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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/332029635 RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO AO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO (RAIPA) DO EMPREENDIMENTO 'MINERAÇÃO BBX DO BRASIL LTDA -TRÊS ESTADOS' APRESENTADO AO INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO... Negative Results · March 2019 DOI: 10.13140/RG.2.2.33918.43843 CITATIONS 0 READS 294 2 authors, including: Some of the authors of this publication are also working on these related projects: Create new project "Meu terreno baldio: a paisagem cultural moderna do sítio arqueológico Japiim da Amazônia Central." View project Rubem Valério do Nascimento Júnior Universidade do Estado do Amazonas 3 PUBLICATIONS 0 CITATIONS SEE PROFILE All content following this page was uploaded by Rubem Valério do Nascimento Júnior on 27 March 2019. The user has requested enhancement of the downloaded file. https://www.researchgate.net/publication/332029635_RELATORIO_DE_AVALIACAO_DE_IMPACTO_AO_PATRIMONIO_ARQUEOLOGICO_RAIPA_DO_EMPREENDIMENTO_%27MINERACAO_BBX_DO_BRASIL_LTDA_-TRES_ESTADOS%27_APRESENTADO_AO_INSTITUTO_DO_PATRIMONIO_HISTORICO_E_ARTISTICO_NACIONAL_?enrichId=rgreq-d8bb4f55d79afb10cc9ec11e8aaa1f73-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzMjAyOTYzNTtBUzo3NDExMDA5OTQxODcyNjhAMTU1MzcwMzY1NDM3Mg%3D%3D&el=1_x_2&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/publication/332029635_RELATORIO_DE_AVALIACAO_DE_IMPACTO_AO_PATRIMONIO_ARQUEOLOGICO_RAIPA_DO_EMPREENDIMENTO_%27MINERACAO_BBX_DO_BRASIL_LTDA_-TRES_ESTADOS%27_APRESENTADO_AO_INSTITUTO_DO_PATRIMONIO_HISTORICO_E_ARTISTICO_NACIONAL_?enrichId=rgreq-d8bb4f55d79afb10cc9ec11e8aaa1f73-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzMjAyOTYzNTtBUzo3NDExMDA5OTQxODcyNjhAMTU1MzcwMzY1NDM3Mg%3D%3D&el=1_x_3&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/project/Create-new-project-Meu-terreno-baldio-a-paisagem-cultural-moderna-do-sitio-arqueologico-Japiim-da-Amazonia-Central?enrichId=rgreq-d8bb4f55d79afb10cc9ec11e8aaa1f73-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzMjAyOTYzNTtBUzo3NDExMDA5OTQxODcyNjhAMTU1MzcwMzY1NDM3Mg%3D%3D&el=1_x_9&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/?enrichId=rgreq-d8bb4f55d79afb10cc9ec11e8aaa1f73-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzMjAyOTYzNTtBUzo3NDExMDA5OTQxODcyNjhAMTU1MzcwMzY1NDM3Mg%3D%3D&el=1_x_1&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Rubem_Valerio_Junior?enrichId=rgreq-d8bb4f55d79afb10cc9ec11e8aaa1f73-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzMjAyOTYzNTtBUzo3NDExMDA5OTQxODcyNjhAMTU1MzcwMzY1NDM3Mg%3D%3D&el=1_x_4&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Rubem_Valerio_Junior?enrichId=rgreq-d8bb4f55d79afb10cc9ec11e8aaa1f73-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzMjAyOTYzNTtBUzo3NDExMDA5OTQxODcyNjhAMTU1MzcwMzY1NDM3Mg%3D%3D&el=1_x_5&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/institution/Universidade_do_Estado_do_Amazonas?enrichId=rgreq-d8bb4f55d79afb10cc9ec11e8aaa1f73-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzMjAyOTYzNTtBUzo3NDExMDA5OTQxODcyNjhAMTU1MzcwMzY1NDM3Mg%3D%3D&el=1_x_6&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Rubem_Valerio_Junior?enrichId=rgreq-d8bb4f55d79afb10cc9ec11e8aaa1f73-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzMjAyOTYzNTtBUzo3NDExMDA5OTQxODcyNjhAMTU1MzcwMzY1NDM3Mg%3D%3D&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf https://www.researchgate.net/profile/Rubem_Valerio_Junior?enrichId=rgreq-d8bb4f55d79afb10cc9ec11e8aaa1f73-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMzMjAyOTYzNTtBUzo3NDExMDA5OTQxODcyNjhAMTU1MzcwMzY1NDM3Mg%3D%3D&el=1_x_10&_esc=publicationCoverPdf RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE IMPACTO AO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO (RAIPA) DO EMPREENDIMENTO ‘MINERAÇÃO BBX DO BRASIL LTDA – TRÊS ESTADOS’ APRESENTADO AO INSTITUTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL (IPHAN) PROCESSO IPHAN nº 01490.000241/2018-84 MANAUS 2019 •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA – Três Estados’• Projeto de Pesquisa: Inuma Arqueologia Razão social: 28.463.874/0001-02 Endereço para correspondências: Rua Juruá nº 01 – Centro – CEP 69.415-000 – Iranduba/AM E-mail: inumaarqueologia@gmail.com Responsáveis pela execução do projeto de pesquisa de arqueologia: Adilon Pereira Inuma Arqueólogo Coordenador – Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/2484454790454796 CPF: 006.890.622-65 – RG: 2301213-7 SSP/AM Fone: +55 92 99333-2135 - E-mail: adilon.pereira7@gmail.com Rubem Valério Do Nascimento Júnior Arqueólogo Coordenador de campo - Currículo Lattes: http://lattes.cnpq.br/7184262024056450 CPF: 014.466.292-28 – RG: 2606738-2 SSP/AM Fone: +55 92 98435-6965 - E-mail: valeriorubemjr@gmail.com Empreendedor: Mineração BBX do Brasil LTDA Razão social: 08.183.229/0001-10 Endereço para correspondências: Avenida Jornalista Ricardo Marinho nº 360, sala 113 – Barra da Tijuca – CEP 22631-350 – Rio de Janeiro/RJ Procurador: João Carlos Campelo Rovere Fone: (92) 99172-6615 – E-mail: joaocarlosrovere@yahoo.com.br Instituição de guarda e pesquisa: Núcleo de Arqueologia e Etnologia do Museu da Amazônia (MUSA-NAE) Endereço: Rua Planeta Plutão nº 11 – Aleixo – CEP 69060-60 – Manaus/AM Fone: (92) 3236-5326 – E-mail: filippo.stampanoni@museudaamazonia.org.br Dos direitos autorais A presente produção intelectual pertence aos autores indicados acima em todos os direitos morais e patrimoniais sobre a obra que criaram, resguardada legalmente nos termos da Lei nº 9610/1998. A reprodução, total ou parcial da mesma sem a devida citação dos créditos de autoria e ou fonte, será caracterizada como plágio e passível de processo judicial. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA – Três Estados’• Listra De Ilustrações Figura 1. Sítios arqueológicos pesquisados pelo Projeto Amazônia Central (378 sítios). Mapa de Claide Moraes, imagem Land Sat (Fonte: http://glovis.usgs.gov). ....................................................... 10 Figura 2 Exemplo de sondagem utilizada na área. Créditos: Rubem Valério Jr, 2019. ........................ 14 Figura 3 Esquema de delimitação de sítio arqueológico. Acervo INUMA Arqueologia, 2019. ........... 14 Figura 4 Visualização da vegetação presente na localidade. Créditos: Adilon Pereira Inuma, 2019. ... 16 Figura 5 Vista parcial da parte mais elevada da ADA em relação á paisagem em torno. Créditos: Adilon Pereira Inuma, 2019. ................................................................................................................. 16 Figura 6 Visualização da vegetação presente na localidade. Créditos: Adilon Pereira Inuma, 2019. ... 16 Figura 7 Área de afloramento rochoso pertencente a ADA, geralmente esse tipo de rocha é comum em área de mineração, atividade principal do empreendimento. Créditos: Adilon Pereira Inuma, 2019. .. 16 Figura 8 Exemplar de minério de ferro encontrado no poço teste nº 12. Rubem Valério Jr, 2019. ...... 17 Figura 9 Exemplar da tabela 7.5 YR da Carta de Coloração de Solos de Munsell. Acervo INUMA Arqueologia, 2019. ................................................................................................................................ 18 Figura 10 Remoção da vegetação superficial para abertura do poço teste, e Poço em profundidade total. Rubem Valério Jr, 2019. .............................................................................................................. 20 Figura 11 Poço teste com profundidade total, e Laterita encontrada ao fim do poço. Rubem Valério Jr, 2019. ...................................................................................................................................................... 21 Figura 12 Abertura inicial do poço teste, com destaque para a rocha gabro nas proximidades, e poço teste em sua profundidade total. Rubem Valério Jr, 2019. .................................................................... 23 Figura 13 Rocha gabro em destaque, e Aferição da profundidade do poço teste. Rubem Valério Jr, 2019. ......................................................................................................................................................24 Figura 14 Abertura do poço teste, e Poço teste com profundidade total. Adilon Inuma, 2019. ............ 25 Figura 16 Abertura do poço teste. Adilon Inuma, 2019. ....................................................................... 26 Figura 16 Poço teste com profundida total. Adilon Inuma, 2019. ........................................................ 26 Figura 17 Abertura do poço teste, e Poço teste com profundidade total. Adilon Inuma, 2019. ............ 27 Figura 18 Abertura do poço teste, e Poço teste com profundidade total. Adilon Inuma, 2019. ............ 29 Figura 19 Vegetação de extrato herbáceo em destaque, com execução de abertura do poço teste pelo auxiliar de campo, o Sr. Evando Mira, e Formação mineral de ferro em destaque. Rubem Valério Jr, 2019. ...................................................................................................................................................... 30 Figura 20 Vegetação de extrato arbustivo em situação do declive do terreno, e Aferição do solo retirado do poço teste por vestígios arqueológicos. Rubem Valério Jr, 2019. ...................................... 32 Figura 21 Formação rochosa de gabro em situação, e Poço teste em sua profundidade total, com rochas de gabro na direita da imagem que foram retiradas do poço teste manualmente. Rubem Valério Jr, 2019. ...................................................................................................................................................... 33 Figura 22 Formação mineral de ferro retirada do solo do poço teste, e Aferição do solo retirado do poço teste a procura de vestígios arqueológicos. Rubem Valério Jr, 2019. .......................................... 34 Figura 23 Abertura do poço teste, e Poço teste com profundidade total. Adilon Inuma, 2019. ............ 35 Figura 24 Abertura do poço teste, e superfície rochosa. Adilon Inuma, 2019. ..................................... 36 Figura 25 Abertura do poço teste. Adilon Inuma, 2019. ....................................................................... 38 Figura 26 Poço teste com densa concentração de rocha.. Adilon Inuma, 2019. ................................... 38 Figura 27 Abertura do poço teste. Adilon Inuma, 2019. ....................................................................... 39 Figura 28 Poço teste com profundidade total. Adilon Inuma, 2019. ..................................................... 39 •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA – Três Estados’• Sumário 1. Introdução ____________________________________________________________ 6 2. Área abrangida pelo projeto _____________________________________________ 7 3. Contextualização arqueológica e etno-histórica da AID do empreendimento _____ 8 3.1 A breve Apuí __________________________________________________________ 10 4. Metodologia de pesquisa aplicada para caracterização arqueológica da ADA ____ 12 5. Características da área _________________________________________________ 16 6. Resultados ___________________________________________________________ 17 6.1. Poço teste nº 01 ______________________________________________________ 18 6.2. Poço teste nº 02 ______________________________________________________ 20 6.3. Poço teste nº 03 ______________________________________________________ 21 6.4. Poço teste nº 04 ______________________________________________________ 23 6.5. Poço teste nº 05 ______________________________________________________ 24 6.6. Poço teste nº 06 ______________________________________________________ 25 6.7. Poço teste nº 07 ______________________________________________________ 26 6.8. Poço teste nº 08 ______________________________________________________ 28 6.9. Poço teste nº 09 ______________________________________________________ 29 6.10. Poço teste nº 10 ______________________________________________________ 30 6.11. Poço teste nº 11 ______________________________________________________ 32 6.12. Poço teste nº 12 ______________________________________________________ 33 6.13. Poço teste nº 13 ______________________________________________________ 35 6.14. Poço teste nº 14 ______________________________________________________ 36 6.15. Poço teste nº 15 ______________________________________________________ 37 6.16. Poço teste nº 16 ______________________________________________________ 38 6.17. Relato das atividades ligadas à produção de conhecimento, divulgação cientifica e extroversão, bem como a apresentação do cronograma das ações futuras. __________ 40 •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA – Três Estados’• 6.18. Relato das atividades de esclarecimento desenvolvidas com a comunidade local. 40 7. Considerações Finais ___________________________________________________ 42 Referências Bibliográficas __________________________________________________ 43 Anexo A – Ficha descritiva das atividades _____________________________________ 48 Anexo B – Carta imagem. __________________________________________________ 49 •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 6 1. Introdução O presente Relatório de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico (RAIPA) ao Instituto Do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) visa comunicar os resultados obtidos com base na execução do Projeto de Avaliação de Impacto ao Patrimônio Arqueológico (PAIPA) aprovado e publicado no Diário Oficial da União (DOU) pela Portaria nº 80 de 28 de dezembro de 2018, em seu anexo III, item 02, no âmbito do empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA – Três Estados’ visando a anuência necessária para a continuidade das atividades perante o processo de licenciamento ambiental. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 7 2. Área abrangida pelo projeto A Área Diretamente Afetada (ADA) composta de 1 ha, onde de fato foram realizadas as intervenções de acordo com o PAIPA apresentado e aprovado ao IPHAN. A escolha desta curta região para o início das atividades do empreendimento se deve a requisição para a guia de utilização para extração mineral para os testes industriais a evidenciar o potencial mineralógico da localidade, perante a Agencia Nacional de Mineração (ANM), antigo Departamento Nacional de Produção Mineração (DNPM). O empreendimento em questão engloba o projeto ‘Três Estados’ da BBX Minerals através da sua subsidiária brasileira Mineração BBX do Brasil. Está localizado a 60 km ao sul da sede do Município de Apuí/AM e o município em questão se localiza ao sul do Estado do Amazonas. A ADA delimita-se pelas seguintes coordenadas UTM (zone 21 m): VERTICE 01: Long. 224702.07 m E – Lat. 9198398.66 m S; VERTICE 2: Long. 224798.58 m E – Lat. 9198398.51 m S; VERTICE 3: Long. 224701.57 m E – Lat. 9198300.90 m S; VERTICE 4: Long. 224799.59 m E – Lat. 9198299.88 m S. Fechando a poligonal da ADA, que corresponde a 1,00 ha. Tais informações descritas, estão baseadas no sistema de projeção SIRGAS 2000. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 8 3. Contextualização arqueológica e etno-histórica da AID do empreendimento As primeiras observações sobre o passado pré-colonial da Amazônia vêm dos trabalhos pioneiros de Ferreira Penna (CUNHA, 1989). No estado do Amazonas aconteceram por volta do ano de 1870, quando Barbosa Rodrigues fez registro sobre arte rupestre regional e o “Cemitério Miracanquera”, sítio arqueológico com uma extensão de 5 km nas proximidades do furo do Aroató e Ilha da Trindade, na margem esquerda do rio Amazonas, fazendo referência e comparações a cultura fenícia, além de Emilio Goeldi, sobre os “aterros” da cultura Marajoara pré-colonial, na foz do rio Amazonas e no Estado do Amapá (NEVES, 1999). Para entender melhor o contexto arqueológico amazônico, o modelo “Cultura de Floresta Tropical”, criado a partirda publicação do Handbook of South American Indians em 1948, de autoria Julian Steward e Robert Lowie, que sugeriam categorias para a evolução das populações sul-americanas, marginais, cacicados do circumcaribe e civilizações andinas, desenvolvidos a partir de observações dos aspectos culturais das populações nativas e o meio ambiente, sendo testado na região amazônica, a partir de 1950. E assim, na década de 1950, o casal de arqueólogos estadunidense Bety Jane Meggers e Clifford Evans chegam ao Brasil e desenvolvem atividades na região da foz do rio Amazonas, onde avaliam o modelo de Cultura Tropical e procuram mostrar que, a ocupação da região aconteceu em decorrência de migração de povos andinos, possuidores de cultura avançada. Contudo, devido às condições do ambiente tropical, abandonam suas características mais complexas, adaptando-se a nova Cultura de Floresta Tropical. (NEVES, 1999). Além de formular a hipótese do Determinismo Ecológico, onde definia padrões de assentamentos em terra firme e várzea, para o ambiente de floresta tropical amazônica, através da produção primária, estudando e comparando grupos étnicos contemporâneos, Meggers e Evans também contribuíram com a criação de Fases e Tradições arqueológicas, através de análises das cerâmicas, utilizando metodologia de seriação, classificação, características morfológicas, decorativas e tipos de tempero, como instrumento cronológico para datações (MORAES, 2006). Em decorrência de suas atividades arqueológicas na região amazônica, Meggers e Evans foram convidados pelo governo brasileiro, em 1965, a coordenar o mapeamento dos sítios arqueológicos no território nacional, identificando suas Fases, Tradições e delimitações culturais. Esse grande projeto tornou-se conhecido como Programa Nacional de Pesquisas •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 9 Arqueológicas (PRONAPA). Igualmente, desse projeto pioneiro, também aconteceu o Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas na Bacia Amazônica (PRONAPABA), voltado para pesquisas na área da Bacia Amazônica (MORAES, 2006). Outro pesquisador, entre os anos de 1955 e 1959, o alemão Peter Paul Hilbert, realizou atividades arqueológicas em Manaus (HILBERT, 1968 & SIMÕES, 1974), deixando contribuições importantes sobre os assentamentos arqueológicos de Manaus e do alto Solimões, as classificações e estilos culturais “Paredão”, “Subtradição Guarita” e “Caiambé” no município de Coari. Na região da Amazônia Central, identificou Fases e conferiu as Tradições Borda Incisa e Policroma da Amazônia (RAPP PY-DANIEL, 2009). Continuando as pesquisas na região amazônica, o também arqueólogo estadunidense Donald Ward Lathrap, desenvolveu debates sobre a ocupação da Amazônia pré-colombiana, não classificando a Amazônia como Inferno Verde, e sim um Paraíso, em discordância com as propostas de Bety Meggers, formalizando novo conceito, conhecido como “Modelo Cardíaco”, inverso do modelo de “Difusionismo”. Sugeriu Lathrap que, a Amazônia Central seria um importante centro de difusão e dispersão cultural, tecnológico e agrícola, para o continente, associados aos povos falantes dos troncos linguísticos Tupi e Arawak (LIMA, COSTA & NEVES, 2007). A necessidade em buscar resultados, testar hipóteses e preencher lacunas, além de retomar as pesquisas arqueológicas na Amazônia que encontravam adormecidas, os arqueólogos Eduardo Góes Neves (MAE/USP), James Petersen (Universidade de Vermont) e Michael Heckenberger (Universidade da Florida), na década de 1995, criaram o Projeto Amazônia Central (PAC), com proposta de pesquisar as dimensões ocupacionais, densidades populacionais, datas cronológicas de ocupações pretéritas, junto aos sítios arqueológicos dentro da área de abrangência do PAC, cerca de 900 km2, do centro da Amazônia brasileira, delimitada ao sul pelo rio Solimões, ao norte pelo rio Negro e a oeste pelo rio Ariaú (NEVES et al., 2003). Na etapa seguinte, em 1999 houve discreto apoio do Museu Amazônico da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), através do servidor Carlos Augusto da Silva. Em 2005 o projeto completava dez anos de pesquisas sobre a história indígena do homem amazônico pretérito. A partir deste novo momento arqueológico na Amazônia Central, as atividades de pesquisas começaram a apresentar resultados arqueológicos relevantes. A figura 01 elaborada •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 10 por Claide de Paula e Eduardo Neves (2012) no qual faz alusão às centenas de sítios identificados, com o ápice na década de 2006, devido às intensas atividades no município de Iranduba/AM, e descobertas de uma centena de sítios, até então, com características unicomponenciais, multicomponenciais, pré-cerâmicas, de terra preta, cerâmicas, sepultamentos humanos, contribuindo para o melhor entendimento da ocupação pretérita, a cronologia regional e a ocupação da Amazônia pré-colombiana, por meio de datações radiocarbônicas. As pesquisas realizadas junto aos 378 sítios arqueológicos identificados pelo Projeto Amazônia Central – PAC, evidenciou por meio de dados arqueológicos preliminares, que a convergência do rio Negro, Solimões, Urubu, Madeira, entre outros, contribuíram para o adensamento de populações pretéritas, a diversidade do meio ambiente, a propagação tecnológica, a difusão das fases Paredão e Guarita entre outras, mostrou a ocorrência de uma grande dispersão de grupos falantes de línguas da família Arawak, além de legitimar os registros históricos populacionais narrados pelos cronistas. (MORAES e NEVES, 2012). 3.1 A breve Apuí O jovem município de Apuí do Estado do Amazonas, foi instituído pela Lei Estadual nº 826/1987. Advém da emancipação do território do município de Novo Aripuanã através da Emenda Constitucional nº 12, que reparte e cede parte do seu território para a instalação do novo município conclamado Apuí. Sendo que o próprio município de Novo Aripuanã descende dos antigos distritos, Foz do Aripuanã e Sumaúma, emancipados Figura 1. Sítios arqueológicos pesquisados pelo Projeto Amazônia Central (378 sítios). Mapa de Claide Moraes, imagem Land Sat (Fonte: http://glovis.usgs.gov). •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 11 respectivamente do município de Borba e Manicoré. Detalhe bastante peculiar do início do período republicano no Estado do Amazonas, onde extinguiram e criaram diversos dos atuais 62 municípios que o compõem (IBGE, 2008). Com emancipação recente, logo mais no ano posterior é nomeado o primeiro administrador municipal pelo então governador do Estado, para então pelo exercício democrático direto somente no ano de 1989 ser eleito o primeiro prefeito do município, o Sr. Vitor César Catuzzo Marmentini1. Com uma migração populacional progressiva marcada com a vinda de habitantes do sul e centro-oeste do Brasil desde a década de 1980. Essa população passa a ocupar o vale do rio Madeira. Acompanhando o crescente polo desenvolvimentista da região sul do Amazonas, fortemente marcada por atividades econômicas predominantemente do meio rural, como a pecuária, a avicultura e a agricultura2. A região de Apuí, como mencionamos anteriormente é banhada pelo vale do rio Madeira, com o território em área total de 54.239,904 km², desta 80% sendo de terra firme, tornando o acesso as diferentes localidades rurais do município, majoritariamente terrestre por meio das estradas vicinais, chamadas popularmente de ramais (IBGE, 2000). Que vai de antemão aos demais municípios do Amazonas que tem como sua principal característica o transporte aquaviário. Apuí apesar de jovem, quando olhamos mais ao norte do Estado, com cidades com 200, 300 anos de existência, como Manaus. É dotada de suas eximias características, como o gentio próprio e adequado de seu povo – Apuiense, e festivospróprios característicos dos municípios com forte presença religiosa – cristã (64,58% da população (IBGE, 2000), como o dia do padroeiro da cidade, o dia de São Sebastião comemorado com fervor todo dia 20 de janeiro3. Mas em contrapartida dado o grande fomento do mercado da agropecuária, uma outra festividade tornou-se mais agraciada pela sua população, a EXPOAP (Exposição agropecuária de Apuí) que ocorre nos meses de maio e setembro. Marcada principalmente pelas competições distintas de montagem e tiro de laço em touros, mas ocorrendo também a tradicionais vaquejadas. 1 Disponível em < http://www.ale.am.gov.br/camaras-municipais-2/apui/>. Acessado em 03/10/2018. 2 Disponível em < https://pt.wikipedia.org/wiki/Apu%C3%AD >. Acessado em 03/10/2018. 3 Disponível em < http://www.portalamazonia.com.br/amazoniadeaz/interna.php?id=742 >. Acessado em 03/10/2018. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 12 4. Metodologia de pesquisa aplicada para caracterização arqueológica da ADA A Arqueologia surge como ciência no século XIX e, desde então, procura-se compreender como viviam e organizavam grupos humanos pretéritos. Para tanto, os arqueólogos buscam realizar inferências sobre o comportamento, modo de vida e cultura destes grupos por meio de remanescentes culturais (TRIGGER, 1989): A Arqueologia infere sobre o comportamento humano, e também ideias, a partir de materiais remanescentes do que pessoas fizeram e usaram, e do impacto físico de sua presença no meio ambiente. A interpretação dos dados arqueológicos depende da compreensão de como os seres humanos se comportam no presente e, em particular de como esse comportamento se reflete na cultura material (TRIGGER, 1989, p.19) Segundo Funari (1988), a arqueologia estuda os sistemas socioculturais, sua estrutura, funcionamento e transformações com o decorrer do tempo a partir da totalidade material transformada e consumida pela sociedade. Assim, seu principal objeto de estudo é a cultura material (ou repertório cultural), pois ela carrega consigo todo um legado técnico, social e cultural de um dado grupo humano (GAMBLE, 2002). Este repertório cultural é a totalidade material apropriada pelas sociedades humanas, como parte de uma cultura total, material e imaterial, sem limitações de caráter cronológico (FUNARI, 1988). Nesta linha de pensamento, a cultura material é vista como registro arqueológico, pois além de serem resistentes às ações temporais e antrópicas, são fontes de grandes informações para os pesquisadores, pois guardam em si comportamentos técnicos e culturais, uma vez que foram produzidos em contextos espaciais repletos de significados (GALHARDO, 2010). Considera-se como cultura material todo e qualquer elemento que caracterize e/ou possa indicar a presença de atividades humanas pretéritas na área de estudo, independente do período cronológico a que se relacionem e dos possíveis critérios subjetivos de valoração científica e/ou econômica. No entanto, de acordo com Schiffer (apud FAGUNDES, 2007), deve-se estar alerta ao fato de que os vestígios encontrados por arqueólogos em suas pesquisas não são ‘fotografias do passado’, uma vez que passaram por processos culturais e naturais (biopertubações), desde sua confecção, perpassando pela utilização, reuso e ou reciclagem, descarte ou perda até a sua evidenciação em um sítio arqueológico. Portanto, para Schiffer •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 13 (2005) o registro arqueológico é um reflexo distorcido do passado, que necessita da pesquisa e interpretação do arqueólogo para seu entendimento. Neste trabalho, a definição de registro arqueológico é o mesmo adotado por Morais (2000 apud FAGUNDES, 2010) que seria: Para definição de registro arqueológico preferimos aquela dada por Morais (2000, p. 07): “[...] referência genérica aos objetos, artefatos, estruturas e construções produzidas pelas sociedades do passado, inseridas em determinado contexto”. Conceito amplo que independe da posterior classificação do registro como sítio, ocorrência ou geoindicador arqueológico. Refere-se aos objetos naturalmente inseridos no meio ambiente físico ou às estruturas implantadas nas paisagens urbanas ou rurais. Abrange as matrizes arqueológicas evidentes (um conjunto funerário, por exemplo) e as suas expressões arqueológicas latentes (por exemplo, as assinaturas físico-químicas no solo que corroboram estruturas funerárias praticamente invisíveis). Inclui certos arranjos paisagísticos [...] bem como elementos do meio físico-biótico de interesse para a Arqueologia (FAGUNDES, 2007). Assim, para a execução do projeto aqui em pauta, buscou-se a realização de estudos direcionados ao levantamento sistemático regional, tanto por pesquisas bibliográficas (fonte primária), quanto pelas intervenções em campo, sempre levando em consideração o contexto arqueológico e seus processos formativos, bem como tendo em mente a necessidade de inferências acerca do contexto sistêmico. Além disso, tem-se consciência de que a principal tarefa da interpretação arqueológica, neste sentido, é reconstruir o contexto sistêmico, mesmo dedutivamente, daquilo que foi enterrado, soterrado (ou que perdeu significado), isso implica em dar extrema importância ao contexto original, uma vez que o objeto ou estruturas, fora do seu contexto não permitem qualquer leitura. Desse modo, a proposta de metodologia de trabalho foi baseada na mesma utilizada no âmbito do Projeto Amazônia Central, uma metodologia simples e de grande êxito em pesquisas realizadas na região, essa metodologia foi desenvolvida pela Archaeological Research Center da University of Maine at Formington (NEVES, 1998:10) e pôde ser adaptada para os terrenos amazônicos, trata-se de uma metodologia utilizada em outras pesquisas, como por exemplo, História das Caretas (LIMA, 2008), A Arqueologia da Amazônia Central Vista de uma Perspectiva do Lago do Limão (MORAES, 2006). •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 14 Para que sejam realizados todos os objetivos propostos, foram considerados os parâmetros apresentados nas legislações apresentadas anteriormente. Portanto, foi estabelecido um grid (malha) de linhas paralelas e transects (linhas transversais), distantes 30 m umas das outras, dentro da ADA, onde foram realizadas, quando possível, sondagens. Estas distâncias podem ser variadas de acordo com o contexto encontrado, por exemplo, se forem evidenciados vestígios culturais estes intervalos podem ser reduzidos, a 30 m, 20 m e etc., para ter melhores informações do contexto. Em cada ponto foi realizado uma sondagem com 1 m de profundidade e 20 cm de diâmetros, foram executadas com auxílio de cavadeira articulada do tipo boca-de-lobo. Estas Figura 2 Exemplo de sondagem utilizada na área. Créditos: Rubem Valério Jr, 2019. Figura 3 Esquema de delimitação de sítio arqueológico. Acervo INUMA Arqueologia, 2019. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 15 intervenções foram georreferenciadas e plotadas em mapa e shapefile, assim como qualquer outra intervenção realizada dentro da área de interesse deste projeto, como o preenchimento de fichas de campo, com descrições de cada ponto de sondagens, bem como o registro gráfico e fotográfico de todo o contexto. Essa metodologia, segundo Neves (2000) para este trabalho prospectivo é vantajosa, pois é rápida e proporciona pouca destruição no contexto, que pode ser aplicado em qualquer área, independente da composição topográfica. Assim como uma boa visibilidade estratigráfica, podendo ser evidenciados sítios arqueológicos, no caso de prospecção ou delimitação e distribuição espacial de vestígios arqueológicos. Outra vantagem desta metodologia é que pararealizar os pontos de sondagens, tem que percorrer a totalidade da ADA, proporcionando a visibilidade integral da área. Dessa forma é importante destacar que a área de maior interesse para o desenvolvimento da metodologia, para a documentação fotográfica e gráfica foi a ADA, já que a mesma será o alvo da movimentação de solo e atividades fins do empreendimento em tela. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 16 5. Características da área A área e entorno são caracterizadas por grandes áreas utilizadas para agropecuária, uma vez que é rara a oportunidade de se encontrar áreas parcialmente preservadas ou de espécimes arbóreos de grande porte. A vegetação é composta em maioria por palmeiras e em geral, pastos antigos ou ainda em atividade, é caracterizada por uma vegetação secundária e extenso afloramento rochoso e de minérios. Em termos geomorfologia, a área geográfica em que se localiza o empreendimento, é bastante serrana com morros de grandes e acentuados declives, não sendo diferente na ADA, em que se concentraram as atividades. Há também um conjunto de pequenas hidrografias, pequenos córregos que são utilizados pela pecuária. Há possibilidades desses afluentes possuírem maior tamanho no passado, mas com o avanço do desmatamento e modificação ambiental sofreram e ainda estão sofrendo mudanças provocadas devido ações antrópicas. Figura 7 Área de afloramento rochoso pertencente a ADA, geralmente esse tipo de rocha é comum em área de mineração, atividade principal do empreendimento. Créditos: Adilon Pereira Inuma, 2019. Figura 6 Visualização da vegetação presente na localidade. Créditos: Adilon Pereira Inuma, 2019. Figura 4 Visualização da vegetação presente na localidade. Créditos: Adilon Pereira Inuma, 2019. Figura 5 Vista parcial da parte mais elevada da ADA em relação á paisagem em torno. Créditos: Adilon Pereira Inuma, 2019. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 17 6. Resultados A partir da metodologia aplicada, temos os dados levantados de forma abrangente em relação a informações da área, sendo que se trata de uma ADA considerada de pequena escala – 1 ha. Sendo assim, seguem os resultados das atividades realizadas. O primeiro passo para o início das atividades foi estabelecer os transects em relação á poligonal da área – orientada de acordo com o norte magnético, para melhor orientação em relação à paisagem e aos direcionamentos. A carta imagem elaborada consta no Anexo B – Carta imagem, assim como os arquivos de formato shapefile que identificam os poços testes, ADA e a Área de Influência Direta (AID) estão no CD-ROM no diretório homônimo. A área de estudo já é era bastante conhecida pelos colaboradores residentes do município de Apuí/AM, que auxiliaram equipe de arqueologia e também tem participação nas atividades de mineração da região em parceria com a empresa empreendedora realizadora deste empreendimento, ao longo de todas as atividades, de certa forma nos foram uma fonte de informação necessária para o andamento dos trabalhos e conhecimentos gerais sobre a região. Após o estabelecimento do grid e distribuição dos pontos de sondagem dentro da ADA, equidistante 30 m entre si, chegamos ao total de 16 ponto para poços testes a serem escavados. No entanto, também foi observado que na área, já que estamos falando de uma área de mineração, existe uma enorme concentração de afloramentos rochosos, essa concentração foi observada em superfície em diversas localidades. Figura 8 Exemplar de minério de ferro encontrado no poço teste nº 12. Rubem Valério Jr, 2019. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 18 Para detalhamento de coloração de solo foi utilizado em campo a carta de coloração de solo de Munsell. Após a escavação das sondagens e análise dos dados obtidos, constatou-se que a área de estudo apresenta um solo predominante de acordo com a Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6, com textura areno-argilosa de alta compactação. Em alguns dos poços testes não foi possível atingir a profundidade planejada de até 1 m através da escavação manual com a escavadeira articulada do tipo boca-de-lobo, devido a extrema compactação do solo e forte presença de afloramentos rochosos na superfície e subsuperfície, e mesmo casos particulares mencionados mais adiante. Adiante iremos proceder resumidamente com as fichas descritivas dos procedimentos realizados em campo. Todas as fichas e o registro fotográfico de cada poço teste em sua total integridade constam separadamente no Anexo A - Ficha descritiva das atividades, assim como no CD-ROM dentro do repositório homônimo. 6.1. Poço teste nº 01 O poço teste nº 01 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas UTM, Latitude. 9198392,93953685 – Longitude 224708,360229226. Em um terreno de Figura 9 Exemplar da tabela 7.5 YR da Carta de Coloração de Solos de Munsell. Acervo INUMA Arqueologia, 2019. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 19 declive com uma vegetação do tipo capoeira. A área em si sofre constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos. 0-20: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de ‘laterita’. 20-40: Coloração da carta Munsell: Bright brown (marrom claro) 7.5 YR 5/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos. 40-60: Coloração da carta Munsell: Bright brown (marrom claro) 7.5 YR 5/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de afloramento da formação rochosa gabro. 60-80: Coloração da carta Munsell: Bright brown (marrom claro) 7.5 YR 5/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de afloramento da formação rochosa gabro. 80-100: Coloração da carta Munsell: Bright brown (marrom claro) 7.5 YR 5/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de afloramento da formação rochosa gabro. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 20 Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 6.2. Poço teste nº 02 O poço teste nº 02 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas UTM, Latitude. 9198392,93953685 – Longitude 224738,360229226. Em um terreno de declive acentuado com uma vegetação do tipo capoeira. A área em si sofre constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: areia; Textura: semi-compactado; Estado: úmido. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de afloramento da formação rochosa gabro 0-20: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. Solo: Granulometria: areia; Textura: semi-compactado; Estado: úmido. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência radículas e de laterita. 20-40: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: úmido. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência radículase de laterita. 40-60: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. Figura 10 Remoção da vegetação superficial para abertura do poço teste, e Poço em profundidade total. Rubem Valério Jr, 2019. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 21 Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de radículas. 60-80: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de afloramento da formação rochosa gabro. 80-100: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de laterita. Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 6.3. Poço teste nº 03 O poço teste nº 03 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas UTM, Latitude. 9198392,93953685 – Longitude 224768,360229226. Em um terreno de declive acentuado com uma vegetação do tipo capoeira arbustiva. A área em si sofre constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: areia; Textura: semi-compactado; Estado: úmido. Figura 11 Poço teste com profundidade total, e Laterita encontrada ao fim do poço. Rubem Valério Jr, 2019. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 22 Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de afloramento da formação rochosa gabro e de radículas. 0-20: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. Solo: Granulometria: areia; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de laterita e de radículas. 20-40: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de laterita e de radículas. 40-60: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de laterita e de radículas. 60-80: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de laterita e de radículas. 80-100: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de laterita. Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 23 6.4. Poço teste nº 04 O poço teste nº 04 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas UTM, Latitude. 9198392,93953685 – Longitude 224798,360229226. Em um terreno de declive com uma vegetação do tipo capoeira arbustiva bastante emaranhada e fechada. A área em si sofre constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. Este poço teste não procedeu até os níveis seguintes ao 40-60 devido a alta compactação do solo e densa presença de formação rochosa gabro no mesmo. Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 10 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de afloramento da formação rochosa gabro, com densa presença de raízes. 0-20: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de afloramento da formação rochosa gabro, com densa presença de raízes. 20-40: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Figura 12 Abertura inicial do poço teste, com destaque para a rocha gabro nas proximidades, e poço teste em sua profundidade total. Rubem Valério Jr, 2019. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 24 Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de afloramento da formação rochosa gabro, com densa presença de raízes. 40-60: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: silt; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de afloramento da formação rochosa gabro e de raízes. 60-80: Não escavado. 80-100: Não escavado. Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 6.5. Poço teste nº 05 O poço teste nº 05 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas UTM, Latitude. 9198362,93953685 – Longitude 224708,360229226. Em um terreno de declive com uma vegetação do tipo capoeira arbustiva. A área em si sofre constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. Este poço teste não procedeu até os níveis seguintes ao 0-20 devido ao denso afloramento rochoso. Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos Figura 13 Rocha gabro em destaque, e Aferição da profundidade do poço teste. Rubem Valério Jr, 2019. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 25 0-20: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de densa camada de rocha/gabro. 20-40: Não escavado. 40-60: Não escavado. 60-80: Não escavado. 80-100: Não escavado. Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 6.6. Poço teste nº 06 O poço teste nº 06 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas UTM, Latitude. 9198362,93953685 – Longitude 224738,360229226. Em um terreno de declive com uma vegetação do tipo capoeira arbustiva. A área em si sofre constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. Este poço teste não procedeu até os níveis seguintes ao 20-40 devido ao denso afloramento rochoso. Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos Figura 14 Abertura do poço teste, e Poço teste com profundidade total. Adilon Inuma, 2019. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 26 0-20: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de ‘laterita’. 20-40: Coloração da carta Munsell: Bright brown (marrom claro) 7.5 YR 5/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de afloramento da formação rochosa gabro. 40-60: Não escavado. 60-80: Não escavado. 80-100: Não escavado. Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológiconeste poço teste. 6.7. Poço teste nº 07 O poço teste nº 07 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas UTM, Latitude. 9198362,93953685 – Longitude 224768,360229226. Em um terreno de Figura 16 Abertura do poço teste. Adilon Inuma, 2019. Figura 16 Poço teste com profundida total. Adilon Inuma, 2019. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 27 declive com uma vegetação do tipo capoeira arbustiva. A área em si sofre constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. Este poço teste não procedeu até os níveis seguintes ao 20-40 devido ao denso afloramento rochoso Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos 0-20: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de ‘laterita’. 20-40: Coloração da carta Munsell: Bright brown (marrom claro) 7.5 YR 5/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: sem ocorrência de vestígios arqueológicos Ocorrência de afloramento da formação rochosa gabro 40-60: Não escavado. 60-80: Não escavado. 80-100: Não escavado. Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. Figura 17 Abertura do poço teste, e Poço teste com profundidade total. Adilon Inuma, 2019. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 28 6.8. Poço teste nº 08 O poço teste nº 08 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas UTM, Latitude. 9198362,93953685 – Longitude 224798,360229226. Em um terreno de declive com uma vegetação do tipo capoeira arbustiva. A área em si sofre constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. Este poço teste não procedeu até os níveis seguintes ao 20-40 devido ao denso afloramento rochoso. Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos 0-20: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de ‘laterita’. 20-40: Coloração da carta Munsell: Bright brown (marrom claro) 7.5 YR 5/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de afloramento da formação rochosa gabro 40-60: Não escavado. 60-80: Não escavado. 80-100: Não escavado. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 29 Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 6.9. Poço teste nº 09 O poço teste nº 09 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas UTM, Latitude. 9198332,93953685 – Longitude 224708,360229226. Em um terreno de declive com uma vegetação do tipo capoeira de extrato herbáceo. A área em si sofre constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 10 YR 4/6. Solo: Granulometria: areia; Textura: semi-compactado; Estado: úmido. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de raízes. 0-20: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: areia; Textura: semi-compactado; Estado: úmido. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de raízes. 20-40: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: úmido. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de raízes. Figura 18 Abertura do poço teste, e Poço teste com profundidade total. Adilon Inuma, 2019. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 30 40-60: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de laterita e afloramento da formação rochosa gabro. 60-80: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de laterita e afloramento da formação rochosa gabro. 80-100: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de laterita e afloramento da formação rochosa gabro. Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 6.10. Poço teste nº 10 O poço teste nº 10 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas UTM, Latitude. 9198332,93953685 – Longitude 224738,360229226. Em um terreno de declive com uma vegetação do tipo capoeira de extrato arbustivo. A área em si sofre constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. Figura 19 Vegetação de extrato herbáceo em destaque, com execução de abertura do poço teste pelo auxiliar de campo, o Sr. Evando Mira, e Formação mineral de ferro em destaque. Rubem Valério Jr, 2019. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 31 Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 10 YR 4/6. Solo: Granulometria: areia; Textura: solto; Estado: úmido. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de raízes. 0-20: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: solto; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de raízes. 20-40: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de raízes. 40-60: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos e afloramento da formação rochosa gabro e ocorrência de radículas. 60-80: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos. 80-100: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 32 Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 6.11. Poço teste nº 11 O poço teste nº 11 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas UTM, Latitude. 9198332,93953685 – Longitude 224768,360229226. Em um terreno de declive com uma vegetação do tipo capoeira de extrato arbustivo. A área em si sofre constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. Este poço teste não foi escavado ao níveis seguintes ao 20-40 devido à alta compactação do solo e densa presença de formação rochosa de gabro no mesmo. Superfície: Coloração da carta Munsell: Yellowish brown (marrom amarelado) 10 YR 5/6. Solo: Granulometria: areia; Textura: solto; Estado: úmido. Material: Semocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de raízes. 0-20: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/4. Solo: Granulometria: argila; Textura: solto; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de raízes e afloramento da formação rochosa gabro. 20-40: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/4. Solo: Granulometria: silt; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Figura 20 Vegetação de extrato arbustivo em situação do declive do terreno, e Aferição do solo retirado do poço teste por vestígios arqueológicos. Rubem Valério Jr, 2019. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 33 Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com denso afloramento da formação rochosa gabro. 40-60: Não escavado. 60-80: Não escavado. 80-100: Não escavado. Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 6.12. Poço teste nº 12 O poço teste nº 12 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas UTM, Latitude. 9198332,93953685 – Longitude 224798,360229226. Em um terreno de declive com uma vegetação do tipo capoeira de extrato arbustivo. A área em si sofre constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. Superfície: Coloração da carta Munsell: Yellowish brown (marrom amarelado) 10 YR 5/6. Solo: Granulometria: areia; Textura: solto; Estado: úmido. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de raízes e afloramento da formação rochosa gabro. 0-20: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/4. Figura 21 Formação rochosa de gabro em situação, e Poço teste em sua profundidade total, com rochas de gabro na direita da imagem que foram retiradas do poço teste manualmente. Rubem Valério Jr, 2019. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 34 Solo: Granulometria: areia; Textura: solto; Estado: úmido. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de raízes e afloramento da formação rochosa gabro. 20-40: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/4. Solo: Granulometria: areia; Textura: solto; Estado: úmido. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de raízes e afloramento da formação rochosa gabro. 40-60: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/4. Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de raízes e afloramento da formação rochosa gabro e mineral de ferro. 60-80: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/4. Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de raízes e afloramento da formação rochosa gabro e mineral de ferro. 80-100: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/4. Solo: Granulometria: argila; Textura: semi-compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, com densa presença de raízes e afloramento da formação rochosa gabro e mineral de ferro. Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. Figura 22 Formação mineral de ferro retirada do solo do poço teste, e Aferição do solo retirado do poço teste a procura de vestígios arqueológicos. Rubem Valério Jr, 2019. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 35 6.13. Poço teste nº 13 O poço teste nº 13 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas UTM, Latitude. 9198302,93953685 – Longitude 224708,360229226. Em um terreno de declive com uma vegetação do tipo capoeira arbustiva. A área em si sofre constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. Este poço teste não procedeu até os níveis seguintes ao 0-20 devido ao denso afloramento rochoso. Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos 0-20: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de densa camada de rocha/gabro. 20-40: Não escavado. 40-60: Não escavado. 60-80: Não escavado. 80-100: Não escavado. Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. Figura 23 Abertura do poço teste, e Poço teste com profundidade total. Adilon Inuma, 2019. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 36 6.14. Poço teste nº 14 O poço teste nº 14 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas UTM, Latitude. 9198302,93953685 – Longitude 224738,360229226. Em um terreno de declive com uma vegetação do tipo capoeira arbustiva. A área em si sofre constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. Este poço teste não procedeu até os níveis seguintes ao superficial devido a alta compactação do solo e denso afloramento rochoso. Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, presença de rochas. 0-20: Não escavado. 20-40: Não escavado. 40-60: Não escavado. 60-80: Não escavado. 80-100: Não escavado. Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. Figura 24 Abertura do poço teste, e superfície rochosa. Adilon Inuma, 2019. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 37 6.15. Poço teste nº 15 O poço teste nº 15 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas UTM, Latitude. 9198302,93953685 – Longitude 224768,360229226. Em um terreno de declive com uma vegetação do tipo capoeira arbustiva. A área em si sofre constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. Este poço teste não procedeu até os níveis seguintes ao 40-60 devido a alta compactação do solo e denso afloramento rochoso abaixo da fulhigem. Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, porém com uma densa camada de afloramento rochoso, impossibilitando escavação. 0-20: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos. 20-40: Não escavado Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos. 40-60: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, porém com uma densa camada de afloramento rochoso, impossibilitando escavação. 60-80: Não escavado. 80-100: Não escavado. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 38 Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. 6.16. Poço teste nº 16 O poço teste nº 16 foi realizado no dia 12 de janeiro de 2019, sob as coordenadas UTM, Latitude. 9198302,93953685 – Longitude 224798,360229226. Em um terreno de declive com uma vegetação do tipo capoeira alta. A área em si sofre constantemente queimadas com intuito para utilização do terreno para pasto de animais da pecuária da região. Este poço teste não procedeuaté os níveis seguintes ao 40-60 devido ao denso afloramento rochoso. Superfície: Coloração da carta Munsell: Brown (marrom) 7.5 YR 4/6. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos 0-20: Coloração da carta Munsell: Orange (laranja) 7.5 YR 6/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: Sem ocorrência de vestígios arqueológicos, mas com ocorrência de ‘laterita’. 20-40: Coloração da carta Munsell: Bright brown (marrom claro) 7.5 YR 5/8. Figura 25 Abertura do poço teste. Adilon Inuma, 2019. Figura 26 Poço teste com densa concentração de rocha.. Adilon Inuma, 2019. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 39 Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: ocorrência de afloramento da formação rochosa gabro 40-60: Coloração da carta Munsell: Bright brown (marrom claro) 7.5 YR 5/8. Solo: Granulometria: argila; Textura: compactado; Estado: pegajoso. Material: ocorrência de afloramento da formação rochosa gabro 60-80: Não escavado. 80-100: Não escavado. Resultado: Não foi encontrado nenhum vestígio arqueológico neste poço teste. Figura 27 Abertura do poço teste. Adilon Inuma, 2019. Figura 28 Poço teste com profundidade total. Adilon Inuma, 2019. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 40 6.17. Relato das atividades ligadas à produção de conhecimento, divulgação cientifica e extroversão, bem como a apresentação do cronograma das ações futuras. Após as buscas por dados referentes ao histórico de pesquisas arqueológicas na região de Apuí/AM, como relatado no teor no RAIPA, nota-se que não há dados suficientes que possam descrever contextos de ocupação humana concreta existentes na área, bem como nortear pesquisas através deste tipo de levantamento. A pesquisa realizada não obteve resultados de identificação de vestígios arqueológicos, logo julga-se que os dados obtidos não contribuem de forma significativa para a ampliação do conhecimento acerca das habitações, zonas de transito e ou quaisquer outras atividades ou frutos destas de povos pretéritos, contemporâneos e ou modernos que por ventura existiram na região do empreendimento em tela. Desta forma entende-se que as informações obtidas não justificam, a priori, a submissão e publicação de trabalhos em periódicos científicos, circulação de notícia na imprensa apresentando os resultados das pesquisas realizadas ou mesmo a elaboração de cronograma para futuras atividades de ações futuras, porém informamos que assim como o PAIPA que antecedeu, este RAIPA terá ampla publicidade internacional quando noticiado no site https://bbxminerals.com.au/ ao feito de anuência final, que é de praxe d’uma empresa de capital aberto realizar publicidade de suas atividades para seus investidores. Cumpre destacar, que a INUMA Arqueologia concentrou esforços na divulgação e promoção do Património Cultural junto aos comunitários. Visando a comunicação e publicização da pesquisa e resultados, a INUMA Arqueologia se compromete a realizar o upload do PAIPA e do RAIPA nas plataformas digitais especializadas de divulgações cientificas de largo alcance, como https://www.researchgate.net/ e https://www.academia.edu/. 6.18. Relato das atividades de esclarecimento desenvolvidas com a comunidade local. O não relato das atividades de esclarecimento com a comunidade local no RAIPA, deve-se ao fato do período indicado para realização das atividades ser incompatível com a agenda escolar. Realizamos as atividades de campo do respectivo RAIPA no mês de janeiro •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 41 de 2019, em meio ao recesso escolar, férias coletivas e ao forte período chuvoso da Amazônia, que é compreendido entre os meses de novembro e março4. Realizamos tentativas in situ de reunir grupos das comunidades do município, assim como com gestores das escolas das redes municipais e estaduais de ensino, porém tais tentativas se mostraram infrutíferas a participação dos mesmos dado o período de férias escolares e coletivas, época na qual boa parte da população residente evade para os municípios e estados vizinhos de origem, devido a população residente ser maioria migrante de municípios maiores do vale do Rio Madeira e das regiões, centro-oeste e sul do Brasil. Pois majoritariamente a população desempenha suas rotinas diárias de trabalho no campo, isolados, com atividades de agricultura e pecuária e tem suas residências nas estradas vicinais (sem pavimentação) dispersas por todo o território municipal de área de 54.239,904 km², sem comunicação direta com a sede do município a menos que se desloquem para esta, fato não ocorrido quando da realização das nossas atividades in loco devido o acesso ter sido dificultado pelas fortes chuvas que banhavam o município àquele momento. Dado a natureza lúdica de nossas atividades e as ocasiões ocorridas nos mantivemos a conversas de clarificação diárias durante as atividades com os auxiliares de campo, neste momento, a equipe explanou sobre a legislação que ampara e protege o património cultural, as diferentes etapas da pesquisa arqueológica, perpassando pelos objetivos, metodologias, adaptações praticas em campo, bem como na apresentação de informações sobre alguns dos vários sítios arqueológicos identificados no Estado do Amazonas. Os senhores auxiliares de campo são residentes de Apuí, acreditamos no potencial dos mesmos em conversas formais e informais de divulgação dos ‘porquês’ da necessidade do trabalho em conjunto destes senhores conosco5, bem como estes colaboradores tem papel assíduo nas atividades de mineração junto a Mineração BBX do Brasil, nos indagaram diversas vezes a respeito do nosso possível retorno por terem conhecimento que a pesquisa mineralógica assim como a arqueológica em questão das áreas a serem exploradas, ainda estão em fases iniciais. Demonstrando em pronto contato, entendimento inicial da necessidade legal destas atividades. 4 FISCH, G. et al. Clima da Amazônia. Instituto Espacial de Pesquisas Espaciais (INPE). 5 SILEX. RAIPA da implantação do Residencial Braz. Silex Arqueologia E Patrimônio Cultural. Aracaju, 2019. •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 42 7. Considerações Finais A pesquisa que foi realizada no mês de janeiro de 2019 cobrindo toda a ADA do do empreendimento. A prospecção arqueológica teve como objetivo a identificação de vestígios arqueológicos em superfície e em subsuperfície. Desse modo, como considerações, concluímos que nas atividades realizadas na área, não se identificou estruturas ou qualquer tipo evidências, vestígios arqueológicos que pudessem caracterizar habitações, zonas de transito e ou quaisquer outras atividades ou frutos destas de povos pretéritos, contemporâneos e ou modernos. Detalhe pertinente para a arqueologia, quando nos permite afirmar que para esta exata região – de pouca expressão considerando a extensão territorial do município de Apuí de 54.239,904 km², não há a ocorrência de vestígios arqueológicos na terra firme – somente na zona de várzea, sendo o mais próximo no raio de 87,23 km da área pesquisada – um dado válido para as pesquisas arqueológicas por ventura poderá acontecer na região do Município de Apuí do Estado do Amazonas. Assim, considerando que não foram encontrados vestígios arqueológicos nas intervenções em superfície, subsuperfície, pode-se confirmar que a atividade fim do empreendimento Mineração BBX do Brasil – Três Estados, não impactará direta ou indiretamente o patrimônio arqueológico da região. Por fim, recomendamos anuência para a continuidade das etapas do licenciamentoambiental deste empreendimento, uma vez que o papel legal está cumprido resguardando as informações cientificas no concernente aos estudos arqueológicos neste RAIPA. Aqui concedemos integridade e pericia a este relatório, __________________________________ Rubem Valério do Nascimento Júnior Coordenador de campo INUMA Arqueologia Arqueólogo _______________________________ Adilon Pereira Inuma Coordenador INUMA Arqueologia Arqueólogo •RAIPA Do Empreendimento ‘Mineração BBX Do Brasil LTDA - Três Estados’• 43 Referências Bibliográficas AB’SABER, Aziz Nacib. Ecossistema do Brasil. Marigo. São Paulo: Metalivro, 2008. AB’SABER, Aziz Nacib. Os domínios de natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial, 2003. ACUÑA, C. Novo Descobrimento do Grande Rio das Amazonas. Rio de Janeiro: Agir. 1641 [1994]. 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