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Vesícula Biliar

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Thais V Evangelista- Turma 99 
1 
Vesícula Biliar 
A vesícula biliar é um órgão muscular que está localizado próximo ao fígado e atua no sistema 
digestório, ele tem normalmente um formato de pera e tem a capacidade de armazenar até 
50ml de bile. A vesícula biliar armazena bile, que é lançada apenas quando o alimento que 
contém lipídeos (gordura) entra no trato digestivo. 
...........................................Introdução............................................... 
Uma das muitas funções do fígado é a de secretar bile, normalmente entre 600 e 1.000 
mL/dia. A bile serve a duas funções importantes: 
o Primeira, a bile tem papel importante na digestão e na absorção de gorduras, não porque 
exista nela alguma enzima que provoque a digestão de gorduras, mas porque os ácidos 
biliares realizam duas funções: (1) ajudam a emulsificar as grandes partículas de gordura, 
nos alimentos, a muitas partículas diminutas, cujas superfícies são atacadas pelas lipases 
secretadas no suco pancreático; e (2) ajudam a absorção dos produtos finais da digestão 
das gordura através da membrana mucosa intestinal. 
 
o Segunda, a bile serve como meio de excreção de diversos produtos do sangue. Esses 
produtos de resíduos incluem especialmente a bilirrubina, produto final da destruição da 
hemoglobina e o colesterol em excesso. 
..............................Anatomia da Secreção Biliar.............................. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bile
https://pt.wikipedia.org/wiki/Gordura
https://pt.wikipedia.org/wiki/Trato_digestivo
 
 
Thais V Evangelista- Turma 99 
2 
...........................Vesícula Biliar................................. 
A vesícula biliar tem entre 7 a 10cm de comprimento e situa-se na fossa da vesícula biliar, na 
face visceral do fígado, situada na junção dos lobos direito e esquerdo. A vesícula biliar é um 
órgão piriforme (formato de pera) e consegue armazenar até 50ml de bile. 
O peritônio circunda completamente o fundo da vesícula biliar e une seu corpo e colo ao 
fígado e face hepática da vesícula biliar fixa-se ao fígado por tecido conjuntivo da cápsula de 
Glisson. A vesícula é dividida em três partes: 
o Fundo: a extremidade larga e arredondada do órgão; 
o Corpo: parte principal; 
o Colo/ Infundibulo (Pescoço): extremidade estreita e afilada, oposta ao fundo. 
Normalmente faz uma curva em forma de S e se une ao ducto cístico. 
 
 
 
 
 
O ducto cístico tem 3-4cm de comprimento, e une o colo da vesícula biliar ao ducto hepático 
comum. A túnica mucosa do colo forma a prega espiral (válvula espiral), que ajuda a manter o 
ducto cístico aberto. Assim, a bile pode ser facilmente desviada para a vesícula biliar quando a 
extremidade distal do ducto colédoco é fechada pelo esfíncter de Oddi, ou a bile pode passar 
para o duodeno quando a vesícula biliar se contrai. 
 
 
 
 
 
o A irrigação arterial da vesícula biliar e do ducto cístico provém principalmente da artéria 
cística, que normalmente se origina da artéria hepática direita no trígono cisto-hepático 
(Triângulo de Calot). 
 
o A drenagem venosa do colo da vesícula biliar e do ducto cístico flui pelas veias císticas, que 
entram diretamente no fígado ou drenam através da veia porta para ele, depois de se 
unirem às veias que drenam os ductos hepáticos e a parte proximal do colédoco. As veias 
 
 
Thais V Evangelista- Turma 99 
3 
do fundo e do corpo da vesícula biliar seguem diretamente até a face visceral do fígado e 
drenam para os sinusóides hepáticos. 
 
o Os nervos para a vesícula biliar e ducto cístico seguem ao longo dar artéria cística a partir 
do plexo nervoso celíaco (fibras aferentes viscerais e simpáticas), nervo vago 
(parassimpático) e nervo frênico direito (fibras aferentes somáticas). A estimulação 
parassimpática causa contrações da vesícula biliar e relaxamento dos esfíncteres na 
ampola hepatopancreática. Entretanto, essas respostas são geralmente estimuladas pelo 
hormônio colecistoquinina (CCK), produzido pelas paredes duodenais em resposta à 
chegada de alimentos gordurosos e que circula na corrente sanguínea. 
 
..................Histologia da Vesícula Biliar......................... 
A parede da vesícula consiste em: 
o Uma camada mucosa composta de epitélio colunar simples e lâmina própria 
o Uma camada de músculo liso: 
o Uma camada de tecido conjuntivo perimuscular 
o Uma membrana serosa. 
A camada mucosa contém pregas abundantes que são particularmente evidentes quando a 
vesícula está vazia. As células epiteliais são ricas em mitocôndrias e têm núcleo localizado no 
terço basal. Todas essas células são capazes de secretar pequenas quantidades de muco. 
Glândulas mucosas tubuloacinosas situam-se próximo ao ducto cístico, sendo responsáveis 
pela secreção da maior parte do muco existente na bile. 
Estas fibras musculares possuem receptores CCK, que respondem à colecistocinina liberada 
pelas células enteroendócrinas do duodeno em resposta à presença de gorduras e proteínas 
nos intestinos. Como resultado, a bile concentrada da vesícula biliar é bombeada para o ducto 
cístico e transportada para o duodeno através do ducto colédoco. 
......................Vias Biliares- O caminho da Bile.................. 
A formação da bile começa nos hepatócitos, que transportam ativamente solutos para os 
canalículos biliares, através da membrana apical. Os canalículos drenam para os pequenos 
ductos biliares interlobulares e depois para os grandes ductos biliares coletores da tríade 
portal intra-hepática (espaço porta), que se fundem para formar os ductos hepáticos direito e 
esquerdo, que drenam as respectivas partes do fígado. 
 
 
 
 
 
 
Thais V Evangelista- Turma 99 
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Logo depois de deixar a porta do fígado, esses ductos hepáticos unem-se para formar o ducto 
hepático comum, que recebe no lado direito o ducto cístico para formar o ducto colédoco (ou 
ducto biliar comum – parte da tríade portal extra-hepática), que conduz a bile para o duodeno. 
No lado esquerdo da parte descendente do duodeno, o ducto colédoco entra em contato com 
o ducto pancreático. Esses ductos seguem obliquamente através da parede dessa parte do 
duodeno, onde se unem para formar uma dilatação, a ampola hepatopancreática. 
A extremidade distal da ampola abre-se no duodeno através da papila maior do duodeno. O 
músculo circular ao redor da extremidade distal do ducto colédoco é mais espesso para formar 
o músculo esfíncter do ducto colédoco, o esfíncter de Oddi. 
OBSIMP: Quando o esfíncter contrai, a bile não consegue entrar na ampola e no duodeno; 
portanto, reflui e segue pelo ducto cístico até a vesícula biliar, onde é concentrada e 
armazenada. 
OBSIMP: A secreção hepática também é responsável por uma secreção adicional que é uma 
solução aquosa de íons sódio e bicarbonato, secretada pelas células epiteliais que revestem os 
canalículos e ductos. Essa segunda secreção, às vezes, aumenta a quantidade total de bile por 
100% ou mais. A segunda secreção é estimulada especialmente pela secretina, que leva à 
secreção de íons bicarbonato para suplementar a secreção pancreática (para neutralizar o 
ácido que chega ao duodeno, vindo do estômago). 
.............Armazenamento e Concentração da Bile na Vesícula Biliar.......... 
A bile é secretada continuamente pelas células hepáticas, mas sua maior parte é, nas 
condições normais, armazenada na vesícula biliar, até ser secretada para o duodeno. O volume 
máximo que a vesícula biliar consegue armazenar é de apenas 30 a 60 mililitros. Contudo, até 
12 horas de secreção de bile (em geral, cerca de 450 mililitros) podem ser armazenadas na 
vesícula biliar, porque água, sódio, cloreto e grande parte de outros eletrólitos menores é 
continuamente absorvida pela mucosa da vesícula biliar, concentrando os constituintes 
restantes da bile que são sais biliares, colesterol, lecitina e bilirrubina. 
Grande parte da absorção na vesículabiliar é causada pelo transporte ativo de sódio através 
do epitélio da vesícula biliar, seguido pela absorção secundária de íons cloreto, água e muitos 
outros constituintes difusíveis. A bile é comumente concentrada por cerca de cinco vezes, mas 
pode atingir o máximo de 20 vezes. 
..............................Composição da Bile................................... 
 
 
Thais V Evangelista- Turma 99 
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As substâncias mais abundantes, secretadas na bile, são os sais biliares, responsáveis por cerca 
da metade dos solutos na bile. Também secretados ou excretados em grandes concentrações 
são a bilirrubina, o colesterol, a lecitina e os eletrólitos usuais do plasma. No processo de 
concentração na vesícula biliar, a água e grandes frações dos eletrólitos (exceto íons cálcio) são 
reabsorvidas pela mucosa da vesícula biliar; essencialmente, todos os outros constituintes, em 
especial os sais biliares e as substâncias lipídicas colesterol e lecitina, não são reabsorvidos e, 
portanto, ficam concentrados na bile da vesícula biliar. 
 
...............A Colecistocinina Estimula o Esvaziamento da Vesícula Biliar.............. 
Quando o alimento começa a ser digerido no trato gastrointestinal superior, a vesícula biliar 
começa a se esvaziar, especialmente quando alimentos gordurosos chegam ao duodeno, cerca 
de 30 minutos depois da ingestão da refeição. O esvaziamento da vesícula biliar se dá por 
contrações rítmicas da parede da vesícula biliar, com o relaxamento simultâneo do esfíncter de 
Oddi, que controla a entrada do ducto biliar comum no duodeno. 
Sem dúvida, o estímulo mais potente para as contrações da vesícula biliar é o hormônio CCK. É 
a mesma CCK que causa o aumento da secreção de enzimas digestivas, pelas células acinares 
do pâncreas. O estímulo principal para a liberação de CCK no sangue pela mucosa duodenal é a 
presença de alimentos gordurosos no duodeno. A vesícula biliar também é estimulada, com 
menor intensidade por fibras nervosas secretoras de acetilcolina, tanto no nervo vago como 
no sistema nervoso entérico. 
Em suma, a vesícula biliar esvazia sua reserva de bile concentrada no duodeno, basicamente, 
em resposta ao estímulo da CCK que, por sua vez, é liberada, em especial em resposta aos 
alimentos gordurosos. Quando o alimento não contém gorduras, a vesícula biliar se esvazia 
lentamente, mas, quando quantidades significativas de gordura estão presentes, a vesícula 
biliar costuma se esvaziar de forma completa em cerca de 1 hora 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Thais V Evangelista- Turma 99 
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..........Função dos Sais Biliares na Digestão e Absorção de Gordura.................. 
As células hepáticas sintetizam cerca de 6 gramas de sais biliares diariamente. O precursor dos 
sais biliares é o colesterol, presente na dieta ou sintetizado nas células hepáticas, durante o 
curso do metabolismo de gorduras. 
O colesterol é, primeiro, convertido em ácido cólico ou ácido quenodesoxicólico, em 
quantidades aproximadamente iguais. Esses ácidos, por sua vez, se combinam em sua maior 
parte com glicina e, em menor escala, com taurina, para formar ácidos biliares glico e 
tauroconjugados. Os sais desses ácidos, especialmente os sais de sódio, são então secretados 
para a bile. 
 
Os sais biliares desempenham duas ações importantes no trato intestinal: 
o Primeiro, eles têm ação detergente, sobre as partículas de gordura dos alimentos. Essa 
ação, que diminui a tensão superficial das partículas, permite que a agitação no trato 
intestinal as quebre em partículas diminutas, o que é denominado função emulsificante 
ou detergente dos sais biliares. Fazem isso para que a enzima digestiva lipase pancreática 
possa agir transformado esses lipídios em moléculas menores. 
 
o Segundo, e até mesmo mais importante do que a função emulsificante, os sais biliares 
ajudam na absorção de (1) ácidos graxos; (2) monoglicerídeos; (3) colesterol; e (4) outros 
lipídios pelo trato intestinal. Ajudam a sua absorção mediante a formação de complexos 
físicos bem pequenos com esses lipídios, denominados micelas e são semissolúveis no 
quimo, devido às cargas elétricas dos sais biliares. Os lipídios intestinais são “carregados” 
nessa forma para a mucosa intestinal, de onde são então absorvidos pelo sangue. 
 
OBSIMP: Sem a presença dos sais biliares no trato intestinal, até 40% das gorduras ingeridas 
são perdidas nas fezes, e a pessoa muitas vezes desenvolve déficit metabólico em decorrência 
da perda desse nutriente. 
 
..........Secreção Hepática de Colesterol e Formação de Cálculos Biliares............ 
 
 
Thais V Evangelista- Turma 99 
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Os sais biliares são formados nas células hepáticas a partir do colesterol no plasma sanguíneo. 
No processo de secreção dos sais biliares, cerca de 1 a 2 gramas de colesterol são removidos 
do plasma sanguíneo e secretados na bile todos os dias. O colesterol é quase completamente 
insolúvel em água, mas os sais biliares e a lecitina na bile se combinam fisicamente com o 
colesterol, formando micelas. 
Quando a bile se concentra na vesícula biliar, os sais biliares e a lecitina se concentram de 
forma proporcional ao colesterol, o que mantém o colesterol em solução. Sob condições 
anormais, o colesterol pode se precipitar na vesícula biliar, resultando na formação de cálculos 
biliares de colesterol. 
A quantidade de colesterol na bile é determinada, em parte, pela quantidade de gorduras que 
a pessoa ingere porque as células hepáticas sintetizam colesterol, como um dos produtos do 
metabolismo das gorduras no corpo. Por essa razão, pessoas que ingerem dieta rica em 
gorduras, durante período de anos, tendem a desenvolver cálculos biliares. 
A inflamação do epitélio da vesícula biliar, muitas vezes em consequência de infecção crônica 
de baixo grau, pode também alterar as características absortivas da mucosa da vesícula biliar, 
às vezes, permitindo a absorção excessiva de água e de sais biliares, mas não de colesterol na 
vesícula biliar, e, como consequência, a concentração de colesterol aumenta. O colesterol 
passa a precipitar primeiro, formando pequenos cristais na superfície da mucosa inflamada 
que, então, crescem para formar os grandes cálculos biliares.

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