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PLANO COLLOR

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Página | 9
INSTITUTO ENSINAR BRASIL
FACULDADES UNIFICADAS DE LEOPOLDINA
PLANO COLLOR I E II
LEOPOLDINA
2020
INSTITUTO ENSINAR BRASIL
FACULDADES UNIFICADAS DE LEOPOLDINA
EDGAR MARIANO DE ABREU
FRANCISCO MONTEIRO DE REZENDE NETO
LERRY GOMES SANTO DE OLIVEIRA
MARCOS ANTONIO DA SILVA FONSECA
PEDRO RODRIGUES DOS ANJOS 
VITOR HUGO NEVES DOS SANTOS
PLANO COLLOR I E II
Pesquisa apresentada ao Curso de Administração, das Faculdades Unificadas de Leopoldina, como requisito para aprovação na disciplina “O empreendedor e o mercado”, orientada pelo Prof. Luciano de Souza Faria.
Área de Concentração: Empreendedorismo
LEOPOLDINA
2020 
INTRODUÇÃO
O Plano Collor é o nome dado ao conjunto de reformas econômicas e planos para estabilização da inflação criados durante a presidência de Fernando Collor de Mello (1990-1992), quando foi substituído pelo Plano Real.
O plano era oficialmente chamado Plano Brasil Novo, mas ele se tornou associado fortemente a figura de Collor, e "Plano Collor" se tornou nome de fato, sendo instituído em 16 de março de 1990, um dia depois de Collor assumir a presidência e combinava liberação fiscal e financeira com medidas radicais para estabilização da inflação. As principais medidas de estabilização da inflação foram acompanhadas de programas de reforma de comércio externo, a Política Industrial e de Comércio Exterior, mais conhecida como PICE, e um programa de privatização intitulado Programa Nacional de Desestatização, mais conhecido como PND.
A teoria do plano econômico foi desenvolvida pelo economista Antônio Kandir. O plano efetivamente implementado foi desenvolvido pelos economistas Zélia Cardoso de Mello, Antônio Kandir, Ibrahim Eris, Venilton Tadini, Luís Otávio da Motta Veiga, Eduardo Teixeira e João Maia. 
PLANO COLLOR I (16 DE MARÇO 1990)
Anunciado um dia após a posse do presidente Fernando Collor, substituiu o cruzado novo (NCz$) pelo cruzeiro (Cr$) e teve como medida mais lembrada o confisco da poupança, que bloquearia por 18 meses os valores dos investimentos acima de NCz$ 50 mil. Estabeleceu que o saldo bloqueado seria remunerado pelo BTNF (Bônus do Tesouro Nacional Fiscal), enquanto os valores inferiores a NCz$ 50 mil seriam atualizados pelo IPC (Índice de preços ao consumidor).
O Brasil sofreu por vários anos com a hiperinflação: em 1989, o ano antes da posse de Collor, a média mensal da inflação foi de 28,94%. O Plano Collor procurava estabilizar a inflação pelo "congelamento" do passivo público (tal como o débito interno) e restringindo o fluxo de dinheiro para parar a inflação inercial.
A rápida e descontrolada desmonetização da economia é tida como a causa das falhas dos planos de estabilização da inflação adotados anteriormente. O governo Collor teria de garantir uma desmonetização "ordenada" e "lenta", a fim de manter a inflação para baixo. Para o controle da velocidade da desmonetização, poder-se-ia utilizar uma combinação de ferramentas econômicas, tais como impostos, taxas de câmbio, crédito e taxas de juros. 
Nos poucos meses que sucederam a implantação do plano, a inflação continuou a crescer. Em janeiro de 1991, nove meses após o início do plano, a inflação reduziu, atingindo a taxa de 20% por mês. 
O congelamento causou forte redução no comércio e na produção industrial. Com a redução da geração de dinheiro de 30% para 9% do PIB, ele retirou 80% da moeda em circulação, e a taxa de inflação caiu de 81% em março para 9% em junho. O governo enfrentou duas escolhas: poderia segurar o congelamento e arriscar uma recessão devido à redução dos ativos, ou remonetizar a economia através do descongelamento e correr o risco do retorno da inflação. 
O fracasso do Plano Collor I no controle da inflação é creditado pelos economistas keynesianos e monetaristas à falha do governo Collor de controlar a remonetização da economia. O governo abriu várias "brechas" que contribuíram para o aumento do fluxo de dinheiro: os impostos e as contas do governo emitidos antes do congelamento poderiam ser pagos com o velho Cruzado, criando uma forma de "brecha de liquidez", que foi plenamente explorada pelo setor privado. Várias exceções aos setores individuais da economia foram abertas pelo governo, como nas poupanças de aposentados, e o "financiamento especial" na folha de pagamento do governo; essas exceções ficaram conhecidas como ‘torneirinhas’. 
Entretanto, o governo foi incapaz de reduzir despesas, limitando sua capacidade de usar muitas das ferramentas acima. Os motivos vão desde o aumento do compartilhamento da receita de impostos federais com os estados até a cláusula de "estabilidade de emprego" para os funcionários públicos, instituída na Constituição Brasileira de 1988, que impediu a redução anunciada no começo do plano. Economistas como Bresser Pereira e Mário Henrique Simonsen, ex-ministros das Finanças, tinham previsto, no início do plano, que a situação fiscal do governo impossibilitaria o plano de trabalho.
Segundo o acadêmico Carlos Eduardo Carvalho, professor do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, a medida executada pelo governo Collor ficou conhecida como confisco. O confisco já era um tema em debate entre os candidatos à eleição presidencial: a gênese do Plano Collor, ou seja, como e quando foi formatado o programa propriamente dito, ocorreu na assessoria de Collor a partir do final de dezembro de 1989, depois da vitória no segundo turno.
O QUE FOI QUESTIONADO?
Segundo o Idec, os bancos aplicaram o Índice de proteção dos cruzados bloqueados nos dois montantes, o que não estaria previsto em lei até junho de 1990.
QUEM PERDEU?
Segundo o Idec, houve perdas em 3 tipos de contas de poupança: com data de aniversário entre os dias 16 e 30, com valores inferiores a NCz$ 50 mil com aniversário na segunda quinzena de abril de 1990, e com valores inferiores a NCz$ 50 mil em abril e maio de 1990. Em várias decisões, entretanto, a Justiça entendeu que o índice aplicado na época estava correto.
MEDIDAS IMPLEMENTADAS
O plano foi anunciado em 16 de março de 1990, um dia após a posse de Collor.  Suas políticas planejadas incluíam:
· 80% de todos os depósitos do overnight, das contas correntes ou das cadernetas de poupança que excedessem a NCz$ 50mil (cruzado novo) foram congelados por 18 meses, recebendo durante esse período uma rentabilidade equivalente a taxa de inflação mais 6% ao ano.
· Substituição da moeda corrente, o cruzado novo, pelo cruzeiro à razão de NCz$ 1,00 = Cr$ 1,00.
· Criação do IOF, um imposto sobre as operações financeiras, sobre todos os ativos financeiros, transações com ouro e ações e sobre todas as retiradas das contas de poupança.
· Foram congelados preços e salários, sendo determinado pelo governo, posteriormente, ajustes que eram baseados na inflação esperada.
· Eliminação de vários tipos de incentivos fiscais: para importações, exportações, agricultura, os incentivos fiscais das regiões Norte e Nordeste, da indústria de computadores e a criação de um imposto sobre as grandes fortunas.
· Indexação imediata dos impostos aplicados no dia posterior a transação, seguindo a inflação do período.
· Aumento de preços dos serviços públicos, como gás, energia elétrica, serviços postais, etc.
· Liberação do câmbio e várias medidas para promover uma gradual abertura na economia brasileira em relação à concorrência externa.
· Extinção de vários institutos governamentais e anúncio de intenção do governo de demitir cerca de 360 mil funcionários públicos, para redução de mais de 300 milhões em gastos administrativos.
Cédula de 500 mil cruzeiros; Plano Collor 1 substituiu o cruzado novo (NCz$) pelo cruzeiro (Cr$) — Foto: Divulgação/Banco Central
PLANO COLLOR II - 31 DE JANEIRO DE 1991 
 O plano Collor 1 foi um fracasso. Embora tivesse conseguido diminuir a inflação no primeiro mês, nas semanas seguintes os preços continuariam a aumentar e os salários a diminuir. Também por medida provisória publicada em 1º de fevereiro de 1991, o presidente instituiu mais normas econômicas que seriamconhecidas como o Plano Collor 2.
 Com a volta da aceleração da inflação em 1990, o governo adotou novas medidas, que ficou conhecido como o plano Collor 2. O governo Collor queria conter a inflação e reajustar a economia, acelerando o processo de abertura econômica.
 O plano Collor é muito mais do que uma medida econômica, é compreendido como um período de relevância histórica. Ele é necessário, sobre tudo, para entender o processo de construção econômica do país pós-período ditatorial.
 Além disso, ele também estabelece uma coerente singularidade ao momento histórico econômico recente do Brasil.
O QUE FOI QUESTIONADO?
Rendimento teria ficado 14,11% menor, segundo as ações ingressadas na Justiça. Na ocasião, o indexador BTN-F rendia 21,87% ao passo que a TRD pagava 7,76%. 
QUEM PERDEU?
Poupadores que tinham dinheiro na poupança com aniversário entre 1º e 31 de janeiro de 1991. Mas ainda há discussão e não há jurisprudência consolidada. O Idec, por exemplo, não ingressou ações a respeito de Plano Collor II.
MEDIDAS IMPLEMENTADAS
• Congelou preços e salários, aumentou tarifas públicas e criou a TR (Taxa de Referência de Juros) 
• Extinguiu o BTN-F e estabeleceu a TRD (Taxa referencial diária) como fator de correção da poupança
• Aumento de tarifas públicas para os Correios, energia e transporte ferroviário; • fim do overnight e criação do Fundo de Aplicações Financeiras (FAF); 
• Criação Taxa de Referência de Juros (TR). Consequências Os planos Collor 1 e 2 não conseguiram salvar a economia brasileira e tampouco conter a inflação.
Alguns economistas afirmam que o Brasil quebrou, pois os créditos ficaram mais caros e difíceis de obter. Outros estudiosos apontam que foi apenas uma recessão muito profunda. Isso deixou vários pequenos empresários e investidores falidos, acarretando suicídio e morte de várias pessoas por enfarte. Em seguida, o desemprego aumentou substancialmente, a indústria nacional foi sucateada e algumas estatais foram vendidas abaixo do preço de mercado. Somente em São Paulo, no primeiro semestre de 1990, 170 mil postos de trabalho deixaram de existir. O PIB (Produto Interno Bruto) diminuiu de US$ 453 bilhões em 1989 para US$ 433 bilhões em 1990. Da mesma forma, houve desmonte das ferrovias e cortes de investimento em infraestrutura por parte do governo federal. Posteriormente, Collor de Mello se veria envolvido e acusado de corrupção pelo seu próprio irmão, Pedro Collor de Mello. A população foi às ruas e exigiu o impeachment para o presidente. No entanto, antes que o processo fosse iniciado, Collor renunciou ao cargo em 29 de dezembro de 1992.
CONCLUSÃO
 Concluímos que o Plano Collor II foi um conjunto de reformas econômicas e planos, teoricamente bons e esperançosos, para estabilização da inflação no Brasil. Porém vimos que não foi bem assim na prática, pois mesmo assim a inflação, após um curto prazo de queda, começou a subir novamente e que resultou numa situação bem traumática para o país. 
 Acredita-se que a inflação voltou a subir pelos motivos de: repasse do aumento dos custos aos preços; recuperação das margens de lucro das empresas; troca da equipe econômica; quebra na safra agrícola; expectativa de retorno dos cruzados novos e ao mercado; falta de alguns produtos, provocada pela redução das empresas oligopolistas, que não possuíam concorrentes e dominavam suas fabricações e preços.
 Além de tudo, A impopularidade das medidas tomadas pelo presidente, somadas à crise econômica e ao escândalo de corrupção envolvendo Collor ocasionaram o seu impeachment, sob forte pressão popular, no dia 29 de dezembro de 1992. 
REFERÊNCIAS
Welch, John H. Birch, Melissa. Smith, Russell.ECONOMICS: BRAZIL. Biblioteca do Congresso. 20 de Dezembro de 2004. Acessado em: 8 set. 2007.
Carvalho, Calos Eduardo. As origens e a gênese do Plano Collor. Nova Economia. Vol.16 No.1. Belo Horizonte. Janeiro-Abril de 2006. Acessado em: 8 set. 2007.
 Economia: real, histórico, Portal Brasil.(https://www.portalbrasil.net/economia_real_historico/)
Carvalho, Carlos Eduardo (julho–dezembro 2003), «O fracasso do Plano Collor: erros de execução ou de concepção? » (PDF), Niterói, RJ, Economia, 4 (2): 283-331, consultado em 7 set. 2007.
«Brasil e Áreas», 1979 a 1999 (resultados mensais por grupos), IBGE, consultado em 8 set. 2007.
Villela, Aníbal (1997), The Collor Plan and the Industrial and Foreign Trade Policy [O plano Collor e a política industrial e de comércio exterior] (PDF) (em inglês), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, consultado em 8 set. 2007, (https://web.archive.org/web/20110519222600/http:/www.ipea.gov.br/pub/livros/anibal/Parte%202/12_The%20Collor%20Plan.pdf)
Bresser-Pereira, Luís Carlos (Agosto 1990), «O Plano Collor e a Volta da Inflação» (PDF), Porto Alegre, Indicadores Econômicos FEE, 18 (2): 55-61, consultado em 8 set. 2007, (https://web.archive.org/web/20120208102912/http:/www.reformadagestaopublica.org.br/papers/1990/94PlanoCollor%26VoltaInflacao.pdf)

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