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Setembro de 2020 Tópico 3 Introdução ao Método Involutivo Aplicado a Avaliação de Glebas Urbanizáveis Prof. Eng. Civil Marcos Mansour Chebib Awad Contato: marcos.mansour@validarengenharia.com.br CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1 INTRODUÇÃO 1.1 Ementa/ nome 1.2 Objetivos 1.3 Bibliografia Básica e Complementar 2. CONCEITOS DA ENGENHARIA DE AVALIAÇÕES APLICADOS A AVALIAÇÕES DE GLEBAS URBANIZÁVEIS E O MÉTODO INVOLUTIVO 2.1 Conceitos Iniciais 2.2 Princípio do Maior e Melhor Uso 2.3 Definições 2.4 Casos 3. PARCELAMENTO DO SOLO URBANO: PRINCIPAIS FUNDAMENTOS E LEGISLAÇÕES URBANÍSTICAS, NOTAS SOBRE A MATÉRIA AMBIENTAL E SOBRE O PROCESSO DE APROVAÇÃO DE LOTEAMENTO (RESIDENCIAL) 3.1 Noções de Parcelamento do Solo 3.2 Notas sobre a Matéria Ambiental 3.3 Aprovação de loteamento 3.4 Normas e Legislações 4. MÉTODO INVOLUTIVO 4.1 Noções sobre Engenharia Econômica (Fluxo de Caixa, Taxa Interna de Retorno e Valor Presente Líquido) 4.2 Processo para o Desenvolvimento do Cálculo Avaliatório (Apresentação de Indicadores) 4.3 Método Involutivo: Estático 4.4 Método Involutivo: Dinâmico. 5. LAUDOS (conteúdo extra) 6. CONCLUSÕES Juro é o valor (montante) que se recebe ou paga para se emprestar ou utilizar o capital emprestado em unidades monetárias (R$, U$, EUR) Taxa de juros é a razão entre os juros cobráveis ou pagáveis ao final de um determinado período de tempo e o dinheiro efetivamente investido ou devido no início daquele mesmo período (%) A TAXA DE JUROS SERÁ A PONTE ENTRE DINHEIROS QUE ENCONTRAM EM DATAS DIFERENTES JUROS 4.1 NOÇÕES SOBRE A ENGENHARIA ECONÔMICA (NBR 14.653-4:2002)3.34 fluxo de caixa: Série de receitas, custos e despesas de um empreendimento ao longo de um determinado período. FLUXO DE CAIXA MODELO DO DIAGRAMA DE FLUXO DE CAIXA 3.35 fluxo de caixa projetado: Projeção de receitas, custos e despesas de um empreendimento ao longo de seu horizonte. 4.1 NOÇÕES SOBRE A ENGENHARIA ECONÔMICA (NBR 14.653-4:2002) 3.93 valor presente líquido: Valor presente, deduzido o investimento. VALOR PRESENTE LÍQUIDO (NBR 14.653-4:2002) 3.75 taxa de desconto: Taxa utilizada para calcular o valor presente de um fluxo de caixa. 4.1 NOÇÕES SOBRE A ENGENHARIA ECONÔMICA VPL = −𝐷 + F1 1 + i 1 + F2 1+ i 2 + F3 1+ i 3 + F4 1 + i 4 +⋯ .+ Fn 1 + i n F1/(1+K)n F1/(1+K) 2 F1/(1+K) -D F2 F n .......... n F1 0 1 2 3 ............. (NBR 14.653-4:2002) 3.80 taxa interna de retorno: Taxa de juros que anula o fluxo de caixa descontado de um investimento. TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 4.1 NOÇÕES SOBRE A ENGENHARIA ECONÔMICA (NBR 14.653-4:2002) 3.80 taxa interna de retorno: Taxa de juros que anula o fluxo de caixa descontado de um investimento. TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) 4.1 NOÇÕES SOBRE A ENGENHARIA ECONÔMICA 8 Porque a importância de conhecer as TIR praticadas nas avaliações? TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) VPL = −𝐷 + F1 1 + i 1 + F2 1 + i 2 + F3 1 + i 3 + F4 1 + i 4 +⋯ .+ Fn 1 + i n Valor de compra do terreno!!!!! 4.1 NOÇÕES SOBRE A ENGENHARIA ECONÔMICA 9 Porque a importância de conhecer as TIR praticadas nas avaliações? TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) VPL = −𝐷 + F1 1 + i 1 + F2 1 + i 2 + F3 1 + i 3 + F4 1 + i 4 +⋯ .+ Fn 1 + i n Informações possíveis de obter no mercado A TIR esperada pelo mercado geralmente é “estimada” dificilmente conseguimos obter essa informação do mercado. 4.1 NOÇÕES SOBRE A ENGENHARIA ECONÔMICA 10 Compra do Terreno Demais Despesas (Excluindo o lucro do incorporador) 0 -R$ 1 -R$ 2 100.000,00R$ (100.000,00)R$ 3 100.000,00R$ (100.000,00)R$ 4 100.000,00R$ (100.000,00)R$ 5 100.000,00R$ (100.000,00)R$ 6 100.000,00R$ (100.000,00)R$ 7 100.000,00R$ (100.000,00)R$ 8 100.000,00R$ (100.000,00)R$ 9 100.000,00R$ (100.000,00)R$ 10 220.000,00R$ 100.000,00R$ 120.000,00R$ 11 220.000,00R$ 100.000,00R$ 120.000,00R$ 12 220.000,00R$ 100.000,00R$ 120.000,00R$ 13 220.000,00R$ 100.000,00R$ 120.000,00R$ 14 220.000,00R$ 100.000,00R$ 120.000,00R$ 15 220.000,00R$ 100.000,00R$ 120.000,00R$ 16 220.000,00R$ 100.000,00R$ 120.000,00R$ 17 220.000,00R$ 100.000,00R$ 120.000,00R$ 18 220.000,00R$ 100.000,00R$ 120.000,00R$ 19 220.000,00R$ 220.000,00R$ 20 220.000,00R$ 220.000,00R$ 21 220.000,00R$ 220.000,00R$ 22 220.000,00R$ 220.000,00R$ 23 220.000,00R$ 220.000,00R$ 24 220.000,00R$ 220.000,00R$ Despesas Receitas Venda de UnidadePeríodo (mês) Fluxo de Caixa Um artifício de cálculo é não inserir o valor de compra do terreno como uma despesa do fluxo de caixa e utilizar uma taxa de desconto próxima a TIR esperada de mercado Taxa de Desconto a.a. = TIR Esperada 25% Taxa de Desconto a.m. 1,862% VPL 1.000.000,00R$ Interpretação: Poderia ser pago R$ 1.000 mil pelo terreno com um retorno de 25% a.a.. Valor Residual 11 Compra do Terreno Demais Despesas (Excluindo o lucro do incorporador) 0 1.000.000,00R$ (1.000.000,00)R$ 1 -R$ 2 100.000,00R$ (100.000,00)R$ 3 100.000,00R$ (100.000,00)R$ 4 100.000,00R$ (100.000,00)R$ 5 100.000,00R$ (100.000,00)R$ 6 100.000,00R$ (100.000,00)R$ 7 100.000,00R$ (100.000,00)R$ 8 100.000,00R$ (100.000,00)R$ 9 100.000,00R$ (100.000,00)R$ 10 220.000,00R$ 100.000,00R$ 120.000,00R$ 11 220.000,00R$ 100.000,00R$ 120.000,00R$ 12 220.000,00R$ 100.000,00R$ 120.000,00R$ 13 220.000,00R$ 100.000,00R$ 120.000,00R$ 14 220.000,00R$ 100.000,00R$ 120.000,00R$ 15 220.000,00R$ 100.000,00R$ 120.000,00R$ 16 220.000,00R$ 100.000,00R$ 120.000,00R$ 17 220.000,00R$ 100.000,00R$ 120.000,00R$ 18 220.000,00R$ 100.000,00R$ 120.000,00R$ 19 220.000,00R$ 220.000,00R$ 20 220.000,00R$ 220.000,00R$ 21 220.000,00R$ 220.000,00R$ 22 220.000,00R$ 220.000,00R$ 23 220.000,00R$ 220.000,00R$ 24 220.000,00R$ 220.000,00R$ Despesas Receitas Venda de UnidadePeríodo(mês) Fluxo de Caixa Valor do terreno para que o empreendedor obtenha uma rentabilidade de 25% a.a. Taxa de Desconto a.a. 7% Taxa de Desconto a.m. 0,565% VPL R$389.652,96 TIR Calculada a.m. 1,862% TIR Calculada a.a. 25% CONCEITUAÇÃO 12 Porque a importância de conhecer as TIR praticadas nas avaliações? TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) E FICA A PERGUNTA NO AR!!!! QUAL A TIR ESPERADA PELO MERCADO???? NO PRÓXIMO ITEM VAMOS APROFUNDAR A IMPORTÂNCIA DAS EXPECTATIVAS DE LUCRO DO EMPREENDEDOR (EM “MARGEM DE LUCRO DO INCORPORADOR”) 4.1 NOÇÕES SOBRE A ENGENHARIA ECONÔMICA • (NBR 14.653-4:2002) 3.84 taxa mínima de atratividade: Taxa de desconto do fluxo de caixa, compatível com a natureza e características do empreendimento, bem como com a expectativa mínima de emulação do empreendedor, em face da sua carteira de ativos. 3.85 taxa nominal: Taxa virtual, associada a juros simples, sem ser, geralmente, referida a um prazo diferente do período de capitalização. Quando embutido o efeito da inflação, denomina-se taxa nominal cheia. 3.86 taxa real: Taxa de juros, descontada a inflação. DEMAIS TAXAS 4.1 NOÇÕES SOBRE A ENGENHARIA ECONÔMICA RESULTADO: TIPO: •ANÁLISE DE INVESTIMENTO •AVALIAÇÃO TÉCNICO- ECONÔMICA •INDICADORES DE VIABILIDADE •IDENTIFICAÇÃO DE VALOR 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) A grande diferença no resultado de ambas as análises é que na avaliação o objetivo é a identificação do valor do bem, já na análise de investimento trata-se da apreciação dos indicadores de viabilidade para a compreensão do negócio imobiliário, normalmente, para um determinado participante do mercado. No caso de uma avaliação ser realizada para um participante específico do mercado (com a utilização de premissas especias), o resultado obtido seria um valor especial. Segundo NBR 14.653-1 (2019), o Método Involutivo: Identifica o valor do bem, alicerçado no seu aproveitamento eficiente, baseado em modelo de estudo de viabilidade técnico-econômica, mediante hipotético empreendimento compatível com as características do bem e com as condições do mercado no qual está inserido, considerando-se cenários viáveis para execução e comercialização do produto. O método involutivo pode identificar o valor de mercado. No caso da utilização de premissas especiais, o resultado é um valor especial. A NBR 14.653/2 – 2011 define as etapas para o desenvolvimento do Método Involutivo, conforme descrito a seguir: 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) INDICADORES!!!!! NOVIDADE 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) Durante o tópico “processo para o desenvolvimento do processo avaliatório” serão apresentados alguns dos indicadores que estão sendo levantados e estudados na dissertação de Mestrado do Engenheiro Marcos Mansour na Universidade Politécnica de Valência. Até o presente momento foram planilhadas e levantadas informações sobre 10 loteamentos. As informações fornecidas foram utilizadas durante o processo de análise para o desenvolvimento dos empreendimentos imobiliários. Em sua maioria tratam-se de loteamentos existentes, entretanto, as informações obtidas não necessariamente correspondem ao realizado. São informações balizadas em pesquisas, estudos e orçamentos detalhados de toda uma equipe técnica de especialistas em parcelamento do solo urbano. 8.2.2.2 Projeto hipotético Na concepção do projeto hipotético, o engenheiro de avaliações deve verificar o aproveitamento eficiente* para o imóvel avaliando, como definido em 3.1. *aproveitamento eficiente - aquele recomendável e tecnicamente possível para o local, numa data de referência, observada a atual e efetiva tendência mercadológica nas circunvizinhanças, entre os diversos usos permitidos pela legislação pertinente. 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) Projeto hipotético Quanto ao projeto hipotético, recomenda-se a definição da fundamentação pretendida junto ao contratante antes da aprovação do trabalho. A NBR 14653/2 – 2011, de acordo com a Tabela 8 (Grau de fundamentação do Método Involutivo), permite o enquadramento do do nível de detalhamento do projeto hipotético de acordo com a definição observada a seguir: Grau III – Anteprojeto ou projeto básico; Grau II – Estudo preliminar; Grau I - Aproveitamento, ocupação e usos presumidos. 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) Projeto hipotético - Grau III – Anteprojeto ou projeto básico; Fonte: ROCHA FILHO, José. Apresentação de Aula do Curso Como Desenvolver Loteamentos Convencionais e Comunidades Planejadas. Campinas: [s.n.], 2016. Obs.1: Um plano de massa (Masterplan) pode ser elaborado por empresas especializadas, CUSTO ALTO. Obs.2: Normalmente, devido aos prazos e honorários pagos para as avaliações somente é realizado um estudo numérico (Grau I nesse quesito). 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) Projeto hipotético - Indicadores 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) Empreendimento Fonte UF Área Terreno Bruta (m²) Área Líquida (m²) Àrea Líquida Vendável (m²) Demais Áreas Líquidas (m²) % área líquida Área do Viário (m²) Relação A. Líquida/ A. Viário Área Ver de/APP (m²) % área Verde/APP sobre área total Sistema de lazer (m²) % de Sistema de Lazer sobre área líquida Área Institucional (m²) % de Área Institucional sobre área líquida Outras Áreas (m²) % de Outras Áreas sobre área líquida Área média do lote (m²) Data base da Informação 1 Fonte A SP 207.247,93 59.679,27 - - 28,80% 29.009,39 2,06 79.713,49 38,46% 22.042,04 36,93% 16.803,74 28,16% - - 217,81 abril-20 2 Fonte A SP 168.552,36 84.537,59 - - 50,16% 49.995,64 1,69 34.019,13 20,18% - - - - - - 236,80 maio-20 3 Fonte A SP 488.979,41 215.640,21 - - 44,10% 134.469,34 1,60 91.439,15 18,70% 22.981,74 10,66% 24.448,97 11,34% - - 270,56 maio-20 4 Fonte B SP 414.506,56 186.572,65 - - 45,01% 108.680,91 1,72 61.498,53 14,84% 35.568,05 19,06% 22.186,42 11,89% - - 238,89 julho-20 5 Fonte C MT 262.699,85 126.604,24 126.604,24 0,00 48,19% 72.146,62 1,75 26.460,15 10,07% 21.183,95 16,73% 16.304,89 12,88% - - 270,52 agosto-15 6 Fonte C SP 325.938,20 140.677,89 134.325,13 6.352,76 43,16% 81.973,62 1,72 67.618,99 20,75% 32.647,00 23,21% 3.020,70 2,15% - - 358,20 abril-15 7 Fonte C RS 188.639,60 101.820,02 101.820,02 0,00 53,98% 53.517,93 1,90 22.940,17 12,16% - - 10.361,44 10,18% 4.155,63 4,08% 374,34 novembro-14 8 Fonte C RS 439.888,82 215.206,79 215.206,79 0,00 48,92% 112.363,47 1,92 75.399,71 17,14% - - - - 36.918,85 17,16% 217,16 outubro-13 9 Fonte C SP 394.603,88 122.561,78 115.996,87 6.564,91 31,06% 50.065,20 2,45 198.881,77 50,40% 19.805,23 16,16% 3.289,90 2,68% - - 439,38 maio-13 10 Fonte C RO 302.957,17 152.780,00 152.780,00 0,00 50,43% 78.062,06 1,96 31.897,18 10,53% - - 40.217,93 26,32% - - 333,58 abril-13 Média 319.401,38 140.608,04 % área líquida 44,38% Relação A. Líquida/ A. Viário 1,88 % área Verde/APP 21,32% % de Sistema de Lazer 20,46% % de Área Institucional 13,20% % de Outras Áreas 10,62% Desvio Padrão 112.514,20 52.889,14 8,30% 0,25 13,06% 9,05% 9,59% 9,24% Coeficiente de Variação 35,23% 37,61% 18,69% 13,09% 61,23% 44,23% 72,62% 87,06% Valor Máximo 488.979,41 215.640,21 53,98% 2,45 50,40% 36,93% 28,16% 17,16% Valor Mínimo 168.552,36 59.679,27 28,80% 1,60 10,07% 10,66% 2,15% 4,08% Projeto hipotético - Indicadores 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) Empreendimento Área Terreno Bruta (m²) % área líquida 1 207.247,93 28,80% 2 168.552,36 50,16% 3 488.979,41 44,10% 4 414.506,56 45,01% 5 262.699,8548,19% 6 325.938,20 43,16% 7 188.639,60 53,98% 8 439.888,82 48,92% 9 394.603,88 31,06% 10 302.957,17 50,43% Média 319.401,38 44,38% Desvio Padrão 112.514,20 8,30% Coeficiente de Variação 35,23% 18,69% Valor Máximo 488.979,41 53,98% Valor Mínimo 168.552,36 28,80% 8.2.2.3 Pesquisa de valores A pesquisa de valores deve ser realizada segundo os preceitos do Método Comparativo Direto de Dados de Mercado, conforme 8.2.1*, e tem como objetivo estimar o valor de mercado do produto imobiliário projetado para a situação hipotética adotada e sua variação ao longo do tempo. *Descrição do Método Comparativo Direto de Dados de Mercado na NBR 14.653/2 – 2011. 8.2.2.4 Previsão de receitas As receitas de venda das unidades do projeto hipotético são calculadas a partir dos resultados obtidos em 8.2.2.3, considerados a eventual valorização imobiliária, preferencialmente inferida, a forma de comercialização identificada na conduta do mercado e o tempo de absorção em face da evolução conjuntural no mercado e evidências de seu desempenho. (PREVISÃO DE VELOCIDADE DE VENDA) 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) Indicadores Comerciais 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) Empreendimento Fonte UF Tipo da tabela de vendas Taxa de juros anual acima da inflação Taxa de juros mensal acima da inflação Prazo máximo do financiamento (meses) Custo de Marketing (% do VGV) Corretagem (% do VGV) Expectativade % médio de lotes vendidos ao mês Área média do lote (m²) Nº Total de Unidades Valor por m² do lote médio no lançamento Data base da Informação Observações: 1 Fonte A SP N/I 12% 0,95% 180 3,00% 6,00% 4,17% 217,81 268 362,81 abril-20 Taxa pode chegar a 9% a.a. dependento do prazo do financeiamento (menor prazo menor taxa) 2 Fonte A SP N/I 12% 0,95% 120 3,00% 5,00% 1,35% 236,80 357 550,00 maio-20 3 Fonte A SP N/I 12% 0,95% 160 2,00% 5,00% 4,17% 270,56 797 436,17 maio-20 4 Fonte B SP Price 10% 0,80% 140 3,00% 5,00% 2,70% 238,89 781 449,79 julho-20 5 Fonte C MT Price 12% 0,95% 144 3,50% 5,50% 4,76% 270,52 468 391,16 agosto-15 6 Fonte C SP Price 12% 0,95% 120 3,30% 6,00% 6,66% 358,20 375 500,00 abril-15 7 Fonte C RS Price 12% 0,95% 144 3,00% 6,00% 6,25% 374,34 272 641,28 novembro-14 8 Fonte C RS Price 12% 0,95% 144 4,00% 6,00% 12,04% 217,16 991 346,97 outubro-13 9 Fonte C SP Price 12% 0,95% 120 4,00% 6,00% 14,29% 439,38 264 367,67 maio-13 10 Fonte C RO Price 12% 0,95% 120 3,50% 5,50% 5,56% 333,58 458 291,22 abril-13 Média 11,80% 0,93% 139,20 3,23% 5,60% 6,20% 295,72 Desvio Padrão 0,63% 0,05% 20,12 0,58% 0,46% 4,03% 76,28 Coeficiente de Variação 5,36% 5,13% 14,45% 18,06% 8,20% 65,07% 25,79% Valor Máximo 12,00% 0,95% 180,00 4,00% 6,00% 14,29% 439,38 Valor Mínimo 10,00% 0,80% 120,00 2,00% 5,00% 1,35% 217,16 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) 8.2.2.4 Previsão de receitas Dica de tabela que calcula de forma linear a velocidade de vendas. Pesquisa realizada pelo profissional que irá realizar a avaliação: Fonte: Elaborado pelo autor Total de Meses até Entrega (lançamento até entrega) Total de Meses de Comercialização (lançamento até a data da avaliação abril 2018) 1 Empreendimento 1 Informante 1 01/10/2016 01/11/2019 152 114 36 19 6,00 3,95% 2 Empreendimento 2 Informante 2 01/04/2016 01/10/2018 102 80 30 25 3,20 3,14% 3 Empreendimento 3 Informante 3 01/08/2017 01/05/2020 136 28 33 9 3,11 2,29% 4 Empreendimento 4 Informante 4 01/05/2016 01/05/2018 138 103 36 24 4,29 3,11% 5 Empreendimento 5 Informante 5 01/12/2015 01/05/2019 130 113 48 29 3,90 3,00% 3,10% Empreendimento Data de lançamento (início de vendas) Data de Entrega Total de unidades no empreendimento Total de unidades vendidas Velocidade de vendas (unidades/mês) Velocidade de vendas (%/mês) Item Informante Velocidade de Vendas Inferida no Mercado 8.2.2.5 Levantamento do custo de produção do projeto hipotético Este levantamento corresponde à apuração dos custos diretos e indiretos, inclusive de elaboração e aprovação de projetos necessários à transformação do imóvel para as condições do projeto hipotético. O valor/custo da construção pode ser calculado através de estimativas, orçamentos preliminares e orçamentos analíticos (detalhados), de acordo com o rigor que se pretenda atribuir à avaliação. Umas das etapas para avaliar uma Gleba Urbanizável com base no Método Involutivo, é calcular os custos de urbanização do empreedimento. Como visto anteriormente tal custo pode ser orçado ou estimado. Como normalmente não foram elaborados projetos urbanísticos fica limitada a realização de orçamentos detalhados. Assim, utiliza-se um custo padronizado de urbanização publicado pela Revista Mercado e Construção da Editora PINI. Na tabela a seguir pode-se observar a estimativa do custo direto de urbanização para um módulo de 1.000m² (área líquida do lote). 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) 8.2.2.5 Levantamento do custo de produção do projeto hipotético Fonte: acessado em <https://tcpoweb.pini.com.br/DocViewer.aspx?docset=9> para assinantes 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) https://tcpoweb.pini.com.br/DocViewer.aspx?docset=9 Indicadores de Custo 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) Empreendimento Fonte UF Área Terreno Bruta (m²) Área Líquida (m²) Tipologia Custo de urbanização Total (R$) Custo de urbanização (R$/m² de a. líquida) Infraestrutura Complementar VGV (R$) Contra Partidas (e obras externas) (R$) % contra partida do VGV Infraestrutura Extra obrigatória (contrapartida) Data base da Informação 1 Fonte A SP 207.247,93 59.679,27 Loteamento aberto 7.742.870,36 129,74 parque infantil, equipamento de ginástica ao ar livre 21.652.437,61 R$ 683.192 3,16% Adutora de água abril-20 2 Fonte A SP 168.552,36 84.537,59 Loteamento fechado 19.105.495,34 226,00 Clube, portaria e muro 46.495.674,50 R$ 800.000 1,72% N/I maio-20 3 Fonte A SP 488.979,41 215.640,21 Loteamento aberto 26.329.669,53 122,10 - 94.055.790,40 R$ 2.729.725 2,90% adutora de água maio-20 4 Fonte B SP 414.506,56 186.572,65 Loteamento aberto 22.979.284,58 123,17 Equipamentos de lazer (campo de futebol, pista de skate, equipamentos de ginástica, bicicletários. 83.918.329,00 R$ 891.014 1,06% Emissão Esgoto julho-20 5 Fonte C MT 262.699,85 126.604,24 Condomínio de lotes fechado 16.599.278,23 131,11 Clube/ espaço fitness/ goumert/Piscina/ Quadra de áreia 49.522.062,00 R$ 3.000.000 6,06% Execução emissário esgoto/ampliação da ETE existente/ rede de adutora/ melhoria de captação de água do rio /implantação de parque na área verde agosto-15 6 Fonte C SP 325.938,20 140.677,89 Loteamento fechado 22.495.965,42 159,91 Clube/ espaço fitness/Piscina/ Quadra de áreia 67.162.655,00 R$ 2.036.174 3,03% Indenização para uso da ETE, execução adutora e obras de drenagem para interligação com rede pública abril-15 7 Fonte C RS 192.795,19 101.820,02 Loteamento aberto 13.824.697,70 135,78 Playground e Ciclovoa (não tem clube) 65.294.871,00 R$ 4.113.203 6,30% Emissário de esgoto sanitário 3,5 Km e emissário de drenagem pluvial 2,5 km novembro-14 8 Fonte C RS 439.888,82 215.206,79 Loteamento aberto 15.863.518,00 73,71 Playground , quadra poliesportiva e área de convivência (não tem clube) 74.670.708,00 R$ 1.821.698 2,44% Pavimentação de viário externo ao loteamento outubro-13 9 Fonte C SP 394.603,88 122.561,78 Loteamento fechado 15.799.641,02 128,91 Clube, piscinas, quadras, salão de jogos, solarium, playgorund, fitness, etc. 42.648.405,00 R$ 1.210.014 2,84% acesso externo maio-1310 Fonte C RO 302.957,17 152.780,00 Loteamento fechado 15.095.107,65 98,80 Clube, piscinas, quadras, salão de festas, solarium, playgorund, fitness, etc. 44.492.163,00 R$ 194.414 0,44% Acesso e adutora abril-13 Média 17.583.552,78 132,92 1.747.943,27 2,99% Desvio Padrão 5.336.734,60 39,88 1.233.060,90 1,90% Coeficiente de Variação 30,35% 30,00% 70,54% 63,54% Valor Máximo 26.329.669,53 226,00 4.113.202,82 6,30% Valor Mínimo 7.742.870,36 73,71 194.414,00 0,44% Inclui custos indiretos Atenção especial!!!!! Item normalmente não considerado Atenção para data base (custos apresentados não estão corrigidos) 8.2.2.6 Previsão de despesas adicionais Podem ser incluídas, quando pertinentes, entre outras, as seguintes despesas: a) de compra do imóvel (como por exemplo comissões); b) de administração do empreendimento, inclusive vigilância; c) com impostos, taxas e seguros; d) com publicidade; e) com a comercialização das unidades. 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) Marketing Corretagem 8.2.2.7 Margem de lucro do incorporador 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) 8.2.2.7 Margem de lucro do incorporador 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) Quando for usada margem de lucro em modelos que não utilizem fluxo de caixa, esta margem deve ser considerada proporcional ao risco do empreendimento, que está diretamente ligado à quantidade de unidades resultantes do projeto, ao montante investido e ao prazo total previsto para retorno do capital. A margem de lucro adotada em modelos estáticos deve ter relação com o que é praticado no mercado. Partir a análise da situação de equilíbrio de 100% sobre o valor do terreno. Em empreendimentos e terrenos com maior risco, é recomendável aumentar a margem, analogamente, em empreendimentos e terrenos de menor risco é recomendável diminuir a margem. Dica para estudos estáticos!!! (O que não está escrito nos livros!) 8.2.2.7 Margem de lucro do incorporador 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) TIR observada dos empreendimentos estudados – Resultados Fonte: Estudo de Taxas Internas de Retorno (TIR) para Empreendimentos Imobiliários Residenciais na Cidade de São Paul, 2017 acessado em <http://www.ibape- sp.org.br/arquivos/TIR_0702__baixa.pdf> Ressalva: Estudo realizado para incorporação imobiliária de edifícios residenciais verticais!!! E para loteamento? 8.2.2.7 Margem de lucro do incorporador 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) Empreendimento Fonte UF Área Terreno Bruta (m²) Área Líquida (m²) Tipologia Área média do lote (m²) Nº Total de Unidades VGV (R$) Taxa Interna de Retorno (% a.a.) Pretendida % de Parceria Exposição máxima de caixa (nominal) EXP/VGV Data base da Informação Observações 1 Fonte A SP 207.247,93 59.679,27 Loteamento aberto 217,81 268 21.652.437,61 42,00% 28% 3.414.830,00 16% abril-20 2 Fonte A SP 168.552,36 84.537,59 Loteamento fechado 236,80 357 46.495.674,50 37,59% 35% 6.077.550,00 13% maio-20 Propietário banca 2Mi de obras complementares 3 Fonte A SP 488.979,41 215.640,21 Loteamento aberto 270,56 797 94.055.790,40 43,10% 35% 13.311.428,00 14% maio-20 4 Fonte B SP 414.506,56 186.572,65 Loteamento aberto 238,89 781 83.918.329,00 19,93% 32% 20.193.000,00 24% julho-20 5 Fonte C MT 262.699,85 126.604,24 Condomínio de lotes fechado 270,52 468 49.522.062,00 23,10% 32% 13.004.000,00 26% agosto-15 6 Fonte C SP 325.938,20 140.677,89 Loteamento fechado 358,20 375 67.162.655,00 26,00% 40% 16.950.000,00 25% abril-15 7 Fonte C RS 192.795,19 101.820,02 Loteamento aberto 374,34 272 65.294.871,00 19,82% 33% 18.272.000,00 28% novembro-14 8 Fonte C RS 439.888,82 215.206,79 Loteamento aberto 217,16 991 74.670.708,00 32,10% 32% 13.197.500,00 18% outubro-13 9 Fonte C SP 394.603,88 122.561,78 Loteamento fechado 439,38 264 42.648.405,00 22,80% 32% 12.123.000,00 28% maio-13 10 Fonte C RO 302.957,17 152.780,00 Loteamento fechado 333,58 458 44.492.163,00 22,70% 33% 13.329.000,00 30% abril-13 Média 28,91% 33,18% 12.987.230,80 22,26% Desvio Padrão 9,07% 2,96% 5.120.148,44 6,42% Coeficiente de Variação 31,35% 8,93% 39,42% 28,86% Valor Máximo 43,10% 39,50% 20.193.000,00 29,96% Valor Mínimo 19,82% 28,00% 3.414.830,00 13,07% Ressalva: TIR apresentada considerando parceria. Será necessário ajuste para a compra da área (avaliação). 8.2.2.8 Prazos No caso de adoção de modelos dinâmicos, recomenda-se que: a) o prazo para a execução do projeto hipotético seja compatível com as suas características fisicas, disponibilidade de recursos, tecnologia e condições mercadológicas; b) o prazo para a venda das unidades seja compatível com a estrutura, conduta e desempenho do mercado. 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) 8.2.2.8 Prazos Em modelos dinâmicos o prazo de urbanização deverá ser estimado. O gráfico a seguir apresenta o prazo provável de urbanização em relação ao tamanho da gleba e os serviços de urbanização executados. Vale ressaltar que o prazo estimado com base no gráfico, trata-se de uma ESTIMATIVA. O prazo de aprovação do empreendimento não está contido dentro deste prazo estimado. 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) Fonte: Professor Hélio Roberto Ribeiro de Cairas, Apostila do Curso Avaliações de Glebas Urbanizáveis 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) Indicadores Temporais 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) Empreendimento Fonte UF Área Terreno Bruta (m²) Área Líquida (m²) Início da Aprovação do Projeto Data do registro Data Lançamento Total de meses para início das vendas Início das Obras Fim da Obra Total de meses para início das Obras Período de obras (meses) Velocidade de urbanização Área líquida / mês Data base da Informação 1 Fonte A SP 207.247,93 59.679,27 ago/16 mai/20 jun/20 47 abr/20 dez/21 45 24 2.486,64 abril-20 2 Fonte A SP 168.552,36 84.537,59 ago/12 jan/14 mai/14 22 mai/14 abr/16 22 24 3.522,40 maio-20 3 Fonte A SP 488.979,41 215.640,21 jan/18 ago/21 set/21 45 out/21 set/23 46 24 8.985,01 maio-20 4 Fonte B SP 414.506,56 186.572,65 dez/17 abr/20 mai/21 42 mai/21 abr/23 42 24 7.773,86 julho-20 5 Fonte C MT 262.699,85 126.604,24 nov/13 nov/15 set/15 23 set/15 ago/17 23 24 5.275,18 agosto-15 6 Fonte C SP 325.938,20 140.677,89 nov/12 abr/15 abr/15 30 abr/15 ago/16 30 17 8.275,17 abril-15 7 Fonte C RS 192.795,19 101.820,02 set/11 out/14 nov/14 39 ago/14 dez/15 17 17 5.989,41 novembro-14 8 Fonte C RS 439.888,82 215.206,79 mai/12 set/13 out/13 18 out/13 set/16 18 36 5.977,97 outubro-13 9 Fonte C SP 394.603,88 122.561,78 abr/10 abr/13 jun/13 39 abr/13 abr/15 37 24 5.106,74 maio-13 10 Fonte C RO 302.957,17 152.780,00 mai/12 jan/13 jun/13 14 abr/13 out/15 12 31 4.928,39 abril-13 Média 319.816,94 32 29 5.832 Desvio Padrão 111.984,01 12,00 12,55 2.052,25 Coeficiente de Variação 35,02% 37,63% 42,98% 35,19% Valor Máximo 488.979,41 47 46 8.985 Valor Mínimo 168.552,36 14 12 2.487 Indicadores Temporais 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) Empreendimento Área Terreno Bruta (m²) Total de meses para início das vendas Total de meses para início das Obras 1 207.247,93 47 45 2 168.552,36 22 22 3 488.979,41 45 46 4 414.506,56 42 42 5 262.699,85 23 23 6 325.938,20 30 30 7 192.795,19 39 17 8 439.888,82 18 18 9 394.603,88 39 37 10 302.957,1714 12 Média 319.816,94 32 29 Desvio Padrão 111.984,01 12,00 12,55 Coeficiente de Variação 35,02% 37,63% 42,98% Valor Máximo 488.979,41 47 46 Valor Mínimo 168.552,36 14 12 Indicadores Temporais 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) Empreendimento Área Líquida (m²) Velocidade de urbanização Área líquida / mês 1 59.679,27 2.486,64 2 84.537,59 3.522,40 3 215.640,21 8.985,01 4 186.572,65 7.773,86 5 126.604,24 5.275,18 6 140.677,89 8.275,17 7 101.820,02 5.989,41 8 215.206,79 5.977,97 9 122.561,78 5.106,74 10 152.780,00 4.928,39 Média 5.832 Desvio Padrão 2.052,25 Coeficiente de Variação 35,19% Valor Máximo 8.985 Valor Mínimo 2.487 8.2.2.9 Taxas No caso de adoção de modelos dinâmicos, recomenda-se explicitar as taxas de valorização imobiliária, de evolução de custos e despesas, de juros do capital investido e a mínima de atratividade. 8.2.2.10 Modelos A avaliação pode ser realizada com a utilização dos seguintes modelos, em ordem de preferência: a) por fluxos de caixa específicos; b) com a aplicação de modelos simplificados dinâmicos; c) com a aplicação de modelos estáticos. 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) RESSALVA: EXISTEM ESTUDOS DE MERCADO IMOBILIÁRIO ELABORADOS POR EMPRESAS ESPECIALIZADAS FOCADOS NA DEMANDA, OFERTA E MELHOR (ES) PRODUTO (S) PARA UMA DETERMINADA REGIÃO (CUSTO ALTO). URBAN SYSTEM PROSPECTA ETC… 4.2 PROCESSO PARA O DESENVOLVIMENTO DO CÁLCULO AVALIATÓRIO (APRESENTAÇÃO DE INDICADORES) 3.47 MODELO ESTÁTICO (NBR 14.653/2- 2011) Modelo que utiliza fórmulas simplificadas e que não leva em conta o tempo de ocorrência das despesas e receitas. Existem alguns modelos estáticos estudados e apresentados na literatura da Engenharia de Avaliações dentre eles: ▪ Fórmula do Oscar Olave; ▪ Fórmula do Hélio de Caires;e ▪ Fórmula sugerida para utilização. 4.3 MÉTODO INVOLUTIVO: ESTÁTICO MODELO ESTÁTICO Fórmula de Oscar Olave; X = S (1 – K) * q Dt, 1 + L Onde: X = valor da gleba bruta; S = área total da gleba; K = percentual de gleba destinada à circulação, áreas verdes e áreas institucionais (definido por legislação municipal e características do imóvel) q = valor médio por metro quadrado dos lotes circunvizinhos; L = lucro do empreendimento; Dt= Despesas totais de urbanização e implantação do loteamento. 4.3 MÉTODO INVOLUTIVO: ESTÁTICO MODELO ESTÁTICO Fórmula do Hélio de Caires; VG = 0,620 x S x q – 0,985 x Du Onde: VG = valor da gleba S = área da gleba q = valor unitário de lote Du = Despesas de Urbanização 4.3 MÉTODO INVOLUTIVO: ESTÁTICO MODELO ESTÁTICO Fórmula sugerida para utilização; A seguir pode-se observar a fórmula proposta para o cálculo de um modelo estático. Sugere-se tal fórmula para a elaboração do Modelo Estático, pois as fórmulas observadas anteriormente são muito simplistas podendo levar a valores não praticados no mercado. VGV = CCM + IMP + DU + CFI + MLI + VT + OUTROS 4.3 MÉTODO INVOLUTIVO: ESTÁTICO MODELO ESTÁTICO Legenda: VGV: Valor Geral de Vendas – Receita do empreendimento CCM: Custo de Comercialização e Marketing (aproximadamente 7% do VGV) IMP: Impostos - IRPJ, PIS, COFINS e CSLL (Lucro presumido estima-se em cerca de 6,73% do VGV - ver dedução na próxima página) DU: Custo de Construção/Despesas com Urbanização CFI: Custo financeiro (estimado conforme prazo de maturação do empreendimento e fórmula de juros compostos) MLI: Margem de Lucro do Incorporador/Investidor (partir a análise da situação de equilíbrio de 100% sobre o valor do terreno. Em empreendimentos de maior risco, como loteamentos, é recomendável aumentar a margem para patamares de 150% sobre o valor do terreno) VT: Valor do Terreno Outros: Outros custos necessários para implantação do empreendimento 4.3 MÉTODO INVOLUTIVO: ESTÁTICO MODELO ESTÁTICO Legenda: RESUMO IMPOSTOS: Para loteametos: Lucro Presumido: Presunção de Lucro: 8 % sobre receita bruta para IRPJ e 12% sobre a receita bruta para fins de cálculo de CSLL 1. CSLL: 9% sobre o lucro (12%): Total estimado em: 1,08% sobre a receita bruta; 2. IRPJ: 15% sobre o lucro (8%): Total estimado em: 1,20% sobre a receita bruta; 3. IRPJ Adicional: 10% sobre aquilo que ultrapassar R$ 60.000,00 no trimestre, para simplificação do cálculo considera-se 10% sobre o lucro (8%): Total estimado em: 0,80% sobre a receita bruta; 4. PIS: 0,65% sobre a receita bruta; 5. COFINS: 3,00% sobre a receita bruta; TOTAL 6,73% sobre a receita bruta Obs.: Tais impostos servem tanto para o estudo estático quanto dinâmico 4.3 MÉTODO INVOLUTIVO: ESTÁTICO 3.46 MODELO DINÂMICO (NBR 14.653/2- 2011) “Modelo no qual as despesas e receitas são previstas ao longo do tempo, com base em fluxo de caixa” O fluxo de caixa descontado é uma ferramenta econômica muito utilizada no mercado imobiliário quando o imóvel possui vocação para desenvolvimento de empreendimento. No caso da engenharia de avaliações o resultado do fluxo de caixa irá expressar o quanto um empreendedor poderia pagar pelo terreno aferindo as despesas e receitas estudadas. Para que o resultado expresse o valor de mercado as despesas e receitas estudadas deverão estar condizentes com a prática do mercado da região. Para a aplicação do modelo dinâmico com fluxo de caixa, para avaliação da gleba, será necessário o estudo de alguns dados, dentre eles: 4.4 MÉTODO INVOLUTIVO: DINÂMICO ▪ Determinar os prazos dos eventos do empreendimento (horizonte do empreendimento) ▪ Estimativa de ocupação da gleba (área líquida de venda); ▪ Valores dos lotes (estudo de mercado de loteamentos na região- método comparativo para lotes urbanizados); ▪ Velocidade de venda dos lotes; ▪ Cálculo dos custo direto de urbanização (pode ser estimado pelo custo publicado na revista Construção e Mercado da editora PINI ou com base em orçamento específico); ▪ Cálculo do custo indireto de urbanização (projetos, taxa de gerenciamento da obra, custo financeiro, dentre outros); ▪ Estimativa da taxa de atratividade do empreendedor;e ▪ Estimativa da taxa de desconto, incluindo o risco do empreendedor. A seguir é apresentada uma hipótese para o horizonte de um empreendimento paradigma do tipo loteamento. 4.4 MÉTODO INVOLUTIVO: DINÂMICO Os itens observados na tabela anterior estão de acordo com o capítulo referente a sequência para aprovação do loteamento observado nas aulas anteriores. Foram inseridas apenas duas linhas adicionais a tabela apresentada anteriormente, sendo uma para o prazo das obras de urbanização e a outra para o prazo de venda dos lotes. A gleba paradigma adotada para a periodização observada anteriormente, está descrita a seguir: iten/ Mês 1 2 3 4 5 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 72 73 74 75 1 2 1M 3 (EAS) 4 5 6 e 7 8 (RI) 9 e 10 Obras 11 Vendas 6M 15M Horizonte de Aprovação de um Loteamento com EAS 4M 3M 3M 6M Prazo total do empreendimento 75 meses ou 6 anos e 3 meses 2M 3M Total para início das obras 25 meses Total para início das vendas 28 meses 48M 4.4 MÉTODO INVOLUTIVO: DINÂMICO ▪ Área total bruta: 600.000 m² (entre 50ha à 100ha, considerando EAS); ▪ Aproveitamento:40% ▪ Área líquida: 240.000 m² ▪ Lote médio: 500 m² ▪ Número de lotes: 480 unidades ▪ Velocidade de Venda: 10 lotes por mês ▪ Prazo de venda total: 48 meses ▪ Prazo estimado para urbanização: 18 meses (de acordo com o gráfico da apostila do Prof. Hélio Roberto Ribeiro de Caires) A estrutura básica do fluxo de caixa apresentada a seguir foi observada no Capítulo de Avaliações de Glebas Urbanizáveis do Livro Engenharia de Avaliações Volume 1 de autoria dos Engenheiros Fábio Guilherme Neuber Martins e Fernando Guilherme Martins. 4.4 MÉTODO INVOLUTIVO: DINÂMICO I – Demosntrativode lucro e perdas Receitas. Despesas de Urbanização Saldo Operacional (1-2) Despesas de Venda. Lucro antes do imposto de Renda Imposto de Renda. Lucro Após o Imposto de Renda II - Fluxo de Caixa do Empreendimento Entradas de Caixa Lucro Após o Imposto de Renda. Saídas de Caixa. Despesas Iniciais Fluxo de Caixa Final 4.4 MÉTODO INVOLUTIVO: DINÂMICO O desenvolvimento do fluxo de caixa irá permitir o profissional estudar os indicadores econômicos da qualidade de um empreendimento imobiliário, tais como: ▪ Exposição máxima; ▪ Payback; ▪ Valor presente líquido (VPL); ▪ Taxa interna de retorno (TIR); Gráfico do fluxo de caixa de um empreendimento imobiliário 4.4 MÉTODO INVOLUTIVO: DINÂMICO Definição: Laudo de Avaliação é o resultado técnico, que apresenta elementos esclarecedores e as conclusões dos trabalhos de avaliação. Segundo a NBR NBR 14.653/2:2011 os requisitos mínimos que devem conter um laudo completo de avaliação, estão listados a seguir: a) identificação da pessoa física ou jurídica e/ou seu representante legal que tenha solicitado o trabalho; b) finalidade do laudo, quando informado pelo solicitante; c) objetivo da avaliação; d) pressupostos, ressalvas e fatores limitantes e) identificação e caracterização do bem avaliando ; f) diagnóstico de mercado g) indicação do(s) método(s) utilizado(s), com justificativa da escolha; h) especificação da avaliação; i) planilha dos dados utilizados 5 LAUDOS Segundo a NBR NBR 14.653/2:2011 os requisitos mínimos que devem conter um laudo completo de avaliação, estão listados a seguir: j) no caso de utilização do método comparativo direto de dados de mercado, descrição das variáveis do modelo, com a definição do critério de enquadramento de cada uma das características dos elementos amostrais. A escala utilizada para definir as diferenças qualitativas deve ser especificada de modo a fundamentar o correto agrupamento dos dados de mercado; k) tratamento dos dados e identificação do resultado - Explicitar os cálculos efetuados, o campo de arbítrio, se for o caso, e justificativas para o resultado adotado. No caso de utilização do método comparativo direto de dados de mercado, deve ser apresentado o gráfico de preços observados versus valores estimados pelo modelo, conforme 8.2.1.4.1; l) resultado da avaliação e sua data de referência; m) qualificação legal completa e assinatura do(s) profissional(is) responsavel(is) pela avaliação. 5 LAUDOS Sugestão de estrutura básica de um laudo de avaliação ➢ Elementos pré-textuais: Capa, sumário; ➢ Elementos textuais: Introdução (preliminares), descrição do objeto e do verificado em vistoria, análises, conclusão e respostas aos quesitos (se judicial e se formulados); ➢ Elementos pós-textuais: Anexos; Apêndices. A seguir observa-se de forma esquematizada: Segundo a Arquiteta Cirlene Mendes da Silva1: “A estrutura de um laudo deve ser traçada de forma lógica segundo o objeto da perícia, para um melhor encadeamento de fatos e de ideias.” 1Apostila do Curso Laudos Periciais: Formas de Redação e Elaboração, março 2018 . 5 LAUDOS Fonte: Adaptado da Apostila do Curso Laudos Periciais: Formas de Redação e Elaboração, março 2018, Arquiteta Cirlene Mendes da Silva . Diagnóstico de mercado Itens que necessitam de atenção especial em avaliações de glebas urbanizáveis 5 LAUDOS ➢ PRESSUPOSTOS RESSALVAS E FATORES LIMITANTES (EXEMPLOS) ▪ O resultado desta avaliação fundamenta-se no fato de que não existem restrições quanto à comercialização da propriedade, ou seja, não existem dívidas nem matrículas com impedimentos jurídicos, irregularidades tributárias, entre outros; ▪ Não faz parte do escopo do presente trabalho a verificação da efetiva propriedade do imóvel; ▪ Estudos e laudos ambientais e de contaminação do solo não fazem parte do escopo deste trabalho; ▪ Recomendamos a apresentação de levantamento planimétrico georreferenciado para aferição dos limites e confrontações do imóvel avaliado (PREFERENCIALMENTE QUE SEJA AVERBADO NA MATRÍCULA); 5 LAUDOS ➢ PRESSUPOSTOS RESSALVAS E FATORES LIMITANTES (EXEMPLOS) ▪ Recomenda-se a apresentação de certidão de uso e ocupação do solo para aferição das premissas utilizadas no presente trabalho; ▪ Não foram realizadas consultas formais para verificar a possibilidade de desenvolvimento de empreendimento imobiliário sobre o terreno em estudo. O item zoneamento foi descrito conforme legislação disponível para consulta pública; ▪ Recomenda-se a realização de um Diagnóstico Ambiental, cujo principal produto é o Mapa de Viabilidade Ambiental que aponta as áreas passíveis de ocupação e as de restrição ambiental; ▪ O presente estudo destina-se à gerar conhecimento do valor de mercado para compra/venda do imóvel ora avaliado para fins de garantia bancária, sendo defeso a sua utilização para qualquer outra finalidade; ▪ Recomenda-se a apresentação de estudo de vocação e demanda de mercado para a confirmação das informações utilizadas no cálculo do fluxo de caixa do presente trabalho; 5 LAUDOS Trata-se de gleba localizada na Av. X, Bairro Y, Cidade Z, Estado J. A seguir é possível observar o desenho do perímetro do imóvel em estudo com base em imagem do Google Earth e levantamento planimétrico fornecido pelo cliente Perímetro (em vermelho) do imóvel objeto do estudo Fonte: Google Earth Pro com base em levantamento planimétrico fornecido pelo cliente. EXEMPLO DE COMO FAZER ➢ DESCRIÇÃO DO OBJETO DA PERÍCIA 5 LAUDOS ➢ DESCRIÇÃO DO OBJETO DA PERÍCIA Área do terreno: 97.212,81m² (conforme matrícula n° XXX do X° Cartório Registro de Imóveis de XXXX/XX, datada em 02/10/2015 e levantamento planimétrico); Topografia: Plano-praticamente plano (Google Earth Pro e Vistoria in Loco); Vegetação: Capim (aparentemente não possui área de preservação permanente); Formato: Irregular; Segundo informações do cliente está em fase de aprovação um loteamento residencial sobre a gleba em estudo. A seguir pode-se observar o quadro de áreas do empreendimento. EXEMPLO DE COMO FAZER (continuação) 5 LAUDOS ➢ DESCRIÇÃO DO OBJETO DA PERÍCIA EXEMPLO SOBREPOSIÇÃO DE PLANTA NO GOOLGLE EARTH 5 LAUDOS ➢ DESCRIÇÃO DO OBJETO DA PERÍCIA EXEMPLO DESCRIÇÃO DE ÁREAS COM POSSÍVEIS RESTRIÇÕES DE OCUPAÇÃO No dia da vistoria in loco, bem como por meio de aferições realizadas no Google Earth Pro, destacamos que foi observado a presença de possíveis áreas com restrições de 360.000,00 m² (estimado por meio do Google Earth Pro), conforme pode ser observado a seguir. Possíveis áreas com restrições Fonte: Elaborado pelo autor com base em medidas estimadas por meio do Google Earth Pro. 5 LAUDOS ➢ ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO EXEMPLO DE COMO NÃO FAZER!!!!!! DO ZONEAMENTO É nosso entendimento que inicialmente devemos tratar de alguns assuntos e conceitos técnicos inerentes ao assunto. O presente trabalho tem por especial finalidade proceder a avaliação de uma gleba urbanizável que, em parte, encontram-se divididos por diferentes zonas municipais. A análise foi feita com base na lei vigente e possui os seguintes aspectos a serem considerados: 5 LAUDOS ➢ ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO ▪ No exemplo anterior não é possível identificar o perímetro do imóvel objeto de avaliação dentro do mapa do zoneamento; ▪ Não é especificada a atual lei de uso e ocupação do solo e nem o plano diretor; ▪ Não é salientado em qual (quais) zonas de uso e ocupação do solo o imóvel está inserido; ▪ Não são apresentados os usos e parâmetros urbanísticos incidentes sobre o imóvel em análise. 5 LAUDOS EXEMPLO DE COMO FAZER ➢ ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO A legislação de Parcelamento Uso e Ocupação do Solo é determinada pela Lei n.º 16.402/16. Esta lei estabelece normas complementares à Lei nº 16.050/14 (Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo - PDE). Ela dispõe sobre o parcelamento, disciplina e ordena o uso e a ocupação do solo do Município de São Paulo. De acordo com essa legislação, a propriedadeencontra-se, em perímetro de Zona Centralidade (ZC). Deve, desta forma, obedecer aos critérios de uso e ocupação normalmente admitidos nestes segmentos. 5 LAUDOS EXEMPLO DE COMO FAZER (continuação) ➢ ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO Mapa de Uso e Ocupação do Solo (perímetro do imóvel em vermelho) Fonte: Elaborado pelo autor com base no GeoSampa 5 LAUDOS Na tabela a seguir, pode-se observar os parâmetros urbanísticos de uso e ocupação do solo para as referidas Zona Centralidade (ZC). Fonte: Elaborado pelo autor com base na Lei n° 16.402/16, de 22 de março de 2.016, do município de São Paulo/SP. Quadro dos Parâmetros Urbanísticos 5 LAUDOS EXEMPLO DE COMO FAZER (continuação) ➢ ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO Analisando o quadro anterior ressaltam-se os principais parâmetros urbanísticos observados para o imóvel em análise: A) Zona Centralidade (ZC) CAb: 1,0 CAM: 2,0 TO: 70% (áreas superiores a 500m²) A seguir é possível observar os quadros com os usos permitidos e não permitidos : EXEMPLO DE COMO FAZER (continuação) ➢ ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO 5 LAUDOS QUALIFICAÇÃO QUALIFICAÇÃO QUALIFICAÇÃO ZC ZC ZC ZC ZC ZC SIM R1 SIM nR1-1 SIM SIM R2h-1 SIM nR1-2 SIM SIM R2h-2 SIM nR1-3 SIM SIM R2h-3 SIM nR1-4 SIM SIM R2v-1 SIM nR1-5 SIM SIM R2v-2 SIM nR1-6 SIM SIM R2v-3 SIM nR1-7 SIM SIM R2v-4 NÃO nR1-8 SIM SIM EHIS SIM nR1-9 SIM SIM EHMP SIM nR1-10 SIM SIM nRa-1 SIM nR1-11 SIM SIM nRa-2 SIM nR1-12 SIM SIM nRa-3 SIM nR1-13 SIM SIM nRa-4 SIM nR1-14 SIM SIM nRa-5 SIM nR1-15 SIM SIM nRa-6 NÃO nR1-16 SIM SU B C A T. U SO C A T. U SO SU B C A T. U SO G R U P O S D E A TI V ID A D ES R ES ID EN C IA L R N Ã O R ES ID EN C IA L n R a G R U P O S D E A TI V ID A D ES N Ã O R ES ID EN C IA L n R 1 C A T. U SO Quadro dos Usos Permitidos e Não Permitidos Fonte: Elaborado pelo autor com base na Lei n° 16.402/16, de 22 de março de 2.016, do município de São Paulo/SP. EXEMPLO DE COMO FAZER (continuação) ➢ ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO 5 LAUDOS QUALIFICAÇÃO ZC ZC nR2-1 SIM nR2-2 SIM nR2-3 SIM nR2-4 SIM nR2-5 SIM nR2-6 SIM nR2-7 SIM nR2-8 SIM nR2-9 SIM nR2-10 SIM nR2-11 SIM nR2-12 SIM nR2-13 SIM nR2-14 SIM nR2-15 SIM nR3-1 SIM nR3-2 SIM nR3-3 SIM nR3-4 SIM nR3-5 SIM nR3-6 SIM nR3-7 SIM nR3-8 SIM nR3-9 SIM nR3 SU B C A T. U SO G R U P O A TI V ID A D ES C A T . U SO N Ã O R ES ID EN C IA L nR2 Quadro dos Usos Permitidos e Não Permitidos (continuação) Fonte: Elaborado pelo autor com base na Lei n° 16.402/16, de 22 de março de 2.016, do município de São Paulo/SP. EXEMPLO DE COMO FAZER (continuação) ➢ ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO 5 LAUDOS Analisando os quadros anteriores ressalta-se que a maioria dos usos residenciais, não residenciais e industriais são permitidos, com exceção ao ind-2 (atividade industrial geradora de impactos urbanísticos e ambientais, que implica a fixação de padrões específicos referentes às características de ocupação dos lotes, de acesso, de localização, de tráfego, de serviços urbanos e aos níveis de ruído, de vibração e de poluição ambiental). Ressalta-se também que o uso R2-V4 (conjunto residencial com mais de 20.000m² de área construída computável) não é permitido. Também foram observados os parâmetros de parcelamento do solo (dimensões do lote) por zona, conforme abaixo: EXEMPLO DE COMO FAZER (continuação) ➢ ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO 5 LAUDOS Parâmetros de parcelamento do solo (dimensões de lote) por zona Fonte: Elaborado pelo autor com base na Lei n° 16.402/16, de 22 de março de 2.016, do município de São Paulo/SP, Quadro 2A. Isto é, no caso de eventual parcelamento do solo1, não poderá haver lotes inferiores à 125,00 m² e superiores à 20.000,00 m². Ou seja, no que se diz respeito ao lote mínimo e máximo, não haveriam perdas com o desmembramento da área remanescente do imóvel ora avaliado. 1 Situação hipotética de desmembramento da área remanescente, área objeto de avaliação inferior a 20.000 m² EXEMPLO DE COMO FAZER (continuação) ➢ ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO 5 LAUDOS Conclusão A legislação observada anteriormente incentiva a ocupação do imóvel pelos usos residenciais e não residenciais. Salienta-se que o uso residencial multifamiliar vertical (incorporação de edifícios) é permitido (exceto R2-V41). 1 conjunto residencial com mais de 20.000m² (vinte mil metros quadrados) de área construída computável. EXEMPLO DE COMO FAZER (continuação) ➢ ANÁLISE DA LEGISLAÇÃO 5 LAUDOS ➢ DIAGNÓSTICO DE MERCADO O engenheiro de avaliações, conforme a finalidade da avaliação deve analisar o mercado onde se situa o bem avaliando de forma a indicar, no laudo, a liquidez deste bem e, tanto quanto possível, relatar a estrutura, a conduta e o desempenho do mercado (NBR 14653-1). ✓Histórico de ocupação do bairro do imóvel avaliando; ✓Enquadrar as condições e caracterização do imóvel avaliando em relação aos imóveis da região; ✓Dificuldades ou facilidades encontradas durante a pesquisa (oferta de imóveis); ✓Comportamentos dos valores pesquisados em relação as características relativas a padrão das construções, localização, formato do terreno, etc.; ✓Opinar em relação a liquidez do imóvel; ✓“DEFENDER O VALOR AVALIADO” Exemplo: Dos 5 elementos comparativos, 3 possuem mesmo zoneamento. Isso seria uma característica da pesquisa a ser ressaltada. 5 LAUDOS ➢ CONCLUSÃO EXEMPLO DE COMO NÃO FAZER!!!!!! 5 LAUDOS ➢ CONCLUSÃO EXEMPLO DE COMO FAZER O presente laudo de avaliação com objetivo de determinação do valor de mercado para venda se baseou em 02 (duas) metodologias distintas, sendo o Método Comparativo Direto de Dados de Mercado e o Método Involutivo Dinâmico. Os resultados obtidos nos diferentes métodos apresentaram valores semelhantes, Método Comparativo Direto de Dados de Mercado apresentou um total de R$ 12.800.000,00 e o Método Involutivo Dinâmico um valor de R$ 13.200.000,00. Deste modo, pelo que ficou exposto no presente laudo de avaliação, foi considerado o valor de mercado calculado no Método Comparativo Direto de Mercado, metodologia preferencial observada em norma, resultando em: VALOR TOTAL DO IMÓVEL R$ 12.800.000,00 (Doze milhões e oitocentos mil Reais) Válido para abril de 2018 5 LAUDOS Relativo ao item “G” (especificação da avaliação), deve-se atentar às seguintes tabelas observadas na NBR 14.653/2:2011 quando a metodologia adotada for a involutiva: 5 LAUDOS 5 LAUDOS 5 LAUDOS MÉTODO INVOLUTIVO NÃO TEM GRAU DE PRECISÃO!!! • Necessário o conhecimento sobre questões de parcelamento do solo, legislação de uso e ocupação do solo, restrições de ocupação para o entendimento da dinâmica do mercado de glebas urbanizáveis. • Pelas dificuldades encontradas na metodologia comparativa na avaliação de Glebas Urbanizáveis indica-se a aferição por alguma metodologia indireta (involutiva ou renda), com preferência pelo Método Involutivo Dinâmico. • Os riscos intrínsecos no tipo de negócio imobiliário mais aplicado em Glebas Urbanizáveis pode ser classificado como alto, em função, por exemplo, de todas as etapas para aprovação de um loteamento, como licenças ambientais necessárias e longo horizonte do fluxo de caixa. Por esse motivo é possível afirmar que dificilmente os loteadores compram as glebas urbanizáveis em espécie (pagamento a vista em dinheiro). 6 CONCLUSÕES • Nesse sentido, no caso de avaliações para instituições financeiras onde a gleba urbanizável for objeto de qualquer operação financeira, como por exemplo, garantia bancária e/ou dação de pagamento, é recomendado a apresentação do levantamento planimétrico georreferenciado registrado na matrícula, diagnóstico ambiental (ou algum documento similar) com o apontamento das possíveis áreas com restrições de ocupação. Recomenda-se também que a operação financeira seja realizada com base no valor de liquidação (venda compulsória em prazo menor do que o de mercado) calculado com premissas conservadoras. Além disso, o profissional deve deixar claro a base de valor do imóvel. • A interdisciplinaridadedo processo de avaliação de glebas urbanizáveis torna ainda mais importante a identificação da base de valor. Os respectivos Laudos de Avaliação devem alertar o cliente para ressalvas e limitações encontradas durante o processo avaliatório (NECESSIDADE DE ESTUDO DE VOCAÇÃO IMOBILIÁRIA E AMBIENTAL). • Importante publicações por Profissionais da Engenharia de Avaliações em relação a análise de demanda. Costumeiramente a avaliação é realizada apenas com análise de oferta. Demonstrar o maior e melhor uso nos laudos. 6 CONCLUSÕES QUEBRA DOS SEGUINTES PARADIGMAS: ➢ UTILIZAR APROVEITAMENTO PADRÃO DE 65%; ➢ RELAÇÃO ENTRE VALOR DE VENDA DO LOTE X GLEBA (30%); ➢ NÃO CONSIDERAR PRAZO DE APROVAÇÃO ADEQUADO EM INVOLUTIVO DINÂMICO; ➢ DIFICILMENTE SE COMPRA A GLEBA EM $ (COMUM PERMUTA) ➢NÃO É POSSÍVEL ELABORAR O MÉTODO INVOLUTIVO E/OU COMPARATIVO SEM ANALISAR LEGISLAÇÕES URBANÍSTICAS MUNICIPAIS 6 CONCLUSÕES Fonte: ENGENHEIRO AGNALDO CALVI BENVENHO 6 CONCLUSÕES “Não sabendo que era impossível ele foi lá e fez” Jean Cocteau (Poeta Francês) OBRIGADO!!!
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