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Resistência insulínica e diabetes mellitus tipo 2 na obesidade canina

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Isabela Fortuna Gasparello 
 
 
 
 
 
 
 
Resistência Insulínica e Diabetes Mellitus Tipo 2 na Obesidade 
Canina: uma Revisão Sistemática 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Araçatuba 
2013
 
 
Campus de Araçatuba 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Resistência Insulínica e Diabetes Mellitus Tipo 2 na Obesidade 
Canina: uma Revisão Sistemática 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso de 
Graduação apresentado à Faculdade de 
Medicina Veterinária da Universidade 
Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, 
campus de Araçatuba, para obtenção do 
grau de Médica Veterinária 
 
Aluna: Isabela Fortuna Gasparello 
Supervisor: Valeria Nobre Leal de Souza 
Oliva 
 
 
Araçatuba 
2013 
 
 
Sumário 
RESUMO............................................................................................................ 1 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 2 
2. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................ 4 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................... 5 
4. CONCLUSÃO .............................................................................................. 9 
5. REFERÊNCIAS ......................................................................................... 10 
ANEXO 1 .......................................................................................................... 14 
 
1 
 
 
Resistência Insulínica e Diabetes Mellitus Tipo 2 na Obesidade 
Canina: uma Revisão Sistemática 
Isabela Fortuna Gasparello; Valeria Nobre Leal de Souza Oliva 
 
 
RESUMO 
 
A obesidade leva a inúmeros efeitos deletérios ao homem, dentre os quais 
estão a resistência insulínica e diabetes mellitus tipo 2. Em cães, apesar da alta 
prevalência da doença, poucos são os estudos que discorrem sobre o assunto. 
Diante disso, o objetivo dessa revisão sistemática foi avaliar se a obesidade em 
cães provoca resistência insulínica e diabetes mellitus tipo 2 como é observado 
no homem. Para tanto, foram analisados cinco bancos de dados utilizando os 
seguintes boleadores: (Obesity OR Overweight) AND (Dog OR Canine) AND 
(Insulin resistance OR Insulin sensitivity OR Diabetes) presentes no título ou no 
resumo das pesquisas que, ainda, foram avaliadas pela qualidade 
metodológica através da classificação do Oxford Centre for Evidence-Based 
Medicine. Onze artigos, publicados entre 2006 e 2013, atenderam os critérios, 
sendo oito ensaios clínicos randomizados e três estudos do tipo coorte. Todas 
as pesquisas demonstraram que a resistência insulínica está associada à 
obesidade canina, mas apenas três evidenciaram que a diabetes mellitus tipo 2 
não ocorre nesse caso. Logo, cães obesos apresentam resistência insulínica. 
Porém, há necessidade de novos estudos para constatar a ausência da 
diabetes mellitus tipo 2. 
Palavras-chave: cão, sobrepeso, insulina, diabetes insulino independente, 
endocrinopatia. 
 
 
 
 
2 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O pâncreas endócrino é composto pelas ilhotas de Langerhans, que se 
dispersam como “pequenas ilhas” em um “mar” de células acinares exócrinas 
secretoras. Dentro das ilhotas quatro tipos distintos de células foram 
identificados com base na sua morfologia e propriedades de coloração, entre 
essas está à célula beta, responsável pela secreção de insulina (NELSON, 
2009), hormônio imprescindível para o metabolismo energético. Isto é, depois 
que a insulina se acopla aos seus receptores de membrana cerca de 80% das 
células do organismo aumentam acentuadamente a captação de glicose. A 
glicose transportada para dentro da célula é imediatamente fosforilada e 
transforma-se num substrato para todas as funções metabólicas usuais dos 
carboidratos (GUYTON E HALL, 2006). 
Outras ações da insulina, além de promover a captação e metabolismo 
da glicose nos músculos, incluem: estímulo ao armazenamento de glicose na 
forma de glicogênio na musculatura; estímulo à captação, armazenamento e 
uso de glicose pelo fígado, inibição da gliconeogênese hepática; promoção da 
conversão do excesso de glicose em ácidos graxos. (GUYTON E HALL, 2006) 
A diabetes mellitus tipo 2 é uma doença altamente prevalente no 
homem, com um enorme impacto na saúde individual e pública (IONUT et al., 
2010). Uma quantidade substancial de dados indicam que a resistência 
insulínica desempenha um papel importante no desenvolvimento da 
intolerância à glicose e diabetes, sendo um achado consistente em humanos 
com diabetes mellitus tipo 2 (LARSEN et al., 2002 ; VERKEST et al., 2012). 
Normalmente, uma vez no interstício, a insulina pode se ligar aos seus 
receptores e iniciar uma cascata de sinalização, levando a translocação e 
absorção de glicose, mas em estados de resistência à insulina, incluindo na 
diabetes do tipo 2, há uma redução na sinalização insulínica na musculatura 
esquelética, com consequente diminuição na absorção de glicose (GUYTON E 
HALL, 2006). 
O tecido adiposo é um órgão endócrino altamente ativo, que 
desempenha um papel fundamental na homeostasia energética e, por 
3 
 
conseguinte, na incidência da obesidade (RESPONDEK et al., 2008). Essa é 
definida como uma doença onde o excesso de gordura se acumula no corpo de 
tal forma que a saúde pode ser adversamente afetada (KOPELMAN, 2000; 
GERMAN et al., 2009), sendo de grande importância, no homem, pelo aumento 
da mortalidade e predisposição a uma variedade de doenças, como a diabetes 
mellitus tipo 2, hipertensão, doença coronária, certos tipos de neoplasias, 
osteoartrite, doenças respiratórias, e reprodutivas (GERMAN et al, 2006; VAN 
DE VELDE et al., 2013). 
A obesidade em cães é um problema crescente (BOUTHEGOURD et al., 
2009), sendo de grande importância na medicina de animais de companhia 
(RADIN et al., 2009), com incidência estimada em cerca de 20 a 40% da 
população canina (BOUTHEGOURD et al., 2009) e, apesar de ainda ser 
subestimada em medicina veterinária, está associada com uma variedade de 
alterações endócrinas. O exemplo mais amplamente reconhecido e estudado é 
a resistência à insulina e o aumento do risco de desenvolvimento de diabetes 
tipo 2 (ZORAN, 2010). Isto é, cães podem desenvolver muitos fatores 
predisponentes para diabetes tipo 2, incluindo acúmulo de gordura visceral e 
obesidade induzindo resistência insulínica (VERKEST et al., 2012). 
Apesar do exposto, não foi documentado o progresso à diabetes tipo 2 
na espécie em detrimento da resistência insulínica causada pela obesidade 
canina (VERKEST et al., 2012). Diante disso, o objetivo dessa revisão 
sistemática é avaliar se a obesidade em cães provoca a resistência insulínica e 
diabetes mellitus tipo 2. 
 
4 
 
2. MATERIAL E MÉTODOS 
 
Trata-se de uma revisão sistemática em que se objetivou responder a 
seguinte questão: “A obesidade leva à resistência insulínica e diabetes mellitus 
tipo 2 em cães?”. O levantamento bibliográfico foi realizado durante abril e maio 
de 2013 abrangendo as bases de dados eletrônicas PUBMED, Periódico 
CAPES, Scielo, Web of Science e Bireme, sendo empregas as seguintes 
palavras-chave: (Obesity OR Overweight) AND (Dog OR Canine) AND (Insulin 
resistance OR Insulin sensitivity OR Diabetes) presentes no título ou no resumo 
de pesquisas publicadas. A busca limitou-se a artigos escritos em inglês, 
português ou espanhol. 
 Foram identificados 338 artigos ao todo, sendo avaliados pelo autor, 
conforme os seguintes critérios de inclusão: (1) população (canina), (2) 
intervenção (obesidade), (3) desfecho (resistência à insulina e/ ou diabetes 
mellitus tipo 2). Os estudos que cumpriram os fundamentos anteriores foram 
ainda examinados quanto à qualidade metodológica pela classificação do 
Oxford Centre for Evidence-Based Medicine (Anexo 1), em nível de evidência 
de 1 a 5 (1A, 1B, 1C, 2A, 2B, 2C, 3A, 3B, 4, 5) e grau de recomendaçãode A a 
D, os quais refletem a consistência da evidência em ordem decrescente de 
poder, assim os que obtiveram qualidade metodológica inferior à B foram 
excluídos. Sendo selecionados 11 artigos em língua inglesa, publicados entre 
2006 e 2013. 
 
5 
 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
 A escolha do tema foi baseada na extensa literatura sobre a correlação 
entre obesidade, resistência insulínica e diabetes mellitus em humanos, 
angariada com escasso tempo na graduação em medicina veterinária para 
discorrer sobre o assunto em cães. 
 Para tanto, foram analisados 11 artigos, dos quais oito eram ensaios 
clínicos randomizados e três estudos do tipo coorte. Esses foram alocados na 
tabela 1 de acordo com a referência, tipo de estudo, número de animais 
utilizados no ensaio, desfecho, grau de recomendação e nível de evidência 
seguindo a classificação do Oxford Centre for Evidence-Based Medicine. 
 
Tabela 1. Resumos dos estudos sobre a correlação entre obesidade e 
resistência insulínica em cães. 
EC: Estudo Coorte ECR: Estudo Clinico Randomizado - não descrito * Anexo 1 
 
 Como demonstrado na tabela 1, todos os estudos correlacionaram a 
obesidade canina à resistência insulínica, independentemente do grau de 
Referência 
Tipo de 
Estudo 
Grau de 
Recomendação/ 
Nível de 
Evidência* 
N 
Desfecho 
Resistência 
Insulínica 
DM tipo 2 
Verkest et al.(2012) EC A /1 B 18 Sim Não 
Verkest et al.(2011) EC A /1 B 22 Sim Não 
Kolka et al.(2010) ECR B /2 B 6 Sim - 
Ionut et al.(2010) ECR A /1 B 12 Sim Induzido 
German et al.(2009) EC A /1 B 26 Sim - 
Chiu et al. (2009) ECR A /1 B 21 Sim - 
Respondek et al. (2008) ECR B /2 B 8 Sim - 
Serisier et al. (2008) ECR A /1 B 25 Sim - 
Gayet et al. (2007) ECR B/ 2 B 30 Sim - 
Kim et al. (2006) ECR A/ 1 B 6 Sim Não 
Ellmerer et al. (2006) ECR A/ 1 B 13 Sim - 
6 
 
recomendação e divergências quanto ao desenho dos mesmos. Já a diabetes 
mellitus tipo 2 foi citada em apenas quatro artigos, sendo em um deles (IONUT 
et al., 2009) induzida através da administração de estreptozotocina, fármaco 
comumente utilizada para provocar a doença em animais como modelo para a 
medicina humana. Nos outros três não houve desenvolvimento da diabetes 
mellitus tipo 2 decorrente da obesidade. 
 Kolka e colaboradores (2010), induziram a obesidade em cães com uma 
dieta hipercalórica durante 9 a 12 semanas e, sob anestesia, administraram 
cinco doses de insulina no músculo vasto medial desses animais e no grupo 
controle composto por animais com escore corporal dentro dos padrões 
normais de referência, sendo relatado que a insulina injetada permaneceu nos 
vasos linfáticos do interstício, sem adentrar a musculatura, consequentemente, 
impedindo a captação de glicose pela musculatura dos animais obesos, 
denotando o grau de resistência insulínica. Estudo parecido foi realizado por 
Chiu (2009) um ano antes, apresentando o mesmo resultado. 
 Em grande parte dos estudos, observou-se, o estado de 
hiperinsulinemia nos cães obesos, sendo considerado o seu aumento 
plasmático essencial para manutenção da homeostasia da glicose, a despeito 
da resistência insulínica crônica (KIM et al., 2008). Isto já havia sido constado 
em 1981, em estudo conduzido por Bergman e colaboradores, onde referiram 
relação específica entre a ação e secreção insulínica, sugerindo que quando há 
mudança na sensibilidade à insulina, por exemplo, devido à obesidade ou 
exercício, haverá mudança compensatória na secreção de insulina. 
 Verkest e colaboradores (2011) atentaram que, após a administração de 
glicose, as concentrações séricas de insulina em cães obesos é o dobro de 
cães normais, sendo até quatro vezes maiores após a administração de 
glucagon. Ainda, finalizaram referindo que cães obesos têm concentrações 
séricas de insulina três a quatro vezes maiores que cães normais. O mesmo foi 
constatado por Ionut e colaboradores (2009), os quais descreveram que com a 
deposição de gordura por si só, a resistência insulina é compensada por um 
aumento na secreção de insulina de tal modo que a glicose se mantenha na 
faixa normal de tolerância. Para Respondek (2008), a hiperinsulinemia pode ser 
provocada devido ao aumento na secreção da insulina pelas células beta 
7 
 
pancreáticas ou pela baixa extração hepática da mesma, sendo a última 
demonstrada por Kim (2006). 
 Ao mesmo tempo, German e colaboradores (2009), estudaram 26 cães 
com sobrepeso, que entraram em um programa de perda de peso, envolvendo 
dieta e exercício, observando que em animais obesos, a resistência insulínica 
se correlata com o decréscimo da adiposidade, e a perda de peso aumenta a 
sensibilidade à insulina. Logo, a resistência insulínica é diretamente 
proporcional ao ganho de tecido adiposo. 
 Cães obesos tem maior concentração sérica de triglicerídeos em jejum e 
no período pós prandial (VERKEST et al., 2012). Isso significa que são 
expostos a condições que, em animais de laboratório e no homem, 
prejudicariam a função das células beta pela glicolipotoxicidade. (POITOUT E 
ROBERTSON, 2008). Porém, para Verkest e colaboradores (2012) a falta de 
documentação de casos de diabetes mellitus tipo 2 nos cães do seu estudo e 
na literatura sugerem que as células beta pancreáticas caninas não são 
susceptíveis a glicolipotoxicidade, e que as concentrações de glicose e 
triglicerídeos sozinhas não são suficientes para causar falha nas células beta. 
Logo, os cães obesos do estudo eram resistentes à insulina, mas ao contrário 
dos felinos e do homem, a maioria compensava adequadamente à baixa 
sensibilidade à insulina, aumentando a secreção da mesma. Portanto, em 
contraste a outras espécies, não houveram achados convincentes em cães 
para desenvolver falha das células beta levando a diabetes mellitus tipo 2 
associada à resistência insulínica induzida pela obesidade (VERKEST, 2011). 
Isto é, não foi observada em cães por Verkest (2011; 2012) e Kim (2006). 
 Um dos pontos atentados por Verkest e colaboradores (2011) foi que 
cães induzidos à obesidade poderiam não ser modelos adequados, pois as 
dietas com alta concentração de gordura usadas na indução resultariam em 
hipertrigliceridemia, o que poderia prejudicar a secreção de insulina. Isto é, pela 
obesidade ser induzida relativamente rápida, haveria menos tempo para as 
células beta compensarem a resistência insulínica crônica que ocorre 
naturalmente na obesidade. Apesar disso, dos 11 artigos revisados sete 
estudaram animais obesos induzidos por dieta, e obtiveram resultados 
8 
 
similares com os outros estudos, averiguando a presença de resistência 
insulínica. 
9 
 
4. CONCLUSÃO 
 
 Por meio desta revisão sistemática foi possível concluir que a obesidade 
leva a resistência insulínica em cães, mas a mesma é compensada por um 
estado de hiperinsulinemia. Já as pesquisas sobre diabetes mellitus tipo 2 
induzida pela obesidade em cães são escassas e apesar de todos os artigos 
dessa revisão , que apontavam para o tema, concluírem que não há 
desenvolvimento da mesma, são necessários novos estudos que se 
aprofundem à questão. 
 
10 
 
5. REFERÊNCIAS 
 
 
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11 
 
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IONUT, V.; LIU, H.; MOORADIAN, V.; CASTRO, A. V. B.; KABIR, M.; 
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http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22130330
13 
 
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<http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20219485>. Acesso em 20 de maio de 
2013. 
 
14 
 
ANEXO 1 
Quadro 1. Níveis de Evidência Científica por tipo de estudo segundo o Oxford 
Centre for Evidence-based Medicine. 
Grau de 
Recomendação 
Nível de 
Evidência 
Tratamento/ 
Prevenção – Etiologia 
Diagnóstico 
A 
1 A 
Revisão sistemática (com 
homogeneidade) de Ensaios 
Clínicos Controlados e 
Randomizados 
Revisão Sistemática (com 
homogeneidade) de Estudos 
Diagnósticos nível 1 Critério de 
Diagnóstico de estudos nível 1B, 
em diferentes centros clínicos 
1 B 
Ensaio Clínico Controlado e 
Randomizado com Intervalo de 
Confiança Estreito 
Coorte validada, com bom padrão 
de referência Critério Diagnóstico 
testado em um único centro clínico 
1 C 
Resultados Terapêuticos do tipo 
“tudo ou nada” 
Sensibilidade e Especificidade 
próximas de 100% 
B 
2 A 
Revisão Sistemática (com 
homogeneidade) de Estudos de 
Coorte 
Revisão Sistemática (com 
homogeneidade) de estudos 
diagnósticos de nível > 2 
2 B 
Estudo de Coorte (incluindo Ensaio 
Clínico Randomizado de Menor 
Qualidade) 
Coorte Exploratório com bom 
padrão de Referência Critério 
Diagnóstico derivado ou validado 
em amostras segmentadas ou 
banco de dados 
2 C 
Observação de Resultados 
Terapêuticos 
Estudo Ecológico 
 
3 A 
Revisão Sistemática (com 
homogeneidade) de Estudos Caso-
Controle 
Revisão Sistemática (com 
homogeneidade) de estudos 
diagnósticos de nível < 3B 
3 B 
Estudo Caso-Controle Seleção não consecutiva de 
casos, ou padrão de referência 
aplicado de forma pouco 
consistente 
C 4 
Relato de Casos (Incluindo Coorte 
ou Caso-Controle de menor 
qualidade) 
Estudo caso-controle; ou padrão 
de referência pobre ou não 
independente 
D 5 
Opinião desprovida de avaliação crítica ou baseada em matérias básicas 
(estudo fisiológico ou estudo com animais) 
Traduzido e modificado de: Oxford Centre for Evidence-based Medicine. Levels of evidence and grades of 
recommendations. Disponível em: www.cebm.net/index.aspx?o=4590. Acesso em: 04 de abril de 2013.

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