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SP5 - vacinas-

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Tutoria SP5
Objetivos de aprendizagem:
1.Compreenda a fisiopatologia da doença mão-pé-boca
A doença da mão-pé-boca (DMPB) é uma enfermidade contagiosa causada pelo vírus Coxsackie da família dos enterovírus que habitam normalmente o sistema digestivo e também podem provocar estomatites (espécie de afta que afeta a mucosa da boca). Embora possa acometer também os adultos, ela é mais comum na infância, antes dos cinco anos de idade. O nome da doença se deve ao fato de que as lesões aparecem mais comumente em mãos, pés e boca.
 
 
SINTOMAS: 
Geralmente demora de 3 a 6 dias para uma pessoa ter os sintomas de que foi infectada. Dentre os sinais e sintomas da DMPB estão:
- febre alta nos dias que antecedem o surgimento das lesões;
- aparecimento, na boca, amídalas e faringe, de manchas vermelhas com vesículas branco-acinzentadas no centro que podem evoluir para ulcerações muito dolorosas;
- erupção ou vesículas (pequenas bolhas) em geral nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas que pode ocorrer também nas nádegas e na região genital; durante 7 a 10 dias 
- mal-estar, falta de apetite, vômitos e diarreia;
- por causa da dor de garganta, surgem dificuldade para engolir e muita salivação.
-Dor de cabeça
  Pequenas úlceras dolorosas dentro da boca, na língua, na parte interna das bochechas e gengivas (duram de 4 a 6 dias)
 As bolhas também podem aparecer nos joelhos, nos cotovelos, nas nádegas ou na região genital 
 
Algumas pessoas podem não ter nenhum sintoma da doença, e somente sentir dor na boca ou ter uma erupção de pele. As crianças podem ficar desidratadas se tiverem dificuldade para tomar líquidos por causa das lesões dolorosas na boca. 
 
TRANSMISSÃO
A transmissão se dá pela via fecal/oral, através do contato direto entre as pessoas ou com as fezes, saliva e outras secreções, ou então através de alimentos e de objetos contaminados. Mesmo depois de recuperada, a pessoa pode transmitir o vírus pelas fezes durante aproximadamente quatro semanas. O período de incubação oscila entre um e sete dias. Na maioria dos casos, os sintomas são leves e podem ser confundidos com os do resfriado comum.
Pode pegar direta ou indiretamente, se: 
 Aspirar ar contaminado com o vírus quando uma pessoa infectada espirrar ou tossir perto de você 
 Tocar nas fezes de uma pessoa infectada (por ex. ao trocar uma fralda) 
 Tocar no nariz (muco) e garganta (cuspo, escarro) de uma pessoa infectada e depois tocar no seus olhos, nariz ou boca
  Tocar em objetos tais como brinquedos e maçanetas de portas contaminados pelo vírus 
 
A fase de contágio pelas pessoas infectadas é maior durante a primeira semana da doença, mas o vírus pode ficar no organismo durante várias semanas após a pessoa não ter mais sintomas. Isso significa que as pessoas infectadas ainda podem transmitir a infecção para terceiros mesmo que pareçam estar bem. 
 
Como a DMPB é diagnosticada? 
Um profissional de saúde pode diagnosticar a DMPB pelo exame das bolhas no corpo e as lesões na boca de uma pessoa com febre. Embora há exames de laboratório disponíveis, raramente são utilizados. 
 
De que forma a DMPB é tratada? 
Não há tratamento para a DMPB, o tratamento é sintomático e não possui vacina, com medicamentos que não precisam de receita médica pode aliviar alguns sintomas. (Crianças não devem tomar aspirina.) 
 É importante estar hidratado; dê líquidos frios para a criança 
 Evite alimentos apimentados ou ácidos e bebidas ácidas, pois podem fazer as lesões da boca doer mais 
 PRENVENÇÕES:
Não existe uma vacina contra a DMPB, mas você pode diminuir o risco de infecção: 
 Lave as mãos com água e sabão, principalmente depois de usar o banheiro  Descarte fraldas e artigos sujos com todo cuidado 
 Use luvas ao aplicar loções ou tratamento nas bolhas/lesões 
 Limpe e desinfete todos os brinquedos e áreas de troca de fraldas de uso comum (primeiro lave com água e sabão e depois com uma solução de água sanitária feita com uma colher de sopa de cloro com 4 copos de água) 
 Evite contato (beijos, abraços, usar os mesmos copos) com pessoas infectadas 
 
 
PATOGÊNESE: Vírus →organismo →replicação nas células mucosas da faringe e intestino após atinge sistema reticulo-endotelial. 
FISIOPATOLOGIA: 
· Necrose tecidual mediada pelo vírus+Reação inflamatória local.
· É a síndrome mais distinta e peculiar entre infecções por enterovírus. 
· Sorotipo responsável por manifestações caxsackie A16 e outros enterovírus
1. Febre baixa
2. Vesículas em toda orofaringe: Lábios, gengivas, amígdalas e palato
3. Exantema maculopapular, vesicular ou pustular localizados mãos pés e nádegas. Levemente dolorosos. As vesículas são típicas na face palmar e plantar
A doença de pé-mão-e-boca é mais comum na primavera, no verão e no outono, mas pode ocorrer no inverno.
2. Explique os tipos de vacina (vírus atenuado/inativado/conjugado,etc) e quais as respostas do corpo a ela .
A maioria das vacinas atualmente em uso atua induzindo imunidade humoral. Os anticorpos são o único mecanismo imune que previne infecções, neutralizando e removendo microrganismos antes que estes conquistem sua base de apoio no hospedeiro. As melhores vacinas são aquelas que estimulam o desenvolvimento de plasmócitos de vida longa produtores de anticorpos de alta afinidade, bem como células B de memória. Esses aspectos das respostas imunes humorais são melhor induzidos pela reação de centro germinativo, que requer ajuda fornecida pelas células T auxiliares CD4+ foliculares antígeno proteico-específicas
Vacinas de vírus inativados ou mortos
· São compostas de vírus inteiros que não estão vivos ou apenas pedaços desses vírus.
· Os eventos adversos em geral são precoces, de 24 a 48 horas após a vacinação.
· Como esses vírus não são capazes de se multiplicar, essas vacinas não são capazes de produzirem doenças.
· Os efeitos adversos são relacionados com resposta inflamatória como dor, inchaço, calor ou vermelhidão no local da aplicação.
· Geralmente necessitam de várias aplicações para conseguir gerar uma resposta duradoura.
· A resposta de uma vacina não interfere na outra e por isso podem ser aplicadas sem intervalo mínimo entre elas, ou ao mesmo tempo.
· Podem ser usadas em gestantes ou pessoas imunodeprimidas.
→ A resposta imune à vacina inativada é principalmente humoral, com pouca ou nenhuma imunidade celular.
Com relação às vacinas de vírus morto ou inativado, a administração em pacientes imunodeprimidos não aumenta o risco de reações adversas.
Contudo, reduz a resposta vacinal. Por isso se possível, o melhor é esperar.
Exemplos de vacinas de vírus inativados ou mortos
· Dupla do tipo adulto (difteria e tétano)
· Haemophilus influenzae do tipo b
· Hepatite A e combinações
· Hepatite B e combinações
· Influenza
· Meningocócicas
· Pneumocócicas conjugadas e polissacarídicas
· Poliomielite inativada
· Raiva
· Tríplice bacteriana (difteria, tétano e pertussis) e suas combinações
· HPV
As vacinas com germes mortos são as mais seguras, porém costumam apresentar uma capacidade de imunização mais baixa, sendo necessárias mais de uma dose para criar uma proteção prolongada. O germe pode ser cultivado em laboratório e partes da sua estrutura que não são necessárias para criação de anticorpos podem ser retiradas. 
Uma vacina inativada amplamente usada de considerável importância em saúde pública é a vacina contra influenza. Vírus influenza cultivados em ovos de galinha são usados em dois tipos de vacinas. A vacina mais comum é uma vacina inativada (morta) trivalente usada na vacinação contra gripe administrada por via intramuscular. Três das cepas de influenza encontradas com mais frequência são selecionadas a cada ano e incorporadas nessa vacina. Um segundo tipo de vacina contra influenza envolve as mesmas três cepas, porém a vacina é feita com vírus vivos atenuados e usada como spray nasal.
Vacina de vírus vivo atenuado
· São feitas de vírus vivos que passaram por procedimentos que os enfraqueceram
· Elas possuem maior risco de causar efeitos adversos
· Os seus efeitos adversos podem ocorrermais tardiamente (de 5 a 20 dias após a vacina)
· Os efeitos adversos se parecem mais com o da doença selvagem, apesar de mais brandos
· A resposta imunológica a uma vacina de vírus vivo atenuado pode interferir em outra do mesmo tipo
· São contraindicadas para gestantes e pessoas com imunidade baixa
· Sofrem interferência de células imunológicas específicas. Por isso, que pessoas que recebem imunoglobulinas, soros, sangue total, etc, devem aguardar de 3 a 11 meses, antes de receber uma vacina desse tipo.
→ Essa resposta imune ao microrganismo atenuado é idêntica à produzida pela infecção natural, pois o sistema imune é incapaz de diferenciar entre uma infecção pelo microrganismo vacinal e o microrganismo selvagem. A multiplicação do microrganismo vacinal não costuma ser capaz de causar doença. Resposta Humoral e celular
A grande vantagem das vacinas microbianas atenuadas é a indução de todas as respostas imunes inatas e adaptativas (tanto humorais como celulares) que o microrganismo patogênico induziria, sendo assim a forma ideal de indução de imunidade protetora.
Atenuadas: 
- microrganismos atenuados por passagens em cultivo ou animais de laboratório. 
- capacidade de causar doença eliminada ou reduzida -capazes de multiplicarem-se no organismo
 - não necessitam grandes quantidades de antígeno 
Vacinas produzidas por Engenharia Genética : 
1- Vacinas geneticamente modificadas: - Genes excluidos (ou incluidos) com vistas à atenuação ou aumento da resposta imune - podem ser atenuadas ou inativadas. ex: vacina diferencial gE-negativa 
2- Vacinas com Vetores vacinais: - microrganismos manipulados para produzir antígenos que desencadeiam a produção de anticorpos protetores. 
3- Vacinas de DNA: DNA de interesse administrado ao hospedeiro. (ainda experimental)
Exemplos de vacinas de vírus vivo atenuado:
· BCG
· Dengue
· Febre amarela
· Herpes zoster
· Poliomielite oral
· Rotavírus
· Tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela)
· Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)
· varicela 
 * vacinas contra poliomelite: 
Vacina inativada intramuscular ( vacina tipo Salk)
 - vírus inativado com formalina (3 sorotipos).
 - induz anticorpos séricos, não induz imunidade local e assim não
previne infecção local no intestino. 
- previne a poliomielite paralisante pois a viremia não ocorre.
 - casos de síndrome de Guillain-Barré
 Vacina Oral ( vacina Sabin) - amostras de vírus dos 3 sorotipos, atenuadas. 
- induz imunidade local no intestino com produção de IgA, assim como boa imunidade sistêmica.
 - raramente pode causar poliomielite paralítica (~ 1 caso em 3 milhões de doses).
Toxoides
São toxinas cuja toxicidade é eliminada - Retém a capacidade antigênica 
Algumas vezes o que causa doença não é a bactéria em si, mas sim algumas toxinas que a mesma produz. Neste caso, a vacina não precisa ser direcionada contra a bactéria, basta que o sistema imune consiga ter anticorpos contra as toxinas. Os toxoides são vacinas feitas com toxinas modificadas, incapazes de causar doença.
Os toxoides também costuma gerar uma imunização fraca, necessitando de reforço após alguns anos.
As exotoxinas bacterianas, como aquelas produzidas pelos bacilos da difteria e do tétano, vêm sendo usadas há muito tempo como imunógenos. Em primeiro lugar, elas naturalmente precisam ser destoxificadas, o que pode ser obtido mediante tratamento com formaldeído, quando isso não destrói os principais determinantes imunogênicos. Por conseguinte, a imunização com toxoide irá induzir a formação de anticorpos protetores, que neutralizam a toxina por bloqueio estereoquímico do sítio ativo e estimulam a retirada por células fagocitárias. Em geral, o toxoide é administrado após adsorção ao hidróxido de alumínio, que atua como adjuvante e produz títulos mais elevados de anticorpos. Além de seu uso como vacinas para produzir uma resposta de anticorpos protetores contra o tétano e a difteria, os toxoides frequentemente são conjugados com outras proteínas, peptídios ou polissacarídios para proporcionar epítopos de células T auxiliares para esses antígenos. 
Exemplos de vacinas com toxoides:
· Tétano.
· Difteria.
Vacinas de Antígenos Purificados (Subunidades)
As vacinas de subunidades contêm antígenos patogênicos que podem ser isolados de culturas específicas por meio de procedimentos de purificação ou produzidos especificamente usando DNA recombinante (polissacarídeos de Haemophilus influenzae tipo B, pneumococos, meningococo). RESPOSTA IMUNE HUMORAL 
As vacinas de segunda geração foram produzidas para eliminar as preocupações relacionadas com segurança associadas aos microrganismos atenuados. Essas vacinas contendo subunidades são compostas por antígenos purificados de microrganismos, e geralmente são administradas com um adjuvante. Como os polissacarídeos capsulados são antígenos T-independentes, tendem a deflagrar respostas de anticorpo de baixa afinidade e são fracamente imunogênicas em bebês (que não montam respostas fortes de anticorpo célula T-independentes). 
https://pt.slideshare.net/labimuno/vacinas-presentation
VACINAS CONJUGADAS 
Polissacarídeos produzem uma fraca resposta imunológica, baseada na ativação das células T, independentemente da ativação das células B. Com o propósito de garantir a imunidade duradoura com a formação de IgG e células de memória imunológica, as vacinas têm sido desenvolvidas pelo acoplamento de polissacarídeos a proteínas, induzindo a ativação de células B, por isso são denominadas vacinas conjugadas. Exemplo de vacinas conjugadas: contra pneumococo, meningococo do grupo C e Haemophilus influenzae tipo B.
Essas vacinas lançam células T auxiliares para estimular reações de centro germinativo, as quais não ocorreriam com vacinas de polissacarídeos simples. Essas vacinas atuam como conjugados hapteno-carreador e são uma aplicação prática do princípio de cooperação celular T-B. As vacinas em uso contra H. influenzae, pneumococos e meningococos são vacinas conjugadas. As vacinas de proteínas purificadas estimulam respostas de células T auxiliares e de anticorpos, mas não geram CTLs potentes. A razão para o fraco desenvolvimento de CTLs está no fato de as proteínas (e peptídeos) exógenas serem inefetivas na entrada da via de apresentação antigênica do MHC de classe I. Como resultado, as vacinas de proteína são reconhecidas de modo ineficiente pelas células T CD8+ restritas ao MHC de classe I.
Vacinas de Antígenos Sintéticos
Uma meta da pesquisa em vacinas tem sido identificar os antígenos ou epítopos microbianos mais imunogênicos, para sintetizá-los em laboratório e usar os antígenos sintéticos como vacinas. É possível deduzir as sequências proteicas dos antígenos microbianos a partir dos dados da sequência nucleotídica, e preparar grandes quantidades de proteínas através da tecnologia do DNA recombinante. Vacinas feitas com antígenos derivados de DNA-recombinante atualmente são usadas para o vírus da hepatite B e papilomavírus humanos (HPV, do inglês, human papilloma virus). No caso da vacina contra HPV mais amplamente usada, desenvolvida para prevenir cânceres causados pelo vírus, proteínas virais recombinantes de quatro cepas (HPV 6, 11, 16 e 18) são produzidas em leveduras e combinadas com um adjuvante. HPV 6 e 11 são causadores comuns de verrugas, e o HPV 16 e o 18 são as cepas de HPV mais frequentemente associadas ao câncer cervical.
Vacinas Virais Vivas Envolvendo Vírus Recombinantes
Outra abordagem para o desenvolvimento de vacinas consiste em introduzir genes codificadores de antígenos microbianos em um vírus não citopático e infectar indivíduos com este vírus. Assim, este vírus serve de fonte de antígeno em um indivíduo inoculado. A grande vantagem dos vetores virais é que estes, assim como outros vírus vivos, induzem o complemento integral de respostas imunes, incluindo respostas fortes de CTL. Essa técnica tem sido usada mais comumente com vetores de vírus da vacínia e, mais recentemente, com vetores virais da varíola dos canários, que não são patogênicos em seres humanos. A inoculação dessesvírus recombinantes em muitas espécies de animais induz imunidade humoral e celular contra o antígeno produzido pelo gene estranho (e, claro, contra o vírus da vacínia também). Um potencial problema com os vírus recombinantes é que os vírus podem infectar células hospedeiras e, mesmo que não sejam patogênicos, podem produzir antígenos que estimulam respostas de CTL que matam as células hospedeiras infectadas. Essas e outras preocupações com a segurança têm limitado uso amplamente disseminado dos vetores virais para aplicação de vacinas.
Vacinas de DNA
Um método de vacinação interessante foi desenvolvido com base em uma observação inesperada. A inoculação de um plasmídeo contendo DNA complementar (cDNA) codificador de um antígeno proteico leva a respostas imunes humorais e celulares contra esse antígeno. É provável que APCs, como as células dendríticas, sejam transfectadas pelo plasmídeo e o cDNA seja então transcrito e traduzido em proteína imunogênica indutora de respostas específicas. Os plasmídeos bacterianos são ricos em nucleotídeos CpG não metilados e são reconhecidos por um TLR9 presente em células dendríticas e outras células, deflagrando assim uma resposta imune inata que intensifica a imunidade adaptativa. Portanto, as vacinas contendo plasmídeo de DNA poderiam ser efetivas mesmo que fossem administradas sem adjuvantes. A capacidade de armazenar DNA sem refrigeração para uso em campo também torna essa tecnologia promissora. No entanto, as vacinas de DNA não foram tão efetivas quanto o esperado nos estudos clínicos, principalmente porque a primeira geração dessas vacinas não produziu quantidades adequadas de imunógeno. Atualmente, estão sendo conduzidos estudos usando vetores mais modernos para vacinação com DNA.
Adjuvantes e Imunomoduladores
Devido à baixa capacidade imunológica de muitas vacinas inativadas (por exemplo toxóides), potencializadores (ex: hidróxido de alumínio) são adicionados com o objetivo de aumentar a resposta imunológica. A resposta é alcançada devido a indução local de reação inflamatória, o que leva ao aumento da migração de macrófagos, linfócitos B e T ao sítio de aplicação.
A iniciação de respostas imunes dependentes de célula T contra antígenos proteicos requer que os antígenos sejam administrados com adjuvantes. A maioria dos adjuvantes deflagra respostas imunes inatas, com expressão aumentada de coestimuladores e produção de citocinas, como a IL-12, que estimulam o crescimento e diferenciação da célula T. Bactérias mortas pelo calor são poderosos adjuvantes usados comumente em animais de experimentação. Entretanto, a intensa inflamação local que esse tipo de adjuvante induz impede seu uso em seres humanos. Esforços significativos estão sendo dedicados ao desenvolvimento de adjuvantes seguros e efetivos para uso em seres humanos. Apenas dois estão aprovados para pacientes — hidróxido de alumínio em gel (que parece promover principalmente respostas de célula B) e uma formulação lipídica chamada esqualeno, que pode ativar fagócitos. Uma alternativa aos adjuvantes é a administração de substâncias naturais que estimulam respostas de célula T junto com os antígenos. Por exemplo, a IL-12 incorporada em vacinas promove forte imunidade mediada por células. Como mencionado, o DNA plasmidial apresenta atividades adjuvante-símile intrínsecas, e é possível incorporar coestimuladores (p. ex.: moléculas B7) ou citocinas às vacinas de plasmídeo de DNA. Essas ideias interessantes ainda são experimentais.
3. Diferencie os tipos de imunização:
a) Ativo (adquirido naturalmente / artificialmente)
Imunização ativa
            A imunização ativa ocorre quando você adquire imunidade a partir da aplicação de antígenos por dois meios:
– Patógenos inativados ou algum de seus componentes (vacinas inativadas).
– Patógenos atenuados em sua virulência, mas capazes de gerarem respostas imunogênicas.
· Provocar imunidade protetora e memória imunológica. 
· Se bem sucedida, exposição subseqüente provoca reposta imune aumentada capaz de eliminar o patógeno ou prevenir a doença. 
· Infecção natural ou adquirida artificialmente por meio de vacinas.
TIPOS DE IMUNIZAÇÃO ATIVA:
- NATURAL: Exposição a infecções sub-clinicas.  Ocorre quando o indivíduo entra em contato com o agente patogênico natural, adquirindo a doença. 
-ARTIFICIAL: - VACINA - Organismos atenuados, Organismos mortos, Fragmentos subcelulares, Toxinas, DNA 
Imunização pode ser conseguida ao administrar patógenos vivos ou mortos ou seus componentes. Vacinas usadas para imunização ativa consistem em organismos vivos (atenuados), organismos completos mortos, componentes microbianos ou toxinas secretadas (que tenham sido detoxificadas).  
· Imunização ativa Considerações para vacinação dos lactentes
· → Suscetibilidade a infecções graves 
· → vacinação logo após o nascimento 
· • Sistema imunológico imaturo 
· • Reduzida capacidade de produzir IgG no 1º ano de vida; 
· • Resposta ineficaz a antígenos polissacarídeos (timo-independentes) – necessidade de vacinas polissacarídeas conjugadas a proteínas; 
· • Resposta inadequada a antígenos timo-dependentes – necessidade de maior número de doses das vacinas • Influência inibitória dos anticorpos maternos sobre a imunização
· → A utilização de esquemas vacinais com múltiplas doses e, algumas vezes, com antígenos conjugados, permite ... produção de células de memória que estarão prontas em novo contato com o antígeno.” 
b) Passivo (placentário e aleitamento - adquirido naturalmente / artificialmente)
Imunização Passiva:
· Proteção transitória 
· Anticorpos pré formados são transferidos para um receptor.
 Naturalmente: Ac maternos contra difteria, tétano, estreptococos, rubéola, sarampo e poliovírus protegem o feto em desenvolvimento e, após o nascimento, Ac no colostro e leite. 
Aquisição de anticorpos maternos
Nos primeiros meses de vida, enquanto o sistema linfóide do lactente está iniciando lentamente a sua função, a proteção do feto é proporcionada por anticorpos IgG de origem materna, adquiridos por transferência placentária, e ao recém-nascido, pela absorção intestinal de imunoglobulinas presentes no colostro. A principal imunoglobulina no leite é a IgA secretora (SIgA), que não é absorvida pelo lactente, mas que permanece no intestino para proteger as superfícies mucosas. Os anticorpos SIgA são dirigidos contra antígenos bacterianos e virais frequentemente presentes no intestino, e acredita-se que as células produtoras de IgA, que respondem aos antígenos intestinais, migrem e colonizem o tecido mamário (como parte do sistema imune da mucosa), onde os anticorpos produzidos aparecem no leite. 
Imunidade Neonatal
neonatos são protegidos das infecções por anticorpos produzidos pela mãe, transportados através da placenta para a circulação fetal, e pelos anticorpos ingeridos no leite e transportados através do epitélio intestinal de recém-nascidos por um processo especializado conhecido como transcitose (atravessa de um lado a outro da membrana das células da placenta). Os recém-nascidos não têm a capacidade de montar respostas imunes eficazes contra microrganismos e, durante vários meses após o nascimento, sua principal defesa contra a infecção é a imunidade passiva fornecida pelos anticorpos maternos. A IgG materna é transportada através da placenta, e a IgA e IgG presentes no leite materno são ingeridas pelo lactente. O transporte transepitelial de IgA materna para o leite depende do receptor de poli-Ig. Os anticorpos IgA e IgG ingeridos podem neutralizar organismos patogênicos que tentam colonizar o intestino do bebê, e alguns anticorpos IgG ingeridos podem ser transportados através do epitélio intestinal para a circulação do neonato. Assim, um recém-nascido possui, essencialmente, os mesmos anticorpos IgG que sua mãe.
O transporte da IgG materna através da placenta é mediado por um receptor Fc específico para IgG denominado FcRn. O FcRn é único entre os receptores Fc porque se assemelha a uma molécula do complexo de histocompatibilidade principal (MHC, do inglês, major histocompatibilitycomplex) de classe I, contendo uma cadeia pesada transmembrana não covalentemente associada a β2-microglobulina. No entanto, a interação de IgG com o FcRn não envolve a porção da molécula que é análoga à fenda de ligação do peptídeo usado pelas moléculas de MHC de classe I para exibir os peptídeos para o reconhecimento pelas células T.
Os adultos também expressam o FcRn no endotélio, em macrófagos e em muitos outros tipos celulares. Esse receptor tem como função proteger os anticorpos IgG plasmáticos do catabolismo.
· Artificial: Injeção de Ac pré formados: Deficiência na síntese do Ac (defeito nas células B). Não há tempo para imunização (ex. Tétano).
É o chamado soro, ou Imunoglobulina Humana
A imunização passiva é conseguida pela administração de anticorpos previamente formados (imunoglobulinas).
Indicação de imunização passiva:
· Pacientes com defeito na formação de anticorpos,
· Imunodeprimidos (que possuem imunidade baixa),
· Aqueles que não foram imunizados (como crianças que ainda não estão na idade de tomar determinada vacina)
· Quem possui qualquer contra indicação à vacina, estando suscetível à doença
O soro dá uma proteção emergencial e passageira para uma situação de risco, não oferece uma memória de imunidade.
Se depois a pessoa voltar a ter contato com aquele agente infeccioso, ela poderá se infectar e adoecer.
· 
Soro sangüineo contendo uma grande variedade de anticorpos policlonais, usualmente obtido de animais hiperimunizados com o(s) antígeno (s) de interesse.
- homólogo
- heterólogo.
Soro Heterólogo:
- Produzido em indivíduos de espécies diferentes da espécie -alvo
Ex.: cavalos contra o tétano: soro anti-tetânico
- Não transmite infecções aos humanos
- Pode causar reações de hipersensibilidade. Podem ser submetidos à digestão péptica para separar a região Fc da região Fab do anticorpo.
- Mais baratos.
- Pode levar a um excesso de formação de imunocomplexos
depósitos nas paredes internas dos vasos => reações inflamatórias sistêmicas.
Soro Homólogo:
Produzido na mesma espécie-alvo.
- Risco de transmissão de doenças (AIDS, Hepatites)
- Menor chance de reações de hipersensibilidade.
- Mais caros.
Imunoglobulinas 
As imunoglobulinas são um tipo de imunização diferente das vacinas. As imunoglobulinas são chamadas de imunização passiva, pois elas próprias já são os anticorpos.
Quando exposto a determinado germe, o sistema imune pode levar algumas semanas para produzir anticorpos em quantidade adequada para combatê-lo. Em alguns casos, a doença é tão agressiva que não tem tempo de esperar a produção destes anticorpos. Daí surge a necessidade de usar as imunoglobulinas, que são uma coleção de anticorpos previamente formados por outras pessoas ou animais. Pega-se anticorpos já formados por outros e é administrado no paciente, havendo imediato combate à infecção.
As imunoglobulinas causam uma imunização curta, suficiente apenas para tratar a infecção. O paciente não fica imunizado por tempo prolongado, sendo necessária a administração de uma vacina após o controle da doença. Por exemplo, um profissional de saúde não vacinado contra a hepatite B que acidentalmente se fure com uma agulha infectada precisa tomar a imunoglobulina e a vacina para não se infectar. A imunoglobulina impedirá a infecção atual enquanto que a vacina servirá, neste caso particular, apenas para preveni-lo de futuras contaminações.
Exemplos de doenças que podem ser tratadas com imunoglobulinas (anticorpos):
· Hepatite B.
· Raiva.
· Botulismo.
· Difteria.
· Tétano.
· Catapora.
Sarampo.
Ig é uma solução concentrada de anticorpos preparada com o plasma obtido de doadores normais. Consiste principalmente em IgG, embora traços de IgA, IgM e outras proteínas de soro possam estar presentes. Muito raramente, Ig contém vírus transmissíveis (p. ex., hepatite B ou C ou HIV), sendo estável durante muitos meses se armazenada a 4°C. Ig é aplicada por via intramuscular.
Como níveis máximos de anticorpos no soro podem não acontecer até aproximadamente 48 h após a administração intramuscular, a Ig deve ser administrada assim que possível. A meia-vida de Ig na circulação é de aproximadamente 3 semanas.
IG podem ser usada para a profilaxia em
· Hepatite A
· Sarampo
· Deficiência de imunoglobulina
· Varicela (em pacientes imunocomprometidos quando IG para varicela-zóster não está disponível)
· Exposição à rubéola durante o 1º trimestre de gestação
A Ig fornece proteção apenas temporária; o teor dos anticorpos contra agentes específicos varia em até 10 vezes entre as preparações. A administração é dolorosa, e anafilaxia pode acontecer.
Imunoglobulina intravenosa (IgIV), intravenous immunoglobulin) foi desenvolvida para prover doses maiores e repetidas de imunoglobulina humana. IgIV é utilizada para tratar ou prevenir infecções bacterianas e virais graves, distúrbios autoimunes e imunodeficientes, particularmente os seguintes:
· Doença de Kawasaki
· Infecção pelo HIV em crianças
· Leucemia linfocítica crônica de células B
· Imunodeficiências primárias
· Trombocitopenia imunitária
· Prevenção da doença do enxerto versus hospedeiro
Efeitos adversos da IGIV são incomuns, embora febre, calafrios, cefaleia, fraqueza, náuseas, vômitos, hipersensibilidade, reações anafiláticas, tosse e sobrecarga de volume possam ocorrer.
Imunoglobulina subcutânea (SCIG) também é preparada do plasma humano agrupado; SCIG é direcionada para uso doméstico em pacientes com imunodeficiência primária.
Reações no local da aplicação são comuns, mas efeitos adversos sistêmicos (p. ex., febre, calafrios) são muito menos comuns com SCIG do que com IgIV.
Globulina hiperimune:
A globulina hiperimune é preparada a partir do plasma de pessoas com altos títulos de anticorpos contra um microrganismo ou antígeno específico. É derivada de pessoas que estão convalescendo de infecções naturais ou doadores imunizados artificialmente.
Globulinas hiperimunes estão disponíveis contra hepatite B, botulismo infantil, raiva, tétano, citomegalovírus, vacínia e varicela-zóster. A administração é dolorosa e pode acontecer anafilaxia.
Anticorpos monoclonais:
Anticorpos monoclonais específicos ativos contra agentes infecciosos são de grande interesse teórico, e alguns estão atualmente sendo estudados. Mas somente um único produto, palivizumabe, está atualmente disponível; é ativo contra VSR sendo usado para a prevenção da infecção por VSR em algumas crianças de alto risco.
Anticorpos derivados de um único linfócito produzidos em camundongos.
- Produzidos usualmente em camundongos em linhagens singenéicas
ex. BALB-C
- podem ser “humanizados” pela introdução de células humanas em camundongos irradiados
- Já utilizados para hepatite B e Vírus Resp. Sincicial Humano (HRSV)
Transferência adotiva de células T citotóxicas
Trata-se de uma operação muito trabalhosa e restrita a células autólogas ou a casos em que o doador compartilha um alelo do MHC da classe I. A transferência adotiva de linfócitos T citotóxicos autólogos demonstrou ser efetiva para intensificar as respostas imunes específicas com EBV e para reduzir a carga viral em pacientes com doença linfoproliferativa.
4. Como ocorre o desenvolvimento do sistema imunológico intrauterino e extrauterino (até a maturação)
IMUNIDADE INATA: Os neutrófilos são as últimas células a aparecerem no feto e somente são produzidos em grande número após o nascimento. No recém-nascido estão reduzidos em número e efetividade. Sua concentração aumenta dramaticamente entre 12 e 24 horas após o nascimento. Observa-se nos recém-nascidos prejuízo na quimiotaxia, rolamento, adesão e migração até o sítio de infecção e também redução de sua atividade oxidativa, que é o seu mecanismo de citotoxicidade. O recém-nascido está menos capacitado a elevar o número de neutrófilos circulantes em resposta a um estímulo. Dessa forma, acredita-se que a incapacidade em mobilizar o pool medular durante um estresse associa-se a quadros sépticos nessa idade. 
IMUNIDADE HUMORAL: Os precursores dos linfócitos B estão no fígado com oito semanas, onde já iniciam suadiferenciação. Após o nascimento, a maturação das células B se verifica na medula óssea. A produção de imunoglobulinas fetais já se inicia desde a 10ª semana de gestação, atingindo pico com 26 semanas. A partir de então, cai drasticamente até o nascimento. Isso ocorre devido à baixa exposição intrauterina a antígenos e aos altos níveis de imunoglobulinas maternas transferidas passivamente ao feto. Dessa forma, ao nascimento a criança apresenta baixos níveis de imunoglobulinas (IgM, IgA e IgE), sendo a grande maioria da IgG de origem materna.
Após o nascimento, inicia-se a produção própria de imunoglobulinas em resposta a antígenos alimentares e ambientais. O período compreendido entre a queda dos anticorpos maternos e a produção sustentada de anticorpos próprios é chamado hipogamaglobulinemia transitória ou fisiológica. Ocorre entre o terceiro e o quinto meses de vida, com resolução completa entre dois e cinco anos.
A resposta neonatal é atrasada, os anticorpos atingem menores picos séricos e têm curta duração. A produção reduzida de anticorpos pelas células B nesse momento deve-se parcialmente a: anticorpos maternos, imaturidade das células B e imaturidade das células T helper, seu estimulante.
Para que ocorra o "switch" de classe, ou seja, que o linfócito B apresente outras classes de imunoglobulinas em sua superfície, é necessária a interação com linfócitos T CD4. Na interação entre o linfócito T CD4 padrão Th2 e o linfócito B, ocorre produção de citocinas e, de acordo com o predomínio de algumas delas, o linfócito B produz uma ou outra classe de imunoglobulina. No recém-nascido essa interação está prejudicada.1
O desenvolvimento completo da microarquitetura do tecido linfoide acontece após o nascimento, de maneira que os centros germinativos se tornam aparentes por volta do quarto mês de vida. É provável que esse processo de desenvolvimento possa limitar a resposta de anticorpos no período neonatal.
IMUNIDADE CELULAR: Os precursores das células T são identificados no fígado fetal na sétima semana de gravidez, mas ainda não expressam CD3 em sua superfície. Migram para o timo, onde completam sua proliferação. Entre 18 e 24 semanas, os linfócitos T já se encontram em número semelhante ao do adulto. É no timo que ocorre a formação do receptor de célula T, conferindo a essas células especificidade e capacidade de reconhecimento do que lhes é próprio (self)
O timo é o primeiro órgão linfóide a aparecer durante a ontogênese, e no ser humano os dois primórdios laterais de tecido tímico surgem no final da quarta semana da vida embrionária. O timo desenvolve-se a partir de células epiteliais derivadas do endoderma do terceiro par de bolsas faríngeas e do mesênquima, dentro do qual crescem tubos de células epiteliais, que logo se tornam cordões maciços, proliferam e dão origem a ramos laterais. Cada ramo lateral se torna o eixo de cada lóbulo do timo. As células dos cordões epiteliais se espalham frouxamente, mas se mantêm conectadas umas com as outras, e formam o retículo epitelial do timo. O mesênquima que se estende entre os cordões epiteliais forma septos delgados incompletos entre os lóbulos. Aparentemente, os corpúsculos de Hassall são derivados de células ectodermais da terceira fenda faríngea.
Entre a quarta e a sétima semana de vida intrauterina, o tecidos tímicos perdem sua conexão com a faringe e migram para a localização definitiva, no mediastino superior, onde se fundem para formar um único órgão bilobado. Logo após a formação do órgão, por volta da décima sema- na de desenvolvimento embrionário, o interstício entre as células epiteliais se torna colonizado por células tronco precursoras de timócitos, que são provenientes do omento, saco vitelino e fígado do embrião; estas alcançam o timo através da corrente sangüínea, como resultado de sinais quimiotáticos emitidos periodicamente pelo rudimento tímico. Por volta da décima segunda semana de vida intrauterina, cada lóbulo tímico apresenta de 0,5 a 2 mm de diâmetro, e já aparecem bem definidas as regiões cortical e medular.
Cada lobo tem o suprimento sanguíneo, a drenagem linfática e a inervação individualizada. A forma bilobada do timo é alcançada nesta fase, assim como o revestimento por uma cápsula discreta, que permanecem por toda a vida
As células tronco pluripotentes migrantes da medula óssea entram no timo através da corrente sanguínea na região da junção córtico-medular e se deslocam em direção à região subcapsular, externa ao córtex, onde começam a proliferar. Após todo o processo de diferenciação, as células T maduras migram da medula e deixam o timo através das vênulas pós-capilares, localizadas na junção córtico-medular. Porém, existe outra via de saída, constituída pelos vasos linfáticos eferentes, não dispondo o timo de linfáticos aferentes. 
O timo atinge seu desenvolvimento máximo no feto e no recém-nascido, cresce até a puberdade quando inicia sua involução relacionada com a idade. A involução começa pela zona cortical que vai se tornando cada vez mais delgada, a zona medular tímica onde estão presentes células reticulares e corpúsculos de Hassall é mais resistente do que a involução dos linfócitos. Entretanto o timo não desaparece e na idade muito avançada apresentará grande quantidade de tecido conjuntivo e adiposo.
Os progenitores linfoide e mieloide, que estão no saco vitelino desde a quarta semana de gestação, migram para o fígado, principal órgão hematopoiético durante esse período, no qual proliferam sofrendo somente discreta diferenciação. Posteriormente, são encontrados no baço, timo e medula óssea.
A principal função do timo é fornecer o ambiente adequado para a diferenciação, seleção e maturação de linfócitos T, a partir de células progenitoras migrantes da medula óssea. 
A linfopoiese intratímica é altamente ativa na fase embrionária, fetal e durante os primeiros meses de vida, quando é estabelecido o repertório funcional de linfócitos T, que o indivíduo levará pelo resto da vida.
A partir da puberdade, inicia-se o processo de atrofia tímica, que continua ao longo da vida. A região cortical pode desaparecer completamente, enquanto os remanescentes medulares persistem, e é possível que a diferenciação de células T no timo continue durante toda a vida do individuo adulto, ainda que em
taxas muito reduzidas. Observa-se com o passar da idade a presença de quantidades crescentes de tecido adiposo no órgão.
IMUNIDADE NEONATO:
Imunidade Inata: 
NEUTRÓFILOS
· Maior número que no sangue periférico do adulto
· Redução nos receptores de migração
· Quimiotaxia prejudicada
· “Burst” respiratório e produção de superóxido inibida na sepse
MONÓCITOS E MACRÓFAGOS
· Menor expressão de TLR4
· Reparo tecidual pobre
· Fagocitose prejudicada
CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENOS (APCs)
· Células dendríticas plasmocitóides
· Monócitos
· Após estímulo PRR apresentam padrão variável de citocinas produzidas
CÉLULAS NATURAL KILLER (NKs)
· Maior número
· Menor capacidade citotóxica
· Menor número de grânulos citoplasmáticos
FATORES SOLÚVEIS
· Não há passagem transplacentária de complemento
· Complemento fetal produzido depois de 20 sem gestação
· Níveis elevados de adenosina plasmática – anti-inflamatório
IMUNIDADE CELULAR
LINFÓCITOS
· Ao nascimento valores médios de linfócitos 5500/mm3
· No neonato o número absoluto de linfócito t varia 2500-4000/mm3
CÉLULAS T
· γ/δ TCR não migram para o timo para maturação
· α/β TCR migram para o timo para maturação e diferenciação em TCD4
e TCD8
CÉLULAS T E IMUNIDADE CELULAR
CÉLULAS TCD4
· Polarização de resposta TH2
· IL-4/IL-5/IL-10
· Diminuição de citocinas TH1 (IFNγ, IL-2 E TNFα)
CÉLULAS TH17
· Papel no desenvolvimento de imunidade contra fungos e bactérias nas barreiras epiteliais
· Secreção de IL-17, IL-21 e IL-22
· Imunidade contra Klebsiella sp, Citrobacter sp, Salmonella sp e Candida sp
CÉLULAS TCD8
· Deficiência em magnitude e funcionalidade
· Resposta citotóxica é 30-60% menor do que a verificada em adultos
CÉLULAS T REGULADORAS
· Diferenciação em resposta aosantígenos maternos que cruzam a placenta
· Exercem funções supressoras
· Controle da aloreatividade ao desenvolvimento fetal
CÉLULAS B E IMUNIDADE ANTICORPOS
CÉLULAS B
· Diferenciação em plasmócito secretor de IgM
· IgG e IgA com menor eficiência
· Diminuição de IgG e IgA resultado da incapacidade de cooperação entre células T e B
· Pouca expressão de CD40L, baixa produção de IFNγ e IL4
IMUNOGLOBULINAS
· IgM varia entre 1-5mg/dL
· IgG fetal quase exclusiva materna
· Feto inicia síntese de IgG a partir 30 semana
· Não se detecta IgA nas secreções ao nascimento
· IgA secretora é fornecida por meio do aleitamento materno
IMUNIDADE DA CRIANÇA: 
CÉLULAS B E IMUNIDADE ANTICORPOS
IMUNOGLOBULINAS
· IgG materna decresce a partir do 6 mês de vida
· IgA atinge os níveis próximos aos do adulto por volta dos 4-5 anos
· Maturidade para resposta contra antígenos polissacarídeos a partir dos dois anos de idade
HIPOGAMAGLOBULINEMIA TRANSITÓRIA DA INFÂNCIA
· Níveis de IgG abaixo de 2 desvios padrão do esperado para idade
· IgA e IgM também podem estar comprometidos
· Normalmente se corrige até os 2 anos de idade
· Pode estar associada a dificuldade para responder a antígenos vacinais
· Infecções de repetição podem ser observadas
· Diagnóstico confirmado apenas após correção da hipogamaglobulinemia
A imunidade inata (também chamada de imunidade natural ou imunidade nativa) é essencial para a defesa contra microrganismos nas primeiras horas ou dias após a infecção, antes que as respostas imunes adaptativas tenham se desenvolvido. A imunidade inata é mediada por mecanismos que já existem antes da ocorrência de uma infeção (por isso inata) e que facilitam rápidas respostas contra microrganismos invasores.
O sistema imune fetal e neonatal está associado à proteção contra infecções, impedimento da nocividade de células T helper 1 (Th1) pró inflamatórias, cujas repostas induzem reações aloimunes materno-fetal. Além disso, realiza a mediação da transição entre o meio intra-uterino estéril e o meio externo rico em antígenos. Esta resposta imune geralmente é avaliada em termos de idade gestacional, tendo seu início a partir do segundo trimestre de desenvolvimento e maturação gradual a qual se completa na adolescência.
O desenvolvimento do sistema imunológico na criança inclui o amadurecimento da resposta imune inata, a indução da resposta antígeno-específica e memória imunológica para patógenos, em paralelo ao desenvolvimento e à manutenção de tolerância aos antígenos próprios, à microbiota saprófita e aos antígenos alimentares.
O sistema imune inato realiza ataque a antígenos de forma rápida, não sendo capaz de desenvolver memória imunológica. Além disso, as células relacionadas a este sistema apresentam deficiência na resposta contra microorganismos contendo lipopolissacarídeos (LPS), como é o caso de bactérias Gramnegativas.
Os receptores Toll-like (TLR) também são considerados fatores importantes desta resposta, a qual inclui, ainda, o muco presente nas vias aéreas. Este muco previne o recém-nascido da desidratação e de patógenos, sendo que sua secreção inicia-se na 13ª semana de gestação.
5. Entenda o calendário vacinal infantil 
https://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/vacinacao/calendario-vacinacao 
A gestação é uma ótima oportunidade para atualizar o calendário vacinal da mulher. O objetivo da vacinação nesse período é proporcionar proteção para a gestante e também para o feto. Idealmente, mulheres em idade fértil e/ou que desejam gestar, devem ser orientadas a manter a vacinação em dia. A única vacina administrada especificamente em função da gestação é a vacina dTpa.
•  dTpa e/ou dT
Indicadas para proteção da gestante contra o tétano acidental e a prevenção do tétano neonatal. A administração da vacina dT e/ou dTpa irá depender da situação vacinal encontrada.
A vacina dTpa está indicada a partir da 20ª semana gestacional até 45 dias após o parto. Apesar de a vacina poder ser administrada no puerpério, é importante ressaltar que esta estratégia só deve ser realizada como última opção, pois ao vacinar uma gestante após o parto, não haverá transferência de anticorpos para o feto, mas impede que a mãe adoeça e possa ser uma fonte de infecção para o seu filho.
Esquema de vacinação dT e/ou dTpa conforme histórico vacinal
Gestante não vacinada/sem comprovação vacinal: administrar as duas primeiras doses de dT e a última dose de dTpa a partir da 20ª semana de gestação.
Esquema incompleto de dT (uma dose): administrar uma dose de dT e uma de dTpa a partir da 20ª semana de gestação.
Esquema incompleto de dT (duas doses): administrar uma dose de dTpa a partir da 20ª semana de gestação.
Esquema completo de dT (três doses): administrar uma dose de dTpa a partir da 20ª semana de gestação.
Observações
Nunca reiniciar o esquema, apenas completá-lo de acordo com histórico vacinal. O intervalo ideal entre as doses é de 60 dias. Quando necessário, o intervalo mínimo deve ser de 30 dias. A última dose ou reforço com dTpa deve ser administrado pelo menos 20 dias antes da data provável do parto. Mesmo com esquema completo (três doses da vacina) e/ou reforço em dia, a gestante deverá receber uma dose de dTpa a cada gestação. Em todos os casos, após completar o esquema, é necessário administrar uma dose de reforço a cada 10 anos.
•Influenza A vacina protege contra o vírus da influenza e contra as complicações da doença (gripe), principalmente as pneumonias bacterianas secundárias. Ela é oferecida em períodos específicos do ano e pode mudar sua formulação de um ano para o outro, devido às mudanças das características do vírus influenza. Gestantes devem ser imunizadas com dose única em qualquer idade gestacional. Configura-se como uma estratégia eficaz de proteção para a mãe e para o lactente. Observações A vacina influenza pode ser administrada na mesma ocasião de outras vacinas procedendo a administração com seringas e agulhas diferentes em locais anatômicos diferentes. •Hepatite B A vacina hepatite B está indicada para todas as gestantes, de qualquer faixa etária, e em qualquer idade gestacional, a depender da situação vacinal encontrada, para prevenção da infecção pelo vírus da hepatite B. Esquema de vacinação da hepatite B conforme histórico vacinal Gestante não vacinada/sem comprovação vacinal: administrar três doses da vacina hepatite B com intervalo recomendado de 30 dias entre a 1º e a 2º dose e de 6 meses entre a 1° e a 3º dose (0, 1 e 6). Esquema incompleto de hepatite B (uma dose): completar o esquema com duas doses da vacina hepatite B com intervalo mínimo de 2 meses entre as doses. Esquema incompleto de hepatite B (duas doses): completar o esquema com uma dose da vacina hepatite B. Observações Nunca reiniciar o esquema, apenas completá-lo de acordo com histórico vacinal. A vacina pode ser administrada simultaneamente com as demais vacinas dos calendários de vacinação do Ministério da Saúde. •Febre amarela A vacinação de gestantes e lactantes não é recomendada em áreas sem circulação viral. Nas áreas com confirmação de circulação viral (epizootias, casos humanos e ou vetores infectados com o vírus da febre amarela), as gestantes e lactantes devem ser vacinadas. Observações Em situações especiais, emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco de contrair a doença, o médico deverá avaliar o risco/benefício da vacinação. No caso de mulheres que estejam amamentando e receberem a vacina, o aleitamento materno deve ser suspenso por 10 dias. A equipe de saúde deverá orientar a mulher a como manter a produção de leite materno, para retomar o aleitamento exclusivo após esse período. •Tríplice viral Não deve ser administrada na gestação. Observações A gestante não deve ser vacinada, para evitar a associação entre a vacinação e possíveis complicações da gestação, incluindo aborto espontâneo ou malformação congênita no recém-nascido por outras causas não associadas à vacina. Caso a gestante seja inadvertidamente vacinada, não está indicada a interrupção da gravidez e a notificaçãode erro deve ser preenchida (disponível para impressão aqui). A gestante deve ser acompanhada durante o pré-natal e, após o parto, acompanha-se a criança conforme as normas técnicas do PNI. •Profilaxia para Raiva: acidente com mordedura de animais Mesmo durante a gestação e amamentação não há contraindicação específica para vacina e soro em caso de profilaxia pós-exposição, considerando-se a gravidade e a evolução fatal da doença. O esquema para profilaxia irá depender do tipo de exposição, da natureza da agressão e das condições do animal agressor. Mais informações podem ser encontradas aqui. Para gestantes dos povos indígenas, deve-se observar o calendário vacinal em relação à vacina pneumocócica 23-valente e varicela. •Pneumocócica 23-valente Uma dose a depender da situação vacinal, independentemente da idade gestacional. Não há contraindicação da vacina durante a amamentação. •Varicela Não deve ser administrada na gestação. Observações Mulheres em idade fértil devem evitar a gravidez até 1 mês após a vacinação. Para gestantes adolescentes, deve-se observar o calendário vacinal em relação à vacina HPV e meningocócica C. •Meningocócica C Observações Dose única ou um reforço, conforme situação vacinal encontrada, em adolescentes de 11 a 14 anos (14 anos, 11 meses e 29 dias), em qualquer idade gestacional. Pode ser administrada simultaneamente, ou com qualquer intervalo, com outras vacinas do calendário. •HPV – Papilomavírus Humano 6, 11, 16 e 18 A vacina é contraindicada durante a gestação. Observações Caso a mulher engravide após a 1ª dose da vacina HPV ou receba a vacina inadvertidamente durante a gravidez, suspender a dose subsequente e completar o esquema vacinal, preferencialmente em até 45 dias após o parto. Nestes casos nenhuma intervenção adicional é necessária, somente o acompanhamento do pré-natal. Mulheres que estão amamentando podem ser vacinadas com a vacina HPV.

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