Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Aluno: João Carlos de Figueiredo Matrícula: 201601112343 Campus: Nova América Turno: Manhã (quinta-feira) CASO CONCRETO Nº 1 - PROCESSO CIVIL II Questão Discursiva Jorge Lourenço procura um advogado e informa que comprou uma televisão de Última geração (R$ 8.500,00) para sua residência, mas o equipamento não funciona corretamente. Apesar de inúmeros contatos e promessas do fabricante TVJÓIA e seu serviço autorizado de garantia, nenhuma visita técnica foi realizada. Na conversa com o advogado procurado, Jorge Lourenço informa que gostaria de ter o aparelho (ou outro equivalente) funcionando, além de danos materiais e morais pelo ocorrido. O advogado informa a Jorge Lourenço que irá elaborar a Petição Inicial e que o caso seguirá o procedimento comum sumário em Vara, pois de acordo com o CPC, este caso não poderia mais ir aos Juizados Especiais Cíveis da Lei 9099/95. a) Está correta a orientação prestada pelo advogado no tocante ao rito ou procedimento adequado ao caso? R: O advogado encontra-se equivocado, pois o procedimento comum sumário era o rito do CPC de 1973 cuja divisão do procedimento comum era: ordinário e sumário conforme previsão expressa no Artigo 272. Com o advento do novo CPC de 2015 cuja vigência começou em 17/03/2016, temos o procedimento Comum e os Especiais. Sendo assim, o procedimento correto a se4r aplicado ao caso concreto seria: o procedimento comum previsto no artigo 318 do CPC de 2015, independentemente dom valor da causa. B) Sem prejuízo da resposta no item a), qual seria a outra opção para Jorge Lourenço pleitear em perante o Poder Judiciário uma reparação de seus danos? R: Jorge Lourenço poderia recorrer ao Juizado Especial Cível diferentemente do que seu advogado o instruiu, pois se trata de uma causa de menor complexidade, pois o valor de R$ 8.500,00 se enquadra no teto de causas até 40 salários mínimo, o que hoje sé de :R$ 41.800,00, conforme o Artigo 3°, I da Lei 9099 de 1995. 1ª Questão. De acordo com o NCPC é correto afirmar que: a) O procedimento comum sumário e ordinário foram transformados em procedimento especial. b) A petição inicial não pode mais ser emendada. c) Na petição inicial pode haver indicação de interesse em realizar audiência de conciliação ou mediação. d) Não pode haver mais indeferimento da petição inicial antes da citação do réu. 2ª Questão Com relação ao pedido no processo civil, marque a opção incorreta: a) O pedido deve ser certo e determinado. b) É possível pedido alternativo nos casos em que o direito material permite. c) Acumulação de pedidos diversos contra o mesmo réu só é possível quando houver conexão. d) Acumulação de pedidos enquanto cumulação de ação gera economia processual. CASO CONCRETO Nº 2 - PROCESSO CIVIL II Questão Discursiva Uma animada conversa entre dois estudantes de graduação em Direito a respeito de uma decisão judicial de 1a instância que julgou liminarmente improcedente o pedido (antes mesmo da citação do demandado) por estar frontalmente contrária a enunciado de súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal chamou atenção de um terceiro estudante, representante de turma do 6o período que achou por bem intervir na conversar. Em dado momento, os três alunos fizeram as seguintes manifestações categóricas: Aluno do 4o Período - O Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário está acima de qualquer lei ou código, de modo que não pode haver indeferimento liminar de Petição Inicial sem antes ocorrer a citação do demandado, futuro réu. Aluno do 5o Período - O Juiz pode sim decidir pela Improcedência Liminar do Pedido, mas apenas nos casos de súmula vinculante do STF. Aluno do 6o Período -O Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário está acima de qualquer lei ou código, mas isto não torna inconstitucional determinado artigo do CPC, ou mesmo decisão judicial devidamente fundamentada em casos concreto no âmbito do Processo Civil brasileiro. a) Existe alguma manifestação correta acima? R: A do aluno do sexto período encontra-se correta, uma vez que a Constituição Federal, A Lei das Leis, se encontra no topo do ordenamento jurídico devendo as demais leis, códigos, estarem em sintonia com a Constituição, senão serão inconstitucionais, devendo ser expurgadas do nosso ordenamento. Além disso, o Princípio da Inafastabilidade do Poder Judiciário está positivado na Constituição no Artigo 5°, XXXV, no título dos direitos e garantias individuais, sendo, além disso, uma cláusula pétrea, núcleo intangível, ou seja, não pode ser emendada, inclusive este princípio supracitado também e positivado na Artigo 3° do Código de Processo Civil de 2015. Diante do acima exposto, chega-se à conclusão que a manifestação do aluno do 6° período, encontra previsão legal no Artigo 332 do Código de Processo Civil de 2015, uma vez que prevê a possibilidade de julgar liminarmente improcedente um pedido, sendo assim, não há que se falar de inconstitucionalidade neste ato. Não havendo, portanto, no caso concreto o cerceamento do acesso ao Judiciário. b) Existe diferença entre Improcedência Liminar do Pedido e Indeferimento de Petição Inicial? R: Sim, com a improcedência liminar do pedido ocorre a resolução da sentença com resolução do mérito, sendo esta definitiva, ou seja, só poderá discutir a demanda através de recursos como por exemplo apelação faz coisa julgada material, seus fundamento estão no artigo 332 e seus incisos e & 1°, enquanto que o indeferimento JCF RJ Nota da petição inicial ocorre a resolução da sentença sem resolução do mérito, sendo esta terminativa, ou seja poderá propor a ação novamente desde que cumpridos os requisitos exigidos pela lei, faz coisa julgada formal, seus fundamentos se encontram nos artigos 319 e 320 do CPC. Questões Objetivas 1ª Questão. A improcedência liminar do pedido pode ocorrer: a) apenas quando houver súmula vinculante ou declaração de inconstitucionalidade pelo STF em sentido contrário. b) em casos de enunciado de súmula do STF apenas. c) em casos de enunciado de súmula do STJ apenas. d) na hipótese de entendimento firmado em incidente de demandas repetitivas. 2ª Questão: A respeito da possível audiência de conciliação ou mediação prevista no NCPC para ocorrer antes da resposta do réu, marque a opção correta. a) Caso não ocorra, resta inviabilizada uma nova marcação para não afetar a celeridade processual. b) É optativa, não havendo qualquer sanção para a parte que faltar a referida audiência. c) O não comparecimento geral revelia automática, além de condenação por má-fé processual. d) Trata-se dispositivo que tem por objetivo propiciar outros meios para a composição dos interesses das partes. CASO CONCRETO 3 – PROCESSO CIVIL 2 Questão Discursiva. Juan é advogado e está terminando seus estudos complementares de pós-graduação fora do Brasil, razão pela qual resolveu contratar um advogado para a defesa de seus interesses em processo judicial no qual fora citado dias antes da viagem, de forma inesperada e, segundo ele, sem qualquer nexo de causalidade com as pessoas, fatos narrados na petição inicial. Segundo Juan, trata-se de pedido de reintegração de posse realizado por Jurema, tendo por objeto um sítio em Maricá, município do Rio de Janeiro, onde Juan afirma apenas frequentar em propriedades de seus primos e tios. O advogado contratado, Dr. Rafael, tranquiliza Juan e afirma ter descoberto em documentos cartorários na municipalidade o verdadeiro possuidor (ao menos de fato) do referido sítio e que irá realizar a resposta do réu, na modalidade de Contestação, tudo nos termos do CPC. a) Está correta a modalidade de defesa (resposta) indicada pelo Dr. Rafael? Caso o Juiz entenda pela ilegitimidade passiva de Juan, o processo será extinto sem resolução do mérito? R: A modalidade de defesa indicada pelo Dr. Rafael está correta, uma vez que existem duas modalidades de resposta do réu: contestação e reconvençãoe a indicada no caso concreto é a contestação. Caso o juiz entenda pela ilegitimidade passiva de Juan, este facultará ao autor, em 15 (quinze) dias, a alteração da petição inicial para substituição do réu. Caso seja realizada a substituição, o magistrado ordenará que o autor reembolsará as despesas e pagará os honorários ao procurador do réu excluído, que serão fixados entre três e cinco por cento do valor da causa ou, sendo este irrisório, nos termos do art. 85, § 8o. Em contrapartida, Juan deve caso o juiz entenda pela sua ilegitimidade passiva, incumbe a ele indicar o sujeito passivo da relação jurídica discutida sempre que tiver conhecimento, e no caso concreto Dr. Rafael, seu advogado, descobriu em documento cartorários na municipalidade o verdadeiro possuidor(ao menos de fato) do referido sítio em questão, sob pena de arcar com as despesas processuais e de indenizar o autor pelos prejuízos decorrentes da falta de indicação. Diante dos fatos acima exposto, o processo deverá segui seu rumo normal, ou seja, será resolvido com resolução do mérito, fazendo coisa julgada material. b) Quais os significados dos Princípios da Eventualidade e Ônus da Impugnação Específica para fins do momento processual dos artigos 335 e seguintes do CPC? R: O Princípio da Eventualidade significa que o réu tem que alegar toda matéria de defesa num único só momento que é a contestação. Enquanto o Princípio da Impugnação Específica significa que o réu tem que impugnar ponto a ponto o que o autor falou sob pena de confissão. Questões Objetivas 1ª Questão Marque a alternativa correta dentre as opções abaixo. a) O NCPC eliminou a reconvenção, não sendo mais possível ao réu demandar o autor no mesmo processo. b) A impugnação ao benefício da gratuidade de justiça agora é tema de contestação. c) A contestação no NCPC pode ser oral em qualquer procedimento. d) O revés não pode mais praticar atos processuais antes da sentença, salvo com anuência da outra parte. 2ª Questão Quando houver caso de incompetência relativa do juízo e impedimento do juiz, a defesa do réu dever ser por: a) contestação e exceção respectivamente. b) apenas contestação. c) apenas uma única exceção de incompetência. d) duas exceções autônomas. CASO CONCRETO 4 – PROCESSO CIVIL 2 1ª Questão Discursiva Marisa promove ação judicial de indenização por danos materiais e morais em face de Tinoco, seu vizinho. Segundo Marisa, Tinoco tem insistentemente atitude ilícita e desrespeitosa com seu animal preferido, um cavalo de estimação chamado "Ventania". Tais atitudes fez com que o mesmo ficasse em estado de grande agitação, vindo inclusive a se cortar na cerca da propriedade no último mês, o que gerou internação veterinária com cirurgia e medicamentos. Tinoco citado, não ofereceu contestação, o que foi certificado pelo cartório, conforme consta nos autos. Marisa, eufórica e, acompanhando seu andamento processual na internet, liga para seu advogado, informa da revelia e pergunta se com isso, o juiz irá proferir sentença de procedência do seu pedido. a) Sempre que houver Revelia, haverá procedência do pedido? R: Embora haja os efeitos da revelia (materiais e processuais), isso não gera a procedência automática, devendo o juiz apreciar o caso e aplicar o direito ao caso concreto, decidindo pela procedência ou improcedência do pedido. b) Caso Tinoco tivesse oferecido Contestação alegando que apenas se defendia de Ventania, pois o animal ameaçava ataca-lo quando passava rente à cerca, qual deveria ser a atitude do Juiz? R: Como o réu apresentou uma defesa indireta, que constitui fato modificativo, o juiz concederá réplica para a autora se defender no prazo de 15 dias conforme o Artigo 350 do Código de Processo Civil, abrindo posteriormente prazo para especificação de provas que ela desejar produzir. Questões Objetivas 1ª Questão João é citado em ação proposta por Pedro e realiza contestação alegando falta de pagamento para não cumprir com sua parte em contrato firmado pelas partes. Além disso, também aproveitou e está cobrando de Pedro determinada soma em dinheiro, oriundo do mesmo negócio jurídico. Marque a opção que indica as respostas apresentadas por João nos autos do processo. a) contestação e reconvenção em petições distintas. b) reconvenção e exceção de contrato não cumprido. c) contestação e reconvenção na mesma peça processual. d) apenas contestação, mas sem reconvenção ou qualquer exceção. 2ª Questão A revelia no processo civil é: a) ausência de qualquer modalidade de defesa do réu. b) o mesmo que efeito da revelia, isto é, toda vez que houver revelia o pedido será julgado procedente. c) ausência de contestação. d) ausência de comparecimento à audiência de conciliação ou mediação. CASO CONCRETO 5 – PROCESSO CIVIL 2 Questão Discursiva Pablo exerceu seu direito de ação em face de Rodrigo para obter a rescisão contratual de determinado negócio jurídico firmado entre as partes. Na Petição Inicial Pablo afirma que Rodrigo descumpriu três cláusulas contratuais distintas, causando danos materiais e morais e por tais razões, não mais deseja manter o vínculo contratual, requerendo ainda, além de seu desfazimento, o pagamento de multa contratual prevista em cláusula específica. Junta apenas documentos comprobatórios e afirma não necessitar de outros meios para sustentar o alegado. Rodrigo devidamente citado oferece Contestação, reconhece o fato em que se funda a ação, mas aponta razões e fatos não informados por Pablo para tentar justificar seu comportamento contratual em não cumprir o previsto em apenas uma das cláusulas citadas, não se manifestando sobre as demais suscitadas na Petição Inicial. Requereu ainda depoimento pessoal e de testemunhas que poderão confirmar os fatos por ele narrados. Após a certificação da tempestividade da defesa apresentada, os autos vão conclusos ao juiz. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: a) Caso o Juiz considere pertinente a defesa apresentada por Rodrigo será possível o julgamento antecipado do mérito? (Art. 355) R: O julgamento antecipado total do mérito não será possível, pois o autor entrou contestando três cláusulas e o réu contestou somente uma cláusula e requereu produção de provas b) Caso o Juiz entenda que existe fato incontroverso poderá haver julgamento antecipado parcial do mérito. (Art. 356) R: Sim, pois cabe o julgamento parcial do mérito sobre os pedidos relativos sobre as duas cláusulas não impugnadas pelo réu por força do Princípio da Impugnação Específica. Questões Objetivas 1ª Questão A incompetência absoluta pode ser declarada de ofício pelo Juízo. Tal informação é: a) Incorreta, pois deve ser alegada por peça própria de exceção. b) Correta, pois são as questões prejudiciais ao julgamento do mérito. c) Incorreta, pois deve ser declarada de ofício pelo Juiz. d) Correta, pois trata-se de questão preliminar e matéria de ordem pública que pode ser alegada pelas partes ou declarada pelo juiz em momento de saneamento do processo. 2ª Questão A respeito do direito de se manifestar em réplica no processo civil é correto afirmar que: a) é um direito constitucional e independe da resposta do réu. b) depende do teor da resposta do réu e necessita de decisão do juiz. c) não foi mantido no NCPC. d) ocorre apenas quando existe questão preliminar suscitada na contestação CASO CONCRETO 6 – PROCESSO CIVIL 2 Questão Discursiva André e Lívio figuram respectivamente como autor e réu em ação de cumprimento contratual que tem como objeto a prestação de serviços de manutenção de aparelhos de ar condicionado. O contrato foi firmado pelas partes e vinha sendo cumprido normalmente, até que em determinado mês, sem nenhuma razão específica, Lívio deixou de realizar o serviço. Após realizar duas notificações, André optou pelo Poder Judiciário para tentar resolver seu problema. O advogado de André distribuiua petição inicial com a opção de não realizar audiência de conciliação ou mediação. Após a citação e apresentação de defesa, o Juiz determina a realização de Audiência de Instrução e Julgamento e intima as partes envolvidas. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: a) Considerando que a audiência a ser realizada tem por finalidade instruir e proporcionar condições técnicas para o julgamento do Juiz, é possível ainda haver espaço para a conciliação ou mediação? R: É possível sim, considerando que é sempre benvinda a proposta de conciliação ou mediação nos termos do Artigo 359 do Código de Processo Civil, uma vez que o Código no seu Artigo 3° prioriza a solução consensual dos litígios, sendo um dever do juiz tentar o acordo em todas as fases do processo. b) O que significa dizer que a audiência de instrução e julgamento é una e indivisível? R: Significa que a audiência deve ser contínua na ordem dos atos processuais e ainda que haja fracionamento ou adiamento, os atos não podem ser repetidos ou renovados, ou seja a audiência continua de onde parou. Questões Objetivas 1ª Questão Sobre a audiência de instrução e julgamento é incorreto afirmar: a) A apresentação de razões finais escritas (memoriais) independe complexidade da causa, nos termos da lei. b) A AIJ pode ser adiada em casos especiais. c) Finda a instrução, o juiz deve dar a palavra ao advogado do autor e réu, além do Ministério Público, quando for o caso. d) Se houver antecipação ou adiamento da audiência os advogados ou sociedade de advogados será intimada. 2ª Questão A AIJ serve para: a) apenas para produzir provas em juízo, pois não pode haver conciliação. b) instruir o juiz, preparando-o para futuramente decidir. c) instruir o juiz, mas também pode haver conciliação. d) apenas para produzir prova de depoimento pessoal e testemunhal, pois as demais podem ser juntadas aos autos. . CASO CONCRETO 7 – PROCESSO CIVIL 2 Questão Discursiva Raphael consulta Arthur (seu advogado de confiança) a respeito de uma questão jurídica envolvendo a compra de um veículo Zero Quilômetro que realizou recentemente, a menos de 3 (três) meses. O veículo apresenta defeitos que intermitentes, aparentemente relacionados à parte elétrica ou eletrônica do veículo. Rafael informa ao seu advogado que já tentou por todos os meios convencer os responsáveis da concessionária onde foi adquirido, assim como o próprio fabricante do problema. O máximo que conseguiu foi a marcação de mais uma visita e vistoria técnica do veículo e os resultados foram um gentil café em sala de espera refrigerada e a posição de que ele (Raphael) é quem deveria provar que o veículo está com problemas, pois, na vistoria, nada foi detectado. Assim, Raphael pergunta ao advogado se é possível levar o caso ao Poder Judiciário, já que ele não tem como provar tecnicamente o defeito, pois é mero consumidor e não conhece de componentes técnicos do veículo. Raphael também informa que pesquisou e encontrou outros casos similares, onde pessoas naturais e jurídicas conseguiram provar o mesmo problema em seus veículos de mesma marca e modelo. Arthur tranquiliza Raphael e informa que irá requerer em Juízo as medidas processuais necessárias para a melhor e mais rápida defesa de seus interesses. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: a) A quem incumbe, ordinariamente, o ônus da prova em juízo no processo civil brasileiro? R: Em se tratando de fato constitutivo do direito, caberá ao autor o ônus da prova. Todavia se a prova for referente a fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito, caberá ao réu a respectiva prova, substanciado nos incisos I, II do Art. 373 do Código de Processo Civil. b) É possível alguma inversão no caso concreto? R: Sim, se aplicarmos o CDC, Artigo 6°, VIII. Vale registrar a possibilidade de se aplicar a chamada carga dinâmica das provas, onde o juiz poderá atribuir o ônus da prova de modo diverso. Atente que a carga dinâmica do ônus da prova não se aplica em inversão do ônus da prova, além disso, A distribuição diversa do ônus da prova também pode ocorrer por convenção das partes, Questões Objetivas 1ª Questão O princípio do livre convencimento motivado traduz a ideia de que: a) o juiz tem liberdade para apreciar e decidir a causa, mas deve fundamentar apenas as sentenças que resolvem o mérito. b) a motivação interna de convencimento do magistrado legitima sua decisão, não havendo necessidade de externar nas decisões judiciais fundamentação específica da fonte jurídica para o julgamento. c) as partes têm total liberdade para convencer o juiz dos fatos jurídicos materiais e processuais. d) se houver súmula vinculante, não haverá necessidade de interpretação e decisão fundamentada do caso. 2ª Questão. Marque a opção correta: a) A parte que alegar direito municipal em juízo poderá ter que provar o teor e vigência, se assim determinar o juiz. b) O juiz não pode dispensar a prova, mesmo em fatos notórios. c) Após recente decisão do STF, agora é possível a produção forçada de provas, desde seja o último recurso ou expediente para se chegar à sentença demérito. d) A prova documental pode ser arguida como falsa a todo e qualquer tempo, não havendo preclusão a respeito de documentos que já poderiam ter sido juntado aos autos. CASO CONCRETO 8 – PROCESSO CIVIL 2 Questão Discursiva Carla está desesperada e conversa com Dra. Suzana (sua advogada) que a principal testemunha de seu caso e que deverá comparecer em audiência de instrução futura (mês seguinte) foi hospitalizada para passar por procedimento cirúrgico de alto risco em no máximo 3 (três) dias, conforme atestou o médico em documento próprio. Existe sério risco de morte, ou mesmo de vida com sequelas cerebrais diversas. O tempo de espera é apenas para os trâmites técnicos e administrativos para a cirurgia, pois trata- se de evento futuro e certo. Dra. Suzana lamenta o ocorrido com Carla, mas informa que nada pode fazer, pois o NCPC não prevê mais a medida cautelar existente no CPC/73, talvez no máximo peticionar nos autos informando do ocorrido e requerendo o adiamento da audiência para aguardar a melhor recuperação da testemunha enferma, ou mesmo conseguirem uma testemunha substituta. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: a) Está correta a informação jurídica prestada pela Dra. Suzana? R: Não, pois cabe a produção antecipada de provas nos termos do Artigo 381, I do Código de Processo Civil. b) É possível que Atas Notariais possam atestar ou documentar a existência de fatos jurídicos materiais e servirem de meio probatório em Juízo? R: Sim, pois a ata notarial foi criada com esse objetivo nos termos do Artigo 384 do Código de Processo Civil. Questões Objetivas 1ª Questão Com o NCPC é correto afirmar que: a) no âmbito dos juizados especiais cíveis estaduais será agora possível provas mais complexas, além de documental, depoimento pessoal e testemunhal. b) no âmbito do procedimento comum e de acordo com o princípio da concentração dos atos processuais, em regra as provas devem ser requeridas e produzidas em momentos pontuais, sob pena de preclusão, salvo casos especificados em lei. c) as provas documentais somente podem ser juntadas na audiência de instrução e julgamento. d) a ata notarial está formalizada como meio probatório, mas não houve previsão de prova emprestada. 2ª Questão. A prova realizada através de exame de DNA: a) é obrigatória para a parte contrária, pois trata-se de dignidade na pessoa humana. b) não é obrigatória, mas pode gerar consequências para quem não se submete ao mesmo. c) não pode mais ser determinada pelos juízes, sob pena de violação de direito constitucional. d) deve obrigatoriamente ser seguida pelo juiz. CASO CONCRETO 9 – PROCESSO CIVIL 2 Questão Discursiva A Administradora Joia RaraLtda está em litígio com a empreiteira Obra Boa Ltda, contratada para reformar apartamento específico e não consegue se conformar com a decisão do juiz que indeferiu requerimento formulado por seu advogado para realização de prova pericial que comprovasse a má prestação dos serviços prestados, além da não prestação de outros. O juiz indeferiu o pleito, alegando já existir nos autos o requerimento tempestivo (e deferido) do advogado da Administradora Joia Rara sobre produção de provas (documental e testemunhal), não havendo agora, em outro momento processual, possibilidade de novo requerimento para meio probatório distinto. O advogado da Administradora Joia Rara Ltda discorda da posição do juiz e pretende recorrer da decisão de qualquer jeito, pois vislumbra violação legal e constitucional no caso. Releia e interprete o texto acima para responder aos seguintes questionamentos: a) Está correta a posição juiz em relação ao momento requerimento de produção de provas? R: Em regra geral, as provas devem ser requeridas no momento processual próprio, ou seja, o autor na inicial, o réu na contestação, porém quando ocorrer fatos supervenientes ou novos após o requerimento de provas, o juiz pode sim admitir nova produção de provas por força dos Princípios da Ampla Defesa e Devido Processo Legal. b) Quais as diferenças entre prova pericial e inspeção judicial? R: A prova pericial é prova técnica produzida por um expert indicado pelo juiz ou pelas partes em negócio processual, enquanto a inspeção judicial ocorre quando o próprio juiz vai inspecionar in loco no local pessoas ou coisas nos termos do Artigo 481 do Código de Processo Civil (Resposta do professor). R: A prova pericial exige do seu executor(expert) um conhecimento técnico, enquanto a inspeção judicial ocorre diretamente pelo juiz, não dependendo de um interlocutor para inspecionar, in loco no local da demanda, pessoas ou coisas nos termos do Artigo 481 do Código de Processo Civil Questões Objetivas 1ª Questão A respeito da confissão judicial e outras provas no NCPC, marque a opção correta: a) A confissão judicial deve ser exclusivamente espontânea, podendo a extrajudicial ser provocada. b) A confissão judicial poderá sempre ajudar ou prejudicar os litisconsortes. c) A parte não é obrigada a depor sobre fatos que coloquem sua vida em perigo. (Artigo 388 do CPC). d) A parte quando realiza confissão pratica um ato irrevogável. 2ª Questão Ainda a respeito das provas e o NCPC, responda: a) A exibição de documento ou coisa pode ser ordenada por juiz de direito. b) O documento público faz prova apenas de sua formação, mas não dos fatos descritos. c) Quando a lei exigir documento público como da substância do ato, nenhuma outra prova, por mais especial que seja, poderá suprimir sua falta. (Artigo 406 do CPC) d) Apenas considera-se autor do documento particular aquele que o fez e assinou, além de reconhecer firma, sob pena de quebra da presunção de autoria. JURISPRUDÊNCIAS PROVA ILÍCITA (TJ/RJ) 071366-70.2018.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO Ementa sem formatação 1ª Ementa Des(a). MARIA HELENA PINTO MACHADO - Julgamento: 20/12/2018 - QUARTA CÂMARA CÍVEL AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL CUMULADA COM ALIMENTOS. ALEGAÇÃO DE QUE AS PROVAS COLIGIDAS AOS AUTOS PELO RÉU DE MODO A INSTRUIR A CONTESTAÇÃO TERIAM SIDO EXTRAÍDAS DO APARELHO CELULAR DA AUTORA SEM O CONSENTIMENTO DA MESMA. REQUERIMENTO DE DESENTRANHAMENTO DOS DOCUMENTOS SOB A ALEGAÇÃO DE SE TRATAREM DE PROVAS ILÍCITAS. PRONUNCIAMENTO JUDICIAL NO SENTIDO DE INSTAR O RÉU A ESCLARECER A FORMA COMO OBTIDAS TAIS PROVAS, POSTERGANDO A APRECIAÇÃO ACERCA DO APROVEITAMENTO DAS PROVAS EM QUESTÃO PARA DEPOIS DE OPORTUNIZADO O CONTRADITÓRIO. CUNHO DECISÕRIO INEXISTENTE. Denota-se do exame dos autos que o Juízo de primeiro grau não se pronunciou sobre a licitude ou não das provas carreadas aos autos pela parte ré, deixando para momento oportuno - quando já munido de maiores elementos acerca da forma como obtidas as provas em comento - decisão quanto à valoração a ser conferida aos documentos impugnados. Ato de pronunciamento judicial que, em razão da carência de conteúdo decisório propriamente dito, não se revela como decisão interlocutória, à luz do disposto no artigo 203, §2º do Código de Processo Civil. Manutenção, por ora, das provas nos autos como meras peças informativas com o objetivo de permitir à advogada da autora, se do seu interesse for, a adoção de medidas de natureza administrativas junto a entidades de classe. Nesta perspectiva, forçoso seja reconhecida a carência do requisito admissional interesse de recorrer. Eventual acolhimento da pretensão da agravante de determinação pelo Tribunal de desentranhamento dos autos dos mencionados documentos que importaria em supressão de instância. Impossibilidade. Ainda que assim não fosse, o conhecimento do agravo de instrumento em exame encontra obstáculo em outro fundamento, qual seja, o seu descabimento, haja vista que o ato de pronunciamento jurisdicional impugnado não se enquadra em qualquer uma das hipóteses elencadas no taxativo rol do artigo 1.015 do Código de Processo Civil. RECURSO NÃO CONHECIDO, NA FORMA DO ART. 932, III, DO CPC RECONVENÇÃO (TJ/RJ) Versão para impressão 0009570-81.2014.8.19.0012 - APELAÇÃO Ementa sem formatação 1ª Ementa Des(a). SIRLEY ABREU BIONDI - Julgamento: 09/12/2019 - DÉCIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL Ação de Busca e Apreensão. Alegação autoral no sentido de que celebrou com o réu contrato verbal de compra e venda de uma motocicleta, que não foi integralmente cumprido pelo réu. Reconvenção do réu. Sentença determinando a busca e apreensão do bem, diante da http://www4.tjrj.jus.br/ejud/ConsultaProcesso.aspx?N=2018.002.94422 http://www4.tjrj.jus.br/EJURIS/ImpressaoConsJuris.aspx?CodDoc=4033623&PageSeq=1 http://www4.tjrj.jus.br/ejud/ConsultaProcesso.aspx?N=2019.001.79325 inadimplência contratual. Reconvenção julgada parcialmente procedente, condenando o autor/reconvindo a pagar ao réu/reconvinte a quantia de R$2.500,00 (dois mil e quinhentos reais), com correção e juros a partir da data da efetiva entrega da moto. Ficou consignado, ainda, que caso não seja possível a reintegração, a obrigação resta convertida em perdas e danos. Apelo do réu. O negócio entabulado entre as partes foi revestido de tal informalismo e displicência, que dificulta sobremaneira a apuração da verdade dos fatos. Entretanto, é certo que a alegação do apelante de que o carro emprestado ao autor, ora apelado, no período em que era realizada a pintura, teria sido devolvido com avarias não restou provada nos autos. Ônus da prova que incumbia ao autor/reconvinte, nos termos do inciso I do artigo 373, NCPC. A conversão da obrigação em perdas e danos deve ser tida como meio viabilizador da eficácia do julgamento e de impedir a perpetuação do litígio. Sentença que não merece reparo. Honorários recursais aplicáveis a hipótese. DESPROVIMENTO DO RECURSO. INTEIRO TEOR Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 09/12/2019 - Data de Publicação: 19/12/2019 (*) INTEIRO TEOR Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 27/04/2020 - Data de Publicação: 05/05/2020 (*) IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO (TJ/RJ) 0068674-64.2019.8.19.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO Ementa sem formatação 1ª Ementa Des(a). MYRIAM MEDEIROS DA FONSECA COSTA - Julgamento: 18/02/2020 - QUARTA CÂMARA CÍVEL AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE EXECUÇÃO DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL. SENTENÇA DE EXTINÇÃO DO PROCESSO, PUBLICADA EM AGOSTO/2012, COM FUNDAMENTO NA INÉRCIA DA PARTE EXEQUENTE EM PROMOVER O REGULAR ANDAMENTO DO FEITO. DECISÃO RECORRIDA CASSANDO A MENCIONADA SENTENÇA. 1) O PRINCÍPIO DA INALTERABILIDADE DA SENTENÇA, PREVISTO NO ART. 494 DO CPC/2015 (ART. 463 DO CPC/1973), PRECONIZA QUE, UMA VEZ PUBLICADA A SENTENÇA, O JUIZ SÓ PODERÁ ALTERÁ-LA NOS CASOS PREVISTOS NO PRÓPRIO CPC: A) ART.494, I ¿ RETIFICAR, DE OFÍCIO OU A REQUERIMENTO DA PARTE, INEXATIDÕES MATERIAIS OU ERROS DE CÁLCULO; B) ART. 494, II ¿ POR MEIO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO; C) ART. 331 ¿ INDEFERIMENTO DA PETIÇÃO INICIAL; D) ART. 332, §3º ¿ IMPROCEDÊNCIA LIMINAR DO PEDIDO; E) ART. 656 ¿ ERRO DE FATO NA DESCRIÇÃO DOS BENS DA PARTILHA 2) O PRESENTE CASO NÃO SE ENQUADRA EM NENHUMA DAS HIPÓTESES ACIMA ELENCADAS, CABENDO RESSALTAR QUE A PARTE EXEQUENTE NÃO INTERPÔS O RECURSO ADEQUADO CONTRA A SENTENÇA DE EXTINÇÃO DO FEITO, MAS APENAS UMA SIMPLES PETIÇÃO APRESENTADA MAIS DE 1 (UM) ANO APÓS A PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA. 3) PATENTE O ERROR IN PROCEDENDO. PROVIMENTO DO RECURSO PARA DECLARAR A NULIDADE DA DECISÃO RECORRIDA, QUE CASSOU A SENTENÇA DE EXTINÇÃO DO PROCESSO. INTEIRO TEOR Íntegra do Acórdão - Data de Julgamento: 18/02/2020 - Data de Publicação: 20/02/2020 (*) http://www1.tjrj.jus.br/gedcacheweb/default.aspx?UZIP=1&GEDID=0004A1EA3A23036E5F25B3FDF0683D4EDBF8C50B5162643D http://www1.tjrj.jus.br/gedcacheweb/default.aspx?UZIP=1&GEDID=0004DDA2EBF4C836A797C2769428229C3AB6C50C2B175C1A http://www4.tjrj.jus.br/ejud/ConsultaProcesso.aspx?N=2019.002.89417 http://www1.tjrj.jus.br/gedcacheweb/default.aspx?UZIP=1&GEDID=00049B6080A580833CFE9C61AE16576EA54AC50C0F3C1E0A
Compartilhar