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Principais escolas jurídicas

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PRINCIPAIS ESCOLAS JURÍDICAS 
Introdução
Desde os primórdios da sociedade, buscava-se criar regras para reger a sociedade, para uma convivência harmônica. As principais escolas jurídicas que marcaram esse processo foram: Jusnaturalismo, que tratava-se de um direito universal e imutável, de origem teológica; O Positivismo Jurídico, que era um direito positivado, e a sua principal fonte era a lei; Contratualismo buscava a formulação de um contrato social que regesse a sociedade, e explicar a origem deste contrato; Escola da Exegese pregava o poder e a plenitude da palavra escrita na lei; O Realismo Jurídico preocupava-se com a realidade, com a prática social; Historicismo Jurídico consiste na idéia de que o direito é baseado no costume do povo; A Orientação Sociológica expressa que o direito nasce espontaneamente da vida social; e por fim, o Direito alternativo, da atualidade, defende o direito livre, onde seu intérprete não é limitado pela lei. 
Jusnaturalismo 
O Jusnaturalismo surgiu com os filósofos da Grécia Antiga, e está relacionado ao Direito Natural, trata-se de uma corrente de pensamento que presume uma ordem intersubjetiva imutável e universalmente válida.Os jusnaturalistas consideram o Direito Natural uma lei verdadeira, que está acima do direito positivo.
Na Idade Média havia uma forte ligação entre Estado e Igreja, portanto, naquela época o Direito Natural era a vontade de Deus e suas leis. Os seguidores do pensamento jusnaturalismo teológico acreditam que quando o Criador formou o homem, e inseriu no mesmo as qualidades de excelência como: amor, moral, justiça, liberdade etc, essas então seriam as leis naturais. 
Com a reforma protestante houve uma ruptura na igreja, desvinculando a corrente jusnaturalista da fé religiosa, o Iluminismo também foi um movimento que influenciou essa ruptura, a fonte do Direito Natural passa ser a razão, originada da natureza humana. A partir disso o jusnaturalismo passa a ter uma ideologia mais racionalizada e antropocêntrica, surgindo alguns filósofos que tentam explicar a natureza humana e formular leis gerais para o bem comum. 
As principais características do Direito Natural é a instabilidade e a imutabilidade, ou seja, não sofre mudanças ao longo da história. Ele foi a primeira teoria do direito e deve ser maior que o poder do Estado, sem que nenhuma lei vá contra este ordenamento. 
Positivismo Jurídico
A corrente de pensamento do positivismo jurídico é um desdobramento do positivismo filosófico dentro da área do Direito. A fonte do direito positivista é a lei, é definido como coação (diferente do direito natural) considerando todo direito um comando, como um ordenamento jurídico onde todo o conjunto de normas do Estado é dotado de completude e coerência. Os positivistas pregam que apenas o direito positivo é válido, não aceitam teorias dualistas, não levam em conta estudos morais para a compreensão de fenômenos jurídicos, definindo o Direito como um conjunto de normas criadas por autoridades capacitadas. 
A corrente mais radical do positivismo jurídico não aceita em nenhuma hipótese a participação da moral para alguma análise jurídica, defendendo o direito livre de valor. Mas existe uma corrente mais moderada, que também defende a separação do direito e moral, porém reconhece que essa separação pode ser relevada em casos específicos. 
Contratualismo
Os filósofos iluministas tinham como objetivo aproximar o direito da razão, criando um sistema justo e universal através do contrato social.
Para Thomas Hobbes o homem naturalmente possui ganâncias e um certo egoísmo, o que pode gerar desordem na sociedade. E para que isso não aconteça surge o contrato social, onde o homem abre mão de sua liberdade em troca da segurança de todos, com um governo absolutista que tem o dever de garantir isso. 
Já para John Locke, o homem já possui direitos naturais, e o contrato social apenas assegura esses direitos. 
Jean-Jacques Rousseau prega que “o homem nasce bom, a sociedade o corrompe”, Ele acredita que a propriedade privada gera desigualdade e pode corromper o homem, com isso o contrato social surge para amenizar essa desigualdade, e o Estado deve ter uma regência baseada na vontade geral. 
Escola da Exegese
A Revolução Francesa ocasionou grandes reviravoltas sociais e políticas, houve muitas trocas de governos e isso causou uma grande bagunça no meio jurídico, o que trazia prejuízos aos negócios da burguesia. A Escola Exegese surgiu no século XIX em meio a esse caos com a ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder, que com o patrocínio da burguesia criou o Código Napoleônico que levou a ordem e segurança para o ordenamento jurídico francês. 
A principal escola criada a partir do Código Napoleônico foi a Escola da Exegese, muitos jurisconsultos dividem essa escola em três fases: a primeira foi a instauração da Escola da Exegese e a definição de suas características, essa fase ocorreu da outorga do Código Napoleônico até a década de trinta do século XIX; a segunda foi publicada as principais obras dessa corrente, ela começou logo após a primeira e foi até os anos oitenta do século XIX; e a última foi quando houve o declínio da Escola da Exegese, no final do século XIX.
Pelo fato do racionalismo naquela época ser muito aplicado por influência do iluminismo, os membros da Escola da Exegese defendiam que o Código Civil francês era fruto da razão, e que ele deveria ser atemporal e universal, e por ser fruto da razão, ele abrangia todo o ordenamento jurídico, não era permitido a busca de soluções em outra fonte além da lei escrita. 
A Teoria da Plenitude da Lei foi um dos pilares dessa corrente, ela presume a plenitude da lei escrita, que é perfeita e contém todo o direito. A filósofa e pesquisadora de direito Mônica Sette Lopes explica que os doutrinadores da Escola da Exegese defendiam que tudo era reduzido a palavra escrita, pois ela tinha sentido pleno, os conflitos deveriam ser demarcados pelo limite da palavra. 
Outro pilar foi a vontade do legislador, se a interpretação da lei ficasse difícil, devia-se recorrer a vontade do legislador, feita através de pesquisas das exposições de motivos da lei, de discussões parlamentares, e também de tradições e costumes da época da formação da norma.
O Princípio da Separação de Poderes foi outro pilar da Escola da Exegese, o transladador só poderia usar a interpretação lógico-gramatical, somente o poder legislativo poderia usar outro sistema interpretativo. 
A aplicação do Direito tinha preponderância de Montesquieu, que entendia o direito em três etapas básicas: fato, norma e sentença. 
Realismo Jurídico 
O Realismo Jurídico prega que o direito legítimo não pode ser compreendido como pura forma, que é preciso considerar, além das normas individuais, o fato voltado para o aspecto social, preocupando-se com a prática, o que é de fato na realidade. 
O Realismo jurídico norte-americano defende que o direito é aquilo que é encontrado nas decisões judiciais. Fazem uso das decisões do passado para prever as do futuro, o que é compreensível, pois os norte-americanos seguem o modelo jurídico da Common Law. 
Já no Realismo Jurídico Escandinavo é reconhecido que o magistrado está sim limitado às normas positivas, que as tem como ponto de partida para uma decisão. Mas considera o direito legítimo aquilo que é de fato na prática, preocupando-se em estudar o comportamento social, daqueles que são destinatários da norma, trocando a idéia da ênfase da decisão judicial e colocando na prática, no dia-a-dia das pessoas, para saber a efetividade das normas perante a sociedade. 
Historicismo Jurídico
No Historicismo Jurídico o direito não é representado pela jurisprudência ou pela lei, e sim pelo próprio povo, através do costume. O costume é tido como uma manifestação verdadeira do povo, para qual o direito é dirigido. 
Para Friedrich Carl Savigny o legislador não cria o direito, mas transpassa sob a forma da lei escrita um direito já existente na história do povo. O direito é fruto de um pensamento determinado dentro de um costume,tempo e espaço. 
Os historicistas comparam o direito a linguagem, porque ambos são fenômenos culturais que evoluíram de acordo com a história do povo, do mesmo modo que o gramático apenas sistematiza o conhecimento já existente, o legislador também sistematiza os costumes já existentes no espírito do povo. 
O Historicismo vai contra o Jusnaturalismo e o Juspositivismo, pois, na concepção historicista o direito não é imutável como defendem os jusnaturalistas e nem positivado e codificado como prega o Juspositivismo. 
Orientação Sociológica 
A Orientação Sociológica constitui-se na idéia de que o Direito surge espontaneamente da vida social. Surgiu como uma oposição ao normativismo, e distante do Jusnaturalismo, defendendo que a principal fonte do Direito não é a concepção individual e sim o entendimento coletivo. Sendo estudado pela Sociologia por ser um fenômeno social.
Os críticos desse pensamento afirmam que a Orientação Sociológica por mais que negue o Jusnaturalismo, ele acaba se manifestando de maneira camuflada. A jurista Maria Helena Diniz explica que “embora o positivismo sociológico pareça rejeitar qualquer moral teológica ou metafísica, pretende, mais ou menos explicitamente, substituí-las por certa moral científico-positiva”.
Direito Alternativo
Inicialmente o Direito Alternativo criticava o sistema jurídico tradicional determinado, e fazia uma defesa contra os juristas tradicionais que criticavam os alternativos. Ele surgiu sem um debate teórico preliminar, e diferente das escolas anteriores, não possui um pensamento único, e sim pluralista.
Com o tempo, o Direito Alternativo foi amadurecendo suas teses, sofreu mudanças, e foi consolidado. Quando houve sua consolidação, ocorreu a realização dos primeiros congresos, o que levou o aparecimento de várias teorias e autores alternativos, que queriam explicar a prática do movimento. 
O Direito Alternativo, conhecido como Direito Livre, é o Direito da atualidade, onde quem o interpreta não é limitado pela lei, possuindo uma ampla liberdade, é “a justiça pelo código ou apesar do código”. Primeiramente o magistrado decide qual é o seu senso de justiça, e depois procura o fundamento no código. 
Os seguidores do movimento defendem a implantação da justiça social, que seria o direito justo, que ainda não está previsto em lei, na esperança que se tenha uma distribuição de renda mais igualitária, e uma maior participação comunitária. Para eles, toda transformação social vem de um conjunto de vários movimentos sociais que se comprometem com as mudanças de todas as esferas sociais. 
O Direito alternativo trás o ajuizamento dos níveis de atuação divididos em: Positivismos de combate/ instituído sonegado, uso alternativo do Direito/instituído relido e Direito alternativo em sentido estrito/ instituinte negado. 
O primeiro nível trata-se de denunciar a não efetivação dos direitos escritos na lei. O segundo nível sugere uma releitura da lei que abrisse espaço para uma observação das propostas das teorias críticas do direito. E o terceiro, por fim, prega uma construção do direito através de lutas de diversos movimentos sociais. 
Conclusão 
Diante das razões supramencionadas, é possível entender que com a evolução da sociedade, o direito também se desenvolveu, passando por várias fases e várias escolas jurídicas, dentre elas: o Jusnaturalismo, que foi a primeira escola, baseava-se nas leis de Deus o que é coerente com sua época, pois Igreja e Estado eram extremamente ligados; Positivismo Jurídico, focado no direito positivo, na própria lei; Contratualismo que consistia-se em um contrato social em prol da regência da sociedade; Escola de Exegese defendia a plenitude da lei escrita; Realismo Jurídico buscava enfatizar a realidade e a prática social no direito; Historicismo Jurídico focado no costume do povo, que o direito vem do povo e se transforma conforme a sociedade evolui; Orientação Sociológica prega o direito vindo da vida social, buscando justiça social; E o Direito Alternativo que é o direito da atualidade, que baseia-se no direito livre. 
 Vale ressaltar que nenhuma corrente de pensamento é considerada errônea ou absolutamente correta. Conforme a sociedade de desenvolveu, o direito também evoluiu acompanhando a linha de pensamento de suas respectivas épocas. 
https://danielfelipem.jusbrasil.com.br/artigos/661674395/o-jusnaturalismo-teologico. Acesso em: 05 set. 2020. 
https://jus.com.br/artigos/39884/reflexoes-sobre-o-jusnaturalismo#:~:text=105%20)-,O%20jusnaturalismo%20ou%20o%20direito%20natural%20%C3%A9%20a%20corrente%20de,possa%20formar%20o%20melhor%20ordenamento
https://www.direitosemjuridiques.com/jusnaturalismo-em-5-passos-direito-natural/
https://acdl1994.jusbrasil.com.br/artigos/375690991/escolas-do-pensamento-juridico
https://luanmesan.jusbrasil.com.br/artigos/498934699/escolas-positivistas-exegese-pandectista-analitica
https://fernandocolussi.jusbrasil.com.br/artigos/183838243/positivismo-juridico-definicoes-e-criticas
https://preliminaresdodireito.wordpress.com/2015/05/12/caracteristicas-do-positivismo-juridico/
https://jus.com.br/artigos/23137/a-escola-da-exegese-origem-caracteristicas-e-contribuicoes 
https://jus.com.br/artigos/33011/a-escola-da-exegese#:~:text=Assim%20sendo%2C%20um%20dos%20seus,Teoria%20da%20Plenitude%20da%20Lei.&text=Realiza%20apenas%20um%20trabalho%20de,completa%20e%20acabada%20do%20direito. 
http://www.direitosemjuridiques.com/realismo-juridico-em-5-passos/
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/26391083/realismo-juridico
https://jus.com.br/artigos/33633/fundamentos-juridicos/2
https://jus.com.br/artigos/64683/o-direito-alternativo

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