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LITERATURA BRASILEIRA

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Questão 1/10 - Literatura Brasileira
Leia o poema abaixo: 
“Este é o rio, a montanha é esta,
Estes os troncos, estes os rochedos;
São estes inda os mesmos arvoredos;
Esta é a mesma rústica floresta.
Tudo cheio de horror se manifesta,
Rio, montanha, troncos e penedos;
Que de amor nos suavíssimos enredos
Foi cena alegre, e urna é já funesta.
Oh quão lembrado estou de haver subido
Aquele monte, e às vezes, que baixando
Deixei do pranto o vale umedecido!
Tudo me está a memória retratando;
Que da mesma saudade o infame ruído
Vem as mortas espécies despertando”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: COSTA, C. M. Poemas escolhidos. Rio de Janeiro: Ediouro, s.d. p. 32.
O poema acima é do árcade Cláudio Manoel da Costa, cujos versos marcam o início da escola arcadista no Brasil. Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre a estética árcade e a obra de Cláudio Manuel da Costa, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	na poesia árcade inicial é forte a presença dos problemas citadinos e políticos de Vila Rica.
	
	B
	poema acima evoca a tristeza do eu lírico diante de um cenário que no passado foi lugar de um idílio amoroso.
Você acertou!
A alternativa b está correta porque reflexão do eu lírico trata do desencontro dos sentimentos que eram atribuídos àquele cenário revisitado. No passado foi palco de um amor que não mais existe. As demais alternativas estão erradas porque a presença da natureza é um traço predominante na poesia inicial árcade, como se vê nas referências a florestas, rios, montanhas etc. Outra característica importante do arcadismo é a presença dos elementos locais, como a descrição da rústica floresta, que caracteriza melhor a paisagem brasileira em comparação com o ambiente bucólico dos poemas das escolas europeias Por fim, não há referência no poema à ideia de felicidade e reencontro amoroso, tampouco a elementos ligados ao pecado e afins (livro-base, p. 62-64).
	
	C
	o eu lírico canta a felicidade do reencontro amoroso e das possibilidades de um amor feliz.
	
	D
	as convenções árcades revelam elementos religiosos e contritos do pecador, como pode se observar na segunda estrofe do poema.
	
	E
	não há elementos locais no poema, característica do estilo arcadista, que adota as convenções europeias integralmente.
 
Questão 2/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de poema abaixo: 
“Vozes veladas, veludosas vozes
Volúpia dos violões, vozes veladas
Vagam nos velhos vórtices velozes
Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas
...........................................................”. 
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CRUZ e SOUSA, J. Violões que choram. In: CRUZ E SOUZA, J. Obra completa. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1961. p. 124.
A poesia do poeta catarinense Cruz e Souza faz parte do cânone simbolista nacional. Esse movimento estético buscou reagir à objetividade em arte que fundamentava tanto o parnasianismo como o realismo-naturalismo. Considerando os versos acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre o simbolismo, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	os simbolistas buscaram tanto prosa quanto na poesia representar a realidade da forma mais exata possível.
	
	B
	os simbolistas procuraram por meio do uso de metáforas e outras figuras de linguagem representar o que se passava em seu mundo interior.
Você acertou!
A alternativa b está correta, porque os simbolistas buscavam uma “linguagem sugestiva [...] que fundiu a palavra, a imagem e a sonoridade. Daí o símbolo ser o recurso por excelência utilizado pelos poetas desse movimento. ‘O símbolo significaria a tentativa de representar [...] por meio de metáforas polivalentes todo o conteúdo vago e multitudinário do mundo interior do poeta’” (livro-base, p. 147). As demais alternativas são inválidas pois os simbolistas não visavam à representação exata da realidade; nem manifestavam engajamento político em seus versos, nem usavam uma linguagem literal, muito pelo contrário; tampouco buscavam elaborar explicações detalhadas de objetos do mundo (livro-base, p. 141-147).
	
	C
	entre as principais características dos poetas simbolistas estava o engajamento político, que se manifestava em seus versos.
	
	D
	os simbolistas empregavam uma linguagem literal, concisa, de modo a representar fielmente os traços do meio rural.
	
	E
	a paráfrase era um dos recursos retóricos mais empregados pelos simbolistas, pois prezavam a explicação detalhada dos objetos do mundo.
Questão 3/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“D. Glória não conhecia S. Bernardo, e essa ignorância me ofendeu, porque para mim S. Bernardo era o lugar mais importante do mundo.
— Uma boa fazenda! Não há lá essa água podre que se bebe por aí. Lama. Não senhora, há conforto, há higiene.
Glória retificou a espinha, ergueu a voz e desfez o ar apoucado:
— Não me dou. Nasci na cidade, criei-me na cidade. Saindo daí, sou como peixe fora da água. Tanto que estive cavando transferência para um grupo na capital. Mas é preciso muito pistolão. Promessas...
— Ah! É professora?
— Não. Professora é minha sobrinha.
— Aquela moça que estava com a senhora em casa do dr. Magalhães?
— Sim.
— E como é a graça de sua sobrinha, d. Glória?
— Madalena. Veja o senhor. Fez um curso brilhante...
[...]
Essa conversa, é claro, não saiu de cabo a rabo como está no papel. Houve suspensões, repetições, mal-entendidos, incongruências, naturais quando a gente fala sem pensar que aquilo vai ser lido. Reproduzo o que julgo interessante. Suprimi diversas passagens, modifiquei outras. [...] É o processo que adoto: extraio dos acontecimentos algumas parcelas; o resto é bagaço”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RAMOS, Graciliano. São Bernardo. Rio de Janeiro: Record, p. 75-78.
Com o romance São Bernardo, de 1934, Graciliano Ramos consolidou o que se chamou de “romance de 30”. Tendo como referência o fragmento acima, retirado da obra São Bernardo, e sua leitura do livro-base Literatura Brasileira sobre o romance São Bernardo, leia as sentenças abaixo: 
I – Proprietário da fazenda São Bernardo, Paulo Honório é personagem e narrador do romance. Narrando em primeira pessoa, Honório conta a história quando se encontra solitário na fazenda.
II – No romance, Paulo Honorário conta a história de seu casamento com Madalena, o suicídio dela e a decadência da fazenda.
III – O romance tem um narrador em terceira pessoa, onisciente, que mostra ao leitor o que se passa com Paulo Honório e, ao mesmo tempo, as expectativas de Madalena sobre o casamento.
IV - O romance pode ser compreendido como uma crítica ao capitalismo. Paulo Honório, por exemplo, em vários momentos sobrepõe seus interesses pessoais e financeiros aos de camaradagem e sentimentos afetivos. 
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 10.0
	
	A
	I e II.
	
	B
	II e III.
	
	C
	I, II e IV.
Você acertou!
As afirmativas I, II e IV estão corretas porque Paulo Honório é o narrador da história, cujos eventos se deram antes do momento em que narra, quando já está sozinho, viúvo e decadente; porque de fato o romance pode ser entendido como uma crítica ao capitalismo, uma vez que Paulo Honório coloca os interesses comerciais, produtivos e financeiros acima dos demais. A afirmativa III está errada porque o narrador do romance é o próprio Paulo Honório, que o narra em 1ª pessoa. Trata-se de um romance memorialista, de um homem solitário. (Livro-base, p. 214 e 215)
	
	D
	I, III e IV.
	
	E
	I e III.
Questão 4/10 - Literatura Brasileira
Leia a citação a seguir:
“O início do século XIX autonomista e nacionalista constitui um desses períodos para a literatura brasileira, que havia três séculos vinha buscando um caminho seu entre a imitação e a invenção, entre a adequação e a revolta. É o momento em que a imprensa toma a si a tarefa de ‘europeizar’ o Brasil (e aqui Europa quer dizer não Portugal [...]), contribuindo de modo determinante para aformação de uma inteligência nacional”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed.  Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p.157.
É no século XIX e com o romantismo que o processo de consolidação do sistema literário brasileiro articula-se. Para tanto, dois eventos históricos contribuíram para que essas condições se estabelecessem por definitivo na vida brasileira. De acordo com a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, são eles:
Nota: 10.0
	
	A
	A vinda da família real portuguesa (1808) e a Proclamação da Independência (1822).
Você acertou!
“O primeiro evento corresponde à vinda da família real portuguesa para o Brasil em 1808. Trata-se de um momento decisivo de nossa história, pois a transferência da família real implicou uma mudança significativa na relação Brasil-Portugal. Em 1810, D. João VI abre os portos brasileiros às nações amigas, principalmente Inglaterra, permitindo, assim, a inserção do mercado interno brasileiro no concerto das nações, quebrando o asfixiante pacto colonial. A até então colônia portuguesa é elevada, em 1815, ao estatuto de Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. Nessa sequência de medidas metropolitanas, as classes dirigentes brasileiras não só foram absorvidas pela nova forma de administração implantada no Brasil como acabaram desempenhando, comparativamente aos séculos anteriores, um papel muito mais ativo nos rumos do país.
[...] Um segundo evento histórico dinamiza ainda mais essa nova configuração pela qual passou o Brasil: a Proclamação da Independência, em 1822. A maior participação das classes dirigentes na administração do Brasil, as reconfigurações econômicas realizadas pelos novos rumos da política portuguesa e o progresso material implementado aqui permitiram, juntamente com alguns outros fatores históricos, o surgimento de uma consciência nacional na população brasileira. [...] O sentimento nacionalista, intensificado pelas grandes mudanças que a presença da corte portuguesa proporcionou, foi um vetor ideológico importante não só para a cruzada civilizatória nos trópicos, como também para que se forjasse uma literatura nacional. Foram esses dois eventos históricos, portanto, que possibilitaram a consolidação do sistema literário durante o romantismo”.
(Livro-base, p. 74-76).
	
	B
	A vinda da família real portuguesa (1808) e a Abolição da escravidão (1888).
	
	C
	A Proclamação da Independência (1822) e a Proclamação da República (1889).
	
	D
	A Proclamação da Independência (1822) e o início do Segundo Reinado (1840).
	
	E
	A vinda da família real portuguesa (1822) e a Proclamação da República (1889).
Questão 5/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir 
“De noite, no dia seguinte, em toda aquela semana pensei o menos que pude nos cinco contos, e até confesso que os deixei muito quietinhos na gaveta da secretária. Gostava de falar de todas as coisas, menos de dinheiro, e principalmente de dinheiro achado; todavia não era crime achar dinheiro, era uma felicidade, um bom acaso, era talvez um lance da Providência. Não podia ser outra coisa. Não se perdem cinco contos, como se perde um lenço de tabaco. Cinco contos levam-se com trinta mil sentidos, apalpam-se a miúdo, não se lhes tiram os olhos de cima, nem as mãos, nem o pensamento, e para se perderem assim totalmente, numa praia, é necessário que... Crime é que não podia ser o achado; nem crime, nem desonra, nem nada que embaciasse o caráter de um homem. Era um achado, um acerto feliz, como a sorte grande, como as apostas de cavalo, como os ganhos de um jogo honesto e até direi que a minha felicidade era merecida, porque eu não me sentia mau, nem indigno dos benefícios da Providência. Nesse mesmo dia levei-os ao Banco do Brasil. Lá me receberam com muitas e delicadas alusões ao caso da meia dobra, cuja notícia andava já espalhada entre as pessoas do meu conhecimento; respondi enfadado que a coisa não valia a pena de tamanho estrondo; louvaram-me então a modéstia, — e porque eu me encolerizasse, replicaram-me que era simplesmente grande”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em:<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000167.pdf>. Acesso em: 11 ago. 2017. 
O fragmento acima do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas corresponde à noite posterior ao achado do embrulho contendo 5 mil réis. Brás Cubas encontra-o na praia e acaba ficando com ele, como se lê acima. Alguns capítulos atrás tinha acontecido algo semelhante: Cubas havia topado com uma moeda de ouro e a encaminhado ao delegado para que este a devolvesse ao dono. Mas os 5 mil réis, valor muito superior, ele não devolveu. No final do episódio fica com o dinheiro e com a fama de grande homem. Os fatos e a forma de contar esses episódios expressam a complexidade da narrativa machadiana. Essa passagem remete ao que Antonio Candido em “Esquema de Machado de Assis” diz da modernidade da obra machadiana. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre o romance de Machado, entre as técnicas machadianas que revelam sua modernidade, segundo Candido, está...
Nota: 10.0
	
	A
	a capacidade de mostrar ao leitor sem contradições ou ironia a realidade das relações sociais do Rio de Janeiro do século XIX, distinguindo claramente o protagonista de seu antagonista.
	
	B
	a habilidade em detalhar os ambientes e os espaços romanescos de modo a expressar como num inventário todas as particularidades da sociedade de seu tempo.
	
	C
	a capacidade em expressar coisas espantosas da forma mais suave possível, fazendo uso da ironia, de forma a fazer com que algo excepcional pareça normal e vice-versa.
Você acertou!
Segundo Antonio Candido, mencionado no livro-base, a técnica de Machado de Assis “consiste essencialmente em sugerir as coisas mais tremendas da maneira mais cândida (como os ironistas do século XVIII); ou em estabelecer um contraste entre a normalidade social dos fatos e a sua anormalidade essencial; ou em sugerir, sob aparência do contrário, que o ato excepcional é normal, e anormal seria o ato corriqueiro. Aí está o motivo da sua modernidade, apesar de seu arcaísmo de superfície” (livro-base, p. 114) As demais alternativas estão erradas porque a ironia está no centro da “poética” machadiana; porque a ideia de escrever de modo realista à semelhança de um inventário é contrária ao estilo de Machado, que usou essa mesma imagem (do inventário) para criticar o realismo de Eça de Queiroz; porque as características psicológicas das personagens de Machado não são elaboradas pelas teorias darwinistas ou deterministas que influenciaram escritores como Aluísio Azevedo, entre outros; porque apesar da vontade de elaborar uma literatura nacional não estivesse fora dos horizontes de Machado, ele jamais empregou linguagem transparente ou grandiloquente, uma vez que empregou a ironia.
	
	D
	a habilidade em elaborar a psicologia e os caracteres das personagens de acordo com as determinações do espaço e da raça às quais elas pertencem.
	
	E
	a vontade de elaborar uma literatura nacional por meio da criação de personagens alegóricos, expressos em uma linguagem transparente e grandiloquente.
Questão 6/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir:
“Neste sentido, também a primeira literatura dos descobrimentos, com seu tom grandiloquente, é literatura barroca Como também o é, em bloco, a literatura dos jesuítas: não só por sua temática contrarreformista, por sua concepção trágica da vida e do pecado, mas também por sua forma”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed.  Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 98. 
O barroco no Brasil sofreu um processo de aclimatação, que se caracterizou por meio dos ajustes que os escritores da colônia procederam em relação às convenções literáriaseuropeias. Esses ajustes se deram tanto no plano estilístico quanto no plano ideológico, que podem ser resumidos em dois conceitos. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é correto afirmar que esses dois conceitos são:
Nota: 10.0
	
	A
	visão laica e visão alegórica.
	
	B
	visão literária e visão transfiguradora.
	
	C
	visão religiosa e visão reformista.
	
	D
	visão religiosa e visão transfiguradora.
Você acertou!
“O ajuste que as convenções literárias da Europa sofreram ao serem utilizadas pelos escritores coloniais estabeleceu alguns traços estilísticos e ideológicos que caracterizaram a produção dos primeiros séculos de colonização portuguesa no Brasil. Esses traços estão sintetizados nos conceitos denominados visão religiosa e visão transfiguradora” (livro-base, p. 41). As demais visões citadas (literária, alegórica, reformista) não são denominações empregadas no livro-base como conceitos que sintetizam esses traços da literatura barroca no Brasil.
	
	E
	visão reformista e visão alegórica.
Questão 7/10 - Literatura Brasileira
Leia os fragmentos do poema abaixo: 
                       I 
“No meio das tabas de amenos verdores,
Cercadas de troncos – cobertos de flores,
Alteiam-se os tetos d’altiva nação;
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,
Temíveis na guerra, que em densas coortes
Assombram das matas a imensa extensão.”
...........................................................................
                       IV 
“Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci;”
....................................
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DIAS, G. I-Juca Pirama. In: RAMOS, F. J. S. da. Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo: LEP, 1952. p. 130-131. 
Acima temos dois fragmentos do poema I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias. Nele, o poeta maranhense usa um recurso que se convencionou chamar de harmonia imitativa. Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é correto afirmar que harmonia imitativa:
Nota: 10.0
	
	A
	é a correspondência entre o que se conta e o como se conta, forma de o ritmo mimetizar os episódios relatados no poema.
Você acertou!
Esta é a alternativa correta porque harmonia imitativa, que aparece no poema de Gonçalves Dias, é justamente essa técnica que busca conciliar a forma como se conta com o que se conta “Trata-se da técnica que se convencionou chamar de harmonia imitativa. O ritmo mimetiza os episódios do canto. Para cada parte há um tipo de metrificação diferente, mas sempre rigorosa e adequada ao conteúdo” (Livro-base, p. 86). As demais alternativas estão erradas porque não se trata de um efeito preso a uma forma poética ou gênero, ele pode ser obtido em qualquer formato. (p. 85)
	
	B
	é o efeito que ocorre em poemas compostos por estrofes de quatro a seis versos, com cinco ou sete sílabas.
	
	C
	é o tipo de assimilação vocálica, em que as vogais de uma palavra se tornam foneticamente semelhantes a outra vogal da mesma palavra.
	
	D
	é a correspondência harmônica que ocorre em poemas de 14 versos, formados por duas estrofes de quatro versos e duas de três.
	
	E
	é o efeito que se obtém em composições poéticas populares antigas, acompanhadas ou não de música.
Questão 8/10 - Literatura Brasileira
Leia a citação a seguir:
“Policarpo, você precisa tomar juízo. Um homem de idade, com posição, respeitável, como você é, andar metido com esse seresteiro, um quase capadócio – não é bonito! O major descansou o chapéu-de-sol – um antigo chapéu-de-sol com a haste inteiramente de madeira, e um cabo de volta, incrustado de pequenos losangos de madrepérola – e respondeu: – Mas você está muito enganada, mana. É preconceito supor-se que todo o homem que toca violão é um desclassificado. A modinha é a mais genuína expressão da poesia nacional e o violão é o instrumento que ela pede. Nós é que temos abandonado o gênero, mas ele já esteve em honra, em Lisboa, no século passado, com o Padre Caldas que teve um auditório de fidalgas. Beckford, um inglês, muito o elogia. – Mas isso foi em outro tempo, agora...”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: BARRETO, Lima. Triste Fim de Policarpo Quaresma. In: Domínio Público, p. 2. <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000013.pdf>.Acesso em: 13 ago. 2017.
Triste Fim de Policarpo Quaresma é talvez a obra mais conhecida de Lima Barreto (1881–1922), um dos escritores da chamada escola pré-modernista. O protagonista do romance, que se passa no Rio de Janeiro, é um nacionalista, cujo radicalismo serve para Barreto projetar sua visão crítica da sociedade da época. Tendo como referência as informações acima e a leitura do livro-base Literatura Brasileira, leia as afirmativas a seguir, assinalando V para as afirmativas verdadeiras e F paras as afirmativas falsas.
I. ( ) O estilo de Lima Barreto é marcado por uma linguagem mais simples, menos ornamentada, avessa ao tom bacharelesco.
II. ( ) Em Triste fim de Policarpo Quaresma, além de tratar da efusão ultranacionalista do personagem-título, Lima Barreto retrata as características da vida fluminense de seu tempo.
III. (  ) Triste fim de Policarpo Quaresma (1911), Recordações do escrivão Isaías Caminha (1909) e Clara dos Anjos (1948, póstumo) são romances de Lima Barreto.
IV. ( ) Lima Barreto, assim como Machado de Assis, excluiu de sua obra temas como o racismo e a dominação social, preferindo escrever crônicas de costumes. 
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	V– F– V– V
	
	B
	F– V– V– V
	
	C
	V– V– V– F
Você acertou!
As afirmativas I, II e III são verdadeiras porque Barreto era avesso ao tom bacharelesco, o qual parodia em vários momentos no romance Triste fim de Policarpo Quaresma; porque os hábitos, a cultura e as relações sociais do Rio de Janeiro são retratados no romance, como pode se ver na menção que faz ao uso do violão no fragmento acima e à visão que se tinha daqueles que tocavam esse instrumento no começo do século XX; porque os romances mencionados são todos de autoria de Lima Barreto. A afirmativa IV é falsa, pois a questão do racismo e da dominação social estão presentes em sua obra. A obra de Barreto é “considerada ainda hoje como uma das mais singulares crônicas da vida fluminense. Aproxima-se da crônica, até mesmo no desapego a uma linguagem excessivamente adornada e de tom bacharelesco, típica de muitos escritores da época [...]” (livro-base, p. 168). Lima Barreto “destrincha a crueldade do racismo e da dominação social exercida pelos mais poderosos sobre os mais fracos” (livro-base, p. 169)
	
	D
	F– V– F– V
	
	E
	F– F– V– V
Questão 9/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“O pré-modernismo foi uma questão mal resolvida. O termo pré-modernismo foi criado por Alceu de Amoroso Lima, na Contribuição à história do modernismo [...] para referir-se à produção literária do primeiro vintênio do século XX. A definição e a delimitação mais precisa do termo seria, entretanto, empreendida por Alfredo Bosi (1966), já na década de 1960, ao apontar os dois sentidos possíveis para a interpretação da literatura do período: 1. “dando ao prefixo ‘pré’ uma conotação meramente temporal de anterioridade’ 2. ‘dando ao mesmo elemento um sentido forte de precedência temática e formal em relação à literatura modernista’”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LEITE, Sylvia H. T. de A. O pré-modernismo em São Paulo. Revista de Letras, v. 35, pp. 167-184, 1995, p. 167.
O pré-modernismo abrangeu um período literário compreendido entre 1902 e 1922. Nessa fase de transição coexistiram tendências opostas. Em grande medida, a literatura deu ênfase às questões da realidade nacional, com preocupações socioculturais. Considerando o fragmento de texto acima e os conteúdos do livro-baseLiteratura Brasileira, relacione os autores pré-modernistas abaixo às suas respectivas obras:                        
1) Lima Barreto
2) Euclides da Cunha
3) Monteiro Lobato
4) Graça Aranha 
(   ) Clara dos Anjos
(   ) Canaã
(   ) Os sertões
(   ) Urupês 
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	1, 2, 3, 4
	
	B
	1, 4, 2, 3
Você acertou!
1. Lima Barreto – Clara dos Anjos
2. Graça Aranha – Canaã
3. Euclides da Cunha – Os sertões
4. Monteiro Lobato – Urupês
As obras e seus respectivos autores foram trabalhados no item 4.1 denominado O pré-modernismo e corresponde às páginas 165 a 173 do livro-base.
	
	C
	2, 3, 4, 1
	
	D
	3, 2, 4, 1
	
	E
	3, 1, 2, 4
Questão 10/10 - Literatura Brasileira
“A Praça da Alegria apresentava um ar fúnebre. De um casebre miserável, de porta e janela, ouviam-se gemer os armadores enferrujados de uma rede e uma voz tísica e aflautada de mulher, cantar em falsete a ‘gentil Carolina era bela’, doutro lado da praça, uma preta velha, vergada por imenso tabuleiro de madeira, sujo, seboso, cheio de sangue e coberto por uma nuvem de moscas, apregoava em tom muito arrastado e melancólico: ‘Fígado, rins e coração!’. Era uma vendedora de fatos de boi. As crianças nuas, com as perninhas tortas pelo costume de cavalgar as ilhargas maternas, as cabeças avermelhadas pelo sol, a pele crestada os ventrezinhos amarelentos e crescidos, corriam e guinchavam, empinando papagaios de papel. Um ou outro branco, levado pela necessidade de sair, atravessava a rua, suado vermelho afogueado, à sombra de um enorme chapéu-de-sol. Os cães, estendidos pelas calçadas, tinham uivos que pareciam gemidos humanos, movimentos irascíveis, mordiam o ar querendo morder os mosquitos. Ao longe, para as bandas de São Pantaleão, ouvia-se apregoar: ‘Arroz de Veneza! Mangas! Macajubas!’ Às esquinas, nas quitandas vazias, fermentava um cheiro acre de sabão da terra e aguardente”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: AZEVEDO, A. de. O mulato. Domínio Público, p. 2. <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00023a.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2017.
A passagem acima reproduz parte do segundo parágrafo do romance O mulato, de Aluísio de Azevedo. Publicado no mesmo ano da edição em livro de Memórias póstumas de Brás Cubas, em 1881, foi um sucesso de público. Ligado à estética realista-naturalista no Brasil, no trecho acima é possível perceber algumas das características centrais dessa escola, características que criam efeitos de objetividade e realismo buscados por essa escola literária. Considerando a passagem acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, entre as características da estética realista-naturalista que ajudam a criar o efeito de objetividade e realismo temos:
Nota: 10.0
	
	A
	a descrição e a redução das peripécias.
Você acertou!
Para produzir este efeito de objetividade os escritores da escola realista-naturalista procuravam descrever minuciosamente os espaços e ambientes em que suas personagens desenvolviam suas ações. Estas não deviam encobrir a representação objetiva do real, ou seja, a narração de muitas reviravoltas ou peripécias, base do melodrama e do folhetim, tende a chamar muita atenção e tirar o foco das condições de realidade em que as personagens estão postas: “Em linhas gerais, a prosa buscava a representação de uma realidade em seus detalhes de modo a deslindar as vicissitudes da sociedade contemporânea. [...] O romance realista-naturalista [...] tende a diminuir o papel da peripécia e apostar mais nas descrições da realidade representada – prefere descrever a narrar [...]. O romance, no afã da busca pela objetividade pela realidade, aposta nos detalhes (livro-base, p. 131, 132). O narrador intruso chama a atenção para si e para seu ponto de vista, expresso geralmente pela digressão. O narrador naturalista esconde-se atrás da narrativa. O fluxo de consciência leva o foco da história para os sentimentos e ideias do narrador e também não foi empregado pelos escritores naturalistas.
	
	B
	a narração e grande número de peripécias.
	
	C
	o narrador intruso e a digressão.
	
	D
	grande número de peripécias e a descrição.
	
	E
	Redução das peripécias e fluxo de consciência.
Questão 1/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Licenciado em Medicina na capital brasileira (1832), [...] estreara nas letras com um volume de Poesias (rio de janeiro, 1832) de nítido cunho neoclássico. Mas a viagem à Europa (1833-1837), imprescindível coroamento de todo itinerário acadêmico, pusera-o, em Paris, diante da nova realidade literária encarnada pelo Romantismo. Daí tinham saído por um lado, o manifesto programático, isto é, a revista Niterói, publicada na capital francesa, em 1836, por um grupinho de jovens intelectuais brasileiros que haviam feito [dele] seu líder”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed.  Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 164.
As ideias românticas começaram a circular no Brasil recém-independente graças às vozes de intelectuais e poetas radicados, boa parte deles, em Paris. Foram as atividades desses homens que marcaram o início do Romantismo no Brasil. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é considerada como marco inicial do romantismo no Brasil a publicação do livro:
Nota: 10.0
	
	A
	Iracema, de José de Alencar.
	
	B
	Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães.
Você acertou!
É considerada como marco inicial do romantismo no Brasil a publicação do livro Suspiros poéticos e saudades (1836), de Gonçalves de Magalhães (1811-1882). (Livro-base, p. 78). As outras obras, com exceção de O Ateneu, pertencem a fases posteriores do romantismo (Macário – 1852; Iracema – 1865; Canção do Exílio – 1846). O livro de Raul Pompeia inclui-se entre o que se chama de romance psicológico (livro-base, p 132).
	
	C
	Canção do exílio, de Gonçalves Dias.
	
	D
	O Ateneu, de Raul Pompeia.
	
	E
	Macário, de Álvares de Azevedo.
 
Questão 2/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“O sucesso inicial de Alencar e a primazia literária que assumiu, primazia indisputável, a que Machado de Assis se refere em páginas nítidas, tem sido explicado de muitas maneiras. Há traços, entretanto, apontados por todos os críticos e historiógrafos que se ocuparam do problema. Eles constituem, pois, como que as características do romance alencariano, no consenso geral, as explicações de seu triunfo, os motivos de sua difusão. Em primeiro lugar está, certamente, o romantismo. [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SODRÉ, Nelson W. Prefácio. In: ALENCAR, José de. Sonhos D’Ouro. Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1953, p. 13. 
Considerando o fragmento acima e os conteúdos abordados no livro Literatura Brasileira sobre as características da obra de José de Alencar, leia as afirmativas a seguir: 
I – Apesar de grande prosador, o romance de José de Alencar emprega mal as técnicas da escrita romanesca e falta complexidade psicológica às suas personagens.
II – Desenvolveu o indianismo como forma de expressão literária ao trabalhar nos limites entre prosa e poesia em Iracema.
III – A maior contribuição de Alencar, entretanto, está no aprofundamento psicológico das personagens, como Paulo, em Lucíola, que oscila entre desejo e nojo por Lúcia.
IV – Em As minas de prata, Alencar praticou o romance histórico, no qual levou adiante seu programa de descoberta do Brasil.
V - A escrava Isaura (1875), seu romance mais conhecido, é um libelo contra a escravidão e traz uma série de lições morais para o leitor. 
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 0.0
	
	A
	I, II e III.
	
	B
	I, II e IV.
	
	C
	II, III e IV.
As afirmativas II, III e IV estão corretas, porque Iracema é o romance em que Alencar melhor desenvolveu o que a crítica chamou de indianismo, praticado por meiode um estilo em que a prosa se aproxima da poesia; porque, como escreveu Antonio Candido, uma das características importantes do romance alencariano foi a capacidade de expressar os dilemas humanos por meio da complexificação psicológica das suas personagens, como Paulo (Lucíola), Aurélia (de Senhora), entre outras; porque o plano literário de Alencar era ambicioso, nada mais do que fazer o mapeamento da sociedade brasileira, o que ocorre em As minas de prata, romance histórico. As afirmativas I e V estão incorretas porque, como se viu, a complexidade das personagens é uma das marcas da obra do escritor cearense, que desenvolveu e elevou o emprego das técnicas narrativas no âmbito da literatura brasileira; e porque A escrava Isaura é de Bernardo Guimarães (Livro-base, p. 100 e 101).
	
	D
	III, IV e V.
	
	E
	II, IV e V.
Questão 3/10 - Literatura Brasileira
Leia a passagem abaixo: 
“Pelo hábito de frequentar a igreja tomara conhecimento e travara estreita amizade com um pequeno sacristão que, digamos de passagem, era tão boa peça como ele; apenas se encontravam limitavam-se a trocar olhares significativos enquanto o amigo andava ocupado no serviço da igreja; assim porém que se acabavam as missas, e que saíam as verdadeiras beatas, reuniam-se os dois, e começavam a contar suas diabruras mais recentes, travando o plano de mil outras novas. Por complacência, ou antes por prova de decidida amizade, o companheiro confiava ao nosso gazeador um caniço, e faziam juntos o serviço e as maroteiras: a mais pequena que faziam era irem de altar em altar escorropichando todas as galhetas, o que lhes incendia mais o desejo de traquinar”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALMEIDA, Manuel A. de. Memórias de um sargento de milícias. Domínio Público, p. 32. < http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua000235.pdf>. Acesso em 07 de ago. 2017.
A passagem acima foi extraída do romance Memórias de um Sargento de Milícias, de Manuel Antônio de Almeida. Romance de costumes, a obra trouxe para a ficção os ambientes mais populares do Rio de Janeiro e seus moradores, escolhendo como protagonistas os homens pobres, mas livres, do século XIX. Nesse romance é possível enxergar um modo de sociabilidade que Antonio Candido percebeu como estrutural daquela sociedade e da sociedade brasileira em geral. Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, Candido chamou esse tipo de sociabilidade de:
Nota: 10.0
	
	A
	malandragem.
Você acertou!
“A grande contribuição desse romance de costumes está na aposta de ficcionalizar o mundo popular do Rio de Janeiro. [...] Ao enquadrar essa população sem eira nem beira, Memórias de um sargento de milícias revela certo tipo de sociabilidade local até então não percebida por Teixeira e Sousa ou Macedo e que Antonio Candido, a certa altura, denominou de malandragem (livro-base, p. 100-101).
	
	B
	marginal.
	
	C
	aristocrática.
	
	D
	convencional.
	
	E
	civilizatória.
Questão 4/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“O pré-modernismo foi uma questão mal resolvida. O termo pré-modernismo foi criado por Alceu de Amoroso Lima, na Contribuição à história do modernismo [...] para referir-se à produção literária do primeiro vintênio do século XX. A definição e a delimitação mais precisa do termo seria, entretanto, empreendida por Alfredo Bosi (1966), já na década de 1960, ao apontar os dois sentidos possíveis para a interpretação da literatura do período: 1. “dando ao prefixo ‘pré’ uma conotação meramente temporal de anterioridade’ 2. ‘dando ao mesmo elemento um sentido forte de precedência temática e formal em relação à literatura modernista’”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LEITE, Sylvia H. T. de A. O pré-modernismo em São Paulo. Revista de Letras, v. 35, pp. 167-184, 1995, p. 167.
O pré-modernismo abrangeu um período literário compreendido entre 1902 e 1922. Nessa fase de transição coexistiram tendências opostas. Em grande medida, a literatura deu ênfase às questões da realidade nacional, com preocupações socioculturais. Considerando o fragmento de texto acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, relacione os autores pré-modernistas abaixo às suas respectivas obras:                        
1) Lima Barreto
2) Euclides da Cunha
3) Monteiro Lobato
4) Graça Aranha 
(   ) Clara dos Anjos
(   ) Canaã
(   ) Os sertões
(   ) Urupês 
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	1, 2, 3, 4
	
	B
	1, 4, 2, 3
Você acertou!
1. Lima Barreto – Clara dos Anjos
2. Graça Aranha – Canaã
3. Euclides da Cunha – Os sertões
4. Monteiro Lobato – Urupês
As obras e seus respectivos autores foram trabalhados no item 4.1 denominado O pré-modernismo e corresponde às páginas 165 a 173 do livro-base.
	
	C
	2, 3, 4, 1
	
	D
	3, 2, 4, 1
	
	E
	3, 1, 2, 4
Questão 5/10 - Literatura Brasileira
Leia a passagem a seguir: 
“Minha vida começou a ser um mosaico de profissões; aqui onde me veem, fui mascate, agente do foro, guarda-livros, lavrador, operário, estalajadeiro, escrevente de cartório; algumas semanas vivi de tirar cópias de peças e papéis para teatro. Trabalhava com energia, mas a fortuna não correspondia à constância, e o melhor dos anos gastei-o em luta áspera e desigual. Uma compensação havia, a mais doce de todas: era o amor e o contentamento de Ângela, a igualdade do ânimo com que ela encarava todas as vicissitudes. Pouco tempo depois da nossa fuga, havia outra compensação mais: era Helena. Essa menina nasceu em um dos momentos mais tristes da minha vida”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ASSIS, J. M. Machado de. Hedlens. In: Domínio Público, p. 80. <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000079.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2017.
A passagem acima é narrada por Salvador, pai de Helena, do romance homônimo. Machado de Assis foi também um grande leitor e intérprete da realidade social de seu tempo. Retratou de perto segmentos importantes e diferentes da sociedade brasileira. Considerando a passagem acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, em Helena, Machado retrata com minúcia os dilemas de qual grupo social? Assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Os escravos.
	
	B
	A classe dirigente brasileira.
	
	C
	Os intelectuais e artistas.
	
	D
	A população pobre e livre.
Você acertou!
Os chamados quatro romances da primeira fase machadiana – Ressurreição, A mão e a luva, Helena e Iaiá Garcia – tratam de personagens que não pertencem nem à elite nem são escravos: são pobres e livres. Essas personagens giram em torno dos proprietários, das classes abastadas, em busca de ascensão social, muitas vezes frustradas como no caso de Helena. “Um dos temas centrais da obra machadiana é o destino da população pobre e livre, que tem uma inserção social precária no século XIX. Trata-se daquela mesma população que é protagonista no romance Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, e que comparece em peso na ficção de José de Alencar. Machado deteve-se em grande medida nos dilemas desse grupo social, principalmente em seus quatro primeiros romances” (livro-base, p. 115)
	
	E
	Os membros do clero.
Questão 6/10 - Literatura Brasileira
Leia os fragmentos do poema abaixo: 
                       I 
“No meio das tabas de amenos verdores,
Cercadas de troncos – cobertos de flores,
Alteiam-se os tetos d’altiva nação;
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,
Temíveis na guerra, que em densas coortes
Assombram das matas a imensa extensão.”
...........................................................................
                       IV 
“Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci;”
....................................
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponívelem: DIAS, G. I-Juca Pirama. In: RAMOS, F. J. S. da. Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo: LEP, 1952. p. 130-131. 
Acima temos dois fragmentos do poema I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias. Nele, o poeta maranhense usa um recurso que se convencionou chamar de harmonia imitativa. Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é correto afirmar que harmonia imitativa:
Nota: 10.0
	
	A
	é a correspondência entre o que se conta e o como se conta, forma de o ritmo mimetizar os episódios relatados no poema.
Você acertou!
Esta é a alternativa correta porque harmonia imitativa, que aparece no poema de Gonçalves Dias, é justamente essa técnica que busca conciliar a forma como se conta com o que se conta “Trata-se da técnica que se convencionou chamar de harmonia imitativa. O ritmo mimetiza os episódios do canto. Para cada parte há um tipo de metrificação diferente, mas sempre rigorosa e adequada ao conteúdo” (Livro-base, p. 86). As demais alternativas estão erradas porque não se trata de um efeito preso a uma forma poética ou gênero, ele pode ser obtido em qualquer formato. (p. 85)
	
	B
	é o efeito que ocorre em poemas compostos por estrofes de quatro a seis versos, com cinco ou sete sílabas.
	
	C
	é o tipo de assimilação vocálica, em que as vogais de uma palavra se tornam foneticamente semelhantes a outra vogal da mesma palavra.
	
	D
	é a correspondência harmônica que ocorre em poemas de 14 versos, formados por duas estrofes de quatro versos e duas de três.
	
	E
	é o efeito que se obtém em composições poéticas populares antigas, acompanhadas ou não de música.
Questão 7/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto abaixo: 
“No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói de nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. Houve um momento em que o silêncio foi tão grande escutando o murmurejo do Uraricoera, que a índia tapanhumas pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma.
Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a falar exclamava:
– Ai! que preguiça!...
e não dizia mais nada.
Ficava no canto da maloca, trepado no jirau da paxiúba, espiando o trabalho dos outros e principalmente os dois manos que tinha, Maanape já velhinho e Jiguê na força de homem. O divertimento dele era decepar cabeça de saúva. Vivia deitado mas si punha os olhos em dinheiro, Macunaíma dandava pra ganhar vintém”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANDRADE, M. Macunaíma. 26. ed. Rio de Janeiro/Belo Horizonte: Editoras Reunidas/ Vila Rica, 1990, p. 9.
Tendo como referência as informações acima e a leitura do livro-base Literatura Brasileira sobre a obra Macunaíma, de Mário de Andrade, leia as afirmativas abaixo e assinale V para as afirmativas verdadeiras e F paras as afirmativas falsas
I. ( ) O “herói sem nenhum caráter”, Macunaíma, nasce indígena e negro, depois se transforma em homem louro de olhos azuis. Desde criança, na tribo, revela-se preguiçoso, malicioso e espertalhão.
II. ( ) Segundo Mário de Andrade, Macunaíma é mais uma “rapsódia” do que um romance.
III. (  ) Macunaíma é um herói que, partindo do Amazonas em direção a São Paulo, salva o Brasil das interferências europeias.
IV. ( ) O romance usa recursos de linguagem humorística, misturados a elementos trazidos de mitos, fábulas e lendas e a registros da língua oral. 
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	V – V – V – F
	
	B
	F – V – V – V
	
	C
	V – V – F – V
Você acertou!
As afirmativas I, II e IV são verdadeiras porque a personagem passa pela metamorfose descrita na afirmativa; porque o autor considera o livro uma rapsódia, que segundo ele é uma soma de temas tirados das histórias populares levados para a literatura por um escritor culto; porque “mistura lendas e expressões de diferentes partes do país em uma mesma história, saturando-a de elementos contraditórios, com o fim de destacá-los de sua realidade etnográfica. Do ponto de vista da influência estrangeira, embora tenha se baseado em pesquisas europeias e, até mesmo, tirado seu personagem de uma dessas fontes, o tom parodístico leva-o, segundo a autora francesa Pascale Casanova (2002, p. 348), a ‘uma postura dupla muito refinada: enquanto reúne e enobrece explicitamente um patrimônio cultural até então monopolizado pela etnologia, adota um tom irônico e parodístico que, em um modo literário, denega e sabota os fundamentos do empreendimento’” (livro-base, p. 187 e 188). A afirmativa III é falsa, pois o livro, entre outros aspectos, faz uma paródia da história do Brasil ao mesmo tempo uma afirmação da “estabilização de uma consciência criadora nacional” (livro-base, p. 189).
	
	D
	F – V – F – V
	
	E
	F – F – V – V
Questão 8/10 - Literatura Brasileira
Leia a passagem a seguir: 
“Estava no teatro lírico, onde o acaso me colocara junto de um moço com quem havia feito conhecimento na sociedade e cujo nome não me acode agora. Em falta de outro, lhe darei o de Cunha.
Esperando que se levantasse o pano, corríamos ambos com o binóculo as ordens de camarotes, que se começavam a encher. É um regalo semelhante ao do gastrônomo, que antes de sentar-se à mesa belisca as iguarias que vão se ostentando aos olhos gulosos. A comparação me agrada; porque realmente nunca senti essa gula de olhar que devora com uma fome canina, como quando contemplava uma multidão de mulheres bonitas. Cada uma delas me emprestava uma forma sedutora, um encanto, um contorno para a estátua ideal que a imaginação moldava, aperfeiçoando a capricho”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000035.pdf>. Acesso em 08 ago. 2017. 
É por volta de 1860 que o romance brasileiro se torna mais robusto. Os diferentes ambientes, espaços e grupos sociais do país passaram a ser mapeados por nossos romancistas. No fragmento acima selecionamos um trecho de um dos chamados romances urbanos de José de Alencar. A cena se passa num teatro, na cidade, aspecto que se percebe, por exemplo, pela palavra multidão, a qual acena para o ambiente da cidade em oposição ao ambiente rural. De acordo com a passagem acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, o trecho acima é um fragmento do romance urbano:
Nota: 10.0
	
	A
	O Guarani.
	
	B
	Iracema.
	
	C
	Lucíola.
Você acertou!
O trecho é de Lucíola, pois entre as alternativas é o único romance urbano de José de Alencar. Os demais são: histórico (O Guarani), indianista (Iracema), regionalista (Til). Dom Casmurro foi escrito por Machado de Assis. No livro-base, lemos: “Do ponto de vista temático, José de Alencar [...] desenvolve [o romance] em várias frentes. Com O guarani (1857) e As minas de prata (1865-66), ele praticou o romance histórico, então em voga em virtude do sucesso de Walter Scott; desenvolveu o indianismo como forma de expressão literária ao trabalhar nos limites entre prosa e poesia em Iracema (1865); concentrou-se no romance urbano e de costumes com Lucíola (1862), Diva (1864) e Senhora (1875); e adentrou o país ao ficcionalizar o interior de São Paulo em O tronco do ipê (1871) e Til (1872), o interior do Ceará, com O sertanejo (1876), e os pampas, com O gaúcho (1870), fazendo do regionalismo, no plano literário, um programa de descoberta do Brasil. Em cada uma dessas frentes, José de Alencar legou, ao menos, uma obra-prima para a literatura brasileira (livro-base, p. 101).
	
	D
	Til
	
	E
	Dom Casmurro
Questão 9/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto abaixo: 
“O convés, tanto na coberta como na tolda, apresentava o aspecto de um acampamento nômade. A marinhagem, entorpecida pelo trabalho, caíra numa sonolência profunda, espalhada por ali ao relento, numa desordem geral de ciganos que não escolhem terreno para repousar. Pouco lhe importavam o chão úmido, as correntes de ar, as constipações, o beribéri. Embaixo era maior o atravancamento. Macas de lona suspensas em varais de ferro, umas sobreoutras, encardidas como panos de cozinha, oscilavam à luz moribunda e macilenta das lanternas. Imagine-se o porão de um navio mercante carregado de miséria. No intervalo das peças, na meia escuridão dos recôncavos moviam-se os corpos seminus, indistintos. Respiravam um odor nauseabundo de cárcere, um cheiro acre de suor humano diluído em urina e alcatrão. Negros, de boca aberta, roncavam profundamente, contorcendo-se na inconsciência do sono. Viam-se torsos nus abraçando o convés, aspectos indecorosos que a luz evidenciava cruelmente”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CAMINHA, Adolfo. Bom crioulo. Domínio Público, p. 20. <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000052.pdf>. Acesso em: 28/07/2017. 
De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base Literatura Brasileira sobre o romance naturalista Bom crioulo (1898), de Adolfo Caminha (1867-1897), é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	Além da temática homossexual, o romance denuncia os maus-tratos dispensados aos marinheiros engajados nas Forças Armadas Brasileiras.
Você acertou!
Esta é a alternativa correta porque o tema central de Bom crioulo é a relação homossexual entre Aleixo e Amaro, protetor e protegido. Comprovando a tese naturalista de que o meio influencia na formação do caráter e dos comportamentos, Adolfo Caminha procura demonstrar que a forma com que os marinheiros se encontravam a bordo da corveta beneficiou os comportamentos de Aleixo e Amaro. Além disso, denuncia os castigos físicos sofridos pelos marinheiros, como as chibatadas. A maioria dos marinheiros era negra, escravos ou ex-escravos (Livro-base, p. 131). As demais alternativas referem-se a outros romances, como o Cortiço, ou mencionam temáticas, personagens ou espaços que não dizem respeito aos do romance de Adolfo Caminha, como a periferia de Recife, Maria das Hortaliças ou o cortiço.
	
	B
	o romance revela as condições precárias de certa parcela da população nordestina e o mundo violento, sem lei nem rei, do qual as personagens fazem parte.
	
	C
	o cortiço, onde se passa o romance, é apresentado de tal forma que surge diante dos olhos do leitor como mais uma personagem do romance.
	
	D
	o romance apresenta a mulher independente, caracterizada na figura de Maria das Hortaliças.
	
	E
	além da temática homossexual, o romance retrata os problemas da periferia do Recife e as viagens de trem pelo interior do país.
 
Questão 10/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“A miséria e os miseráveis que haviam perdido suas habitações na derrubada violenta do cortiço [o Cabeça de Porco] tinham à disposição o morro contíguo – e as madeiras da demolição que a própria prefeitura lhes permitira recolher. Barracos de madeira já estavam disseminados no morro de Santo Antônio, ponto privilegiado da cidade, e logo estariam presentes no da Providência, nos anos que se seguiram às picaretas de Barata Ribeiro. Na vizinhança do Cabeça de Porco, surgia a ‘Favela’, apelido que seria dado ao morro da Providência pelas tropas vindas de Canudos em 1897, as quais estacionaram ali e acabaram denominando o local [com esse] nome por associação a plantas com favas, comuns tanto no morro carioca quanto nas cercanias do arraial de Antônio Conselheiro, o Belo Monte”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GARCEZ, P. C. G. Habitação e vizinhança: limites da privacidade no surgimento das metrópoles brasileiras. In: SEVCENKO, Nicolau. História da Vida Privada no Brasil, v. 3. Organização Fernando A. Novais. São Paulo: Cia. Das Letras, 1998, p. 141. 
As mudanças ocorridas no final do século XIX e início do século XX na então capital do Brasil, o Rio de Janeiro, alçaram o país à modernização. Houve um verdadeiro “bota abaixo” dos casebres e cortiços da área central da cidade e, em seu lugar, foram construídas amplas avenidas, ou bulevares ao estilo parisiense. Os pobres foram empurrados para a periferia fazendo surgir as favelas cariocas. No interior do Brasil a miséria e a exploração rural, assim como o voto a cabresto, mostravam as mazelas de um país desigual. Esse cenário atravessou temas e estilos da literatura brasileira desse período entressecular. De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base Literatura Brasileira, a produção literária brasileira que antecipa o movimento modernista da década de 1920, marcada por uma produção de transição e consolidação do sistema literário brasileiro, ficou conhecida como:
Nota: 10.0
	
	A
	Arcadismo, marcado pela produção antibarroca de Tomás Antônio Gonzaga.
	
	B
	Romantismo, alicerçado na produção de José de Alencar.
	
	C
	Romantismo, marcado pela figuração e valorização do índio brasileiro.
	
	D
	Realismo pela transição de uma literatura influenciada pelos padrões europeus a uma literatura de caráter e convenções nacionais.
	
	E
	Pré-modernismo, marcado por autores como Euclides da Cunha, que supera uma visão inicial determinista dos fatos e passa a problematizar aspectos da realidade.
Você acertou!
O caso de Euclides da Cunha (1866-1909) representa um marco dessa mudança de perspectiva. Engenheiro de formação, é enviado como correspondente jornalístico a Canudos em 1897, a fim de fazer a cobertura da reação das forças republicanas ao grupo liderado por Antônio Conselheiro. Munido de uma perspectiva teórica formada no determinismo do século XIX, em que raça, meio e momento histórico seriam capazes de explicar a natureza humana, Euclides da Cunha, ao defrontar-se com a exposição dos acontecimentos ocorridos no sertão baiano, atinge, em Os sertões (1902), uma superação da perspectiva puramente determinista dos fatos. [...]. Supera largamente uma perspectiva sociológica de gabinete, ou mesmo o puro ensaísmo, a fim de construir uma representação literariamente relevante e problematizar o aspecto da realidade a que se dirige” (Livro-base, p. 167,168).

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