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O que leva um funcionário ao utilizar ou não o equipamento de proteção individual Any Caroline Xavier (Faculdade de Tecnologia Ensitec) any_caroline1990@hotmail.com Ewerton Natali Lewis (Faculdade de Tecnologia Ensitec) ewertonlewis90@gmail.com Luciana da Cruz Coutinho Freitas (Faculdade de Tecnologia Ensitec) luciana.coutinholeal@hotmail.com Leila Maria de Carvalho Pontes (Faculdade de Tecnologia Ensitec) lelecarvalho_24@hotmail.com Resumo: O presente artigo buscou a identificação dos principais motivos que levam os funcionários a utilizar ou não equipamentos de proteção individual (EPI) e sua importância na prevenção dos danos gerados pelos acidentes na produção com operadores de máquinas de fabricação de produtos plásticos. A pesquisa foi realizada na empresa Perfilplast somente na área de produção através de uma pesquisa de campo que buscou a identificação dos principais motivos que levam os funcionários a utilizar ou não o equipamento de proteção individual durante a execução de suas atividades dentro da empresa. A abordagem da pesquisa foi através de um questionário para levantamento das informações e foi possível construir quadros e gráficos que possibilitaram avaliar o uso e o não uso de EPI´s por parte dos funcionários. Com os resultados podê-se verificar que a empresa fornece os EPI´s adequados ao risco da atividade e que os funcionários têm consciência da importância do EPI na prevenção de alguma lesão provocada por um acidente. Verifica-se também que a uma resistência ao uso do EPI por parte de alguns funcionários devido ao desconforto que alguns equipamentos causam, e sugere-se que a empresa intensifique os programas de treinamento e conscientização dos funcionários para alcançar o cumprimento da obrigação do uso de EPI´s. Palavras chaves: CIPA, EPI, segurança do trabalho. What makes an employee to use or not the personal protective equipment Abstract: This paper aims to identify the main reasons that lead employees to use or not personal protective equipment (PPE) and its importance in the prevention of damage caused by accidents in production with the manufacturing of plastic products machine operators. The survey was conducted in Perfilplast only company in the production area through a field of research that sought to identify the main reasons that lead employees to use or not the personal protective equipment while performing their activities within the company. The research approach was through a questionnaire to the information and it was possible to build charts and graphs that allowed evaluate the use and non-use of PPE by employees. With the results can be verified that the company provides adequate PPE to the risk of the activity and that employees are aware of the importance of PPE in preventing any injury caused by an accident. Check also that the resistance to use EPI by some employees because of the discomfort that some equipment cause, and it is suggested that the company step up training programs and employee awareness to achieve compliance with the obligation of using PPE. Key-Words: CIPA, EPI, work safety. 1 Introdução O presente artigo buscou a identificação das causas do que leva um funcionário a usar ou não o equipamento de proteção individual (EPI) durante sua jornada de trabalho dentro da empresa. Com base de esclarecer o que acontece na prática com os funcionários, o que leva a deixar de usar o EPI, e mostrando-o a importância e as conseqüências do uso correto e constante do equipamento. Visando a necessidade que a empresa Perfilplast tem de manter seus funcionários informados e investir em treinamentos e equipamentos para incluir em seus colaboradores, espírito de prevencionista e técnicas de sensibilização, combater os acidentes e incidentes de trabalho, pois afeta gravemente a produção e o lucro da empresa, e o mais importante seus funcionários, que sem eles a empresa não ira chegar a lugar algum. Entender o que o seu pessoal pensa sobre o uso do EPI, é essencial para saber que medidas tomar, pois cada pessoa tem uma dificuldade ou forma de pensar. Através de pesquisas de campo e bibliografias iremos verificar o que os funcionários sentem ao utilizar o EPI. 2 Apresentação da empresa Empresa Perfilplast Indústria de Produtos Plásticos LTDA, R. Bom Jesus De Iguape, 3170 Vila Hauer – Curitiba – PR, CEP 81650-030, Brasil – CNPJ: 03.041.421/0001-59. Atividade econômica principal, fabricação de artefatos de borracha não especificados anteriormente – CNAE 2219600. A empresa teve sua Fundação em 1999, intitulada como Perfilplast iniciou suas atividades com a fabricação de peças vulcanizadas para a indústria de bebidas atualmente com aproximadamente 47 funcionários no total. A crescente conquista de mercado na América Latina deve-se à qualidade, responsabilidade e energia que empregamos em nossas atividades. A partir do ano de 2003, a Perfilplast entrou no mercado automotivo, fornecendo peças técnicas em plásticos de engenharia, produzidas com alto padrão de qualidade através da melhoria contínua de seus processos. Em 2007, conquistou-se a certificação ISO 9001, resultado de um trabalho feito com muita responsabilidade e, acima de tudo, dedicação por parte de todos os nossos colaboradores, o que nos permitiu assegurar a qualidade de nossos produtos e levar ao nosso cliente o melhor custo x benefício do mercado. Também prestam consultoria na importação e exportação de materiais da indústria plástica. Os produtos da Perfilplast são fabricados conforme projeto desenvolvido pelo cliente, podendo atender a vários segmentos contando com profissionais experientes com mais de 15 anos no mercado de termoplásticos. A visão da empresa é serem reconhecidos mundialmente, por seus clientes, colaboradores e fornecedores como a melhor empresa de produtos plásticos no mercado que atuam. A sua missão é atender com excelência o mercado, oferecendo alternativas de produtos e serviços com qualidade e custos competitivos. A Perfilplast valoriza seu capital humano, e para evitar o número de incidentes e acidentes de trabalho a empresa investe em EPI’s não somente para cumprimento de normas judiciais, mas para minimizar possíveis danos causados aos seus colaboradores dentro do ambiente de trabalho. Mesmo com a ”resistência” por parte deles é indispensável oferecer tanto o equipamento quanto a importância do uso no dia a dia de trabalho, para evitar ou pelo menos minimizar os danos causados nos acidentes de trabalho prezando pela integridade física de seus colaboradores. 3 Prevenção de acidentes Segurança do trabalho é um conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas utilizadas para prevenir acidentes, seja eliminando condições inseguras do ambiente, seja instruindo ou convencendo as pessoas da utilização de práticas preventivas (CHIAVENATO, 2010, p. 477). Do mesmo modo vale notar a contribuição de Oswaldo Michael, (2001, p. 29) que aponta que o acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou ainda pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda ou redução da capacidade para o trabalho permanente ou temporário. Segundo Alvaro Zocchio (2002, p. 55), por muitos séculos os acidentes de trabalho foram vistos como ocorrências inerentes ao exercício do trabalho. Não despertava maior interesse social do que a recuperação dos acidentados, quando possível, e não tinha repercussão como problema econômico. No Século XIX, na fase árdua da Revolução Industrial Inglesa, os acidentes do trabalho passaram a ser vistos como problemas sociais dignos de atenção e de medidas saneadoras. A Segurança do trabalho envolve três áreas principais de atividade: prevenção de acidentes, prevenção de incêndios e prevenção de roubos. A segurança do trabalhoestá relacionada com a prevenção de acidentes e com a administração de riscos ocupacionais, e sua finalidade é profilática no sentido de antecipar-se para que os riscos de acidentes sejam minimizados. 4 A importância do EPI Segunda a história nos mostra o homem sempre buscou a proteção individual de forma instintiva. Os primeiros EPI’s foram registrados já na época das cavernas, quando o homem primata utilizava vestimentas de pele de animais para se proteger das intempéries do clima. Na idade média houve uma importante evolução, quando cavalheiros passaram a utilizar de armaduras para se proteger contra os inimigos. A humanidade evoluiu e desde então os EPI’s evoluíram juntos. A cada dia, descobrem-se novos materiais, parâmetros, tecnologias e metodologias que contribuem para sua evolução e buscam tão somente proteger o bem mais valioso que temos: a vida. Até hoje ao se falar em Segurança do Trabalho certamente umas das primeiras imagens que vêm à cabeça são de capacetes, óculos, luvas e etc. Isso se deve ao fato dos EPI carregarem consigo tal extinto da proteção. Mas não só para extinto e sensação de segurança que o EPI existe, ele é hoje item obrigatório na segurança do trabalho não só na proteção direta, mas também como prevenção. 4.1 Caracterizações do EPI As Normas Regulamentadoras – NR, relativas á segurança e medicina do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos de administração direta e indireta, bem como pelos órgãos dos poderes legislativo e judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. (SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO, 2010, p. 11). A Norma Regulamentadora – NR6, considera-se equipamento de proteção individual - EPI, todo dispositivo ou produto de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. De acordo com a NR6–EPI, os equipamentos de proteção individual devem proteger: a cabeça, os membros superiores, os membros inferiores, audição, respiração, o tronco e a pele, além de proporcionar proteção contra quedas. Sasaki (2007), afirma que “Equipamento de Proteção Individual são equipamentos de uso pessoal, utilizado pelo trabalhador, para sua proteção contra riscos que possam modificar (suscetível) ou ameaçar a segurança e a saúde no trabalho”. E somando à importância da proteção que o EPI oferece Sasaki (2007), aponta que “as empresas são obrigadas a fornecer aos seus empregados equipamentos de proteção individual, destinados a proteger a saúde e a integridade física do trabalhador”. Cabe citar o trabalho de Oliveira (2009), que relata o fato que “o EPI utilizado deve possuir: Certificado de Registro de Fabricante (CRF), Certificado de Aprovação (CA) e Certificado de Registro de Importador (CRI). Todos esses documentos são expedidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego”. Ainda na mesma linha de considerações Sasaki (2007), reforça que “a empresa que importa EPI’s também deverá ser registrada junto ao departamento de segurança e saúde do trabalho, existindo para esse fim todo um processo administrativo”. Outro aspecto levantado por Sasaki (2007), afirma que nas empresas que possuem Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) ou Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), devem recomendar os EPI’s adequados ao risco. Caso a empresa não possua SESMT ou CIPA, deve procurar a orientação de um Engenheiro de Segurança ou de um Técnico de Segurança do Trabalho. Ao referir-se a tal assunto a NR-6 identifica que o empregador deve adquirir o tipo adequado de EPI para a atividade do empregado, e o empregado fica obrigado a utilizar o EPI para a atividade que se destina. Dentre as atribuições exigidas pela NR-6 cabem as seguintes obrigações: 4.2 Tipos de EPIs Os tipos de EPI´s utilizados podem variar dependendo do tipo de atividade ou de riscos que poderão ameaçar a segurança e a saúde do trabalhador e da parte do corpo que se pretende proteger, tais como: EPI para proteção da cabeça; Empregador Empregado Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade Usar apenas para finalidade proposta Exigir seu uso Responsabilizar-se pela guarda e conservação Fornecer ao trabalhador somente o EPI aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado e conservação Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado Substituir imediatamente quando danificado ou extraviado Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica Comunicar ao TEM qualquer irregularidade observada EPI para proteção dos olhos e face; EPI para proteção auditiva; EPI para proteção respiratória; EPI para proteção do tronco; EPI para proteção dos membros superiores; EPI para proteção dos membros inferiores; EPI para proteção do corpo inteiro; 4.3 EPI’s Utilizados na Perfilplast No quadro abaixo se pode verificar todos os Equipamentos de Proteção Individual usados pelos funcionários na empresa Perfilplast. Proteção dos olhos Proteção dos olhos é um dos pontos mais importantes da prevenção de acidentes, os olhos devem ser protegidos contra impactos de estilhaços, partículas, poeiras, fagulhas, respingos de produtos químicos e metais fundidos, assim como contra radiações e luminosidade. Para proteção dos olhos, normalmente são usados óculos que variam de forma e aplicação. Utilização: Os óculos de ampla visão devem ser utilizados em todas as etapas da armação de ferragens, a fim de proteger a visão dos funcionários contra poeiras e partículas que venha a se soltar dos ferros, alem de outros impactos. Conservação: Devem ser mantidos sempre limpos. Utilizar pano macio, água e sabão neutro. Proteção Auditiva Se uma pessoa ficar exposta por longo período a uma faixa acima de 85 (oitenta cinco) decibéis, deve-se usar proteção auditiva. Utilização: O protetor auricular deverá ser utilizados por todos os funcionários que trabalham na área de produção. Conservação: Manter sempre limpo para boa higiene e conforto. Solicitar a substituição, para higienização mensal ou de acordo com a periodicidade de utilização. Proteção Respiratória Equipamento destinado a proteção respiratória contra poeiras, exposições e agentes ambientais em concentração prejudicais a saúde do trabalhador. Utilização: A máscara contra poeiras, contra cheiros fortes de material químico, sua finalidade é impedir que as vias respiratórias sejam atingidas por substâncias nocivas ao organismo. Conservação: Após o uso deve ser limpo e guardado em local seco, ventilado, evitando umidade e a exposição a contaminantes. Deverá ser trocado sempre que se encontrar saturada, perfurada, rasgada ou com falta de vedação. Luvas de Raspa O uso de luvas de rapas de couro, evita grande parte das lesões em punhos e mãos. Utilização: As luvas de raspa de couro deverão ser utilizadas para proteção de mãos e punhos, contra riscos de ferimentos,cortes e nos serviços de levantamento e transportes de moldes, pelos trabalhadores da produção. Manutenção: Deverá ser solicitado um equipamento novo, quando o mesmo não apresentar condições de uso. Não deve ser submetido à umidade. Bota de Segurança Utilização: O calçado de segurança com biqueira de aço é destinado a proteção dos pés do trabalhador e deve ser utilizado em todos os locais de produção da empresa, durante toda jornada de trabalho. Manutenção: O calçado deve ser periodicamente limpo e engraxado para manter o couro macio. Não deve ser submetido a locais com excessode umidade, para tal deve ser utilizado bota de borracha. 5 Resistência quanto ao uso O lado humano costuma estar mais em evidência nos acidentes do trabalho quando destes resulta alguma vítima. Um dos grandes problemas enfrentados pelas empresas, de modo geral, é fazer com que os empregados utilizem os EPI de forma habitual, pois estes demonstram sentimentos contrários ao uso dos EPI, por considerá-los incômodo, principalmente, durante o período de adaptação. De acordo com Montenegro Santana (2012), além de orientações sobre os equipamentos de trabalho e as atividades a serem exercidas, também são feitos treinamentos sobre os EPI’s para uma melhor compreensão por parte dos trabalhadores da funcionalidade de tal equipamento. Não basta somente orientar o colaborador tem que também mostrar sua relevância quanto ao uso. Na concepção de Zocchio Alvaro (2002), o que causa um acidente de trabalho mesmo com todos os cuidados não é somente pela falha humana, e que nesta altura, já se entende o que são causas de acidente de trabalho, que podem ser assim definidas: condições e ações humanas e condições materiais inseguras que, combinadas ou não, propiciam a ocorrência de acidentes. Alguns tipos de falhas que são comuns nas empresas que ocorrem acidentes de trabalho são: Falhas técnicas Quando o equipamento não é capaz de exercer a missão requerida. Falhas por descuido Os equipamentos de uso diário possuem falhas esporadicamente. Falhas conscientes Por parte das pessoas que fazem adaptações sem o conhecimento técnico EPI’s que não são apropriados a função exercida. EPI esta velho ou sem condições de uso. Equipamento com mau contato, sem manutenção. Local inadequado com condições inseguras, mal organizadas. São falhas decorrentes de ajustes incorretos de sistemas de comando. O EPI quando exposto explicitamente a sua importância e seu uso correto, será mais eficaz a sua utilização no ambiente de trabalho. Identificação do risco: verificar a existência ou inexistência de elementos das operações, de produtos, de condições do ambiente, que sejam ou que possam vir a ser agressivos ao trabalhador; Avaliação do risco existente: determinar a intensidade e extensão do risco, quanto às possíveis conseqüências para o trabalhador; verificar com que freqüência ele se expõe ao risco e quantos trabalhadores estão sujeitos aos mesmos perigos; Indicação do EPI apropriado: escolher entre vários EPI’s, o mais adequado para solucionar o problema que se tem pela frente, contando, para isto a assistência dos fabricantes e com instruções apropriadas e claras. 6 Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – CIPA As empresas com mais de vinte funcionários têm que ter constituída a CIPA (Comissão Interna de prevenção de Acidentes), segundo prevê a Norma Regulamentadora NR-05, que tem como objetivo a prevenção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador (SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO, 2010, p. 54). Por meio da CIPA busca-se ajudar no monitoramento e manter o ambiente de trabalho seguro, estimular o uso dos equipamentos e o correto uso, observar e analisar o ambiente com o intuito de identificar pontos de riscos, contribuindo para a saúde e segurança no trabalho (SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO, 2010). A CIPA é composta por representantes do empregador e dos empregados e para a escolha dos membros é feita uma eleição anualmente, podendo eleger novos funcionários. 7 Resultados Questionário utilizado como instrumento de pesquisa, foi elaborado com 5 perguntas fechadas, as questões foram formuladas através do contexto: Motivos de resistência quanto ao uso, fornecimento de EPI’s pela empresa, acidente ocorridos e motivos que levam a utilização dos EPI’s. O questionário foi respondido com a colaboração de 30 funcionários, esse número foi estipulado previamente para realização da pesquisa e foi observado e avaliado a utilização do uso dos EPI’s. Conforme aplicação do questionário é possível visualizar nos gráficos abaixo os resultados obtidos. 66% 60% 80% 100% 22% 100% 0% 20% 40% 60% 80% 100% 120% Luvas Protetor Auditivo Óculos Botas Mascara Fornecimento de epi Gráfico 01:Utilização de EPI e o seu fornecimento pela empresa Com relação ao gráfico 01 as luvas de borracha ou de raspa, atingiu uma marca de utilização de 66%. Esses confirmam a precaução em relação aos males para mãos, visto que o uso de luvas de raspas de couro evita grande parte das lesões em punhos e mãos, porém alguns funcionários demonstram falta de preocupação, de conhecimento aos benefícios. Quanto a utilização do protetor auditivo é de 60%, assim verificamos que um pouco mais da metade utiliza, tem consciência da importância, entendem que a sua falta é inadequado, podendo causar acidentes talvez não na hora, mas com o tempo perceberá que a falta da utilização acarretará uma doença auditiva ou até mesmo a perca total da audição. Foi verificado anteriormente que se uma pessoa ficar exposta por longo período a uma faixa acima de 85 (oitenta cinco) decibéis deve usar proteção auditiva. A máscara chegou 22% de utilização, apesar de ser de uso obrigatório e indispensável, pois é um equipamento destinado a proteção respiratória contra poeiras, material químico, exposições e agentes ambientais em concentração prejudiciais a saúde do trabalhador. Os entrevistados relatam que é difícil de trabalhar pelo desconforto com o equipamento, porque o mesmo aperta muito. Deve-se levar em consideração que muitos dos entrevistados não utilizam, pois na sua atividade não há necessidade. As botas chegaram a 100% de utilização por ser de uso obrigatório e indispensável no local de trabalho, como foi visto a bota de segurança com biqueira de aço é destinado à proteção dos pés do trabalhador e deve ser utilizado em todos os locais de produção da empresa, durante toda jornada de trabalho. Apesar de toda essa necessidade do uso os entrevistados relatam que é difícil a utilização, porque a bota esquenta muito e também por ser uma bota pesada. Como mostra no gráfico a empresa fornece 100% todos os EPI´s. É exigido o uso do equipamento de proteção por normas internas. A lei relata que a empresa é obrigada a fornecer gratuitamente o equipamento. Além disso, a lei relata também que a empresa deve treinar o empregado e exigir o uso do equipamento. Se o empregado descumprir as determinações da empresa, logo ele pode receber uma punição. A utilização dos óculos ainda não atingiu o valor máximo, o percentual é de 80% o que causa ainda resistência em alguns funcionários. Mesmo que a proteção dos olhos seja um dos pontos mais importantes da prevenção de acidentes, ainda se encontra dificuldades quanto ao seu uso. Os olhos devem ser protegidos contra impactos de estilhaços, partículas, poeiras, fagulhas, respingos de produtos químicos e metais fundidos, assim como contra radiações. Mas apesar de toda essa importância os trabalhadores ralatam que ao usarem dificulta a realização de seus trabalhos diários, pois os óculos embaçam atrapalhando a visualização, geralmente apertam, causando muito desconforto e também que o trabalho fica mais demorado com a sua utilização. 37% 20% 13% 11% 0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% Desconforto Falta de costume esquecimento Acidentes de Trabalho Gráfico 02: Motivos de resistência ao uso EPI’s e acidente de trabalho No gráfico 02 demonstra o motivo de resistência quanto ao uso do EPI. O maior porcentual de resistência de utilização de EPI’s é o desconforto com porcentual de 37%. Os principais fatos causadores de queixa são a temperaturas da fábrica, fazem suar demais e dificultam a execução de tarefas. A falta de costume aparece como segundo maior motivo de resistência,com percentual de 20%, seguido do fator esquecimento com 13%. Os acidentes de trabalho com porcentual de 11%, e os tipos de acidentes ocorridos relatados pelos funcionários entrevistados foram: corte na mão e corte na unha. 60% 33% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% Treinamentos Experiência Profissional Motivos de utilização de EPI's Gráfico 03: Motivos da utilização dos EPI’s No gráfico 03 são exibidos os dois principais motivos que levam os funcionários a utilização dos EPI´s, constatou-se que o que leva muitos funcionários à conscientização e uso frequente dos EPI´s são os treinamentos com 60%, e a experiência profissional com 33%. Percentuais baixos que demonstram que existem falhas nos treinamentos, sendo assim, ficam claras a falha de segurança no trabalho, pois sem o treinamento adequado os funcionários não compreendem a importância da utilização do EPI, levando assim a relutância em utilizar o mesmo. 8 Considerações finais Verificamos que através dos dados coletados na pesquisa pode-se evidenciar a necessidade de capacitação e conscientização dos funcionários em relação ao uso de EPI, devido a uma grande resistência ao uso do equipamento de proteção individual. No ambiente de trabalho podem ser feitos acompanhamentos para verificar quais EPIs não são utilizados, e intensificar os programas de treinamento e conscientização nos pontos onde haja mais falhas. Implantação com palestras e reuniões semanais, ou ate mesmo incentivos com premiações e benefícios para o cumprimento da obrigação do uso dos EPI´s ou com medidas punitivas ao descumprimento. É necessário que haja um investimento nas questões de segurança, e não pode ser visto como um gasto e sim como um investimento na segurança e na saúde do funcionário. Sabemos que o uso do EPI em atividades que apresentam riscos é obrigatório, e que o objetivo principal das empresas deve ser a segurança e saúde do trabalhador, garantindo a ele um ambiente com boas condições de trabalho e uma melhor qualidade de vida. Sugere-se que a empresa faça uma nova pesquisa futura com seus funcionários referente aos acidentes de trabalho relacionados a não utilização de equipamentos de proteção individual. 9 Referências CHIAVENATO, Adalberto. Gestão de pessoas: O novo papel dos recursos humanos nas organizações / Idalberto Chiavenato. – 3. Ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010. P.477. CARDELLA, Benedito. Segurança no trabalho e prevenção de acidentes: uma abordagem holística: segurança integrada à missão organizacional com produtividade, qualidade, preservação ambiental e desenvolvimento de pessoas / Benedito Cardella. – São Paulo: Atlas, 1999. DICAS EPI. Equipamentos de proteção individual: A História do EPI – Disponível em: <http://dicas-epi.blogspot.com/2012/06/historia-do-epi-equipamento-de-proteçao.html?=1> Acesso em: 14 setembro 2015. MICHEL, Oswaldo. Acidentes do trabalho e doenças ocupacionais / Oswaldo Michael. – 2. Ed. – São Paulo: LTr, 2001. p. 29. MONTENEGRO, Daiane Silva; SANTANA, Marcos Jorge Almeida. Resistência do Operário ao Uso do Equipamento de Proteção Individual. OLIVEIRA, Cláudio Antonio Dias. Segurança e Medicina do trabalho/ Cláudio Antonio Dias de Oliveira-São Caetano do Sul, SP: Yedis Editora, 2009. SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO: Coordenação e Supervisão da Equipe Atlas. 65ª Edição 2010. p.11- 54. SASAKI, Luiz Hiromitsu. Educação para segurança do trabalho/ Luiz Hiromitsu Sasaki - São Paulo: Corpus, 2007. ZOCCHIO, Álvaro. Prática da prevenção de acidentes: ABC da segurança do trabalho. – 7. Ed. ver. E ampl – São Paulo: Atlas, 2002. ZOCCHIO, Àlvaro. Prática da prevenção de acidentes: ABC da segurança do trabalho. – 7. Ed. ver. E ampl. – São Paulo: Atlas, 2002.n. p. 55.
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