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ATIvIDADE 1 GABARITO PET IV- 2º ANO SEMANA 1 ATIVIDADES A literatura pode se apresentar como música e os poemas musicados podem evidenciar o país da mistura e da diversidade. O Brasil ainda precisa se haver com a frase histórica de Joaquim Nabuco, inclusive incorporada por Caetano Veloso em música: “a escravidão permanecerá por muito tempo como a característica nacional”. A identidade brasileira está eivada de ancestralidade negra e também indígena e nossa cultura provém tanto desses falares, dos ditados populares, das expressões, quanto da dança, do jogo, da capoeira e, em especial, da canção, da musicalidade. Assim como nos Estados Unidos, nossa maior vertente de composição popular se vê impregnada pela raiz africana e sua sonoridade. Do samba, ao rock, pop, samba, passando pelo reggae, pelo funk, pelo forró, à música soul, até a conformação da sigla MPB, também entendida como MPB – “música preta brasileira”, EMBALA EU – Clementina de Jesus – Disco Raízes do Samba, 1979 – 2ª Faixa Embala eu, embala eu Menininha do Gantois Embala pra lá, embala pra cá Menininha do Gantois Oh, dá-me a sua benção Menininha do Gantois Livrai-me dos inimigos Menininha do Gantois Dá-me a sua proteção Menininha do Gantois Guiai os meus passos por onde eu caminhar Vira os olhos grandes de cima de mim Pras ondas do mar Os versos musicados do poema Embala eu de Clementina de Jesus tornam-se uma súplica, uma verdadeira reza na qual ela pede ajuda. Descreva os versos nos quais esses pedidos se apresentam. A segunda e a terceira estrofe apresentam a súplica da voz poética. Destaca-se os versos a seguir: Oh, dá-me a sua benção Livrai-me dos inimigos Menininha do Gantois Dá-me a sua proteção 2 ATIvIDADE 2 PARA SABER MAIS: Sujeitos dessa literatura Clementina de Jesus - Foi essa mulher quem despertou em João Bosco a africanidade, marca registrada da obra do cantor e compositor mineiro. Martinho da Vila é mestre do samba e do partido-alto graças a ela. Ao vê-la cantar no Teatro Opinião, no Rio de Janeiro, o jovem Milton Nascimento pirou: “Era a África na minha frente”, afirmava nosso querido cantor. Neta de escravizados, ex-empregada doméstica, mulher do povo, Clementina de Jesus não foi apenas o elo do Brasil do século 20 com a África ancestral, a cantora sempre será a voz dos milhões de negros “desfeitos no fazimento do Brasil”, como tão bem definiu o antropólogo e escritor Darcy Ribeiro. Para ele, vinha daquela artista “a poderosa voz anunciadora do brasileiro que, amanhã, se assumirá como povo mulato, mais africano que lusitano. Chico César e sua música literatura poesia que corta como punhal. Conhecido pelo hit “Mama África”, o artista paraibano realizou sua primeira incursão na literatura em 2005, quando lançou “Cantáteis: Cantos Elegíacos de Amozade”. Voltou à seara em 2015, com “Versos Pornográficos”, e 2016, com o infantil “O Agente Laranja e a Maçã do Amor”. Chico César nasceu no município de Catolé do Rocha, no interior da Paraíba, e aos dezesseis anos mudou-se para João Pessoa, formando-se em jornalismo, profissão que exerceu na editora Abril em São Paulo para onde se mudou aos 21 anos de idade. Leia todo o poema em forma de música de Chico César e responda com exemplos do poema. Por que essa música recebe o nome de Mama África? Poderíamos explorara vários níveis da metáfora utilizada por Chico César. Mama África representa milhares de mulheres brasileiras, Mulheres que descendem de pessoas oriundas de África e possuem empregos em lojas populares, fazem o trabalho de casa e cuidam dos filhos. É a mulher negra, solteira, forte e filha da Mama África. Mama África/A minha mãe/É mãe solteira/E tem que/Fazer mamadeira/Todo dia Além de trabalhar/Como empacotadeira/Nas Casas Bahia... Mama África de Chico César – Disco Aos Vivos, 1995 – 2ª Faixa A minha mãe É mãe solteira E tem que Fazer mamadeira Todo dia Além de trabalhar Como empacotadeira Nas Casas Bahia...(2x) Mama África, tem Tanto o que fazer Além de cuidar neném Além de fazer denguim Filhinho tem que entender Mama África vai e vem Mas não se afasta de você... Mama África A minha mãe É mãe solteira E tem que Fazer mamadeira Todo dia Além de trabalhar Como empacotadeira Nas Casas Bahia... Quando Mama sai de casa Seus filhos de olodunzam Rola o maior jazz Mama tem calo nos pês Mama precisa de paz... Mama não quer brincar mais Filhinho dá um tempo 2 E tanto contratempo No ritmo de vida de mama... Mama África A minha mãe E mãe solteira E tem que Fazer mamadeira Todo dia Além de trabalhar Como empacotadeira Nas Casas Bahia...(2x) E do Senegal Ser negão, Senegal... Deve ser legal Ser negao, Senegal...(3x) Mama África A minha mãe É mãe solteira E tem que Fazer mamadeira Todo o dia Além de trabalhar Como empacotadeira Nas Casas Bahia...(2x) Mama África A minha mãe Mama África A minha mãe Mama África... Composição de Chico Cesar ATIvIDADE 3 Pensando em como os diálogos entre os tempos históricos podem ocorrer numa mesma produção textual, apresentamos essa poesia musicada de Chico César que conversa com o leitor fazendo-o adentrar ao universo da maternidade com seus elementos sendo apresentados de forma metafórica. Quem é a África da música poema de Chico César? Utilize versos do poema musicado para exemplificar sua resposta. O uso de Mama referindo-se ao continente africano parece ser uma referência ao berço da civilização. Da mesma forma que a personagem é uma mulher, mãe, negra, o continente africano também é mãe da cultura negra no Brasil e no mundo. ATIVIDADES EMBALA EU – Clementina de Jesus – Disco Raízes do Samba, 1979 – 2ª Faixa Poderíamos explorara vários níveis da metáfora utilizada por Chico César. Mama África representa milhares de mulheres brasileiras, Mulheres que descendem de pessoas oriundas de África e possuem empregos em lojas populares, fazem o trabalho de casa e cuidam dos filhos. É a mulher negra, solteira, forte e filha da Mama África. Mama África/A minha mãe/É mãe solteira/E tem que/Fazer mamadeira/Todo dia O uso de Mama referindo-se ao continente africano parece ser uma referência ao berço da civilização. Da mesma forma que a personagem é uma mulher, mãe, negra, o continente africano também é mãe da cultura negra no Brasil e no mundo.
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