ARTIGO - ENSINO REMOTO NA EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA - CORRETO (32)

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CURSO DE PEDAGOGIA
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
ENSINO REMOTO NA EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA
 DIAS, Daiane Araujo, UP 18205605
NUNES,Gilcilene Cardoso de Lima, UP 18204607
MENDES, Maria De Nazaré Freitas, UP18203449 
SOUZA, Rosilene Tavares de, UP 18205579 
SANTANA-AP
2021
 DIAS, Daiane Araujo, UP 18205605
NUNES,Gilcilene Cardoso de Lima, UP 18204607
MENDES, Maria De Nazaré Freitas, UP18203449
SOUZA, Rosilene Tavares de, UP 18205579
ENSINO REMOTO NA EDUCAÇÃO EM TEMPOS DE PANDEMIA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Licenciatura em Pedagogia, da Universidade Paulista-UNIP como requisito parcial para obtenção do título de Pedago.
Orientador: Marcos da Silva de Melo
SANTANA-AP
2021
AGRADECIMENTOS
Começo por agradecer a Deus por, ao longo deste processo complicado e desgastante, me ter feito ver o caminho, nos momentos em que pensei em desistir. Não posso deixar de agradecer a esta universidade por ser um espaço que privilegia o conhecimento e onde todas as ideias são bem recebidas. (Daiane Araujo Dias)
Agradeço primeiramente a Deus por ter me dado força e principalmente saúde; e a todos os que me ajudaram ao longo desta caminhada; e a todos os meus professores do curso de Pedagogia da universidade UNIP.(Gilcilene Cardoso De Lima Nunes) 
Agradeço a minha filha Andrielle Freitas que sempre esteve ao meu lado me apoiando ao longo dessa trajetória. Além disso as saudaçoes ao orientador Marcos da Silva de Melo por ajudar a conduzir neste trabalho de pesquisa. (Maria De Nazaré Freitas Mendes)
Finalizar os agradecimentos, deixo regristrado o agradecimento a minha mãe que apesar de todos as dificuldades me fortaleceu, e a todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação.(Rosilene Tavares De Souza)
DEDICATÓRIA 
Sem a direção dada por Deus, a conclusão deste trabalho não seria possível, logo, não teríamos o sucesso esperado. Por causa disso, dedicamos esta monografia a Ele. Com muita alegria e gratidão no coração.
Dedicamos também, ao nosso professor orientador por tudo o que nos proporcionou, pela sua atenção, pelas correções, por seu tempo, pois foi uma pessoa fundamental para a realização deste nosso sonho e, pode ter a certeza que sua presença irá pertencer para sempre em nossa jornada.
Às nossas famílias que nos deram o apoio incondicional que sempre precisávamos, pois o percurso da vida acadêmica não foi fácil, mas a força deles nos motivavam.
Aos nossos colegas de curso que assim como a gente, lutaram e irão encerrar esse ciclo com êxito, e com muita esperança no coração iremos nos reencontrar brevemente nos corredores de uma escola.
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“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda”.
Paulo Freire
Sumário
INTRODUÇÃO	9
1 ENSINO REMOTO	11
1.1	Aulas Online	12
1.2	Aulas No Formato Híbrido	13
1.3	Aula Remota X Educação à Distância	15
1.4 Meios de Comunicação para as Aulas	16
2 PROFESSORES E SEUS DESAFIOS EM PANDEMIA	20
2.1 Desafios Enfrentados Pelos Professores	21
2.2 Desafios enfrentados pelos alunos	23
3 A FORMAÇÃO CONTINUADA VISANDO UMA EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA EM TEMPOS DE PANDEMIA	25
4 A INSERÇÃO DA TECNOLOGIA COMPROMETIDA COM O ENSINO AOS EDUCADORES	28
5 RESISTÊNCIA DO PROFESSOR NA UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS	30
6 REALIDADE DO ENSINO BÁSICO	32
7 CENÁRIO DO ENSINO BÁSICO NA PANDEMIA	34
8 ISOLAMENTO SOCIAL E EDUCAÇÃO	35
9 METODOLOGIA	37
9.1 Resultados e Discussões	37
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS	39
REFERÊNCIAS	41
RESUMO 
No ano de 2020 uma pandemia mundial exigiu e impôs uma nova forma na vida de toda a humanidade, o que nos foi exigido uma nova ordem, um novo modo de viver, resignificando tudo o que já tinhamos visto,que foi o isolamento social, para que não houvesse o contágio e transmissão do vírus pandemico, fazendo com que as escolas fizessem a suspensão das aulas presenciais e tivesse que se reinventar para alcançar seus alunos. A proposta deste artigo é apresentar como sucedeu o ensino remoto na educação a partir do isolamento, ressaltando a importância da nova forma do ensino-aprendizagem para evitar quaisquer tipo de aglomeração, verificando os desafios enfrentados tanto pelos professores, no que se refere a maneira a qual ele ministrava as suas aulas presenciais para que de uma hora para outra tudo mudar e ele se ver trabalhando de forma online e em casa, tendo que conciliar tudo o que está ao seu redor, quanto pelos alunos, que por sua vez, não tem a maturidade de ficar parado na frente de um recurso midiático para assistir as aulas, pois já era complicado ter a atenção deles em sala de aula, com este novo ensino, é necessário uma atenção muito maior. Partindo de todo o exposto, refletir sobre o ensino remoto, e tentar entender se vale a pena todo o esforço de ambas as partes para a educação não parar, porque as mazelas educacionais do nosso pais vão muito além do que os nossos olhos podem visualizar, e entender que potencializando o uso das tecnologias digitais para o meio de comunicação e interação professor-aluno pode ser uma das soluções para um futuro educacional.
PALAVRAS-CHAVES: Ensino Remoto. Educação. Pandemia.
ABSTRACT
In the year 2020, a global pandemic demands and imposed a new form in the life of all humanity, which did not require a new order, a new way of life, redefining everything that had already seen, which was social isolation, so that there was no contagion and transmission of the pandemic virus, causing schools to suspend classroom classes and have to reinvent themselves to reach their students. The article proposes to present how remote teaching happened in education from isolation, highlighting the importance of the new form of teaching-learning to avoid any kind of agglomeration, verifying the challenges faced by both teachers, regarding the way in which he taught his in-person classes so that all of a sudden everything changed and he found himself working online and at home, having to reconcile everything around him, as well as for the students, who, in turn, do not have the maturity of standing in front of a media resource to attend classes, as it was already complicated to get their attention in the classroom, with this new teaching, much greater attention is needed. Based on all of the above, reflect on remote learning, and try to understand if it is worth all the effort on both sides for education not to stop, because the educational problems of our country go far beyond what our eyes can see, and understand that enhancing the use of digital technologies for the means of communication and teacher-student interaction can be one of the solutions for an educational future.
KEYWORDS: Remote Teaching. Education. Pandemic.
INTRODUÇÃO 
Ao analisar o momento ao qual estamos passando atualmente, a mudança repentina no mundo e juntamente a tudo isso o enfrentamento a pandemia da Covid-19, ao olharmos para a educação percebemos que ela está sofrendo grandes mudanças em todo o seu cenário. Tanto os professores quanto os alunos precisaram se reinventar e redesenhar tudo o que era normal e habitual no processo de ensino-aprendizagem ao qual já estavam acostumados.
Neste momento, com todos os problemas sociais que norteiam o mundo, foi-se necessário focar nos avanços tecnológicos e repensar o papel do ensino na sociedade ao qual o fluxo das informações está cada vez mais acelerado. Partindo do pressuposto de novas metodologias educacionais, o objetivo deste artigo foi verificar quais os meios de comunicação entre os envolvidos na educação das aulas remotas e as principais dificuldades que eles estão enfrentando nesse momento de pandemia na escola e fora dela para o cumprimento e realização das atividades educacionais.
Mediante os dados expostos, este artigo tem como propósito enfatizar a importância do ensino remoto na educação em tempos de pandemia nas escolas, verificando osdesafios que tanto o professor quanto o aluno enfrentam na realização desse ensino no período pandêmico e analisar quais os recursos midiáticos que eles utilizam a favor da educação para transformar as aulas remotas em momentos imperdíveis de conhecimento, fazendo do ambiente virtual um leque de oportunidades para os alunos.
É explanado também sobre a formação continuada que visa a educação tecnológica que os professores necessitam ter no periodo pandêmico ao qual todo o mundo está passando, mostando as novas tecnologias e as possibilidades de perceber como utilizá-las na forma de ensino e aprendizagem.
Destaca-se que os professores não podem ficar à margem da evolução tecnológica porque os alunos (nativos digitais) não se contentam mais com aulas unilaterais em que o professor fala e o aluno escuta, agindo quase sempre passivamente. Portanto, para mudar essa realidade, é urgente o domínio das tecnologias na educação, e isso exige formação, exercitação, planejamento bem articulado das ações pedagógicas e, principalmente, uma tomada de decisão do educador em aceitar que suas aulas precisam ser diferentes. Assim, a inserção das mídias pode garantir essa inovação se essas ferramentas forem percebidas como recursos pedagógicos de ação, interação e transformação.
A pesquisa se deu partir das pesquisas bibliográficas em livros, sites, revistas, os principais autores que norteiam o trabalho são Arruda e Cordeiro, fazendo-se assim a coleta de dados e dividindo o trabalho em subtemas, conceituando e dissertando sobre. A análise dos dados é mediante o diagnóstico obtido a partir dos resultados através da pesquisa.
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1 ENSINO REMOTO 
A educação para o ensino remoto está em um dos assuntos mais debatidos e comentados no momento ao qual estamos passando, pois é uma realidade impulsionada pela pandemia tornando uma geração de alunos e professores conectados, devido a interrupção das aulas que até então eram ministradas presencialmente, por ocorrência do novo corona vírus, onde várias escolas, seja ela pública ou particular, de uma maneira incessante buscou seguir o ano letivo desta forma, pois diante de tudo o que está acontecendo, o ensino remoto é uma grande solução para continuar mantendo os professores e os alunos juntos, tentando minimizar os impactos desta pandemia no âmbito educacional
Com a obrigatoriedade do fechamento das instituições de ensino, a partir de março do ano de dois mil e vinte (2020), por causa do vírus sars Cov 2, obrigando os governantes estaduais e municipais a elaborar, organizar e implementar soluções alternativas para o ensino remoto de forma emergencial, tentando garantir o básico das atividades escolares, preservando o processo de esnino e aprendizagem dos discentes.
A partir desse primeiro momento, todos os profissionais da educação deveriam ter um olhar mais atencioso e refletir em maneiras para aprimorar o atendimento ao seu alunado, identificando as possiveis oportunidades que apesar de tudo o que está acontecendo de alguma forma apareça. Partindo deste pressuposto emergencial, essas soluções ocasionaram um grande destaque, porque foram as totais reponsáveis por conseguir manter os estudantes e seus professores conectados, salientando reduzir ao máximo os impactos ocasionados por essa paralisação repentina.
Essas soluções e possibilidades que o ambiente virtual pode oferecer, já é uma tendência notória no campo educacional, pois em nenhum momento as escolas pararam suas atividades, sejam elas ocorrendo de forma mais cautelosa e gradual, principalmente com relação a horários, pois, tornar eles mais atraentes e com a possibilidade de ter um acesso posterior, é o que vem tornando possível o equilíbrio nas aulas com o ensino remoto. 
Como as aulas acontecem em transmissões ao vivo, os alunos possuem interação de forma diária ou frequente com o professor para sanar suas dúvidas e promover um contato mais próximo – na medida do possível – entre educadores e estudantes
Arruda tem a afirmação a seguir:
Envolve o uso de soluções de ensino totalmente remotas para as aulas previamente elaboradas no formato presencial, podem ser combinadas para momentos híbridos ao longo da crise, em situações de retorno parcial das aulas e quantitativo de alunos e possuem duração delimitada pelo tempo em que a crise se mantiver. A educação remota emergencial pode ser apresentada em tempo semelhante à educação presencial, como a transmissão em horários específicos das aulas dos professores, nos formatos de lives”. (ARRUDA, 2020, p. 9-10).
Os docentes tiveram que se adaptar as mudanças ocasionadas devido ao novo momento ao qual foram submetidos e há diversas maneiras para lecionar de forma online, já que atualmente essa é a realidade que está sendo enfrentada. O formato híbrido já é uma realidade em algumas escolas, ele é o mais parecido com o ensino presencial, com relação aos horários, a ter a possibilidade de ir até o local de estudo, tendo todos os cuidados e seguindo todos os parâmetros exigidos para a ação.
Tudo o que foi planejado e executado foi com o intuito de proporcionar a área da educação um ambiente escolar muito mais seguro, com a finalidade de conseguir dar continuidade ao ano letivo, sem grantes interferências. O ensino remoto vem sendo uma modalidade de ensino que está se propagando em escolas e instituições de todo o mundo, porque oferece ao alunado a possibilidade de continuar os seus estudos, seu processo de aprendizagem, sem perder o ano letivo. 
Esse modelo de prática de ensino que acabou ocorrendo de maneira emergencial, acarretou em fazer com que os professores aprendessem mais do que nunca a criar aulas online, o que levou eles a errar, acertar, aprender, ajustar e aprender com todos os obstáculos e desafios que apareciam durante todo esse percurso, que é uma luta diária, pois ele é a peça fundamental e ativa, que além de tudo o que já fazia nas aulas presenciais teria que trazer para o ambiente virtual, porque teria que participar ativamente de todo o processo, com relaçao ao conteúdo, atividades e interação com seus alunos.
1.1 Aulas Online
No cenário atual as aulas online tornou-se um dos recursos principais nesse período de distanciamento social devido a pandemia, para que os profissionais da educação continuassem o seu trabalho de maneira remota para que não prejudique o ano letivo.
Várias instituições escolares tiveram que se adaptar e conseguiram manter o ritmo com as aulas, com as provas e as atividades, tudo isso de forma online, enquanto que outras ainda estão passando por um processo de aprendizado e testes, poque não tinham material ou pessoal especializado, demorando assim a possuir um suporte necessário para dar continuidades ao processo de ensino, tentando não prejudicar os seus alunos.
Essa modalidade de ensino se caracteriza pela forma a qual ocorre, ou seja, a partir dos meios tecnológicos, onde possibilita a troca de informações e a comunicação entre os professores e seus alunos e vice e versa, com a finalidade de desenvolver as atividades educacionais seja em qualquer lugar.
Deve-se frizar que as aulas online são ministradas à distância, porém são organizadas com horários pré-estabelecidos, ou seja, ao vivo, que pode ser transmitida em diversos dispositivos eletrônicos, como por exemplo um celular.
Santos afirma que:
A educação on-line é o conjunto de ações de ensino- aprendizagem ou atos de currículo mediados por interfaces digitais que potencializam práticas comunicacionais interativas e hipertextuais. (SANTOS, 2009, p. 6).
Partindo desse contexto, foi necessário grandes mudanças nas ações de ensino- aprendizagem, inicialmente na forma de lecionar, porque como é através de um ambiente virtual, as aulas têm que ser de maneira didática para que os alunos foquem no que está sendo ministrado.
Os maiores benefícios de se ter as aulas online é a economia de tempo com relação ao deslocamento até o local de aprendizagem, a forma à qual as informações são enérgicas; porque há uma gama de possibilidades para compartilhar imagens, vídeos e qualqueroutro tipo de material; tudo o que é necessário pode ser resolvido através do email, whatsapp ou qualquer outra plataforma ou mídia social; as conversas e troca de ideias ocorrem de maneira instatanea, sendo possível tirar as dúvidas ao vivo, na hora da aula, já que o professor e o aluno permanecem na sala ao mesmo tempo.
Porém, como nem tudo é só vantagens, há também os pontos negativos que são os problemas ocasionados pela internet, que por sua vez, pode interferir de forma ativa nesse processo, porque sem ela não há a possibilidade de desenvolver as aulas; a perda de contato com os colegas de classe, no que se refere a um abraço, a uma conversa presencial
1.2 Aulas No Formato Híbrido
O Ensino Híbrido é o emprego de metodologias do ensino presencial, unificados aos métodos de ensino ​online ​ , no desenvolvimento diário do processo de ensino e aprendizagem. A ideia central dessa metodologia tem a ver com educação embasada em projetos e pesquisas com o auxílio de plataformas virtuais (JÚNIOR; CASTILHO, 2016). O ensino híbrido está sendo uma modalidade na educação que uni o melhor das duas partes do mundo virtual que é a do online e o offline, resultando-se assim o modelo de aprendizagem online e presencial, ou seja, o estar em sala de aula, com cadeiras, quadro, o convívio e o contato entre os envolvidos, a interação, tudo o que há dentro do âmbito escolar. Já o formato online, de maneira geral, os alunos também vivienciam essa experiência, mas no conforto do seu lar a partir de um equipamento tecnológico, é estar junto sem estar perto. 
Basicamente, este modelo de ensino visa combinar as aulas presenciais (que são as no formato tradicional) com o aprendizado online ( as desenvolvidas em um ambiente virtual), funcionando da seguinte forma: a auas que ocorrem online, os alunos costumam e deveriam ter mais autonomia para controlar o seu ritmo de aprendizado, tornando-se mais ativo na sua maneira de aprender; já a outra parte, é conduzida, como todos já conhecemos, pelo professor, que permite a interação em tempo real. 
	Logo, é perceptível que o modelo híbrido é o ensino online e o ensino presencial ministrado pelos professores, que são independentes, mas se complementam, criando um ambiente de aprendizagem unificado e integrado.
A seguir uma afirmativa do significado de híbrido:
Híbrido significa misturado, mesclado, blended. A educação sempre foi misturada, híbrida, sempre combinou vários espaços, tempos, atividades, metodologias, públicos. Esse processo, agora, com a mobilidade e a conectividade, é muito mais perceptível, amplo e profundo: é um ecossistema mais aberto e criativo. Podemos ensinar e aprender de inúmeras formas, em todos os momentos, em múltiplos espaços. Híbrido é um conceito rico, apropriado e complicado. Tudo pode ser misturado, combinado, e podemos, com os mesmos ingredientes, preparar diversos “pratos”, com sabores muito diferentes. (MORAN e BACICH, 2015, p. 22).
	Logo, a afirmação nos expõe que essa forma de ensino é mesclar, percebendo que elas se completam, pois há diferentes experiências na maneira de aprendizagem, tendo como finalidade o mesmo objetivo que é o conhecimento do aluno, de modo que um faça o complemento do outro.
	Nota-se que essa ferramenta colabora com o processo de ensino e aprendizagem, porém somente o uso da tecnologia não é o suficiente para a aprendizagem, porque este modelo de ensino combina o uso dos recursos tecnológicos com as interações presenciais, visando a personalização de ensino, que é a combinação dos dois modelos supracitados.
	Deste modo, o professor assume seu papel de mediador, orientador e facilitador, o que viabiliza tempo maior de observação do desenvolvimento individual do aluno proporcionando interação durante o processo de ensino e aprendizagem, fazendo com que o aluno adote a importância do domínio de aprender a apreender (ALMEIDA; VALENTE, 2011). 
Com o formato de ensino híbrido o professor e o aluno sofrem alterações com relação a proposta tradicional, e favorecem a interação e envolvimento com a tecnologia, tendo uma autonomia utilizando as tecnologias digitais aliadas nesse processo, permitindo que ambos desfrutem deste momento da forma que melhor for conveniente, a partir de qualquer veículo e de diversos canais e materiais desenvolvidos pelos professores, entendendo que o aprendizado é a evolução dos alunos.
1.3 Aula Remota X Educação à Distância
Em detrimento de todo o ocorrido gerado, as aulas a partir de ferramentas tecnológicas foram consideradas uma solução temporária para continuar as atividades pedagógicas, a fim de tentar minimizar os impactos diretos à educação. 
O ensino a distância ganhou grande visibilidade e destaques nas escolas, sejam elas públicas ou privadas, pois foi necessário inserir estes meio nas grades educacionais para alcançar a necessidade de estar em sala de aula com o aluno, essas aulas, que são denominadas EAD, são realizadas a partir da internet com as ferramentas midiáticas, com eventuais encontros presenciais, que em sua maioria é para provas ou aulas experimentais. Essa modalidade tem uma comodidade muito maior, por isso cada vez vem conquistando aos que tinham receio com relação a este modelo de aprendizagem, por haver uma certa desconfiança, já que muitos pensam que por ser à distância é fácil, porém, é totalmente ao contrário, apesar da facilidade que há para acessar os conteúdos, há uma grande exigência e esforço do aluno, pois ele necessita ter disciplina e esforço para cumprir a carga horária para se ter um bom desempenho.
Arruda tem o seguinte exposto sobre o tema.
A educação remota on-line digital se diferencia da Educação a Distância pelo caráter emergencial que propõe usos e apropriações das tecnologias em circunstâncias específicas de atendimento onde outrora existia regularmente a educação presencial. (ARRUDA, 2020, p. 9)
Entende-se que as aulas remotas são ao vivo nos dias e horários ao qual aconteceriam as aulas presenciais, já o EAD, sendo a forma que mais conhecemos da educação online, em sua maioria as aulas são gravadas, com algumas videoconferências com a finalidade de tirar dúvidas e, há tutores para saná-las. E para compreender melhor sobre essa modalidade de ensino Belloni expõe que:
A EaD é uma modalidade de ensino, ou seja, deve ser compreendia como um tipo distinto de oferta educacional, que exige inovações ao mesmo tempo pedagógicas, didáticas e organizacionais. Seus principais elementos constitutivos (que a diferenciam da modalidade presencial) são a descontiguidade espacial entre professor e aluno, a comunicação diferida (separação no tempo) e a mediação tecnológica, característica fundamental dos materiais pedagógicos e da interação entre o aluno e a instituição. (BELLONI, 2002, p. 156).
Observa-se que uma das principais diferenças é que o ensino remoto é mais personalizado, por isso ele é a opção mais adotada pelas escolas, pois o contato do professor com o aluno é um aspecto mais importante nessa relação de ensino-aprendizagem.
Por existir um distanciamento físico entre o professor e os alunos, pode-se notar e observar um sentimento de isolamento partindo da percepção do aluno, por isso que é necessário que os professsores acompanhem bem de perto a trajetória tanto cognitiva quanto emocional de seus alunos, tentando interagir a todo momento e sempre respondendo, dando feedback, a eles, para tentar minimizar a evasão deles.
1.4 Meios de Comunicação para as Aulas
	Utilizar novas metodologias para a comunicação nas aulas é de suma importância para a interação dos alunos, e uma das opções é ter as redes sociais para motivar os alunos tornar as aulas mais interessantes. Para as aulas remotas os professores estão disponibilizando vídeo aulas através do YouTube, vídeo conferência e aulas online a partir das plataformas, grupos no whatsapp, tendo os parametros tecnológicos a serem utilizados. Abaixo está uma lista de Aplicativos e programas que podem ser utlizando nas aulas remotas.
	O objetivo da comunicação online é transformá-laem como se fosse presencial, ou seja, criar um vinculo, criando e compartilhando informações fazer-se ouvir e ser ouvido, compreender e ser compreendido, porque a partir do momento ao qual o professor se interaje com o seu aluno ele estreita os laços, promove o senso de receptividade e que podem sim se sentir conectados.
	É necessário encontrar métodos para que ocorra esta communicação, enfatizando sempre que o estudante deve ser a prioridade nesse processo, sabe-se que o ambiente online precisa de mais atenção e um debruço maior para refletir e planejar, ou seja, criar gatilhos para uma comunicação oportuna e que seja relevante para o entusiasmo dos alunos.
	O professor deve seguir alguns passos para que haja essa comunicação entre ele e seus alunos, como por exemplo, produzir aulas mais objetivas, sem encher eles de informações, ou seja, ser claro e econciso sem deixar brechas para interpretações aleatórias, sempre responder consistentemente e expor para ele como anda seu desempenho nas aulas. É importante estar sincronizado com a turma, pedindo opiniões, perguntando o que eles estão achando, para que eles se sintam à vontade de opinar e acrescentar nas aulas e, consequentemente criando um vínculo e tornando-os totalmente presentes. Para que haja acomnicação efetiva com os seus alunos é necessário pensar fora da caixinha, porque os estudantes gostam de opções, sendo necessário apresentar diferentes tipos de canais para obter a comunicação.
	Há várias opções viáveis para estudar online e manter a comunicação a partir das aulas remotas, abaixo alguns exemplos para o desenvolvimento e andamento dos estudos:
WHATSAPP
 É um aplicativo que pode ser utilizado pelos professores para criar um ambiente como uma sala virtual para a aprendizagem, pois através dele os participantes tem a possibilidade de compartilhar diversos formatos de mídia relacionados a aula, como por exemplo, promover discussões e debates, criar um grupo com a turma para otimizar o tempo, compartilhar aúdios, esse recurso é de suma e fundamental importância, porque aqui o aluno poderá ouvir quantas vezes necessário para compreender o que está sendo ministrado, para que assim assimilem da melhor maneira o que está sendo repassado. E caso haja necessidade, o professor poderá fazer uma chamada de vídeo para um(1) ou até oito(8) alunos, para tirar e sanar dúvidas pontuais, ou seja, os grupos são atualmente como uma extensão da sala de aula.
YOUTUBE
 É notório que para obter a atenção dos alunos nas aulas online não está sendo nada fácil para os discentes, logo é imprescendível incluir também essa rede social para atrair ainda mais os alunos para esse meio tecnológico. O youtube oferece diferentes recursos para serem utilizados de forma didática, como compartilhar vídeos relevantes para a disciplina em tela, mostrando variadas interpretações e maneiras de aprender, além disso o professor pode gravar e postar seus próprios vídeos nessa plataforma, estreitando assim o relacionamento com seus alunos, pode ser produzido também somente slides com a fala do docente, ilustrando e tornando mais dinâmica a aula, os alunos também poder participar ativamente, enviando vídeos deles desenvolvendo as atividades para serem postado no canal. O professor pode fazer lives ao vivo para fazer revisões rápidas sobre os assuntos vistos. 
GOOGLE CLASSROOM 
 Esse aplicativo pode ser utilizado em vários dispositivos eletrônicos, e é mais uma opção para o professor que deseja complementar as suas aulas online, pois a partir dela ele pode fazer o anexo de atividades e arquivos no formato PDF, além de ter a oportunidade de fazer perguntas rápidas que os alunos poderão responder, seja com alternativas ou respostas curtas.
CONFERÊNCIA WEB 
 Neste serviço de comunicação o professor pode promover encontros virtuais entre dois ou mais alunos, este serviço possibilita que os participantes façam o compartilhamento de aúdios, vídeos, textos, imagens e a tela de seus computadores
 GOOGLE MEET 
 Esta ferramenta pode ser utilizada para realizar as aulas virtuais de maneira muito simples, é necessário que o professor estude um pouco a fundo esse aplicativo, para conseguir compreender e ir a fundo para conhecer todos os recursos que ele pode oferecer, para um bom desempenho o professor deve se organizar e programar todas as suas aulas na agenda daquela determinada turma e desfrutar de todas as possibilidades que este disponibiliza.
ZOOM MEETINGS 
 Este aplicativo é semelhante ao google meet, apresentando soluções iguais a ele. O professor poderá criar uma sala virtual, enviando o link para os alunos participarem, ele está sendo muito utilizado com a finalidade pedagógica, pois ele combina as videoconferência e o bate papo para melhor interação professor-aluno.
Entende-se que para fins educacionais, os aplicativos, as redes socias e as plataformas são ferramentas importantes para a aplicabilidade das aulas, aplicáveis diariamente na rotina escolar dos alunos.
A utilização das tecnologias embasadas em metodologias ativas pode favorecer o processo de ensino e aprendizagem de forma mais eficaz e autônoma, com foco no desenvolvimento humano em todas as suas vertentes e voltado principalmente para a realidade na qual vivenciamos (CORDEIRO; 2020, p.05).
Para essa nova geração, os aplicativos mencionados não soam com nenhum pouco de estranheza, porque eles já utilizam ou pelo menos já ouviram falar, logo são ferramentas fundamentais para esse novo processo de comunicação de aprendizagem nas aulas do ensino remoto. E as formas as quais os professores se communicam com os seus alunos nas aulas online, com certeza refletem a diferença de seus alunos, tendo que adaptar as ferramentas disponíveis para os ajudar e ter essa conexão com eles, essas aulas só se tornam interessantes se houver métodos de comunicações mais inovadoras para ambas as partes.
2 PROFESSORES E SEUS DESAFIOS EM PANDEMIA 
A maneira abrupta a qual os professores foram inseridos, a partir do contexto gerado pela pandemia, trouxe juntamente com essa transição um série de novos e grandes desafios à classe, foi necessário sair da zona de conforto e abrir os olhos para novas possibilidades de ensino e aprendizagem, mas para os professores, tudo tornou-se muito mais trabalhoso, sobretudo, aprender a utilizar as ferramentas tecnológicas e trazer elas para o ambito educacional não foi e nem é tarefa fácil.
Os docentes simplesmente caíram dentro de uma nova dimensão e precisaram se adaptar à nova realidade, indo sempre em busca de novas alternativas para trazer o seu aluno para perto, para interagir e aprender, Cordeiro expõe que:
A criatividade dos professores brasileiros em se adaptar à nova realidade é indescritível no que se trata da criação de recursos midiáticos: criação de vídeo aulas para que os alunos possam acessar de forma assíncrona além das aulas através de videoconferência para a execução de atividades síncronas como em sala de aula. Uma revolução educacional sobre o quanto a tecnologia tem se mostrado eficiente e o quanto as pessoas precisam estar aptas a esse avanço tecnológico (CORDEIRO; p.06, 2020).
De acordo com o exposto nota-se que os professores em sua maioria tiveram que utilizar vários recursos midiáticos para poder desenvolver um bom trabalho, não só apenas saber manusear os equipamentos, mas ser criativo para ter atenção dos alunos, de fato, não é fácil, passar horas em frente ao computador ou celular para realizar uma tarefa que antes demorava pouco para concluir, porque já estava acostumado, por exemplo, ao fazer seu plano de aula, era fazer o planejamento e ir para a escola ministrar a sua aula, a partir do ensino remoto, é necessário pesquisar muito além para produzir, planejar e criar as aulas, os professores estão colocando sua cara e a forma à qual lecionam para muito além das paredes de uma sala de aula convencional, estão invadindo lares com os seus saberes, e criar vídeos, slides shows, video conferências delega um esforço e dedicação muito maior.O avanço das tecnologias digitais de informação possibilitou a criação de ferramentas que podem ser utilizadas pelos professores em sala de aula, o que permite maior disponibilidade de informação e recursos para o educando, tornando o processo educativo mais dinâmico, eficiente e inovador. O uso das ferramentas tecnológicas na educação deve ser vista sob a ótica de uma nova metodologia de ensino, possibilitando a interação digital dos educandos com os conteúdos, isto é, o aluno passa a interagir com diversas ferramentas que o possibilitam a utilizar os seus esquemas mentais a partir do uso racional e mediado da informação (CORDEIRO; 2020, p. 04).
O professor tem um papel fundamental diante às tecnologias para melhor ensinar, possibilitando ao aluno um processo de ensino mais dinâmico, acompanhando-o para vivenciar as experiências para a troca de ideias e aquisição de conhecimento, através desse método de ensino, o docente também oportuniza a possibilidade do aluno ir em busca de conhecimento, tornando-o capaz de ser ativo na participação assidua do conhecimento.
2.1 Desafios Enfrentados Pelos Professores 
Apesar de tudo o que está acontecendo, a maioria das instituições de ensino, resolveram não parar no tempo e enfrentar as novas possibilidades que os recursos midiáticos disponibilizam, entendendo que a tecnologia não vem para substituir a forma de aprendizagem presencial, mas para oferecer instrumentos que possam agregar ao processo. Porque embora a tecnologia sozinha não melhore a educação, ela pode ser uma parte poderosa da solução, neste momento desafiador, escolas e professores precisam ser ágeis nas decisões e próximos nas conexões com as famílias e os alunos.
as modernas tecnologias resolvem o problema crucial da educação a distância, que é a interatividade. desenvolveram-se variadíssimas alternativas que permitem aos usuários fazer consultas com especialistas, bem como intercambiar opiniões, problemas ou propostas com outros usuários; ao mesmo tempo, eles aprendem a utilizar programas que atualizam a informação de maneira constante. (litwin, 2001, p.17).
Um dos grandes desafios foi primeiramente a forma a qual o professor buscou meios para deixar suas aulas interessantes através de aulas online, buscando construir pontes, acolher e oferecer soluções, proporcionando espaços estimulantes para que alunos (e os pais) exerçam papel ativo no desenvolvimento da aprendizagem.
Dentre todas as dificuldades enfrentadas tem a de explicar aos pais a importância fundamental deles neste novo processo de ensino aos filhos, mostrar a eles que possuem um papel de protagonista na orientação da educação de seus filhos. O professor está tendo que se desdobrar cuidando não só do aluno, com as aulas e atividades, mas também dos pais, e não é só compartilhando técnicas pedagógicas, é fazendo parte de todo o processo de desenvolvimento nessa nova comunicação entre a família. 
Em suma, adaptar-se aos desenvolvimentos tecnológicos resulta na capacidade para identificar e por em prática novas atividades cognitivas, pois as tecnologias vão gerando permanentemente possibilidades diferentes; daí sua condição particular de ferramenta. A colaboração que prestam permite aos estudantes transcender a ideia de eficiência na medida em que implica menos tempo e menos esforço, mas, além disso, possibilita novas relações com o conhecimento no âmbito das mediações com os contextos culturais (LITWIN, 2001, p.18)
Essa mediação pode sensibilizar os pais na continuidade do protagonismo mesmo após a normalização do cenário, é oportunidade única para que eles vivenciem de um jeito intenso os desafios dos processos comunicacionais. Essa relação poderá aproximar pais e filhos ao permitir mais conhecimento entre ambos sobre como cada indivíduo lida com o “aprender e ensinar”, reforçando a parceria escola-família.
A mudança repentina exigiu que os profissionais da educação, em especial os professores, adaptassem a sua vida particular de sua residências à sua nova forma de trabalho, que seria ministrar aulas de casa, para que não houvesse uma alarmante contágio do vírus. 
Os professores tinham que, além de cuidar dos afazeres domésticos como organizar a casa, cuidar dos filhos e animais de estimação, manter a ordem e a concentração no trabalho que foi denominado home office.
Havendo assim, uma dificuldade na realização da sua função, pois, dependendo da situação, as aulas poderiam ser interrompidas pelos moradores da casa, como por exemplo, o filho, marido, pai, mãe... Ocasionando-se assim uma jornada de trabalho muito maior e um desgaste/cansaço excessivo.
De acordo com o autor Cordeiro com relação às dificultades ele nos mostra que:
 [...]nem todos os educadores brasileiros, tiveram formação adequada para lidarem com essas novas ferramentas digitais, precisam reinventar e reaprender novas maneiras de ensinar e de aprender. Não obstante, esse tem sido um caminho que apesar de árduo, é essencial realizar na atual situação da educação brasileira (CORDEIRO; 2020, p.10).
	A maioria dos professores não possuem uma formação no mínimo aceitável para conseguir realizar as atividades nas mídias digitais, e alguns nem possuiam equipamentos para a execução da organização do material midiático, ou seja, não tinham computadores, webcans, internet boa para o envio das atividades, vídeos e aúdios. Tiveram que reaprender uma nova forma de preparar seus planos de aula, dedicando muito mais tempo, porque teriam que adaptar para as novas plataformas. 
Um dos principais desafios enfrentados pelos discentes e verificar quais aplicativos são melhores para o auxilio da realização das aulas. Segue abaixo alguns dos aplicativos que são utilizados para o ensino remoto.
Imagem 01: Fermamentas para utlizar em momentos de Pandemia
PIMENTEL, M.; CARVALHO, F. Princípios da educação online: para sua aula não ficar massiva nem maçante! 2020. Disponível em: http://horizontes.sbc.org.br/index.php/2020/05/23/principios-educacao-online/ Acesso em: 03 de MAI. de 2021.
Para o professor fazer a escolha de qual aplicativo usar, ele deverá inicialmente conhecer a realidade de seus alunos, se eles tem um dispositivo com acesso à internet, pois, de nada adianta fazer um planejamento com todos os aparatos tecnológicos se o principal motivador de todo o trabalho não irá consegguir acessar. Por isso o papel do professor neste cenário de transformação vai muito além de sua formação, sendo assi, eles são a peça central de tudo, mas contando que não pode-se somente exigir e lhes dando quase ou absolutamente nada. Por isso Moura afirma que:
[...] se entregarmos um kit a um professor com uma câmera fotográfica, uma câmera de vídeo, um gravador de som, um reprodutor de áudio e um dispositivo que possibilita a navegação na internet para cada aluno e garantirmos ao professor que não terá de ensinar aos alunos a manuseá-lo, será realidade ou ficção? (MOURA, 2009, p. 74)
	Observa-se que infelizmente a afirmativa é uma ficção, devido a milhares de estudantes não terem acesso à internet, logo, estão totalmente fora do ensino remoto e, o professor fica de mãos atadas neste tipo de caso.
2.2 Desafios enfrentados pelos alunos 
A partir do momento que houve a migração das aulas presenciais em sala de aula para o ensino remoto através de um equipamento eletrônico com acesso à internet, como celulares, tabletes, computadores e afins, mudou totalmente a maneira do ensino-aprendizagem, partindo disto os pais ou responsáveis tiveram que acompanhar e auxiliar seus filhos diariamente.
Logicamente, a situação não é nem um pouco agradável, nem para o estudante, nem para os pais ou responsáveis, porque o familiar, na maioria das vezes, não tem paciência para ensinar, ocasionando a perda ou acúmulo dos conteúdos, pois é totalmente diferente do aluno ter a presença de um professor ao seu lado.
E mesmo que o estudante possua toda a tecnologia em seu lar, ela pode não conseguir ser capaz de aprender e compreender o conteúdo remotamente, devido a pressão que se tem na casa, um ambiente ruim parao momento de estudo ou até mesmo a falta de apoio para conseguir realizar tudo o que se é proposto.
De acordo com Pezzinie Szymanski (2015): Dentre todas as dificuldades pelas quais passa a educação no Brasil, destaca-se, atualmente, um grande desinteresse por parte de muitos alunos, por qualquer atividade escolar. Frequentam as aulas por obrigação, sem, contudo, participar das atividades básicas. Ficam apáticos diante de qualquer iniciativa dos professores, que se confessam frustrados por não conseguirem atingir totalmente seus objetivos (PEZZINI; SZYMANSKI, p.01, 2015)
Pezzine em seu estudo explica que o aluno já nas aulas presenciais apresenta um desinteresse e chegam a frequentar as aulas obrigatoriamente, imagina agora no período pandêmico a qual estamos vivenciando de como esse aluno está se motivando para assistir as aulas em seu lar.
O engajamento do aluno em relação a novas aprendizagens, pela compreensão, pela escolha e pelo interesse, é condição essencial para ampliar suas possibilidades de exercitar a liberdade e a autonomia na tomada de decisões em diferentes momentos do processo que vivencia, preparando-se para o exercício profissional futuro. (BERBEL, 2011, p. 29)
	O discente necessita ter uma postura firme para conseguir conciliar todos os afazeres diários com os estudos, para poder então compreender a importância de continuar os seus estudos de forma autônoma e ampliando as possibilidades de aprendizagem, pois, claro, o suporte é o professor, mas sem a força de vontade não há possibilidade de superar os desafios.
3 A FORMAÇÃO CONTINUADA VISANDO UMA EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA EM TEMPOS DE PANDEMIA 
É preciso encarar a formação continuada como uma prática à qual o professor busque suprir não apenas a deficiência da formação inicial, mas sim uma opção de observar as necessidades reais às quais ele é exposto em sua prática cotidiana, tendo que se preparar para enfrentar os desafios impostos pela profissão, pois os discentes se transformam a cada dia(modo de pensar, agir, falar..) e o docente precisa acompanhar o ritmo, para um melhor desempenho profissional, para isso é de suma importância o professor assumir que é necessário pensar na formação continuada como um auxilio para um melhor cumprimento da sua função e sempre lembrar que o educador está em constante renovação e aprimoramento. 
Segundo Pereira (1996, apud MírianGrinspun, 2002, p. 58) “O conceito de educação tecnológica implica a formação de profissionais habilitados a transmitir conhecimentos tecnológicos sem perder de vista a finalidade última da tecnologia que é a de melhorar a qualidade de vida do homem e da sociedade”.
Nesse contexto, a utilização da tecnologia na educação é inevitável, em razão de os alunos já estarem inseridos nessa nova era e ficando insatisfeitos com as aulas “tradicionais”, ou seja, é quase impossível ter a atenção do aluno em aulas baseadas no conjunto lousa e professor, então, dinamizar as aulas através de recursos midiáticos seria uma nova forma de entusiasmar os discentes, dado que através desses recursos adaptar as aulas para os variados tipos de alunos e diversos níveis de aprendizado, proporcionando assim ao aluno melhor qualidade de vida e um retorno mais eficaz do trabalho, mas para isso o educador precisa ser habilitado e capacitado para transmitir e interagir com sua turma sem perder o foco.
Grinspun (2002, p. 30) diz que "A utilização das tecnologias com sua dimensão interativa mostra que a educação tem que mudar para que o indivíduo não venha a sofrer com lacunas que deixaram de ser preenchidas porque a educação só estava preocupada com o currículo rígido voltado para saberes e conhecimentos aprovados por um programa oficial". É impossível não constatar um equipamento eletrônico nas mãos dos professores, pois com a modernidade e atualidade os alunos estão aptos a utilizarem mais desses aparelhos para fins prazerosos. E por que não utilizar destas ferramentas para empregar os estudos datados no plano de ensino a partir de tudo o que está ocorrendo no mundo nesse período de pandemia? O aprimoramento se faz necessário, dado que, diante das circunstâncias, é um caso comprovado que essas mesmas ferramentas facilitariam uma aprendizagem mais rica de interesses e participação com a vida do aluno na sociedade uma vez que aprender é ser capaz de utilizar as experiências de vida e os conhecimentos adquiridos na atribuição de novos significados, na construção e transmissão de valores e conhecimento. 
Observando por esse lado, é preciso que os professores aproximem-se dos recursos que são utilizados no cotidiano de seus alunos, inserindo uma nova forma de ensino juntamente com os recursos midiáticos que os prodessores precisaram adquirir para enfrentar esse novo formato de ensino-aprendizagem imposto a todos no úlrimo ano. Fazer com que os assuntos didáticos consolidem com os materiais com o fito de apresentar para os alunos uma nova perspectiva de ensino e aprendizagem, um artifício válido para o desenvolvimento da prática de estudo fora da sala de aula, que no caso são as aulas com ensino remoto.
É imprescindível que o docente tenha a devida capacitação para a utilização das mídias no espaço virtual. A inserção das mídias é obter a interação, criatividade, curiosidade e principalmente o interesse de seus alunos em sua aula remota, e não simplesmente trocar o quadro por uma tela de computador ou qualquer outro dispositivo. O professor deve descobrir o leque de opções que um computador ou qualquer outro recurso midiático pode lhe proporcionar.
Sabe-se que os métodos de ensino estão ligados de acordo com o que o educador propõe nos objetivos gerais e específicos de seu plano de ensino, os fundamentos que ele busca para que possa repassar aos alunos os conhecimentos e os ideais de ensino sobre diversos temas, dependendo da disciplina do professor. No desenvolvimento do plano de ensino são expostas ideias de como é o processo de ensino, sendo assim no plano encontram-se os assuntos discorridos durante o ano letivo, os recursos utilizados e a abordagem professor-aluno. A direção eficaz desse processo depende do trabalho sistematizado do professor, que tanto no planejamento como no desenvolvimento das aulas, conjuga objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas do ensino. (LIBÂNEO, 1994, p. 149). 
O "método" visa encontrar um objetivo, tais objetivos dirigem de certa forma, as atividades e atitudes no cotidiano. Na sala de aula virtual os métodos vão de acordo com cada função, como, por exemplo, a função do professor que é de estimular o processo de ensino em função da aprendizagem dos alunos, e dos alunos é de assimilação de conhecimentos. Esse conjunto de ação retrata a usabilidade das pessoas em empregar as ferramentas necessárias para atingir metas. E o que a mídia tem a ver com o professor na formação educativa? 
Os olhares voltados para a integração de diversos recursos midiáticos fazem parte da necessidade que se encontra na mudança do processo de ensino e aprendizagem para que o mesmo possa adaptar-se sob uma nova forma de comunicação, aprendizagem e informação. 
4 A INSERÇÃO DA TECNOLOGIA COMPROMETIDA COM O ENSINO AOS EDUCADORES
	A princípio, a tecnologia é uma simples disciplina pela qual estudam e sistematizam os processos técnicos, e com o tempo este conceito foi ampliado em virtude dos conhecimentos que ela exige de como seus objetivos são alcançados quando compatível com a utilização dos seus benefícios.
De modo geral, a tecnologia é caracterizada através de um conjunto de conhecimentos, informações e habilidades que se reproduzem através da utilização diferentes métodos e técnicas na produção e consumo de bens de serviço.
As grandes repercussões das novas tecnologias da informação e comunicação que influenciam a atualidade transformam o modelo pedagógico, ampliam a noção de educação e promovem uma nova leitura do ambiente educacional, onde é muito importante o estudo da sua relação com o ensino, a aprendizagem e o conhecimento,a qual se dá através de recursos tecnológicos.
Recursos tecnológicos são, essencialmente, recursos de multimídia, imagens, gráficos, animação, áudios, textos e outros, utilizando ou nãodatashow, computador, tablet, TV, DVD, aparelhos celulares e a rede de internet. E a utilização adequada desses recursos torna-se um forte aliado no processo de ensino aprendizagem. Podemos identificar a Internet como principal fonte de informações e aparato apropriado a comportar conteúdos multimídias e a produzir novas formas para interações sociais.
O principal objetivo da tecnologia é aumentar a eficiência da atividade humana em todas as esferas. (GRINSPUN, 2002, p. 49)
Neste contexto, os recursos tecnológicos de modo geral provocaram e provocam ainda grande preocupação para muitos profissionais da educação. Como muitos professores não possuem conhecimentos necessários para o manuseio dessas novas tecnologias, o Ministério da Educação deveria fornecer treinamentos e cursos de reciclagem, além disso, também deve partir do educador o interesse de dinamizar suas aulas com as novidades do mercado que trazem o maior interesse do aluno. O professor deve investir na formação constante.
A possibilidade de inserção das tecnologias á educação requer do docente uma nova postura que deve o levar a rever sua prática em sala de aula, adequando os vários recursos á metodologia que lhe é necessária. Tais recursos só poderão ser a diferença se forem incorporados pelos educadores da mesma forma como o quadro, o giz e o livro didático são fundamentais, portanto a educação só pode ser transformada se o perfil desse professor for modificado até que ele entenda que existem sim outras maneiras de ensinar e de aprender, pois é ele quem vai decidir que estratégia metodológica usar para que seu aluno aprenda com o mais próximo e atual do que é prazeroso. Os docentes não devem ser apenas aprendizes de técnicas. Para dar conta de um aluno integrado numa nova era, ele precisa ir muito além do que aprender a manusear um computador. A prática do professor deve expressar a articulação entre os interesses e necessidades do aluno e o contexto real e intencional da pedagogia, isso significar lançar mão de uma pedagogia compatível com as características da sociedade atual.
É preciso evoluir para se progredir, e a aplicação da informática desenvolve os assuntos com metodologia alternativa, o que muitas vezes auxilia o processo de aprendizagem. O papel então dos professores não é apenas o de transmitir informações, é o de facilitador, mediador da construção do conhecimento. Então, o computador passa a ser o 'aliado' do professor na aprendizagem, propiciando transformações no ambiente de aprender e questionando as formas de ensinar. (MORAN, 2007, p. 2)
Pelo que observa-se, um grande equívoco tem ocorrido na discussão sobre o tema que está sendo abordado, é a inversão de valores. Ouve-se falar em inserir o professor na era tecnológica, fazer o professor se adaptar ao modelos atuais, deixando a parte o foco do ensino o qual o professor é primordial. Não são profissionais da educação que devem ser inseridos na modernidade tecnológica, é a modernidade tecnológica que deve ser inserida no processo de ensino seguindo a metodologia do professor para o aluno que faz parte dessa geração tecnológica. O grande desafio do docente, mais do utilizar dos recursos que estão a sua disposição é pautar-se em princípios que privilegiam a construção do conhecimento, o aprendizado significativo e integrador do pensamento racional.
Quando enfim, o educador estiver familiarizado com as questões técnicas, estará capacitado a explorar a informática e demais recursos em atividades pedagógicas com a interação entre os conteúdos de ensino e desenvolver projetos educacionais atuais e motivadores.
5 RESISTÊNCIA DO PROFESSOR NA UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS
As diversas tecnologias já fazem parte do cotidiano de alunos e professores, seja por meio de celular ou computador. Contudo, o grande desafio, é fazer com que essas ferramentas de fato auxiliem o ensino e a produção de conhecimento em sala de aula. Um dos grandes desafios está na própria formação do professor. A resistência do professor na utilização das tecnologias em sala de aula, se dá, na maioria das vezes, pela falta de atualização do educador, que por estar acostumado há um ensino tradicional resiste a essas novas tecnologias e a formação continuada.
Segundo Grégio (2004), os profissionais da Educação trazem consigo uma grande resistência a novos métodos na educação. Esse mesmo autor afirma que existem poucos docentes qualificados a utilizarem ferramentas informatizadas. Segundo Aoki (2001), o cenário atual das escolas é de profissionais arraigados a métodos de ensino tradicionais e visão de transmitir conhecimentos, deixando de lado, a construção desses conhecimentos, mesmo usufruindo de todos os recursos que a Informática proporciona.
Segundo Prensky (2001), os alunos de hoje não são mais as pessoas para as quais o nosso sistema educacional foi projetado para ensinar.
Eles passaram a vida inteira cercados por e utilizando computadores, videogames, reprodutores de música digital, câmeras de vídeo, celulares, e todos os outros brinquedos e ferramentas da era digital. [...] Jogos de computador, e-mail, internet, celulares e mensagens instantâneas são partes integrais de suas vidas. (PRENSKY, 2001, p.1)
Não podemos negar essa nova mudança imposta pela novo corona vírus. Faz-se necessário, que o professor acompanhe essas mudanças a fim de adaptar-se a essa nova realidade. Por isso, é importante que o professor se desenvolva e busque um aperfeiçoamento contínuo a fim de adaptar-se à essas novas tecnologias que surgem para dar suporte as práticas pedagógicas. 
A tecnologia não é a única responsável pela reflexão sobre o novo papel do professor. Há décadas os educadores buscam novas formas de ensinar e entender como o aluno aprende. A tecnologia escancara essa busca, pois com ela as informações estão disponíveis, ao docente cabe estimular e desafiar o aluno a criar e testar hipóteses sobre a sua realidade. As novas tecnologias não mudam somente os hábitos das pessoas mas também a maneira como elas pensam o mundo a sua volta e quando inseridas na educação deixam claras as necessidades do professor se reinventar desafiados pelas novas demandas de seu ofício. Para isso a formação do professor deve ser continua e pautada no dia a dia de educador que tem limites e possibilidades. As mudanças são complexas e necessárias, além de trazerem boas perspectivas pois darão um novo sentido ao trabalho do docente. A tecnologia não é concorrente do professor, muito pelo contrário, é uma ferramenta de trabalho. É preciso que exista um caminhar em conjunto entre professor e aluno como agentes transformadores da educação.
6 REALIDADE DO ENSINO BÁSICO
Devido a suspensão das aulas presenciais por causa da pandemia, o que mais ouvimos falar é da utilização das tecnologias para ensino aprendizagem como uma maneira de reparar os danos na educação dos discentes. Focando na educação básica, há um problema muito grande, pois, algumas escolas não tinham ferramentas para introduzir tais métodos tecnológicos em suas aulas, porém tiveram que se adaptar. 
Quando pensamos em ensino remoto, nos direcionamos para a educação superior, nunca para as séries iniciais, porque é muito difícil as crianças trabalharem sozinhas, logo, é necessário acompanhamento e tutoria de algum responsável.
Temos que cuidar do professor, pois todas as mudanças só entram bem na escola se entrarem pelo professor, ele é a figura fundamental. Não há como substituir o professor. Ele é a tecnologia das tecnologias, e deve se portar como tal. (ANDRADE, 2011, p.16)
Em meio a esta crise o papel do professor é fundamental, pois, é ele que norteia pais e alunos a se adaptarem a esta nova rotina de ensino, por isso, se vê profissionais docentes sempre comprometidos com seu fazer pedagógico, mais preparados para enfrentar os desafios que o futuro os reserva e, claro,capazes de contribuir para as mudanças necessárias à melhoria dos processos educativos em nossa sociedade.
Ao visualizar fora da escola, pontua-se a questão da desigualdade entre os âmbitos públicos e privados da educação básica, enquanto alunos de escolas particulares aprendem por meio de diversos recursos e estratégias combinadas, como vídeo ao vivo ou gravado, envio de tarefas, mentoria e sessões em grupos menores para tirar dúvidas, muitos estudantes das escolas públicas sequer têm acesso à internet. 
Para ensinar, o professor deve ser capaz de assimilar uma tradição pedagógica que se manifesta através de hábitos, rotinas e truques do ofício; deve possuir uma competência cultural oriunda da cultura comum e dos saberes cotidianos que partilha com seus alunos; deve ser capaz de argumentar e de defender um ponto de vista; deve ser capaz de se expressar com uma certa autenticidade, diante de seus alunos; deve ser capaz de gerir uma sala de aula de maneira estratégica a fim de atingir objetivos de aprendizagem, conservando sempre a possibilidade de negociar seu papel; deve ser capaz de identificar comportamentos e de modificá-los até certo ponto. O “saber-ensinar” refere-se, portanto, a uma pluralidade de saberes (Tardif ,2005, p. 178). 
Partindo desse pressuposto observa-se a necessidade de novas metodologias nesta era tecnológica partindo do professor, fazendo com que o aluno se envolva no mundo do saber e acima de tudo tenha prazer por fazer isso, pois na execução de aulas online o professor deve ser criativo e manter a atenção de seus educandos.
As escolas foram pegas de surpresa e tiveram que se adequar, o ensino educacional jamais voltará como antes, pois, agora ,a sala de aula transcendeu as quatro paredes e foi descoberto um mundo de oportunidades, os docentes estão vivenciando uma nova forma de ensinar, novos métodos e diversificadas maneiras de avaliações, já os discentes devem se dedicar, organizar e fazer planejamento nessa nova era.
7 CENÁRIO DO ENSINO BÁSICO NA PANDEMIA 
	De acordo com os novos tempos que estão sendo enfrentados pelo segmento da educação devido a pandemia, a rotina escolar foi acelerada para um novo tempo e acompanha outras revoluções no cenário escolar.
Um dos autores brasileiros bastante referenciado, ao definir aula, o faz da seguinte maneira:
[...] devemos entender a aula como o conjunto dos meios e condições pelos quais o professor dirige e estimula o processo de ensino em função da atividade própria do aluno no processo da aprendizagem escolar, ou seja, a assimilação consciente e ativa dos conteúdos. Em outras palavras, o processo de ensino, através das aulas, possibilita o encontro entre os alunos e a matéria de ensino, preparada didaticamente no plano de ensino e nos planos de aula. (LIBÂNEO, 1994, p. 45).
Buscar entender a aula é, acima de tudo, refletir sobre os espaços onde ela acontece. Na educação pré-pandemia, salvas pequenas exceções, as aulas aconteciam nas salas de aula, espaços limitados e limitadores, fechados em um cômodo que foi construído ou adaptado para este fim. Primeiro engano, se levarmos em conta que sala de aula pode ser chamada de espaço de aprendizagem, precisamos repensar sua estrutura física também. Sala de aula como espaço de aprendizagem será todo o espaço físico onde ocorre a aprendizagem.
Ao pensarmos em aulas, imediatamente nos remetemos a sala de aula presencial, porém, no momento, não há como ocorrer a este cenário para o ensino básico, devido ao alto risco de contágio, o que fez se repensar não só na reestrutura nas aulas, como também no ato pedagógico e no momento de desenvolvimento de aprendizagem dos alunos.
Art.º 1 Educação a Distância é uma forma de ensino que possibilita a autoaprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados, e veiculados pelos diversos meios de comunicação. 
As aulas presenciais estão suspensas em todos os estados brasileiros desde meados de março. Professores, alunos e famílias vinculados a escolas enfrentam discussões, discordâncias e polêmicas - além da preocupação com a saúde individual e coletiva, questões emocionais e financeiras. Diante de uma realidade adaptada às pressas.
8 ISOLAMENTO SOCIAL E EDUCAÇÃO
Em tempos vivenciados na história da Educação, faz-se necessário o debate sobre estudos de uma temática, que norteie os seguimentos de aulas remotas. A crise do Corona vírus tem efeitos perenes sobre a forma de aprender. 
Chamamos de isolamento social o ato voluntário ou involuntário de manter-se um indivíduo isolado do convívio com outros indivíduos ou com a sociedade. O isolamento social voluntário é aquele em que a pessoa, por conta própria, afasta-se do grupo por diversas razões, como depressão ou sentimento de não identificação com ele. O isolamento social involuntário pode ocorrer por diversas questões, como: a guerra (quando os civis são obrigados a isolar-se em casa ou em abrigos por segurança); questões sanitárias (quando há uma epidemia que obrigue os indivíduos a isolarem-se para que não haja alastramento da doença); e por crimes (quando um criminoso é isolado da sociedade em um presídio para que ele não coloque-a em risco). (MUNDO EDUCAÇÃO, 2020)
O isolamento social está criando novos hábitos e comportamentos, tanto nas famílias, quanto nas instituições de ensino, que estão revendo uma série de processos, estruturas e metodologias. Aprendendo que lidar com a imprevisibilidade exige um trabalho em grupo muito mais alinhado e que, mesmo distantes, podemos unir esforços em prol de um bem maior. Um exemplo? Nunca antes tinha visto tantos professores, de uma mesma disciplina e ano escolar, unidos no mundo digital para compartilhar atividades, experiências bem-sucedidas, tirar dúvidas e aprender uns com os outros.
A escola tem um papel fundamental para a elaboração dessa prática, além de propiciar o ensino a maioria dos alunos, ela possui a responsabilidade de incentivar alunos/cidadãos críticos para atuarem em sociedade com objetivo de melhorá-la, preenchendo as lacunas que a tornam defeituosas, é nesse ponto que envolve a importância do comprometimento no âmbito escolar, pois as aulas online necessitam de mais atenção de todos os envolvidos. Toda crise é uma oportunidade de aprendermos algo novo e o que se é certo é mundo vai ser diferente depois desta pandemia, as crises ensinam aos que estão abertos ao novo. 
Para se ter o distanciamento social foi necessário ter esse modelo de ensino remoto que é delineado por Behar (2020) como sendo: 
uma modalidade de ensino que pressupõe o distanciamento geográfico de professores e alunos e foi adotada de forma temporária nos diferentes níveis de ensino por instituições educacionais do mundo inteiro para que as atividades escolares não sejam interrompidas. Dessa forma, o ensino presencial físico precisou ser transposto para os meios digitais. No ensino remoto, a aula ocorre num tempo síncrono (seguindo os princípios do ensino presencial), com videoaula, aula expositiva por sistema de webconferência, e as atividades seguem durante a semana no espaço de um ambiente virtual de aprendizagem (AVA) de forma assíncrona. A presença física do professor e do aluno no espaço da sala de aula presencial é “substituída” por uma presença digital numa aula online, o que se chama de ‘presença social’. Essa é a forma como se projeta a presença por meio da tecnologia. (BEHAR, 2020, online). 
Esse ensino remoto foi adotado pelo mundo para salvaguardar a vida de todos os alunos e funcionários da instituição educacional. Dessa forma o fechamento não apenas repercutiu dentro dos muros escolares, mas também impactou no contexto social ao refletir direta ou indiretamente no contexto de pais e alunos.
9 METODOLOGIA
 
O presente estudo teve como fundamentação teórica: pesquisa bibliográfica em livros, artigos científicos, revistas, sites e periódicos específicos da área de ensino remoto na educaçãoem tempos de pandemia, que abordam o tema proposto onde foi efetuado um levantamento aprofundado e bibliográfico sobre o objeto de pesquisa. 
Neste trabalho foi utilizada a pesquisa qualitativa, pois foi exposto teorias e conceitos de autores conceituados na área, através da pesquisa bibliográfica buscou-se delimitar o tema com a intenção de validar os resultados pretendidos. A partir da pesquisa bibliográfica foi possível investigar e encontrar subsídios teóricos para o embasamento do estudo através das fontes eletrônicas e impressas, sendo possível ampliar o conhecimento sobre o tema proposto, 
Com a intenção de identificar as principais dificuldades tando dos professores, quanto dos alunos com relação ao ensino remoto, foi adotado o instrumento de coleta de dados através das pesquisas, partindo dos objetivos da natureza da monografia.
9.1 Resultados e Discussões 
Analisando os resultados com relação ao estudo produzido, percebe-se a importância do ensino remoto na educação a partir do tempo ao qual estamos enfrentando que é a pandemia do coronavírus, a fim de minimizar o contágio do vírus se as aulas presenciais continuassem nas escolas, pois iria haver aglomerações, tornando-se assim muito mais suscetível à contaminação.
Após todo o levantamento de dados da pesquisa, foi observado a importância das aulas no ensino remoto para que os alunos não perdessem o ano letivo, porém os desafios enfrentados são extensos. 
Logo, para os professores as dificuldades são imensuráveis, porque querendo ou não é uma nova prática de ensino que foi necessário adaptação, mas percebeu-se também que o empenho e vontade estão fazendo com que dê certo esta nova modalidade de ensino. Mas citando um ponto super relevante para os professores notou-se uma carga horária muito mais extensa e intensa, pois é necessário, não somente fazer plano de aula e ir para a escola, e sim, ter todo um processo antes e depois do plano, porque ele tem que produzir, editar, ministrar, organizar, isso tudo com suas próprias ferramentas, pois na maioria das vezes a escola não dá o suporte necessário para o desempenho no mínimo satiisfatório do trabalho que ele executa.
No que se está relacionado aos discentes, foi observado a falta de compromisso e comprometimento nas atividades desenvolvidas no ambiente de sala de aula com o ensino remoto, pois apresentam uma falta de interesse, dificultando assim a leitura final do professor com relação ao desempenho de seu trabalho e da turma.
Com relação aos recursos e as metodologias utilizadas por ambas as partes, destaca-se o uso das plataformas digitais, as mídias sociais, todo e qualquer tipo de aplicativo para a execução das aulas, tendo como principal meio tecnológico o aparelho celular ou um notebook.
Todos os profissionais da educação ainda estão em processo de adaptação e transformação, é fundamental ter a paciência e confiar que a educação irá vencer e passar por mais esse obstáculo, e para isso é necessário que todos os envolvidos faça a sua parte! 
A pandemia no cenário da educação básica, chegou acarretando grandes dúvidas para o ensino e mostrando as mazelas na educação, colocando aulas com um novo conceito e inserindo de forma rápida a educação à distância, se dará resultado, iremos ver quando tudo isso passar. Transferiu, de uma hora para outra, as salas de aula para o ambiente doméstico. Impedidos de frequentar o ambiente escolar para não gerar aglomerações, professores e estudantes têm tido algumas dificuldades com as aulas online.
Os professores por sua vez, estão enfrentando continuamente os desafios expostos a eles, tendo que se adaptar ao novo formato de aulas e formas de ensinar, trabalhando de forma imensurável para ajudar os alunos e a família nesse novo momento, tiveram que aprender a gravar, dar um maior tempo a preparação das aulas, produzir todo e qualquer material para facilitar o entendimento dos alunos.
Portanto, é perceptível que esse novo tempo de descobertas está trazendo novas reflexões para a forma de aprendizado e de ensino, para o professor, o aluno e a família, tendo interação simultânea entre as partes, claro, havendo dedicação e preocupação de todos.
10 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base em todo o material que foi pesquisado e elucidado neste estudo, tornou-se evidente a alta relevância do ensino remoto na educação em tempos de pandemia, pois foi a partir dessa decisão que houve a possibilidade de não se alastrar o vírus.
Partindo desse cenário pré estabelecido no mundo todo, o professor e o aluno tiveram que assumir demasiadas problemáticas, sendo primordial eles utilizarem a criatividade e, principalmente, estratégias e métodos para cumprir todas atividades. 
Mediante a todo o contexto, é notório que esse momento ao qual a educação se encontra, é sim, desafiador. Pois há um desafio que os professores e os alunos precisaram assumir e, além de tudo isso vivenciar os variados problemas que aparecem ao decorrer do percurso, como por exemplo a falta de equipamentos tecnológicos, a internet que não existe ou o sinal é ruim, o desinteresse de alguns alunos, um apoio mais firme dos pais ou responsáveis.
	Logo, é perceptível que o papel do professor foi fundamental para que o ensino-aprendizagem continuasse apesar de todo o desmantelo causado pelo distanciamento social, contudo, entender e compreender que a educação é sim, a melhor e mais poderosa arma que temos, visto que é através dela que nos tormamos cidadãos críticos, podemos alcançar uma qualidade de vida melhor.
Em se tratando da utilização de novas tecnologias no contexto educacional, o que se percebe é que o educador encontra-se inserido num emaranhado de conexões cujo centro é móvel, pois a mudança é frequente, esperada e, por vezes, extraordinária. Não há uma tecnologia específica a ser utilizada, nem uma forma única de utilização dos recursos tecnológicos, mas um leque de oportunidades educativas que as diferentes tecnologias revelam, cabendo ao professor adequá-las às necessidades e especificidades do alunado com que atua.
A formação do professor deve prover condições para que ele construa conhecimento sobre as técnicas computacionais, entenda por que e como integrar o computador na sua prática pedagógica e seja capaz de superar barreiras de ordem administrativa e pedagógica. Finalmente, devem-se criar condições para que o professor saiba recontextualizar tanto o aprendizado como as experiências vividas durante a sua formação para a sua realidade de sala de aula, que no momento está sendo a virtual e online, compatibilizando as necessidades de seus alunos aos objetivos pedagógicos a que se propõe atingir.
Assim, cabe ao docente se inteirar e se adequar às tecnologias que ora se apresentam, pois, a sociedade do conhecimento demanda agora um novo perfil de profissional que é necessário utilizar novos métodos nesse período pandêmico é de grande valia para contribuir com o aprendizado do aluno, o acesso à internet pode contribuir e expandir o mundo de conhecimento do aluno, não limitando apenas ao livro físico, caneta, papel e aulas presenciais, mas fazendo com que ele evolua suas práticas de estudo em qualquer lugar que se encontre através dos recursos midiáticos (celular, tablets, smartphone, notebook dentre outros). 
40
REFERÊNCIAS
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ALMEIDA, M. E. B., VALENTE, J. A.​Tecnologias e Currículo:​trajetórias convergentes ou divergentes? São Paulo: Paulus, 2011.
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