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ATIVIDADE 1 DE PROCESSO CIVIL

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Aluno(a) ANNE FONSECA SOUSA LEMOS 01/09/2020 Valor: 2,5 
Professora: Dra. Emanuelle Araújo Correia 
 
1- Conceitue Jurisdição e explique o trinômio “poder-dever- função/atividade. 
 
Podemos definir Jurisdição como o poder e o dever do Estado de solucionar conflitos sociais. 
Da jurisdição decorre o estudo da competência, dos poderes do juiz no processo, da exigência 
de fundamentação das decisões e do duplo grau de jurisdição. Portanto entendemos que a 
jurisdição é uma espécie de continuidade da legislação, a qual possui o dever de fazer com que 
o direito positivo prevaleça. 
Para os teóricos a jurisdição é a manifestação do poder do estado de impor de maneira 
contundente decisões, fazendo com que os processos que tramitam no judiciário tenham 
eficácia real atingindo a sua função que é de promover a pacificação social. 
 
2- Qual o significado da função pacificadora da Jurisdição? 
Pacificar os litígios, impondo descisões para a solução das lides que ainda não tenham sido 
solucionadas, promovendo assim uma conciliação satisfatória para as partes. 
 
3- Qual o significado de inércia, lide e definitividade, como característica da jurisdição? 
 
Inércia é característica da jurisdição, que é motivada mediante a aplicação do direito positivado, 
gerado a partir de uma lide, ou seja, um conflito não solucionado entre as partes envolvidas. A 
jurisdição é um instituto do estado que só cai na inércia após ser provocado a exercer seu poder 
de maneira imperativa com descrições definitivas. 
Quando se fala em definitivamente, significa que o estado exerceu seu poder através da 
jurisdição e determinou uma sentença irrevogável para a pacificação de um litigio 
 
4- Diferencie a atividade jurisdicional das atividades legislativa e administrativa do Estado. 
 
O estado possui a uma atividade administrativa que tem por objetivo, regular as relações 
sociais e particulares, de acordo com as diretrizes do poder público de forma que a aplicação 
efetiva da lei seja feita de maneira transparente eficaz e segura para que controle do Estado e 
usufruto dos cidadãos. Em relação as atividades legislativas as mesmas tem o objetivo de 
construir um conjunto de leis e normas regulamentadoras para estabelecer limites, direitos e 
deveres que venham a reger as relações particulares e do estado. Portanto entendemos que a 
atividade jurisdicional é um instrumento que visa analisar, julgar e executar a legislação 
através da abertura de um processo que tem por objetivo pacificar o litígio e promover a 
justiça. 
 
5- Cite os princípios inerentes a Jurisdição. Explique-os. 
 
De acordo com os teóricos os principios da Jurisdição dividem-se em: 
 
1) Inevitabilidade→ Como é uma forma de poder estatal, a jurisdição não pode ser 
evitada pelas partes, as quais estão sujeitas ao cumprimento coercitivo das descisões. 
2) Indeclinabilidade→ Decorrência de garantia constitucional de que nehuma lesão 
deixará de ser apreciada pelo poder judiciário. 
3) Investidura ( ou juiz natural) → somente os agentes publicos investidos do poder 
estatalk é que podem aplicar o direito ao caso concreto. Dois são os modos de 
investidura: concurso mde provas e títulos ou nomeação direta, por alto Chefe do Poder 
Executivo, de pessoas com conduta ilibada e notavél saber juridico. 
4) Indelegabilidade → O agente investido exerce a jurisdição com exclusividade, não 
estando ela sujeita a delegação. 
5) Inércia→ A jurisdição sempre da provocação da parte. 
6) Aderência→ O exercicio da jurisdição deve estar sempre vinculado a uma prévia 
delimitação territorial. 
7) Unicidade→ O poder é uno indivisível, sendo que as divisões adminsitrativas entre 
entre seus diversos órgaõs, guarda vínculo apenas coma funcionalidade da justiça. 
 
6- Diferencie Jurisdição Contenciosa da Jurisdição voluntária. 
O CPC, faz uma divisão da jurisdição civil em Contenciosa e Voluntária. A Contenciosa é 
inerente ao Poder Judiciário, é o Estado-Juiz atuando em subistituição das partes na solução dos 
conflitos, mediante a enunciação de setenças de merito que aplique o direito ao caso concreto. 
Já na Jurisdição Voluntária vemos que o juiz não atua a jusrisdição propriamente dita, mas sim 
a simples atribuição administrativa que lhe é conferida em lei, a qual pode ser alterada por 
legislação infraconstitucional, sem que os principios constitucionais dos orgãos de jurisdição 
sejam feridos. Na Jurisdição Voluntária não existem partes litigantes, mas simples interessadas 
na produção dos efeitos do negócio juridico formal. Não exsite também setença de medio, com 
aplicação do direito ao caso concreto, mas mera homologação formal do acordo de vontades, 
após constada pelo juiz a presenção dos requisityos legais e formais atinentes à espécie. 
 
7- O que se entende por unicidade da Jurisdição? 
Entende-se que o poder jurisdicional, apesar de suas divisões de cunho administrativo e 
funcional entre tribunais de justiça, possuem uma única força para a aplicação da lei na espera 
municipal, estadual e federal. 
 
8- O que é o princípio do juiz natural? 
 
Podemos afirmar que o principio do juiz natural envolve vários conceitos, tais como: 
➢ Imparcialidade; 
➢ Competência; 
➢ Investidura. 
O juiz natural é aquele que é investido regularmente na jurisdição e que possui compet~encia 
constitucional para julgar conflitos de interesses a ele submetido. 
 
9- Diferencie princípios informativos de processo dos princípios gerais fundamentais do 
processo. 
 
Cada sistema processual se afirma em principios que se estedem a todos os ordenamentos, e 
também a outros que lhe são próprios e especificos, é na analise dos principios gerais que 
podemos encontrar os principios que se aplicam tanto no prireito processual civil, quanto no 
penal, pois são ambivalentes, como por exemplo: 
➢ Principio da Imparcialidade do Juiz; 
➢ Principio da Isonomia; 
➢ Principio do Contraditório; 
➢ Princpio da Ampla Defesa. 
Para alguns teoricos a doutrina faz uma separação entre os principios geria sdo direito 
processual, daquelas normas ideais que representam uma aspiração de melhoria processual. 
São diretrizes inspiradas em caracteristicas politicas, trazendo em si carga ideológica 
significativa, e, por isto, válidas para todos os sistemas ideologicamenes afeiçoados aos 
principios fundamentais que lhes correspodam. 
Portanto, os principios informativos são normas principiológicas de denso caracter geral e 
abstrato, cuja aplicação é incidente sobre qualquer regra processual, de cunho constitucinal ou 
infraconstitucional independentemente de tempo ou lugar. Os principios informativos são 
como regras teécnicas como são desligados de maior conotação ideológica, sendo, por esta 
razão, quase que universais. 
 
10- Quais os órgãos do Poder Judiciário criados pela Constituição de 1988? 
 
Em seu artigo 92 a CF, regula o poder judiciário o qual é composto pelos orgãos: 
➢ Supremo Tribunal Federal; 
➢ Conselho Nacional de Justiça; 
➢ Superior Tribunal de Justiça; 
➢ Tribunais Regionais Federais; 
➢ Juizes Federais; 
➢ Tribunais e Juizes do Trabalho; 
➢ Tribunais e Juizes Eleitorais; 
➢ Tribunais e Juizes Militares; 
➢ Tribunais e Juizes dos Estados e DF e Territórios. 
 
11- Por que a vedação do exercício de determinadas atividades por parte dos 
magistrados inclui-se nas garantias correspondentes à independência política do 
Poder Judiciário e seus órgãos? 
 
No texto constitucional, em seu artigo 95, parágrafo único, alguns impedimentos que têm o 
objetivo de salvaguardar a indepêndencia e a imparcialidade do magistrada no exercício da 
função. 
 
12- Por que pode-se afirmar que a Justiça Estadual é residual? 
 
Porque a justiça estadual tem competência apenas para julgar materias que não sejam parte da 
competência de outras justiças, como as especializadas e a federal. que possuem suas 
competências delimitadas pela Constituição Federal, portandochamada de residual. 
 
13- Disserte sobre o a competência jurisdicional, compreendendo competência absoluta 
e relativa, e suas consequências. 
 
Jurisdição, de acordo com a doutrina, é a capacidade de dizer o direito de forma 
definitiva. Assim, todo o órgão que tem o poder de dizer o direito de forma definitiva é 
dotado de jurisdição. 
Ressalta-se que a capacidade é abstrata/genérica, a qual, geralmente, é at ribuída a órgãos 
do Poder Judiciário. Mas é possível que órgãos do Poder Executivo e Legislativo, em 
função atípica, exerçam jurisdição, a exemplo do processo de impeachment. 
Além disso, todo o juiz, não importa o grau, possui jurisdição, pois o Poder Judi ciário é 
um órgão nacional. Este entendimento, explica o motivo de uma decisão de um juiz 
incompetente ser válida até que o juiz competente pronuncie o vício. 
Competência é, também, a capacidade de dizer o direito de forma definitiva NO CASO 
CONCRETO. Assim, para cada tipo de processo há apenas um juiz competente. 
Com isso, competência é a delimitação da jurisdição em determinado espaço territorial 
específico. 
A competência é a medida da jurisdição. Ela refere-se ao limite do exercício de um 
poder pelo juiz. Decorre da necessidade de divisão de trabalho, levando-se em conta a 
complexidade de matérias e a vasta extensão territorial. 
CPC. Art. 44. Obedecidos os limites estabelecidos pela Constituição Federal, a 
competência é determinada pelas normas previstas neste Código ou em legislação 
especial, pelas normas de organização judiciária e, ainda, no que couber, pelas 
constituições dos Estados. 
Onde procurar a competência: 
1) Constituição Federal; 
2) Leis federais, Código de Processo Civil; 
3) Constituição Estadual; 
4) Leis estaduais. 
A competência absoluta é assim chamada, pois ela não é passível de sofrer prorrogação, por 
se tratar de interesse público. Já a competência relativa, ao contrário é passível de prorrogação 
e modificação, por se tratar de interesse privado. 
A competência absoluta pode ser declarada de ofício, assim como pelas partes, que devem 
suscita-la na primeira oportunidade, não sendo, portanto, objeto de preclusão. A competência 
relativa deve ser declarada pelo réu, em sede de preliminar na contestação, caso contrário 
ocorrerá a sua prorrogação voluntária pela preclusão. 
A competência relativa é fixada em razão do valor da causa, para sua fixação entre o Juizado 
Especial ou Justiça Comum; e fixada em razão do foro/território, que em regra é no domicílio 
do réu, e suas exceções estão descritas no CPC

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