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/ Classi�cação dos agentes públicos. AGENTES PÚBLICOS – é a denominação geral, o autor Oswaldo Aranha Bandeira de Mello os divide em 4 grandes grupos: A. AGENTES POLÍTICOS: Integrantes do alto escalão do Governo, possuindo competência de�nida diretamente pela Constituição Federal. Ex. Presidente da República, Governadores, Prefeitos. O vínculo entre ambos é de natureza política, e não pro�ssional. A relação jurídica entre ambos é de natureza estatutária. B. AGENTES HONORÍFICOS: São os integrantes do Conselho Nacional de Educação; Membros do Conselho da República. São designados para compor as comissões técnicas diante de suas elevadas reputações e conhecimentos. São em regra gratuitos. C. SERVIDORES ESTATAIS: Englobam aqueles que possuem com o Estado e suas entidades da Administração indireta, de natureza pública ou privada (autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista), relação de trabalho de natureza pro�ssional, de caráter não eventual, sob vínculo de dependência. Eles são divididos assim: 1) servidores públicos; e 2) servidores das pessoas governamentais de direito privado. a. servidores públicos: Servidores titulares de cargos/empregos públicos na administração direta e indireta (União/ Distrito Federal/Municípios/ Fundações/ Autarquias). Sendo então SUBDIVIDIDOS da seguinte forma: a) Servidores titulares de cargos públicos: são estes da administração direta, chamados de funcionário públicos. b) Servidores empregados das pessoas supra referidas: São os contratados sob vínculo empregatício, pelas razões de 1) funções materiais subalternas de servente, motorista, jardineiro, art. 39 da CF/88; 2) remanescentes de regime anterior de emprego; 3) contratados sob vínculo trabalhista, art. 37 da CF/88, para atender necessidade temporária e excepcional. b. servidores das pessoas governamentais de direito privado: São empregados de empresas públicas/sociedades de economia mista e fundações de Direito Privado instituídas pelo Poder Público. Regime obrigatoriamente trabalhista. D. PARTICULARES EM COLABORAÇÃO COM A ADMINISTRAÇÃO: CF, Art. 236. “Os serviços notariais e de registro são exercidos em caráter privado, por delegação do Poder Público.” Exercem função pública; Geralmente sem remuneração; Transitoriamente/ esporadicamente requisitados; São eles os recrutados para o serviço militar; jurados; membros de mesa apuradora e/ou receptora de votos nas eleições; notários (vide art. 236 da CF/88). E ainda os concessionários e permissionários de serviços públicos. Os servidores estatais na Constituição: Titulares de cargos e ocupantes de empregos. Cargos, funções e empregos públicos. De�nições. A. Cargos Públicos – a natureza da relação jurídica que liga o titular de cargo ao Poder Público é estatutária ou institucional. O Estado possui o poder de alterar o regime jurídico dos servidores legislativamente, inexistindo garantias das disposições vigentes de quando houve seu ingresso, ressalvadas as disposições constitucionais. ATENÇÃO! Os cargos são criados por resolução, da Câmara ou do Senado. B. Funções Públicas –CF/88, art. 37, inciso V – “as funções de con�ança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, che�a e assessoramento;” C. Empregos Públicos – aqui trata-se dos contratos trabalhistas em geral, regidos pela CLT. Embora as normas aplicadas sejam da CLT, os titulares de empregos públicos sofrem também in�uencias advindas da natureza Direito Administrativo - Administração Pública Você sabia que seu material didático é interativo e multimídia? Isso signi�ca que você pode interagir com o conteúdo de diversas formas, a qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre que possível, opte pela versão digital. Bons estudos! / governamental da contratante. São vistos nas empresas públicas/sociedades de economia mista/ fundações governamentais de Direito Privado. Objeto das normas constitucionais sobre pessoal. Normas de contenção de despesas com os servidores estatais. Tais normas constitucionais têm o intuito de proibir/ impor/manter sob vigilância as despesas com pessoal, e são elas: A. Limite global de despesas com pessoal: A Lei de Responsabilidade Fiscal 101/2000, estabelece no art. 19: B. Limite de alerta (90%) - onde o tribunal de contas envia um o�cio ao chefe do Poder informando que atingiu o limite prudencial, para que o mesmo seja prudente, aqui inexiste sanção, (art. 59, § 1º, II, LRF). C. Limite prudencial (95%) - Art. 22, LRF: D. Se atingir (100%) sem voltar ao limite, deverá tomar atitudes drásticas (art. 23 LRF): 2 quadrimestres para eliminar excedente e voltar para o limite; 1/3 da correção deve ser feita no primeiro quadrimestre; se ocorrer no ultimo ano do mandato, reduz-se para 1 quadrimestre, não pode passar o problema para o próximo governante; em casos de calamidade pública suspende-se o prazo; em caso de crescimento baixo ou negativo do PIB os prazos são dobrados p/ 4 quadrimestres. E. E se mesmo depois de todas essas medidas não conseguir voltar ao limite? Art. 19. Para os �ns do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente líquida, a seguir discriminados: I - União: 50% (cinqüenta por cento); II - Estados: 60% (sessenta por cento); III - Municípios: 60% (sessenta por cento). “ ” Parágrafo único. Se a despesa total com pessoal exceder a 95% (noventa e cinco por cento) do limite, são vedados ao Poder ou órgão referido no art. 20 que houver incorrido no excesso: I - concessão de vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração a qualquer título, salvo os derivados de sentença judicial ou de determinação legal ou contratual, ressalvada a revisão prevista no inciso X do art. 37 da Constituição (REVISÃO GERAL ANUAL – RGA); II - criação de cargo, emprego ou função; III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa; IV - provimento de cargo público, admissão ou contratação de pessoal a qualquer título, ressalvada a reposição decorrente de aposentadoria ou falecimento de servidores das áreas de educação, saúde e segurança; V - contratação de hora extra, salvo no caso do disposto no inciso II do § 6o do art. 57 da Constituição e as situações previstas na lei de diretrizes orçamentária. “ ” A CONSTITUIÇÃO FEDERAL ENTÃO DETERMINA: / F. Sanção ao ente que descumpre a redução mencionada: Art. 23 da LRF: [...] G. LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias: H. Proibição da União e Estados de aportarem despesas a outros níveis de governo para despesas de pessoal: redução em 20% de despesas com cargos em comissão e funções de con�ança; o STF através da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2.238 vedou a redução do salário, precisa demitir/ exonerar, mais não pode reduzir salário. fez tudo isso e não voltou ao limite? Exoneração dos servidores não estáveis (ex. quem não cumpriu estágio probatório e quem foi contratado antes de 1983 e foram mantidos pela CF e pela lei 8.112, porém não foram estabilizados). fez tudo isso e não resolveu? Exoneração de servidores estáveis, onde precisa pagar indenização de um mês por ano de serviço. É muito grave, porém, é constitucionalmente previsto. §3º Não alcançada a redução no prazo estabelecido, e enquanto perdurar o excesso, o ente não poderá: I - receber transferências voluntárias; II - obter garantia, direta ou indireta, de outro ente; III - contratar operações de crédito, ressalvadas as destinadas ao re�nanciamento da dívida mobiliária e as que visem à redução das despesas com pessoal. §4º As restrições do §3º aplicam-se imediatamente se a despesa total com pessoal exceder o limite no primeiro quadrimestre do último ano do mandato dostitulares de Poder ou órgão referidos no art. 20. “ ” Art. 165, inciso II, §2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício �nanceiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências �nanceiras o�ciais de fomento. “ ” Art. 169, §1º da CF/88: “§1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: I - se houver prévia dotação orçamentária su�ciente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; II - se houver autorização especí�ca na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. “ ” Art. 167. São vedados: [...] X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições �nanceiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. “ ” / Normas relativas à remuneração dos servidores e de agentes políticos A. Criação de Remuneração por Subsídios: Indivisas e insuscetíveis de aditamentos ou acréscimos de qualquer espécie; Só não se incluem as verbas indenizatórias, por exemplo, o pagamento de "ajudas de custo" das despesas de mudança do servidor designado para servir em local fora da sede. B. Limite de Remuneração: Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes. [...] §4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio �xado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer grati�cação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. “ ” Art. 37, XI, CF: [...] XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; “ ” Na esfera federal são os subsídios mensais dos Ministros do Supremo Tribunal Federal que servem de teto e cujo valor, de resto, não pode ser ultrapassado por ninguém no âmbito da Federação. Nos Municípios, o teto são os subsídios do Prefeito. Nos Estados e Distrito Federal, o teto - que é vulgarmente chamado de "subteto" - irá variar conforme se trate de servidor do Legislativo, do Executivo ou do Judiciário. Se for do Legislativo �cará limitado pelos subsídios dos Deputados estaduais, e assim por diante. C. Vencimentos do Executivo como parâmetro para o Judiciário e Legislativo: Escopo de assegurar contenções e controles na despesa com pessoal. D. Proibição de vinculação de vencimentos: Art. 37, XI, CF: [...] XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; “ ” / Para evitar aumentos em cadeia Ex. servidor do IBAMA (FUNDAÇÃO PÚBLICA), QUE RECEBE R$ 4.000,00, e um servidor do FUNAI (FUNDAÇÃO PÚBLICA) que recebe R$ 2.000,00, vinculação seria dizer que “eu deveria ganhar um subsídio de 50% do salário do primeiro, para que �quemos equiparados” E. Cálculos de acréscimo pecuniário: Exemplo – a base de calculo para uma grati�cação devida ao funcionário é sempre o VALOR DO VENCIMENTO BASE DO SERVIDOR (retribuição devida ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo). NÃO SÃO ACUMULADOS. F. Uniformidade na data e nos índices para revisão geral dos servidores públicos: G. Exigência de lei para �xação ou alteração da remuneração: Art. 37, X. Consiste na imposição de que só por lei se �xe a retribuição de cargos, funções ou empregos no Estado e em suas pessoas auxiliares de Direito Público. Para empregos públicos ou o aumento de suas remunerações (na Administração direta e nas autarquias) dependem de lei, de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo. Na esfera do Judiciário a iniciativa da lei é, conforme o caso, do STF, dos Tribunais Superiores ou dos Tribunais de Justiça (art. 96, II, "b", com a redação dada pela Emenda Constitucional 41, de dezembro de 2003). Art. 37, XIII, CF: [...] XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; “ ” Art. 37, XIV, CF: [...] XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para �ns de concessão de acréscimos ulteriores;” “ ” Art. 37, X, CF: [...] X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser �xados ou alterados por lei especí�ca, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; “ ” Normas constitucionais sobre o regime jurídico dos servidores estatais (titulares de cargos ou empregados) A. Acessibilidade aos cargos e empregos - concurso público: / Norma que tem a �nalidade de combater abusos. E. Sanção por improbidade administrativa: B. Contratação excepcional sem concurso: art. 37, inciso IX, CF, que já foi tratado. Necessidade excepcional e temporária; Em situações que fogem da normalidade, e, por razões muito importantes não se justi�ca a criação de concurso público. Ou ainda quando se trata de algo urgente, de interesse publico que também não tenha tempo su�ciente de realizar um concurso. C. Direito de greve e sindicalização: O STF entendia que o inciso VII era norma de e�cácia limitada; então, não e�caz até que sobreviesse a lei infraconstitucional. Porém este direito existe desde a criação da Constituição, não devendo ser subtraído. Quando então o STF apreciou o Mandado de Injunção nº 708, conseguiu solucionou a omissão com a aplicação da Lei 7.783/89. Assim, os paredistas terão o direito de greve, porém terão de estabelecer plantões para as atividades de urgência/essenciais (ex. transp. Coletivo), que estão no rol do art. 9º da supracitada Lei. D. Proibição de acumulação remunerada: Art. 37, I e II, CF: [...] I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declaradoem lei de livre nomeação e exoneração;” “ ” Art. 37, VI e VII, CF: [...] VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites de�nidos em lei complementar; VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites de�nidos em lei especí�ca; “ ” Art. 37, XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI: a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro técnico ou cientí�co; c) a de dois cargos privativos de médico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de pro�ssionais de saúde, com pro�ssões regulamentadas; “ ” / É imprescindível a ação de ressarcimento quanto ao prejuízo causado ao erário. Art. 37, XVI, § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. “ ” Regime constitucional. Estabilidade. Disponibilidade. Aposentadoria e Proventos. A. Irredutibilidade salarial: art. 37, XV, CF/88. B. Alguns direitos equivalentes aos dos empregados: Art. 39, § 3º e art. 7º da Constituição em prol dos trabalhadores em geral. Por ex.: inciso IV, salário mínimo; VII, remuneração nunca inferior ao salário mínimo para quem perceba remuneração variável, e etc. C. Estabilidade: Art. 41, CF/88, após três anos de exercício. D. Disponibilidade: Art. 41, §§ 2º e 3º da CF/88, nos casos de extinção de seu cargo ou quando desalojado em virtude de reintegração de outrem. E. Aposentadoria e proventos: Art. 40, caput, CF/88. Proventos é a designação técnica dos valores pecuniários devidos aos inativos. Como resulta do § 1 º do art. 40 da CF, a aposentadoria pode ser: (a) voluntária (inc. III); (b) compulsória por idade (inc. II); (c) por acidente em serviço ou moléstia grave ou incurável especi�cada em lei (inc. I); (d) por invalidez oriunda de causas diversas das anteriores (inc. I). F. Forma de cálculo dos proventos de aposentadoria e das pensões: Art. 40, § 3º e 4º, CF/88 e Lei nº 10.887/04. A base de cálculo da aposentadoria e das pensões são as remunerações que serviram de referência para as contribuições que o servidor haja efetuado ao longo de sua vida funcional. Corresponderão ao montante dos valores que serviram de base de cálculo de sua contribuição previdenciária, apurada ao longo de toda sua vida funcional e devidamente atualizados na forma da lei. G. Situações transitórias: Emenda 41 de 19.12.2003 é muito mais gravosa do que a Emenda que vigia anteriormente nº 20 de 15.12.98, isto porque, acabou com a aposentadoria de proventos integrais propriamente ditos, ela trouxe exigências que antes não existiam para a aposentação voluntária. Ou seja, passou a exigir: uma idade mínima (60 anos para o homem e 55 para a mulher); um dado período de contribuição (35 anos para o homem e 30 para a mulher); tempo de efetivo exercício no serviço público (10 anos); no cargo efetivo em que se daria a aposentadoria (5 anos). H. Contribuição previdenciária: I. Atualização de proventos e pensões: serão calculados de acordo com a legislação em vigor à época em que foram atendidos os requisitos nela estabelecidos para a concessão desses benefícios. Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio �nanceiro e atuarial. “ ” / Os proventos de aposentadoria e as pensões (Art. 40, §§ 3º e 17 da CF e art. 2º da EC nº 41, de 19.12.2003), serão atualizados mês a mês de acordo com a variação integral do índice �xado para a atualização dos salários de contribuição considerados no cálculo dos benefícios do regime geral de previdência social. Os proventos não poderão ser inferiores ao valor do salário mínimo nem exceder a remuneração do respectivo servidor no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria (Lei nº 10.887/04, artigos 1º, 2º e 15). Os cargos públicos. A. Criação: A criação é realiza por Lei, ou por resolução nos caso de serviços auxiliares do Legislativo/Câmara ou Senado. B. Extinção: também são feitas partindo-se da mesma natureza, pela mesma Casa; pode ser extinto pelo Presidente na forma da Lei, art. 84, XXV; pode ser extinto por declaração de desnecessidade, art. 41, § 3º. C. Classi�cação dos cargos: Para Celso Antônio Bandeira de Mello (2008, p. 300), os cargos serão: a. de carreira: quando encartados em uma série de "classes" escalonada em função do grau de responsabilidade e nível de complexidade das atribuições. Classe é o conjunto de cargos da mesma natureza de trabalho. b. isolados: quando previstos sem inserção em carreiras. Os cargos também são classi�cáveis quanto à sua vocação para retenção dos ocupantes. De acordo com este critério, divide-se em: (I) cargos de provimento em comissão, (II) cargos de provimento efetivo e (III) cargos de provimento vitalício. Cargos em comissão: dispensado concurso público; transitório/temporário; exercido por pessoa de con�ança; pode ser exonerado deliberadamente. Cargos de provimento efetivo: chamada de efetivação – é por concurso público; de caráter de�nitivo; adquire estabilidade após 3 anos de exercício. Cargos vitalícios: casos em que só pode haver desligamento por ação judicial. Torna-se vitalício após 2 anos de exercício em cargo da magistratura. Art. 95, I. Só são vitalícios os cargos de magistrado/ministro ou conselheiro do tribunal de contas e membro do MP, artigos 73, §3 e 128,§5º, I, a, da CF. C. Lotação dos Cargos e Redistribuição: para todos os cargos existe um “QUADRO” (conjunto de cargos), assim, os cargos são lotados em algum quadro. Portanto, o signi�cado de LOTAÇÃO é a quantidade/número de cargos em cada quadro e assim, a redistribuição é a passagem de um cargo de um quadro para outro. O provimento em cargo público: conceito e formas. De acordo com a sistematização do Prof. Oswaldo Aranha Bandeira de Mello, no esquema do autor podem ser organizados da seguinte forma: a) provimento autônomo ou originário; e b) provimentos derivados. A. provimento autônomo ou originário: NOMEAÇÃO – se faz por decreto; para cargos da administração central; nomeação de um autônomo em cargo público, não necessariamente possui vínculo com cargo público; POSSE – ato de tomar posse para criar a relação entre nomeado e Estado Lei 8.112/90 – Art. 8º “São formas de provimento de cargo público: I - nomeação; II - promoção; V - readaptação; VI - reversão; VII - aproveitamento; VIII - reintegração; IX - recondução.” “ ” / B. provimentos derivados: PROV. DERIVADO VERTICAL – é uma promoção para outro cargo, por antiguidade ou merecimento; PROVIMENTO DERIVADO HORIZONTAL – é uma readaptação. Através de apuração médica o servidor é readaptado em outro cargo que seja mais adequado a sua limitações físicas ou mentais; PROVIMENTO DERIVADO POR REINGRESSO – quando o servidor retorna, haja vista anteriormente estar desligado, e pode se dar das seguintes formas: a. Reversão - quando houve a cura/ é o retorno do aposentado; é possível desde que (I) o aposentado tenha solicitado a reversão; (II) aposentadoria voluntária; (III) servidor que era estável; (IV) a aposentadoria tenha ocorrido cinco anos anteriores ao pedido de reversão. b. Aproveitamento – reingresso do servidor estável que se encontra em disponibilidade c. Reintegração – reingresso de servidor ilegalmente desligado, por decisão judicial ou administrativa, com reparação dos danos até então causados. d. Recondução – quando o servidor estável é inabilitado no estágio probatório do cargo que agora foi nomeado ou por sair do cargo no caso de reintegração do precedente ocupante, ele é então reconduzido ao seu cargo anterior. Direitose vantagens dos servidores públicos estatutários A. direitos e vantagens de ordem pecuniária: SUBSÍDIO – é a retribuição por meio de parcelas únicas/indivisas. VENCIMENTO – é o pagamento pelo exercício do cargo (pagamento + vantagens permanentes = remuneração). VANTAGENS PECUNIÁRIAS – são os benefícios da seguridade social/ indenizações/ grati�cações/ adicionais, ex. ressarcir despesas em razão do carto, ex. quando precisa dormir em outra cidade em razão do cargo). B. Direito de ausência ao serviço: as ausências pode ser por força de férias; licença/afastamento, dentre outros (art. 202; 102; 207; 208; 211; 77; 85; 103; 83; 86; 92; 84; 91 e 87 da CF/88). C. Direitos e Vantagens em prol de dependentes do servidor: pensão; auxilio-funeral; auxílio-reclusão. 1) pensão: pensão temporária perdura até a morte do bene�ciário; sua maioridade ou pela cessação de invalidez – artigos 215/ 217, § 1º e 2º/ artigo 218 e 219 da CF/88); 2) auxilio-funeral: para a família do servidor ativo ou inativo, corresponde a um mês de sua remuneração, art. 226; 3) auxilio-reclusão: para a família do servidor, correspondente a 2/3 de sua remuneração, porquanto durar a prisão, art. 229. Deveres e responsabilidades dos servidores públicos estatutários Art. 116 da Lei 8.112/90 traz o rol de deveres do servidor, ao passo que o art. 117 da mesma Lei traz o rol de proibições, como exemplo do primeiro, tem-se I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo. como exemplo do segundo temos I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato. Para qualquer violação a este ultimo dispositivo, existem penalidades disciplinares, previstas no art. 127, quais sejam: Art. 127. São penalidades disciplinares: I - advertência – falta de menor gravidade art. 129 II - suspensão – devido se houver mais de uma advertência, suspensão de no máximo 90 dias, art. 130. III - demissão – art. 132 – ex. ausência ao serviço/ mau procedimento com o dinheiro. IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; art. 141, I V - destituição de cargo em comissão; art. 141, IV/ 135/ 136 e 137. VI - destituição de função comissionada. “ ” / É garantida a ampla defesa (art. 5º LV, CF). Sindicância: prazo de conclusão de até 30 dias, prorrogáveis por mais 30 dias, ao �nal do prazo, pode haver arquivamento/aplicação de advertência/ suspensão 30 dias OU será instaurado processo disciplinar (que será obrigatório sempre que o ato cometido enseja sanção mais grave) art. 145 e 146. Processo administrativo: usa-se os autos da sindicância; é composto por 3 servidores estáveis (art. 149); São feitos em 3 fases: instauração/ inquérito/ julgamento. Limitação ao poder de emendar a Constituição e a situação dos servidores frente ao direito adquirido O poder constituinte é ilimitado, e então, o que for por ele decidido não pode ser mudado por mais absurda que seja a norma. É insuscetível de questionamento. Assim, a Constituição e as Emendas Constitucionais apresentam traços de similitude e traços de dessemelhança. Isto quer dizer, que a semelhança entre elas é que suas disposições são hierarquicamente superiores às leis, tanto que comporão o corpo da Constituição Federal. A dessemelhança entre elas é que a Constituição é o primeiro termo de referência da ordem jurídica. Assim, as emendas são validamente produzidas só porque a Constituição permite ser tocada. Assim, uma EC é fruto de uma autorização constitucional, e para ser válida precisa se conter nos limites de uma Emenda Constitucional. São eles: Materiais: art. 60, §4º da CF/88 – não serão objeto de deliberação a proposta de emenda que tende a abolir: A. Formais: art. 60, §§1º e 5º da CF/88 – “a Constituição não pode ser emendada na vigência de intervenção federal/estado de defesa/estado de sítio; e a matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou prejudicada não pode ser objeto de proposta na mesma sessão legislativa. Introduzido o tema, percebe-se que nenhuma Emenda poderia reduzir vencimentos, pois afrontaria os direitos individuais (um deles é o direito adquirido, art. 5º, XXXVI, CF/88. Ocorre que antes da Emenda Constitucional 19/98 o inciso XV do artigo 37 da CF/88 previa a irredutibilidade de vencimentos, o que foi suprimido. Já que a Constituição inadmite emenda que �ra direitos e garantias individuais, conclui-se que os vencimentos dos atuais servidores não podem ser afetados pela emenda 19/98 (Emendão), porque há ofensa ao direito adquirido, bem como ofensa ao direito e garantia individual da irredutibilidade de vencimentos. Aconteceu a mesma coisa com os proventos de aposentadoria (art. 40, §4º da CF/88, vide Emenda 19/98). Os servidores públicos tem ainda em seu favor o ato jurídico perfeito, é um direito adquirido. § 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir: I - a forma federativa de Estado; II - o voto direto, secreto, universal e periódico; III - a separação dos Poderes; IV - os direitos e garantias individuais. “ ” /