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Câncer: crescimento desordenado de células

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Câncer
Câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos. (INCA, 2019)
O termo câncer ou tumor pode ser definido como crescimento descontrolado, disseminado e invasivo de células anormais, resultantes de alterações genéticas hereditárias ou adquiridas. (CUPPARI, 2019)
Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo. (INCA, 2019)
O principal mecanismo de imunidade tumoral é a eliminação das células transformadas pelas células citotóxicas: linfócitos CD8, células natural killer (NK) e macrófagos. Contudo, as células transformadas são capazes de desenvolver mecanismos para escapar ou iludir o sistema imune do hospedeiro, como crescimento seletivo de variantes antígeno-negativas, perda ou expressão reduzida das moléculas de MHC (major histocompatibility complex), produção de substâncias ou citocinas imunossupressoras e apoptose das células citotóxicas. (CUPPARI, 2019).
Como surge o câncer
O câncer surge a partir de uma mutação genética, ou seja, de uma alteração no DNA da célula, que passa a receber instruções erradas para as suas atividades. As alterações podem ocorrer em genes especiais, denominados proto-oncogenes, que a princípio são inativos em células normais. Quando ativados, os proto-oncogenes tornam-se oncogenes, responsáveis por transformar as células normais em células cancerosas. (INCA, 2019)
As células que constituem os animais são formadas por três partes: a membrana celular, que é a parte mais externa; o citoplasma (o corpo da célula); e o núcleo, que contém os cromossomos, que, por sua vez, são compostos de genes. Os genes são arquivos que guardam e fornecem instruções para a organização das estruturas, formas e atividades das células no organismo. Toda a informação genética encontra-se inscrita nos genes, numa "memória química" - o ácido desoxirribonucleico (DNA). É através do DNA que os cromossomos passam as informações para o funcionamento da célula. (INCA, 2019)
Os diferentes tipos de câncer correspondem aos vários tipos de células do corpo. Quando começam em tecidos epiteliais, como pele ou mucosas, são denominados carcinomas. Se o ponto de partida são os tecidos conjuntivos, como osso, músculo ou cartilagem, são chamados sarcomas. (INCA, 2019)
O processo de formação do câncer é chamado de carcinogênese ou oncogênese e, em geral, acontece lentamente, podendo levar vários anos para que uma célula cancerosa prolifere-se e dê origem a um tumor visível. Os efeitos cumulativos de diferentes agentes cancerígenos ou carcinógenos são os responsáveis pelo início, promoção, progressão e inibição do tumor. (INCA, 2019)
A carcinogênese é determinada pela exposição a esses agentes, em uma dada frequência e em dado período de tempo, e pela interação entre eles. Devem ser consideradas, no entanto, as características individuais, que facilitam ou dificultam a instalação do dano celular. Esse processo é composto por três estágios: 
• Estágio de iniciação: os genes sofrem ação dos agentes cancerígenos, que provocam modificações em alguns de seus genes. Nessa fase, as células se encontram geneticamente alteradas, porém ainda não é possível se detectar um tumor clinicamente. Elas encontram-se "preparadas", ou seja, "iniciadas" para a ação de um segundo grupo de agentes que atuará no próximo estágio. (INCA, 2019)
• Estágio de promoção: as células geneticamente alteradas, ou seja, "iniciadas", sofrem o efeito dos agentes cancerígenos classificados como oncopromotores. A célula iniciada é transformada em célula maligna, de forma lenta e gradual. Para que ocorra essa transformação, é necessário um longo e continuado contato com o agente cancerígeno promotor. A suspensão do contato com agentes promotores muitas vezes interrompe o processo nesse estágio. Alguns componentes da alimentação e a exposição excessiva e prolongada a hormônios são exemplos de fatores que promovem a transformação de células iniciadas em malignas. (INCA, 2019)
• Estágio de progressão: se caracteriza pela multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas. Nesse estágio, o câncer já está instalado, evoluindo até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença. Os fatores que promovem a iniciação ou progressão da carcinogênese são chamados agentes oncoaceleradores ou carcinógenos. O fumo é um agente carcinógeno completo, pois possui componentes que atuam nos três estágios da carcinogênese. (INCA, 2019)
No processo conhecido metástase, a neoplasia tem a capacidade de invasão, podendo propagar-se para tecidos e órgãos a distância. Para um câncer metastatizar, precisa desenvolver seu próprio suprimento sanguíneo, a fim de sustentar o crescimento de células anormais em rápida divisão. Nas células normais, a angiogênese promove a formação de novos vasos sanguíneos, que são essenciais para suprir os tecidos do corpo com oxigênio e nutrientes. Nas células cancerosas, a angiogênese tumoral ocorre quando os tumores liberam substâncias que ajudam no desenvolvimento de novos vasos sanguíneos necessários ao seu crescimento e à sua metástase. (MAHAN, 2018).
O crescimento dos tumores é acompanhado por infiltração, invasão, angiogênese e destruição progressiva do tecido adjacente. Juntamente com o desenvolvimento de metástases, a invasividade é a característica mais segura que distingue os tumores malignos dos benignos. (CUPPARI, 2019).
O que causa o câncer
A transformação maligna pode ser genética e hereditária ou adquirida ao longo da vida a partir da exposição aos fatores de risco e cancerígenos, como radiação solar, tabagismo e hábitos alimentares. (CUPPARI, 2019)
O câncer não tem uma causa única. Há diversas causas externas (presentes no meio ambiente) e internas (como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas). Os fatores podem interagir de diversas formas, dando início ao surgimento do câncer. (INCA, 2019)
Os fatores genéticos estão mais relacionados ao surgimento de tumores na infância, enquanto os ambientais mais determinantes na neoplasia no adulto. (CHEMIN, 2016)
Entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas. As mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, os hábitos e o estilo de vida podem aumentar o risco de diferentes tipos de câncer. (INCA, 2019)
Entende-se por ambiente o meio em geral (água, terra e ar), o ambiente de trabalho (indústrias químicas e afins), o ambiente de consumo (alimentos, medicamentos) e o ambiente social e cultural (estilo e hábitos de vida). Os fatores de risco ambientais de câncer são denominados cancerígenos ou carcinógenos. Esses fatores alteram a estrutura genética (DNA) das células. (INCA, 2019)
As causas internas estão ligadas à capacidade do organismo de se defender das agressões externas. Apesar de o fator genético exercer um importante papel na formação dos tumores (oncogênese), são raros os casos de câncer que se devem exclusivamente a fatores hereditários, familiares e étnicos. (INCA, 2019)
Existem ainda alguns fatores genéticos que tornam determinadas pessoas mais suscetíveis à ação dos agentes cancerígenos ambientais. Isso parece explicar por que algumas delas desenvolvem câncer e outras não, quando expostas a um mesmo carcinógeno. (INCA, 2019)
O envelhecimento natural do ser humano traz mudanças nas células, que as tornam mais vulneráveis ao processo cancerígeno. Isso, somado ao fato de as células das pessoas idosas terem sido expostas por mais tempo aos diferentes fatores de risco para câncer, explica, em parte, o porquê de o câncer ser mais frequente nessa fase da vida. (INCA, 2019)
Incidência estimada conforme a localização primária do tumor e sexo.
- Em homens, Brasil, 2020
	Localização Primária
	Casos Novos
	%
	Próstata
	65.840
	29,2
	Cólon e Reto
	20.540
	9,1
	Traqueia, Brônquio e Pulmão
	17.760
	7,9
	Estômago
	13.360
	5,9
	Cavidade Oral
	11.200
	5,0
	Esôfago
	8.690
	3,9
	Bexiga
	7.5903,4
	Laringe
	6.470
	2,9
	Leucemias
	5.920
	2,6
	Sistema Nervoso Central
	5.870
	2,6
	Todas as Neoplasias, exceto pele não melanoma
	225.980
	100,0
	Todas as Neoplasias
	309.750
	 
 
- Em mulheres, Brasil, 2020
	Localização Primária
	Casos Novos
	%
	Mama feminina
	66.280
	29,7
	Cólon e Reto
	20.470
	9,2
	Colo do útero
	16.710
	7,5
	Traqueia, Brônquio e Pulmão
	12.440
	5,6
	Glândula Tireoide
	11.950
	5,4
	Estômago
	7.870
	3,5
	Ovário
	6.650
	3,0
	Corpo do útero
	6.540
	2,9
	Linfoma não-Hodgkin
	5.450
	2,4
	Sistema Nervoso Central
	5.230
	2,3
	Todas as Neoplasias, exceto pele não melanoma
	223.110
	100,0
	Todas as Neoplasias
	316.280
	 
CHEMIN, S. M.; MURA. J. D. P. Tratado de Alimentação Nutrição e Dietoterapia. 3.ed. São Paulo: ed. Payá, 2016.
MAHAM, L. K.; ESCOTT-STUMP, S. Krause: Alimentos, nutrição e dietoterapia. 14ª edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018.
CUPPARI, L. Nutrição Clínica no Adulto. Guia de Medicina Ambulatorial e Hospitalar. Nutrição. 4. ed. São Paulo: Manole, 2019.
O QUE É CÂNCER. Instituto Nacional do Câncer. Disponível em < https://www.inca.gov.br/o-que-e-cancer >. Acesso em 09.jul.2020. 
INCA. (03 de MARÇO de 2019). O que é câncer? Disponível em INCA: https://www.inca.gov.br/o-que-e-cancer . Acesso em 09 de JULHO de 2020

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