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O que leva um funcionário ao utilizar ou não o equipamento de 
proteção individual 
 
Any Caroline Xavier (Faculdade de Tecnologia Ensitec) any_caroline1990@hotmail.com 
Ewerton Natali Lewis (Faculdade de Tecnologia Ensitec) ewertonlewis90@gmail.com 
Luciana da Cruz Coutinho Freitas (Faculdade de Tecnologia Ensitec) luciana.coutinholeal@hotmail.com 
Leila Maria de Carvalho Pontes (Faculdade de Tecnologia Ensitec) lelecarvalho_24@hotmail.com 
 
Resumo: 
O presente artigo buscou a identificação dos principais motivos que levam os funcionários a utilizar ou 
não equipamentos de proteção individual (EPI) e sua importância na prevenção dos danos gerados 
pelos acidentes na produção com operadores de máquinas de fabricação de produtos plásticos. A 
pesquisa foi realizada na empresa Perfilplast somente na área de produção através de uma pesquisa de 
campo que buscou a identificação dos principais motivos que levam os funcionários a utilizar ou não o 
equipamento de proteção individual durante a execução de suas atividades dentro da empresa. A 
abordagem da pesquisa foi através de um questionário para levantamento das informações e foi 
possível construir quadros e gráficos que possibilitaram avaliar o uso e o não uso de EPI´s por parte 
dos funcionários. Com os resultados podê-se verificar que a empresa fornece os EPI´s adequados ao 
risco da atividade e que os funcionários têm consciência da importância do EPI na prevenção de 
alguma lesão provocada por um acidente. Verifica-se também que a uma resistência ao uso do EPI por 
parte de alguns funcionários devido ao desconforto que alguns equipamentos causam, e sugere-se que 
a empresa intensifique os programas de treinamento e conscientização dos funcionários para alcançar 
o cumprimento da obrigação do uso de EPI´s. 
Palavras chaves: CIPA, EPI, segurança do trabalho. 
 
What makes an employee to use or not the personal protective 
equipment 
 
Abstract: 
This paper aims to identify the main reasons that lead employees to use or not personal protective 
equipment (PPE) and its importance in the prevention of damage caused by accidents in production 
with the manufacturing of plastic products machine operators. The survey was conducted in Perfilplast 
only company in the production area through a field of research that sought to identify the main 
reasons that lead employees to use or not the personal protective equipment while performing their 
activities within the company. The research approach was through a questionnaire to the information 
and it was possible to build charts and graphs that allowed evaluate the use and non-use of PPE by 
employees. With the results can be verified that the company provides adequate PPE to the risk of the 
activity and that employees are aware of the importance of PPE in preventing any injury caused by an 
accident. Check also that the resistance to use EPI by some employees because of the discomfort that 
some equipment cause, and it is suggested that the company step up training programs and employee 
awareness to achieve compliance with the obligation of using PPE. 
 
Key-Words: CIPA, EPI, work safety. 
 
1 Introdução 
O presente artigo buscou a identificação das causas do que leva um funcionário a usar ou não 
o equipamento de proteção individual (EPI) durante sua jornada de trabalho dentro da 
empresa. Com base de esclarecer o que acontece na prática com os funcionários, o que leva a 
deixar de usar o EPI, e mostrando-o a importância e as conseqüências do uso correto e 
constante do equipamento. 
Visando a necessidade que a empresa Perfilplast tem de manter seus funcionários informados 
e investir em treinamentos e equipamentos para incluir em seus colaboradores, espírito de 
prevencionista e técnicas de sensibilização, combater os acidentes e incidentes de trabalho, 
pois afeta gravemente a produção e o lucro da empresa, e o mais importante seus 
funcionários, que sem eles a empresa não ira chegar a lugar algum. 
Entender o que o seu pessoal pensa sobre o uso do EPI, é essencial para saber que medidas 
tomar, pois cada pessoa tem uma dificuldade ou forma de pensar. Através de pesquisas de 
campo e bibliografias iremos verificar o que os funcionários sentem ao utilizar o EPI. 
2 Apresentação da empresa 
Empresa Perfilplast Indústria de Produtos Plásticos LTDA, R. Bom Jesus De Iguape, 3170 
Vila Hauer – Curitiba – PR, CEP 81650-030, Brasil – CNPJ: 03.041.421/0001-59. Atividade 
econômica principal, fabricação de artefatos de borracha não especificados anteriormente – 
CNAE 2219600. 
A empresa teve sua Fundação em 1999, intitulada como Perfilplast iniciou suas atividades 
com a fabricação de peças vulcanizadas para a indústria de bebidas atualmente com 
aproximadamente 47 funcionários no total. A crescente conquista de mercado na América 
Latina deve-se à qualidade, responsabilidade e energia que empregamos em nossas atividades. 
A partir do ano de 2003, a Perfilplast entrou no mercado automotivo, fornecendo peças 
técnicas em plásticos de engenharia, produzidas com alto padrão de qualidade através da 
melhoria contínua de seus processos. 
Em 2007, conquistou-se a certificação ISO 9001, resultado de um trabalho feito com muita 
responsabilidade e, acima de tudo, dedicação por parte de todos os nossos colaboradores, o 
que nos permitiu assegurar a qualidade de nossos produtos e levar ao nosso cliente o melhor 
custo x benefício do mercado. Também prestam consultoria na importação e exportação de 
materiais da indústria plástica. 
Os produtos da Perfilplast são fabricados conforme projeto desenvolvido pelo cliente, 
podendo atender a vários segmentos contando com profissionais experientes com mais de 15 
anos no mercado de termoplásticos. 
A visão da empresa é serem reconhecidos mundialmente, por seus clientes, colaboradores e 
fornecedores como a melhor empresa de produtos plásticos no mercado que atuam. A sua 
missão é atender com excelência o mercado, oferecendo alternativas de produtos e serviços 
com qualidade e custos competitivos. 
A Perfilplast valoriza seu capital humano, e para evitar o número de incidentes e acidentes de 
trabalho a empresa investe em EPI’s não somente para cumprimento de normas judiciais, mas 
para minimizar possíveis danos causados aos seus colaboradores dentro do ambiente de 
trabalho. Mesmo com a ”resistência” por parte deles é indispensável oferecer tanto o 
equipamento quanto a importância do uso no dia a dia de trabalho, para evitar ou pelo menos 
minimizar os danos causados nos acidentes de trabalho prezando pela integridade física de 
seus colaboradores. 
3 Prevenção de acidentes 
Segurança do trabalho é um conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e 
psicológicas utilizadas para prevenir acidentes, seja eliminando condições inseguras do 
ambiente, seja instruindo ou convencendo as pessoas da utilização de práticas preventivas 
(CHIAVENATO, 2010, p. 477). 
Do mesmo modo vale notar a contribuição de Oswaldo Michael, (2001, p. 29) que aponta que 
o acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou 
ainda pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou 
perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho 
permanente ou temporário. 
Segundo Alvaro Zocchio (2002, p. 55), por muitos séculos os acidentes de trabalho 
foram vistos como ocorrências inerentes ao exercício do trabalho. Não despertava 
maior interesse social do que a recuperação dos acidentados, quando possível, e não 
tinha repercussão como problema econômico. No Século XIX, na fase árdua da 
Revolução Industrial Inglesa, os acidentes do trabalho passaram a ser vistos como 
problemas sociais dignos de atenção e de medidas saneadoras. 
A Segurança do trabalho envolve três áreas principais de atividade: prevenção de acidentes, 
prevenção de incêndios e prevenção de roubos. A segurança do trabalhoestá relacionada com 
a prevenção de acidentes e com a administração de riscos ocupacionais, e sua finalidade é 
profilática no sentido de antecipar-se para que os riscos de acidentes sejam minimizados. 
4 A importância do EPI 
Segunda a história nos mostra o homem sempre buscou a proteção individual de forma 
instintiva. Os primeiros EPI’s foram registrados já na época das cavernas, quando o homem 
primata utilizava vestimentas de pele de animais para se proteger das intempéries do clima. 
Na idade média houve uma importante evolução, quando cavalheiros passaram a utilizar de 
armaduras para se proteger contra os inimigos. 
A humanidade evoluiu e desde então os EPI’s evoluíram juntos. A cada dia, descobrem-se 
novos materiais, parâmetros, tecnologias e metodologias que contribuem para sua evolução e 
buscam tão somente proteger o bem mais valioso que temos: a vida. 
Até hoje ao se falar em Segurança do Trabalho certamente umas das primeiras imagens que 
vêm à cabeça são de capacetes, óculos, luvas e etc. Isso se deve ao fato dos EPI carregarem 
consigo tal extinto da proteção. 
Mas não só para extinto e sensação de segurança que o EPI existe, ele é hoje item obrigatório 
na segurança do trabalho não só na proteção direta, mas também como prevenção. 
4.1 Caracterizações do EPI 
As Normas Regulamentadoras – NR, relativas á segurança e medicina do trabalho, são de 
observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos de 
administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos poderes legislativo e judiciário, 
que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. 
(SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO, 2010, p. 11). 
A Norma Regulamentadora – NR6, considera-se equipamento de proteção individual - EPI, 
todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção 
de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. 
De acordo com a NR6–EPI, os equipamentos de proteção individual devem proteger: a 
cabeça, os membros superiores, os membros inferiores, audição, respiração, o tronco e a pele, 
além de proporcionar proteção contra quedas. 
Sasaki (2007), afirma que “Equipamento de Proteção Individual são equipamentos de uso 
pessoal, utilizado pelo trabalhador, para sua proteção contra riscos que possam modificar 
(suscetível) ou ameaçar a segurança e a saúde no trabalho”. 
E somando à importância da proteção que o EPI oferece Sasaki (2007), aponta que “as 
empresas são obrigadas a fornecer aos seus empregados equipamentos de proteção individual, 
destinados a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador”. 
Cabe citar o trabalho de Oliveira (2009), que relata o fato que “o EPI utilizado deve possuir: 
Certificado de Registro de Fabricante (CRF), Certificado de Aprovação (CA) e Certificado de 
Registro de Importador (CRI). Todos esses documentos são expedidos pelo Ministério do 
Trabalho e Emprego”. 
Ainda na mesma linha de considerações Sasaki (2007), reforça que “a empresa que importa 
EPI’s também deverá ser registrada junto ao departamento de segurança e saúde do trabalho, 
existindo para esse fim todo um processo administrativo”. 
Outro aspecto levantado por Sasaki (2007), afirma que nas empresas que possuem Serviço 
Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) ou 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), devem recomendar os EPI’s adequados 
ao risco. Caso a empresa não possua SESMT ou CIPA, deve procurar a orientação de um 
Engenheiro de Segurança ou de um Técnico de Segurança do Trabalho. 
Ao referir-se a tal assunto a NR-6 identifica que o empregador deve adquirir o tipo adequado 
de EPI para a atividade do empregado, e o empregado fica obrigado a utilizar o EPI para a 
atividade que se destina. 
Dentre as atribuições exigidas pela NR-6 cabem as seguintes obrigações: 
 
4.2 Tipos de EPIs 
Os tipos de EPI´s utilizados podem variar dependendo do tipo de atividade ou de riscos que 
poderão ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador e da parte do corpo que se pretende 
proteger, tais como: 
 EPI para proteção da cabeça; 
Empregador Empregado 
Adquirir o EPI adequado ao risco de cada 
atividade 
Usar apenas para finalidade proposta 
Exigir seu uso Responsabilizar-se pela guarda e conservação 
Fornecer ao trabalhador somente o EPI aprovado 
pelo órgão nacional competente em matéria de 
segurança e saúde no trabalho 
Comunicar ao empregador qualquer alteração que o 
torne impróprio para uso 
Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso 
adequado e conservação 
Cumprir as determinações do empregador sobre o uso 
adequado 
Substituir imediatamente quando danificado ou 
extraviado 
 
Responsabilizar-se pela higienização e manutenção 
periódica 
 
Comunicar ao TEM qualquer irregularidade 
observada 
 
 EPI para proteção dos olhos e face; 
 EPI para proteção auditiva; 
 EPI para proteção respiratória; 
 EPI para proteção do tronco; 
 EPI para proteção dos membros superiores; 
 EPI para proteção dos membros inferiores; 
 EPI para proteção do corpo inteiro; 
 
4.3 EPI’s Utilizados na Perfilplast 
 
No quadro abaixo se pode verificar todos os Equipamentos de Proteção Individual usados 
pelos funcionários na empresa Perfilplast. 
 
Proteção dos olhos 
 
 
 
Proteção dos olhos é um dos pontos mais importantes 
da prevenção de acidentes, os olhos devem ser 
protegidos contra impactos de estilhaços, partículas, 
poeiras, fagulhas, respingos de produtos químicos e 
metais fundidos, assim como contra radiações e 
luminosidade. Para proteção dos olhos, normalmente 
são usados óculos que variam de forma e aplicação. 
Utilização: Os óculos de ampla visão devem ser 
utilizados em todas as etapas da armação de ferragens, 
a fim de proteger a visão dos funcionários contra 
poeiras e partículas que venha a se soltar dos ferros, 
alem de outros impactos. 
Conservação: Devem ser mantidos sempre limpos. 
Utilizar pano macio, água e sabão neutro. 
 
Proteção Auditiva 
 
Se uma pessoa ficar exposta por longo período a uma 
faixa acima de 85 (oitenta cinco) decibéis, deve-se 
usar proteção auditiva. 
Utilização: O protetor auricular deverá ser utilizados 
por todos os funcionários que trabalham na área de 
produção. 
Conservação: Manter sempre limpo para boa higiene e 
conforto. Solicitar a substituição, para higienização 
mensal ou de acordo com a periodicidade de 
utilização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Proteção Respiratória Equipamento destinado a proteção respiratória contra 
poeiras, exposições e agentes ambientais em 
concentração prejudicais a saúde do trabalhador. 
Utilização: A máscara contra poeiras, contra cheiros 
fortes de material químico, sua finalidade é impedir 
que as vias respiratórias sejam atingidas por 
substâncias nocivas ao organismo. 
Conservação: Após o uso deve ser limpo e guardado 
em local seco, ventilado, evitando umidade e a 
exposição a contaminantes. Deverá ser trocado sempre 
que se encontrar saturada, perfurada, rasgada ou com 
falta de vedação. 
 
Luvas de Raspa 
 
O uso de luvas de rapas de couro, evita grande parte 
das lesões em punhos e mãos. 
Utilização: As luvas de raspa de couro deverão ser 
utilizadas para proteção de mãos e punhos, contra 
riscos de ferimentos,cortes e nos serviços de 
levantamento e transportes de moldes, pelos 
trabalhadores da produção. 
Manutenção: Deverá ser solicitado um equipamento 
novo, quando o mesmo não apresentar condições de 
uso. Não deve ser submetido à umidade. 
 
Bota de Segurança 
 
 
 
Utilização: O calçado de segurança com biqueira de 
aço é destinado a proteção dos pés do trabalhador e 
deve ser utilizado em todos os locais de produção da 
empresa, durante toda jornada de trabalho. 
 
Manutenção: O calçado deve ser periodicamente 
limpo e engraxado para manter o couro macio. Não 
deve ser submetido a locais com excessode umidade, 
para tal deve ser utilizado bota de borracha. 
 
5 Resistência quanto ao uso 
O lado humano costuma estar mais em evidência nos acidentes do trabalho quando destes 
resulta alguma vítima. Um dos grandes problemas enfrentados pelas empresas, de modo geral, 
é fazer com que os empregados utilizem os EPI de forma habitual, pois estes demonstram 
sentimentos contrários ao uso dos EPI, por considerá-los incômodo, principalmente, durante o 
período de adaptação. 
De acordo com Montenegro Santana (2012), além de orientações sobre os equipamentos de 
trabalho e as atividades a serem exercidas, também são feitos treinamentos sobre os EPI’s 
para uma melhor compreensão por parte dos trabalhadores da funcionalidade de tal 
equipamento. Não basta somente orientar o colaborador tem que também mostrar sua 
relevância quanto ao uso. 
Na concepção de Zocchio Alvaro (2002), o que causa um acidente de trabalho mesmo com 
todos os cuidados não é somente pela falha humana, e que nesta altura, já se entende o que 
são causas de acidente de trabalho, que podem ser assim definidas: condições e ações 
humanas e condições materiais inseguras que, combinadas ou não, propiciam a ocorrência de 
acidentes. 
Alguns tipos de falhas que são comuns nas empresas que ocorrem acidentes de trabalho são: 
Falhas técnicas 
Quando o equipamento não é 
capaz de exercer a missão 
requerida. 
Falhas por descuido 
Os equipamentos de uso 
diário possuem falhas 
esporadicamente. 
 
Falhas conscientes 
Por parte das pessoas que fazem 
adaptações sem o conhecimento 
técnico 
EPI’s que não são apropriados a 
função exercida. 
 
EPI esta velho ou sem condições de 
uso. 
 
Equipamento com mau contato, 
sem manutenção. 
 
Local inadequado com 
condições inseguras, mal 
organizadas. 
São falhas decorrentes de ajustes 
incorretos de sistemas de comando. 
 
 
O EPI quando exposto explicitamente a sua importância e seu uso correto, será mais eficaz a 
sua utilização no ambiente de trabalho. 
 Identificação do risco: verificar a existência ou inexistência de elementos das operações, de 
produtos, de condições do ambiente, que sejam ou que possam vir a ser agressivos ao 
trabalhador; 
 Avaliação do risco existente: determinar a intensidade e extensão do risco, quanto às possíveis 
conseqüências para o trabalhador; verificar com que freqüência ele se expõe ao risco e 
quantos trabalhadores estão sujeitos aos mesmos perigos; 
 Indicação do EPI apropriado: escolher entre vários EPI’s, o mais adequado para solucionar o 
problema que se tem pela frente, contando, para isto a assistência dos fabricantes e com 
instruções apropriadas e claras. 
6 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA 
As empresas com mais de vinte funcionários têm que ter constituída a CIPA (Comissão 
Interna de prevenção de Acidentes), segundo prevê a Norma Regulamentadora NR-05, que 
tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a 
tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da 
saúde do trabalhador (SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO, 2010, p. 54). 
Por meio da CIPA busca-se ajudar no monitoramento e manter o ambiente de trabalho seguro, 
estimular o uso dos equipamentos e o correto uso, observar e analisar o ambiente com o 
intuito de identificar pontos de riscos, contribuindo para a saúde e segurança no trabalho 
(SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO, 2010). A CIPA é composta por 
representantes do empregador e dos empregados e para a escolha dos membros é feita uma 
eleição anualmente, podendo eleger novos funcionários. 
7 Resultados 
Questionário utilizado como instrumento de pesquisa, foi elaborado com 5 perguntas 
fechadas, as questões foram formuladas através do contexto: Motivos de resistência quanto ao 
uso, fornecimento de EPI’s pela empresa, acidente ocorridos e motivos que levam a utilização 
dos EPI’s. 
O questionário foi respondido com a colaboração de 30 funcionários, esse número foi 
estipulado previamente para realização da pesquisa e foi observado e avaliado a utilização do 
uso dos EPI’s. 
Conforme aplicação do questionário é possível visualizar nos gráficos abaixo os resultados 
obtidos. 
66%
60%
80%
100%
22%
100%
0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
Luvas Protetor
Auditivo
Óculos Botas Mascara Fornecimento
de epi
Gráfico 01:Utilização de EPI e o seu fornecimento pela empresa 
Com relação ao gráfico 01 as luvas de borracha ou de raspa, atingiu uma marca de utilização 
de 66%. Esses confirmam a precaução em relação aos males para mãos, visto que o uso de 
luvas de raspas de couro evita grande parte das lesões em punhos e mãos, porém alguns 
funcionários demonstram falta de preocupação, de conhecimento aos benefícios. 
Quanto a utilização do protetor auditivo é de 60%, assim verificamos que um pouco mais da 
metade utiliza, tem consciência da importância, entendem que a sua falta é inadequado, 
podendo causar acidentes talvez não na hora, mas com o tempo perceberá que a falta da 
utilização acarretará uma doença auditiva ou até mesmo a perca total da audição. Foi 
verificado anteriormente que se uma pessoa ficar exposta por longo período a uma faixa 
acima de 85 (oitenta cinco) decibéis deve usar proteção auditiva. 
A máscara chegou 22% de utilização, apesar de ser de uso obrigatório e indispensável, pois é 
um equipamento destinado a proteção respiratória contra poeiras, material químico, 
exposições e agentes ambientais em concentração prejudiciais a saúde do trabalhador. Os 
entrevistados relatam que é difícil de trabalhar pelo desconforto com o equipamento, porque o 
mesmo aperta muito. Deve-se levar em consideração que muitos dos entrevistados não 
utilizam, pois na sua atividade não há necessidade. 
As botas chegaram a 100% de utilização por ser de uso obrigatório e indispensável no local de 
trabalho, como foi visto a bota de segurança com biqueira de aço é destinado à proteção dos 
pés do trabalhador e deve ser utilizado em todos os locais de produção da empresa, durante 
toda jornada de trabalho. Apesar de toda essa necessidade do uso os entrevistados relatam que 
é difícil a utilização, porque a bota esquenta muito e também por ser uma bota pesada. 
Como mostra no gráfico a empresa fornece 100% todos os EPI´s. É exigido o uso do 
equipamento de proteção por normas internas. A lei relata que a empresa é obrigada a 
fornecer gratuitamente o equipamento. Além disso, a lei relata também que a empresa deve 
treinar o empregado e exigir o uso do equipamento. Se o empregado descumprir as 
determinações da empresa, logo ele pode receber uma punição. 
A utilização dos óculos ainda não atingiu o valor máximo, o percentual é de 80% o que causa 
ainda resistência em alguns funcionários. Mesmo que a proteção dos olhos seja um dos pontos 
mais importantes da prevenção de acidentes, ainda se encontra dificuldades quanto ao seu uso. 
Os olhos devem ser protegidos contra impactos de estilhaços, partículas, poeiras, fagulhas, 
respingos de produtos químicos e metais fundidos, assim como contra radiações. Mas apesar 
de toda essa importância os trabalhadores ralatam que ao usarem dificulta a realização de seus 
trabalhos diários, pois os óculos embaçam atrapalhando a visualização, geralmente apertam, 
causando muito desconforto e também que o trabalho fica mais demorado com a sua 
utilização. 
37%
20%
13%
11%
0%
5%
10%
15%
20%
25%
30%
35%
40%
Desconforto Falta de costume esquecimento Acidentes de
Trabalho
 
Gráfico 02: Motivos de resistência ao uso EPI’s e acidente de trabalho 
No gráfico 02 demonstra o motivo de resistência quanto ao uso do EPI. O maior porcentual de 
resistência de utilização de EPI’s é o desconforto com porcentual de 37%. Os principais fatos 
causadores de queixa são a temperaturas da fábrica, fazem suar demais e dificultam a 
execução de tarefas. A falta de costume aparece como segundo maior motivo de resistência,com percentual de 20%, seguido do fator esquecimento com 13%. 
Os acidentes de trabalho com porcentual de 11%, e os tipos de acidentes ocorridos relatados 
pelos funcionários entrevistados foram: corte na mão e corte na unha. 
60%
33%
0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
Treinamentos Experiência Profissional
Motivos de utilização de EPI's
Gráfico 03: Motivos da utilização dos EPI’s 
No gráfico 03 são exibidos os dois principais motivos que levam os funcionários a utilização 
dos EPI´s, constatou-se que o que leva muitos funcionários à conscientização e uso frequente 
dos EPI´s são os treinamentos com 60%, e a experiência profissional com 33%. Percentuais 
baixos que demonstram que existem falhas nos treinamentos, sendo assim, ficam claras a 
falha de segurança no trabalho, pois sem o treinamento adequado os funcionários não 
compreendem a importância da utilização do EPI, levando assim a relutância em utilizar o 
mesmo. 
8 Considerações finais 
Verificamos que através dos dados coletados na pesquisa pode-se evidenciar a necessidade de 
capacitação e conscientização dos funcionários em relação ao uso de EPI, devido a uma 
grande resistência ao uso do equipamento de proteção individual. 
No ambiente de trabalho podem ser feitos acompanhamentos para verificar quais EPIs não são 
utilizados, e intensificar os programas de treinamento e conscientização nos pontos onde haja 
mais falhas. Implantação com palestras e reuniões semanais, ou ate mesmo incentivos com 
premiações e benefícios para o cumprimento da obrigação do uso dos EPI´s ou com medidas 
punitivas ao descumprimento. É necessário que haja um investimento nas questões de 
segurança, e não pode ser visto como um gasto e sim como um investimento na segurança e 
na saúde do funcionário. 
Sabemos que o uso do EPI em atividades que apresentam riscos é obrigatório, e que o 
objetivo principal das empresas deve ser a segurança e saúde do trabalhador, garantindo a ele 
um ambiente com boas condições de trabalho e uma melhor qualidade de vida. 
Sugere-se que a empresa faça uma nova pesquisa futura com seus funcionários referente aos 
acidentes de trabalho relacionados a não utilização de equipamentos de proteção individual. 
9 Referências 
CHIAVENATO, Adalberto. Gestão de pessoas: O novo papel dos recursos humanos nas 
organizações / Idalberto Chiavenato. – 3. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. P.477. 
CARDELLA, Benedito. Segurança no trabalho e prevenção de acidentes: uma 
abordagem holística: segurança integrada à missão organizacional com produtividade, 
qualidade, preservação ambiental e desenvolvimento de pessoas / Benedito Cardella. – 
São Paulo: Atlas, 1999. 
DICAS EPI. Equipamentos de proteção individual: A História do EPI – Disponível em: 
<http://dicas-epi.blogspot.com/2012/06/historia-do-epi-equipamento-de-proteçao.html?=1> 
Acesso em: 14 setembro 2015. 
MICHEL, Oswaldo. Acidentes do trabalho e doenças ocupacionais / Oswaldo Michael. – 2. 
Ed. – São Paulo: LTr, 2001. p. 29. 
MONTENEGRO, Daiane Silva; SANTANA, Marcos Jorge Almeida. Resistência do 
Operário ao Uso do Equipamento de Proteção Individual. 
OLIVEIRA, Cláudio Antonio Dias. Segurança e Medicina do trabalho/ Cláudio Antonio 
Dias de Oliveira-São Caetano do Sul, SP: Yedis Editora, 2009. 
SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO: Coordenação e Supervisão da Equipe 
Atlas. 65ª Edição 2010. p.11- 54. 
SASAKI, Luiz Hiromitsu. Educação para segurança do trabalho/ Luiz Hiromitsu Sasaki - 
São Paulo: Corpus, 2007. 
ZOCCHIO, Álvaro. Prática da prevenção de acidentes: ABC da segurança do trabalho. – 
7. Ed. ver. E ampl – São Paulo: Atlas, 2002. 
ZOCCHIO, Àlvaro. Prática da prevenção de acidentes: ABC da segurança do trabalho. – 
7. Ed. ver. E ampl. – São Paulo: Atlas, 2002.n. p. 55.

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