android. Neste mesmo ano lançou o Google Play (serviço online de armazenamento de música e de compra) e o Google Wallet (sistema de pagamento pelo celular), além do Google+ (rede social integrada com suas ofertas de pesquisa). Foi então que o Google começou a trabalhar com varejistas podendo competindo com a Amazon nas vendas e com o Facebook no quesito redes sociais.
No final de 2012, com todo esse avanço digital do Google, ele ainda obtinha a grande parte dos seus lucros obtidos da pesquisa.
Os caminhos do Google então se cruzaram com o da Apple Inc. Fundada em 1976, começou a ganhar mais espaço e visibilidade só no ano de 2004, sendo que teve um grande ápice em seu crescimento, faturando no ano de 2013 cerca de US$ 600 bilhões, tornando-se assim a mais valiosa empresa de capital aberto dos Estados Unidos. 
A Apple passou a vencer o Google no quesito “acesso móvel a e-commerce”, sendo que no ano de 2012 o iOS (sistema operacional móvel da Apple) era o que a grande parte da população dos Estados Unidos usava para acessar a internet móvel, sendo inevitável de que o tráfego era muito maior no sistema iOS.
O controle por acesso ao e-commerce começou a ser disputado pela plataforma do Kindle (distribuía conteúdo digital), da Amazon, com a Apple e a junção do iTunes e iPad. Já o Google começou a disputar espaço com a Siri (ferramenta de pesquisa por voz da Apple).
Além disso, os aplicativos parasmartphones (apps) foram importantes no desenvolvimento do marketing online, sendo que nesse quesito a Apple também dominava sobre o Google.
Com o crescimento do Facebook no ano de 2013, as pessoas passaram a ter mais acesso e tempo gasto online, porém essa plataforma era mais lenta para atrair supostos anunciantes quando comparado com o Google. Com o lançamento do Facebook Exchange (final do ano de 2012), que tinha como objetivo gerar oferta de anúncios e segmentação, podendo então os membros dessa rede gerar cookies de rastreamento nos navegadores das pessoas que visitassem a página, e também a seus membros da rede social, oferecendo propaganda sempre que eles acessassem o Facebook.
A propaganda pela mídia online crescia rapidamente devido a mais pessoas passarem a usar os mecanismos de busca na internet. O Google dominava a busca via desktop nos Estados Unidos entre os anos de 2009 a 2012. As buscas em internet móvel começaram a ganhar espaço em 2007 com o lançamento do iPhone, fazendo com que os computadores não fossem os únicos dispositivos com acesso à internet. Apesar disso, o Google era quem controlava a maioria do mercado da propaganda em busca móvel.
Outro tipo de exposição a propaganda era por via de mídia offline, onde os anunciantes colocavam anúncios em um conteúdo “premium”. Assim serviços financeiros colocavam seus anúncios em páginas do Wall Street Journal, já anúncios de produtos domésticos rodavam na parte da manhã na televisão. Alguns serviços da web seguiam por esse segmento offline também, como o Yahoo! e AOL, com conteúdo excelente que se comparava a categoria offline, e também havia as páginas que se especializavam nos seguimentos específicos de audiência como o iVillage e Slate.com.
Grande parte do varejo acontecia offline nos Estados Unidos, porém algumas vezes essas transações envolviam uma pesquisa online. No ano de 2011, o maior varejista online, era disparado a Amazon, seguido pela Apple Inc. Desmembrando essas duas categorias, o varejo que acontecia online era muito mais direcionada a mercadorias no geral, e não direcionada a comerciantes especializados, como acontecia no offline.
Particularmente o avanço no desenvolvimento das tecnologias e seu grande crescimento no meio do marketing teve forte influência dessas quatro empresas analisadas em questão: Amazon, Google, Apple e Facebook, que causaram uma grande revolução no que se refere ao marketing digital. Não só as empresas, mas também os consumidores tiveram um enorme benefício, com expansão de democracias e liberdade de expressão. Porém, a capacidade é ainda maior, e a velocidade de crescimento que ano após ano nessa área avança, podem que por fim vir a sufocar possíveis novos concorrentes elevando esses cenários a outros patamares inimagináveis.

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