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UNED SERRA CURSO DE AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL INSTRUMENTAÇÃO INDUSTRIAL MÓDULO: MEDIÇÃO DE FORÇA E TORQUE 1ª EDIÇÃO Janeiro 2006 CEFETES – UNED SERRA – Página: 2 SUMÁRIO LEI DE HOOKE................................................................................................................................ 3 MÓDULO DE ELASTICIDADE LONGITUDINAL OU MÓDULO DE YOUNG ....................... 3 VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA ELÉTRICA................................................................................. 4 CLASSIFICAÇÃO DAS MEDIDAS EXTENSOMÉTRICAS ........................................................ 5 STRAIN GAGES............................................................................................................................... 5 1) GAGES METÁLICOS (WIRE STRAIN GAGES) .............................................................. 5 2) GAGES DE TRAMA PELICULAR (FOIL STRAIN GAGE) ............................................. 6 BANDAS UNIAXIAIS ................................................................................................................. 7 BANDAS BIAXIAIS (ROSETAS)............................................................................................... 7 BANDAS PARA ESFORÇOS RADIAIS E TANGENCIAIS ..................................................... 8 MÉTODOS DE MEDIDAS .............................................................................................................. 9 1) Método Direto ........................................................................................................................... 9 2) Método de Zero ......................................................................................................................... 9 COMPENSAÇÃO DE TEMPERATURA ........................................................................................ 9 MONTAGENS DE MEDIDAS COM PONTES EXTENSOMÉTRICAS..................................... 10 1) Primeira Montagem................................................................................................................. 10 2) Segunda Montagem................................................................................................................. 11 3) Terceira Montagem ................................................................................................................. 11 CEFETES – UNED SERRA – Página: 3 LEI DE HOOKE: Em 1678, Robert Hooke estabeleceu a relação que existem tensões e deformações em corpos submetidos a solicitações mecânicas. Se o material for isótropo e homogêneo e seu limite elástico não for superado, então verifica-se que a relação entre a tensão e a deformação é linear. Baseado neste princípio, pode-se definir extensometria da seguinte forma: Extensometria é o método que tem por objetivo a medida das deformações superficiais dos corpos. O conceito de deformação é expresso mediante uma relação dimensional; O esforço de tensão que uma estrutura suporta se define em termos de força por unidade de área (N/mm2). MÓDULO DE ELASTICIDADE LONGITUDINAL OU MÓDULO DE YOUNG: (E) Medida da rigidez que um material apresenta quando solicitado longitudinalmente. Quanto maior for o módulo E, menor será a deformação elástica resultante de uma aplicação de uma tensão e mais rígido será o material: Exemplo para o Aço Comum: Módulo de Young: 2,05x105 N/mm2 Limite Elástico: 3,40 x105 N/mm2 Ruptura: 5,40 x105 N/mm2 CEFETES – UNED SERRA – Página: 4 Entretanto, as deformações não se produzem somente na direção da força aplicada, pois o aumento do comprimento resulta na diminuição (contração) da seção transversal, denominado efeito Poisson (0,3 para a maioria dos metais). VARIAÇÃO DA RESISTÊNCIA ELÉTRICA: A resistência elétrica de um determinado material é uma função de sua resistividade elétrica, do seu comprimento e seção transversal. CEFETES – UNED SERRA – Página: 5 “Quanto uma barra metálica é esticada, ela sofre um alongamento em seu comprimento e também uma diminuição de seu volume, resultado da diminuição da área da seção transversal dessa barra e um conseqüente aumento de sua resistência elétrica. Da mesma maneira, quando a barra é comprimida, a resistência diminui devido ao aumento da área transversal e diminuição do comprimento” CLASSIFICAÇÃO DAS MEDIDAS EXTENSOMÉTRICAS: a) Estáticas: Esforços que variam lentamente em função do tempo (estrutura de uma represa). b) Estáticas Dinânicas: Esforços sujeitos a variações rápidas e graduais (ponte). c) Dinâmicas: Componentes de variação rápida (vibração de um motor quando em balanceamento). STRAIN GAGES (Células extensométricas): Elementos cuja resistência elétrica variam em função de pequenas deformações longitudinais. Tratam-se de pequenas células extensométricas afixadas (coladas) na superfície do corpo de prova, formando um conjunto soliário. Existem dois tipos de strain gages: Gages Metálicos e Gages de Trama pelicular, conforme mostrados a seguir: 1) GAGES METÁLICOS (WIRE STRAIN GAGES), cujo elemento sensível é um fio condutor metálico (liga de níquel com cobre e cromo), seção circular de diâmetro de 0,0025 mm, colado sobre um suporte isolante de resina epóxi: CEFETES – UNED SERRA – Página: 6 2) GAGES DE TRAMA PELICULAR (FOIL STRAIN GAGE), cujo elemento sensível é uma película de metal com poucos microns de espessura, recortada mediante ataque fotoquímico. O comprimento é bem ativo e bem determinado. O princípio de medição dos gages metálicos baseia-se em: valor da resistência elétrica em função das características geométricas. Todo aumento de comprimento corresponde em uma redução da seção transversal e a variação da resistividade é proporcional à variação relativa de volume. O K representa o Fator de Gage ou Coeficiente de Sensibilidade, cujo valor é fornecido pelo fabricante do material. A tabela a seguir mostra as características comuns de alguns strain gages comerciais: CEFETES – UNED SERRA – Página: 7 BANDAS UNIAXIAIS: Servem para medir a força aplicada sobre o eixo longitudinal. BANDAS BIAXIAIS (ROSETAS): Servem para medir deformações de duas ou mais direções CEFETES – UNED SERRA – Página: 8 BANDAS PARA ESFORÇOS RADIAIS E TANGENCIAIS: Servem para medir esforços tangenciais e radiais. CEFETES – UNED SERRA – Página: 9 MÉTODOS DE MEDIDAS: As resistências dos extensômetros são colocadas em circuito do tipo Ponte de Wheatstone, que é um sistema formado por 4 resistências montadas duas a duas em série. 1) Método Direto: Consiste em medir a diferença de potencial entre os bornes de saída da Ponte de Wheatstone, exigindo amplificação prévia do sinal. 2) Método de Zero: Consiste em estabelecer o equilíbrio na ponte, é inserido um potenciômetro que toma uma parte da tensão de alimentação e coloca-a na saída da ponte. COMPENSAÇÃO DE TEMPERATURA: Para compensar a temperatura no strain gage, o strain gage R1 é instalado sobre a superfície do corpo a ser submetido à deformação enquanto que o strain gage R4 é instalado sobre a superfície de um corpo semelhante, não submetido à deformação mas sujeito às mesmas variações de temperatura. Qualquer variação de R1 causada pela temperatura será cancelada pela mesma variação ocorrida em R4. CEFETES – UNED SERRA – Página: 10 MONTAGENS DE MEDIDAS COM PONTES EXTENSOMÉTRICAS: A seguir serão mostradas algumas montagens das diversas existentes usando o strain gages. 1) Primeira Montagem: Esforço de Tração Simples (Circuito de ¼ de Ponte sem compensação de temperatura): CEFETES – UNED SERRA – Página: 11 2) Segunda Montagem: Dois gages ativos, em ramos adjacentes da ponte, um deles alinhado na direção da força aplicada e outro em direção perpendicular (Circuito de ½ Ponte com compensação de temperatura): 3) Terceira Montagem: Quatro gages ativos,dois de ramos opostos para a direção da força aplicada e os dois restantes na direção perpendicular (Circuito de Ponte Completa com compensação de temperatura):
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