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MOTIVAÇÃO E EMOÇÃO MODULO 01

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PROF. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
PSICOLOGIA DA MOTIVAÇÃO E EMOÇÃO
Doutor e Mestre em Cognição e Linguagem- UENF
Psicólogo e Administrador de Empresas
Formação em Psicanálise, Psicologia Analítica, TCC, Gestão de RH e Neuropsicologia
Professor de Pós graduação em Terapia Cognitivo Comportamental e Hipnose Clínica
Canal Psicologia Sem Segredos: 
https://www.youtube.com/channel/UCG4GsAJ5mUyWdonh7WzobRg?view_as=subscriber
www.profjefferson.com.br
E-mail: jefpsi@gmail.com
JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Motivação
A palavra motivação vem de motivu, em latim, que significa - O que move ou o que pode fazer mover. Assim, podemos entender que a motivação humana é a forca impulsionadora que nos leva persistentemente em direção a um objetivo.
De modo geral, motivo, é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma ou, pelo menos, que dá origem a um comportamento específico.
Esse impulso a ação pode ser provocado por um estímulo externo ( provindo do ambiente) e pode também ser gerado internamente nos processos mentais do indivíduo
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Etapas do ciclo motivacional.
Satisfação			 Necessidade
Equilíbrio
 Estímulo
ou incentivo
Comportamento
 ou ação
Tensão
4
MOTIVAÇÃO
CICLO MOTIVACIONAL
Equilíbrio
interno
Estímulo
 ou
incentivo
Necessidade
(desejo)
Tensão
Comport.
ou
ação
Satisfação
Uma necessidade ou desejo rompe o estado de equilíbrio do organismo, causando um estado de tensão, insatisfação, desconforto e desequilíbrio. Esse estado leva o indivíduo a um comportamento ou ação, capaz de descarregar a tensão ou desconforto. Se o comportamento for eficaz, o indivíduo encontrará satisfação da necessidade ou desejo e, portanto, a descarga da tensão provocada por ela. Satisfeita a necessidade o organismo volta ao estado inicial. 
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Motivação
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
MOTIVAÇÃO
Equilíbrio
interno
Estímulo
 ou
incentivo
Necessidade
(desejo)
Tensão
Barreira
Outro
Comport.
derivativo
Frustração
Compensação
Uma necessidade pode ser satisfeita, ou frustrada. Quando a satisfação é impedida ela pode ser transferida para outro objeto e assim compensada.
No ciclo motivacional, muitas vezes a tensão provocada pelo surgimento da necessidade ou desejo encontra barreiras ou obstáculos para sua liberação.
O estudo da motivação referem-se aos processos que fornecem ao comportamento sua energia e a sua direção (Reeve, 2011).
 Energia – comportamento é dotado de força (forte, intenso e persistente).
 Direção – O comportamento tem um propósito , ou seja, é direcionado ou orientado a alcançar um determinado objetivo ou resultado.
Motivação
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Importância do estudo da Motivação
O estudo da motivação nos proporciona tanto a compreensão teórica de como funcionam a motivação e a emoção quanto o conhecimento prático que nos permite conquistar objetivos considerados importantes.
 Aplicar conhecimentos em como motivar empregados, atletas, clientes, alunos...
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
O que causa o comportamento?
Por que o comportamento se inicia? Uma vez começado, porque o comportamento se mantém no tempo? Por que o comportamento se direciona para algumas metas, ao mesmo tempo que se afasta de outras?
 Por que o comportamento muda de direção?
 Por que o comportamento cessa?
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
O que causa o comportamento?
Está relacionado ao estudo da maneira como a motivação afeta o início, a persistência, a mudança na direção de meta e a eventual cessação do comportamento.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Por que o comportamento varia de intensidade?
 “Por que às vezes a vontade é forte e persistente, enquanto que, outras vezes, diminui paulatinamente até desaparecer por completo?”
 Em uma hora a pessoa pode estar bastante engajada em certa atividade, enquanto que, em outro momento, pode ficar passiva e desinteressada.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
 Motivação pode variar com o tempo em um mesmo indivíduo.
 Motivação varia de forma diferente nas pessoas.
Alguns motivos podem ser relativamente fortes para uma pessoa e relativamente fracos para outras.
Motivação
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
HIERARQUIA DAS FONTES DE MOTIVAÇÃO
Motivos internos
Um motivo é um processo interno que energiza e direciona o comportamento.
Tipos de motivos:
 Necessidades – Condições internas que são essenciais e necessárias à manutenção da sua vida e à promoção do seu crescimento e de seu bem estar. Exemplo:
Necessidades biológicas - fome e sede
 Necessidades psicológicas – pertencimento e competência
 Cognições – Eventos mentais, tais como as crenças, expectativas e o autoconceito.
 Emoções – Fenômenos subjetivos, fisiológicos, funcionais, expressivos e de vida curta, que orquestram a maneira como reagimos adaptativamente aos eventos importantes de nossas vidas.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Eventos externos
São incentivos ambientais que têm a capacidade de energizar e direcionar o comportamento.
Exemplos: oferecer dinheiro como incentivo a tomada de ação.
Odor desagradável costuma energizar um comportamento de evitação.
Os incentivos ambientais podem ser estímulos ambientais específicos, mas também situações mais gerais, tais como aquelas que surgem na sala de aula, na família e no local de trabalho.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Expressões da Motivação
Como avaliar se a pessoa está ou não está motivada?
 Como informar a intensidade da motivação de outra pessoa?
 Formas de avaliar a motivação:
 Observar as manifestações comportamentais da motivação.
 É necessário inferir a motivação a partir de expressões do indivíduo:
 Comportamento* (esforço, latência, persistência, escolha, probabilidade de resposta, as expressões faciais, gestos corporais).
 Fisiologia
 Auto-relato
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Comportamento
Esforço – quantidade de energia empregada na tentativa de execução de uma tarefa
 Latência – Tempo durante o qual uma pessoa adia sua resposta após ter sido inicialmente exposta a um estímulo
 Persistência – Tempo decorrido entre o início e o fim da resposta.
 Escolha – Quando se está diante de duas ou mais probabilidades de ação, mostra-se preferência por uma delas, em detrimento dos demais.
 Probabilidade de resposta – Número (ou porcentagem) de ocasiões em que se verifica uma resposta orientada para um determinado objetivo, quando ocorrem diversas oportunidades diferentes para o comportamento ocorrer.
 Expressões faciais – Movimentos faciais.
 Sinais corporais – Tais como a postura, mudanças de apoio do peso e do movimento das pernas, braços e mãos.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Origem filosófica dos conceitos motivacionais
Raízes dos estudos da motivação nos filósofos gregos antigos (Platão e Aristóteles).
 Platão – A motivação surgia de uma alma (mente,psiqué) disposta segundo uma hierarquia tripartida.
Apetitiva - Nível mais primitivo – Apetite da alma – apetites corporais e os desejos (ex: fome e sexo)
 Competitiva - Segundo nível – Aspecto competitivo –Padrões socialmente referenciados como honra e vergonha
Calculista - Nível mais elevado – Aspecto calculista – Razão e escolha.
Cada aspecto superior tinha a capacidade de regular os motivos dos aspectos inferiores.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Aristóteles
Endossou a idéia de alma tripartida de Platão, mas usou terminologia diferente:
Nutritiva – Aspecto mais impulsivo, irracional e animalesco – necessidades corporais mais urgentes relacionadas à manutenção da vida.
Sensível – Relacionava-se com o corpo, mas regulava prazer e dor.
Racional – Aspecto único dos seres humanos.
Relacionava-se com as idéias e o intelecto, caracterizando a vontade. Vontade funcionava como o nível mais elevado da alma.
Origem filosófica dos conceitos 
motivacionais
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Dualismo – Corpo/Mente
Psique tripartida dos gregos reduziu-se a um dualismo (corpoe alma).
 Tomás de Aquino – corpo fornecia os impulsos motivacionais irracionais e baseados no prazer, ao passo que a mente era a responsável pelas motivações racionais e baseadas na vontade.
 Descartes – Distinção entre aspecto passivo e ativo da motivação.
Corpo – agente mecânico, semelhante a uma máquina. Respondia aos estímulos de maneira mecânica. 
Mente – Entidade pensante e espiritual, possuidora de vontade. Governa os desejos corporais.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
20
Vontade - Descartes
Para Descartes, a principal força motivacional era a vontade. Vontade inicia e direciona a ação.
É uma faculdade (ou poder) que a mente, exercendo seu poder de escolha, tem para controlar os apetites corporais e as paixões.
 Necessidades corporais – criam impulsos à ação, mas esses impulsos só excitam a vontade.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
 Teoria do Instinto
Em 1870, pesquisadores da nova ciência psicologia viram-se em busca de um princípio motivacional menos misterioso – instinto.
Charles Darwin – Teoria da evolução das espécies.
 Afastamento das teorias de conceitos motivacionais mais mentalísticos.
 Aproximação dos conceitos mecanicistas e genéticos
 Fim do dualismo homem-animal que predominava nos estudos motivacionais.
Para explicar comportamento adaptativo aparentemente pré-determinado, Darwin propôs o instinto.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
A força motivacional surge dos instintos.
 Estudo da motivação saiu da filosofia, e entrou no campo das ciências naturais.
 Os instintos surgem de uma dotação genética.
 Expressam-se por meio de reflexos corporais herdados – o pássaro constrói o ninho, choca o ovo porque tem impulso geneticamente herdado e biologicamente excitado para realizar isso.
Pensadores retiraram a alma racional do dualismo e deixaram: impulsos e apetites biológicos.
 Teoria do Instinto
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
William James - Pragmatismo
Primeiro psicólogo a popularizar a teoria instintiva da motivação.
 Atribuiu ao ser humano um grande número de instintos físicos (ato de sugar, locomoção) e mentais (imitação, brincar, sociabilidade).
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
McDougall e a Teoria do Instinto
Propôs uma teoria dos instintos.
 Instinto – força motivacional emocional e impulsiva
 Instintos de proteção materna, de luta, de exploração.
 Sem os instintos, os seres humanos seriam como massas inertes, sem quaisquer impulsos para a ação.
 Lista de instintos – ex: instinto de manada (quando a pessoa sai com amigos); instinto antissocial (quando a pessoa não sai com amigos).
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Crítica a teoria dos instintos
Todos os comportamentos eram explicados por instintos.
 Lógica circular da teoria de instintos
 A causa explica o comportamento (instinto comportamento)
 O comportamento é evidência da sua própria causa(comportamento instinto).
 A Psicologia avançou em outras explicações motivacionais.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Teoria do Impulso ou Teoria do Drive
Conceito motivacional para substituir o instinto.
 Impulso surge da biologia, segundo a qual a função do comportamento está a serviço das necessidades corporais.
 Quando ocorrem desequilibrios biológicos, os animais experimentam esses déficits de necessidade biológica psicologicamente como impulsos.
 Duas teorias dos impulsos mais amplamente aceitas foram propostas por Sigmund Freud (1915) e Clarck Hull (1943).
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Todo comportamento é motivado e que o propósito do comportamento seria a satisfação de necessidades.
 Exigências biológicas (ex: a fome) seriam constante e inevitavelmente condições recorrentes que produziriam acúmulos energéticos dentro de um sistema nervoso que funcionaria em torno de uma tendência herdada de manter um nível baixo e constante de energia.
A teoria do impulso(pulsão) de Freud
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Cada acúmulo de energia perturbaria a estabilidade do sistema nervoso e produziria um desconforto psicológico.
 Acúmulo de energia poderia ameaçar saúde física e psicológica.
 O comportamento continuaria até que o impulso (pulsão) ou a exigência que o motivou fossem satisfeitos.
 O comportamento serviria às necessidades corporais.
A teoria do impulso(pulsão) de Freud
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Energia do sistema nervoso (ou seja a libido) aumenta continuamente.
 À medida que os impulsos corporais tendem a acumular energia, a exigência ansiosa de descarregar essa energia, vai se tornando cada vez maior.
 Quanto mais alta for a energia psíquica, maior será o impulso para agir.
 O comportamento adaptativo acalma temporariamente o impulso, mas o constante acúmulo de energia do sistema nervoso sempre retorna.
A teoria do impulso(pulsão) de Freud
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
A Teoria do Impulso segundo Hull
O impulso é uma fonte de energia agrupada e composta de todos os déficits/ distúrbios experimentados momentaneamente pelo corpo.
 As necessidades de alimento, água, sexo, sono, e assim por diante, são concentradas para constituírem uma necessidade corporal total.
 Se um animal é privado de água, sexo ou sono, o impulso irá inevitavelmente crescer proporcionalmente à necessidade corporal total.
 Esta teoria permitiu manipular os estados motivacionais no laboratório.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
O impulso energiza o comportamento, mas não o direciona.
 É o hábito, não o impulso, que direciona o comportamento.
 Os hábitos provém da aprendizagem e a aprendizagem ocorre como consequência do reforço.
 Qualquer resposta que diminua o impulso (comer, beber, etc.), provém um reforço. E o animal aprende qual resposta reduz a redução de um impulso nessa situação particular.
 Teoria ganhou grande popularidade na época.
A Teoria do Impulso segundo Hull
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Declínio da teoria do impulso
Teoria do impulso baseava-se em três pressupostos:
 O impulso emerge de necessidades corporais.
 A redução do impulso é reforçada e produz a aprendizagem.
 O impulso energiza o comportamento.
 Alguns motivos existem com ou sem necessidades biológicas correspondentes. Ex: anorexia e a necessidade biológica de alimentação.
Aprendizagem ocorre sem a redução do impulso.
Exemplo: ratos em laboratório e a sacarina não-nutritiva.
Pesquisas reconhecem a importância de fontes externas (não fisiológicas) na motivação. Ex: Mesmo sem fome, pessoa pode experimentar um motivo bastante forte para comer, após ver ou sentir o cheiro de seu alimento favorito.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Anos posteriores à teoria do impulso
Anos de 1950 e 1960 representaram uma transição no estudo da motivação.
 Introdução de substitutos teóricos do impulso incentivo e excitação.
 Incentivo - evento externo capaz de energizar ou direcionar um comportamento de aproximação ou evitação. Pessoas são incentivadas pelo valor incentivador presente em vários objetos presentes no ambiente.
 Excitação - aspectos do ambiente (o grau que eles são não estimulantes, novos, estressantes) afetam o cérebro a ser excitado. Reinterpretação da teoria do impulso, que afasta as raízes biológicas.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Miniteorias
A partir de 1970, os psicólogos começaram a adotar miniteorias da motivação.
 Exemplos: Teoria motivacional da realização
(Atkinson, 1964); Teoria da auto-eficácia (Bandura,1977); etc.
 Procuram explicar parte, e não todo o comportamento motivado.
 Natureza ativa das pessoas – Pessoas são inerentemente ativas.
 Anteriormente, a teoria do impulso considerava que os animais eram naturalmente inativos e o papel da motivação seria excitá-los.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Revolução Cognitiva
A motivação tornou-se acentuadamente cognitiva, como todo campo da psicologia.
 Tendência passou a ser conhecida como Revolução Cognitiva.
 Alguns constructos motivacionais estudados: planos, metas, crenças, autoconceito.
 Funcionamento humano – Visão humana, ao invés de mecânica.
 Enfatizam os constructos cognitivos (ou seja, expectativas,metas) deixando de enfatizar constructos biológicos e ambientais.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Associou-se às idéias da psicologia humanista.
 Psicologia humanista – criticava as teorias motivacionais dominantes em 1960 como não humanas.
 Resistiram a utilizar a metáfora da máquina.
 Visão dos seres humanos como ativos, cognitivamente flexíveis e motivados para o crescimento.
Revolução Cognitiva
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Pesquisa Aplicada e a Relevância Social
Pesquisas sobre solução de problemas motivacionais enfrentados pelas pessoas em sua vida diária.
 Concentração dos estudos nos problemas e questões aplicadas de relevância social.
 A área tornou-se menos interessada em estudar, por exemplo, a fome como fonte do impulso, e mais interessada em estudar as motivações que se encontram por trás do comer, da dieta, da obesidade e da bulimia.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Área de estudos sobre Motivação
Afastamento das ciências naturais.
 Encontra-se em meio à era das miniteorias.
 Motivação perdeu o trono que tinha como a disciplina mais importante da Psicologia.
 Estudo da motivação não desapareceu.
Dispersou-se pelas diversas áreas da psicologia.
 Psicologia social, psicologia educacional, psicologia industrial...
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Referência complementar
Reeve, J. Motivação e Emoção. A motivação segundo as perspectivas histórica e contemporânea. Rio de Janeiro: LTC, 2011.
Atkinson e outros. Introdução à psicologia de Hilgard. Porto Alegre. 13º Ed. 2002
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
 Motivação Humana
Abraham Maslow 
Frederick Herzberg
PROF. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Motivação
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Abraham MASLOW
Psicólogo comportamental. 
Concluiu o doutorado na Universidade de Wisconsin em 1934.
Publicou o conceito da “Hierarquia das Necessidades”, em 1943.
Nas décadas de 50 e 60 foi o líder da escola humanista de psicologia e, mais tarde, fundador da Quarta Força em psicologia.
Em 1954, publicou o livro “Motivação e Personalidade”.
Revolucionou a psicologia.
1908 – 1970
“... Em um empreendimento, se todos os envolvidos estiverem absolutamente seguros sobre as metas, objetivos e propósitos da organização, praticamente todos os demais temas se tornam então simples questões técnicas de como ajustar os meios aos fins”.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
O Trabalho de Maslow
 No início de sua carreira desenvolveu um estudo com macacos que deu origem à teoria de que algumas necessidades prevalecem sobre as outras. Em parte, o trabalho foi baseado na experiência de Hawthorne.
Pirâmide das Necessidades de Maslow
Necessidades Fisiológicas
Necessidades de Segurança
Necessidades Sociais
Necessidades de Auto-estima
Necessidades de Auto-realização
2º 
1º 
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
1º
Necessidades Fisiológicas: 
	- água, comida, sono, oxigênio, sexo.
Necessidades de Segurança: 
	- estrutura, ordem , limites. 
Lado negativo: medos e ansiedades.
Necessidades Sociais e Afetivas:
	- amigos, família, relacionamentos. 
Lado negativo: solidão e ansiedades sociais.
Necessidades de Auto-estima: 
 - status, fama e reconhecimento (para com os demais);
	- respeito próprio, independência e liberdade (consigo).
Lado negativo: baixa auto-estima e complexos de inferioridade.
Essenciais para sobrevivência.
Não produzem motivação quando cessadas.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Pirâmide das Necessidades de Maslow
2º
Auto-realização: 
	- ser o que se quer; auto- satisfação.
Só aparece quando as outras necessidades estão satisfeitas.
Só acontece com aproximadamente 2% da população.
O estudo foi feito com 48 pessoas auto-realizadas, todas tinham características como: eram livres de estereótipos, centradas, independentes, necessitadas de privacidade, criativas, etc.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Pirâmide das Necessidades de Maslow
Frederick HERZBERG
Psicólogo clínico.
Publicou, em 1959, o livro “A Motivação para o Trabalho”.
Em 1966 publicou “Work and the Nature of Man”.
Em 1968 publicou um importante artigo na Harvard Business Review intitulado “Mais um vez: como você motiva os empregados?”
“Minhas teorias tendem a enfatizar as estratégias para que os sensatos continuem sensatos”.
(1923-2000)
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Teoria dos Dois Fatores
Realizou uma pesquisa com 500 engenheiros e contadores (profissionais da média gerência) sobre as questões que lhes traziam satisfação e insatisfação no trabalho.
Questões propostas:
Pense em uma situação em que você se sentiu especialmente bem relativamente a seu trabalho. Por que você se sentiu assim?
 Pense em uma situação em que você se sentiu especialmente ruim com relação a seu trabalho. Por que você se sentiu assim?
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Teoria dos Dois Fatores
FATORES MOTIVACIONAIS
Não-satisfação
Não-satisfação
Insatisfação
Satisfação
-
+
FATORES HIGIÊNICOS
FATORES HIGIÊNICOS
FATORES MOTIVACIONAIS 
Fatores Intrínsecos 
Relacionados ao trabalho em si
Fatores Extrínsecos
Relacionados ao ambiente do trabalho
Políticas e administração da empresa.
Supervisão.
Condições de trabalho.
Relações interpessoais.
Salário, status e segurança.
Conquistas.
Reconhecimento.
Trabalho em si.
Responsabilidade.
Crescimento profissional.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Teoria dos Dois Fatores
 Fatores Higiênicos: a sua ausência pode deixar o empregado dissatisfeito, mas sua presença não é capaz de satisfazê-lo ou motiva-lo.
 Fatores Motivacionais: quando presentes trazem o desenvolvimento das motivações internas.
KITA: “ Kick in the ass” (chute no traseiro).
Existem três tipos de chutes:
Chute físico negativo 
Chute psicológico negativo
	- Os chutes negativos não levam à motivação, apenas ao movimento. A pessoa que chuta é que está motivada, a que é chutada apenas se move. 
Chute psicológico positivo: conduz à motivação. 
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Motivação e Job Enrichment 
- Motivação: 
	É o resultado do crescimento pessoal, apoiado na necessidade inata das pessoas crescerem. Baseia-se na premissa de que as pessoas acham satisfação no trabalho.
- Job Enrichment:
 Uma das maiores contribuições de Herzberg. Consiste em adicionar diferentes tarefas ao trabalho de uma pessoa de modo a torná-lo mais atraente e motivador. 
- Pode ser:
	Horizontal: não produz motivação
	Vertical: produz motivação
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Motivação
Necessidades
 Fisiológicas
Necessidades
 De
Segurança
Necessidades
 Do ego
 Estima
Necessidades
 Sociais
Necessidades de
 Auto-realização
Higiênicos
Motivacionais
Salário – Vida Pessoal
Condições Físicas do
trabalho
Políticas Administrativas e
Empresariais
Relações interpessoais
Supervisão e colegas
Realização, reconhecimento
Status
O trabalho em Si
Responsabilidade
Progresso
Crescimento
Maslow
Herzberg
Comportamento Gerencial
Douglas McGregor
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Motivação
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Professor norte-americano.
Graduou-se, em 1932, pela atual Universidade de Wayne e obteve Ph.D em Harvard.
No início da década de 50, ajudou a projetar uma fábrica da Procter & Gamble, na Georgia, com base na Teoria Y.
Ficou conhecido por sua divisão da teoria motivacional em Teoria X e Y – peças centrais do seu clássico “O Lado Humano da Empresa”, publicado em 1960. 
Douglas MCGREGOR
“ A motivação, o potencial para desenvolvimento, a capacidade para assumir responsabilidades (...) estão todos presentes nas pessoas. Não são os dirigentes que os incutem nelas”.
1906 - 1964
Teoria X e Y
O psicólogo Douglas McGregor, procurou demonstrar uma variedade de estilos de administrar que eram – ou são – utilizados nas organizações. 
Utilizou as Teorias X e Y para apresentar algumas convicções sobre a maneira pela qual as pessoas se comportam dentro das organizações. 
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Teoria X
A Teoria X caracteriza-se por ter um estilo autocrático e similar à AdministraçãoCientífica de Taylor, à Clássica de Fayol e à Burocrática de Weber. 
Assumia que os trabalhadores eram inerentemente preguiçosos, necessitavam ser supervisionados e motivados, e consideravam o trabalho um mal necessário para conseguir dinheiro.
As pessoas:
 Irão evitar o trabalho caso seja possível.
 precisam ser forçadas, controladas, dirigidas e ameaçadas com punição para realizar o esforço adequado para atingir as metas da organização.
 Preferem ser dirigidas, desejam evitar responsabilidades, possuem pouca ambição e querem, acima de tudo, segurança.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Teoria Y
A Teoria Y desenvolve um estilo altamente democrático através do qual administrar é um processo de criar oportunidades e proporcionar orientação quanto aos objetivos.
As pessoas:
 São esforçadas e gostam de ter o que fazer;
 têm o trabalho como uma atividade tão natural como brincar ou descansar;
 procuram e aceitam responsabilidades e desafios;
 podem ser automotivadas e autodirigidas;
 são criativas e competentes.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Teoria Y
A administração das organizações se caracteriza pelos seguintes aspectos:
 Caso necessário, é de responsabilidade da administração desenvolver o compromisso de cada indivíduo com os objetivos que possuam e permitir que as habilidades individuais sejam utilizadas para alcançar as metas da organização.
 Proporcionar condições para que as pessoas reconheçam e desenvolvam características como motivação, potencial de desenvolvimento e responsabilidade.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Teoria Z
O conceito dessa teoria foi aproveitado por William Ouchi, que analisou os métodos de trabalho japonês e desenvolveu muitas ideias de McGregor: 
Emprego vitalício.
Preocupação pelos empregados.
Preocupação com a qualidade.
Troca e transmissão de informações nos dois sentidos hierárquicos.
Antes de morrer, McGregor estava escrevendo a Teoria Z, 
que havia surgido da necessidade de sintetizar os ditames 
organizacionais e pessoais. 
Modelo Contingencial
Victor H. Vroom 
Teoria de Expectação
Lawler III
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Motivação
Modelo Contingencial - Vroom
Victor H. Vroom desenvolveu uma teoria da motivação que rejeita noções preconcebidas onde a motivação para produzir depende de três forças que atuam dentro do indivíduo:
Para Vroom, o nível de produtividade individual parece depender de três forças básicas que atuam dentro do indivíduo:
Os objetivos individuais, ou seja, a força do desejo de atingir objetivos,
A relação que o indivíduo percebe entre produtividade e alcance dos seus objetivos individuais,
A capacidade de o indivíduo influenciar seu próprio nível de produtividade, à medida que acredita poder influenciá-lo.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Para Vroom, um indivíduo pode desejar aumentar a produtividade quando três condições se impõem:
a) Objetivos pessoais do indivíduo: que podem incluir dinheiro, segurança no cargo, aceitação social, reconhecimento, trabalho interessante etc.
b) Relação percebida entre satisfação dos objetivos e a cota de produtividade: se para um operário o salário é percebido como importante, e recebe adicional por produtividade, esse fator o fará trabalhar mais, mas se o fator importante é o reconhecimento de um superior somente um elogio será suficiente para a sua motivação.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Modelo Contingencial - Vroom
Modelo Contingencial
c) Percepção de sua capacidade de influenciar sua produtividade: se um empregado acredita que um grande volume de esforço despendido tem pouco efeito sobre o resultado, tenderá a não se esforçar muito, como é o caso de uma pessoa coloca em uma função sem treinamento.
Neste modelo a motivação é entendida com um processo que governa escolhas entre comportamentos, ou seja, as conseqüências de cada atitude são entendidas pelo indivíduo como possíveis resultados de seu comportamento particular.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
64
Pessoa que faz uma escolha ou opção entre várias alternativas.
Objetivos que se pretende alcançar.
Modelo Contingencial
Recompensas
percebidas
Motivação
(força das necessidades)
Existência/manutenção
Relacionamentos
Crescimento/mudança
Tarefas
percebidas
Atitudes
(mecanismos de
Direção)
Comportamentos:
Quantidades e 
Qualidade do
 desempenho
As atividades de um indivíduo constituem função de entradas, seja de tarefas ou de recompensas. O indivíduo avalia as entradas de acordo com sua motivação e força das necessidades no momento, o que resulta em uma atitude ou em um mecanismo de direção de seu comportamento. Esta atitude determina seu comportamento (saída) e a quantidade e qualidade de seu desempenho.
Entradas
Operações
Resultados
 (saída)
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Modelo Contingencial
O modelo contingencial de Vroom se baseia em objetivos gradativos e na hipótese de que a motivação é um processo governando escolhas entre comportamentos. O indivíduo percebe as conseqüências de cada alternativa de ação como um conjunto de possíveis resultados decorrentes de seu comportamento. Esses resultados constituem uma cadeia entre meios e fins. 
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Quando um indivíduo procura um resultado intermediário (como produtividade, por exemplo), ele está buscando meios para alcançar um resultado final (como dinheiro, benefícios sociais, apoio do supervisor, promoção ou aceitação do grupo).
Quando um indivíduo procura um resultado intermediário (como produtividade, por exemplo), ele está buscando
 meios para alcançar um resultado final (como dinheiro, benefícios sociais, apoio do supervisor, promoção
 ou aceitação do grupo).
Cada indivíduo tem preferências quanto a determinados resultados finais que ele pretende alcançar ou evitar. 
Esse resultados adquirem valências. 
Modelo Contingencial
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Teoria de Expectação – Lawer III
Lawer III encontrou evidências de que o dinheiro motiva não somente o desempenho excelente, mas também o companheirismo, relacionamento com colegas e dedicação ao trabalho. O dinheiro tem apresentado pouca potência motivacional face a sua incorreta aplicação pela maior parte das empresas. O dinheiro é o resultado intermediário com elevada expectância para o alcance de resultados finais.
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Teoria de Expectação – Lawer III
A relação não consistente entre o dinheiro e o desempenho, em muitas 
organizações, é devida a várias razões, a saber:
a) O enorme lapso de tempo ocorrido entre desempenho da pessoa e o fraco
 incentivo salarial decorrente. O reforço é fraco e demorado,
b) As avaliações de desempenho não produzem distinções salariais. Assim os
 salários tendem a ser mantidos pela média e acabam não recompensando o 
Desempenho excelente oferecido por algumas pessoas,
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Teoria de Expectação
c) A política de remuneração das organizações está geralmente, atrelada às políticas governamentais ou convenções sindicais, que são genéricas. Os salários tornam-se planos e não distinguem o bom e o mau desempenho,
d) O forte preconceito gerado pela teoria Humanista a respeito do salário em si e das limitações do modelo do homo economicus difundido pela teoria de Taylor. Esse preconceito transforma o dinheiro em algo vil e sórdido, quando na realidade, ele é uma das razões que levam as pessoas a trabalhar em uma organização.
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Teoria de Expectação
As pessoas desejam o dinheiro porque o dinheiro permite a satisfação de necessidades fisiológicas e de segurança (alimentação, conforto, padrão de vida, etc), como dá também plenas condições para a satisfação das necessidades sociais (relacionamentos, amizades, etc), de estima (status, prestígio) e de auto-realização (realização do potencial e dos talentos individuais).
Se as pessoas crêem que obtenção do dinheiro (resultado final) depende do desempenho (resultado intermediário), elas de dedicarão a esse desempenho. O desempenho terá valor de expectaçãoao alcance do resultado final. 
Necessidades
não
satisfeitas
Crença de que o dinheiro
satisfará as necessidades
Crença de que a obtenção do
dinheiro requer desempenho
Motivação
ara
desempenhar
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Bases Biológicas da Motivação e Emoção
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
Circuito de Papez
De acordo com Brandão (2012), o neuroanatomista Papez, através de suas experiências, demonstrou que a emoção não é função de centros cerebrais específicos, mas sim de um circuito interligado por feixes nervosos formado por quatro estruturas básicas: o hipotálamo e seus corpos mamilares, o núcleo anterior do tálamo, o giro cingulado e o hipocampo. Chamado de circuito de Papez, ele é responsável pelo mecanismo de elaboração das funções centrais das emoções e suas expressões periféricas, o que era inicialmente determinado pelo córtex cingulado, e depois por outras áreas corticais. 
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Funções do cérebro
Executa as funções cognitivas e intelectuais, incluindo o pensamento, a memória, a tomada de decisões e a solução de problemas.
 Centro da Motivação e Emoção, gerando ânsias, necessidades, desejos, prazer e responsável pelas emoções.
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Cérebro emocional e motivado
Cérebro motivacional – relacionado com o querer fazer as tarefas.
 Cérebro emocional – relacionado ao modo como você se sente enquanto realiza as tarefas.
Todos os estados motivacionais e emocionais envolvem a participação do cérebro.
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Três Princípios sobre o papel do 
cérebro na motivação e emoção
1. Estruturas cerebrais específicas geram estados motivacionais e emocionais específicos.
2. Agentes bioquímicos estimulam essas estruturas cerebrais.
3. Os eventos do dia-a-dia fazem os agentes bioquímicos entrarem em ação.
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Estruturas cerebrais específicas geram estados motivacionais e emocionais específicos
Estimulação de um ponto específico no cérebro gera a experiência de um estado motivacional específico. Pode ser a estimulação de uma área ou a estimulação de um circuito neural.• Ex: Estímulo ambiental (privação de alimento) agente bioquímico (lançado hormônio grelina na corrente sanguinea) estrutura cerebral ativada (grelina ativa o hipotálamo) estado motivacional excitado (o hipotálamo estimula a experiência de fome).
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Agentes bioquímicos estimulam 
essas estruturas cerebrais
Estruturas cerebrais tem receptores bioquímicos no organismo neurotransmissores e hormônios.
Neurotransmissores Substâncias químicas produzidas pelos neurônios que servem como mensageiros de comunicação do sistema nervoso.
Hormônios Substâncias químicas de ação sistêmica, que produzem um efeito específico em um órgão específico do corpo.
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Os eventos do dia-a-dia fazem 
os agentes bioquímicos entrarem em ação
Para conhecer a motivação e emoção é necessário conhecer como o cérebro funciona.
 Também é necessário conhecer a conexão entre os eventos diários da vida e a ativação do cérebro.
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Investigações sobre o papel 
do Cérebro na Motivação e Emoção.
Diversas maneiras de investigar o papel do cérebro na motivação:
 Cirurgias no cérebro
 Mapeamento por Ressonância Magnética Funcional produz uma imagem instantânea – uma fotografia eletrônica – da estrutura cerebral do paciente. A máquina vai detectando alterações na oxigenação do sangue, causadas pela atividade cerebral.
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Sistema Límbico
Área responsável pelas emoções.
 Sistema Límbico – composto por diversas áreas cerebrais – amígdala, hipocampo, tálamo, hipotálamo, entre outras.
 Estimulações sensoriais (visões, cheiros, gostos) que chegam ao sistema límbico ativam as reações emocionais de uma maneira um tanto automática.
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Sua principal função é a integração de informações sensitivo-sensoriais com o estado psíquico interno, onde é atribuído um conteúdo afetivo a esses estímulos, a informação é registrada e relacionada com as memórias pré-existentes, o que leva a uma resposta emocional adequada.
O Hipocampo pertence ao sistema límbico e é a principal sede da memória. Ele decifra os padrões da percepção em detrimento dos padrões emocionais. Atua em interação com a Amígdala e juntos garantem importante desempenho na mediação e controle das atividades emocionais de ordem maior: amor, amizade, afeição e as exteriorizações de humor, estados de medo, ira e agressividade. Ela é responsável pela formação da associação entre estímulo e recompensa.
 
Sistema Límbico
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Hipotálamo
Pequena estrutura cerebral que corresponde a menos de 1% do volume cerebral.
Constitui-se em uma coleção de 20 núcleos vizinhos e interconectados.
Responsável por funções biológicas, incluindo os atos de comer, beber e copular.
Estimulação do Hipotálamo gera desejo e prazer associado a água, alimento e parceiros íntimos.
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Hipotálamo
Responsável pela regulação do sistema endócrino e do sistema nervoso autônomo (SNA).
 Capaz de regular o ambiente corporal interno, de modo a criar uma adaptação ótima do indivíduo ao ambiente.
 Controla a glândula pituitária glândula mestra do sistema endócrino.
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Alterações na química e na estrutura cerebral envolvidas na busca de prazer servem de reforço aos comportamentos de dependência. 
Todas as drogas que levam ao abuso e à dependência envolvem uma série de reações do sistema nervoso que ativam vias neurológicas de áreas específicas do cérebro, relacionadas com a motivação e recompensa, nomeadamente o sistema mesolímbico de recompensa.
 
Química Cerebral
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A via mesolímbica de recompensa é uma das vias dopaminérgicas do cérebro. A via inicia-se na área tegmental ventral do mesencéfalo e forma a conexão com o sistema límbico através do Núcleo Accumbens, a amígdala cerebral e o hipocampo, e também com o córtex pré frontal medial.
É sabido estar envolvida na modulação das respostas comportamentais, aos estímulos que ativam as sensações de recompensa através do neurotransmissor DOPAMINA.
Via Mesolímbica de Recompensa 
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O núcleo accumbens é um local para onde convergem células nervosas de várias áreas cerebrais, desempenhando a função de regulação da emoção, motivação, prazer e cognição. É onde se concentra mais a dopamina. 
A facilitação da neurotransmissão da dopamina neste núcleo parece ser essencial para as ações de recompensa das drogas e comportamento compulsivo.
Núcleo Accumbens
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Este sistema começa na área tegmentar ventral, de onde os impulsos nervosos atingem a região do núcleo accumbens, que é a área cerebral relacionada com a busca do prazer. Deste núcleo, o impulso nervoso segue para o córtex pré-frontal e sistema límbico. Diversas substâncias químicas são libertadas e ativadas no cérebro neste processo. Nomeadamente, a rede de conexões entre células nervosas liberta peptídeos endógenos, as encefalinas e endorfinas, tendo como resultado a regulação do teor final de dopamina, responsável pela sensação de bem-estar e recompensa (reforço positivo).
Sistema de Recompensa do SNC
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Percurso dos neurotransmissores
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		A dopamina está contida em vesículas no axônio do neurônio superior. 
No dendrito do neurônio inferior, há receptores de dopamina. 
Entre ambos, está o espaço chamado fenda sináptica.
Sinapse
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Emoções
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Emoção: pode ser definida como aptidão de movimento aos sentimentos fundamentais. Morfologicamente, a palavra emoção diz respeito a movimento, do latim movere. motum, agitar-se, deslocar-se.
As emoções possuem componentes subjetivos,fisiológicos e comportamentais.
Há 4 emoções básicas e fundamentais que perpassam pelo grupo: (Bion).
Combatividade – luta pelo objetivo
Fuga - resistência
Dependência
Parceria
Emoções
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O que é uma emoção?
Emoções são fenômenos subjetivos, biológicos, sociais e com um propósito (Reeve, 2010).
São estados interiores caracterizados por pensamentos, reações fisiológicas e comportamentos expressivos específicos. Aparecem subitamente e parecem difíceis de controlar. 
Possuem um componente fisiológico, um subjetivo e um comportamental.
A emoção é uma condição complexa que surge em resposta a determinadas experiências de caráter afetivo.
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Componente Fisiológico da Emoção
Quando experimentamos emoção intensa, como medo ou cólera, experimentamos diversas mudanças corporais.
A Excitação corporal envolve:
– Ativação fisiológica
– Preparação do Corpo para a Ação
– Respostas Motores
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O Sistema Nervoso Autônomo está envolvido nas respostas emocionais.
Sistema Nervoso Simpático – prepara o corpo para as situações de emergência. É responsável pelas seguintes mudanças:
– Aceleração da respiração e da frequência cardíaca;
– Tremores;
– Transpiração excessiva;
– Secura na boca e na garganta;
– Desconforto estomacal, etc.
Sistema Nervoso Parassimpático – assume o controle e 
restitui o organismo a seu estado normal.
Componente Fisiológico da Emoção
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Excitação autônoma das Emoções
Estudos mostram que há associação entre a excitação fisiológica e a experiência subjetiva de uma emoção. 
Pesquisas que mostram que quanto mais alta a lesão na medula espinhal, menor a emotividade após o dano.
Uma redução da excitação autônoma resultava em uma redução na intensidade da emoção experimentada.
A pesquisa mostrou que os indivíduos com tais lesões, podiam reagir emocionalmente a situações excitantes, mas não se sentiam realmente emocionados. 
Estes estudos não são totalmente conclusivos.
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Teorias sobre Emoção
A teoria de James-Lang e Cannon Band
A teoria dos dois fatores da emoção de Schachter
Teoria diferencial das emoções
Hipótese do feedback facial
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Teoria James-Lange
William James (1884) formulou a primeira teoria moderna da emoção. Carl Lange chegou às mesmas conclusões. 
Teoria James-Lange:
Os estímulos do ambiente provocam alterações físicas em nossos corpos e as emoções se originam dessas mudanças fisiológicas. 
A percepção da excitação autônoma constitui a experiência de uma emoção, e como diversas emoções parecem diferentes, deve haver um padrão distinto de atividade autônoma para cada emoção.
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Estímulo → Reação corporal → emoção.
Críticas a esta teoria:
REVER 
As reações corporais que James se referia eram, na verdade, parte da resposta mobilizadora de luta ou fuga, que não variava de uma emoção para a seguinte.
Críticos sustentavam que o papel da ativação fisiológica era aumentar a emoção e não causá-la.
Teoria James-Lange
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Teoria Diferencial das Emoções
Enfatiza as emoções básicas que servem de propósitos motivacionais exclusivos, ou diferentes.
Possui os seguintes postulados:
– Há dez emoções que constituem o sistema principal de motivação para os seres humanos. 
– Sentimento único: cada emoção tem sua qualidade única subjetiva e fenomenológica.
– Expressão única: cada emoção tem seu padrão único de expressões faciais.
– Ativação neural única: cada emoção tem sua taxa específica de disparo neural que a ativa.
– Motivação exclusivo: propósito exclusivo: cada emoção gera propriedades motivacionais distintas e serve a funções adaptativas.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Teoria Diferencial das Emoções
	Emoções positivas	Emoções neutras	Emoções negativas
	Interesse	Surpresa	Medo
	Alegria		Raiva
			Repugnância
			Angústia
			Desprezo
			Vergonha
			Culpa
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Teoria Diferencial das Emoções
Cada emoção atua com um sistema que coordena componentes de sentimento, expressão, atividade neural e propósito/ motivação.
As emoções não-básicas são derivativos baseados numa experiência de uma emoção básica. Ex: ansiedade é derivada do medo. 
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Teoria Cannon Band
Teoria afirma que nós processamos mentalmente as emoções e, ao mesmo tempo, respondemos fisicamente. 
Exemplo: Você vê o cão, você sente medo e seu coração acelera simultaneamente.
Teoria afirma que os impulsos são enviados simultaneamente ao córtex cerebral e ao sistema nervoso periférico. 
Assim a resposta ao estímulo e o processamento da emoção ocorrem ao mesmo tempo, porém de maneira independente. 
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Teoria Cannon Band
A teoria dos dois fatores da 
emoção de Schachter
Schachter propôs uma teoria dos dois fatores, em que as emoções possuem dois ingredientes: excitação física e um rótulo cognitivo. 
Schachter presumiu que nossa experiência da emoção cresce a partir de nossa consciência da excitação do corpo. 
Como Cannon e Bard, Schachter também achava que as emoções são fisiologicamente similares. Assim, em sua opinião, uma experiência emocional exige uma interpretação consciente da excitação.
Emoções produzem estados internos de excitação e nós procuramos no mundo exterior uma explicação para isso.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Hipótese do Feedback Facial
Sorrir faz a gente ficar feliz?
Ainda se discute se a musculatura facial posada produz experiência emocional, mas a maioria dos estudos afirma que ela produz apenas um pequeno efeito.
Versão mais conservadora da teoria propõe que o feedback facial modifica a intensidade da emoção, mas não produz a emoção. Ex: Se você sorrir intencionalmente quando estiver alegre, sentirá uma alegria mais intensa.
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
Hipótese do Feedback Facial
O aspecto subjetivo da emoção tem origem em sentimentos gerados por: movimentos da musculatura facial
Alterações na temperatura facial
Alterações na atividade glandular da pele da face.
Síntese: A emoção é a consciência do feedback proprioceptivo do comportamento facial.
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Hipótese do Feedback Facial
O feedback facial ativa a emoção. Uma vez ativada a emoção, é o programa da emoção, e não o feedback facial, que recruta a participação cognitiva e corporal para continuar mantendo a emoção.
Os movimentos faciais associados a uma emoção positiva melhoram a respiração, baixam a temperatura cerebral e produzem sensações positivas.
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Teorias Cognitivas sobre da emoção
Nossa experiência emocional depende da percepção que temos de uma situação.
As emoções não ocorrem sem uma avaliação antecedente (cognição do evento).
A avaliação, e não o evento em si, é a causa da emoção.
Ex: Criança vê um cachorro se aproximar. Faz uma avaliação do significado de aproximação do animal: bom/ agradável ou mau/ perigoso. Dependendo da avaliação da criança ela terá uma experiência emocional diferente.
Lazarus (1991) afirma que o processo gerador de uma emoção começa com a avaliação cognitiva do evento, e não com a reação biológica ao evento, nem com o evento em si.
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Expressão das Emoções
Darwin publicou “A expressão da emoção no homem e nos animais” (1872). 
A comunicação das emoções tem uma função importante relacionada a um valor de sobrevivência das espécies. 
A universalidade de algumas expressões emocionais apoia a ideia de Darwin de que elas são respostas inatas com uma história evolutiva.
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Utilidade das Emoções
Darwin argumentou que as emoçõesajudam os animais a se adaptarem a seus ambientes.
Ex: Quando o cão mostra os dentes para defender seu território, isso o ajuda a lidar com as situações hostis 
(afastando os adversários).
Emoções servem para pelo menos oito propósitos distintos: proteção, destruição, reprodução, reunião, afiliação, exploração e orientação (Plutchik, 1970). 
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Emoções Universais
Algumas expressões faciais parecem ter um significado universal, independente da cultura no qual o indivíduo é criado.
Robert Plutchik (1980) propôs a existência de oito emoções básicas:
Medo; surpresa; tristeza; repulsa; raiva; antecipação; alegria e aceitação.
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Oito categorias básicas de emoção de Plutchik
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Circuito de retroalimentação da emoção (Plutchik, 1985)
 A causa da emoção não deveria ser conceituada nem como cognitiva nem como biológica.
A emoção é antes um processo, uma cadeia de eventos que se agregam em um sistema complexo de retroalimentação.
Mude-se a avaliação cognitiva de “isto é benéfico” para “isto é prejudicial” e a emoção mudará.
Mude-se a qualidade da ativação (através de exercício, um medicamento ou eletrodo no cérebro) e a emoção mudará.
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O que causa a emoção?
Polêmica: as emoções são fenômenos primariamente biológicos ou primariamente cognitivos?
Biologia versus cognição
Cognição – Primeiro se estabelece o significado e depois a emoção se segue como consequência. A avaliação cognitiva é primária
Biologia – As emoções podem ocorrer sem um evento cognitivo prévio, mas não podem ocorrer sem um evento biológico prévio. A biologia é primária.
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Utilidade das emoções
Funções de enfrentamento
Funções sociais:
– Comunicam aos outros os nossos sentimentos
– Influem no modo como os outros nos tratam
– Promovem e facilitam a interação social
– Criam, mantém e dissolvem relacionamentos
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Emoção e Gênero
Algumas emoções, na cultura ocidental, são relacionadas às mulheres: compaixão, tristeza, empatia e angústia.
Os meninos são ensinados desde cedo a ocultar tais emoções em público.
Mulheres são mais hábeis em expressões faciais e pistas corporais relacionadas às emoções. 
Alguns estudos sugerem que estas diferenças são geneticamente programadas. 
Profissões que exigem elevado trabalho emocional tendem a ser ocupadas por mulheres.
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Diferença entre Emoção e Humor
Emoções influenciam no comportamento e dirigem cursos específicos de ação.
Os estados de humor, porém, influem principalmente na cognição e dirigem o pensamento da pessoa.
As emoções derivam de eventos breves que duram segundos, ou talvez minutos, enquanto que os estados de humor emanam de estados mentais que duram horas, ou talvez dias. 
Os estados de humor são mais duráveis do que as emoções.
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Perspectiva biológica
Grande parte do processamento emocional dos eventos da vida permanece não cognitiva – automática, inconsciente e mediada por estrutura subcorticais (Izard, 1989).
Estudo com bebês mostra que eles respondem emocionalmente a certos eventos, apesar de suas limitações cognitivas (Izard, 1989).
As emoções tem início muito rápido, duração curta, podendo ocorrer automaticamente.
Podem ocorrer mesmo sem ter consciência da emocionalidade (Ekman, 1992).
 Existe um circuito cerebral para o medo, para a raiva, etc. (Panksepp, 1982). 
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Perspectiva cognitiva
A atividade cognitiva é um pré-requisito necessário para que haja emoção.
Lazarus argumenta que a avaliação cognitiva que o indivíduo faz do significado de um evento cria condições da experiência emocional.
Avaliações cognitivas:
- Evento é bom ou mau?
- Consigo lidar com êxito desta situação?
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Visão dos dois sistemas
Segundo Buck (1984), os seres humanos tem dois sistemas sincrônicos que ativam e regulam a emoção. 
Um dos sistemas é inato, espontâneo e fisiológico que reage involuntariamente a estímulos emocionais.
O outro é o sistema cognitivo com base na experiência que reage interpretativa e socialmente.
Juntos, o sistema biológico e o sistema cognitivo combinam-se para fornecer um mecanismo altamente adaptativo da emoção. 
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Circuito de retroalimentação da emoção
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Emoções Universais
Ekman e colaboradores concluíram que pelo menos seis emoções são acompanhadas de expressões faciais universais:
Alegria
Tristeza
Raiva
Surpresa (espanto)
Medo
Repulsa (aversão – nojo)
Desprezo
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Emoções Básicas
Considera-se que existam emoções básicas e várias outras emoções relacionadas a uma emoção básica.
Ex: A raiva é uma emoção básica, mas também é uma família de emoções.
Raiva – família inclui hostilidade, fúria, ira, ultraje, aborrecimento, ressentimento, inveja e frustração
Alegria – família divertimento, alívio, satisfação, contentamento, orgulho;
Ekman (1992) considera que existem pelo menos cinco famílias de emoções: raiva, medo, repugnância, tristeza e contentamento.
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Emoções Básicas
São inatas, e não adquiridas ou aprendidas pela experiência ou socialização.
São expressas de maneira própria e distinta (tal como por meio de uma expressão facial universal).
Provocam um padrão de respostas fisiológicas distinto e altamente previsível.
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Medo
É uma reação emocional que surge a partir da interpretação da pessoa de que a situação que ela enfrenta é perigosa e uma ameaça ao seu próprio bem-estar.
Está relacionado a:
 Antecipação de dano físico ou psicológico;
 Vulnerabilidade a perigos ou expectativa de que a capacidade de lidar com problemas não seja suficiente.
Vulnerabilidade percebida de a pessoa ser vencida por uma ameaça ou perigo.
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O medo motiva a defesa.
 Funciona como sinal de alívio para um dano físico ou psicológico iminente que se manifesta na ativação do sistema nervoso autônomo.
A manifestação de proteção se manifesta pela evitação ou afastamento do objeto.
O medo motiva estratégia de manejo (coping), como no caso de se ficar em silêncio e imóvel.
O medo pode fornecer a base motivacional para a aprendizagem de novas respostas de manejo que evitem a pessoa de encontrar antes o perigo.
Medo
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Raiva
A raiva surge da restrição, tal como na interpretação de que os planos da pessoa ou de seu bem-estar possam sofrer interferência de alguma força externa.
Também surge de uma traição de confiança, uma rejeição, uma crítica injustificada, uma falta de consideração dos outros e aborrecimentos acumulados.
A essência da raiva é a crença de que a situação não é o que deveria ser, ou seja:: nem a restrição, nem a interferência, ou a crítica são legítimas.
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A raiva pode esclarecer problemas de relacionamento, dar força a programas políticos, motivar a luta por direitos, etc.
Em casos que a raiva tem uma função positiva é quase sempre uma expressão assertiva e não violenta da raiva que traz bons resultados.
A raiva relacionada a violência pode estar ligada a desfechos negativos ou trágicos.
Raiva
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Repugnância – Nojo - Aversão
Implica em livrar-se ou afastar-se de um objeto contaminado, deteriorado ou estragado.
O que vem a ser o objeto depende do desenvolvimento e da cultura. 
Primeira infância – sabores amargos ou azedos
Segunda infância – repulsas psicologicamente adquiridas a qualquer objeto tido como desagradável.
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Repugnância – Nojo - Aversão
Idade adulta – Surge diante de objetos que julgamos estarem contaminados.
Contaminações corporais (má higiene, sangue, morte)
Contaminações interpessoais (contato físico com pessoas indesejáveis)Contaminações morais (abuso de crianças, incesto, infidelidade)
Aprendizagem cultural – cultura determina muito do que o adulto considera contaminação corporal, interpessoal ou moral.
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Repugnância – Nojo - Aversão
Desenvolve um papel motivacional positivo pois o desejo de evitar objetos repugnantes nos motiva a aprender comportamentos de manejo necessários para evitar o confronto (ou criação) de condições que produzam repugnância.
Ex: Hábitos de higiene corporal e limpeza do ambiente, etc.
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Tristeza
É a emoção mais negativa ou desagradável.
Surge das experiências de separação ou fracasso.
Tristeza motiva o indivíduo a assumir qualquer comportamento necessário para suavizar as circunstâncias que provocam angústia antes que elas ocorram novamente.
Indiretamente facilita a coesão de grupos sociais.
Separação das pessoas importantes provoca tristeza.
A antecipação da tristeza motiva as pessoas a permanecerem em união com os entes amados.
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Tristeza diferentes faces
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Alegria
É um sentimento positivo que torna a vida agradável e equilibra as experiências de vida de frustração e decepção. 
Os eventos que trazem alegria incluem resultados desejáveis.
Quando estamos alegres, sentimos entusiasmo e somos sociáveis.
Facilita a disposição para exercer atividades sociais.
Os sorrisos facilitam a interação social. 
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Surpresa (Espanto)
É um sentimento é a mais breve de todas as emoções. Dura poucos segundos. Como é inesperada a experiência é breve. A surpresa só pode ocorrer diante de um evento súbito.
A surpresa paralise o indivíduo momentaneamente.
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Desprezo
É uma expressão social não é encontrado nos recém nascidos. Indica superioridade.
O desprezo só é vivenciado a respeito das pessoas.
Ou ações, mas não em relação a sabores, cheiros e toque.
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ANSIEDADE
De acordo com o DSM-V (2014) a ansiedade pode ser entendida como uma emoção de desconforto que os seres humanos experienciam em resposta a um perigo presente que os faz se preparar para uma situação que reduza ou previna a sua ocorrência: sensação de apreensão quanto a algum perigo futuro bem delineado.
Processo passageiro
Característica de personalidade
Processos transitórios e/ou predisposições ou traços duradouros de personalidade
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Por que ficamos ansiosos?
A ansiedade é uma reação emocional de defesa frente a sinais de perigo.
Ansiedade inata: existem situações nas quais todos nós reagimos com ansiedade (sinais de perigo universais)
Ansiedade aprendida: em outras situações, alguns aprenderam a reagir com ansiedade enquanto outros não.
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Aspectos cognitivos no processo de ansiedade?
 Os pensamentos podem gerar reações emocionais que influenciam o modo, pelo qual, interpretamos as situações. Se interpretarmos uma situação como ameaçadora tendemos a ter reações emocionais de acordo com essa interpretação (Ansiedade), e não de acordo com o perigo “real” da situação Quando a ameaça é suscitada por uma “percepção equivocada”, a resposta do “programa de ansiedade” é também inadequada.
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Ciclo do processo de ansiedade
Situação (qualquer)
Pensamento (interpretação catastrófica)
Emoção (ansiedade)
Comportamento (fuga e esquiva)
 
 Exemplo de pensamento do processo ansioso
 
São bandidos querendo arrombar a porta.
Ansiedade
Apenas seu filho chegando em casa.
Barulho na porta
Meu filho está chegando
Alegria, satisfação
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Valores adaptativos do Medo e da Ansiedade
A correlação das emoções humanas com as respostas comportamentais emitidas pelos animais tem sido feita com base na proposta evolutiva de Charles Darwin, publicada originalmente em 1872 em seu livro “A expressão da emoção no homem e nos animais” .
Valores adaptativos do Medo e da Ansiedade
O medo e a ansiedade são emoções que apresentam claro valor adaptativo, e que tem suas origens nas reações de defesa que os animais exibem em resposta a situações de ameaça à sobrevivência.
Segundo Darwin (1872), o homem, tendo os animais como seus ancestrais, compartilha com eles não só características físicas, mas também suas emoções básicas. De acordo com esta perspectiva, o medo e ansiedade são emoções que apresentam claro valor adaptativo, e que tem suas origens nas reações de defesa que os animais exibem em resposta a situações de ameaça que podem comprometer sua integridade física ou sobrevivência.
Prof. Dr. Jefferson Cabral Azevedo
DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
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Para Blanchard (1990) a diferença entre os dois estados emocionais pode ser caracterizada em relação aos estímulos e/ou situações que os desencadeiam, de forma que o medo surgiria diante de situações claras e evidentes de ameaça e perigo, enquanto a ansiedade seria desencadeada por situações onde o perigo é apenas potencial, vago e incerto.
Valores adaptativos do Medo e da Ansiedade
Lader (1981), entretanto, atribui como causa principal da ansiedade, a expectativa de um perigo iminente e indefinido, porém sem que uma ameaça real seja identificada ou, quando existente, é considerada pelos demais como desproporcional à intensidade da emoção. Graeff (1990) cita como uma das raízes principais da ansiedade o sentimento de medo, por ser encontrado praticamente em todas as espécies e que tem como função sinalizar e preparar o organismo para situações de ameaça ou perigo.
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Investigações sobre o papel do Cérebro 
nos processos emocionais
Mapeamento por Ressonância Magnética Funcional produz uma imagem instantânea – uma fotografia eletrônica – da estrutura cerebral do paciente.
 A máquina vai detectando alterações na oxigenação do sangue, causadas pela atividade cerebral.
Os distúrbios da Ansiedade, em muitos estudos de imagens funcionais do cérebro, têm sido correlacionados a um acréscimo do metabolismo na região do cíngulo anterior, na área frontal direita e na área órbito-frontal.
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ESTRESSE
Conceito:
O estresse foi definido pelo médico Hans Selye como “uma resposta inespecífica do organismo a uma solicitação”, mas pode ainda ser definido como “conjunto de reações fisiológicas que prepara o indivíduo para lutar ou fugir”, ou “uma resposta adaptativa de sobrevivência”, ou “qualquer mudança à qual você precise se adaptar”.
Causas do Estresse:
O estresse não é apenas desejável como essencial a vida. O modo como você reage às experiências estressantes é que pode criar uma resposta de estresse inadequada. O estresse nos acompanha quase o tempo todo, desde que nascemos, sendo inerente a vida. Provém da atividade mental ou emocional ou ainda física.
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É exclusivo e individual para cada um de nós. É tão individual, que pode ser relaxante para uma pessoa, pode ser estressante para outra. Nem sempre o estresse é prejudicial, uma vez que pode ou não levar a um desgaste geral do organismo. Isso dependerá da intensidade, duração, vulnerabilidade do indivíduo e habilidade de administrá-lo.
Silva, M. Marchi, R. (1997), afirma que o estresse é um estado intermediário entre saúde e doença, um estado durante o corpo luta contra o agente causador da doença. Quando se confronte com um agressor ou estressor, o corpo reage. Essa reação desenvolve-se em três fases. Alerta, resistência e exaustão. Alguns autores introduzem a quase exaustão.
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FONTES de ESTRESSE
São três as fontes básicas do estresse: o meio ambiente, opróprio corpo e as construções inconsciente de pensamentos.
O meio ambiente requer constante adaptação, como mudanças de temperatura, barulho, exigências interpessoais, etc. Atender as demandas do corpo, desde a infância até a velhice, além das mudanças provocadas pela interação com o meio, são fontes inesgotáveis de estresse.
ESTÍMULOS DO ESTRESSE
Alguns estímulos estressores são classificados segundo o tempo necessário para produzirem estresse. Entre os estressores classificados de curto prazo temos a sensação de fracasso, a carga de trabalho, a pressão de tempo, as ameaças, o medo etc. Entre os estressores classificados de longo prazo, as situações de competição, ambientes de perigo e o trabalho monótono.
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Sintomas do estresse
O estresse afeta os vários aspectos da vida do indivíduo.
Cognitivo: ansiedade, expectativa ansiosa, baixa concentração, dificuldade de memória.
Emocionais: sensação de tensão, irritabilidade, angustia, incapacidade de relaxar, depressão.
Comportamentais: fugir das tarefas, falta ou excesso de sono, dificuldade de concluir tarefas, nervosismo e temores.
Sociais: desinteresse social, isolamento, queda na qualidade dos relacionamentos.
Fisiológicos: tensão motora, tiques, agitação e tremores, tensão muscular, dores, cãibras e fadiga, hiperatividade neurovegetativa, respiração artificial, sufocação, taquicardia, mãos frias e suadas, boca seca , vertigens, náuseas, diarreia, micção frequente, gases. Rubores, calafrios, dificuldade de engolir e mudança no tom da voz.
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Estresse Positivo:
O estresse positivo, também chamado de Eustresse, é considerado o estresse “bom” pois ele motiva e estimula a pessoa a lidar com a situação.
O estresse pode ter até valor terapêutico, como é o caso no esporte e no trabalho, exercidos moderadamente. Assim, uma partida de futebol ou um beijo apaixonado podem produzir considerável estresse sem causar danos.
Estresse Negativo:
O estresse negativo, ao contrário do positivo, acovarda o indivíduo, fazendo com que ele se intimide e fuja da situação, ou ainda desenvolva doenças.
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Com o decorrer dos anos, o ambiente de trabalho vem se modificando e acompanhando o avanço das tecnologias ultrapassando cada vez mais o nível de capacidade de adaptação dos trabalhadores. Os profissionais vivem hoje sob contínua pressão, sendo o tempo todo cobrado não só no trabalho como também na vida de uma maneira geral. O desgaste profissional, que as pessoas estão submetidas diariamente, poderá gerar algum tipo de doença. Os modelos expostos são responsáveis pelos seguintes fatores: agentes estressantes de natureza diversas (física, biológica, mecânica, social, etc.), como conjunto de características pessoais temos (tipos de personalidade, modos de reação ao estresse etc.), um conjunto de consequências relacionados à saúde do indivíduo (doenças cardiovasculares, perturbações psicológicas etc.) e da organização (absenteísmo, acidentes, produtividade, performance etc.). 
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Síndrome de Burnout
A chamada Síndrome de Burnout é definida por alguns autores como uma das conseqüências mais marcantes do estresse profissional, e se caracteriza por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos (até como defesa emocional). Enfim, a Síndrome de Burnout repressenta o quadro que poderíamos chamar “de saco cheio” ou “não agüento mais”.
O termo Burnout é uma composição de burn = queima e out = exterior, sugerindo assim que a pessoa com esse tipo de estresse consome-se física e emocionalmente, passando a apresentar um comportamento agressivo e irritadiço. 
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O Burnout surgiu em 1974. Quem aplicou este termo foi o psicólogo Fregenbauer, que constatou esta Síndrome em um de seus pacientes que trazia consigo energias negativas, impotência relacionado ao desgaste profissional.
Com muita frequência este quadro está associado a outros transtornos emocionais, geralmente com a depressão e/ou ansiedade.
Esse transtorno tem importância na medida em que afeta a vida pessoal, seja através das repercussões físicas desse estresse psíquico, seja no comprometimento profissional quanto a eficiência e desempenho, seja social na desarmonia dos relacionamentos interpessoais.
Síndrome de Burnout
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Como síndrome, o burnout seria o resultado da combinação entre as características individuais do paciente com as condições do ambiente ou do trabalho, o qual geraria excessivos e prolongados momentos de estresse no trabalho. Essa síndrome se refere a um tipo de estresse ocupacional e institucional com predileção para profissionais que mantêm uma relação constante e direta com outras pessoas, principalmente quando esta atividade é considerada de ajuda (médicos, enfermeiros, professores). 
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O conceito de Burnout pode ser dividido em três dimensões que são:
Exaustão emocional - é a situação em que o trabalhador percebe que suas energias estão esgotadas e que não podem dar mais de si mesmo. Surge o aparecimento do cansaço, fica propenso a sofrer acidentes, ansiedade, abuso de álcool, cigarros e outras drogas ilícitas.
Despersonalização - desenvolvimento de imagens negativas de si mesmo, junto com um certo cinismo e ironia com as pessoas do seu ambiente de trabalho, com clientes e aparente perda da sensibilidade afetiva.
Falta de envolvimento pessoal no trabalho - diminuição da realização afetando a eficiência e a habilidade para a concretização das tarefas, prejudicando seu desempenho profissional
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Para Farber (1991),burnout é uma síndrome do trabalho, que se origina da discrepância da percepção individual entre esforço e consequência, percepção esta influenciada por fatores individuais, organizacionais e sociais.
A falta de perspectiva com relação a ascensão na carreira profissional, pode gerar sentimentos de ansiedade e frustração constante no cotidiano do trabalho. Quando o profissional está afetado pela Síndrome, as ideias pessimistas, o medo, predominam com uma certa influência no local de trabalho.
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Síndromes e transtornos
Uma síndrome é um conjunto de sinais e sintomas que podem ser apresentados por um paciente em um determinado momento. Uma mesma síndrome pode estar presente em vários transtornos diferentes, como a síndrome delirante-alucinatória que caracteriza-se principalmente por delírios e alucinações, mas pode estar presente na esquizofrenia ou no transtorno bipolar do humor. Por outro lado uma pessoa com um determinado transtorno psiquiátrico pode apresentar diferentes síndromes ao longo do tempo, como um esquizofrênico que em um momento apresenta uma síndrome negativista e em outro apresenta uma síndrome delirante-alucinatória. A definição de transtorno inclui, além dos sinais e sintomas, outras informações como a evolução, prognóstico e resposta a tratamentos.
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Diagnóstico Multiaxial 
Os compêndios de classificações de transtornos mentais, o DSM V e o CID 10, utilizam-se de agrupamentos classificatórios e de eixos de diagnóstico. As classificações seguem módulos por semelhança, baseados nos quadros sintomatológicos como transtorno esquizofrênico, transtornos de humor, transtornos de uso de substâncias, transtorno de ansiedade, transtornos de estresse pós-traumático, transtornos somatoformes, transtornos sexuais, transtornos de personalidade entre outros.
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Objetivamente, uma avaliação multiaxial requer que todo caso seja avaliado em cinco diferentes eixos, cada um dos quais se refere à classe diferente de informação. Os três primeiros eixos constituem a avaliação formal do diagnóstico. Os eixosquatro e cinco fornecem informações que complementam esse diagnóstico formal, e são de grande utilidade para o planejamento do tratamento e a previsão de resultados. Desse modo, multiaxialmente cada paciente é avaliado em cada um destes eixos.
Eixo I - Compreende as síndromes da clínica psiquiátrica;
Eixo II - Inclui os transtornos de personalidade e o retardo mental;
Eixo III - Permite a inclusão de perturbações orgânicas;
Eixo IV - Avaliação dos estressores psicossociais;
Eixo V - Indica o nível mais elevado do funcionamento adaptativo no período anterior ao diagnóstico.
Diagnóstico Multiaxial
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	Critérios Diagnósticos para F41.1 - 300.02 Transtorno de Ansiedade Generalizada
	A. Ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva), ocorrendo na maioria dos dias por pelo menos 6 meses, nos diversos eventos ou atividades (tais como desempenho escolar ou profissional).
B. O indivíduo considera difícil controlar a preocupação.
C. A ansiedade e a preocupação estão associadas com três (ou mais) dos seguintes sintomas, presentes na maioria dos dias nos últimos 6 meses. Nota: Apenas um item é exigido para crianças.
(1) inquietação ou sensação de estar com os nervos à flor da pele
(2) fatiga
(3) dificuldade em concentrar-se ou sensações de "branco" na mente
(4) irritabilidade
(5) tensão muscular
(6) perturbação do sono (dificuldades em conciliar ou manter o sono, ou sono insatisfatório e inquieto).
D. O foco da ansiedade ou preocupação não se refere a ter um Ataque de Pânico,ou ficarr embaraçado em público (como na Fobia Social), ou ser contaminado (como no Transtorno Obsessivo-Compulsivo).
E. A ansiedade, a preocupação ou os sintomas físicos causam sofrimento significativo ou prejuízo no funcionamento social ou ocupacional ou em outras áreas importantes da vida do indivíduo.
F. A perturbação não se deve aos efeitos fisiológicos diretos de uma substância (droga de abuso, medicamento) ou de uma condição médica geral (por ex., hipertiroidismo).
 
AUTONÔMICAS: taquicardia, sudorese, etc.
MUSCULARES: dores, tremores, etc.
RESPIRATÓRIAS: falta de ar, sufocamento, hiperventilação
COMPORTAMENTAIS: insegurança, apreensão, medo, mal-estar, dificuldade de concentração, etc.
 
Manifestações de Ansiedade:
Quadro Clínico da Ansiedade
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A ansiedade deve então ser caracterizada quanto à sua apresentação e ao contexto em que ocorre. Quanto à forma, a ansiedade pode ser paroxística, aguda (ataques de pânico); tônica, prevalente (apreensão ansiosa); ou caracterizada por ambos.
Quadro Clínico da Ansiedade
	Definição: o que se entende 
por ansiedade?	Apresentação temporal: 
episódica, tônica ou ambas?
	Espontânea ou desencadeada?
	Tempo de evolução.
	Existe um tema preferencial para
 as cognições relacionadas?	Relação com consumo de 
substâncias (lícitas ou não)
	Correlação com comorbidade 
clínica: sintomas podem advir 
desta? Existem sintomas 
atípicos?	Correlação com comorbidade 
psiquiátrica, especialmente 
depressão.
Tabela: Dados de anamnese para a pesquisa de sintomas ansiosos
 
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É comum uma Perturbação da Ansiedade estar acompanhada de depressões, desordens alimentares, abuso de substâncias, ou de outra Perturbação da Ansiedade. 
Segundo a classificação do DSM-V (2014), nas Perturbações da Ansiedade enquadram-se:
Perturbação de Pânico; Agorafobia; Perturbação de Pânico com Agorafobia; Agorafobia sem História de Perturbação de Pânico; Fobia Específica; Fobia Social; Perturbação Obsessivo-Compulsiva;
Perturbação de Stresse Pós-Traumático; Perturbação Aguda de Stresse; Perturbação da Ansiedade Generalizada; Perturbação da Ansiedade Secundária a um Estado Físico Geral; Perturbação da Ansiedade Induzida por Substâncias; e Perturbação da Ansiedade sem Outra Especificação. 
Quadro Clínico da Ansiedade
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Ambivalência afetiva: descreve sentimentos opostos em relação a um mesmo estímulo ou objeto, sentimento que ocorrem de modo absolutamente simultâneo.
Neotimia: designação para sentimentos e experiências afetivas inteiramente novos vivenciados por pacientes em estado psicótico.
Medo: medo não é uma emoção patológica. Entretanto, quando vivida de forma progressiva pode ser tornar abundante e trazer comportamentos patológicos.
Fobias: São medos determinados psicopatologicamente, desproporcionais e incompatíveis com as possibilidades de perigo real.
Pânico: é uma reação de medo intenso, pavor relacionada geralmente ao perigo imaginário de morte iminente, descontrole ou desintegração.
ALTERAÇÕES DAS EMOÇÕES E DOS SENTIMENTOS
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Transtorno de Ansiedade Generalizada F 41.2
A característica essencial do Transtorno de Ansiedade Generalizada, segundo o DSM.V, é uma expectativa apreensiva ou preocupação excessiva, ocorrendo na maioria dos dias e com duração de, pelo menos, 6 meses. a Ansiedade tem uma ocorrência duas vezes maior no sexo feminino e se estima que até 5% da população geral tenha um distúrbio generalizado de Ansiedade. As teorias psicossociais sobre a gênese da Ansiedade são exaustivamente estudadas, não só pela medicina como também pela psicologia, pela sociologia, pela antropologia e pela filosofia.
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A pessoa portadora de Transtorno de Ansiedade Generalizada considera difícil controlar essa preocupação excessiva, a qual é acompanhadas de pelo menos três dos seguintes sintomas adicionais:
Inquietação;
Irritabilidade;
Fatigabilidade;
Dificuldade de se concentrar;
Tensão muscular;
Perturbação do sono.
Transtorno de Ansiedade Generalizada F 41.2
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Apesar dos pacientes não perceberem que suas preocupações são excessivas, ainda assim, eles relatam sofrimento subjetivo derivado de preocupações. Apresentam também dificuldade de controlar as preocupações ou vivenciam prejuízo no funcionamento social, ocupacional ou em outra área importante da vida.
Transtorno de Ansiedade Generalizada F 41.2
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A intensidade das preocupações, sua duração e frequência são desproporcionais aos eventos temidos. Preocupam-se com situações cotidianas e rotineiras.
Exemplo:
Saúde de familiares e pessoal;
Responsabilidade no emprego;
Finanças;
Questões menores.
Durante o transtorno pode mudar o foco da preocupação.
Transtorno de Ansiedade Generalizada F 41.2
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TAG divide-se em três áreas:
Tensão motora:: incapaz de relaxar, tremores, fadiga e cefaléia;
Hiperatividade Autonômica: dificuldade para respirar profundamente, palpitações, sudorese, tontura, ondas de frio e de calor e micção freqüente;
Hipervigilância: insônia, irritabilidade, sensação de que algo negativo irá acontecer, preocupações excessivas e dificuldade de concentração.
Transtorno de Ansiedade Generalizada F 41.2
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Prognóstico
Alguns pacientes, durante sua vida, negam o TAG. Estima-se que sem tratamento os sintomas não tenham remissão. 
Na terceira Idade, o TAG apresenta uma menor incidência de sintomas.
O diagnóstico precoce de ausência de comorbidade, é essencial, além de tratamento psicoterápico acompanhado de tratamento farmacológico por dois anos são fatores importantes na evolução do tratamento.
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Transtornos fóbicos
Holmes (1997) Classifica os transtornos fóbicos em:
Fobia social
Agorafobia
Fobias específicas
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A origem da palavra Fobia
Na mitologia Grega Phobos é um Deus Grego, filho do deus do sangue e da guerra Aires (Marte) e Afrodite, deusa do amor (Vênus).
“Phobos" significa "medo" e serve de raiz para a palavra fobia.
Representa a personificação do medo e do horror. Durante as batalhas, os seguidores e adoradores de Apolo e de Marte injetavam nos corações dos inimigos a covardia e o medo que fazia-os fugir.
 
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