Buscar

Resumo - Processo civil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Resumo: Processo Civil 
 
Competência: 
1 - Conceito: 
• Dividir dentro do poder judiciário, as funções de cada órgão. Distribuição das 
atribuições relativas ao desempenho da jurisdição, nos limites estabelecidos por lei. 
 
Critério Funcional: Determinar qual órgão é competente de acordo com a função que 
desempenha. 
• Horizontal – Mesmo nível hierárquico. 
• Vertical – Muda de acordo com as instâncias. 
 
Critério Territorial: Determinar em qual local a demanda deverá ser proposta. (art 53, III 
CPC). 
 
Determinação da competência 
 
 Apesar das diversas classificações que os autores pátrios fazem acerca da 
competência, há certo consenso em adotar a seguinte sistematização: 
 
Têm-se as competências: 
 
I. Internacional: 
a. Exclusiva ou 
b. Concorrente 
 
II. Interna, que pode ser fixada em razão de quatro parâmetros: 
a. Território; 
b. Matéria; 
c. Valor; 
d. Função. 
 
Competência internacional: 
• Delimitar o espaço em que deve atuar a jurisdição, na medida em que o estado 
possa fazer cumprir soberanamente as suas sentenças. 
 
Exclusiva (art 23 cpc): 
• Em causas onde a competência dos tribunais brasileiros é exclusiva, sentença 
estrangeira não tem como ser homologada. 
 
“Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: 
I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; 
II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e 
ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de 
nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional; 
III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens 
situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio 
fora do território nacional” 
 
Concorrente ou cumulativa (art. 21 e 22 CPC): 
• A competência é concorrente, ou seja, podem essas causas também serem julgadas 
nos tribunais estrangeiros. 
Art. 21. 
Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que: 
I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; 
II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; 
III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. 
Parágrafo único. Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa 
jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal. 
 
Art. 22. 
Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações: 
I - de alimentos, quando: 
a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil; 
b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de 
renda ou obtenção de benefícios econômicos; 
II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no 
Brasil; 
III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional. 
 
 
Interna: 
• Em razão do território (ratione loci): baseia se em aspecto de natureza geográfica, 
isto é, em determinada porção do território, como, por exemplo, o domicílio do réu, 
fixada por critérios determinados em lei, sobre a qual o juiz exerce jurisdição 
• Em razão da matéria ou natureza (ratione materiae): considera a natureza do direito 
material controvertido, a saber, se o litígio versa sobre Direito Civil, Penal, etc. De um 
modo geral, constitui meio de especializar a Justiça, na medida em que leva à criação 
de varas exclusivas para a apreciação de pedidos relacionados com determinado ramo 
do direito público ou privado. 
• Em razão do valor da causa (ratione valoris): é determinada com base no valor 
atribuído à causa. 
• Em razão da função (competência funcional): pode materializar-se de diversas 
formas: 
o a) Pela prevenção: juízo já provocado para uma primeira medida terá 
competência para as subsequentes; 
o b) Em uma fase subsequente do processo: competência do juízo da fase 
cognitiva para a fase de cumprimento de sentença; 
o c) Casos das chamadas sentenças determinativas, nas quais a cláusula rebus 
sic stantibus fica ativa, permitindo adequação do que foi decidido às 
modificações de fato (p. ex., a ação de alimentos e posterior ação de revisão 
ou exoneração de alimentos). 
• Em razão da pessoa (ratione personae): leva em conta a prerrogativa expressa em lei 
e decorrente de motivos de interesse público, exercida por uma das partes envolvidas 
no litígio. Baseia se no princípio constitucional da isonomia, que assegura tratamento 
desigual aos desiguais, na medida de suas diferenças. Assim, por exemplo, se o 
Presidente da República cometer crime comum, será julgado pelo STF. 
 
Competência originária: 
• É aquela atribuída ao órgão jurisdicional para conhecer a causa em primeiro lugar. 
Competência derivada: 
• É atribuída ao órgão jurisdicional destinado a rever a decisão já proferida. 
 
Incompetência absoluta e relativa: 
 
A utilização errônea dos parâmetros estabelecidos na lei resultará em vício de incompetência 
do órgão judicial. Tal vício, conforme a natureza do critério e o interesse tutelado, pode ser 
sanável ou insanável, determinando as hipóteses de incompetência relativa e absoluta, 
respectivamente. 
 
• Os critérios absolutos de fixação da competência: são estabelecidos por normas 
cogentes de ordem pública em razão do interesse público, gerando sua violação vício 
insanável, que deve ser reconhecido ex officio pelo juiz, a qualquer tempo e grau de 
jurisdição, embora possa ser alegado pela parte. Por ser absoluta (mais grave), não 
pode ser modificada nem por vontade das partes nem por conexão ou continência. 
Seus critérios levam em consideração a natureza da causa (ratione materiae), a 
hierarquia, ou o critério funcional, e, para alguns, o critério em razão da pessoa. 
• Critérios relativos: Regra criada para atender interesse particular, somente poderá ser 
arguida pelo réu na contestação, sob pena de preclusão. O magistrado não pode 
reconhecer de oficio. As partes podem modificar voluntariamente a regra de 
competência relativa pelo foro de eleição (art 63 CPC), ou pela alegação (art 65 CPC). 
 
Conexão 
• Conforme o art. 55 do CPC/2015, reputam se conexas ações que tenham um vínculo 
ou nexo identificado pelo mesmo objeto (pedido) ou causa de pedir (contexto de 
fatos), não exigindo que sejam as mesmas partes. Se estiverem sendo processadas em 
juízos diferentes, deverão ser reunidas em um só juízo, a fim de evitar decisões 
colidentes. 
Art. 55. 
Reputam-se conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de 
pedir. 
§ 1º Os processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles 
já houver sido sentenciado. 
§ 2º Aplica-se o disposto no caput: 
I - à execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico; 
II - às execuções fundadas no mesmo título executivo. 
§ 3º Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco de 
prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente, mesmo 
sem conexão entre eles. 
 
Continência 
• De acordo com o art. 56 do CPC/2015, há continência quando em duas ou mais ações 
há identidade de partes e de causa de pedir, mas pedidos diferentes, sendo que, em 
relação a estes, o pedido de uma demanda abrange o da outra (ou das outras) por ser 
mais amplo. Diz se que, em relação ao objeto, há apenas uma parcial identificação, 
falando se, com isso, em uma relação de continência e de conteúdo. 
 
Conflito de competência 
• Conforme o art. 66 do CPC/2015, o conflito de competência surge a partir de um 
impasse entre os órgãos jurisdicionais, quando: dois ou mais juízes se declaram 
competentes para julgar (conflito positivo, inc. I); se consideram incompetentes 
(conflito negativo, inc. II); houver discussão quanto ao juízo prevento (conflito sui 
generis, inc. III),casos nos quais há modificação da competência (notadamente 
conexão ou continência). Assim, só haverá conflito de competência, seja em caso de 
competência absoluta ou relativa, quando houver dois juízos manifestando 
expressamente vontades colidentes entre si. 
 
Sujeitos do Processo: 
 
O juiz: 
 
Das garantias inerentes aos magistrados trata o art. 95 da CF26: 
I. Vitaliciedade: significa que o magistrado só pode perder o cargo mediante decisão 
judicial transitada em julgado27, com exceção, no caso do juiz de primeira instância, se estiver 
durante os dois primeiros anos de exercício, prazo durante o qual a perda dependerá apenas 
de deliberação do tribunal a que estiver vinculado. Entretanto, a garantia não impede que o 
juiz seja aposentado compulsoriamente aos setenta e cinco anos (art. 93, VI, c/c o art. 40, § 
1º, II, da CF). 
II. Inamovibilidade: o juiz é imune a transferências de cargo contra a sua vontade 
(mesmo por promoção), salvo por motivo de interesse público, reconhecido pela maioria 
absoluta dos membros do tribunal a que o magistrado estiver vinculado ou do Conselho 
Nacional de Justiça (art. 93, VIII, da CF). 
III. Irredutibilidade de subsídio: proíbe quaisquer alterações que reduzam o valor de 
seu subsídio, pois tal diminuição possibilitaria a exposição do Poder Judiciário a coações e 
represálias provenientes de particulares ou de outros Poderes. Ressalte se, no entanto, que 
tal garantia restou bastante esvaziada em virtude da vedação à revisão automática dos 
salários, tendo sido reduzida, com isso, à expressão nominal dos salários dos juízes. 
 
Poderes, deveres e responsabilidades do juiz: 
 
I. Assegurar às partes igualdade de tratamento; 
II. Velar pela duração razoável do processo; 
III. Prevenir ou reprimir qualquer ato contrário à dignidade da justiça e indeferir 
postulações meramente protelatórias; 
IV. Determinar todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias 
necessárias para assegurar o cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que 
tenham por objeto prestação pecuniária; 
V. Promover, a qualquer tempo, a autocomposição, preferencialmente com auxílio de 
conciliadores e mediadores judiciais; 
VI. Dilatar os prazos processuais e alterar a ordem de produção dos meios de prova, 
adequando-os às necessidades do conflito de modo a conferir maior efetividade à 
tutela do direito; 
VII. Exercer o poder de polícia, requisitando, quando necessário, força policial, além da 
segurança interna dos fóruns e tribunais; 
VIII. Determinar, a qualquer tempo, o comparecimento pessoal das partes, para inquiri-las 
sobre os fatos da causa, hipótese em que não incidirá a pena de confesso; 
IX. Determinar o suprimento de pressupostos processuais e o saneamento de outros 
vícios processuais; 
X. Quando se deparar com diversas demandas individuais repetitivas, oficiar o Ministério 
Público, a Defensoria Pública e, na medida do possível, outros legitimados a que se 
referem o art. 5º da Lei n. 7.347, de 24 de julho de 1985, e o art. 82 da Lei n. 8.078, de 
11 de setembro de 1990, para, se for o caso, promover a propositura da ação coletiva 
respectiva. 
 
Auxiliares da justiça: 
 a) Escrivão; b) Chefe de secretaria; c) Oficial de justiça; d) Perito; e) Depositário; f) 
Administrador; g) Intérprete; h) Tradutor; i) Mediador; j) Conciliador; k) Partidor; l) 
Distribuidor; m) Contabilista; e n) Regulador de avarias. 
 
As partes 
 
Partes da demanda: autor e réu 
 
• As partes, como sujeitos parciais do processo, são, em geral, aquele que formula o 
pedido em juízo e aquele em face de quem se pede a tutela jurisdicional. Muitos 
autores utilizam diversas nomenclaturas para se referirem às partes do processo 
(abrange autor, réu e terceiros), tais como: partes principais (partes da demanda: 
autor e réu) e partes secundárias (terceiros intervenientes); partes da lide ou, 
simplesmente, partes. 
 
Litisconsórcio 
 
• Definição: Se, por um lado, é inconcebível a existência de um processo sem partes, 
por outro podem existir processos em que haja pluralidade de partes. Nesse sentido, 
o litisconsórcio é justamente o instituto processual relativo à pluralidade de partes, de 
modo que, havendo litisconsórcio, teremos em pelo menos um dos polos da relação 
jurídica processual mais de um sujeito. 
• Registre se que o litisconsórcio somente pode ocorrer nos casos expressamente 
autorizados pela lei. Em outros termos: o Novo Código de Processo Civil estabelece, 
nos arts. 113 e 114, as hipóteses em que se admite a pluralidade de autores e/ ou de 
réus, e as partes não podem, escoradas tão somente em sua vontade, formar 
litisconsórcio em situação não prevista pelo direito positivo. Dessa forma, a 
pluralidade de partes, embora possível, é excepcional. 
• O litisconsórcio difere da intervenção de terceiros, isto é, do ingresso no processo de 
pessoa que não o autor ou o réu, a qual também só é admitida nos casos previstos em 
lei, embora, ocasionalmente, possa ocorrer que terceiros atuem em litisconsórcio31. 
Da mesma forma, difere o litisconsórcio da cumulação subjetiva de lides, porquanto 
poderá haver pluralidade de partes em um mesmo processo sem que haja 
litisconsórcio. 
 
Pode ser: 
 
• Ativo: Quando há pluralidade do polo ativo; 
• Passivo: Quando há pluralidade de réus; 
• Misto: Quando formado junto a distribuição da ação. Quando o processo se inicia com 
pluralidade de partes; 
 
• Facultativo ou não obrigatório: quando a presença de todos os litisconsortes não é 
necessária para o exame do mérito da causa; O litisconsórcio facultativo ocorre, 
segundo o art. 113 do CPC/2015, quando houver: 
o 1) Entre elas comunhão de direitos ou de obrigações relativamente à lide; 
o 2) Entre as causas conexão pelo pedido ou pela causa de pedir; 
o 3) Afinidade de questões por ponto comum de fato ou de direito. 
• Necessário ou obrigatório: no qual todos os litisconsortes devem estar presentes, sob 
pena de inexistência jurídica, ineficácia ou nulidade absoluta, segundo diferentes 
correntes doutrinárias. 
 
• Comum ou simples: quando a decisão proferida pelo juiz pode ser diferente para cada 
um dos litisconsortes (art. 117 do CPC/2015); 
• Especial ou unitário: no qual a decisão do juiz necessariamente será igual para todos 
os litisconsortes em função da natureza da relação jurídica que não pode ser cindida, 
tal como ocorre na ação de anulação de casamento, onde qualquer decisão dirá 
sempre respeito a ambos os interessados. 
 
• Originário ou inicial: formado desde o início da ação, sendo essa a regra geral; 
• Superveniente ou ulterior: formado em momento posterior ao início da ação. 
 
Os terceiros 
 
Conceito: Diferencia-se do litisconsórcio, havendo pluralidade de partes da demanda, pois o 
ingresso se dá como autor ou réu, enquanto a intervenção de terceiros é a possibilidade de 
participar, intervir por interesse indireto, não sendo autor nem réu. 
 
Em Processo Civil, a intervenção de terceiros – regida pelo princípio básico segundo o qual a 
intervenção em processo alheio só é possível mediante expressa permissão legal – classifica 
se: 
I. De acordo com a iniciativa do terceiro, em intervenção voluntária ou espontânea e 
obrigatória ou provocada; 
II. Conforme a inserção do terceiro na relação processual existente, em assistência e 
chamamento ao processo; 
III. Quanto à formulação de nova relação jurídica processual no mesmo processo, 
encontramos a denunciação da lide, na medida em que a oposição agora, no novo CPC, é 
tratada no rol dos procedimentos especiais, e não mais como espécie de intervenção de 
terceiros. 
 
Modalidades de intervenção de terceiros 
 
 Assistência 
 
• Assistência simples: a assistência será considerada simples quando o direito do 
terceiro não estiver sendo discutido no processo, sendo, em contrapartida, 
considerada litisconsorcial quando seu interesse também for objeto dadiscussão. 
• Assistência litisconsorcial: o assistente participa da própria relação jurídica material 
debatida no processo, razão por que, de modo mais evidente do que na situação 
anterior, será atingido pelos efeitos da sentença (p. ex., intervenção de um condômino 
no processo que tem por objeto uma pretensão reivindicatória e que foi instaurado 
por iniciativa de outro condômino). 
 
Denunciação da lide 
 
Conceito: Constitui verdadeira demanda incidental de garantia. Com ela, formula-se 
pretensão em face do terceiro (ou de algum dos litisconsortes da demanda principal), 
convocando o a integrar o processo. Com isso, instaura-se uma nova demanda no mesmo 
processo, que será, em verdade, uma “ação regressiva, in simultaneus processus”, isto é, uma 
ação de regresso antecipada em caso de sucumbência do denunciante. Na denunciação da 
lide, temos uma relação de prejudicialidade, já que, vencendo o denunciante na demanda 
principal, a segunda demanda instaurada por força da denunciação restará prejudicada. 
 
O incidente de desconsideração de personalidade jurídica 
 
Conceito: a matéria agora prevista no novo CPC, nos arts. 133 a 137, já está positivada há 
algum tempo em nosso ordenamento jurídico. A ideia da personalidade jurídica e de seu 
arcabouço normativo contribuiu, e muito, para o fortalecimento e para a segurança das 
atividades empresariais. Contudo, a partir do momento em que ocorre o abuso do direito, 
torna-se necessário adaptar o ordenamento jurídico, a fim de evitar o uso ilegítimo da 
empresa. 
 
 
O amicus curiae 
 
Conceito: O amicus curiae não atua em prol de um interesse seu, sendo sua atuação 
institucional, e o benefício do autor ou do réu apenas consequência de sua atuação, e não 
fundamento desta. 
Independentemente da discussão em torno da natureza jurídica dessa figura, o fato é 
que ele é o portador de interesses institucionais dispersos na sociedade, de forma a 
ultrapassar interesses unicamente particulares. O que é relevante para ele é a aplicação do 
direito objetivo em conformidade com suas finalidades institucionais, estando muito mais 
próximo da atuação do Ministério Público como custos legis ou do perito judicial do que da 
própria figura do assistente. 
O amicus curiae é um amigo da corte, e não das partes. Explicamos melhor: sua melhor 
denominação no direito brasileiro talvez seja amicus partis ou amicus causae, pois comparece 
mais com o intuito de ajudar uma das partes do que mesmo de trazer esclarecimentos ao 
tribunal.] 
 
Art. 138. 
O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da 
demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício 
ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a 
participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com 
representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação. 
§ 1º A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza 
a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese 
do § 3º. 
§ 2º Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os 
poderes do amicus curiae. 
§ 3º O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de 
demandas repetitivas. 
 
 
 
	Art. 21.
	Art. 22.
	Art. 55.
	Art. 138.

Continue navegando