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TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 1 
 
 
Tópicos Especiais em Engenharia 
de Segurança do trabalho 
 
 
 
 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 2 
Tópicos Especiais em Engenharia de Segurança do trabalho 
 
O Perfil Profissiográfico Previdenciário – PPP 
O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é um formulário que possui campos a 
serem preenchidos com todas as informações relativas ao empregado, como, por 
exemplo, a atividade que exerce, o agente nocivo ao qual está exposto, a intensidade 
e a concentração do agente, exames médicos clínicos, além de dados referentes à 
empresa. O formulário deve ser preenchido pelas empresas que exercerem atividades 
que exponham seus empregados a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou 
associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física (origem da 
concessão de aposentadoria especial após 15, 20 ou 25 anos de contribuição). Além 
disso, todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como 
empregados do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais e do Programa de 
Controle Médico de Saúde Ocupacional, de acordo com Norma Regulamentadora nº 
9 da Portaria nº 3.214/78 do MTE, também devem preencher o PPP. 
 
Para fins de PPP serão, então, considerados os riscos: 
Os agentes físicos são, em última análise, alguma forma de energia liberada pelas 
condições dos processos e equipamentos que exporão o trabalhador; sua 
denominação habitual: ruído, vibrações, calor/frio (interações térmicas), radiações 
ionizantes e não ionizantes, pressões anormais e umidade; 
Os agentes químicos, mais que por sua característica individual, e sim por sua 
dimensão físico-química, são assim classificados: gases, vapores, aerodispersoides 
(estes últimos são subdivididos ainda em poeiras, fumos, névoas, neblinas, fibras); 
podemos entender os agentes químicos como todas as substâncias puras, compostos 
ou produtos (misturas) que podem entrar em contato com o organismo por uma 
multiplicidade de vias, expondo o trabalhador. Cada caso tem sua toxicologia 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 3 
específica, sendo também possível agrupá-los em famílias químicas quando de 
importância toxicológica (hidrocarbonetos aromáticos, por exemplo); 
Os agentes biológicos são representados por todas as classes de micro-
organismos patogênicos (algumas vezes adicionados de organismos mais 
complexos, como insetos e animais peçonhentos): vírus, bactérias, fungos. Nota-
se que merecem uma ação bem diversa que a dos outros agentes e que muitas 
formas de controle serão específicas. 
 
O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) constitui-se em um documento histórico-
laboral do trabalhador que reúne, entre outras informações, dados administrativos, 
registros ambientais e resultados de monitoração biológica durante todo o período em 
que ele exerceu suas atividades na respectiva empresa. 
Tendo sua elaboração obrigatória a partir de 01/01/2004 (data fixada pela Instrução 
Normativa INSS/DC 96/2003), o PPP tem por objetivo primordial fornecer informações 
para o trabalhador quanto às condições ambientais de trabalho, principalmente no 
requerimento de aposentadoria especial. 
O PPP tem como finalidade: 
 Comprovar as condições para habilitação de benefícios e serviços 
previdenciários; em particular, o benefício de aposentadoria especial; 
 Prover o trabalhador de meios de prova produzidos pelo empregador, perante 
a Previdência Social, a outros órgãos públicos e aos sindicatos, de forma a 
garantir todo direito decorrente da relação de trabalho, seja ele individual ou 
difuso e coletivo; 
 Prover a empresa de meios de prova produzidos em tempo real, de modo a 
organizar e a individualizar as informações contidas em seus diversos setores 
ao longo dos anos, possibilitando que a empresa evite ações judiciais indevidas 
relativas a seus trabalhadores; 
 Possibilitar aos administradores públicos e privados acesso a bases de 
informações fidedignas, como fonte primária de informação estatística, para 
desenvolvimento de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como definição 
de políticas em saúde coletiva. 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 4 
Criado para substituir os antigos formulários denominados SB 40, DISES BE 5235, DSS 
8030 e DIRBEN 8030, os quais sempre foram de preenchimento obrigatório apenas 
para aqueles trabalhadores que laboram expostos a agentes nocivos à sua saúde, sua 
exigência legal se encontra no artigo 58 da Lei 8.213/91. 
 
Anteriormente, somente os trabalhadores que tinham direito a se aposentar 
precocemente, com a chamada aposentadoria especial, recebiam os formulários 
substituídos pelo PPP. 
Em decorrência da Instrução Normativa INSS 118/2005, a partir de 1º de janeiro de 
2004, a empresa ou equiparada à empresa ficou obrigada a elaborar o PPP, conforme 
anexo XV da referida instrução, de forma individualizada para seus empregados, 
trabalhadores avulsos e cooperados. Atualmente, a Instrução Normativa INSS 
45/2010 é que estabelece as instruções de preenchimento e o modelo do formulário 
do PPP. 
A exigência abrange aqueles que laborem expostos a agentes nocivos químicos, físicos, 
biológicos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física, 
considerados para fins de concessão de aposentadoria especial, ainda que não 
presentes os requisitos para a concessão desse benefício, seja pela eficácia dos 
equipamentos de proteção coletivos ou individuais, seja por não se caracterizar a 
permanência. 
MICROEMPRESAS 
Observe-se também que as microempresas e as empresas de pequeno porte não estão 
dispensadas da emissão do PPP. 
RESPONSABILIDADE 
A responsabilidade pela emissão do PPP é: 
 
 Da empresa empregadora, no caso de empregado; 
 Cooperativa de trabalho ou de produção, no caso de cooperados filiados, 
 Órgão Gestor de Mão de Obra (OGMO), no caso dos Trabalhadores Portuários 
Avulsos (TPA); 
 Sindicato de categoria, no caso de trabalhador avulso não portuário. 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 5 
O PPP deve ser preenchido, atualizado e entregue ao trabalhador no momento da 
rescisão somente em relação àqueles empregados que, durante o contrato de 
trabalho, estejam em contato com agentes nocivos à saúde, sob pena de multa 
mínima, de acordo com a Portaria Interministerial MPS/MF 15/2013 (válida a partir de 
janeiro de 2013), de R$ 1.717,38 (mil setecentos e dezessete reais e trinta e oito 
centavos). 
 
O PPP deverá ser emitido com base nas demonstrações ambientais, exigindo, como 
base de dados: 
a) Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA); 
b) Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR); 
c) Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção 
(PCMAT); 
d) Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO); 
e) Laudo Técnico de Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT); 
f) Comunicação de Acidente do Trabalho (CAT). 
A atualização do Perfil Profissiográfico Previdenciário deve ser feita sempre que houver 
alteração que implique mudança das informações contidas nas suas seções ou, pelo 
menos, uma vez ao ano, quando permanecerem inalteradas suas informações. 
 
ATIVIDADE 1 
Como abordado em nossa aula inicial, o Perfil Profissiográfico Previdenciário é um 
importante documento tanto para a empresa quanto para o empregado, embora 
também funcione de forma muito especial para que a Previdência possa definir a 
aposentadoria especial do trabalhador de acordo com sua exposição nociva. Quem 
deve assinar o PPP?Chave de resposta: 
O representante legal ou o preposto da empresa deverá assinar o PPP. 
Entretanto, há a obrigatoriedade da indicação do médico coordenador do PCMSO e do 
engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho responsável pelo LTCAT, 
apesar de não ser necessária a assinatura dos mesmos. 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 6 
Ainda no caso de haver mudança dos responsáveis pelo PCMSO ou LTCAT, deverão 
ser indicados os nomes e registros, discriminando o período em que cada um prestou 
as informações que embasaram o preenchimento do PPP. 
 
Como já abordado, o PPP é um documento instituído pela Instrução Normativa 
INSS/DC 78, de 16/07/02, alterada pelas Instruções Normativas INSS 84, de 
17/12/2002, 95, de 07/10/2003, e 99, de 05/12/2003, que alteram os procedimentos 
para habilitação de benefícios e serviços previdenciários, especialmente para obtenção 
da aposentadoria especial, bem como para a gestão por parte do empregador sobre 
seus programas de registros ambientais. 
 
A instrução INSS 99/2003, em seu artigo 146, estabelece que “o Perfil Profissiográfico 
Previdenciário (PPP) constitui-se em um documento histórico-laboral do trabalhador 
que reúne, entre outras informações, dados administrativos, registros ambientais e 
resultados de monitoração biológica, durante todo o período em que este exerceu suas 
atividades”. 
 
Sua utilização torna-se obrigatória a partir de 1º de janeiro de 2004 – e, até o 
momento, a exigência recai somente para os casos de trabalhadores que laborem 
expostos a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou ainda a agentes prejudiciais 
à saúde ou à integridade física, considerados para fins de aposentadoria especial, 
mesmo que não presentes os requisitos para a concessão desse benefício em virtude 
da eficácia dos equipamentos de proteção ou por não se caracterizar a permanência. 
O Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP) é constituído de campos que deverão ser 
preenchidos pela área de RH das unidades/órgãos e também pelo SESMT. Ele deverá 
ser mantido atualizado para todos os servidores sob o regime geral da Previdência 
Social (celetistas/autárquicos sob o regime do INSS). 
 
 
 
 
 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 7 
Deve ser emitido facultativamente a pedido: 
 
i) Do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); 
ii) Do SESMT para subsidiar avaliações médico-ocupacionais; 
iii) De trabalhadores ativos ou já desligados da empresa. 
 
Preenchimento do Perfil Profissiográfico Previdenciário 
Abaixo, apresentamos o modelo oficial do Perfil Profissiográfico Previdenciário, 
conforme estabelece a Previdência Social, com o anexo de orientação de 
preenchimento. 
 
ANEXO XV 
 
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 27/INSSPRES, DE 30 DE ABRIL DE 2008 
INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 20 INSS/PRES, DE 10 DE OUTUBRO DE 2007 
 
PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO (PPP) 
 
 
I-SEÇÃO DE DADOS ADMINISTRATIVOS 
1-CNPJ do domicílio 
tributário/CEI: 
 
2-Nome empresarial: 3-CNAE: 
4-Nome do trabalhador 5-BR/PDH 6-NIT 
 
7-Data 
do 
nascime
nto 
8-Sexo (F/M) 9-CTPS (Nº, série e 
UF) 
10-Data de admissão 11-Regime 
de 
revezame
nto 
 
12-CAT REGISTRADA 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 8 
12.1 Data do 
registro 
12.2 Número da CAT 12.1 Data do registro 12.2 
Número 
da CAT 
 
13-LOTAÇÃO E ATRIBUIÇÃO 
13.1 Período 13.2 
CNPJ/CEI 
13.3 
Setor 
13.4 Cargo 3.5 
Função 
3.6 
CB
O 
13.7 
Cód. 
GFIP 
__/__/__ a 
__/__/__ 
 
__/__/__ a 
__/__/__ 
 
__/__/__ a 
__/__/__ 
 
__/__/__ a 
__/__/__ 
 
14–PROFISSIOGRAFIA 
14.1 Período 14.2 Descrição das atividades 
__/__/__ a 
__/__/__ 
 
__/__/__ a 
__/__/__ 
 
II-SEÇÃO DE REGISTROS AMBIENTAIS 
15-EXPOSIÇÃO A FATORES DE RISCOS 
15.1 Período 
5.2 
Tipo 
15.3 
Fato
r de 
risco 
15.5 
Técnica 
utilizada 
Intensidade 
ou 
Concentraç
ão 
5.6 
Equipamento
s Coletivos 
(Eficaz)? 
(S/N) 
5.7 
Equipam
entos 
Individu
ais 
(Eficaz)? 
(S/N) 
15.8 
Certificado 
de 
Aprovação 
dos 
Equipament
os 
Individuais. 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 9 
__/__/__ a 
__/__/__ 
 
__/__/__ a 
__/__/__ 
 
15.9 Atendimento aos requisitos das NR-06 e NR-09 do MTE pelos EPI 
informados 
Foi tentada a implementação de medidas de proteção coletiva, de caráter 
administrativo ou de organização do trabalho, optando-se pelo EPI por 
inviabilidade técnica, insuficiência ou interinidade, ou ainda em caráter 
complementar ou emergencial. 
Foram observadas as condições de funcionamento e do uso ininterrupto do 
EPI ao longo do tempo, conforme especificação técnica do fabricante, 
ajustadas às condições de campo. 
Foi observado o prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação (CA) 
do MTE. 
Foi observada a periodicidade de troca definida pelos programas ambientais 
comprovada mediante recibo assinado pelo usuário em época própria. 
Foi observada a higienização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 10 
INSTRUÇÕES DE PREENCHIMENTO 
 
CAMPO DESCRIÇÃO INSTRUÇÃO DE PREENCHIMENTO 
 SEÇÃO I SEÇÃO DE DADOS ADMINISTRATIVOS 
1 
CNPJ do domicílio 
tributário/CEI 
CNPJ relativo ao estabelecimento escolhido 
como domicílio tributário, nos termos do art. 
127 do CTN, no formato XXXXXXXX/XXXX-
XX; ou 
Matrícula no cadastro específico do INSS 
(Matrícula CEI) relativa à obra realizada por 
contribuinte individual ou ao estabelecimento 
escolhido como domicílio tributário que não 
possua CNPJ, no formato XX.XXX.XXXXX/XX, 
ambos compostos por caracteres numéricos. 
2 NOME EMPRESARIAL Até 40 (quarenta) caracteres alfanuméricos. 
3 CNAE 
Classificação nacional de atividades 
econômicas da empresa, completo, com 7 
(sete) caracteres numéricos, no formato 
XXXXXX-X, instituído pelo IBGE através da 
Resolução CONCLA nº 07, de 16/12/2002. 
A tabela de códigos CNAE-Fiscal pode ser 
consultada pela internet no site 
<www.cnae.ibge.gov.br>. 
4 NOME DO TRABALHADOR Até 40 (quarenta) caracteres alfabéticos. 
5 BR/PDH 
BR (Beneficiário Reabilitado); PDH (Portador 
de Deficiência Habilitado); NA (Não 
Aplicável). 
Preencher com base no art. 93 da Lei nº 
8.213, de 1991, que estabelece a 
obrigatoriedade do preenchimento dos 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 11 
cargos de empresas com 100 (cem) ou mais 
empregados com beneficiários reabilitados 
ou pessoas portadoras de deficiência, 
habilitadas, na seguinte proporção: 
I - até 200 empregados.....................2%; 
II - de 201 a 500...............................3%; 
III - de 501 a 1.000...........................4%; 
IV - de 1.001 em diante. ..................5%. 
6 NIT 
Número de identificação do trabalhador, com 
11 (onze) caracteres numéricos, no formato 
XXX.XXXXX.XX-X. 
O NIT corresponde ao número do 
PIS/PASEP/CI, sendo que, no caso de 
Contribuinte Individual (CI), pode ser 
utilizado o número de inscrição no Sistema 
Único de Saúde (SUS) ou na Previdência 
Social. 
7 DATA DO NASCIMENTO No formato DD/MM/AAAA. 
8 SEXO (F/M) F – Feminino; M – Masculino. 
9 CTPS (Nº, Série e UF) 
Número, com 7 (sete) caracteres numéricos; 
Série, com 5 (cinco) caracteres numéricos; e 
UF, com 2 (dois) caracteres alfabéticos, da 
Carteira de Trabalho e PrevidênciaSocial. 
10 DATA DE ADMISSÃO No formato DD/MM/AAAA. 
11 
REGIME DE 
REVEZAMENTO 
Regime de revezamento de trabalho para 
trabalhos em turnos ou escala, especificando 
tempo trabalhado e tempo de descanso, com 
até 15 (quinze) caracteres alfanuméricos. 
Exemplo: 24 x 72 horas; 14 x 21 dias; 2 x 1 
meses. 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 12 
Se inexistente, preencher com NA (Não 
Aplicável). 
12 CAT REGISTRADA 
Informações sobre as comunicações de 
acidente do trabalho registradas pela 
empresa na Previdência Social, nos termos 
do art. 22 da Lei nº 8.213, de 1991, do art. 
169 da CLT, do art. 336 do RPS, aprovado 
pelo Dec. nº 3.048, de 1999, do item 7.4.8, 
alínea “a” da NR-07 do MTE e dos itens 4.3.1 
e 6.1.2 do Anexo 13-A da NR-15 do MTE, 
disciplinado pela Portaria MPAS nº 5.051, de 
1999, que aprova o manual de instruções 
para Preenchimento da CAT. 
12.1 Data do registro No formato DD/MM/AAAA. 
12.2 Número da CAT 
Com 13 (treze) caracteres numéricos, com 
formato XXXXXXXXXX-X/XX. 
Os dois últimos caracteres correspondem a 
um número sequencial relativo ao mesmo 
acidente, identificado por NIT, CNPJ e data 
do acidente. 
13 LOTAÇÃO E ATRIBUIÇÃO 
Informações sobre o histórico de lotação e 
atribuições do trabalhador por período. 
A alteração de qualquer um dos campos - 
13.2 a 13.7 - implica, obrigatoriamente, a 
criação de nova linha, com discriminação do 
período, repetindo as informações que não 
foram alteradas. 
13.1 Período 
Data de início e data de fim do período, 
ambas no formato DD/MM/AAAA. 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 13 
No caso de trabalhador ativo, a data de fim 
do último período não deverá ser preenchida. 
13.2 CNPJ/CEI 
Local onde efetivamente o trabalhador 
exerce suas atividades. Deverá ser informado 
o CNPJ do estabelecimento de lotação do 
trabalhador ou da empresa tomadora de 
serviços no formato XXXXXXXX/XXXX-XX; ou 
Matrícula CEI da obra ou do estabelecimento 
que não possua CNPJ, no formato 
XX.XXX.XXXXX/XX, ambos compostos por 
caracteres numéricos. 
13.3 Setor 
Lugar administrativo na estrutura 
organizacional da empresa onde o 
trabalhador exerce suas atividades laborais, 
com até 15 (quinze) caracteres 
alfanuméricos. 
13.4 Cargo 
Cargo do trabalhador, constante na CTPS, se 
empregado ou trabalhador avulso, ou 
constante no Recibo de Produção e Livro de 
Matrícula, se cooperado, com até 30 (trinta) 
caracteres alfanuméricos. 
13.5 Função 
Lugar administrativo na estrutura 
organizacional da empresa onde o 
trabalhador tenha atribuição de comando, 
chefia, coordenação, supervisão ou gerência. 
Quando inexistente a função, preencher com 
NA (Não Aplicável), com até 30 (trinta) 
caracteres alfanuméricos. 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 14 
13.6 CBO 
Classificação Brasileira de Ocupação (CBO) 
vigente à época, com seis caracteres 
numéricos: 
1 - No caso de utilização da tabela CBO 
relativa a 1994, utilizar a CBO completa com 
cinco caracteres, completando com “0” (zero) 
a primeira posição; 
2 - No caso de utilização da tabela CBO 
relativa a 2002, utilizar a CBO completa com 
seis caracteres. 
Alternativamente, pode ser utilizada a CBO 
com 5 (cinco) caracteres numéricos, 
conforme manual da GFIP para usuários do 
SEFIP, publicado por Instrução Normativa da 
Diretoria Colegiada do INSS: 
1- No caso de utilização da tabela CBO 
relativa a 1994, utilizar a CBO completa com 
cinco caracteres; 
2- No caso de utilização da tabela CBO 
relativa a 2002, utilizar a família do CBO com 
quatro caracteres, completando com “0” 
(zero) a primeira posição. 
A tabela de CBO pode ser consultada pela 
internet no site <www.mtecbo.gov.br>. 
OBS: Após a alteração da GFIP, somente será 
aceita a CBO completa, com seis caracteres 
numéricos, conforme a nova tabela CBO 
relativa a 2002. 
13.7 
Código ocorrência da 
GFIP 
Código ocorrência da GFIP para o 
trabalhador, com dois caracteres numéricos, 
conforme manual da GFIP para usuários do 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 15 
SEFIP, publicado por Instrução Normativa da 
Diretoria Colegiada do INSS. 
14 PROFISSIOGRAFIA 
Informações sobre a profissiografia do 
trabalhador por período. 
A alteração do campo 14.2 implica, 
obrigatoriamente, a criação de nova linha, 
com discriminação do período. 
14.1 Período 
Data de início e data de fim do período, 
ambas no formato DD/MM/AAAA. No caso de 
trabalhador ativo, a data de fim do último 
período não deverá ser preenchida. 
14.2 Descrição das atividades 
Descrição das atividades, físicas ou mentais, 
realizadas pelo trabalhador, por força do 
poder de comando a que se submete, com 
até 400 (quatrocentos) caracteres 
alfanuméricos. 
As atividades deverão ser descritas com 
exatidão e de forma sucinta, com a utilização 
de verbos no infinitivo impessoal. 
 SEÇÃO II SEÇÃO DE REGISTROS AMBIENTAIS 
15 
EXPOSIÇÃO A FATORES 
DE RISCOS 
Informações sobre a exposição do 
trabalhador a fatores de riscos ambientais, 
por período, ainda que estejam 
neutralizados, atenuados ou que exista 
proteção eficaz. 
Facultativamente, também poderão ser 
indicados os fatores de riscos ergonômicos e 
mecânicos. 
A alteração de qualquer um dos campos - 
15.2 a 15.8 - implica, obrigatoriamente, a 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 16 
criação de nova linha, com discriminação do 
período, repetindo as informações que não 
foram alteradas. 
OBS: após a implantação da migração dos 
dados do PPP em meio magnético pela 
Previdência Social, as informações relativas 
aos fatores de riscos ergonômicos e 
mecânicos passarão a ser obrigatórias. 
15.1 Período 
Data de início e data de fim do período, 
ambas no formato DD/MM/AAAA. No caso de 
trabalhador ativo, a data de fim do último 
período não deverá ser preenchida. 
15.2 Tipo 
F (Físico), Q (Químico), B (Biológico), E 
(Ergonômico/psicossocial), M (Mecânico/de 
acidente), conforme classificação adotada 
pelo Ministério da Saúde, em “Doenças 
Relacionadas ao Trabalho: Manual de 
Procedimentos para os Serviços de Saúde”, 
de 2001. 
A indicação do Tipo “E” e “M” é facultativa. 
O que determina a associação de agentes é 
a superposição de períodos com fatores de 
risco diferentes. 
15.3 Fator de risco 
Descrição do fator de risco, com até 40 
(quarenta) caracteres alfanuméricos. 
Em se tratando do tipo “Q”, deverá ser 
informado o nome da substância ativa, não 
sendo aceitas citações de nomes comerciais. 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 17 
15.4 Intensidade/concentração 
Intensidade ou concentração, dependendo 
do tipo de agente, com até 15 (quinze) 
caracteres alfanuméricos. 
Caso o fator de risco não seja passível de 
mensuração, preencher com NA (Não 
Aplicável). 
15.5 Técnica utilizada 
Técnica utilizada para apuração do item 15.4, 
com até 40 (quarenta) caracteres 
alfanuméricos. 
Caso o fator de risco não seja passível de 
mensuração, preencher com NA (Não 
Aplicável). 
15.6 EPC eficaz (S/N) 
S – Sim, N – Não, considerando se houve ou 
não a eliminação ou a neutralização, com 
base no informado nos itens 15.2 a 15.5, 
asseguradas as condições de funcionamento 
do EPC ao longo do tempo, conforme 
especificação técnica do fabricante e 
respectivo plano de manutenção. 
15.7 EPI eficaz (S/N) 
S – Sim, N – Não, considerando se houve ou 
não a atenuação,com base no informado nos 
itens 15.2 a 15.5. 
15.8 C.A. EPI 
Número do certificado de aprovação do MTE 
para o Equipamento de Proteção Individual 
(EPI) referido no campo 154.7, com 5 (cinco) 
caracteres numéricos. 
Caso não seja utilizado EPI, preencher com 
NA (Não Aplicável). 
15.9 
ATENDIMENTO AOS 
REQUISITOS DAS NR-06 
Observação do disposto na NR-06 do MTE, 
assegurada a observância: 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 18 
E NR-09 DO MTE PELOS 
EPI INFORMADOS 
1- da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 
da NR-09 do MTE (medidas de proteção 
coletiva, medidas de caráter administrativo 
ou de organização do trabalho e utilização de 
EPI, nesta ordem, admitindo-se a utilização 
de EPI somente em situações de inviabilidade 
técnica, insuficiência ou interinidade à 
implementação do EPC, ou ainda em caráter 
complementar ou emergencial); 
2- das condições de funcionamento do EPI ao 
longo do tempo, conforme especificação 
técnica do fabricante ajustada às condições 
de campo; 
3- do prazo de validade, conforme certificado 
de aprovação do MTE; 
4- da periodicidade de troca definida pelos 
programas ambientais, devendo esta ser 
comprovada mediante recibo; 
5- dos meios de higienização. 
16 
RESPONSÁVEL PELOS 
REGISTROS AMBIENTAIS 
Informações sobre os responsáveis pelos 
registros ambientais por período. 
16.1 Período 
Data de início e data de fim do período, 
ambas no formato DD/MM/AAAA. No caso de 
trabalhador ativo sem alteração do 
responsável, a data de fim do último período 
não deverá ser preenchida. 
16.2 NIT 
Número de Identificação do Trabalhador 
(NIT), com 11 (onze) caracteres numéricos, 
no formato XXX.XXXXX.XX-X. 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 19 
O NIT corresponde ao número do 
PIS/PASEP/CI, sendo que, no caso de 
Contribuinte Individual (CI), pode ser 
utilizado o número de inscrição no Sistema 
Único de Saúde (SUS) ou na Previdência 
Social. 
16.3 
Registro conselho de 
classe 
Número do registro profissional no conselho 
de classe, com 9 (nove) caracteres 
alfanuméricos, no formato XXXXXX-X/XX ou 
XXXXXXX/XX. 
A parte “-X” corresponde a D (Definitivo) ou 
P (Provisório). 
A parte “/XX” deve ser preenchida com a UF, 
com 2 (dois) caracteres alfabéticos. 
A parte numérica deverá ser completada com 
zeros à esquerda. 
16.4 
Nome do profissional 
legalmente habilitado 
 
Até 40 (quarenta) caracteres alfabéticos. 
 SEÇÃO III 
SEÇÃO DE RESULTADOS DE MONITORAÇÃO 
BIOLÓGICA. 
17 
EXAMES MÉDICOS 
CLÍNICOS E 
COMPLEMENTARES 
Informações sobre os exames médicos 
obrigatórios, clínicos e complementares 
realizados para o trabalhador, constantes nos 
quadros I e II da NR-07 do MTE. 
17.1 Data No formato DD/MM/AAAA. 
17.2 Tipo 
A (Admissional); P (Periódico); R (Retorno ao 
Trabalho); M (Mudança de Função); D 
(Demissional). 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 20 
17.3 Natureza 
Natureza do exame realizado, com até 50 
(cinquenta) caracteres alfanuméricos. 
No caso dos exames relacionados no Quadro 
I da NR-07 do MTE, deverá ser especificada 
a análise realizada, além do material 
biológico coletado. 
17.4 Exame (R/S) R (Referencial); S (Sequencial). 
17.5 Indicação de resultados 
Preencher Normal ou Alterado. Só deve ser 
preenchido Estável ou Agravamento no caso 
de alterado em exame sequencial. Só deve 
ser preenchido Ocupacional ou Não 
Ocupacional no caso de agravamento. 
OBS: No caso de natureza do exame 
“Audiometria”, a alteração unilateral poderá 
ser classificada como ocupacional, apesar de 
a maioria das alterações ocupacionais ser 
constatada bilateralmente. 
18 
RESPONSÁVEL PELA 
MONITORAÇÃO 
BIOLÓGICA 
Informações sobre os responsáveis pela 
monitoração biológica por período. 
18.1 Período 
Data de início e data de fim do período, 
ambas no formato DD/MM/AAAA. No caso de 
trabalhador ativo sem alteração do 
responsável, a data de fim do último período 
não deverá ser preenchida. 
18.2 NIT 
Número de Identificação do Trabalhador 
(NIT), com 11 (onze) caracteres numéricos, 
no formato XXX.XXXXX.XX-X. 
O NIT corresponde ao número do 
PIS/PASEP/CI, sendo que, no caso de 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 21 
Contribuinte Individual (CI), pode ser 
utilizado o número de inscrição no Sistema 
Único de Saúde (SUS) ou na Previdência 
Social. 
18.3 
Registro conselho de 
classe 
Número do registro profissional no conselho 
de classe, com 9 (nove) caracteres 
alfanuméricos, no formato XXXXXX-X/XX ou 
XXXXXXX/XX. 
A parte “-X” corresponde a D (Definitivo) ou 
P (Provisório). 
A parte “/XX” deve ser preenchida com a UF, 
com 2 (dois) caracteres alfabéticos. 
A parte numérica deverá ser completada com 
zeros à esquerda. 
18.4 
Nome do profissional 
legalmente habilitado 
Até 40 (quarenta) caracteres alfabéticos. 
 SEÇÃO IV RESPONSÁVEIS PELAS INFORMAÇÕES 
19 
DATA DE EMISSÃO DO 
PPP 
Data em que o PPP é impresso e assinado 
pelos responsáveis, no formato 
DD/MM/AAAA. 
20 
REPRESENTANTE LEGAL 
DA EMPRESA 
Informações sobre o representante legal da 
empresa, com poderes específicos 
outorgados por procuração. 
20.1 NIT 
Número de Identificação do Trabalhador 
(NIT), com 11 (onze) caracteres numéricos, 
no formato XXX.XXXXX.XX-X. 
O NIT corresponde ao número do 
PIS/PASEP/CI, sendo que, no caso de 
contribuinte individual (CI), pode ser utilizado 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 22 
o número de inscrição no Sistema Único de 
Saúde (SUS) ou na Previdência Social. 
20.2 Nome Até 40 caracteres alfabéticos. 
 Carimbo e assinatura 
Carimbo da empresa e assinatura do 
representante legal. 
 OBSERVAÇÕES 
 
Devem ser incluídas neste campo 
informações necessárias à análise do PPP, 
bem como facilitadoras do requerimento do 
benefício, como, por exemplo, 
esclarecimento sobre alteração de razão 
social da empresa no caso de sucessora ou 
indicador de empresa pertencente a grupo 
econômico. 
OBS: É facultada a inclusão de informações complementares ou adicionais ao PPP. 
 
Considerações gerais e orientações importantes sobre o PPP 
 
Documento histórico laboral do trabalhador que presta serviço à empresa, 
chancelatório das habilitações de benefícios e serviços previdenciários. É comumente 
associado à aposentadoria especial, mas seu alcance vai muito mais além: 
 
1. Prover o trabalhador de meios de prova produzidos pelo empregador, perante 
a Previdência Social, a outros órgãos públicos e aos sindicatos, de forma a 
garantir todo direito decorrente da relação de trabalho – administrativo, cível, 
tributário, trabalhista, previdenciário, penal etc. –, seja ele individual ou difuso 
e coletivo; 
2. Prover a empresa de meios de prova produzidos em tempo real, de modo a 
organizar e a individualizar as informações contidas em diversos setores da 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 23 
empresa ao longo dos anos, que, em alguns documentos, se apresentam de 
forma coletiva. 
 
Dessa forma, a empresa poderá evitar ações judiciais indevidas relativas a seus 
trabalhadores. 
 
O PPP é exigido desde outubro de 1996; no entanto, é aceito, alternativamente, o 
DIRBEN-8030 como substituto do PPP. O formato original publicado pela Instrução 
Normativa INSS/DC- 78/02 e alterado pela Instrução Normativa INSS/DC-84/02, em 
seu Anexo XV, será exigido a partir de 1º de Julho de 2003. A partirdessa data, 
somente será aceito o PPP. 
 
OBS: O DIRBEN-8030 já foi chamado também de SB-40, DISES-BE-5235 e DSS-8030 
– e consiste num formulário para requerimento da aposentadoria especial. Nesse caso, 
só é necessário para os segurados que vão requerer esse benefício, mas, como 
substituto do PPP, deve ser feito para todos os trabalhadores. 
 
As informações administrativas abrangem, entre outros, setor, cargo, função, 
atividades desenvolvidas, os registros de CAT e o conjunto das exigências morfo-bio-
psíquicas necessárias ao bom desempenho das funções, a partir das quais considerar-
se-á apto o trabalhador. Essas informações estão disponíveis normalmente no setor 
de recursos humanos da empresa. As informações ambientais abrangem, entre outros, 
os agentes nocivos ambientais a que o trabalhador esteve ou está efetivamente 
exposto, sua intensidade ou concentração (quando não forem unicamente 
qualitativos), a utilização de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), a presença de 
medidas administrativas de proteção e, em última instância, a utilização de 
Equipamento de Proteção Individual (EPI), com o respectivo atestado de sua eficácia 
e a conclusão acerca do enquadramento ou não de atividade ensejadora de 
aposentadoria especial. Essas informações estão disponíveis normalmente na 
documentação ambiental da empresa, devendo ser prestadas com base em Laudo 
Técnico das Condições Ambientais do Trabalho (LTCAT), emitido sempre que houver 
mudanças no ambiente de trabalho, ou pelo menos uma vez por ano, e assinado por 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 24 
engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho, que é parte integrante 
dos programas de gerenciamento de riscos ocupacionais, nos termos da legislação 
trabalhista. 
 
As informações biológicas abrangem, entre outros, a relação de exames realizados 
para controle médico-ocupacional obrigatórios (admissionais, periódicos, de retorno 
de afastamento, de troca de função ou demissionais) e complementares, as perdas de 
capacidade laborativa temporárias ou permanentes, os agravos à saúde (com ou sem 
afastamento, com ou sem emissão de CAT). Quanto aos exames médicos, deverão ser 
apontados apenas aqueles relacionados aos riscos ambientais que forem constatados, 
havendo apenas a indicação se o resultado do exame foi normal ou alterado, sem a 
descrição do mesmo. Essas informações deverão ser prestadas com base no Programa 
de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e seu relatório anual, nos termos 
da NR-07 do MTE. No formato publicado pela Instrução Normativa INSS/DC-84/02, 
em seu Anexo XV, que reúne todas as informações em um único documento, podendo 
ser elaborado em meio papel ou magnético. A critério da empresa poderá ser utilizado 
Word, Excel ou outro aplicativo. 
 
Apesar de não ser necessária a assinatura, há a obrigatoriedade da indicação do 
médico coordenador do PCMSO e do engenheiro de segurança do trabalho ou médico 
do trabalho responsável pelo LTCAT, conforme dimensionamento do SESMT. Quando 
houver mudança dos responsáveis pelo PCMSO ou LTCAT, deverão ser indicados 
ambos os nomes e registros, discriminando os períodos em que cada um prestou as 
informações que embasaram o preenchimento do PPP. Todo trabalhador - empregado, 
avulso ou cooperado - que prestar serviço remunerado, independentemente de haver 
a exposição nociva ou não, terá direito a receber o PPP. Assim, a empresa deverá 
comprovar a entrega ao trabalhador do seu PPP mediante recibo, podendo ser aceita 
a rubrica de entrega na própria rescisão. Sempre que houver mudança das 
informações contidas nas seções administrativas, ambientais ou biológicas, o PPP 
deverá ser atualizado. Exemplos: mudança de setor, cargo, função ou atividade 
desenvolvida; mudança do meio ambiente de trabalho (alteração do layout, 
substituição de máquinas ou de equipamentos, introdução de EPC ou EPI, alteração 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 25 
da exposição de agentes etc.); alterações clínico-psíquico-biológicas; afastamentos do 
trabalho, ocorrência ou agravamento de acidente de trabalho ou doença ocupacional, 
entre outros. Não havendo mudanças, a atualização será feita pelo menos uma vez ao 
ano, na mesma época em que forem apresentados os resultados da análise global do 
desenvolvimento do PPRA e demais programas ambientais. 
 
O PPP deverá estar disponível às autoridades competentes, que poderão solicitar sua 
impressão com a assinatura do preposto legal. Atualmente, a exigência do PPP se 
encontra no art. 58, § 4º, da Lei 8.213/91 e no art. 68, §§ 4º, 6º e 8º. 
 
As multas relacionadas ao PPP estão elencadas no art. 283, II, “o”, “j” e “n” do Dec. 
3.048/99. OBS: não confundir com a obrigação elencada no art. 58, § 1º, da Lei 
8.213/91 e no art. 68, § 2º, do Dec. 3.048/99, que se refere a formulário para 
requerimento da aposentadoria especial. Esse formulário é, a princípio, o DIRBEN-
8030. O Dec. 4.032/01, que alterou a redação do art. 68, § 2º, do Dec. 3.048/99, 
substitui o DIRBEN-8030 pelo PPP, dado que ele abrange o DIRBEN-8030 e é mais 
completo. No entanto, as instruções normativas ainda autorizam a aceitação do 
DIRBEN-8030, alternativamente ao PPP, até 30/06/2003. 
O valor da multa é a partir de R$ 8.278,60 para cada infração. As infrações podem ser 
cumulativas. Esses valores poderão ser diminuídos ou majorados se constatada a 
existência de atenuantes ou agravantes, não podendo ultrapassar R$ 82.785,16 
(valores a partir de 1º de Junho de 2002 sujeitos à atualização). 
 
O PPP pode gerar inúmeras Representações Administrativas (RA) e Representações 
Fiscais para Fins Penais (RFFP) contra a empresa, o médico e/ou o engenheiro do 
trabalho responsáveis pelo LTCAT e PCMSO, além do responsável pelas informações 
prestadas em Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e 
Informações à Previdência Social (GFIP). Entre algumas consequências, podemos 
citar: cassação do registro profissional e ações de ordem criminal na justiça por 
falsificação de documento público, sonegação fiscal, exposição ao risco, lesão corporal, 
homicídio culposo, ressarcimento aos cofres da Previdência relativos aos benefícios 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 26 
por incapacidade concedidos em razão da negligência do gerenciamento dos riscos, 
entre outros. 
 
Sendo o PPP o único documento exigível do trabalhador, tem-se maior brevidade no 
deferimento combinada com o enriquecimento de informações, que assegurarão maior 
confiabilidade e eficácia. O PPP é um documento de simples conferência pelo INSS, 
sendo obrigatória a apresentação pelo trabalhador unicamente no requerimento da 
aposentadoria especial. No entanto, a perícia médica do INSS poderá solicitá-lo à 
empresa para fins de estabelecimento de nexo técnico e reabilitação profissional. 
 
Fator acidentário de prevenção 
 
É importante, neste início, apresentarmos as definições e importância em relação ao 
fator Acidentário de Prevenção (FAP). 
 
A sigla FAP, ou Fator Acidentário de Prevenção, trata-se de um instrumento jurídico-
previdenciário de intervalo variável fechado entre 0,5 a 2,0 a ser multiplicado pela 
alíquota de 1%, 2% ou 3%, correspondente ao enquadramento da empresa perante 
a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE). De acordo com a Resolução 
MPS/CNPS nº 1.316/2010, define o Fator Acidentário de Prevenção (FAP) como: 
 
Trata-se, portanto, da instituição de um fator, Fator Acidentário 
de Prevenção - FAP, que é um multiplicador sobre a alíquota de 
1%, 2% ou 3% correspondente ao enquadramento da empresa 
segundo a ClassificaçãoNacional de Atividades Econômicas – 
CNAE preponderante, nos termos do Anexo V do Regulamento da 
Previdência Social – RPS, aprovado pelo Decreto Nº 3.048, de 6 
de maio de 1999. Esse multiplicador deve variar em um intervalo 
fechado contínuo de 0,5 a 2,0. O objetivo do FAP é incentivar a 
melhoria das condições de trabalho e da saúde do trabalhador 
estimulando as empresas a implementarem políticas mais efetivas 
de saúde e segurança no trabalho para reduzir a acidentalidade. 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 27 
Assim, o FAP, que será recalculado periodicamente, 
individualizará a alíquota de 1%, 2% ou 3% prevista no Anexo V 
do Regulamento da Previdência Social - RPS, majorando ou 
reduzindo o valor da alíquota conforme a quantidade, a gravidade 
e o custo das ocorrências acidentárias em cada empresa. 
Portanto, com o FAP, as empresas com mais acidentes e acidentes 
mais graves em uma sub- CNAE passarão a contribuir com um 
valor maior, enquanto as empresas com menor acidentalidade 
terão uma redução no valor de contribuição. 
 
O Fator Acidentário de Prevenção (FAP) fundamenta-se no disposto pela Lei 
Nº 10.666/2003 e pelo Decreto nº 3.048/1999; no entanto, só entrou 
plenamente em vigor em 2010 através da Resolução MPS/CNPS nº 1.316, 
de 31 de maio de 2010. 
 
Objetivo do FAP 
O objetivo do FAP é incentivar a melhoria das condições de trabalho e da saúde do 
trabalhador estimulando as empresas a implementarem políticas mais efetivas de 
saúde e segurança no trabalho para reduzir a acidentalidade. 
 
Fonte de dados do FAP 
As fontes de dados para o Fator Acidentário de Prevenção são: registros da 
Comunicação de Acidentes do Trabalho (CAT); registros da concessão de benefícios 
acidentários pelo INSS; dados populacionais de empregatícios do Cadastro Nacional 
de Informações Sociais (CNIS); expectativa de sobrevida do segurado de acordo ao 
quadro de mortalidade do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 
 
FAP e segurança do trabalho 
O Fator Acidentário de Prevenção (FAP) estimula a melhoria contínua das condições 
de trabalho, da saúde dos trabalhadores e dos programas de segurança e saúde do 
trabalho, reduzindo o número de acidentes do trabalho, o valor do seguro de acidente 
do trabalho e possíveis penalizações. 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 28 
 
Após esta apresentação, é fundamental agora que você veja o DECRETO Nº 6.042, 
DE 12 DE FEVEREIRO DE 2007, que estabeleceu o FAP. Veja a seguir: 
 
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que 
lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea “a”, da Constituição, 
e tendo em vista o disposto na Lei Complementar nº 123, de 14 
de dezembro de 2006, e nas Leis nºs 8.212, de 24 de julho de 
1991, 8.213, de 24 de julho de 1991, 9.796, de 5 de maio de 
1999, 10.666, de 8 de maio de 2003, e 11.430, de 26 de dezembro 
de 2006, DECRETA: 
Art. 1º O Regulamento da Previdência Social, aprovado pelo 
Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, passa a vigorar com as 
seguintes alterações: “Art. 6º 
...............................................................Parágrafo único. 
O Regime Geral de Previdência Social garante a cobertura de 
todas as situações expressas no art. 5º, exceto a de desemprego 
involuntário, observado o disposto no art. 199-A quanto ao direito 
à aposentadoria por tempo de contribuição.” (NR) “Art. 9o 
.............................................................. § 19. 
Os segurados de que trata o art. 199-A terão identificação 
específica nos registros da Previdência Social.” (NR) “Art. 28. 
...................................................... ......................... 
II - para o segurado empregado doméstico, contribuinte 
individual, observado o disposto no § 4º do art. 26, e facultativo, 
inclusive o segurado especial que contribui na forma do § 2º do 
art. 200, da data do efetivo recolhimento da primeira contribuição 
sem atraso, não sendo consideradas para esse fim as 
contribuições recolhidas com atraso referentes a competências 
anteriores, observado, quanto ao segurado facultativo, o disposto 
nos §§ 3º e 4º do art. 11. § 1º Para o segurado especial que não 
contribui na forma do § 2º do art. 200, o período de carência de 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 29 
que trata o § 1º do art. 26 é contado a partir do efetivo exercício 
da atividade rural, mediante comprovação, na forma do disposto 
no art. 62. ............................................................... ” (NR). 
 
A Presidência da República; Casa Civil - Subchefia para Assuntos 
Jurídicos, Altera o Regulamento da Previdência Social, aprovado 
pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio de 1999, disciplina a 
aplicação, acompanhamento e avaliação do Fator Acidentário de 
Prevenção - FAP e do Nexo Técnico Epidemiológico, e dá outras 
providências. 
§ 1º Os valores dos benefícios em manutenção serão reajustados, 
anualmente, na mesma data do reajuste do salário mínimo, pro 
rata, de acordo com suas respectivas datas de início ou do último 
reajustamento, com base no Índice Nacional de Preços ao 
Consumidor - INPC, apurado pela Fundação Instituto Brasileiro de 
Geografia e Estatística - IBGE. 
§ 2º Os benefícios devem ser pagos do primeiro ao quinto dia útil 
do mês seguinte ao de sua competência, observando-se a 
distribuição proporcional do número de beneficiários por dia de 
pagamento. ............................................................... § 4º 
Para os benefícios majorados devido à elevação do salário 
mínimo, o referido aumento deverá ser descontado quando da 
aplicação do reajuste de que trata o § 1º, na forma disciplinada 
pelo Ministério da Previdência Social.” (NR) “Art. 56. 
A aposentadoria por tempo de contribuição será devida ao 
segurado após trinta e cinco anos de contribuição, se homem, ou 
trinta anos, se mulher, observado o disposto no art. 199-A. 
............................................................... “Art. 125. 
I - o cômputo do tempo de contribuição na administração pública, 
para fins de concessão de benefícios previstos no Regime Geral 
de Previdência Social, inclusive de aposentadoria em decorrência 
de tratado, convenção ou acordo internacional; e II - para fins de 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 30 
emissão de certidão de tempo de contribuição, pelo INSS, para 
utilização no serviço público, o cômputo do tempo de contribuição 
na atividade privada, rural e urbana, observado o disposto no § 
4º deste artigo e no parágrafo único do art. 123, § 13 do art. 216 
e § 8º do art. 239. ............................................................... § 
2º Admite-se a aplicação da contagem recíproca de tempo de 
contribuição no âmbito dos tratados, convenções ou acordos 
internacionais de previdência social. 
............................................................... § 4º Para efeito de 
contagem recíproca, o período em que o segurado contribuinte 
individual e o facultativo tiverem contribuído na forma do art. 199-
A só será computado se forem complementadas as contribuições 
na forma do § 1º do citado artigo.” (NR) 
“Seção II Da Contribuição dos Segurados Contribuinte Individual 
e Facultativo ............................................................... Art. 
199-A. A partir da competência em que o segurado fizer a opção 
pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo 
de contribuição, é de onze por cento, sobre o valor 
correspondente ao limite mínimo mensal do salário de 
contribuição, a alíquota de contribuição: Decreto nº 6042. 1 
I - do segurado contribuinteindividual, que trabalhe por conta 
própria, sem relação de trabalho com empresa ou equiparado; 
II - do segurado facultativo, e; 
III - especificamente quanto às contribuições relativas à sua 
participação na sociedade, do sócio de sociedade empresária que 
tenha tido receita bruta anual, no ano-calendário anterior, de até 
R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais). 
§ 1º O segurado que tenha contribuído na forma do caput e 
pretenda contar o tempo de contribuição correspondente, para 
 
1 Decreto nº 6042. Fonte: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2007/Decreto/D6042compilado... 
27/11/2007>. 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 31 
fins de obtenção da aposentadoria por tempo de contribuição ou 
de contagem recíproca do tempo de contribuição, deverá 
complementar a contribuição mensal mediante o recolhimento de 
mais nove por cento, acrescido de juros de que trata o disposto 
no art. 239. § 2º A contribuição complementar a que se refere o 
§ 1o será exigida a qualquer tempo, sob pena do indeferimento 
ou cancelamento do benefício.” (NR) “Art. 200. 
§ 2º O segurado especial referido neste artigo, além da 
contribuição obrigatória de que tratam os incisos I e II do caput, 
poderá contribuir, facultativamente, na forma do art. 199. 
............................................................... ” (NR) “Art. 202. 
§ 5º É de responsabilidade da empresa realizar o enquadramento 
na atividade preponderante, cabendo à Secretaria da Receita 
Previdenciária do Ministério da Previdência Social revê-lo a 
qualquer tempo. § 6º Verificado erro no auto - enquadramento, a 
Secretaria da Receita Previdenciária adotará as medidas 
necessárias à sua correção, orientará o responsável pela empresa 
em caso de recolhimento indevido e procederá à notificação dos 
valores devidos. ............................................................... § 13. 
A empresa informará mensalmente, por meio da Guia de 
Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e 
Informações à Previdência Social - GFIP, a alíquota 
correspondente ao seu grau de risco, a respectiva atividade 
preponderante e a atividade do estabelecimento, apuradas de 
acordo com o disposto nos §§ 3º e 5º.” (NR) “Art. 202-A. 
As alíquotas constantes nos incisos I a III do art. 202 serão 
reduzidas em até cinquenta por cento ou aumentadas em até cem 
por cento, em razão do desempenho da empresa em relação à 
sua respectiva atividade, aferido pelo Fator Acidentário de 
Prevenção - FAP. 
§ 1º O FAP consiste num multiplicador variável num intervalo 
contínuo de cinquenta centésimos (0,50) a dois inteiros (2,00), 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 32 
desprezando-se as demais casas decimais, a ser aplicado à 
respectiva alíquota. § 2º Para fins da redução ou majoração a que 
se refere o § 1º, proceder-se-á à discriminação do desempenho 
da empresa, dentro da respectiva atividade, por distanciamento 
de coordenadas tridimensionais padronizadas (índices de 
frequência, gravidade e custo), atribuindo-se o fator máximo dois 
inteiros (2,00) àquelas empresas cuja soma das coordenadas for 
igual ou superior a seis inteiros positivos (+6) e o fator mínimo 
cinquenta centésimos (0,50) àquelas cuja soma resultar inferior 
ou igual a seis inteiros negativos (-6). § 3º O FAP variará em 
escala contínua por intermédio de procedimento de interpolação 
linear simples e será aplicado às empresas cuja soma das 
coordenadas tridimensionais padronizadas esteja compreendida 
no intervalo disposto no § 2º, considerando-se como referência o 
ponto de coordenadas nulas (0; 0; 0), que corresponde ao FAP 
igual a um inteiro (1,00). 
§ 4º Os índices de frequência, gravidade e custo serão calculados 
segundo metodologia aprovada pelo Conselho Nacional de 
Previdência Social, levando-se em conta: 
I - para o índice de frequência, a quantidade de benefícios 
incapacitantes cujos agravos causadores da incapacidade tenham 
gerado benefício com significância estatística capaz de 
estabelecer nexo epidemiológico entre a atividade da empresa e 
a entidade mórbida, acrescentada da quantidade de benefícios de 
pensão por morte acidentária; 
II - para o índice de gravidade, a somatória, expressa em dias, da 
duração do benefício incapacitante considerado nos termos do 
inciso I, tomada a expectativa de vida como parâmetro para a 
definição da data de cessação de auxílio-acidente e pensão por 
morte acidentária, e; 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 33 
III - para o índice de custo, a somatória do valor correspondente 
ao salário de benefício diário de cada um dos benefícios 
considerados no inciso I, multiplicado pela respectiva gravidade. 
§ 5º O Ministério da Previdência Social publicará anualmente, no 
Diário Oficial da União, sempre no mesmo mês, os índices de 
frequência, gravidade e custo, por atividade econômica, e 
disponibilizará, na Internet, o FAP por empresa, com as 
informações que possibilitem a esta verificar a correção dos dados 
utilizados na apuração do seu desempenho. 
§ 6º O FAP produzirá efeitos tributários a partir do primeiro dia do 
quarto mês subsequente ao de sua divulgação. 
§ 7º Para o cálculo anual do FAP, serão utilizados os dados de 
janeiro a dezembro de cada ano, a contar do ano de 2004, até 
completar o período de cinco anos, a partir do qual os dados do 
ano inicial serão substituídos pelos novos dados anuais 
incorporados. 
§ 8º Para as empresas constituídas após maio de 2004, o FAP 
será calculado a partir de 1º de janeiro do ano seguinte ao que 
completar dois anos de constituição, com base nos dados anuais 
existentes a contar do primeiro ano de sua constituição. 
§ 9º Excepcionalmente, e para fins do disposto no §§ 7º e 8º , 
em relação ao ano de 2004 serão considerados os dados 
acumulados a partir de maio daquele ano.” (NR) “Art. 216. 
............................................................... 
................................................................................ § 7º Para 
apuração e constituição dos créditos a que se refere o § 1º do art. 
348, a seguridade social utilizará como base de incidência o valor 
da média aritmética simples dos maiores salários-de-contribuição 
correspondentes a oitenta por cento de todo o período 
contributivo decorrido desde a competência julho de 1994, ainda 
que não recolhidas as contribuições correspondentes, corrigidos 
mês a mês pelos mesmos índices utilizados para a obtenção do 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 34 
salário-de-benefício na forma deste Regulamento, observado o 
limite máximo a que se refere o § 5o do art. 214. 
............................................................................... § 33. 
Na hipótese prevista no § 32, cabe ao contribuinte individual 
recolher a própria contribuição, sendo a alíquota, neste caso, de 
vinte por cento.” (NR) “Art. 239. 
............................................................... 
§ 8º Sobre as contribuições devidas e apuradas com base no § 1º 
do art. 348 incidirão juros moratórios de cinco décimos por cento 
ao mês, capitalizados anualmente, limitados ao percentual 
máximo de cinquenta por cento, e multa de dez por cento. 
§ 9º Não se aplicam as multas impostas e calculadas como 
percentual do crédito por motivo de recolhimento fora do prazo 
das contribuições, nem quaisquer outras penas pecuniárias, às 
massas falidas de que trata o art. 192 da Lei nº 11.101, de 9 de 
fevereiro de 2005, e às missões diplomáticas estrangeiras no 
Brasil e aos membros dessas missõesquando assegurada a 
isenção em tratado, convenção ou outro acordo internacional de 
que o Estado estrangeiro ou organismo internacional e o Brasil 
sejam partes. ............................................................... ” (NR) 
“Art. 337. 
O acidente do trabalho será caracterizado tecnicamente pela 
perícia médica do INSS, mediante a identificação do nexo entre o 
trabalho e o agravo. ............................................................... 
§ 3º Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo 
quando se verificar nexo técnico epidemiológico entre a atividade 
da empresa e a entidade mórbida motivadora da incapacidade, 
elencada na Classificação Internacional de Doenças (CID) em 
conformidade com o disposto na Lista B do Anexo II deste 
Regulamento. § 4º Para os fins deste artigo, considera-se agravo 
a lesão, doença, transtorno de saúde, distúrbio, disfunção ou 
síndrome de evolução aguda, subaguda ou crônica, de natureza 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 35 
clínica ou subclínica, inclusive morte, independentemente do 
tempo de latência. § 5º Reconhecidos pela perícia médica do INSS 
a incapacidade para o trabalho e o nexo entre o trabalho e o 
agravo, na forma do § 3º, serão devidas as prestações 
acidentárias a que o beneficiário tenha direito. § 6º A perícia 
médica do INSS deixará de aplicar o disposto no § 3º quando 
demonstrada a inexistência de nexo causal entre o trabalho e o 
agravo, sem prejuízo do disposto nos §§ 7º e 12. § 7º A empresa 
poderá requerer ao INSS a não aplicação do nexo técnico 
epidemiológico ao caso concreto mediante a demonstração de 
inexistência de correspondente nexo causal entre o trabalho e o 
agravo. § 8º O requerimento de que trata o § 7º poderá ser 
apresentado no prazo de quinze dias da data para a entrega, na 
forma do inciso IV do art. 225, da GFIP que registre a 
movimentação do trabalhador, sob pena de não conhecimento da 
alegação em instância administrativa. 
§ 9º Caracterizada a impossibilidade de atendimento ao disposto 
no § 8º, motivada pelo não conhecimento tempestivo do 
diagnóstico do agravo, o requerimento de que trata o § 7º poderá 
ser apresentado no prazo de quinze dias da data em que a 
empresa tomar ciência da decisão da perícia médica do INSS 
referida no § 5º. 
§ 10. Juntamente com o requerimento de que tratam os §§ 8º e 
9º, a empresa formulará as alegações que entender necessárias 
e apresentará as provas que possuir demonstrando a inexistência 
de nexo causal entre o trabalho e o agravo. 
§ 11. A documentação probatória poderá trazer, entre outros 
meios de prova, evidências técnicas circunstanciadas e 
tempestivas à exposição do segurado, podendo ser produzidas no 
âmbito de programas de gestão de risco, a cargo da empresa, que 
possuam responsável técnico legalmente habilitado. 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 36 
§ 12. O INSS informará ao segurado sobre a contestação da 
empresa, para, querendo, impugná-la, obedecendo quanto à 
produção de provas o disposto no § 10, sempre que a instrução 
do pedido evidenciar a possibilidade de reconhecimento de 
inexistência do nexo causal entre o trabalho e o agravo. 
§ 13. Da decisão do requerimento de que trata o § 7º cabe 
recurso, com efeito suspensivo, por parte da empresa ou, 
conforme o caso, do segurado ao Conselho de Recursos da 
Previdência Social, nos termos dos arts. 305 a 310.” (NR) 
Art. 2º - Os Anexos II e V do Regulamento da Previdência Social 
passam a vigorar com as alterações constantes do Anexo a este 
Decreto. 
Art. 3º - O Ministro de Estado da Previdência Social promoverá o 
acompanhamento e a avaliação das alterações do art. 337 do 
Regulamento da Previdência Social, podendo para esse fim 
constituir comissão interministerial com a participação dos demais 
órgãos que têm interface com esta matéria. 
Art. 4º - A aplicação inicial do disposto no art. 202-A fica 
condicionada à avaliação do desempenho das empresas até 31 de 
dezembro de 2006. 
§ 1º - Para os fins do disposto no caput, o Ministério da 
Previdência Social disponibilizará pela rede mundial de 
computadores - internet, até 30 de novembro de 2007, o Número 
de Identificação do Trabalhador - NIT relativo aos benefícios de 
que trata o inciso I do § 4º do art. 202-A do Regulamento da 
Previdência Social, referente ao período de 1o de maio de 2004 a 
31 de dezembro de 2006, a ser considerado, por empresa, para o 
cálculo do respectivo FAP. (Redação dada pelo Decreto nº 6.257, 
de 2007) 
§ 2º - A empresa será cientificada da disponibilização dos dados 
a que se refere o § 1º por meio de ato ministerial publicado no 
Diário Oficial da União. 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 37 
§ 3º - A empresa poderá impugnar junto ao Instituto Nacional do 
Seguro Social, no prazo de trinta dias contados da publicação do 
ato a que se refere o § 2º, a inclusão de benefício decorrente de 
indevida vinculação. (Redação dada pelo Decreto nº 6.257, de 
2007) 
Art. 5º - Este Decreto produz efeitos a partir do primeiro dia: 
I - do mês de abril de 2007, quanto aos arts. 199-A e 337 e à 
Lista B do Anexo II do Regulamento da Previdência Social; 
II - do quarto mês subsequente ao de sua publicação, quanto à 
nova redação do Anexo V do Regulamento da Previdência Social, 
e; 
III - do mês de setembro de 2008 quanto à aplicação do art. 202-
A do Regulamento da Previdência Social, observado, ainda, o 
disposto no § 6º do mencionado artigo. (Redação dada pelo 
Decreto nº 6.257, de 2007). 
Parágrafo único. Até que sejam exigíveis as contribuições nos 
termos da alteração do Anexo V do Regulamento da Previdência 
Social e da aplicação do art. 202-A serão mantidas as referidas 
contribuições na forma disciplinada até o dia anterior ao da 
publicação deste Decreto. 
Art. 6º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 7º Fica revogado o § 3º do art. 40 do Regulamento da 
Previdência Social, aprovado pelo Decreto nº 3.048, de 6 de maio 
de 1999. 
 
Brasília, 12 de fevereiro de 2007. 
 
 
 
 
 
 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 38 
Conforme visto no capítulo anterior, o Fator Acidentário de Prevenção (FAP), em 
vigência desde 2010, é um sistema bonus x malus, no qual a alíquota de contribuição 
de um, dois ou três por cento, destinada ao financiamento do benefício de 
aposentadoria especial ou daqueles concedidos em razão do grau de incidência de 
incapacidade laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho, poderá ser 
reduzida, em até cinquenta por cento, ou aumentada, em até cem por cento, conforme 
dispuser o regulamento, em razão do desempenho da empresa em relação à respectiva 
atividade econômica, apurado em conformidade com os resultados obtidos a partir dos 
índices de frequência, gravidade e custo calculados segundo metodologia aprovada 
pelo Conselho Nacional de Previdência Social. 
 
O desempenho da empresa, atribuído pelo resultado do FAP que varia de 0,5000 a 
2,0000, encontra-se disponível no sítio do Ministério da Previdência Social (MPS) na 
internet, juntamente com as respectivas ordens de frequência, gravidade, custo e 
demais elementos que possibilitem a verificação, por parte da empresa, do seu 
desempenho dentro da sua Subclasse da CNAE, bem como documentos de apoio, nos 
quais constam a legislação correlata e as respostas a dúvidas frequentes. 
 
Se houver discordância quanto ao FAP, a empresa poderá contestá-lo de forma 
eletrônica, exclusivamente em sistema específico disponibilizado pelo MPS, perante o 
Departamentode Políticas de Saúde e Segurança Ocupacional (DPSSO), da Secretaria 
de Políticas de Previdência Social (SPPS) do MPS, no prazo de trinta dias da sua 
divulgação oficial (Decreto nº 3.048/1999, art. 202-B). 
 
Os procedimentos para contestação, assim como para desbloqueios de bonificação, 
quando houver, são estabelecidos por portaria conjunta publicada anualmente pelos 
Ministérios da Fazenda e da Previdência Social quando da publicação do FAP. O 
engenheiro de segurança do trabalho deverá estar atento quanto às publicações 
anuais do FAP para acompanhar suas alíquotas e , caso necessário, impugnar 
administrativamente seus enquadramentos, mas, para tanto, deverá estar atento 
quanto aos seus programas ocupacionais, como o Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais (PPRA) e o Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO). 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 39 
 
Nesse contexto, é fundamental que o engenheiro de segurança do trabalho entenda a 
relação entre o FAP e o RAT. 
 
O que é RAT (Riscos Ambientais do Trabalho)? 
Representa a contribuição da empresa, prevista no inciso II do artigo 22 da Lei 
8212/91, e consiste em percentual que mede o risco da atividade econômica, com 
base no qual é cobrada a contribuição para financiar os benefícios previdenciários 
decorrentes do grau de incidência de incapacidade laborativa (GIIL-RAT). A alíquota 
de contribuição para o RAT será de 1% se a atividade for de risco mínimo, 2% se de 
risco médio e de 3% se de risco grave, incidentes sobre o total da remuneração paga, 
devida ou creditada a qualquer título, no decorrer do mês, aos segurados empregados 
e trabalhadores avulsos. Havendo exposição do trabalhador a agentes nocivos que 
permitam a concessão de aposentadoria especial, há acréscimo das alíquotas na forma 
da legislação em vigor. Logo, o Fator Acidentário de Prevenção afere o desempenho 
da empresa, dentro da respectiva atividade econômica, relativamente aos acidentes 
de trabalho ocorridos num determinado período. O FAP consiste num multiplicador 
variável, num intervalo contínuo de cinco décimos (0,5000) a dois inteiros (2,0000), 
aplicado com quatro casas decimais sobre a alíquota RAT. 
 
Outra questão de extrema importância no campo da prevenção e que irá impactar 
positiva ou negativamente no FAP é que, desde a competência de janeiro de 2010, as 
empresas continuam informando o campo RAT na GFIP e passaram a informar também 
o campo FAP, conforme manual da GFIP, Capítulo III, item 2.4. O FAP está 
normatizado no Regulamento da Previdência Social (RPS), aprovado pelo Decreto 
3.048/1999, atualizado pelo Decreto 6.957/2009, assim como na Resolução CNPS nº 
1.316, de 2010. O Decreto 6.957/2009, em seu Anexo V, promoveu a revisão de 
enquadramento de risco das alíquotas RAT, com aplicabilidade também a partir da 
competência 01/2010. 
 
 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 40 
É preciso entender, nesse cenário, a figura jurídica da atividade 
preponderante e o correspondente grau de risco. 
 
Considera-se preponderante a atividade que ocupa, na empresa, o maior número de 
segurados empregados e trabalhadores avulsos. É de responsabilidade da empresa 
realizar o enquadramento na atividade preponderante, cabendo à Secretaria da 
Receita Previdenciária do Ministério da Previdência Social revê-lo a qualquer tempo. 
 
A contribuição da empresa, destinada ao financiamento da aposentadoria especial e 
dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacidade laborativa 
decorrente dos riscos ambientais do trabalho, corresponde à aplicação dos percentuais 
seguintes, incidentes sobre o total da remuneração paga, devida ou creditada a 
qualquer título, no decorrer do mês, ao segurado empregado e trabalhador avulso: 
 
Quadro I 
 
 
Grau 
Risco 
Tipo de risco 
(%) 
Contribuição 
Grau 1 
Atividade preponderante cujo risco de acidente do trabalho 
seja considerado leve. 
1 % 
Grau 2 
Atividade preponderante cujo risco de acidente do trabalho 
seja considerado médio. 
2 % 
Grau 3 
Atividade preponderante cujo risco de acidente do trabalho 
seja considerado grave. 
3 % 
 
As alíquotas constantes no quadro I serão reduzidas em até 50% (cinquenta por cento) 
ou aumentadas em até 100% (cem por cento), em razão do desempenho da empresa 
em relação à sua respectiva atividade, aferido pelo Fator Acidentário de Prevenção 
(FAP). 
 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 41 
 O Ministério da Previdência Social publicará anualmente, sempre no mesmo mês, os 
índices de frequência, gravidade e custo, por atividade econômica, e disponibilizará, 
na internet, o FAP por empresa, com as informações que possibilitem a ela verificar a 
correção dos dados utilizados na apuração do seu desempenho. 
 
O acidente do trabalho será caracterizado tecnicamente pela perícia médica do INSS 
mediante a identificação do nexo entre o trabalho e o agravo. 
Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo quando se verificar nexo 
técnico epidemiológico entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora 
da incapacidade elencado na Classificação Internacional de Doenças (CID) em 
conformidade com o disposto na Lista B do Anexo II do RPS. 
 
Da decisão do requerimento da inexistência do nexo causal, cabe recurso, com efeito 
suspensivo, por parte da empresa ou, conforme o caso, do segurado ao Conselho de 
Recursos da Previdência Social, nos termos dos artigos 305 a 310 do Decreto 3.048/99. 
 
 
Diante das questões até aqui apresentadas, veja que, para que um engenheiro de 
segurança do trabalho efetivamente consiga obter os resultados ocupacionais 
esperados, necessitará ampliar os conceitos de segurança baseada em cultura. 
 
Logo, por quais motivos uma empresa deverá investir em segurança do 
trabalho? 
 
Bem, o principal objetivo é manter a integridade física e psicológica da equipe e 
combater riscos e acidentes laborais. Como sabemos, a segurança do trabalho é um 
conjunto de medidas que devem ser implementadas nos ambientes de trabalho como 
garantia de qualidade e segurança dos funcionários. Ela engloba um conjunto de 
medidas que visa a reduzir os acidentes e doenças ocupacionais, além de proteger a 
integridade física e a capacidade do funcionário e da instituição como um todo. Investir 
em segurança do trabalho significa que a sua empresa está em cumprimento com as 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 42 
normas estabelecidas pelo Ministério do Trabalho para a segurança dos colaboradores 
e atenta à qualidade das relações existentes dentro da companhia. 
 
Benefícios ao investir em segurança do trabalho 
i) Redução de acidentes: o principal objetivo da segurança do trabalho é garantir 
a prevenção dos acidentes laborais que prejudicam a integridade física e mental do 
trabalhador. Dessa forma, investir em segurança do trabalho reafirma um ambiente 
saudável e produtivo; 
ii) Organização: investir em segurança do trabalho permite que a empresa crie 
uma logística que demonstra a preocupação e o cuidado com o funcionário. Essa 
organização garante outro benefício, que é a produtividade, uma vez que o 
colaborador se sente mais motivado para executar suas funções; 
iii) Redução de gastos: o trabalho preventivo oriundo da segurança do trabalho 
gera menos custos com materiais e afastamentos ou ações judiciais. Um ambiente 
seguro inibe os riscos e mantém a atenção do funcionário da execução da tarefa, 
evitando prejuízos materiais e afastando os riscos de acidentes; 
iv) Ambiente de trabalho saudável: o investimentoem segurança do trabalho 
demonstra o comprometimento da empresa com a saúde e bem-estar de todo o 
quadro de funcionários. Esse sentimento de cuidado e proteção gera um ambiente 
laboral saudável e propício a ideias e relações interpessoais; 
v) Produtividade: funcionários motivados pelo sentimento de integração da 
equipe se empenham em alcançar a produtividade estabelecida pela direção da 
empresa. Além disso, a eliminação dos riscos mantém o foco na execução do trabalho 
prestado; 
vi) Qualidade: funcionários que percebem que estão realizando um trabalho de 
forma segura produzem com qualidade. Isso porque prazos são mais respeitados e, 
por consequência, seu cliente final fica extremamente satisfeito; 
vii) Credibilidade: a redução de acidentes e ocorrências envolvendo a imagem da 
empresa garante a credibilidade corporativa da instituição numa demonstração de 
responsabilidade social. Com produtividade e equipe motivada, a companhia se torna 
referência no mercado em que atua; 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 43 
viii) Oportunidade: o treinamento de segurança do trabalho pode ser uma grande 
oportunidade para realizar uma integração com todos os colaboradores a fim de expor 
o compromisso da empresa com a segurança e demonstrar os objetivos e as metas da 
empresa. Investir em segurança do trabalho é promover o bem-estar físico mental e 
social dos trabalhadores com retorno certo em produtividade, redução dos gastos, 
valorização da marca e credibilidade da empresa. 
 
Investir em segurança do trabalho é garantir o sucesso do seu negócio, em especial 
nos resultados do fator acidentário de prevenção, com uma grande possibilidade de 
redução de até 50% das alíquotas do referido rateio! 
 
 
CARACTERIZAÇÃO DOS RISCOS 
 
É importante destacar nesse processo os seguintes aspectos relacionados à 
caracterização dos riscos: 
• A caracterização dos riscos será realizada por setor de trabalho e função, 
buscando-se coletar o maior número de dados nos diversos ambientes de 
trabalho; 
• Importante considerar para a caracterização tanto o ambiente quanto o 
processo de trabalho; 
• Definir para a caracterização dos riscos a população exposta aos físicos, 
químicos ou biológicos; 
• É fundamental a identificação dos agentes de risco - identificação dos agentes 
ambientais considerados relevantes, das fontes geradoras, trajetórias e meios 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 44 
de propagação, bem como dos padrões recomendados cientificamente ou 
estabelecidos na legislação brasileira (limites de tolerância da NR 15) e/ou 
ACGIH (Threshold Limit Values – TLVs); 
• Definir os registro das medidas de controles ativos e seus efeitos potenciais. 
 
 
ANÁLISE DE RISCOS PARA HIGIENE OCUPACIONAL 
 
No processo de caracterização dos riscos, é fundamental a análise dos riscos, que 
deverá ser realizada para cada agente ambiental identificado por setor de trabalho e 
função, considerando-se a gravidade do dano, a probabilidade da exposição ocorrer 
ou a gradação da exposição ao agente de risco (intensidade, duração e frequência). 
 
A caracterização dos riscos deverá levar em consideração os quatro enquadramentos 
fundamentais: 
I – Irrelevante; 
II – Marginal; 
III – Crítico; 
V – Catastrófico. 
 
Veja a tabela com os enquadramentos a seguir: 
 
 
Categoria dos 
Riscos 
Situação Não Avaliada 
Quantitativamente 
Situação Avaliada 
Quantitativamente 
 
 
I – Irrelevante 
- Quando o agente apresenta o 
Efeito (1) e ocorre com a 
Frequência (1) ou (2); 
- Quando o agente apresenta o 
Efeito (2) e ocorre com a 
Frequência (1) ou (2) 
Quando o agente 
considerado foi 
quantitativamente avaliado 
como desprezível frente 
aos critérios técnicos 
(limites de tolerância). 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 45 
 Quando o agente se 
encontra abaixo do nível de 
ação. 
 
 
 
 
II – Marginal 
- Quando o agente apresenta o 
Efeito (1) e ocorre com a 
Frequência (3) ou (4) 
- Quando o agente apresenta o 
Efeito (2) e ocorre com a 
Frequência (2); (3) ou (4) 
- Quando o agente apresenta o 
Efeito (3) e ocorre com a 
Frequência (1) ou (2) 
- Quando o agente apresenta o 
Efeito (4) e ocorre com a 
Frequência (1) ou (2) 
 
- Quando o agente se 
encontra acima do nível de 
ação. 
- Quando o agente se 
encontra próximo ao limite 
de tolerância com 
possibilidades de atingi-lo. 
- Quando a exposição está 
acima do limite de 
tolerância, mas sob 
controle técnico. 
 
 
 
III – Crítico 
- Quando o agente apresenta o 
Efeito (1) e ocorre com a 
Frequência (3) ou (4) 
- Quando o agente apresenta o 
Efeito (2) e ocorre com a 
Frequência (2); (3) ou (4) 
- Quando o agente apresenta o 
Efeito (3) e ocorre com a 
Frequência (1) ou (2) 
- Quando o agente apresenta o 
Efeito (4) e ocorre com a 
Frequência (1) ou (2) 
 
- Quando a exposição está 
acima do limite de 
tolerância e sem controle 
técnico. 
 
 
- Quando o agente apresenta o 
Efeito (3) e ocorre com a 
Frequência (3) ou (4) 
 
- Quando a exposição está 
acima do valor máximo 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 46 
IV - 
Catastrófico 
- Quando o agente apresenta o 
Efeito (4) e ocorre com a 
Frequência (3) ou (4) 
- Nas situações de risco grave e 
iminente 
representando risco grave 
e iminentes para a saúde 
dos expostos 
 
 
Para a caracterização dos riscos e enquadramentos de acordo com a tabela acima, 
é fundamental entender, especialmente para os riscos biológicos, a relação entre efeito 
e frequência. 
 
Frequência: 
 
1- Quando não há contato ou quando o contato é improvável; 
2- Quando há contatos com baixa frequência com o agente; 
3- Quando o contato é frequente com o agente; 
4- Quando o contato é permanente com o agente. 
 
Efeitos: 
 
1- Quando o agente considerado não apresentar risco potencial de dano à 
saúde por ocasião das inspeções, considerando os parâmetros descritos em literatura 
e parâmetros técnicos; 
2- Quando o agente considerado, por ocasião das inspeções, representar risco 
moderado à saúde, não causando efeitos agudos aos empregados expostos, quando 
o agente não for carcinogênico, teratogênico ou mutagênico confirmado e/ou suspeito 
para animais, segundo parâmetros descritos em literatura e parâmetros técnicos; 
3- Quando o agente considerado por ocasião das inspeções representar efeitos 
reversíveis severos e preocupantes à saúde, incluindo efeitos agudos, ser 
suspeito de ser carcinogênico, teratogênico ou mutagênico para seres humanos 
segundo parâmetros descritos em literatura e parâmetros técnicos; 
 
 
TÓPICOS ESPECIAIS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 47 
4- Quando o agente considerado, por ocasião das inspeções, representar 
efeitos irreversíveis preocupantes à saúde, se confirmado de ser carcinogênico, 
teratogênico ou mutagênico para seres humanos segundo parâmetros descritos em 
literatura e parâmetros técnicos. 
 
 
A avaliação ambiental pode ser desenvolvida ao longo de um ano em conjunto com 
outras etapas, considerando a prioridade estabelecida, devendo ser prevista no 
cronograma de ações. 
 
Os relatórios de avaliação ambiental deverão ser mantidos em conjunto com o próprio 
Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA). 
 
Importante: 
 
• Os relatórios impressos fornecidos pelos equipamentos serão arquivados em 
conjunto dos laudos

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