Buscar

AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E INSTITUCIONAL ATIVIDADE 1: AVALIAÇÃO E LEGISLAÇÃO ESTUDOS DE CASO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

- PEDAGOGIA - AVALIAÇÃO EDUCACIONAL E INSTITUCIONAL
ATIVIDADE 1: AVALIAÇÃO E LEGISLAÇÃO – ESTUDOS DE CASO
1)Um aluno de 5º ano de uma escola particular foi reprovado. No Boletim consta notas azuis em todas as disciplinas, exceto em História e Língua Portuguesa. A família não concorda alegando que não foi informada da dificuldade do filho e está muito brava procurando algumas orientações para tomar providências contra a escola.
 Inciso V do Artigo 24 da Lei nº 9.394 de 20 de Dezembro de 1996
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns:
V – a) verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos;
Essas determinações, mudou a forma de se enxergar a avaliação.
Baseada no Art. 24 da LDB 9394/96, inciso V – que afirma que os aspectos qualitativos prevalecem sobre os aspectos quantitativos e os do resultado ao longo do período, sobre os de provas finais, e sobre a obrigatoriedade de dar recuperação; e também na Deliberação 155/2017, que confere ao aluno ou aos seus responsáveis o direito de entrar com recurso contra a reprovação, além dos direitos abaixo:
Art. 18 - Os estabelecimentos de ensino terão a incumbência de:
I - divulgar para pais e estudantes, no ato da matricula, as modalidades e instrumentos de avaliação utilizados, bem como os critérios de promoção e retenção;
II - manter a família informada sobre o desempenho dos alunos;
III - reconhecer o direito do aluno e da família de discutir os resultados da avaliação, inclusive em instâncias superiores à escola;
IV - assegurar que aos alunos com menor rendimento sejam oferecidas condições de ser devidamente atendidos ao longo do ano letivo;
V - prover estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, como determina a Lei nº 9.394/96;
Art. 19 - O resultado final da avaliação feita pela escola, em consonância com o Regimento Escolar, deve refletir o desempenho global do aluno durante o período letivo, no conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados obtidos durante o período letivo sobre os da prova final, caso esta seja exigida, considerando as características individuais do aluno e indicando sua possibilidade de prosseguimento de estudos .
§ 1º Os resultados das diferentes avaliações de desempenho dos alunos, realizadas em grupo ou individualmente durante todo o período letivo, devem ser
registradas em documento próprio nos termos da proposta pedagógica da escola e do
Regimento Escolar.
Art. 22 - O aluno, ou seu representante legal, que discordar do resultado final das avaliações, poderá apresentar pedido de reconsideração junto à direção da escola, nos termos desta Deliberação
Havendo a ciência da reprovação os pais ou alunos poderão contestar o resultado da instituição de ensino, apresentando suas razões em âmbito escolar em até 5 dias úteis. Os interessados devem examinar o conteúdo do Regimento Escolar, se há as regras sobre a avaliação dos alunos, se o Regimento Escolar permite reprovar, verificar o sistema de divulgação das notas e a metodologia do cálculo a ser realizado para determinar a aprovação ou reprovação do aluno. 
A escola recebendo o pedido de reconsideração terá um prazo máximo de 10 dias úteis para responder. A Direção, assim, deve avaliar o pedido e apresentar resposta consistente aos pais e responsáveis, deliberando pela reprovação ou aprovação do aluno, assegurando-se de que existe os registros da recuperação contínua, reunir o Conselho de Classe para verificar a condição de aproveitamento do aluno em outras matérias.
Proceder a averiguação dos fatos e seguir a conduta adequada aos termos da Lei, aplicando a progressão continuada, com recuperação contínua e paralela, se for verificado que cabe revogar a reprovação, pois “Do ponto de vista pedagógico, de fato, não existe nenhuma razão cabível para a reprovação (Cipriano Carlos Luckesi). 
A Deliberação 155 não é uma ferramenta de protecionismo do aluno, pelo contrário, é uma forma de garantir que avaliação seja processual, contínua e de intencionalidades pedagógicas bem claras, não um mero instrumento punitivo.
Se os pais ou alunos não aceitarem o parecer da escola poderão recorrer à Diretoria de Ensino, o recurso será protocolado na escola e esta deverá encaminhar para a Diretoria de Ensino. A escola encaminhará o pedido de Recurso para o Dirigente Regional com todos os documentos comprobatórios da decisão de retenção: diários de classe; planos de trabalho de cadacomponente curricular, ficha individual de avaliação periódica(de cada bimestre ou trimestre), avaliações, atas de reuniões com os pais, atas do Conselho de Classe dos bimestres ou trimestres, Regimento Escolar, Projeto Pedagógico, toda documentação que possa comprovar que a escola procedeu de forma correta em suas ações educativas e que a decisão de retenção é apropriada.
 A Diretoria de Ensino terá um prazo de 15 dias para dar a devolutiva e sua decisão será informada aos pais pela escola em prazo de 5 dias. Se a reprovação for mantida, os pais poderão entrar com Recurso Especial endereçado ao Conselho Estadual de Educação, mas só se houver um fato novo, discriminação, não cumprimento do Regimento Escolar ou da legislação vigente. A Diretoria de Ensino terá um prazo de 5 dias para encaminhar para o Conselho Estadual de Educação.
Acredito que é preciso ficar atento ao aluno que possui dificuldades de atingir os objetivos propostos e analisar os procedimentos pedagógicos de modo a conquistar avanços e não deixar a bomba explodir no mês de dezembro e sofrer o processo de recurso que é desgastante para todos. Portanto fazer reunião com os pais quantas vezes for necessário, para que em conjunto o ajudem o aluno a atingir os objetivos dos componentes curriculares. Promover revisão com os professores dos procedimentos e alterá-los para que a aprendizagem ocorra junto aos alunos com dificuldades. Manter aulas de reforço e recuperação paralela que são previstas na LDB e, portanto, devem ser previstas no Regimento Escolar e compreender o aluno que está com dificuldade visando saber a que ordem pertence esta dificuldade: trata-se de emocional, cognitiva, física. Ao compreender o aluno, é possível traçar um plano pedagógico específico para sanar estas dificuldades. A lei solicita um sistema de avaliação formativo, cumulativo e diagnóstico. Quando reprova o aluno, a reprovação é também da escola.
2)A Profª Maria Helena do 2º ano de uma escola pública municipal, por ser uma professora muito rígida e resistente aos conceitos novos de Educação, quer reprovar 15 alunos da classe que tem 30. Ela alega que eles não estão alfabetizados. Que até sabem Matemática, História, etc, mas não sabem ler e escrever.
Anteriormente a metodologia pelas cartilhas de alfabetização, do abecê, concebia a alfabetização como a iniciação no uso do sistema ortográfico, hoje isso mudou. Hoje a alfabetização é ampliada e vista como processo de aquisição dos códigos alfabético e numérico ou, em outras palavras, como o uso social da língua verbal e não-verbal, o chamado letramento que deve ser trabalhado, principalmente, na primeira série do ensino fundamental e enfatizada até a quarta-série do mesmo nível de ensino. É aqui que se ensina, realmente, a língua e o sentido que permeia as habilidades lingüísticas como leitura, escrita e ortografia e os números.
Desde 2010, resolução do CNE (Conselho Nacionalde Educação), que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais, recomenda que não deva haver reprovação nos dois primeiros anos do Ensino Fundamental. Segundo o documento, as três séries iniciais constituem o ciclo da alfabetização e letramento.
A Lei 9.394/96 art. 31, inciso I, proíbe a reprovação em sala de alfabetização. Uma criança, em sala de alfabetização, não deve, nem pode ser reprovada, pois a alfabetização não tem caráter avaliativo, com fim de promover o aluno de um nível de ensino para outro. Nenhum aluno, matriculado, em sala de alfabetização, em escolas públicas ou privadas, municipais, estaduais ou federais, pode ficar retido em sala de alfabetização, ou pode ser rotulado de “reprovado”, mesmo que a escola considere que criança não está alfabetizada em leitura, o ensino fundamental, no seu primeiro ciclo, é exatamente para dar início ao processo de alfabetização e durante toda a fase da educação básica o aluno está sendo “alfabetizado” em leitura, escrita, ortografia, informática, e assim adiante. A alfabetização compreende os níveis finais da educação infantil e os dois primeiros anos do ensino fundamental. 
 A LDB 9.394/96 em seu art. 21 o ensino básico é formado pela educação infantil, ensino fundamental e ensino médio.
Na LDB, art. 29 elege-se a educação infantil como a primeira etapa da educação básica, compreendendo em seus anos finais até o segundo ano do ensino fundamental como de “ciclo de alfabetização” (MEC, 2013).
 O professor precisa ter um vasto repertório de metodologias e ser capaz de identificar qual é a mais eficiente em cada caso e para que a retenção escolar seja qualitativa e justificável, as estratégias a serem seguidas devem sempre respeitar a história de vida do estudante.
Vou citar um exemplo: 
João chegou à escola X, com seis anos de idade, matriculado pela família no Primeiro Ano do Ensino Fundamental – série cíclica de sala de alfabetização. Logo nos primeiros dias, João mostrou dificuldades em se relacionar com os colegas e com a professora. Sempre muito tímido e quieto pouco utilizava dos espaços da sala de aula para brincar. Quase não saia de seu lugar. A professora observa e respeita o período de adaptação que João precisou ao longo do ano, especialmente nos primeiros meses. Porém ela percebe em suas anotações que João pouco aproveitou dos recursos pedagógicos ao longo do ano. Durante dois trimestres, João, negou-se a produzir e a mostrar o que sabia. João também tinha crises de pânico toda vez que era solicitado pela professora para escrever ou ler algo. Isso por dois motivos: ele não compreendida o sistema de escrita alfabético e também porque João teve um diagnóstico de depressão na infância. Teve um dia em que a professora chegou perto do João para ler uma história. Naquele dia, João tinha iniciado seu tratamento medicamentoso. Naquele dia o corpo de João estava diferente e seu olhar também. Naquele dia, pela primeira vez, João percebeu que sua professora usava óculos, dizendo “você usa óculos e minha mãe também” foi a primeira troca de olhares entre ele e a professora. Sua condição não o permitiu vincular-se com a aprendizagem. O caso foi discutido por todos os profissionais que cuidavam de João na época.  Juntas, a família e a escola entenderam que João “passou sem saber” durante aquele ano. No consultório, os profissionais observaram que João se beneficiaria com a retenção escolar no Primeiro Ano e com autorização da família, João foi retido. No seu Primeiro Ano (pela segunda vez), João viveu como se fosse a primeira vez. João se alfabetizou. João se vinculou e ele foi para o Segundo Ano, no final daquele ano letivo. João precisou de seu tempo para crescer, e ao ser respeitado em seu tempo, ele respondeu ao convite de aprender. 
Esse sim, foi um caso para uma retenção escolar qualitativa e justificável.
3)O Prof. Paulo, do 3º ano de uma escola estadual, oferece um único instrumento de avaliação para avaliar os alunos: uma prova por bimestre, tanto em Língua Portuguesa como em Matemática. E se o alunos não atingirem a média mínima para aprovação, que é 5,0, na prova ele não oferece recuperação.
O Prof. Paulo mostra uma conduta totalmente inadequada com a Lei.
A Lei 9.394/96, a LDB, ou Lei Darcy Ribeiro, não prioriza o sistema rigoroso e opressivo de notas parciais e médias finais no processo de avaliação escolar. Para essa Lei, ninguém aprende para ser avaliado. Prioriza mais a educação em valores, aprendemos para termos novas atitudes e valores, além de no seu art. 24, inciso V determinar a obrigatoriedade de dar Recuperação.
Na Deliberação 155/17 fica determinado que deve ser utilizado vários instrumentos para avaliar.
Deliberação 155/2017 no Art. 17 - A avaliação dos alunos, a ser realizada pelos professores e pela escola como parte integrante da proposta curricular e da implementação do currículo, é redimensionadora da ação pedagógica e deve:
I - assumir um caráter processual, formativo e participativo, ser contínua, cumulativa e diagnóstica, com vistas a:
a) identificar potencialidades e dificuldades de aprendizagem e detectar problemas de ensino;
b) subsidiar decisões sobre a utilização de estratégias e abordagens de acordo com as necessidades dos alunos, criar condições de intervir de modo imediato e amais longo prazo para sanar dificuldades e redirecionar o trabalho docente;
II - utilizar vários instrumentos e procedimentos, tais como a observação, o registro descritivo e reflexivo, os trabalhos individuais e coletivos, os portfólios, exercícios, provas,
 questionários, dentre outros, tendo em conta a sua adequação à faixa etária e às características de desenvolvimento do educando;
III - fazer prevalecer os aspectos qualitativos da aprendizagem do aluno sobre os quantitativos, bem como os resultados ao longo do período sobre os de provas finais, quando essas ocorrerem, tal como determina a alínea “a” do inciso V do art. 24 da Lei nº 9.394/96.
Na LDB 9394/96, art. 24 , inciso V, fica determinado que a verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios:
a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas finais;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos;
Bibliografia: 
https://www.soniaranha.com.br Acesso em 11/05/2020
https://naya773.jusbrasil.com.br/artigos/668429494/recurso-contra-reprovacao-escolar-saiba-seus-direitos Acesso11/05/2020
Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional 9394/96
Deliberação CEE 155/2017
https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/2921/A-Lei-9394-96-proibe-a-reprovacao-em-sala-de-alfabetizacao Acesso12/05/2020
https://www.ufrgs.br/humanista/2019/05/09/reprovacao-nos-anos-iniciais-diferentes-pontos-de-vista/ Acesso12/05/2020
https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/atualidades/retencao-escolar-interpretacoes-atuais-possibilidades.htm Acesso12/05/2020
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=2850-subsidios-ensinofundamental&Itemid=30192 Acesso12/05/2020

Continue navegando