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Introdução à Administração Financeira Aplicada à Construção Civil Apresentação do Caso Olá, estudante! Tomar decisões sobre que tipo de obra fazer, como executar e, principalmente, quando e como serão os pagamentos, deve ser algo sempre considerado pelo construtor. Fatores como risco financeiro do pagador e parcelamentos e datas efetivas de pagamentos impõem custos de capital que deverão ser observados atentamente. Dito isso, apresentamos nosso estudo de caso. Um prédio localizado na Avenida Vieira Souto, um dos metros quadrados mais caros do Rio de Janeiro, vinha apresentando, há muito tempo, problemas de infiltração na laje da cobertura. O condomínio tentou, durante décadas, efetuar vários tipos de reparos. Paliativos no início, mostraram-se falhos no decorrer do tempo. O prédio é da década de 1960 e conta com 12 apartamentos, incluindo a cobertura. Dessa forma, o conselho do condomínio decidiu fazer uma obra completa de restauro da impermeabilização. Para isso, contratou um arquiteto que é dono de uma pequena empresa de construção. Por sua vez, esse profissional contratou oito funcionários. O condomínio também decidiu contratar um engenheiro como fiscal de obra. Seu “método” de trabalho, muito peculiar, é memorizar todo o projeto a ser desenvolvido, sem editar e/ou imprimir qualquer documento. Está tudo na cabeça dele. Nesse contexto, a empresa de construção escolhida tem a missão de efetuar o restauro da impermeabilização em definitivo, com materiais nobres e dispendiosos, embutidos nos custos totais do serviço. O retorno do capital é previsto para daqui a um ano e meio. Cabe observar que a empresa não domina tecnicamente as atividades exigidas pela fiscalização. Apresentamos um estudo de caso sobre uma reforma no sistema de impermeabilização de um prédio localizado na zona sul do Rio de Janeiro. As tratativas técnicas e administrativo-financeiras não foram cumpridas por ambas as partes, fato que causou inúmeros transtornos à execução da obra, principalmente tendo em vista a incapacidade financeira do contratado de suportar os fluxos econômicos impostos pelo contratante. Na obra, duas empresas foram contratadas. Em ambas, as decisões administrativas de se aceitar o ritmo de pagamento do contratado não foram observadas, em vários aspectos. Esse aceite sem a devida atenção gerou problemas de liquidez nos contratos, deixando os dois contratados em apuros. Você, estudante, é o engenheiro fiscal elevado à condição de construtor. Qual decisão administrativo-financeira você adotaria nesse caso, tendo em vista ter conhecimento do episódio vivido pelo seu antecessor? Aceitaria a missão de assumir a mão de obra empregada na obra, as condições de contrato, os prazos e as formas de pagamento, enfim, assumiria, de forma inquestionável, a formatação contratual anterior? Estariam adequadas as condições administrativo-financeiras desse empreendimento, de forma a manter equilibradas as condições financeiras da empresa executante?