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LINGUAGENS DA ARTE E REGIONALIDADES - Aula 5 ex 2 (exercicios)

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17/09/2020 Estácio: Alunos
https://simulado.estacio.br/alunos/?user_cod=2447515&matr_integracao=201907112881 1/4
Os indígenas brasileiros eram vistos pelos colonizadores europeus como seres bárbaros, incapacitados intelectualmente. Os
jesuítas começaram a mudar essa visão ao se aproximarem dos ameríndios utilizando-se de dois recursos de caráter
pedagógico. Identifique-os.
As técnicas agrícolas e o uso de vestimentas.
O cristianismo e as ideologias monárquicas.
As práticas de navegação e o catecismo.
 O catecismo e o teatro.
O ensino de latim e a evangelização.
Respondido em 17/09/2020 14:10:14
Gabarito
Comentado
 
A música da banda de rock nacional Rappa chamada "Todo camburão tem um pouco de navio negreiro" faz uma referência
ao tráfico negreiro que marcou a história do Brasil colonial. O mesmo tema, ainda no século XIX, foi discutido no poema "O
Navio Negreiro", de Castro Alves. Diante dessas afirmativas, é correto afirmar que:
a música do Rappa faz referência ao tráfico de escravos, mas sem a construção de um ideário que reflita a nossa
realidade social.
no poema de Castro Alves, há uma menção direta ao tráfico negreiro; na música do Rappa, há uma menção
indireta. No entanto, nos dois casos, o tema é tratado como um fato que não interferiu em nossa formação
cultural.
 a história dos africanos marcou a nossa cultura de tal forma que se tornou objeto da literatura e,
contemporaneamente, é comparada à realidade social brasileira.
a história dos africanos foi transformada pela cultura contemporânea em arte, mas sem paralelo com o passado.
a história dos africanos transformados em escravos não possui representatividade em nossa cultura.
Respondido em 17/09/2020 14:08:42
 
NATURALIDADE
Europeu, me dizem.
Eivam-me de literatura e doutrina
 europeias
 e europeu me chamam.
Não sei se o que escrevo tem a raiz de algum
 pensamento europeu.
É provável... Não. É certo,
 mas africano sou.
Pulsa-me o coração ao ritmo dolente
desta luz e deste quebranto.
Trago no sangue uma amplidão
de coordenadas geográficas e mar Índico.
Rosas não me dizem nada,
caso-me mais à agrura das micaias
e ao silêncio longo e roxo das tardes
com gritos de aves estranhas.
Chamais-me europeu? Pronto, calo-me.
Mas dentro de mim há savanas de aridez
e planuras sem fim
com longos rios langues e sinuosos,
uma fita de fumo vertical,
 um negro e uma viola estalando.
(Rui Knopfli)
 
Vocabulário:
micaia - árvores espinhosa, com mais de doze metros de altura e madeira resistente;
assimilado - influenciado, recebeu contribuições de outra cultura.
 
 
 Questão1
 Questão2
 Questão3
https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_preview.asp?cod_prova=4095669402&cod_hist_prova=205299476&pag_voltar=otacka#
17/09/2020 Estácio: Alunos
https://simulado.estacio.br/alunos/?user_cod=2447515&matr_integracao=201907112881 2/4
Rui Knopfli (1932-1997), poeta moçambicano, apresentou em sua obra posições ideológicas contra o regime colonial,
tornando-se alvo constante de perseguições políticas. Em seus poemas destaca-se a tensão entre ser um homem africano
ou um assimilado europeu.No poema Naturalidade, esta questão transparece.Assinale opção em que o poeta revela com
clareza, a sua formação cultural, de país colonizado:
Trago no sangue uma amplidão/de coordenadas geográficas e mar Índico.
Mas dentro de mim há savanas de aridez/e planuras sem fim/com longos rios langues e sinuosos,
Não. É certo,/ mas africano sou./Pulsa-me o coração ao ritmo dolente
...com longos rios langues e sinuosos,/uma fita de fumo vertical, um negro e uma viola estalando
 Eivam-me de literatura e doutrina/ européias/ e europeu me chamam.
Respondido em 17/09/2020 14:08:54
 
Sobre a formação da nacionalidade brasileira, é correto afirmar que:
 dos indígenas, herdamos mais significativamente vocábulos étnicos e uma percepção estética acentuada.
a cultura indígena não influenciou a formação da nossa identidade.
a nossa identidade musical tem influência exclusiva dos ritmos africanos.
os costumes africanos incorporaram-se à cultura nacional, não sendo mais possível distinguir as marcas culturais
herdadas dos povos da África.
somente a culinária africana compôs a identidade nacional brasileira.
Respondido em 17/09/2020 14:09:03
Gabarito
Comentado
 
Com relação à representação indígena na literatura brasileira, é INCORRETO afirmar que:
Em poetas do Romantismo brasileiro, o índio é representado como alegoria do elemento nacional.
Em poetas do Arcadismo brasileiro, o índio é um personagem dotado de dignidade e bravura.
 Em poetas do Modernismo de 22, o índio é representado de maneira realista, sem valor alegórico.
 Em autores do Quinhentismo brasileiro, o índio apresenta aparência agradável e higiênica.
Em poetas do Barroco brasileiro, o índio é considerado elemento risível da formação étnica nacional.
Respondido em 17/09/2020 14:09:44
Explicação:
O índio do modernismo brasileiro, metaforizado, sobretudo, por Oswald de Andrade, em seu Manifesto
Antropofágico, não era o “bom selvagem”, figurado por Rousseau, acolhido pelo Romantismo, nobre, corajoso,
amável e amigo do colonizador. O índio do modernismo era uma alegoria às avessas, ou seja, de um índio selvagem,
antropofágico, mau selvagem, que criticava as imposturas do colonizador. Sabemos que a “Antropofagia” modernista
é uma alegoria criada por Oswald de Andrade, cujo significado diz respeito a devoração do pai, ou seja, do
colonizador europeu, uma ruptura com as origens coloniais brasileiras. Tratava-se de uma devoração cultural das
técnicas importadas para reelaborá-las com autonomia, convertendo-as em produto de exportação. Portanto, o
modernismo brasileiro, pela voz de Oswald de Andrade, fez do índio uma espécie de canibal descolonizador, ligado
ao desejo por um modelo de pensamento cultural que reforçava os projetos lançados na Semana de 22: oficializar a
“língua brasileira” calcada na síntese das expressões regionais da prática oral em todo Brasil.
 
 
Leia o texto abaixo:
 
A posição do clero em relação aos negros foi bastante obtusa desde o período colonial no Brasil ,
visto que a catequese tinham como o objetivo maior o índio, numa retomada do conceito do "bom
 Questão4
 Questão5
 Questão6
https://simulado.estacio.br/bdq_simulados_exercicio_preview.asp?cod_prova=4095669402&cod_hist_prova=205299476&pag_voltar=otacka#
17/09/2020 Estácio: Alunos
https://simulado.estacio.br/alunos/?user_cod=2447515&matr_integracao=201907112881 3/4
selvagem" que estava à margem de um sistema cultural e, por isso, seria mais facilmente
"convertido". Por isso, muitos religiosos advogavam a causa da escravidão negra,/.../Tal fizeram
apoiados na Bula Papal expedida em 1537 e aplicada às colônias, em que se reconhecia a
superioridade do índio frente ao negro que, por ser considerado inferior, não alcançaria o reino
dos céus em vida. 
 (Texto adaptado de O ensino das Literaturas Africanas e Afro-Brasileira e os desafios à práxis educacional e à
promoção humana na contemporaneidade, Robson Dutra)
 
Segundo o texto,o índio visto pelo ângulo da catequese foi construído ideologicamente como um
elemento impossível de ser escravizado, reforçado pela idéia de que seria mais facilmente
convertido do que o negro.O mito que reforça essa idéia é o :
 
 
 do bom selvagem
do herói digno e bravo árcade
da raça inferior
da igualdade das raças
da superioridade do negro
Respondido em 17/09/2020 14:10:10
 
Caberá à potente voz literária do padre Antonio Vieira (1608-1697) assumir traços de uma brasilidade resultante de
uma experiência local que cobre a maior parte de seus noventa anos de vida, grande parte deles vividos no Brasil.
Apesar da defesa obstinada de judeus e cristãos novos que lhe valeu ferrenha oposição da Inquisição, sua atitude
para com os negros vai muito além da de seus predecessores. Sua estada em Cabo Verde, por exemplo, parada
obrigatória no percurso entre Portugal e o Brasil, fez com que conhecesse um traço bastante singular no sistemacolonial naquele arquipélago, que foi a educação de negros propiciada pela Igreja. Em uma de suas cartas, Vieira
afirma que a única diferença perceptível entre cabo-verdianos e europeus era a cor da pele visto que os aqueles
homens têm grande juízo e habilidade, e toda a política que cabe em gente sem fé e sem muitas riquezas, que vem
a ser, o que ensina a natureza. Há aqui clérigos e cônegos tão negros como azeviche, mas tão grandes músicos, tão
discretos e bem morigerados que podem fazer invejas aos que lá vemos nas nossas catedrais. (Azevedo,
1925: 295). (Texto adaptado de O ensino das Literaturas Africanas e Afro-Brasileira e os desafios à práxis
educacional e à promoção humana na contemporaneidade, Robson Dutra)
Em 1639, no Sermão do Rosário, Antonio Vieira reitera a crença na igualdade entre as raças. Ao desenvolver uma
comparação de cunho conceptista, tão ao gosto do Barroco, acaba por concluir que o preto, pelo menos num
particular, é superior ao branco: no de não poder ser tingido. Ademais, ao longo de sua vida eclesiástica, censura os
senhores de escravos por os obrigarem a trabalhar aos domingos, privando-os das missas para, tempos depois,
atacar o tráfico negreiro, definindo-o como venda de mercadoria diabólica. Responsabiliza a prática como
responsável, inclusive, pela derrocada sofrida por Portugal, em 1578, na Batalha de Alcácer-Quibir, quando D.
Sebastião desapareceu misteriosamente, deixando o trono português vago à coroa de Castela por setenta anos.
O Pde Antonio Vieira, no texto acima, constrói a figura do negro como um ser humano. Esta posição contraria o
etnocentrismo que considera o branco como uma raça:
 
 
igual
inferior
 superior
violenta
cordial
Respondido em 17/09/2020 14:12:44
 
Sobre a relação entre arte e etnia, é correto afirmar que:
 Questão7
 Questão8
17/09/2020 Estácio: Alunos
https://simulado.estacio.br/alunos/?user_cod=2447515&matr_integracao=201907112881 4/4
a arte torna homogêneas as identidades étnicas, não representando as diferenças que existem entre diversas
culturas.
 ao representar as manifestações étnicas, a arte contribui para a formação e consolidação de identidades de povos
miscigenados.
as expressões étnicas de origem africana não são representadas na obra de arte
as expressões étnicas e indígenas são priorizadas na obras de arte em detrimento das expressões regionais do
nordeste brasileiro
as expressões étnicas indígenas não são representadas nas obras de arte, devido ao caráter erudito que as
caracteriza.

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