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CÂNCER GÁSTRICO EPIDEMIOLOGIA E FATORES DE RISCO • 4ª neoplasia mais frequente no mundo • Infecções por H. pylori e EBV • Idade (>40 anos) e gênero masculino (2:1) • Dieta rica em sal e alimentos conservados • Obesidade • Tabagismo • Gastrite crônica atrófica, metaplasia intestinal da mucosa gástrica, anemia perniciosa, pólipo adenomatoso do estômago, gastrite hipertrófica gigante • História pessoal ou familiar de CA gástrico e polipose adenomatosa familiar CLASSIFICAÇÃO Anatômica (Siewert) • Siewert tipo I: epicentro mais de 1 cm acima da junção esofagogástrica (JEG); são considerados tumores de esôfago distal; • Siewert tipo II: epicentro entre 1 cm acima e 2 cm abaixo da JEG; são considerados tumores de cárdia; • Siewert tipo III: epicentro mais de 2 cm abaixo da JEG; são considerados tumores gástricos subcardiais. Histológica (Lauren) O tipo histológico mais comum é o adenocarcinoma (90% dos casos), dividido em dois tipos segundo a classificação de Lauren: • Tipo intestinal: maior parte bem ou moderadamente diferenciados, formando estruturas glandulares remanescentes do adenocarcinoma colorretal, o que explica a sua nomenclatura; • Tipo difuso: pouco diferenciados, caracterizados por infiltração celular sem caracterização de formação glandular. Células com presença de mucina intracelular em grande quantidade são definidas com carcinoma em anel de sinete – fator preditivo independente de pior prognóstico. Correção: Intestinal em homens mais velhos, difusa em mulheres jovens!! Apresentação macroscópica (Borrmann) QUADRO CLÍNICO • Dor epigástrica, saciedade precoce, perda de peso A dor no CA de estômago tende a ser constante e não alivia com a ingestão de alimento, informação que pode ser útil no diagnóstico diferencial com a doença ulcerosa. Sinais de sangramento são comuns, podendo gerar anemia em até 46% dos pacientes. Cerca de 15% dos pacientes podem se apresentar com hemorragia digestiva alta. • Tumores distais = obstrução → saciedade precoce, vômitos • Tumores proximais → disfagia Sinais de doença avançada: massa palpável, ascite, hepatomegalia, presença de nódulo supraclavicular esquerdo palpável (Nódulo de Virchow), nódulo periumbilical palpável (Sinal Sister Mary Joseph), implantes ovarianos (Tumor de Krukenberg) e prateleira de Blummer (metástases no espaço retrovesical ou retrouterino palpáveis ao toque retal). DIAGNÓSTICO • Endoscopia com biópsia Estadiamento: tomografia de tórax e tomografia ou ressonância magnética de abdome e pelve com contraste. USG endoscópica pode ser usada para determinar a profundidade da invasão do tumor na parede do estômago. Estádio • 0: Tis, N0, M0 • IA: T1, N0, M0 • IB: T1 ou T2, N até 1, M0 • IIA: até T3, N2, M0 • IIIB: T4a, até N3, M0 TRATAMENTO • Ressecção endoscópica: adenocarcinoma bem diferenciado, limitado a mucosa, <3cm • Gastrectomia subtotal: T1a não ulcerado • Gastrectomia total: em CA proximal • Linfadenectomia D2: a partir de T2 • Quimioterapia o Neoadjuvante: > T2, N+ o Adjuvante: TxN+ • Terapia alvo: se HER-2 positivo Em resumo: Gastrectomia com linfadenectomia a D2 deve ser considerada como abordagem cirúrgica curativa preferencial, sem ressecção pancreático-esplênica associada. Gastrectomia total é preferível para as neoplasias localizadas no terço inicial do estômago e quando há infiltração difusa gástrica. Já em tumores mais distais (2/3 distais), a gastrectomia subtotal é a melhor opção.
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