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1. Descrever o início da existência da pessoa natural (elemento subjetivo), bem como a proteção jurídica ao nascituro • CONCEITO: A personalidade jurídica é, para a Teoria Geral do Direito Civil, a aptidão genérica para titularizar direitos e contrair obrigações, ou, em outras palavras, é o atributo para ser sujeito de direito. Adquirida a personalidade, o ente passa a atuar, na qualidade de sujeito de direito (pessoa natural ou jurídica), praticando atos e negócios jurídicos dos mais diferentes matizes. PESSOA FÍSICA X PESSOA JURÍDICA. PESSOA FÍSICA (NATURAL): SER HUMANO NASCIDO COM VIDA. • PESSOA JURÍDICA: É um ente moral criado a partir da manifestação de vontade de pessoas naturais, com personalidade jurídica própria. Decorre de um fato associativo. “É o grupo humano, criado na forma da lei, e dotado de personalidade jurídica própria, para a realização de fins comuns”. (STOLZE, Pablo). A pessoa jurídica passa a ter existência legal a partir do registro dos seus atos constitutivos (contrato social ou estatuto): Se sociedade mercantil em geral na Junta Comercial Se fundação, associações e sociedade civil no Cartório de Registro Civil de Pessoa Jurídica. CARACTERÍSTICAS DA PERSONALIZAÇÃO A) Titularidade Negocial; B) Titularidade Processual; C) Titularidade/Responsabilidade Patrimonial Aquisição Da Personalidade Jurídica Pela Pessoa Física O seu surgimento, segundo a dicção legal, ocorre a partir do nascimento com vida (art. 2.º do CC/2002). No instante em que principia o funcionamento do aparelho cardiorrespiratório, clinicamente aferível pelo exame de docimasia hidrostática de Galeno, o recém-nascido adquire personalidade jurídica, tornando-se sujeito de direito, mesmo que venha a falecer minutos depois. Ao menos aparentemente esta teria sido a opção do legislador brasileiro, na medida em que tradicional corrente doutrinária defende a denominada teoria natalista. • A PESSOA NATURAL ( O SER HUMANO TAMBÉM CHAMADO DE PESSOA FÍSICA) • A PESSOA JURIDICA OU PESSOA MORAL OU PESSOA COLETIVA (AGRUPAMENTE DE PESSOAS NATURAIS, VISANDO ALCANÇAR UM INTERESSE COMUM) Objetivo...... ...... A personalidade jurídica PARA RECODAR: PERSONALIDADE JURÍDICA CONCEITO: A personalidade jurídica é, para a Teoria Geral do Direito Civil, a aptidão genérica para titularizar ________________ e contrair __________________, ou, em outras palavras, é o atributo para ser _____________________. Adquirida a personalidade, o ente passa a atuar, na qualidade de sujeito de direito (pessoa natural ou jurídica), praticando atos e negócios jurídicos dos mais diferentes matizes. CARACTERISTICAS DA PERSONALIZAÇÃO ___________________________; ___________________________; ___________________________. • A PESSOA NATURAL (OU FÍSICA) O NASCITURO ➢ CONCEITO: “o que está por nascer, mas já concebido no ventre materno” FRANÇA, LIMONGI. (Já é considerado pessoa?) Vejamos: A AQUISIÇÃO DA PERSONALIDADE: • TEORIA NATALISTA; • TEORIA DA PERSONALIDADE CONDICIONAL; • TEORIA CONCEPCIONALISTA; Tradicionalmente, a doutrina, no Brasil, segue a teoria natalista, embora a visão concepcionista, paulatinamente, ganhe força na jurisprudência do nosso País. RESUMO: a) o nascituro é titular de direitos personalíssimos (como o direito à vida, aferição de paternidade; proteção pré-natal etc.); b) pode receber doação, sem prejuízo do recolhimento do imposto de transmissão inter vivos; c) pode ser beneficiado por legado e herança; d) o Código Penal tipifica o crime de aborto. PARA SABER MAIS: Em casos de anencefalia - A aquisição de direitos pelo anencéfalo e a morte encefálica < https://jus.com.br/artigos/8007/a-aquisicao-de- direitos-pelo-anencefalo-e-a-morte-encefalica>. O incapaz (de fato) responde patrimonialmente por seus atos? A incapacidade jurídica não é excludente absoluta de responsabilização patrimonial, uma vez que, na forma do art. 928 do CC/2002, “o incapaz responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. INCAPACIDADE ABSOLUTA A) os menores de dezesseis anos; INCAPACIDADE RELATIVA. A) os ébrios habituais, os viciados em tóxicos, B) aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade***; (crítica prática) C) os pródigos; ***ATENÇÃO: MODIFICADO EM 2015!*** PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO (ART. 44 DO CÓDIGO CIVIL 2002). Art. 44. São pessoas jurídicas de direito privado: I - as associações; II - as sociedades; III - as fundações; IV - as organizações religiosas; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) V - os partidos políticos; (Incluído pela Lei nº 10.825, de 22.12.2003) VI - as empresas individuais de responsabilidade limitada. (Incluído pela Lei nº 12.441, de 2011) (Vigência) (...) ESTATUTO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA, Lei 13.146/2015. A pessoa com deficiência de natureza física, mental, intelectual ou sensorial não deve ser mais tecnicamente considerada civilmente incapaz, na medida em que os arts. 6.º e 84, do Estatuto da Pessoa com Deficiência, deixam claro que a deficiência não afeta a plena capacidade civil da pessoa. Vejamos: “Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao exercício de sua capacidade legal em igualdade de condições com as demais pessoas”. SUPRIMENTO DA INCAPACIDADE (REPRESENTAÇÃO E ASSISTÊNCIA). O suprimento da incapacidade absoluta dá-se através da representação. Se o absolutamente incapaz, porém, praticar o ato sozinho, sem a representação legal, a hipótese é de _______________. Assim, o representante DEVE sempre praticar o ato no interesse do incapaz. Já o suprimento da incapacidade relativa dá-se por meio da assistência. Diferentemente dos absolutamente incapazes, o relativamente incapaz pratica o ato jurídico juntamente com o seu assistente (pais, tutor ou curador), sob pena de anulabilidade. EMANCIPAÇÃO. ➢ legal. c.1) casamento (art. 5.º, parágrafo único, II, do CC/2002); c.2) o exercício de emprego público efetivo (art. 5.º, parágrafo único, III, do CC/2002); c.3) a colação de grau em curso de ensino superior é causa legal de emancipação (art. 5.º, parágrafo único, IV, do CC/2002). c.4) o estabelecimento civil ou comercial, ou a existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria (art. 5.º, parágrafo único, V, do CC/2002) NOME CIVIL O nome da pessoa natural é o sinal exterior mais visível de sua individualidade, sendo através dele que a identificamos no seu âmbito familiar e no meio social. Conforme consta do art. 16 do CC/2002, “Toda pessoa tem direito ao nome, nele compreendidos o prenome e o sobrenome”. O NOME CIVL TEM VALOR PATRIMONIAL? NOME CIVIL: SUA FORMAÇÃO. MINUTE PAPER: A PESSOA NATURAL (OU FÍSICA) TEM PERSONALIDADE JURÍDICA? SE SIM, QUANDO A ADQUIRE? Na pessoa natural (ou física) o surgimento da _______________ _______________, segundo a dicção legal, ocorre a partir ________________ ______ _________________ (art. 2.º do CC/2002). No instante em que principia o funcionamento do aparelho cardiorrespiratório, clinicamente aferível pelo exame de docimasia hidrostática de Galeno, o recém-nascido adquire personalidade jurídica, tornando-se sujeito de direito, mesmo que venha a falecer minutos depois. PARA PENSAR: O INCAPAZ (DE FATO) RESPONDE PATRIMONIALMENTE POR SEUS ATOS? MINUTE PAPER: QUAL A CONSEQUÊNCIA JURÍDICA DO DESAPARECIMENTO POSTERIOR À EMANCIPAÇÃO DAS CAUSAS LEGAIS, POR EXEMPLO: O DIVÓRCIO? A) Prenome: trata-se, como se infere da própria etimologia da palavra,do primeiro nome, que corresponde ao chamado “nome de batismo”. Pode ser simples ou composto, sendo imutável, salvo exceções legais. B) Patronímico: trata-se do nome de família, que, coloquialmente, é chamado de sobrenome (embora, do ponto de vista técnico, sobrenome signifique, em verdade, um nome que se sobrepõe a outro, como o cognome). NOME CIVIL: POSSIBILIDADE DE ALTERAÇÃO. A ideia que deve reger a disciplina legal do nome é que este é marca indelével do indivíduo, como um atributo de sua personalidade, pelo que suas alterações somente podem justificar-se por um motivo realmente relevante. Assim, não é qualquer melindre ou capricho pessoal que autoriza a modificação desse sinal tão importante do ser humano. AS POSSIBILIDADES DE ALTERAÇÃO DO NOME. a) Causas Necessárias b) As causas necessárias são aquelas decorrentes da modificação do estado de filiação (reconhecimento de paternidade ou realização da adoção) ou alteração do próprio nome dos pais. b) Voluntárias: A primeira, que independe de autorização judicial, é o casamento. As outras hipóteses legais voluntárias de alteração são dependentes da autorização judicial. (retificação voluntária de registro de nome, Art. 56, LRP, por exemplo) • Apelidos públicos notórios: • Testemunha: Art. 58, LRP. O prenome será definitivo, admitindo- se, todavia, a sua substituição por apelidos públicos notórios. Parágrafo único. A substituição do prenome será ainda admitida em razão de fundada coação ou ameaça decorrente da colaboração com a apuração de crime, por determinação, em sentença, de juiz competente, ouvido o Ministério Público. Mudança de gênero (jurisprudencial). REGISTRO Com referência ao estado da pessoa natural, criou-se o sistema brasileiro de registro civil, organizado pela mesma lei, vejamos: “Art. 29. Serão registrados no registro civil de pessoas naturais: I – os nascimentos; II – os casamentos; III – os óbitos; IV – as emancipações; V – as interdições; VI – as sentenças declaratórias de ausência; VII – as opções de nacionalidade; VIII – as sentenças que deferirem a legitimação adotiva. (...) § 2.º É competente para a inscrição da opção de nacionalidade o cartório da residência do optante, ou de seus pais. Se forem residentes no estrangeiro, far-se-á o registro no Distrito Federal. EXTINÇÃO DA PESSOA NATURAL Termina a existência da pessoa natural com a morte (art. 6.º do CC/2002). Dentre os seus efeitos, apontam-se: a extinção do poder familiar, a dissolução do vínculo conjugal, a abertura da sucessão, a extinção de contrato personalíssimo. Vale notar, ainda, que existem direitos da personalidade cujo raio de atuação e eficácia projeta-se post mortem. AS ACEPÇÕES DA EXPRESSÃO “MORTE” • COMORIÊNCIA – Morte simultânea (art. 8º) • MORTE PRESUMIDA: O Novo Código Civil admite a morte presumida, quanto aos ausentes, Nos casos em que a lei autoriza a abertura da sucessão definitiva (art. 6.º do CC/2002). *AUSÊNCIA – um estado de fato, em que uma pessoa desaparece de seu domicílio, sem deixar qualquer notícia (art. 6º CC/2002 permite abertura de sucessão definitiva). DA MORTE PRESUMIDA POR AUSÊNCIA O CC/2002 reconhece a ausência como uma morte presumida, em seu art. 6.º, pois autoriza a abertura de sucessão definitiva. O PROCEDIMENTO SEGUE OS SEGUINTES PASSOS: CURADORIA DOS BENS DO AUSENTE estabelecendo a lei uma ordem legal estrita e sucessiva para nomeação do curador, no caso de impossibilidade do anterior, a saber: 1) o cônjuge; 2) pais do ausente; 3) descendentes do ausente; 4) qualquer pessoa à escolha do magistrado. DA MORTE PRESUMIDA POR AUSÊNCIA • SUCESSÃO PROVISÓRIA Decorrido um ano da arrecadação dos bens do ausente, ou, se ele deixou representante ou procurador, em se passando três anos, poderão os interessados requerer que se declare, efetiva e formalmente, a ausência e se abra provisoriamente a sucessão. • SUCESSÃO DEVINITIVA 10 anos após o trânsito em julgado da sentença de abertura de sucessão provisória, converter-se- á em definitiva. Se o presumivelmente morto reaparecer nos dez anos seguintes à abertura da sucessão, receberá igualmente os bens existentes no estado em que se acharem. AS ACEPÇÕES DA EXPRESSÃO “MORTE”. Mas a declaração de morte presumida não ocorre apenas em caso de ausência. “Art. 7.º Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: I – se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; • DECLARAÇÃO FORMAL DE AUSÊNCIA • ABERTURA DA SUESSÃO PROVISÓRIA AUSÊNCIA • DECLARAÇÃO FÁTICA DA AUSÊNCIA DECORRIDO 01 ANOS; DECORRIDOS 03 ANOS (NO TENHA DEIXADO REPRESENTTANTE) DECORRIDOS 10 ANOS • SUCESSÃO DEFINITIVA • LEVANTAMENTO DAS GARANTIAS II – se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. Parágrafo único. A declaração de morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a data provável do falecimento”. PERGUTINHAS – SE QUISER RESPONDER 1. No tocante aos direitos da personalidade, nenhuma pessoa pode ser constrangida a submeterse, com risco de vida, a tratamento médico ou intervenção cirúrgica. A) é irrevogável o ato de disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. B) a ameaça ou a lesão a eles não se estendem aos mortos, por serem personalíssimas. C) como regra geral, os direitos da personalidade são passíveis de livre transmissão e renúncia. D) é sempre possível a comercialização de partes do próprio corpo, se com a disposição não houver diminuição permanente da integridade física do doador. 2. É correto afirmar que A) não existe hipótese de comoriência em nosso direito civil. B) os nascituros não têm direitos reconhecidos pela lei antes de seu nascimento com vida. C) todo ser humano pode exercer pessoalmente sua capacidade para os atos da vida civil, sem ressalvas. D) a morte presumida só será declarada, em nosso direito civil, com a decretação da ausência da pessoa. E) a existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão definitiva. 3. São relativamente incapazes, consoante o Código Civil Brasileiro atualmente em vigor, EXCETO: A. Os pródigos. B. Os excepcionais, sem desenvolvimento mental completo. C. Os que, por deficiência mental, tenham o discernimento reduzido. D. Os que, mesmo por causa transitória, não puderem exprimir sua vontade. 4. São causas de cessação da incapacidade civil: A. o casamento; a colação de grau em curso de ensino superior; e a comprovada autonomia financeira, desde que maior de 14 (quatorze) anos. B. a morte de ambos os pais, desde que maior de 14 (quatorze) anos; a emancipação; e o exercício de emprego público efetivo C. a emancipação; o casamento; e o exercício de emprego público efetivo. D. o exercício de emprego público efetivo; a colação de grau em ensino superior; e a existência de relação de emprego, desde que, em função dele, o menor tenha economia própria, independentemente de sua idade. E. a emancipação; a morte de ambos os pais, para os relativamente capazes; e a comprovada autonomia financeira. 5. Consoante a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, acerca de personalidade, nome, capacidade e direitos de família, assinalar a alternativa CORRETA: A. Realizando-se o casamento no Brasil, será aplicada a lei brasileira quanto aos impedimentos dirimentes e às formalidades da celebração, exceto o casamento religioso. B. O casamento de estrangeiros poderá celebrar- se peranteautoridades diplomáticas ou consulares do país de ambos os nubentes. C. Tendo os nubentes domicílio diverso, regerá os casos de invalidade do matrimônio a lei do domicílio do varão. D. O regime de bens, legal ou convencional, obedece à lei do país em que tiverem os nubentes domicílio, e, se este for diverso, o domicílio do cônjuge varão. Você nunca será velho demais para sonhar um novo sonho. BONS ESTUDOS! MINUTE PAPER: QUAL A CONSEQUÊNCIA JURÍDICA DO DESAPARECIMENTO POSTERIOR À EMANCIPAÇÃO DAS CAUSAS LEGAIS, POR EXEMPLO: O DIVÓRCIO? GABARITO: 1-A; 2-E; 3-D;4-C;5-B.
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