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Vivianne Beatriz – Medicina UFAL OBJETIVOS 1 . Compreender as bactérias do gênero Mycobacterium; 2 . Conhecer a fisiopatologia da tuberculose pulmonar e extrapulmonar; 3 . Entender diagnóstico, tratamento e profilaxia da tuberculose; 4 . Esmiuçar os fármacos anti-tuberculínicos; 5 . Elucidar o processo de resistência das micobactérias; 6 . Pontuar a epidemiologia da tuberculose no Brasil e Alagoas. TERMOS DESCONHECIDOS • Prova Tuberculínica (PT) A prova tuberculínica (PT) é um teste diagnóstico de Infecção Latente de Tuberculose (ILTB) que se baseia em uma reação de hipersensibilidade cutânea após a aplicação da tuberculina do tipo Derivado de Proteína Purificada (PPD-RT 23) por via intradérmica, em que a leitura é realizada 48 a 72 horas após a aplicação, podendo ser estendido até 96 horas. A tuberculina é um produto obtido de um filtrado de cultivo de sete cepas selecionadas do M. tuberculosis esterilizado e concentrado. Trata-se de um líquido injetável límpido, incolor ou levemente amarelado. A PT evidencia uma reação de hipersensibilidade do organismo diante das proteínas do bacilo da tuberculose, após contato com o M. tuberculosis. O teste sofre interferência da vacinação BCG e de Micobactérias Não Tuberculosas (MNT), mas não sensibiliza não infectados, mesmo que repetido várias vezes. • Broncograma Presença de ar no brônquio visto no exame de imagem, sempre se relacionando com áreas de consolidação do parênquima pulmonar (intra alveolar). • Parâmetros inflamatórios O valor de referência para o PCR é de 8 mg/L (0,8 mg/dL) ou menos. Valores entre 1 mg/L (0,1 mg/dL) e 10 mg/dL (1 mg/dL) podem surgir em pequenas inflamações. Inflamações importantes costumam causar uma PCR maior que 10 mg/L (1 mg/dL). VHS (velocidade de hemossedimentação) baseia-se em medir o tamanho do nível de hemácias em uma amostra de sangue venoso anticoagulado que fica depositado em um tubo de vidro graduado em um determinado período de tempo. • Meio Lowenstein Jensen Utilizado com ovo fresco e glicerol para o isolamento e diferenciação de Micobactérias. INTRODUÇÃO ÀS MICOBACTÉRIAS • Existem mais de 200 espécies de Mycobacterium, sendo muitas delas saprófitas; • Bactérias aeróbias em forma de bastonete, não formadoras de esporos; • Resistem a descoloração por ácido/álcool → álcool-ácido- resistentes (BAAR); • Principais micobactérias: Mycobacterium tuberculosis, M. bovis, M. leprae, M. avium-intracellulare e outras micobactérias não tuberculosas (NTM). MYCOBACTERIUM TUBERCULOSIS • Nos tecidos, consistem em bastonetes retos e finos; já nos meios artificiais, são cocoides e filamentosos; • Não se coram com GRAM; • Álcool ácido resistentes – álcool etílico a 95% e HCl a 3% não descoram micobactérias; • Essa resistência depende da integridade do envelope lipídico; • A técnica de Ziehl-Neelsen de coloração é usada para identificação dessas bactérias; • Podem ser cultivadas em meios seletivos e não-seletivos: os meios seletivos contêm antibióticos para evitar o crescimento excessivos de bactérias e fungos contaminantes; o Meios de ágar semissintéticos (sais específicos, vitaminas, cofatores, ácido oleico, albumina, catalase e glicerol), usados para observar a morfologia das colônias e para teste de sensibilidade de antibióticos; o Meios espessados com ovo (sais definidos, glicerol, ovos frescos, farinha de batata, etc), a exemplo do Lowenstein-Jensen. • São aeróbias obrigatórias, que obtém sua energia da oxidação de compostos de carbono; • O aumento da tensão de CO2 intensifica o crescimento; • A velocidade de crescimento é muito mais lenta do que a da maioria das bactérias: o tempo de duplicação dos bacilos é de cerca de 18hrs; • As micobactérias tendem a ser mais resistentes a agentes químicos do que as outras bactérias, devido natureza hidrofóbica da superfície celular e a seu crescimento em agregados; • São resistentes ao ressecamento e sobrevivem por longos períodos em escarro seco; • Seres humanos e cobaias são altamente suscetíveis à infecção por M. tuberculosis, enquanto as aves comestíveis e o gado bovino são resistentes; • A via de infecção (respiratória e intestinal) determina o padrão das lesões; • Os bacilos da tuberculose são compostos por lipídeos (ácidos micólicos, ceras e fosfatídeos), importantes no mecanismo de álcool-ácido-resistência, proteínas que induzem a reação tuberculínica e alguns polissacarídeos. MYCOBACTERIUM LEPRAE • Agente etiológico da hanseníase; • Descrita por Hansen em 1873, nove anos antes do bacilo de Koch ser descoberto; • Ainda não foi cultivado em meios bacteriológicos artificiais; • Os bacilos álcool-ácido-resistentes típicos (em feixes paralelos ou em massas globulares) são encontrados regularmente em raspados de pele ou de mucosas (particularmente do septo nasal); • Frequentemente encontrado no interior de células endoteliais dos vasos sanguíneos ou em células mononucleares. F IS IOPATOLOGIA DA TUBERCULOSE • Doença infecciosa e transmissível, causada pelo Mycobacterium tuberculosis, que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas; • A tuberculose pode ser causada por qualquer uma das sete espécies que integram o complexo Mycobacterium tuberculosis: M. tuberculosis, M. bovis, M. africanum, M. canetti, M. microti, M. pinnipedi e M. caprae. Entretanto, do ponto de vista sanitário, a espécie mais importante é a M. tuberculosis; • O principal reservatório é o homem, mas o gado bovino, primatas, aves e outros mamíferos também podem ser reservatórios; • A tuberculose é uma doença de transmissão aérea: ocorre a partir da inalação de aerossóis oriundos das vias aéreas, expelidos pela tosse, espirro ou fala de doentes com tuberculose pulmonar ou laríngea. Somente as pessoas com essas formas de tuberculose ativa transmite a doença; • Os bacilos que se depositam em roupas, lençóis, copos e outros objetos dificilmente se dispersam em aerossóis e, por isso, não desempenham papel importante na transmissão da doença; • M. tuberculosis pode entrar em estado de latência, multiplicando-se muito lentamente durante dias ou até mesmo anos; • Embora o risco de adoecimento seja maior nos 2 primeiros anos após a primeira infecção, uma vez infectada, a pessoa pode adoecer em qualquer momento da sua vida; • A transmissão pode ocorrer enquanto o indivíduo estiver eliminando bacilos no escarro, período identificado pela baciloscopia de escarro positiva: com o início do esquema terapêutico adequado, a transmissão tende a diminuir gradativamente e, em geral, após 15 dias de tratamento, chega a níveis insignificantes; • A suscetibilidade à infecção é praticamente universal. Porém, a maioria dos infectados resiste ao adoecimento após a infecção e desenvolve imunidade parcial à doença: os bacilos ficam encapsulados, em estado latente, em pequenos focos quiescentes, que não progridem nem provocam adoecimento: Infecção Latente Da Tuberculose (ILTB); • 5% dos infectados não conseguem impedir a multiplicação inicial do bacilo e adoecem na sequência da primeira infecção; outros 5%, apesar de bloquearem a infecção nesta fase, adoecem posteriormente (tuberculose secundária), por reativação dos bacilos (reativação endógena) ou por exposição à nova fonte de infecção (reinfecção exógena); • A probabilidade de o portador da ILTB desenvolver a tuberculose ativa depende de múltiplos fatores, relacionados ao bacilo (virulência e patogenia) e ao ambiente (proximidade e tempo de permanência no mesmo ambiente da fonte infectante); • Há maior risco de adoecimento em portadores de doenças pessoas recebendo tratamentos imunodepressores ou imunossupressores, menores de 2 anos de idade ou maiores de 60 anos e/ou desnutridos; • O adoecimentoe tratamento prévio da ILTB não conferem imunidade contra novas infecções nem recidivas: a BCG (Bacilo de Calmette-Guerin) também não previne o adoecimento, mas evita o desenvolvimento das formas mais graves da doença em 5<; • As duas lesões principais da tuberculose são do tipo exsudativo (reação inflamatória aguda com líquido de edema, leucócitos polimorfonucleares e, posteriormente, monócitos ao redor dos bacilos da tuberculose) e produtivo (lesão granulomatosa crônica, consistindo em uma zona central de células gigantes multinucleadas contendo bacilos da tuberculose, uma zona média de células epitelioides pálidas e uma zona periférica de fibroblastos, linfócitos e monócitos, levando a formação de um tubérculo caseoso); • A disseminação pode ser por extensão direta via sistema linfático ou sanguíneo, e via brônquios e TGI; • Uma vez instaladas no tecido, as micobactérias residem principalmente no interior dos monócitos, das células reticuloendoteliais e das células gigantes: A localização intracelular constitui uma das características que dificultam a quimioterapia e favorecem a persistência dos bacilos; • A vacina BCG utilizada no Brasil é preparada com bacilos vivos atenuados, a partir de cepas do M. bovis, e apresenta eficácia em torno de 75% contra as formas miliar e meníngea da TB, em indivíduos não infectados pelo M. tuberculosis; • A vacina está disponível gratuitamente nas mais de 37 mil salas de vacinação da rede de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo maternidades; • A vacina BCG é prioritariamente indicada para crianças de 0-4 anos, conforme as recomendações: o RN com peno maior ou igual a 2kg devem ser vacinados o mais rápido possível; o Crianças vacinadas que não apresentem a cicatriz vacinal após 6 meses de administração devem ser revacinadas apenas uma vez. • Em pessoas expostas ao HIV: o Administrar ao nascimento ou o mais precocemente possível; o Crianças de até 4 anos, 11 meses e 29 dias que cheguem ao serviço de saúde ainda não vacinadas poderão receber BCG se estiverem assintomáticas e sem imunidepressão; o A revacinação não é indicada; o A partir dos 5 anos, portadores não devem ser vacinados mesmo que assintomáticos e não imunodeficientes. • A BCG é contraindicada em: o >5 anos portadores de imunodeficiência congênita ou adquirida; o Neoplasias malignas; o Tratamento com corticoesteróides em dose elevada; o Uso de terapias imunodepressoras; o Gestantes. • A forma pulmonar, além de ser mais frequente (2015: 87% dos casos), é também a mais relevante para a saúde pública; • No primeiro contato, podem ser observados: (1) lesão exsudativa aguda se desenvolve e rapidamente se propaga para os vasos linfáticos e linfonodos regionais; (2) o linfonodo sofre caseificação maciça, que em geral se calcifica (lesão de Ghon); (3) o teste tuberculínico torna-se positivo; • Durante a primeira infecção, alguma resistência é adquirida, e há um aumento na capacidade de localizar os bacilos da tuberculose, retardar sua multiplicidade, limitar sua propagação e reduzir a disseminação linfática: Essa capacidade pode ser atribuída ao desenvolvimento da imunidade celular pelo aumento do sistema mononuclear fagocitário para destruir os microorganismos. 1. TUBERCULOSE PULMONAR ❖ Em adolescentes e adultos jovens, o principal sintoma é a tosse; ❖ Todo caso sintomático respiratório (tosse por mais de 3 semanas) deve ser investigado; ❖ Outros sinais e sintomas comuns da tuberculose pulmonar são febre baixa vespertina, sudorese noturna, emagrecimento e fadiga; ❖ A ausculta pulmonar pode apresentar diminuição do murmúrio vesicular, sopro anfórico (consolidação + derrame pleural + pneumotórax) ou mesmo ser normal. Indivíduos em bom estado geral e sem perda do apetite também podem ter tuberculose pulmonar; ❖ Em crianças menores de 10 anos, a forma pulmonar costuma ser negativa ao exame bacteriológico pelo reduzido número de bacilos nas lesões; ❖ O achado clínico que se destaca na maioria dos casos é a febre, habitualmente moderada, por 15 dias ou mais, e frequentemente vespertina. São comuns irritabilidade, tosse, inapetência, perda de peso e sudorese noturna, às vezes profusas. A hemoptise é rara; ❖ Muitas vezes, a suspeita de tuberculose em crianças surge com diagnóstico de pneumonia sem melhora com o uso de antimicrobianos para microrganismos comuns. 2. TUBERCULOSE EXTRAPULMONAR ❖ A tuberculose extrapulmonar tem sinais e sintomas dependentes dos órgãos e/ou sistemas acometidos; ❖ As principais formas diagnosticadas de tuberculose extrapulmonar no Brasil são pleurais e/ou empiema pleural tuberculoso, ganglionar periférica, meningoencefálica, miliar, laríngea, pericárdica, óssea, renal, ocular e peritoneal; ❖ Sua ocorrência aumenta em pessoas que vivem com HIV/aids (PVHA), especialmente entre aqueles com imunocomprometimento grave; ❖ É frequente a associação da tuberculose extrapulmonar à pulmonar (tuberculose mista). Por isso, todo caso extrapulmonar também deve ser investigado para tuberculose pulmonar. 3. DIAGNÓSTICO Bacteriológico ▪ Baciloscopia direta pelo método Ziehl-Nielsen de bacilo álcool-ácido-resistente. Indicada para: paciente com sintomatologia respiratória, suspeita clínica ou radiológica, acompanhamento do tratamento; ▪ Teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB). É um teste de amplificação de ácidos nucleicos utilizado para detecção do DNA do M. tuberculosis. PCR pode ser utilizado. No Brasil, o TRM-TB está indicado prioritariamente para diagnóstico de TB; ▪ A baciloscopia direta, a cultura e o TRM-TB são considerados confirmatórios de tuberculose ativa; ▪ O meio de cultura para micobactéria (esfregaço) é de elevada especificidade e sensibilidade, podendo aumentar em até 20% o diagnóstico bacteriológico da doença; ▪ Em locais que não houver acesso ao TRM-TB, o diagnóstico deverá ser realizado por meio da baciloscopia; ▪ O Teste Tuberculínico é realizado através da tuberculina envelhecida, um filtrado concentrado de caldo em que os bacilos de tuberculose cresceram durante 6 semanas, obtendo-se um derivado proteico purificado. Após o teste, a área é examinada para a presença de endurecimento em até 72h após a inoculação. A presença de eritema sozinho não deve ser interpretada como um resultado positivo. Para imunodeprimidos, 5mm ou mais de endurecimento é considerado positivo. Para pessoas com probabilidade aumentada de infecção recente (imigrantes de locais com alta prevalência de TB, usuários de drogas injetáveis e profissionais de saúde), 10mm é positivo. Para pessoas com baixo risco de TB, 15mm ou mais é positivo; ▪ O Teste Tuberculínico se torna positivo 4 a 6 semanas após a infecção; ▪ Um teste tuberculínico positivo indica que o indivíduo foi infectado no passado, o que não implica a presença de doença ativa ou imunidade à doença; ▪ Ensaios de liberação de interferon-gama no sangue total também são úteis para detecção da tuberculose, por serem baseados nas respostas imunológicas do hospedeiro aos antígenos específicos de M. tuberculosis: detectam que esse interferon é liberado pelas células TCD4 sensibilizadas em respostas a esses antígenos; ▪ RX de tórax, broncoscopia, ultrassom, tomografia e ressonância podem ser solicitadas a critério médico; ▪ Recomenda-se o teste rápido de HIV. De acordo com a Portaria nº 29, de 17 de dezembro de 2013, do Ministério da Saúde, e pela oportunidade do resultado, o teste rápido deverá ser priorizado para populações vulneráveis, incluindo os casos de tuberculose. RESISTÊNCIA AOS FÁRMACOS ▪ A maior parte dos mecanismos de resistência é relacionado a deleções ou mutações de genes relacionados com catalase-peroxidase, síntese do ácido micólico, etc. ▪ Existem casos de M. tuberculosis multirresistentes,prevalentes principalmente em hospitais e cárceres. PREVENÇÃO E CONTROLE ▪ O tratamento imediato e eficaz dos pacientes com tuberculose ativa, bem como o cuidadoso acompanhamento dos contatos desses pacientes com testes tuberculínicos, radiografias e tratamento apropriado constituem a base do controle da tuberculose pela saúde pública; ▪ Tratamento farmacológico; ▪ Evitar redução da resistência do hospedeiro; ▪ Vacinação; ▪ Erradicação da TB no gado bovino e pasteurização do leite. FARMACOS ANTI-TUBERCULÍNICOS ▪ A terapêutica da TB é realizada com associação de drogas antimicrobianas, considerando o sinergismo mostrado pelas substâncias ativas e a prevenção da resistência entre os microrganismos causadores; ISONIAZIDA ▪ Fármaco mais ativo no tratamento da TB por cepas sensíveis; ▪ Penetra nos macrófagos e é eficaz contra organismos extracelulares e intracelulares; ▪ Inibe a síntese de ácidos micólicos, componentes essenciais da parede celular das micobactérias; ▪ Absorvida no TGI; ▪ Reações adversas: relacionadas com a dose e duração da administração. Febre, erupções cutâneas, toxicidade hepática, neuropatia periférica (deficiência de piridoxina), anemia, desconforto do TGI. RIFAMPICINA ▪ Liga-se a subunidade beta da RNA-polimerase dependente do DNA bacteriano, inibindo a síntese de RNA. ▪ Bem absorvida VO, extratada principalmente na bile; ▪ Alta ligação às proteínas plasmáticas; ▪ Reações adversas: confere uma coloração alaranjada à urina e lágrimas, exantemas, nefrite e trombocitopenia, icterícia, hepatite, febre, calafrios, anemia e mialgias. ETAMBUTOL ▪ Inibe as arabinosil transferase das micobactérias, envolvidas na reação de polimerização do arabinoglicano, essencial para a parede celular; ▪ Bem absorvido no intestino; ▪ Acumula-se em pacientes com IR; ▪ Atravessa a BHE apenas quando as meninges estão inflamadas; ▪ Reações adversas: neurite retrobulbar, resultando em perda da acuidade visual e cegueira para algumas cores (vermelho e verde). PIRAZINAMIDA ▪ Inativa em pH neutro, mas em pH de 5,5 inibe os bacilos da TB; ▪ Captado pelos macrófagos e exerce sua atividade contra as micobactérias que vivem em meio ácido dos lisossomas; ▪ Convertida em ácido pirazinoico (forma ativa), rompendo o metabolismo e funções da membrana celular micobacteriana; ▪ Importante nos regimes de série curta (6 meses de duração) como um agente de esterilização ativo contra organismos residuais que possam causar recidiva; ▪ Os bacilos da TB desenvolvem resistência muito rapidamente a eles; ▪ Reações adversas: hepatotoxidade, náuseas, vômitos, febre medicamentosa e hiperuricemia. SEGUNDA LINHA AMICACINA ▪ Aminoglicosídeo; ▪ A prevalência de resistência é baixa (<5%); ▪ Ativa contra micobactérias atípicas; ▪ IV; ▪ Indicada para o tratamento de TB suspeita ou conhecida por ser causada por cepas multirresistentes; ▪ Deve ser sempre associada com outros fármacos. MOXIFLOXACINA ▪ Fluoroquinolona; ▪ Ativo contra TB e micobactérias atípicas; ▪ Resistência é desenvolvida rapidamente quando usada isoladamente. ETIONAMIDA ▪ Bloqueia a síntese de ácidos micólicos; ▪ VO e metabolizada no fígado; ▪ Hepatotóxica, irritante gástrica. CICLOSERINA ▪ Inibidor da síntese da parede celular; ▪ Reações adversas: neuropatia periférica, disfunção do SNC. REFERÊNCIAS Katzung, Microbiologia Médica (Lange), Guia de Vigilância Epidemiológica (2017). Os desafios para a eliminação da TB no Brasil – Draurio Barreira, 2018. Perfil epidemiológico da TB no estado de AL de 2007-2012 – Ellen Goes, 2015. Boletim Epidemiológico sobre o Plano de Implantação pelo Fim da TB no Brasil – MS, 2018.
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