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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO AO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO
(RAIPA) DO EMPREENDIMENTO 'MINERAÇÃO BBX DO BRASIL LTDA -TRÊS
ESTADOS' APRESENTADO AO INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO...
Negative Results · March 2019
DOI: 10.13140/RG.2.2.33918.43843
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Rubem Valério do Nascimento Júnior
Universidade do Estado do Amazonas
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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO AO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO 
(RAIPA) DO EMPREENDIMENTO ‘MINERAÇÃO BBX DO BRASIL LTDA – TRÊS 
ESTADOS’ APRESENTADO AO INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E 
ARTÍSTICO NACIONAL (IPHAN) 
 
PROCESSO IPHAN nº 01490.000241/2018-84 
 
 
 
 
 
 
 
 
MANAUS 
2019 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA – Três Estados’• 
Projeto de Pesquisa: 
Inuma Arqueologia 
Razão social: 28.463.874/0001-02 
Endereço para correspondências: Rua Juruá nº 01 – Centro – CEP 69.415-000 – Iranduba/AM 
E-mail: inumaarqueologia@gmail.com 
Responsáveis pela execução do projeto de pesquisa de arqueologia: 
Adilon Pereira Inuma 
Arqueólogo Coordenador – Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2484454790454796 
CPF: 006.890.622-65 – RG: 2301213-7 SSP/AM 
Fone: +55 92 99333-2135 - E-mail: adilon.pereira7@gmail.com 
 
Rubem Valério Do Nascimento Júnior 
Arqueólogo Coordenador de campo - Currículo Lattes: 
http://lattes.cnpq.br/7184262024056450 
CPF: 014.466.292-28 – RG: 2606738-2 SSP/AM 
Fone: +55 92 98435-6965 - E-mail: valeriorubemjr@gmail.com 
Empreendedor: 
Mineração BBX do Brasil LTDA 
Razão social: 08.183.229/0001-10 
Endereço para correspondências: Avenida Jornalista Ricardo Marinho nº 360, sala 113 – 
Barra da Tijuca – CEP 22631-350 – Rio de Janeiro/RJ 
Procurador: João Carlos Campelo Rovere 
Fone: (92) 99172-6615 – E-mail: joaocarlosrovere@yahoo.com.br 
Instituição de guarda e pesquisa: 
Núcleo de Arqueologia e Etnologia do Museu da Amazônia (MUSA-NAE) 
Endereço: Rua Planeta Plutão nº 11 – Aleixo – CEP 69060-60 – Manaus/AM 
Fone: (92) 3236-5326 – E-mail: filippo.stampanoni@museudaamazonia.org.br 
Dos direitos autorais 
A presente produção intelectual pertence aos autores indicados acima em todos os direitos 
morais e patrimoniais sobre a obra que criaram, resguardada legalmente nos termos da Lei nº 
9610/1998. A reprodução, total ou parcial da mesma sem a devida citação dos créditos de 
autoria e ou fonte, será caracterizada como plágio e passível de processo judicial. 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA – Três Estados’• 
Listra De Ilustrações 
Figura 1. Sítios arqueológicos pesquisados pelo Projeto Amazônia Central (378 sítios). Mapa de 
Claide Moraes, imagem Land Sat (Fonte: http://glovis.usgs.gov). ....................................................... 10 
Figura 2 Exemplo de sondagem utilizada na área. Créditos: Rubem Valério Jr, 2019. ........................ 14 
Figura 3 Esquema de delimitação de sítio arqueológico. Acervo INUMA Arqueologia, 2019. ........... 14 
Figura 4 Visualização da vegetação presente na localidade. Créditos: Adilon Pereira Inuma, 2019. ... 16 
Figura 5 Vista parcial da parte mais elevada da ADA em relação á paisagem em torno. Créditos: 
Adilon Pereira Inuma, 2019. ................................................................................................................. 16 
Figura 6 Visualização da vegetação presente na localidade. Créditos: Adilon Pereira Inuma, 2019. ... 16 
Figura 7 Área de afloramento rochoso pertencente a ADA, geralmente esse tipo de rocha é comum em 
área de mineração, atividade principal do empreendimento. Créditos: Adilon Pereira Inuma, 2019. .. 16 
Figura 8 Exemplar de minério de ferro encontrado no poço teste nº 12. Rubem Valério Jr, 2019. ...... 17 
Figura 9 Exemplar da tabela 7.5 YR da Carta de Coloração de Solos de Munsell. Acervo INUMA 
Arqueologia, 2019. ................................................................................................................................ 18 
Figura 10 Remoção da vegetação superficial para abertura do poço teste, e Poço em profundidade 
total. Rubem Valério Jr, 2019. .............................................................................................................. 20 
Figura 11 Poço teste com profundidade total, e Laterita encontrada ao fim do poço. Rubem Valério Jr, 
2019. ...................................................................................................................................................... 21 
Figura 12 Abertura inicial do poço teste, com destaque para a rocha gabro nas proximidades, e poço 
teste em sua profundidade total. Rubem Valério Jr, 2019. .................................................................... 23 
Figura 13 Rocha gabro em destaque, e Aferição da profundidade do poço teste. Rubem Valério Jr, 
2019. ......................................................................................................................................................24 
Figura 14 Abertura do poço teste, e Poço teste com profundidade total. Adilon Inuma, 2019. ............ 25 
Figura 16 Abertura do poço teste. Adilon Inuma, 2019. ....................................................................... 26 
Figura 16 Poço teste com profundida total. Adilon Inuma, 2019. ........................................................ 26 
Figura 17 Abertura do poço teste, e Poço teste com profundidade total. Adilon Inuma, 2019. ............ 27 
Figura 18 Abertura do poço teste, e Poço teste com profundidade total. Adilon Inuma, 2019. ............ 29 
Figura 19 Vegetação de extrato herbáceo em destaque, com execução de abertura do poço teste pelo 
auxiliar de campo, o Sr. Evando Mira, e Formação mineral de ferro em destaque. Rubem Valério Jr, 
2019. ...................................................................................................................................................... 30 
Figura 20 Vegetação de extrato arbustivo em situação do declive do terreno, e Aferição do solo 
retirado do poço teste por vestígios arqueológicos. Rubem Valério Jr, 2019. ...................................... 32 
Figura 21 Formação rochosa de gabro em situação, e Poço teste em sua profundidade total, com rochas 
de gabro na direita da imagem que foram retiradas do poço teste manualmente. Rubem Valério Jr, 
2019. ...................................................................................................................................................... 33 
Figura 22 Formação mineral de ferro retirada do solo do poço teste, e Aferição do solo retirado do 
poço teste a procura de vestígios arqueológicos. Rubem Valério Jr, 2019. .......................................... 34 
Figura 23 Abertura do poço teste, e Poço teste com profundidade total. Adilon Inuma, 2019. ............ 35 
Figura 24 Abertura do poço teste, e superfície rochosa. Adilon Inuma, 2019. ..................................... 36 
Figura 25 Abertura do poço teste. Adilon Inuma, 2019. ....................................................................... 38 
Figura 26 Poço teste com densa concentração de rocha.. Adilon Inuma, 2019. ................................... 38 
Figura 27 Abertura do poço teste. Adilon Inuma, 2019. ....................................................................... 39 
Figura 28 Poço teste com profundidade total. Adilon Inuma, 2019. ..................................................... 39 
 
 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA – Três Estados’• 
Sumário 
1. Introdução ____________________________________________________________ 6 
2. Área abrangida pelo projeto _____________________________________________ 7 
3. Contextualização arqueológica e etno-histórica da AID do empreendimento _____ 8 
3.1 A breve Apuí __________________________________________________________ 10 
4. Metodologia de pesquisa aplicada para caracterização arqueológica da ADA ____ 12 
5. Características da área _________________________________________________ 16 
6. Resultados ___________________________________________________________ 17 
6.1. Poço teste nº 01 ______________________________________________________ 18 
6.2. Poço teste nº 02 ______________________________________________________ 20 
6.3. Poço teste nº 03 ______________________________________________________ 21 
6.4. Poço teste nº 04 ______________________________________________________ 23 
6.5. Poço teste nº 05 ______________________________________________________ 24 
6.6. Poço teste nº 06 ______________________________________________________ 25 
6.7. Poço teste nº 07 ______________________________________________________ 26 
6.8. Poço teste nº 08 ______________________________________________________ 28 
6.9. Poço teste nº 09 ______________________________________________________ 29 
6.10. Poço teste nº 10 ______________________________________________________ 30 
6.11. Poço teste nº 11 ______________________________________________________ 32 
6.12. Poço teste nº 12 ______________________________________________________ 33 
6.13. Poço teste nº 13 ______________________________________________________ 35 
6.14. Poço teste nº 14 ______________________________________________________ 36 
6.15. Poço teste nº 15 ______________________________________________________ 37 
6.16. Poço teste nº 16 ______________________________________________________ 38 
6.17. Relato das atividades ligadas à produção de conhecimento, divulgação cientifica e 
extroversão, bem como a apresentação do cronograma das ações futuras. __________ 40 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA – Três Estados’• 
6.18. Relato das atividades de esclarecimento desenvolvidas com a comunidade local. 40 
7. Considerações Finais ___________________________________________________ 42 
Referências Bibliográficas __________________________________________________ 43 
Anexo A – Ficha descritiva das atividades _____________________________________ 48 
Anexo B – Carta imagem. __________________________________________________ 49 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
6 
 
1. Introdução 
O presente Relatório de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico 
(RAIPA) ao Instituto Do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) visa comunicar 
os resultados obtidos com base na execução do Projeto de Avaliação de Impacto ao 
Patrimônio Arqueológico (PAIPA) aprovado e publicado no Diário Oficial da União (DOU) 
pela Portaria nº 80 de 28 de dezembro de 2018, em seu anexo III, item 02, no âmbito do 
empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA – Três Estados’ visando a anuência 
necessária para a continuidade das atividades perante o processo de licenciamento ambiental. 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
7 
 
2. Área abrangida pelo projeto 
A Área Diretamente Afetada (ADA) composta de 1 ha, onde de fato foram 
realizadas as intervenções de acordo com o PAIPA apresentado e aprovado ao IPHAN. 
A escolha desta curta região para o início das atividades do empreendimento se deve a 
requisição para a guia de utilização para extração mineral para os testes industriais a 
evidenciar o potencial mineralógico da localidade, perante a Agencia Nacional de Mineração 
(ANM), antigo Departamento Nacional de Produção Mineração (DNPM). 
 O empreendimento em questão engloba o projeto ‘Três Estados’ da BBX 
Minerals através da sua subsidiária brasileira Mineração BBX do Brasil. Está localizado a 
60 km ao sul da sede do Município de Apuí/AM e o município em questão se localiza ao sul 
do Estado do Amazonas. 
A ADA delimita-se pelas seguintes coordenadas UTM (zone 21 m): VERTICE 
01: Long. 224702.07 m E – Lat. 9198398.66 m S; VERTICE 2: Long. 224798.58 m E – Lat. 
9198398.51 m S; VERTICE 3: Long. 224701.57 m E – Lat. 9198300.90 m S; VERTICE 4: 
Long. 224799.59 m E – Lat. 9198299.88 m S. Fechando a poligonal da ADA, que 
corresponde a 1,00 ha. Tais informações descritas, estão baseadas no sistema de projeção 
SIRGAS 2000. 
 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
8 
 
3. Contextualização arqueológica e etno-histórica da AID do empreendimento 
As primeiras observações sobre o passado pré-colonial da Amazônia vêm dos 
trabalhos pioneiros de Ferreira Penna (CUNHA, 1989). No estado do Amazonas aconteceram 
por volta do ano de 1870, quando Barbosa Rodrigues fez registro sobre arte rupestre regional 
e o “Cemitério Miracanquera”, sítio arqueológico com uma extensão de 5 km nas 
proximidades do furo do Aroató e Ilha da Trindade, na margem esquerda do rio Amazonas, 
fazendo referência e comparações a cultura fenícia, além de Emilio Goeldi, sobre os “aterros” 
da cultura Marajoara pré-colonial, na foz do rio Amazonas e no Estado do Amapá (NEVES, 
1999). 
 Para entender melhor o contexto arqueológico amazônico, o modelo “Cultura de 
Floresta Tropical”, criado a partirda publicação do Handbook of South American Indians em 
1948, de autoria Julian Steward e Robert Lowie, que sugeriam categorias para a evolução das 
populações sul-americanas, marginais, cacicados do circumcaribe e civilizações andinas, 
desenvolvidos a partir de observações dos aspectos culturais das populações nativas e o meio 
ambiente, sendo testado na região amazônica, a partir de 1950. 
E assim, na década de 1950, o casal de arqueólogos estadunidense Bety Jane 
Meggers e Clifford Evans chegam ao Brasil e desenvolvem atividades na região da foz do rio 
Amazonas, onde avaliam o modelo de Cultura Tropical e procuram mostrar que, a ocupação 
da região aconteceu em decorrência de migração de povos andinos, possuidores de cultura 
avançada. Contudo, devido às condições do ambiente tropical, abandonam suas características 
mais complexas, adaptando-se a nova Cultura de Floresta Tropical. (NEVES, 1999). 
Além de formular a hipótese do Determinismo Ecológico, onde definia padrões de 
assentamentos em terra firme e várzea, para o ambiente de floresta tropical amazônica, através 
da produção primária, estudando e comparando grupos étnicos contemporâneos, Meggers e 
Evans também contribuíram com a criação de Fases e Tradições arqueológicas, através de 
análises das cerâmicas, utilizando metodologia de seriação, classificação, características 
morfológicas, decorativas e tipos de tempero, como instrumento cronológico para datações 
(MORAES, 2006). 
Em decorrência de suas atividades arqueológicas na região amazônica, Meggers e 
Evans foram convidados pelo governo brasileiro, em 1965, a coordenar o mapeamento dos 
sítios arqueológicos no território nacional, identificando suas Fases, Tradições e delimitações 
culturais. Esse grande projeto tornou-se conhecido como Programa Nacional de Pesquisas 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
9 
 
Arqueológicas (PRONAPA). Igualmente, desse projeto pioneiro, também aconteceu o 
Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas na Bacia Amazônica (PRONAPABA), 
voltado para pesquisas na área da Bacia Amazônica (MORAES, 2006). 
Outro pesquisador, entre os anos de 1955 e 1959, o alemão Peter Paul Hilbert, 
realizou atividades arqueológicas em Manaus (HILBERT, 1968 & SIMÕES, 1974), deixando 
contribuições importantes sobre os assentamentos arqueológicos de Manaus e do alto 
Solimões, as classificações e estilos culturais “Paredão”, “Subtradição Guarita” e “Caiambé” 
no município de Coari. Na região da Amazônia Central, identificou Fases e conferiu as 
Tradições Borda Incisa e Policroma da Amazônia (RAPP PY-DANIEL, 2009). 
Continuando as pesquisas na região amazônica, o também arqueólogo 
estadunidense Donald Ward Lathrap, desenvolveu debates sobre a ocupação da Amazônia 
pré-colombiana, não classificando a Amazônia como Inferno Verde, e sim um Paraíso, em 
discordância com as propostas de Bety Meggers, formalizando novo conceito, conhecido 
como “Modelo Cardíaco”, inverso do modelo de “Difusionismo”. Sugeriu Lathrap que, a 
Amazônia Central seria um importante centro de difusão e dispersão cultural, tecnológico e 
agrícola, para o continente, associados aos povos falantes dos troncos linguísticos Tupi e 
Arawak (LIMA, COSTA & NEVES, 2007). 
A necessidade em buscar resultados, testar hipóteses e preencher lacunas, além de 
retomar as pesquisas arqueológicas na Amazônia que encontravam adormecidas, os 
arqueólogos Eduardo Góes Neves (MAE/USP), James Petersen (Universidade de Vermont) e 
Michael Heckenberger (Universidade da Florida), na década de 1995, criaram o Projeto 
Amazônia Central (PAC), com proposta de pesquisar as dimensões ocupacionais, densidades 
populacionais, datas cronológicas de ocupações pretéritas, junto aos sítios arqueológicos 
dentro da área de abrangência do PAC, cerca de 900 km2, do centro da Amazônia brasileira, 
delimitada ao sul pelo rio Solimões, ao norte pelo rio Negro e a oeste pelo rio Ariaú (NEVES 
et al., 2003). 
Na etapa seguinte, em 1999 houve discreto apoio do Museu Amazônico da 
Universidade Federal do Amazonas (UFAM), através do servidor Carlos Augusto da Silva. 
Em 2005 o projeto completava dez anos de pesquisas sobre a história indígena do homem 
amazônico pretérito. 
A partir deste novo momento arqueológico na Amazônia Central, as atividades de 
pesquisas começaram a apresentar resultados arqueológicos relevantes. A figura 01 elaborada 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
10 
 
por Claide de Paula e Eduardo Neves (2012) no qual faz alusão às centenas de sítios 
identificados, com o ápice na década de 2006, devido às intensas atividades no município de 
Iranduba/AM, e descobertas de uma centena de sítios, até então, com características 
unicomponenciais, multicomponenciais, pré-cerâmicas, de terra preta, cerâmicas, 
sepultamentos humanos, contribuindo para o melhor entendimento da ocupação pretérita, a 
cronologia regional e a ocupação da Amazônia pré-colombiana, por meio de datações 
radiocarbônicas. 
As pesquisas realizadas junto aos 378 sítios arqueológicos identificados pelo 
Projeto Amazônia Central – PAC, evidenciou por meio de dados arqueológicos preliminares, 
que a convergência do rio Negro, Solimões, Urubu, Madeira, entre outros, contribuíram para 
o adensamento de populações pretéritas, a diversidade do meio ambiente, a propagação 
tecnológica, a difusão das fases Paredão e Guarita entre outras, mostrou a ocorrência de uma 
grande dispersão de grupos falantes de línguas da família Arawak, além de legitimar os 
registros históricos populacionais narrados pelos cronistas. (MORAES e NEVES, 2012). 
3.1 A breve Apuí 
O jovem município de Apuí do Estado do Amazonas, foi instituído pela Lei 
Estadual nº 826/1987. Advém da emancipação do território do município de Novo Aripuanã 
através da Emenda Constitucional nº 12, que reparte e cede parte do seu território para a 
instalação do novo município conclamado Apuí. Sendo que o próprio município de Novo 
Aripuanã descende dos antigos distritos, Foz do Aripuanã e Sumaúma, emancipados 
Figura 1. Sítios arqueológicos pesquisados pelo Projeto Amazônia Central (378 sítios). Mapa de 
Claide Moraes, imagem Land Sat (Fonte: http://glovis.usgs.gov). 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
11 
 
respectivamente do município de Borba e Manicoré. Detalhe bastante peculiar do início do 
período republicano no Estado do Amazonas, onde extinguiram e criaram diversos dos atuais 
62 municípios que o compõem (IBGE, 2008). 
Com emancipação recente, logo mais no ano posterior é nomeado o primeiro 
administrador municipal pelo então governador do Estado, para então pelo exercício 
democrático direto somente no ano de 1989 ser eleito o primeiro prefeito do município, o Sr. 
Vitor César Catuzzo Marmentini1. 
Com uma migração populacional progressiva marcada com a vinda de habitantes 
do sul e centro-oeste do Brasil desde a década de 1980. Essa população passa a ocupar o vale 
do rio Madeira. Acompanhando o crescente polo desenvolvimentista da região sul do 
Amazonas, fortemente marcada por atividades econômicas predominantemente do meio rural, 
como a pecuária, a avicultura e a agricultura2. 
A região de Apuí, como mencionamos anteriormente é banhada pelo vale do rio 
Madeira, com o território em área total de 54.239,904 km², desta 80% sendo de terra firme, 
tornando o acesso as diferentes localidades rurais do município, majoritariamente terrestre por 
meio das estradas vicinais, chamadas popularmente de ramais (IBGE, 2000). Que vai de 
antemão aos demais municípios do Amazonas que tem como sua principal característica o 
transporte aquaviário. 
Apuí apesar de jovem, quando olhamos mais ao norte do Estado, com cidades 
com 200, 300 anos de existência, como Manaus. É dotada de suas eximias características, 
como o gentio próprio e adequado de seu povo – Apuiense, e festivospróprios característicos 
dos municípios com forte presença religiosa – cristã (64,58% da população (IBGE, 2000), 
como o dia do padroeiro da cidade, o dia de São Sebastião comemorado com fervor todo dia 
20 de janeiro3. Mas em contrapartida dado o grande fomento do mercado da agropecuária, 
uma outra festividade tornou-se mais agraciada pela sua população, a EXPOAP (Exposição 
agropecuária de Apuí) que ocorre nos meses de maio e setembro. Marcada principalmente 
pelas competições distintas de montagem e tiro de laço em touros, mas ocorrendo também a 
tradicionais vaquejadas. 
 
1 Disponível em < http://www.ale.am.gov.br/camaras-municipais-2/apui/>. Acessado em 03/10/2018. 
2 Disponível em < https://pt.wikipedia.org/wiki/Apu%C3%AD >. Acessado em 03/10/2018. 
3 Disponível em < http://www.portalamazonia.com.br/amazoniadeaz/interna.php?id=742 >. Acessado em 
03/10/2018. 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
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4. Metodologia de pesquisa aplicada para caracterização arqueológica da ADA 
A Arqueologia surge como ciência no século XIX e, desde então, procura-se 
compreender como viviam e organizavam grupos humanos pretéritos. Para tanto, os 
arqueólogos buscam realizar inferências sobre o comportamento, modo de vida e cultura 
destes grupos por meio de remanescentes culturais (TRIGGER, 1989): 
A Arqueologia infere sobre o comportamento humano, e também ideias, a 
partir de materiais remanescentes do que pessoas fizeram e usaram, e do impacto físico de 
sua presença no meio ambiente. A interpretação dos dados arqueológicos depende da 
compreensão de como os seres humanos se comportam no presente e, em particular de 
como esse comportamento se reflete na cultura material (TRIGGER, 1989, p.19) 
Segundo Funari (1988), a arqueologia estuda os sistemas socioculturais, sua 
estrutura, funcionamento e transformações com o decorrer do tempo a partir da totalidade 
material transformada e consumida pela sociedade. Assim, seu principal objeto de estudo é a 
cultura material (ou repertório cultural), pois ela carrega consigo todo um legado técnico, 
social e cultural de um dado grupo humano (GAMBLE, 2002). 
Este repertório cultural é a totalidade material apropriada pelas sociedades 
humanas, como parte de uma cultura total, material e imaterial, sem limitações de caráter 
cronológico (FUNARI, 1988). 
Nesta linha de pensamento, a cultura material é vista como registro arqueológico, 
pois além de serem resistentes às ações temporais e antrópicas, são fontes de grandes 
informações para os pesquisadores, pois guardam em si comportamentos técnicos e culturais, 
uma vez que foram produzidos em contextos espaciais repletos de significados 
(GALHARDO, 2010). 
Considera-se como cultura material todo e qualquer elemento que caracterize e/ou 
possa indicar a presença de atividades humanas pretéritas na área de estudo, independente do 
período cronológico a que se relacionem e dos possíveis critérios subjetivos de valoração 
científica e/ou econômica. 
No entanto, de acordo com Schiffer (apud FAGUNDES, 2007), deve-se estar 
alerta ao fato de que os vestígios encontrados por arqueólogos em suas pesquisas não são 
‘fotografias do passado’, uma vez que passaram por processos culturais e naturais 
(biopertubações), desde sua confecção, perpassando pela utilização, reuso e ou reciclagem, 
descarte ou perda até a sua evidenciação em um sítio arqueológico. Portanto, para Schiffer 
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(2005) o registro arqueológico é um reflexo distorcido do passado, que necessita da pesquisa e 
interpretação do arqueólogo para seu entendimento. 
Neste trabalho, a definição de registro arqueológico é o mesmo adotado por 
Morais (2000 apud FAGUNDES, 2010) que seria: 
Para definição de registro arqueológico preferimos aquela dada por Morais 
(2000, p. 07): “[...] referência genérica aos objetos, artefatos, estruturas e construções 
produzidas pelas sociedades do passado, inseridas em determinado contexto”. Conceito 
amplo que independe da posterior classificação do registro como sítio, ocorrência ou 
geoindicador arqueológico. Refere-se aos objetos naturalmente inseridos no meio ambiente 
físico ou às estruturas implantadas nas paisagens urbanas ou rurais. Abrange as matrizes 
arqueológicas evidentes (um conjunto funerário, por exemplo) e as suas expressões 
arqueológicas latentes (por exemplo, as assinaturas físico-químicas no solo que corroboram 
estruturas funerárias praticamente invisíveis). Inclui certos arranjos paisagísticos [...] bem 
como elementos do meio físico-biótico de interesse para a Arqueologia (FAGUNDES, 
2007). 
Assim, para a execução do projeto aqui em pauta, buscou-se a realização de 
estudos direcionados ao levantamento sistemático regional, tanto por pesquisas bibliográficas 
(fonte primária), quanto pelas intervenções em campo, sempre levando em consideração o 
contexto arqueológico e seus processos formativos, bem como tendo em mente a necessidade 
de inferências acerca do contexto sistêmico. 
Além disso, tem-se consciência de que a principal tarefa da interpretação 
arqueológica, neste sentido, é reconstruir o contexto sistêmico, mesmo dedutivamente, 
daquilo que foi enterrado, soterrado (ou que perdeu significado), isso implica em dar extrema 
importância ao contexto original, uma vez que o objeto ou estruturas, fora do seu contexto não 
permitem qualquer leitura. 
Desse modo, a proposta de metodologia de trabalho foi baseada na mesma 
utilizada no âmbito do Projeto Amazônia Central, uma metodologia simples e de grande êxito 
em pesquisas realizadas na região, essa metodologia foi desenvolvida pela Archaeological 
Research Center da University of Maine at Formington (NEVES, 1998:10) e pôde ser 
adaptada para os terrenos amazônicos, trata-se de uma metodologia utilizada em outras 
pesquisas, como por exemplo, História das Caretas (LIMA, 2008), A Arqueologia da 
Amazônia Central Vista de uma Perspectiva do Lago do Limão (MORAES, 2006). 
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14 
 
Para que sejam realizados todos os objetivos propostos, foram considerados os 
parâmetros apresentados nas legislações apresentadas anteriormente. 
Portanto, foi estabelecido um grid (malha) de linhas paralelas e transects (linhas 
transversais), distantes 30 m umas das outras, dentro da ADA, onde foram realizadas, quando 
possível, sondagens. Estas distâncias podem ser variadas de acordo com o contexto 
encontrado, por exemplo, se forem evidenciados vestígios culturais estes intervalos podem ser 
reduzidos, a 30 m, 20 m e etc., para ter melhores informações do contexto. 
 
Em cada ponto foi realizado uma sondagem com 1 m de profundidade e 20 cm de 
diâmetros, foram executadas com auxílio de cavadeira articulada do tipo boca-de-lobo. Estas 
Figura 2 Exemplo de sondagem utilizada na área. Créditos: Rubem Valério Jr, 
2019. 
Figura 3 Esquema de delimitação de sítio arqueológico. Acervo INUMA 
Arqueologia, 2019. 
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intervenções foram georreferenciadas e plotadas em mapa e shapefile, assim como qualquer 
outra intervenção realizada dentro da área de interesse deste projeto, como o preenchimento 
de fichas de campo, com descrições de cada ponto de sondagens, bem como o registro gráfico 
e fotográfico de todo o contexto. 
Essa metodologia, segundo Neves (2000) para este trabalho prospectivo é 
vantajosa, pois é rápida e proporciona pouca destruição no contexto, que pode ser aplicado em 
qualquer área, independente da composição topográfica. Assim como uma boa visibilidade 
estratigráfica, podendo ser evidenciados sítios arqueológicos, no caso de prospecção ou 
delimitação e distribuição espacial de vestígios arqueológicos. Outra vantagem desta 
metodologia é que pararealizar os pontos de sondagens, tem que percorrer a totalidade da 
ADA, proporcionando a visibilidade integral da área. 
Dessa forma é importante destacar que a área de maior interesse para o 
desenvolvimento da metodologia, para a documentação fotográfica e gráfica foi a ADA, já 
que a mesma será o alvo da movimentação de solo e atividades fins do empreendimento em 
tela. 
 
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5. Características da área 
A área e entorno são caracterizadas por grandes áreas utilizadas para 
agropecuária, uma vez que é rara a oportunidade de se encontrar áreas parcialmente 
preservadas ou de espécimes arbóreos de grande porte. A vegetação é composta em maioria 
por palmeiras e em geral, pastos antigos ou ainda em atividade, é caracterizada por uma 
vegetação secundária e extenso afloramento rochoso e de minérios. 
Em termos geomorfologia, a área geográfica em que se localiza o 
empreendimento, é bastante serrana com morros de grandes e acentuados declives, não sendo 
diferente na ADA, em que se concentraram as atividades. Há também um conjunto de 
pequenas hidrografias, pequenos córregos que são utilizados pela pecuária. Há possibilidades 
desses afluentes possuírem maior tamanho no passado, mas com o avanço do desmatamento e 
modificação ambiental sofreram e ainda estão sofrendo mudanças provocadas devido ações 
antrópicas. 
Figura 7 Área de afloramento rochoso pertencente a ADA, 
geralmente esse tipo de rocha é comum em área de 
mineração, atividade principal do empreendimento. Créditos: 
Adilon Pereira Inuma, 2019. 
Figura 6 Visualização da vegetação presente na localidade. 
Créditos: Adilon Pereira Inuma, 2019. 
Figura 4 Visualização da vegetação presente na localidade. 
Créditos: Adilon Pereira Inuma, 2019. 
Figura 5 Vista parcial da parte mais elevada da ADA em 
relação á paisagem em torno. Créditos: Adilon Pereira Inuma, 
2019. 
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6. Resultados 
A partir da metodologia aplicada, temos os dados levantados de forma abrangente 
em relação a informações da área, sendo que se trata de uma ADA considerada de pequena 
escala – 1 ha. Sendo assim, seguem os resultados das atividades realizadas. 
O primeiro passo para o início das atividades foi estabelecer os transects em 
relação á poligonal da área – orientada de acordo com o norte magnético, para melhor 
orientação em relação à paisagem e aos direcionamentos. A carta imagem elaborada consta no 
Anexo B – Carta imagem, assim como os arquivos de formato shapefile que identificam os 
poços testes, ADA e a Área de Influência Direta (AID) estão no CD-ROM no diretório 
homônimo. 
A área de estudo já é era bastante conhecida pelos colaboradores residentes do 
município de Apuí/AM, que auxiliaram equipe de arqueologia e também tem participação nas 
atividades de mineração da região em parceria com a empresa empreendedora realizadora 
deste empreendimento, ao longo de todas as atividades, de certa forma nos foram uma fonte 
de informação necessária para o andamento dos trabalhos e conhecimentos gerais sobre a 
região. 
Após o estabelecimento do grid e distribuição dos pontos de sondagem dentro da 
ADA, equidistante 30 m entre si, chegamos ao total de 16 ponto para poços testes a serem 
escavados. No entanto, também foi observado que na área, já que estamos falando de uma 
área de mineração, existe uma enorme concentração de afloramentos rochosos, essa 
concentração foi observada em superfície em diversas localidades. 
Figura 8 Exemplar de minério de ferro encontrado no poço teste nº 12. Rubem 
Valério Jr, 2019. 
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Para detalhamento de coloração de solo foi utilizado em campo a carta de 
coloração de solo de Munsell. Após a escavação das sondagens e análise dos dados obtidos, 
constatou-se que a área de estudo apresenta um solo predominante de acordo com a Coloração 
da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6, com textura areno-argilosa de alta 
compactação. 
 
Em alguns dos poços testes não foi possível atingir a profundidade planejada de 
até 1 m através da escavação manual com a escavadeira articulada do tipo boca-de-lobo, 
devido a extrema compactação do solo e forte presença de afloramentos rochosos na 
superfície e subsuperfície, e mesmo casos particulares mencionados mais adiante. 
Adiante iremos proceder resumidamente com as fichas descritivas dos 
procedimentos realizados em campo. Todas as fichas e o registro fotográfico de cada poço 
teste em sua total integridade constam separadamente no Anexo A - Ficha descritiva das 
atividades, assim como no CD-ROM dentro do repositório homônimo. 
6.1. Poço teste nº 01 
O poço teste nº 01 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas 
UTM, Latitude. 9198392,93953685 – Longitude 224708,360229226. Em um terreno de 
Figura 9 Exemplar da 
tabela 7.5 YR da Carta 
de Coloração de Solos 
de Munsell. Acervo 
INUMA Arqueologia, 
2019. 
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declive com uma vegetação do tipo capoeira. A área em si sofre constantemente queimadas 
com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. 
Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos. 
0-20: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
‘laterita’. 
20-40: Coloração da carta Munsell: Bright brown (marrom claro) 7.5 YR 5/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos. 
40-60: Coloração da carta Munsell: Bright brown (marrom claro) 7.5 YR 5/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
afloramento da formação rochosa gabro. 
60-80: Coloração da carta Munsell: Bright brown (marrom claro) 7.5 YR 5/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
afloramento da formação rochosa gabro. 
80-100: Coloração da carta Munsell: Bright brown (marrom claro) 7.5 YR 5/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
afloramento da formação rochosa gabro. 
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Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 
6.2. Poço teste nº 02 
O poço teste nº 02 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas 
UTM, Latitude. 9198392,93953685 – Longitude 224738,360229226. Em um terreno de 
declive acentuado com uma vegetação do tipo capoeira. A área em si sofre constantemente 
queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. 
Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: areia; Textura: semi-compactado; Estado: úmido. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
afloramento da formação rochosa gabro 
0-20: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. 
Solo: Granulometria: areia; Textura: semi-compactado; Estado: úmido. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência 
radículas e de laterita. 
20-40: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: úmido. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência 
radículase de laterita. 
40-60: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. 
Figura 10 Remoção da vegetação superficial para abertura do poço teste, e Poço em profundidade total. Rubem 
Valério Jr, 2019. 
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Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
radículas. 
60-80: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
afloramento da formação rochosa gabro. 
80-100: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
laterita. 
Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 
 
6.3. Poço teste nº 03 
O poço teste nº 03 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas 
UTM, Latitude. 9198392,93953685 – Longitude 224768,360229226. Em um terreno de 
declive acentuado com uma vegetação do tipo capoeira arbustiva. A área em si sofre 
constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da 
pecuária da região. 
Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: areia; Textura: semi-compactado; Estado: úmido. 
Figura 11 Poço teste com profundidade total, e Laterita encontrada ao fim do poço. Rubem Valério Jr, 2019. 
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Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
afloramento da formação rochosa gabro e de radículas. 
0-20: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. 
Solo: Granulometria: areia; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
laterita e de radículas. 
20-40: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
laterita e de radículas. 
40-60: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
laterita e de radículas. 
60-80: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
laterita e de radículas. 
80-100: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
laterita. 
Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 
 
 
 
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6.4. Poço teste nº 04 
O poço teste nº 04 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas 
UTM, Latitude. 9198392,93953685 – Longitude 224798,360229226. Em um terreno de 
declive com uma vegetação do tipo capoeira arbustiva bastante emaranhada e fechada. A área 
em si sofre constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de 
animais da pecuária da região. 
Este poço teste não procedeu até os níveis seguintes ao 40-60 devido a alta 
compactação do solo e densa presença de formação rochosa gabro no mesmo. 
Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 10 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
afloramento da formação rochosa gabro, com densa presença de raízes. 
0-20: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
afloramento da formação rochosa gabro, com densa presença de raízes. 
20-40: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Figura 12 Abertura inicial do poço teste, com destaque para a rocha gabro nas proximidades, e poço teste em sua 
profundidade total. Rubem Valério Jr, 2019. 
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Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
afloramento da formação rochosa gabro, com densa presença de raízes. 
40-60: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: silt; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
afloramento da formação rochosa gabro e de raízes. 
60-80: Não escavado. 
80-100: Não escavado. 
Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 
 
6.5. Poço teste nº 05 
O poço teste nº 05 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas 
UTM, Latitude. 9198362,93953685 – Longitude 224708,360229226. Em um terreno de 
declive com uma vegetação do tipo capoeira arbustiva. A área em si sofre constantemente 
queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. 
Este poço teste não procedeu até os níveis seguintes ao 0-20 devido ao denso 
afloramento rochoso. 
Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos 
Figura 13 Rocha gabro em destaque, e Aferição da profundidade do poço teste. Rubem Valério Jr, 2019. 
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0-20: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
densa camada de rocha/gabro. 
20-40: Não escavado. 
40-60: Não escavado. 
60-80: Não escavado. 
80-100: Não escavado. 
Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 
 
6.6. Poço teste nº 06 
O poço teste nº 06 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas 
UTM, Latitude. 9198362,93953685 – Longitude 224738,360229226. Em um terreno de 
declive com uma vegetação do tipo capoeira arbustiva. A área em si sofre constantemente 
queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. 
Este poço teste não procedeu até os níveis seguintes ao 20-40 devido ao denso 
afloramento rochoso. 
Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos 
Figura 14 Abertura do poço teste, e Poço teste com profundidade total. Adilon Inuma, 2019. 
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0-20: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
‘laterita’. 
20-40: Coloração da carta Munsell: Bright brown (marrom claro) 7.5 YR 5/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
afloramento da formação rochosa gabro. 
40-60: Não escavado. 
60-80: Não escavado. 
80-100: Não escavado. 
Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológiconeste poço teste. 
 
6.7. Poço teste nº 07 
O poço teste nº 07 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas 
UTM, Latitude. 9198362,93953685 – Longitude 224768,360229226. Em um terreno de 
Figura 16 Abertura do poço teste. 
Adilon Inuma, 2019. 
Figura 16 Poço teste com profundida total. Adilon Inuma, 
2019. 
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declive com uma vegetação do tipo capoeira arbustiva. A área em si sofre constantemente 
queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. 
Este poço teste não procedeu até os níveis seguintes ao 20-40 devido ao denso 
afloramento rochoso 
Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos 
0-20: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
‘laterita’. 
20-40: Coloração da carta Munsell: Bright brown (marrom claro) 7.5 YR 5/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: sem ocorrência de vestígios arqueológicos 
Ocorrência de afloramento da formação rochosa gabro 
40-60: Não escavado. 
60-80: Não escavado. 
80-100: Não escavado. 
Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 
Figura 17 Abertura do poço teste, e Poço teste com profundidade total. Adilon Inuma, 2019. 
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6.8. Poço teste nº 08 
O poço teste nº 08 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas 
UTM, Latitude. 9198362,93953685 – Longitude 224798,360229226. Em um terreno de 
declive com uma vegetação do tipo capoeira arbustiva. A área em si sofre constantemente 
queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. 
Este poço teste não procedeu até os níveis seguintes ao 20-40 devido ao denso 
afloramento rochoso. 
Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos 
0-20: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
‘laterita’. 
20-40: Coloração da carta Munsell: Bright brown (marrom claro) 7.5 YR 5/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
afloramento da formação rochosa gabro 
40-60: Não escavado. 
60-80: Não escavado. 
80-100: Não escavado. 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
29 
 
Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 
 
6.9. Poço teste nº 09 
O poço teste nº 09 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas 
UTM, Latitude. 9198332,93953685 – Longitude 224708,360229226. Em um terreno de 
declive com uma vegetação do tipo capoeira de extrato herbáceo. A área em si sofre 
constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da 
pecuária da região. 
Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 10 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: areia; Textura: semi-compactado; Estado: úmido. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de 
raízes. 
0-20: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: areia; Textura: semi-compactado; Estado: úmido. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de 
raízes. 
20-40: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: úmido. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de 
raízes. 
Figura 18 Abertura do poço teste, e Poço teste com profundidade total. Adilon Inuma, 2019. 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
30 
 
40-60: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
laterita e afloramento da formação rochosa gabro. 
60-80: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
laterita e afloramento da formação rochosa gabro. 
80-100: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
laterita e afloramento da formação rochosa gabro. 
Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 
 
6.10. Poço teste nº 10 
O poço teste nº 10 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas 
UTM, Latitude. 9198332,93953685 – Longitude 224738,360229226. Em um terreno de 
declive com uma vegetação do tipo capoeira de extrato arbustivo. A área em si sofre 
constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da 
pecuária da região. 
Figura 19 Vegetação de extrato herbáceo em destaque, com execução de abertura do poço teste pelo auxiliar de 
campo, o Sr. Evando Mira, e Formação mineral de ferro em destaque. Rubem Valério Jr, 2019. 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
31 
 
Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 10 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: areia; Textura: solto; Estado: úmido. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de 
raízes. 
0-20: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: solto; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de 
raízes. 
20-40: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de 
raízes. 
40-60: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos e afloramento da formação 
rochosa gabro e ocorrência de radículas. 
60-80: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos. 
80-100: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos. 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
32 
 
Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 
 
6.11. Poço teste nº 11 
O poço teste nº 11 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas 
UTM, Latitude. 9198332,93953685 – Longitude 224768,360229226. Em um terreno de 
declive com uma vegetação do tipo capoeira de extrato arbustivo. A área em si sofre 
constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da 
pecuária da região. 
Este poço teste não foi escavado ao níveis seguintes ao 20-40 devido à alta 
compactação do solo e densa presença de formação rochosa de gabro no mesmo. 
Superfície: Coloração da carta Munsell: Yellowish brown (marrom amarelado) 10 
YR 5/6. 
Solo: Granulometria: areia; Textura: solto; Estado: úmido. 
Material: Semocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de 
raízes. 
0-20: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/4. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: solto; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de 
raízes e afloramento da formação rochosa gabro. 
20-40: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/4. 
Solo: Granulometria: silt; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Figura 20 Vegetação de extrato arbustivo em situação do declive do terreno, e Aferição do solo retirado do poço teste 
por vestígios arqueológicos. Rubem Valério Jr, 2019. 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
33 
 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com denso afloramento da 
formação rochosa gabro. 
40-60: Não escavado. 
60-80: Não escavado. 
80-100: Não escavado. 
Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 
 
 
6.12. Poço teste nº 12 
O poço teste nº 12 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas 
UTM, Latitude. 9198332,93953685 – Longitude 224798,360229226. Em um terreno de 
declive com uma vegetação do tipo capoeira de extrato arbustivo. A área em si sofre 
constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da 
pecuária da região. 
Superfície: Coloração da carta Munsell: Yellowish brown (marrom amarelado) 10 
YR 5/6. 
Solo: Granulometria: areia; Textura: solto; Estado: úmido. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de 
raízes e afloramento da formação rochosa gabro. 
0-20: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/4. 
Figura 21 Formação rochosa de gabro em situação, e Poço teste em sua profundidade total, com rochas de gabro na 
direita da imagem que foram retiradas do poço teste manualmente. Rubem Valério Jr, 2019. 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
34 
 
Solo: Granulometria: areia; Textura: solto; Estado: úmido. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de 
raízes e afloramento da formação rochosa gabro. 
20-40: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/4. 
Solo: Granulometria: areia; Textura: solto; Estado: úmido. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de 
raízes e afloramento da formação rochosa gabro. 
40-60: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/4. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de 
raízes e afloramento da formação rochosa gabro e mineral de ferro. 
60-80: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/4. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de 
raízes e afloramento da formação rochosa gabro e mineral de ferro. 
80-100: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/4. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de 
raízes e afloramento da formação rochosa gabro e mineral de ferro. 
Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 
Figura 22 Formação mineral de ferro retirada do solo do poço teste, e Aferição do solo retirado do poço teste a 
procura de vestígios arqueológicos. Rubem Valério Jr, 2019. 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
35 
 
 
6.13. Poço teste nº 13 
O poço teste nº 13 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas 
UTM, Latitude. 9198302,93953685 – Longitude 224708,360229226. Em um terreno de 
declive com uma vegetação do tipo capoeira arbustiva. A área em si sofre constantemente 
queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. 
Este poço teste não procedeu até os níveis seguintes ao 0-20 devido ao denso 
afloramento rochoso. 
Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos 
0-20: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
densa camada de rocha/gabro. 
20-40: Não escavado. 
40-60: Não escavado. 
60-80: Não escavado. 
80-100: Não escavado. 
Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 
Figura 23 Abertura do poço teste, e Poço teste com profundidade total. Adilon Inuma, 2019. 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
36 
 
 
6.14. Poço teste nº 14 
O poço teste nº 14 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas 
UTM, Latitude. 9198302,93953685 – Longitude 224738,360229226. Em um terreno de 
declive com uma vegetação do tipo capoeira arbustiva. A área em si sofre constantemente 
queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. 
Este poço teste não procedeu até os níveis seguintes ao superficial devido a alta 
compactação do solo e denso afloramento rochoso. 
Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, presença de rochas. 
0-20: Não escavado. 
20-40: Não escavado. 
40-60: Não escavado. 
60-80: Não escavado. 
80-100: Não escavado. 
Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 
 
Figura 24 Abertura do poço teste, e superfície rochosa. Adilon Inuma, 2019. 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
37 
 
6.15. Poço teste nº 15 
O poço teste nº 15 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas 
UTM, Latitude. 9198302,93953685 – Longitude 224768,360229226. Em um terreno de 
declive com uma vegetação do tipo capoeira arbustiva. A área em si sofre constantemente 
queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. 
Este poço teste não procedeu até os níveis seguintes ao 40-60 devido a alta 
compactação do solo e denso afloramento rochoso abaixo da fulhigem. 
Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, porém com uma densa 
camada de afloramento rochoso, impossibilitando escavação. 
0-20: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos. 
20-40: Não escavado Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos. 
40-60: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, porém com uma densa 
camada de afloramento rochoso, impossibilitando escavação. 
60-80: Não escavado. 
80-100: Não escavado. 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
38 
 
Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 
 
6.16. Poço teste nº 16 
O poço teste nº 16 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas 
UTM, Latitude. 9198302,93953685 – Longitude 224798,360229226. Em um terreno de 
declive com uma vegetação do tipo capoeira alta. A área em si sofre constantemente 
queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. 
Este poço teste não procedeuaté os níveis seguintes ao 40-60 devido ao denso 
afloramento rochoso. 
Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos 
0-20: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de 
‘laterita’. 
20-40: Coloração da carta Munsell: Bright brown (marrom claro) 7.5 YR 5/8. 
Figura 25 Abertura do poço teste. 
Adilon Inuma, 2019. 
Figura 26 Poço teste com densa concentração de rocha.. 
Adilon Inuma, 2019. 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
39 
 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: ocorrência de afloramento da formação rochosa gabro 
40-60: Coloração da carta Munsell: Bright brown (marrom claro) 7.5 YR 5/8. 
Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. 
Material: ocorrência de afloramento da formação rochosa gabro 
60-80: Não escavado. 
80-100: Não escavado. 
Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 27 Abertura do poço teste. 
Adilon Inuma, 2019. 
Figura 28 Poço teste com profundidade total. Adilon 
Inuma, 2019. 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
40 
 
6.17. Relato das atividades ligadas à produção de conhecimento, divulgação 
cientifica e extroversão, bem como a apresentação do cronograma das ações 
futuras. 
Após as buscas por dados referentes ao histórico de pesquisas arqueológicas na 
região de Apuí/AM, como relatado no teor no RAIPA, nota-se que não há dados suficientes 
que possam descrever contextos de ocupação humana concreta existentes na área, bem como 
nortear pesquisas através deste tipo de levantamento. A pesquisa realizada não obteve 
resultados de identificação de vestígios arqueológicos, logo julga-se que os dados obtidos não 
contribuem de forma significativa para a ampliação do conhecimento acerca das habitações, 
zonas de transito e ou quaisquer outras atividades ou frutos destas de povos pretéritos, 
contemporâneos e ou modernos que por ventura existiram na região do empreendimento em 
tela. 
Desta forma entende-se que as informações obtidas não justificam, a priori, a 
submissão e publicação de trabalhos em periódicos científicos, circulação de notícia na 
imprensa apresentando os resultados das pesquisas realizadas ou mesmo a elaboração de 
cronograma para futuras atividades de ações futuras, porém informamos que assim como o 
PAIPA que antecedeu, este RAIPA terá ampla publicidade internacional quando noticiado no 
site https://bbxminerals.com.au/ ao feito de anuência final, que é de praxe d’uma empresa de 
capital aberto realizar publicidade de suas atividades para seus investidores. 
Cumpre destacar, que a INUMA Arqueologia concentrou esforços na divulgação 
e promoção do Património Cultural junto aos comunitários. Visando a comunicação e 
publicização da pesquisa e resultados, a INUMA Arqueologia se compromete a realizar o 
upload do PAIPA e do RAIPA nas plataformas digitais especializadas de divulgações 
cientificas de largo alcance, como https://www.researchgate.net/ e 
https://www.academia.edu/. 
6.18. Relato das atividades de esclarecimento desenvolvidas com a comunidade 
local. 
O não relato das atividades de esclarecimento com a comunidade local no RAIPA, 
deve-se ao fato do período indicado para realização das atividades ser incompatível com a 
agenda escolar. Realizamos as atividades de campo do respectivo RAIPA no mês de janeiro 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
41 
 
de 2019, em meio ao recesso escolar, férias coletivas e ao forte período chuvoso da 
Amazônia, que é compreendido entre os meses de novembro e março4. 
Realizamos tentativas in situ de reunir grupos das comunidades do município, 
assim como com gestores das escolas das redes municipais e estaduais de ensino, porém tais 
tentativas se mostraram infrutíferas a participação dos mesmos dado o período de férias 
escolares e coletivas, época na qual boa parte da população residente evade para os 
municípios e estados vizinhos de origem, devido a população residente ser maioria migrante 
de municípios maiores do vale do Rio Madeira e das regiões, centro-oeste e sul do Brasil. 
Pois majoritariamente a população desempenha suas rotinas diárias de trabalho no 
campo, isolados, com atividades de agricultura e pecuária e tem suas residências nas estradas 
vicinais (sem pavimentação) dispersas por todo o território municipal de área de 54.239,904 
km², sem comunicação direta com a sede do município a menos que se desloquem para esta, 
fato não ocorrido quando da realização das nossas atividades in loco devido o acesso ter sido 
dificultado pelas fortes chuvas que banhavam o município àquele momento. 
Dado a natureza lúdica de nossas atividades e as ocasiões ocorridas nos 
mantivemos a conversas de clarificação diárias durante as atividades com os auxiliares de 
campo, neste momento, a equipe explanou sobre a legislação que ampara e protege o 
património cultural, as diferentes etapas da pesquisa arqueológica, perpassando pelos 
objetivos, metodologias, adaptações praticas em campo, bem como na apresentação de 
informações sobre alguns dos vários sítios arqueológicos identificados no Estado do 
Amazonas. 
Os senhores auxiliares de campo são residentes de Apuí, acreditamos no potencial 
dos mesmos em conversas formais e informais de divulgação dos ‘porquês’ da necessidade do 
trabalho em conjunto destes senhores conosco5, bem como estes colaboradores tem papel 
assíduo nas atividades de mineração junto a Mineração BBX do Brasil, nos indagaram 
diversas vezes a respeito do nosso possível retorno por terem conhecimento que a pesquisa 
mineralógica assim como a arqueológica em questão das áreas a serem exploradas, ainda 
estão em fases iniciais. Demonstrando em pronto contato, entendimento inicial da necessidade 
legal destas atividades. 
 
4 FISCH, G. et al. Clima da Amazônia. Instituto Espacial de Pesquisas Espaciais (INPE). 
5 SILEX. RAIPA da implantação do Residencial Braz. Silex Arqueologia E Patrimônio Cultural. Aracaju, 
2019. 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
42 
 
7. Considerações Finais 
A pesquisa que foi realizada no mês de janeiro de 2019 cobrindo toda a ADA do 
do empreendimento. A prospecção arqueológica teve como objetivo a identificação de 
vestígios arqueológicos em superfície e em subsuperfície. Desse modo, como considerações, 
concluímos que nas atividades realizadas na área, não se identificou estruturas ou qualquer 
tipo evidências, vestígios arqueológicos que pudessem caracterizar habitações, zonas de 
transito e ou quaisquer outras atividades ou frutos destas de povos pretéritos, contemporâneos 
e ou modernos. 
Detalhe pertinente para a arqueologia, quando nos permite afirmar que para esta 
exata região – de pouca expressão considerando a extensão territorial do município de Apuí 
de 54.239,904 km², não há a ocorrência de vestígios arqueológicos na terra firme – somente 
na zona de várzea, sendo o mais próximo no raio de 87,23 km da área pesquisada – um dado 
válido para as pesquisas arqueológicas por ventura poderá acontecer na região do Município 
de Apuí do Estado do Amazonas. 
Assim, considerando que não foram encontrados vestígios arqueológicos nas 
intervenções em superfície, subsuperfície, pode-se confirmar que a atividade fim do 
empreendimento Mineração BBX do Brasil – Três Estados, não impactará direta ou 
indiretamente o patrimônio arqueológico da região. 
Por fim, recomendamos anuência para a continuidade das etapas do 
licenciamentoambiental deste empreendimento, uma vez que o papel legal está cumprido 
resguardando as informações cientificas no concernente aos estudos arqueológicos neste 
RAIPA. 
Aqui concedemos integridade e pericia a este relatório, 
 
 __________________________________ 
Rubem Valério do Nascimento Júnior 
Coordenador de campo 
INUMA Arqueologia 
Arqueólogo 
 
_______________________________ 
Adilon Pereira Inuma 
Coordenador 
INUMA Arqueologia 
Arqueólogo 
•RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 
43 
 
Referências Bibliográficas 
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Comissão Científica pelo Governo Imperial. Rio de Janeiro: Tipographia Nacional, 1875. 
 
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BASTOS, Lopes Rossano. Patrimônio, Memória, Direito Cultural e Território. In 
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