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FICHAMENTO: OBJETO E FINALIDADE DA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO (CAPÍTULO 1) REALE, Miguel. Lições preliminares de direito. 27ª Edição. São Paulo:Saraiva,2002. É inegável que em todo comportamento humano há presença, ainda que indireta, do fenômeno jurídico. Portanto, não se pode conceber uma dinâmica social desprovida de forma ou garantia jurídica, nem qualquer regra jurídica que não se refira a sociedade. Nesse sentido, os brocardos ubi societas, ibi jus e ubi jus, ibi societas refletem a sociabilidade da realidade jurídica, ou seja, o Direito, como um fenômeno social, não existe senão na sociedade e não pode ser concebido fora dela. Em vista disso, o Direito consolidou-se como expressão constante da experiência social, exercendo o papel fundamental e indeclinável de manter uma convivência ordenada. A autonomia do Direito, por sua vez, só veio a ser conquistada em estágios mais maduros da civilização. A ausência de siginficado lógico-moral no cumprimento do Direito em formas mais antigas de convívio social foi substituida pela estruturação das regras jurídicas de forma independente das normas religiosas e costumeiras. Portanto, por meio do uso dessas regras, o Direito tutela os comportamentos humanos, de forma a amparar a convivência social. Outro aspecto fundamental no estudo do Direito é a análise de sua linguagem particular. Isso se deve a uma frequente apropriação no mundo jurídico de palavras ou expressões de uso corrente pela socieade, alterando-lhes sua significação. Além disso a apropriação de uma grande variedade de termos latinos (brocardos) caracteriza o famoso “juridiquês”. MULTIPLICIDADE, UNIDADE E COMPLEMENTARIEDADE NO DIREITO A fim de sistematizar e ordenar o estudo do Direito, convencionou-lhe as seguintes subdivisões: Nota-se a importância de distinguir o Direito Privado do Público. Este trata das relações de interesse coletivos, ou seja, aquelas relações que se referem ao Estado; aquele trata de relações particulares, isto é, homens com seus semelhantes. Por sua vez, após essa distinção, temos a respectiva divisão do Direito em disciplinas. Esses “ramos” também possuem caráter complementar e não exclusivamente unitário, em linhas gerais possuem a função de balizar o comportamento dos indivíduos, garantindo o status dinâmico (em oposição a estático) do Direito. Direito Positivo Internacional Público Privado Nacional Público Constitucional Administrativo Penal Tributário Trabalhista Processual Privado Civil Empresarial Trabalhista Figura 1 Subdivisões do Direito Positivo Fonte: Autoria Própria
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