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APOSTILA - Nutrição Básica - Final

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Nutrição básica
para animais de
estimação
Nutrição básica para animais de estimação
ÍNDICE
04
23Mitos e realidades dos alimentos para animais
de estimação 
27Perguntas mais frequentes sobre a nutrição
e a alimentação dos animais de estimação.
06Proteínas
05Água
12Carboidratos e Fibras
14Gorduras
17Minerais essenciais
19Conservação dos alimentos
18Vitaminas
21Energia
Nutrição básica para animais de estimação
O que é um nutriente?
Nutrientes x Ingredientes
Nutrição básica
04
O cuidado adequado de cães e gatos ao longo de suas vidas deve incluir a constante atenção à sua 
saúde, com a administração de vacinas preventivas e suporte nutricional ideal para cada etapa e 
estilo de vida. O conhecimento dos nutrientes básicos e suas funções é necessário no momento da 
escolha de um alimento adequado para cães ou gatos, bem como para determinar o melhor 
método de alimentação. Embora cães e gatos sejam igualmente populares como animais de 
estimação, eles diferem entre si em algumas necessidades nutricionais e também em seus 
comportamentos alimentares. Ter o conhecimento dessas necessidades únicas pode ajudar a 
oferecer a melhor nutrição para o cão ou gato ao longo de toda a sua vida.
Um nutriente é qualquer componente na dieta que seja necessário para dar suporte à vida ou que possua 
funções especificas que contribuam para o crescimento normal, manutenção de tecidos e órgãos, bem como 
para a saúde. Os nutrientes básicos para todos os animais são: energia, proteínas, gorduras, carboidratos, 
vitaminas e minerais, além da água. Dentro destes grupos, os nutrientes podem ser classificados como 
"essenciais" ou "não essenciais" (Quadro 1).
Da mesma forma que os alimentos para seres humanos, os alimentos para animais também são compostos de 
ingredientes. O produto final (alimento completo) é formado por um conjunto de ingredientes que foram 
combinados para uma determinada finalidade (assim como um bolo, que tem uma receita com a combinação de 
ingredientes como ovos, farinha, açúcar, entre outros). Cada um dos ingredientes adicionados a um alimento, 
contém um conjunto de nutrientes que contribui para o produto final. Por exemplo, alguns ingredientes, como a 
carne de frango, fornecem principalmente proteínas (e algumas gorduras, minerais e vitaminas), enquanto outros, 
como a farinha de milho, são principalmente valorizados por sua contribuição de carboidratos para a dieta. Portanto, 
animais de estimação necessitam de nutrientes (não de ingredientes), mas os alimentos para animais são compostos 
de ingredientes que fornecem esses nutrientes essenciais.
MAS TODOS OS NUTRIENTES NÃO SÃO "ESSENCIAIS"?
É verdade; os termos "essencial" e "não essencial" podem ser confusos quando são vistos pela primeira vez. 
Enquanto todos os nutrientes são essenciais para a vida, o termo nutricional “essencial” e “não essencial”, 
refere-se à necessidade daquele nutriente ser essencial estar presente ou não na dieta.
 • Nutrientes essenciais são aqueles que devem estar presentes na dieta, a fim de satisfazer as necessidades 
de um animal de estimação. Isso ocorre quando o cão ou gato não pode produzir internamente o nutriente ou 
não pode produzir a quantidade suficiente do nutriente para satisfazer as suas necessidades.
 • Nutrientes não essenciais são nutrientes que o animal pode obter por meio da dieta ou produzir 
internamente. Portanto, estes nutrientes, ainda que encontrados na dieta, não são essenciais para uma 
nutrição completa e balanceada.
 • Por exemplo: Cães e gatos têm uma exigência nutricional de cerca de 23 aminoácidos diferentes (as unidades 
estruturais das proteínas). Destes 23 aminoácidos, apenas 10 são essenciais para cães e 11 são essenciais para 
gatos (porque necessitam também de taurina) e, por consequência, devem estar presentes nos seus alimentos 
em níveis adequados. (Os outros 12 podem ser fornecidos pela dieta ou por produção do organismo).
quadro 1
05
ÁGUA
70%
Embora não seja exatamente um nutriente, a água é essencial e importante 
para todos os animais. Cumpre múltiplas funções no corpo que são 
fundamentais para a vida. Cães e gatos satisfazem sua necessidade diária 
via água potável que bebem, pela água presente em sua alimentação 
(alimentos úmidos possuem mais água que os alimentos secos) e uma pequena 
quantidade que é produzida pelo próprio corpo. Independentemente do tipo de 
alimento que consomem, para todos os cães e gatos deve-se fornecer um suprimento ilimitado de 
água limpa e fresca todos os dias. As necessidades de água aumentam durante os períodos de 
clima quente e úmido, quando se exercitam de forma mais vigorosa e durante alguma doença. 
Além disso, as fêmeas lactantes têm maiores necessidades de água para a produção de leite.
VOCÊ SABIA QUE…
Aproximadamente 70% do peso corporal adulto é 
água, e alguns tecidos do corpo são compostos por 
90% de água. O corpo pode perder a maior parte de 
sua gordura corporal, aproximadamente metade das 
suas proteínas, mas a desidratação de apenas 7% do 
organismo já é considerada severa. Embora os 
animais possam sobreviver por longos períodos de 
tempo sem outros nutrientes, irão morrer em poucos 
dias, se forem privados de água.
ÁGUA - É BOA PARA QUE?
Aqui está um breve resumo dos muitos papéis que a 
água desempenha na saúde dos cães e gatos:
• Regula e mantém a temperatura normal do corpo.
• É necessária para a digestão de alimentos e para a 
absorção de nutrientes pelo organismo.
• É necessária para o transporte de nutrientes entre 
as células.
• Está envolvida em muitas reações químicas essenciais.
• Elimina os dejetos (urina e fezes).
DICA PRÁTICA SOBRE ALIMENTAÇÃO - ÁGUA
Uma estimativa das necessidades diárias de água de um animal de estimação pode ser determinada da 
seguinte forma: 1 ml de água para cada quilocaloria de energia (EM) que o animal consome por dia. Por 
exemplo, se um cão adulto de tamanho médio (de cerca de 15kg) consome 850 kcal de alimento por dia, 
ele necessitaria aproximadamente 850 ml de água (equivalente a aproximadamente 3 ½ xícaras). 
Independentemente dos cálculos, o melhor método para garantir a adequada ingestão de água é 
fornecer para cães e gatos água limpa e fresca em todos os períodos do dia.
do peso corporal 
adulto é composto 
por água.
PROTEÍNAS
Cães e gatos precisam de proteína para o crescimento e manutenção de 
quase todos os tecidos do corpo. Constituem um importante componente 
estrutural do pelo, da pele, dos tendões, dos ligamentos, dos glóbulos 
sanguíneos e da cartilagem. As proteínas formam enzimas necessárias para 
as reações químicas, os hormônios que atuam como mensageiros químicos e 
os anticorpos que compõem o sistema imunológico. Na dieta, as proteínas são, 
junto com os carboidratos e gorduras, um dos três nutrientes que podem fornecer energia.
Composição das proteínas:
As proteínas são uma grande quantidade de 
compostos que são formados por unidades 
individuais chamadas aminoácidos. Existem 23 
aminoácidos que podem ser combinados de 
qualquer maneira, criando uma enorme variedade 
de diferentes moléculas de proteína que formam 
parte do corpo (Tabela 1). Como comentado acima, 
os aminoácidos podem ser classificados em 
essenciais (não podem ser produzidos pelo animal e 
devem estar na dieta) ou não essenciais (podem ser 
produzidos pelo animal ou obtidos na dieta).
Qualidade de proteínas:
A qualidade das proteínas de um alimento para 
animais de estimação é influenciada pela sua 
composição de aminoácidos, a sua digestibilidade e 
sua biodisponibilidade. A digestibilidade refere-se 
ao quanto uma proteína pode ser quebrada e 
disponibilizar seus aminoácidos para absorção do 
organismo, ou seja , a quantidade disponível para 
ser utilizada. O equilíbrio de aminoácidos é a 
quantidade relativa de aminoácidos essenciais X não 
essenciais que uma fonte de proteína contém. A 
biodisponibilidade refere-se à proporção de 
aminoácidos absorvidos que estão disponíveis para 
ser utilizados por tecidos do corpo, ou seja,o 
percentual de aproveitamento, pelo organismo.
De quantas proteínas os cães e gatos 
precisam?
As reservas de proteínas do corpo de todos os cães 
e gatos estão em um estado constante de mudança, 
já que as células e tecidos se desgastam e precisam 
ser substituídos. Estas mudanças são conhecidas 
como “turnover proteico”. Dessa maneira, as 
proteínas da dieta aportam um fornecimento 
regular de novas proteínas para repor as perdas 
normais do corpo. 
Toda proteína na dieta que não é utilizada para estas 
necessidades também pode ser utilizada como 
fonte de energia. A deficiência de proteína não é 
comum em cães e gatos, mas pode ocorrer ao se 
consumir um alimento inadequado durante longos 
períodos (Tabela 2).
• Cães: Para os cães, de 20 a 25% das calorias do 
alimento devem ser provenientes das proteínas 
para os cães adultos e pelo menos 25% das calorias 
devem ser provenientes de proteínas para os 
filhotes em crescimento.
• Gatos: Uma das muitas formas que cães se 
diferem de gatos é na exigência de proteínas. As 
proteínas para uma dieta para gatos devem 
representar no mínimo 34% das calorias dos 
alimentos para gatos adultos e cerca de 40% das 
calorias para filhotes de gatos em crescimento.
Nutrição básica
06
TABELA 1: AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS E NÃO ESSENCIAIS
Arginina
Histidina
Isoleucina
Leucina
Lisina
Metionina
Fenilalanina
Treonina
Triptofano
Valina
Taurina (gatos)
Alanina
Asparagina
Aspartato
Cisteína
Glutamato
Glutamina
Glicina
Hidroxilisina
Hidroxiprolina
Prolina
Serina
Tirosina
07
Durante a digestão, as proteínas são degradadas em aminoácidos individuais.
AMINOÁCIDOS ESSENCIAIS
AMINOÁCIDOS
PROTEÍNAS
 
 
AMINOÁCIDOS NÃO ESSENCIAIS
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não podem ser produzidos pelo corpo a uma taxa 
suficiente para suportar as necessidades do organismo 
e, portanto, devem ser fornecidos na dieta.
Podem ser produzidos pelo corpo utilizando 
aminoácidos essenciais e outros compostos 
disponíveis no corpo.
Os gatos têm uma exigência de proteínas na dieta 
naturalmente maior que a dos cães. Isto é verdade 
tanto para os animais jovens quanto para os adultos. 
Essa diferença é importante! Embora possa ser 
tentador para alguns proprietários simplesmente 
dar o alimento de seu cão para o seu gato, muitos 
alimentos comerciais para cães não contém as 
proteínas apropriadas para os gatos e, portanto, não 
podem fornecer uma nutrição adequada.
Os gatos requerem taurina nas suas dietas
A taurina é um tipo especial de aminoácido (um 
ácido beta amino sulfúrico), ao contrário de outros 
aminoácidos, não é incorporado em enzimas e 
proteínas, mas possui um papel importante no 
metabolismo dos ácidos na bilís. Ela também 
desempenha um papel essencial na função 
cardíaca, visão e reprodução. Embora gatos e cães 
possam produzir sua própria taurina, os gatos tem 
uma necessidade maior do que seus corpos podem 
produzir e, portanto, necessitam dessa fonte na 
dieta. A deficiência de taurina na dieta pode ser 
muito grave, e pode conduzir à perda de visão, 
doenças cardíacas e problemas reprodutivos. No 
entanto, devido aos alimentos comerciais para 
gatos serem formulados incluindo ótimos níveis de 
taurina, atualmente a deficiência de taurina é 
pouco comum nos gatos. Já quando comparamos 
os alimentos para cães, além deles apresentarem 
níveis mais baixos de proteínas do que a 
necessidade dos gatos, também não serão ricos em 
taurina, um dos motivos que não é adequado 
oferecer alimentos de cães para gatos.
INDICADORES DE DEFICIÊNCIA
DE PROTEÍNAS
Ingredientes que contêm proteínas 
nos alimentos para cães
Nutrição básica
08
Diversos ingredientes que contêm proteínas são 
incluídos no alimento para cães. Muitos dos termos 
referentes aos ingredientes listados no rótulo do 
alimento são definidos pela legislação do local (do país 
que fabrica ou importa) como a Associação Americana 
de controle de Alimentos nos EUA (AAFCO, sua sigla 
em Inglês). As fontes de proteínas listadas são 
ingredientes comuns nos alimentos secos para cães:
• Carne: é a carne limpa proveniente de mamíferos e 
aves abatidos (por exemplo: bovinos, ovinos, suínos e 
aves em geral) e se limita ao músculo estriado associado 
ao esqueleto, língua, diafragma, coração ou esôfago.
• Vísceras: seja de mamíferos, aves ou peixe, são 
definidas como todos os órgãos das cavidades torácica 
e abdominal do corpo (por exemplo: esôfago, coração, 
fígado, baço, estômago, intestinos, brânquias, bucho, 
bochechas, ovos não desenvolvidos), mas exclui o 
conteúdo do trato intestinal.
• Farinha de carne e osso: é o produto processado a 
partir dos tecidos de mamíferos (por exemplo: carne 
bovina, carne de porco, cordeiro), incluindo o osso. Não 
contém nenhum agregado de sangue, pelo, casco, 
tiras de couro, estrume, ou conteúdo do estômago. 
Deve atender a certos critérios e às proporções de 
cálcio e de fósforo. A farinha de carne e osso fornece 
proteínas, aminoácidos essenciais, gordura, cálcio, 
fósforo e outros minerais para o alimento. (Nota: 
Embora a definição da AAFCO estabeleça que 
pudessem incluir cérebro, sangue, gordura corporal, 
tecido lipídico parcialmente desengordurado a baixa 
temperatura ou ósseo, estômagos ou intestinos, a 
Nestlé® Purina® exclui esses itens da sua composição).
• Hidrolisado animal (fígado de frango e suíno): É o 
resultado da hidrólise enzimática ou química de 
tecidos de animais limpos e não decompostos e deve 
excluir pelos, chifres, dentes, cascos e penas. 
VOCÊ SABIA QUE…quadro 2
Embora a deficiência significativa de 
proteína não seja comum em cães e gatos, 
pode ocorrer nos casos de consumo de 
alimento inadequado. Os indicadores de 
deficiência de proteína em cães são:
• Redução do apetite.
• Crescimento lento ou perda de peso
• Desenvolvimento de uma pelagem 
áspera e sem brilho. 
• Funções do sistema imunológico 
comprometidas (maior susceptibilidade 
a infecções e doenças).
09
• Subprodutos e vísceras de carne: são as partes 
limpas não processadas pelo rendering, exceto a carne 
de mamíferos abatidos. (Rendering é um processo 
pelo qual, simultaneamente, o material é desidratado 
e separado da gordura do osso e das proteínas, 
portanto, exclui a farinha de carne). Pode incluir 
recortes de carne, pulmões, baço, rins, cérebro, 
fígado, sangue, ossos, estômago e intestinos 
(esvaziados do seu conteúdo). Os subprodutos da 
carne devem excluir especificamente pelos, couro, 
chifres, dentes, cascos, estrume e conteúdos 
estomacais. (Nota: Embora a definição da AAFCO 
estabeleça que pudessem incluir cérebro, sangue, 
tecido lipídico parcialmente desengordurado a baixa 
temperatura ou ósseo, estômagos ou intestinos, a 
Nestlé® Purina® exclui esses itens da sua composição).
• Subprodutos e vísceras avícolas: são as partes das 
aves abatidas, limpas e processadas pelo rendering, 
tais como cabeças, patas e vísceras; não devem 
conter matéria fecal ou matéria estranha. Derivados 
avícolas não incluem penas.
• Farinha de subprodutos avícolas: é feita com as 
partes de aves abatidas, limpas, processadas e 
moídas, tais como pescoço, pés, ovos não 
desenvolvidos e intestinos (sem seu conteúdo) e não 
inclui penas. Os subprodutos avícolas e a farinha de 
subprodutos avícolas fornecem proteínas e 
aminoácidos essenciais, gordura, cálcio, fósforo e 
outros minerais.
• Farelo de glúten de milho: É uma fonte de 
proteínas de origem vegetal, proveniente do resíduo 
seco do milho pós-remoção das maiores partes de 
amido e gérmen, e a separação do farelo por 
processo de moagem utilizados para preparar o 
amido ou xarope de milho ou por tratamento 
enzimático do endosperma. O farelo de glúten de 
milho é utilizado em alimentos para animais como 
uma fonte de proteína vegetal.
• Farelo de soja: É obtido a partir do grão de soja 
inteiro dos quais é extraída a gordura e os flocos são 
moídos para formar uma farinha, utilizada 
principalmente como uma fonte de proteína com 
excelente equilíbrio de aminoácidos.
As fontes de proteínas não são 
criadas damesma forma
A qualidade da proteína de um alimento para cães é 
influenciada pela sua digestibilidade, seu equilíbrio 
entre aminoácidos e biodisponibilidade. A 
digestibilidade refere-se à parte de uma proteína 
que pode ser degradada em aminoácidos que serão 
absorvidos no intestino delgado, ou seja, a 
quantidade disponível para ser utilizada. O equilíbrio 
de aminoácidos é a quantidade relativa de 
aminoácidos essenciais que uma fonte de proteínas 
contém. A biodisponibilidade refere-se à porção de 
aminoácidos absorvidos que estão disponíveis para 
serem utilizados por tecidos corporais, ou seja, o 
percentual de aproveitamento, pelo organismo. 
Estes indicadores de qualidade da proteína são 
medidos pelos fabricantes de alimentos para 
animais, das seguintes formas:
• Digestibilidade da proteína: As empresas de 
alimentos para animais mensuram a digestibilidade 
da proteína utilizando vários tipos de testes de 
alimentação. O formato básico consiste no 
fornecimento de um alimento contendo a proteína 
em teste a um grupo de cães ao longo de um 
determinado período de tempo. A quantidade de 
proteína não digerida excretada nas fezes é 
mensurada para calcular a digestibilidade da 
proteína. Em geral, as fontes de proteínas de alta 
qualidade são mais digestíveis do que as fontes de 
baixa qualidade (Quadro 3).
• Equilíbrio de aminoácidos: A composição de 
aminoácidos de uma proteína é determinada 
mediante uma análise laboratorial da proteína. O 
equilíbrio dos aminoácidos essenciais da proteína 
em teste é avaliado comparando o perfil do 
aminoácido com o de uma proteína de referência de 
alta qualidade, por exemplo a proteína do ovo. Este 
procedimento serve para identificar o aminoácido 
essencial mais deficitário na proteína em teste 
(chamado de "aminoácido limitante"). Uma segunda 
mensuração avalia a contribuição da proteína de 
todos os aminoácidos essenciais necessários para os 
cães, e uma terceira calcula a proporção da proteína 
que é composta por aminoácidos essenciais. Todos 
os três ensaios dão informações sobre a qualidade 
da proteína em termos de seu perfil biológico 
DIGESTIBILIDADE DA PROTEÍNA
O rótulo de um alimento para animais de estimação informa um valor mínimo do teor de proteína 
bruta de um alimento em seu quadro de níveis de garantia. Este valor só reflete a quantidade mínima 
de proteína total e não indica diferenças na digestibilidade da proteína entre as fontes de alta 
qualidade e baixa qualidade. Por exemplo:
 O Alimento para cães A contém 21% de proteína bruta e 86,0% de digestíbilidade.
 O Alimento para cães B contém 23% de proteína bruta e 76,0% de digestibilidade.
 Alimento A: 21 g de proteína/100 g de dieta x 0,86 = 
 18,1 gr de proteína disponível
 Alimento B: 23 gr de proteína/100 gr de dieta x 0,76 = 
 17,5 gr de proteína disponível
Embora o valor da proteína bruta relatado para o alimento para cães A seja inferior ao do Alimento 
para cães B, a maior digestibilidade do Alimento A dá como resultado mais proteínas disponíveis para 
o cão, em um determinado volume de alimento.
Nutrição básica
10
e capacidade de fornecer aos cães os aminoácidos 
essenciais necessários.
• Biodisponibilidade de aminoácidos: A avaliação 
da biodisponibilidade de aminoácidos a partir de 
uma fonte de proteína, através da realização de 
estudos de alimentação. O crescimento e o 
desenvolvimento de tecidos são mensurados de modo 
a refletir a capacidade da proteína para 
proporcionar aminoácidos essenciais aos tecidos 
desejados. Uma medida que fornece informações 
completas é chamada utilização total da proteína 
(NPU, por sua sigla em Inglês). O valor NPU de uma 
proteína reflete tanto a digestibilidade da proteína 
como a biodisponibilidade dos seus aminoácidos 
para o corpo e os tecidos desejados.
quadro 3
DICAS PRÁTICAS PARA A ESCOLHA DO ALIMENTO
As proteínas que são altamente digestíveis e contém um equilíbrio dos 10 aminoácidos essenciais são 
consideradas proteínas de alta qualidade. Já aqueles que são menos digestíveis ou limitantes em um ou 
mais dos aminoácidos são de qualidade inferior. A biodisponibilidade dos aminoácidos e a 
digestibilidade de uma proteína é afetada tanto pela fonte da proteína como os métodos de 
processamento que são utilizados para a produção de alimentos. A seguir, apresentaremos algumas 
dicas para ajudar a distinguir entre as fontes de proteínas dos alimentos para cães:
11
• O processo de elaboração pode afetar a qualidade da proteína: As técnicas adequadas para a 
preparação e temperaturas de cozimento auxiliam na ótima digestibilidade e biodisponibilidade das 
proteínas. Por outro lado, a digestibilidade de uma proteína pode ser reduzida significativamente 
devido a um excesso de calor no processo de elaboração. O processo de rendering utilizado para 
produzir farinhas de carne e ossos pode modificar a estrutura de alguns aminoácidos. Embora esses 
aminoácidos modificados sejam absorvidos pelo corpo, não estão disponíveis para serem utilizados 
pelos tecidos, já que o processo de rendering pode afetar negativamente a qualidade das proteínas. 
A inclusão de carne ou carne de frango diretamente em um alimento para animais de estimação, 
geralmente tem uma maior qualidade das proteínas, em comparação com alimentos que contêm 
apenas farinhas animais ou farinhas de subprodutos.
• Proteínas de origem animal vs. de origem vegetal: Há uma controvérsia sobre a utilização de 
proteínas vegetais em alimentos para animais. Alguns acreditam que o cão não consegue digerir ou 
utilizar produtos vegetais devido à evolução a partir de espécies predadoras. Na verdade, o cão é 
onívoro por natureza e pode se desenvolver muito bem com dietas que contêm uma variedade de 
produtos de origem animal e vegetal. No entanto, tal como com outros ingredientes, a qualidade 
dessas fontes pode variar.
• Ordem dos ingredientes: Segundo a legislação americana, os fabricantes de alimentos para 
animais de estimação devem listar os ingredientes que aparecem no rótulo, em ordem de 
predominância por peso. Portanto, os três ou quatro primeiros ingredientes que contêm proteínas 
que aparecem no rótulo de um alimento para cães, indicarão as principais fontes de proteínas desse 
alimento. Esta ainda não é uma realidade no mercado brasileiro, embora a NESTLÉ® PURINA® siga 
essa orientação, não existe uma obrigatoriedade e por isso a maioria dos concorrentes não lista os 
ingredientes dessa forma.
• A qualidade custa mais: Tal como na alimentação humana, produtos para cães e gatos que são 
de maior qualidade tem maior valor nutritivo e tendem a ser mais caros. Nos alimentos para 
animais de estimação, os ingredientes com proteína de mais alta qualidade e que são mais caras, 
como carne de frango, carne bovina, ovos e cordeiro que são utilizados em produtos premium e 
super premium. Em vez disso, as farinhas de vísceras e subprodutos tendem a ser um pouco menos 
onerosos para os fabricantes. 
Nutrição básica
12
Amido: O amido cozido (não cru) é uma fonte de 
carboidratos digestíveis que são muito bem 
utilizados pelos animais de estimação. Nos alimentos 
comerciais para cães e gatos, são incluídas várias 
formas de amido de alta qualidade. (Quadro 4)
Fibra da dieta: A fibra da dieta é um termo 
coletivo utilizado para descrever as partes dos 
vegetais que são pouco digeridos pelo corpo. Da 
mesma forma que os seres humanos, cães e gatos 
não têm uma exigência dietética de fibras por si só. 
No entanto, a incorporação de quantidades ótimas 
de fibras nos alimentos para animais traz numerosos 
benefícios para saúde de cães e gatos (quadro 5 e 6).
CARBOIDRATOS E FIBRAS
Os carboidratos são uma classe de nutrientes que podem ser classificados 
de várias maneiras. As formas menores e simples de carboidratos são os 
monossacarídeos. Comumente são chamados de “açúcares simples” e 
incluem glicose e frutose. Os dissacarídeos são compostos por duas 
moléculas de monossacarídeos unidas. Exemplosdestas são a lactose, a 
forma de açúcar encontrados no leite e a sacarose, que é o açúcar comum. Os 
mais importantes para as dietas dos animais são os polissacarídeos. Estes são compostos 
de longas cadeias de monossacarídeos e incluem o amido e a fibra da dieta.
FONTES DE CARBOIDRATOS NOS ALIMENTOS 
PARA ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
Arroz Integral
Aveia, moída ou inteira 
Farinha (arroz, trigo, milho)
Farinha de linhaça
Melaço
arroz cervejeiro (quirera de arroz)
Arroz, moído ou inteiro 
Cevada
Farinha de alfafa
Milho, moído ou inteiro
Trigo, moído ou inteiro
quadro 4
FUNÇÕES DAS FIBRAS DA DIETA
• Proporcionam maior volume na dieta
• Contribuem para a saciedade
• Ajudam a manter o trânsito gastrointestinal 
normal
• Contribuem na função gastrointestinal
• Promovem a saúde das células do trato 
intestinal
quadro 5
FONTES DE FIBRAS NOS ALIMENTOS 
PARA ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
Chicória
Casca de amendoim
Cevada
Celulose
Polpa de cítricos
Polpa de beterraba
Farelo de arroz
Farelo de milho
Casca de soja 
Cevada 
Farelo de trigo
Polpa de maçã
Polpa de tomate
Farelo de aveia
quadro 6
Sabe-se que a fibra ajuda a manter uma digestão 
saudável. Os benefícios da fibra dependem 
principalmente do tipo de fibra consumida. A fibra 
insolúvel é pobremente fermentada pela população 
de bactérias (microbiota) que reside no trato 
intestinal. Esta fibra aumenta a quantidade de fezes e 
fornece volume no trato gastroentérico. Seus 
principais benefícios são manter a regularidade e 
promover a circulação de potenciais toxinas e 
substâncias cancerígenas para fora do trato intestinal. 
Em contraste, a fibra solúvel é fermentada por essas 
bactérias do intestino, que ajudam a otimizar o trato 
gastrointestinal através de inumeros benefícios.
A fibra solúvel tem inúmeros benefícios para o intestino:
Prebióticos
13
VOCÊ SABIA QUE…
Os gatos não têm uma exigência absoluta de 
carboidratos na dieta, porque eles são capazes de 
manter os níveis normais de glicose no sangue, 
mesmo quando são alimentados com dietas 
baixas em carboidratos. (Relacionado a isso está o 
fato de que os gatos são incapazes de detectar 
sabores doces!) Ainda assim, os gatos se 
beneficiam das dietas com carboidratos porque os 
amidos cozidos proporcionam uma excelente 
fonte de energia para gatos.
Efeitos benéficos da fibra alimentar
Fibra prebiótica
Algumas fibras solúveis e fermentáveis podem ser 
classificadas como prebióticos. Os prebióticos são 
"ingredientes alimentares não digeríveis que 
beneficiam o organismo estimulando seletivamente o 
crescimento e/ou a atividade de um número limitado 
de bactérias no cólon" (Gibson & Rober-froid, 1995). 
Os Fruto-oligossacarídeos foram os primeiros 
ingredientes a ser reconhecidos como prebióticos.
Estes prebióticos incluem inulina, que é composta 
por cadeias longas e curtas de unidades de 
Fruto-oligossacarídeos e oligofrutose.
 
As raízes de chicória contêm quantidades elevadas de 
inulina. Fruto-oligossacarídeos de cadeia curta podem 
ser produzidos por hidrólise de inulina ou por síntese.
Tanto a inulina quanto as cadeias curtas de 
Fruto-oligossacarídeos são amplamente reconhecidas 
como prebióticos. (Flickinger & Fahey, 2002)
Ajuda a normalizar o tempo do trânsito e 
esvaziamento gástrico, ajudando a normalizar 
a consistência das fezes, inclusive em 
momentos de estresse.
Aumenta a atividade das enzimas para 
melhorar a digestão.
Aumenta a espessura e comprimento da 
mucosa, gerando uma maior área de superfície 
para a absorção de nutrientes.
Aumenta a retenção de água melhorando a 
consistência das fezes.
Aumenta o volume fecal, que não só normaliza 
a consistência, mas também ajuda a diluir 
potenciais toxinas.
Nutrição básica
14
Ácidos graxos essenciais
Os ácidos graxos são componentes dos 
triglicerídeos, principal forma de gordura 
encontrada nos alimentos. Os ácidos graxos são 
uma fonte concentrada de energia e 
desempenham um papel importante na saúde da 
pele, do sistema imunológico e no 
desenvolvimento neurológico. Um grupo de ácidos 
graxos selecionados também proporciona 
substrato para a produção de compostos que 
servem para manter a saúde celular, coagulação 
sanguínea adequada e uma normal resposta 
inflamatória do corpo. Ainda que existam mais de 
70 tipos de ácidos graxos diferentes que funcionam 
no corpo, cães e gatos (assim como os seres 
humanos) são capazes de produzir a maioria destes 
ácidos e não necessitam de uma fonte na sua dieta. 
GORDURAS
As gorduras fornecem uma fonte altamente concentrada de energia e são 
importantes na textura e palatabilidade de um alimento. As gorduras 
alimentares são compostas de diferentes combinações de ácidos graxos. 
Estes ácidos graxos contêm uma cadeia de átomos de carbono, que podem 
ser unidos por ligações simples ou duplas. A quantidade de ligações duplas 
na molécula de ácido graxo determina o nível de saturação da gordura. As 
gorduras saturadas não contêm nenhuma ligação dupla, enquanto gorduras 
poli-insaturadas contêm mais de uma ligação dupla.
VOCÊ SABIA QUE…
Os ácidos graxos têm funções 
importantes.
• Mantêm a pele e pelagem saudáveis.
• Colaboram na resposta do sistema imunológico na 
resolução de feridas e infecções.
• Promovem uma coagulação normal do sangue.
• Ajudam na regulação do fluxo sanguíneo para os 
tecidos do corpo.
• Apoiam na reprodução normal.
FONTES DE GORDURAS NOS ALIMENTOS 
PARA ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
Óleo de cártamo
Óleo de linhaça
Óleo de peixe
Óleo vegetal
Gordura de aves 
Sebo bovino
Óleo de girassol
Óleo de milho
Óleo de soja
Gordura animal
Gordura de frango
quadro 7
Porém, existem alguns ácidos graxos essenciais 
que são aqueles que um animal não pode 
produzir em quantidades suficientes e devem ser 
fornecidos na dieta. Os cães têm uma necessidade 
na dieta de apenas um único ácido graxo essencial, 
o ácido linoleico, enquanto os gatos precisam de 
dois, ácido linoleico e ácido araquidônico. Quando 
eles são oferecidos em quantidades adequadas na 
dieta, os cães e gatos utilizam estes ácidos graxos 
essenciais para produzir todos os outros ácidos 
graxos necessários ao corpo.
Ácidos graxos Ômega 3 e Ômega 6
O termo "ômega" refere-se ao modo em que os 
ácidos graxos são classificados. Todos os ácidos 
graxos são constituídos por uma cadeia de átomos 
de carbono unida a ligações simples e duplas. Cada 
ácido graxo tem uma quantidade única de carbono e 
ligações duplas. Os ácidos graxos ômega 3 são ácidos 
graxos que tem sua primeira ligação dupla localizada 
na terceira cadeia de carbono, ao passo que os 
ácidos graxos ômega-6 tem sua primeira ligação 
dupla no sexto carbono. Embora isto pareça bastante 
arbitrário, é muito importante fisiologicamente. 
Devido às suas diferentes estruturas básicas, a 
utilização pelo organismo de ácidos Ômega 6 e 
Ômega 3 na dieta, resulta em dois tipos diferentes de 
compostos celulares derivados. Em outras palavras, 
quando um cão ou um gato consome uma dieta com 
ácidos graxos Ômega 3, todos os ácidos graxos 
subsequentes produzidos no corpo a partir destes 
ácidos graxos Ômega 3 diferem (as vezes de 
maneiras importantes) dos ácidos graxos e 
compostos produzidos a partir dos ácidos graxos 
Ômega 6 encontrados nos alimentos. Basicamente, 
isto significa que a alimentação com dietas com 
diferentes níveis de Ômega 3 e Ômega 6 afeta os 
tipos de ácidos graxos e compostos relacionados que 
irão trabalhar dentro do organismo dos cães e gatos.
15
Os dois ácidos graxos essenciais (acido linoleico e 
ácido araquidônico) são ambos ácidos graxos ômega 6. 
Se a dieta é deficiente nestes nutrientes essenciais, 
será desenvolvida deficiência de ácidos graxos. Estes 
indicadores incluem o atraso do crescimento, lesões 
de pele, dermatites e perda de pelo. 
As fontes de ácidos graxos Ômega 6 na dieta são 
provenientes de gorduras animais e de alguns grãos. 
Embora nenhuma evidência de que qualquer ácido 
graxo Ômega 3 seja essencial na dieta, existem cada 
vez mais estudos que comprovam a necessidade de 
alguns aminoácidos Ômega-3 paraapoiar o 
desenvolvimento fetal e a saúde ao longo da vida. Os 
óleos de peixe e alguns grãos de plantas terrestres 
fornecem uma rica fonte de ácidos graxos Ômega 3.
 Gorduras animais (bovina, suína, 
ovina, aves e peixe)
 Óleos vegetais (girassol, milho, canola, 
soja e cártamo)
VOCÊ SABIA QUE…
Nutrição básica
16
Como ácidos graxos essenciais, o ácido 
linoleico (cães e gatos) e o ácido 
araquidônico (apenas gatos) devem ser 
fornecidos na dieta em níveis ótimos. Uma 
deficiência resultará em doenças da pele e 
crescimento deficiente.
 
Pelo menos um ácido graxo Ômega 3, DHA 
também parece ser essencial para uma saúde 
ótima, contribuindo para o crescimento e 
desenvolvimento neuronal e visual.
 
Em animais saudáveis, o ácido araquidônico 
produz um equilíbrio de compostos que 
promovem respostas imunológicas e 
inflamatórias normais e eficazes.
Em alguns estados de doença, o equilíbrio de 
agentes inflamatórios se deteriora e o excesso 
de ácidos graxos Ômega-6 pode agravar os 
sintomas. Aumentar os ácidos graxos 
ômega-3 de cadeia longa na dieta de animais 
de estimação com estes distúrbios pode 
reduzir a inflamação e promover a saúde.
FONTES DE ÁCIDOS GRAXOS
ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA 6
Ácido linoleico (LA): Óleo de girassol, cártamo 
e soja.
Ácido araquidônico (AA): Gordura de aves, 
porco, carne bovina e alguns óleos de peixe.
ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA 3
Ácido alfa-linolênico (ALA): Óleos de linhaça, 
sementes de abóbora e soja.
Ácido eicosapentaenoico (EPA): Óleos de peixes 
marinhos.
Ácido docosahexaenoico (DHA): peixes e algas 
marinhas.
FUNÇÕES DOS ÁCIDOS GRAXOS
ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA 6
Ácido linoleico (LA): Fonte de energia, saúde e 
integridade da pele, precursor de AA
Ácido araquidônico (AA): Saúde da pele, 
função imune, desenvolvimento neuronal, 
precursor de eicosanoides.
ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA 3
Ácido alfa-linolênico (ALA): Fonte de energia, 
precursor de EPA e DHA.
Ácido eicosapentaenoico (EPA): Auxilia no 
tratamento de doenças inflamatórias.
Ácido docosahexaenoico (DHA): Além de 
auxiliar na resolução de processos 
inflamatórios, potencializam o 
desenvolvimento da visão e do cérebro.
17
MINERAIS ESSENCIAIS
Os minerais são elementos inorgânicos necessários para o crescimento, o 
desenvolvimento e a manutenção de todos os sistemas do corpo. 
Macrominerais são os minerais essenciais encontrados em quantidades 
maiores no corpo e incluem cálcio, fósforo, magnésio, enxofre e os 
eletrólitos como sódio, potássio e cloreto. Os microminerais (também 
chamados de oligoelementos) também são essenciais para a saúde, mas 
necessários em pequenas quantidades. (O quadro 8 apresenta um resumo das principais 
funções dos minerais essenciais mais importantes na dieta de um animal de estimação). 
Atualmente, deficiências minerais são raras em cães e gatos. Quando ocorrem deficiências de 
minerais, geralmente estão associadas ao desequilibrio na dieta, onde um ou mais minerais são 
fornecidos em excesso nos alimentos, ou ainda, por alguma doença subjacente.
FUNÇÕES DOS MINERAIS ESSENCIAIS
quadro 8
Cálcio e fósforo: Necessários para o crescimento e manutenção óssea, coagulação do sangue, transmissão 
de impulsos nervosos e contração muscular. Uma proporção ideal de cálcio:fósforo na dieta é de cerca de 
1,0 a 1,4 partes de cálcio para 1,0 parte de fósforo.
Magnésio: Componente esquelético; necessário para as contrações musculares e transmissão de impulso 
nervoso.
Enxofre: Ele é necessário para manter cartilagens saudáveis; necessário para a síntese do hormônio 
insulina e o agente de coagulação do sangue, a heparina.
Eletrólitos - Sódio, Potássio, Cloreto: Regulam os fluidos corporais e equilíbrio ácido-base; necessários 
para manter a hidratação, a transmissão nervosa, função muscular e metabolismo energético.
Ferro: Componente das proteínas transportadoras do oxigênio, hemoglobina e da mioglobina; 
componente das enzimas envolvidas na respiração celular.
Cobre: É necessário para a formação e atividade dos glóbulos vermelhos; necessário para a pigmentação 
normal do pelo e da pele.
Zinco: Atua como um cofator em numerosas enzimas e é necessário para o metabolismo normal dos 
nutrientes; necessário para o crescimento saudável da pele e do pelo.
Microminerais:
Cobalto é um componente da vitamina B12.
Iodo é um componente essencial dos hormônios da tireóide.
Manganês é necessário para o metabolismo dos nutrientes e a formação das cartilagens.
Selênio é necessário para proteger as células dos danos produzidos pela oxidação.
Nutrição básica
18
VITAMINAS
As vitaminas são moléculas orgânicas necessárias ao organismo que, 
mesmo em pequenas quantidades, são essenciais para a saúde. 
Desempenham uma variedade de funções no corpo e são classificadas em 
dois grupos: as vitaminas solúveis em gorduras e vitaminas solúveis em 
água. As vitaminas solúveis em gordura A, D, E e K, podem ser armazenadas 
no corpo. As vitaminas solúveis em água incluem as vitaminas B e vitamina C. 
Estas vitaminas não podem ser armazenadas em quantidades consideráveis no organismo e por 
isso, devem ser fornecidas diariamente pela dieta (quadro 9).
FUNÇÕES DAS PRINCIPAIS VITAMINAS
quadro 9
Vitaminas solúveis em gordura (lipossolúveis)
Vitamina A (retinol): Necessária para a visão, crescimento ósseo e manutenção de uma pele e pelagem saudáveis.
Vitamina D: Regula a absorção e o metabolismo do cálcio; auxilia na calcificação normal dos ossos.
Vitamina E (alfa-tocoferol): Age como um antioxidante biológico que protege as células e tecidos do dano oxidativo.
Vitamina K: Ele está envolvido na coagulação normal do sangue; também é fornecido pelas bactérias no 
intestino grosso.
Vitaminas solúveis em água (hidrossolúveis)
Tiamina (B1): Necessária para a função do sistema nervoso e o uso de energia.
Riboflavina (B2): Necessária para reações oxidativas e utilização celular do nutriente.
Niacina: Necessária para o metabolismo normal de nutrientes e uso de energia.
Piridoxina (B6): Está envolvida no metabolismo de proteínas e aminoácidos.
 Ácido pantotênico: É necessário para o metabolismo de carboidratos, gorduras e aminoácidos.
Biotina: Metabolismo das gorduras e aminoácidos; necessária para uma pele e pelagem saudáveis.
Vitamina B12 e Ácido fólico: Juntas, elas são essenciais para a formação de glóbulos vermelhos do sangue.
Colina: Precursor do neurotransmissor acetilcolina; Está localizada nas membranas celulares.
Vitamina C (ácido ascórbico): É necessária para a formação de colágeno; não é essencial uma fonte direta já 
que gatos e cães sintetizam quantidades adequadas para satisfazer suas necessidades, mas pode ser 
interessante como antioxidante.
CONSERVAÇÃO DOS ALIMENTOS PARA ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO
A conservação dos alimentos para animais pode ser feita incluindo componentes ou nutrientes 
que protegem o produto do dano oxidativo ou microbiano, para garantir que o alimento 
forneça uma nutrição saudável e segura ao longo da sua vida útil.
Os fabricantes de alimentos para animais devem oferecer produtos que sejam tanto nutritivos como 
seguros para o consumo por cães e gatos durante toda a vida útil do produto. Os conservantes 
podem ser incluídos nos alimentos para evitar a contaminação microbiana, a produção de toxinas e 
para proteger a degradação do alimento e perda de nutrientes durante o armazenamento.
• O baixo teor de umidade nos alimentos secos 
para animais inibe o crescimento da maioria dos 
microrganismos. O calor elevado durante o 
cozimento e o uso de latas seladas hermeticamente 
preserva os alimentos enlatados.
• Os alimentos semi-úmidos para animais contêm 
frequentemente um pH baixo e hidratantes que 
fixam a água no produto, impossibilitando a 
invasão de bactérias e fungos.
• O sorbato de potássio é incluído em alimentos 
semi úmidos como um aditivo em alguns alimentos 
para evitar o crescimento de bolores e leveduras.
• O dano oxidativo refere-se à destruição de 
nutrientes como resultado da exposição ao 
oxigênio e ao calor. Resulta na perda de 
nutrientes essenciaisdos alimentos e na 
produção de compostos tóxicos denominados 
peróxidos, o que pode ser prejudicial para a saúde 
dos animais de estimação.
19
Tipos de antioxidantes nos alimentos para 
animais de estimação
Os antioxidantes funcionam para retardar o 
processo oxidativo e prevenir a destruição das 
gorduras e nutrientes solúveis em gordura dos 
alimentos. Ao proteger as gorduras da oxidação, o 
odor e a textura do alimento são mantidos, 
evitando o ranço e o acúmulo de produtos finais 
tóxicos pela degradação lipídica. Como acontece na 
alimentação humana, tanto antioxidantes sintéticos 
(fabricados) como os naturais são utilizados nas 
rações comerciais. Os antioxidantes sintéticos mais 
comuns são hidroxitolueno butilado (BHT, por sua 
sigla em Inglês) e o hidroxianisol butilado (BHA, por 
sua sigla em Inglês). Antioxidantes naturais 
comumente usados são tocoferois misturados 
(vitamina E), ácido ascórbico (vitamina C), ácido 
cítrico e alecrim.
BHT e BHA: São produtos sintéticos semelhantes em 
estrutura à vitamina E e são antioxidantes comumente 
utilizados em muitos alimentos para seres humanos e 
animais de estimação. Estes compostos são altamente 
eficazes em proteger as gorduras animais, mas são 
ligeiramente menos eficazes quando são usados para 
proteger óleos vegetais.
Os métodos de processamento de alimentos e 
conservantes trabalham em conjunto para prevenir a 
contaminação microbiana em alimentos comerciais:
Os conservantes protegem os alimentos contra a 
perda de nutrientes: Os alimentos formulados para 
cães e gatos contêm gorduras animais, óleos 
vegetais e vitaminas solúveis em gordura A, D, E e K. 
Devido à sua estrutura química, estes nutrientes são 
mais susceptíveis ao dano oxidativo, o que pode 
conduzir à deterioração do produto.
• Os alimentos que receberam baixos níveis de 
dano oxidativo podem mudar a textura e 
desenvolver um odor e sabor desagradáveis. 
• Os antioxidantes são incluídos nos alimentos 
para animais, a fim de proteger as gorduras e 
nutrientes solúveis em gordura do dano oxidativo.
Nutrição básica
20
Vida útil dos alimentos para animais de estimação
O termo "prazo de validade" refere-se à quantidade de tempo, normalmente medido em meses, a 
qual um alimento mantém a sua qualidade e pode ser fornecido sem uma perda de nutrientes ou de 
sabor. Alimentos secos para animais têm uma vida útil entre 6 e 18 meses, enquanto produtos 
enlatados normalmente têm uma vida útil de 24 meses. A seguir, alguns conselhos práticos para o 
proprietário garantir que está oferecendo alimentos frescos e que aproveite ao máximo os alimentos 
para cães e gatos:
• Sempre verifique a data de validade que aparece na embalagem dos alimentos no momento da 
compra para garantir que o produto esta dentro de sua vida útil. Os fabricantes de alimentos de alta 
qualidade incluem esta informação em um formato que seja fácil de ler e entender. Verifique se o 
alimento está no período recomendado de uso e evite a compra de mais alimentos do que o animal 
de estimação irá consumir durante o período de vida útil do produto.
• O armazenamento adequado dos alimentos para animais de estimação ajuda a manter a 
integridade nutricional dos alimentos e evita a contaminação e as perdas de nutrientes devido à 
umidade ou exposição ao calor excessivo. Mantenha os alimentos fechados, em local fresco e seco, 
longe do piso. Sacos abertos de alimentos secos devem ser armazenados em recipientes limpos, 
secos com tampas que possam ser fechados hermeticamente. Alimentos úmidos (latas ou sachês) 
abertos devem ser fechados com uma tampa e armazenados na geladeira; podem ser consumidos 
até 24 horas depois de terem sido abertos.
• Donos de animais que desejam escolher alimentos que incluem um tipo ou grupo particular de 
conservantes pode encontrar essa informação no rótulo dos alimentos para animais ou contatando 
diretamente o fabricante do alimento.
Tocoferóis mistos (Vitamina E): A vitamina E, ou 
alfa-tocoferol, é o antioxidante natural mais 
amplamente utilizado. Fisiologicamente, a vitamina E 
funciona como um antioxidante em tecidos do corpo 
e também protege as gorduras na dieta da destruição 
oxidativa. No entanto, a vitamina E é apenas um dos 
vários tipos de tocoferóis. Embora outras formas não 
sejam vitaminas essenciais, elas são altamente 
eficazes como antioxidantes de alimentos.
Por esta razão, os tocoferóis mistos são muitas vezes 
utilizados como antioxidantes porque proporcionam 
o nível mais elevado de proteção para alimentos. 
Uma desvantagem deste grupo de compostos é que 
os tocoferóis se decompõem rapidamente ao 
proteger as gorduras contra a oxidação, o que leva a 
uma vida útil mais curta dos alimentos estabilizados 
unicamente com tocoferóis. No entanto, na 
formulação de alimentos, os fabricantes levam isso 
em conta e, por esse motivo, utilizam uma 
combinação de compostos antioxidantes e declaram 
uma vida útil apropriada e segura em seus produtos.
Ácido ascórbico (vitamina C): O ácido ascórbico 
funciona como um antioxidante natural, mas é de 
valor limitado como um antioxidante de alimentos, 
porque é um composto solúvel em água e não é 
facilmente solúvel com a porção lipídica dos 
alimentos. No entanto, a vitamina C demostra sim ter 
um benefício a mais de proteção quando é incluída 
com outros antioxidantes tais como o BHT e 
tocoferóis mistos. Por esta razão, é usado para 
complementar os efeitos protetores de tocoferóis 
mistos em alimentos que contêm apenas 
antioxidantes naturais.
21
Fatores que afetam o nível de energia de 
um alimento:
O desempenho energético de um alimento depende 
da composição de nutrientes (em outras palavras, a 
quantidade de gordura, carboidratos e proteínas que 
contêm) e a qualidade dos alimentos (quão 
digestíveis e disponíveis estão seus nutrientes para o 
animal que o consome). Por exemplo: um alimento 
contendo uma proporção relativamente elevada de 
gordura altamente digestível é mais “denso em 
energia” ou "concentrado" do que um alimento com 
menor teor de gordura e menor digestibilidade. Isto 
significa que o alimento vai trazer ao animal 
mais calorias por porção do que alimentos com 
menos gordura.
ENERGIA
Enquanto a energia não é um nutriente, por si só, é o segundo maior (depois da água) em 
consideração nutricional. Ingestão energética inadequada leva ao fraco crescimento e uma 
perda de gordura corporal e tecido magro. Hoje é cada vez mais comum o consumo em excesso 
de energia, levando à obesidade e a seus problemas de saúde associados. A forma mais comum 
de expressar a energia é em em calorias (kcal) ou energia metabolizável (EM). Os três nutrientes 
na dieta que fornecem energia são gorduras, proteínas e carboidratos.
Transmissão 
do impulso 
nervoso
Renovação e 
formação de 
novos tecidos
Transporte de
moléculas através
das células
Digestão e absorção
dos nutrientes 
nos alimentos
Manutenção 
da temperatura 
corporal
Movimento
e atividade
Processo de sínteses 
(crescimento, 
gestação, lactação)
Função da energia
quadro 10
Nutrição básica
22
Fatores que afetam as necessidades 
energéticas de um animal de estimação:
FATORES QUE INFLUENCIAM NAS NECESSIDADES ENERGÉTICAS DE UM ANIMAL DE ESTIMAÇÃO
• Idade: Os animais jovens necessitam de mais energia do que os animais mais velhos.
• Etapa da vida: Os animais gestantes, lactantes e em crescimento apresentam maiores necessidades 
energéticas.
• Porte: As diversas raças podem apresentar diferenças gerais em seus índices metabólicos (ou seja, 
quão eficientemente utilizam calorias). Em geral, raças de pequeno porte demandam maiores 
necessidades energéticas se comparadas a raças de grande porte.
• Estado físico: Os cães mais magros e que estão em forma requerem mais energia para manter seu 
estado físico que os cães que tem sobrepeso ou mais gordura corporal.
• Pelagem: Cães de pelagem exóticas requerem mais energia para regular a temperatura corporal (ex. 
Cristado chinês, Chow Chow).
• Temperatura ambiental: As temperaturas extremascausam um aumento nas necessidades 
energéticas para manter a temperatura corporal normal (ofegar ou tremer).
• Nivel de atividade: Os cães altamente ativos requerem mais energia do que os cães sedentários.
VOCÊ SABIA QUE…
As gorduras da dieta são a fonte de energia 
mais concentrada nos alimentos, 
proporcionando mais que o dobro da energia 
dos carboidratos ou das proteínas:
• As gorduras contêm 8,5 kcal/g
• As proteínas contêm 3,5 kcal/g
• Os carboidratos contêm 3,5 kcal/g
As necessidades energéticas diárias de um cão ou de 
um gato são modificadas ao longo da sua vida e são 
influenciadas por vários fatores. Em geral, animais 
de estimação jovens e ativos têm requisitos 
energéticos mais elevados do que os dos adultos 
mais calmos. No entanto, várias características e 
atributos relacionados com o estilo de vida afetam a 
quantidade de alimento (e energia) que um animal 
de estimação precisa para manter uma condição 
saudável e em forma (Quadro 10).
23
Mitos e realidades dos alimentos 
para animais de estimação
Dada a grande variedade de alimentos para animais de estimação que está disponível para 
a escolha dos proprietários, não é de se admirar que exista confusão e equívocos sobre 
nutrição de cães e gatos. Saber o valor nutricional dos principais ingredientes que compõem 
os alimentos para animais de estimação ajuda o proprietário a distinguir entre mitos e 
realidades sobre os alimentos mencionados. Além disso, aprender quais alimentos são 
seguros e quais acarretam riscos permite que os proprietários escolham melhor os 
alimentos, garantindo assim a saúde e a segurança do seu animal de estimação. A seguir 
apresentaremos algumas crenças e mitos mais comuns sobre nutrição animal, juntamente 
com as preocupações e as questões mais frequentes.
REALIDADE:
• Quando cozido corretamente, o milho é uma fonte altamente digestível de carboidratos (amido), que são 
importantes no conteúdo energético de um alimento. Além disso, a fibra do milho ajuda a função do trato 
gastrointestinal e na saúde.
 
• O farelo de glúten de milho é uma fonte concentrada de proteína na dieta (geralmente mais de 65% de 
proteína) e contém um perfil de aminoácidos que complementa as proteínas animais. O farelo de glúten de 
milho tem uma digestibilidade superior a algumas farinhas de carne / aves e de fontes de carne, bovina ou 
frango, embora seja necessária uma combinação entre diferentes fontes para um melhor perfil de aminoácidos.
• Enquanto alguns cães podem desenvolver alergias a proteína contida nos alimentos, algumas pesquisas tem 
mostrado que o milho é uma causa menos comum de alergia alimentar.
• Outros benefícios do milho:
 - Milho e farelo de glúten de milho contêm altos níveis de antioxidantes naturais, tais como 
 betacaroteno.
 - Ao contrário de muitas fontes de proteína de carne, o farelo de glúten de milho tem baixo teor de
 gordura e pode ser usado para criar dietas ricas em proteínas e baixo teor de gordura para uso no 
 controle do peso.
 - O farelo de glúten de milho, se for processado de uma maneira particular, ajuda naturalmente a 
 acidificar a urina dos gatos, o que pode ajudar a manter um trato urinário saudável.
MITO: “Milho e glúten de milho têm baixa qualidade, valor nutritivo mínimo e 
produzem alergias”.
Nutrição básica
24
REALIDADE: 
• A alergia alimentar é a terceira causa mais comum de dermatite alérgica em animais de estimação. Alergias 
inalantes (poeira, mofo, pólen) são extremamente comuns. As alergias podem se desenvolver ante qualquer 
proteína da dieta, que já esteja presente em um alimento comercial ou em um alimento caseiro. 
• Quando ocorre uma alergia aos alimentos, o alergênico causador é quase exclusivamente uma proteína; 
gorduras não podem produzir uma resposta alérgica. Animais de estimação têm a mesma probabilidade de 
serem alérgicos a ingredientes de origem vegetal e animal; as proteínas de origem vegetal não são mais 
alergênicas do que os ingredientes de base animal. A maior parte da população de animais de estimação não 
apresenta alergias a alimentos.
REALIDADE:
• As dietas compostas principalmente por carne ou por carne e osso de aves muitas vezes não fornecem uma 
nutrição completa e equilibrada. A deficiência de cálcio e um desequilíbrio na proporção cálcio:fósforo são 
problemas comuns associados a alimentos caseiros e crus.
• As dietas caseiras com alimentos crus representam vários riscos para a saúde dos animais de estimação (e, 
possivelmente, também para os proprietários). A carne crua é uma fonte de diversos agentes patogênicos que 
podem causar doenças transmissíveis pelo alimento e também para os seres humanos. A ingestão de algum 
pedaço de osso afiado coloca os cães e gatos em risco de trauma oral ou perfuração do trato gastrointestinal.
REALIDADE: 
• Os regulamentos que regem os ingredientes de alimentos para animais proíbem especificamente a inclusão de 
penas, cascos, pelo, couro, estrume e conteúdo estomacal provenientes de farinha de subprodutos.
MITO: “As farinhas de subprodutos e as farinhas de carne contêm partes de animais, tais 
como penas, cascos e fezes”.
MITO: “Os ingredientes comuns usados em alimentos para animais, tais como o milho, carne 
de frango, são altamente alergênicos. O cordeiro / salmão são hipoalergênicos e, portanto, 
uma opção melhor”.
MITO: “As dietas de alimentos crus imitam a dieta natural de lobos e gatos e constituem uma 
escolha melhor para cães e gatos domésticos do que as rações comerciais”.
25
REALIDADE:
• Animais de estimação saudáveis idosos se beneficiam da proteína de alta qualidade em suas dietas. 
Pesquisas feitas pela Nestlé® Purina® indicaram que animais mais velhos podem ter maior necessidade de 
proteína em comparação com adultos jovens. Estas proteínas adicionais ajudam cães idosos a manter um 
sistema imunológico saudável e retardar os sinais de envelhecimento que estão associados com a perda de 
tecido magro (músculo).
• As proteínas da dieta de um animal de estimação de idade avançada não devem diminuir a menos que o 
animal possua alguma necessidade especifica e seja recomendado por um médico veterinário.
REALIDADE:
• Se os grãos são processados corretamente, os gatos podem digerir os carboidratos de grãos com eficiência 
acima de 90%.
• Os gatos, como outros carnívoros, têm uma elevada necessidade de proteína e devem ter uma certa 
quantidade de carnes na sua dieta para satisfazer as necessidades de determinados nutrientes, tais como ácido 
araquidônico, taurina e vitamina A pré-formada.
• Quando as fontes de carboidratos a partir de grãos estão presentes na dieta de um gato, a níveis adequados, 
proporcionam uma fonte de energia altamente disponível para gatos.
REALIDADE:
• É necessária uma nutrição equilibrada e completa para ter uma pele e pelagem saudáveis. Os ácidos graxos 
essenciais são apenas uma classe de nutrientes que contribuem para a condição da pele. O alimento do animal 
de estimação também deve fornecer suficiente proteína, zinco, cobre e vitaminas.
• A suplementação de ácidos graxos não se torna necessária se o animal consome um alimento completo e 
equilibrado de alta qualidade, a não ser que seja recomendado por um médico veterinário para uma condição 
individual de algum animal.
MITO: “Suplementar a dieta de um cão ou gato com ácido linoleico contribui para uma 
pele e pelagem saudáveis”.
MITO: “Os animais mais velhos devem comer uma dieta de baixa proteína. O excesso 
de proteína na dieta provoca danos nos rins em cães e gatos”.
MITO: “Gatos são carnívoros verdadeiros, não toleram uma dieta de grãos e não podem 
digerir a proteína vegetal”.
Nutrição básica
26
REALIDADE:
• A Vitamina K é essencial para o corpo para uma coagulação sanguínea adequada.
• Em circunstancias ideais, os animais de estimação obtém a vitamina K necessária a partir de ingredientes 
naturais em seu alimento e também atravésda produção de vitamina K no seu organismo.
• A vitamina K é adicionada no alimento para garantir que os animais consumam um nível adequado de vitamina K. 
Sem esse adicional existe o risco de deficiência em alguns animais de estimação.
• O complexo bissulfito de menadiona de sódio, uma fonte de vitamina K adicionado a alimentos para animais, 
tem sido usado com segurança em alimentos para animais por anos.
MITO: “Animais de estimação podem produzir sua própria vitamina K , não precisam de uma 
fonte na dieta. Além disso, o ingrediente chamado complexo de bissulfito de menadiona de 
sódio é tóxico e não deve ser incluído no alimento para animais de estimação".
27
Perguntas mais frequentes sobre a nutrição 
e alimentação dos animais de estimação
É prejudicial ao meu animal de estimação alimentá-lo com os restos de comida ocasionalmente?
• Alguns donos adicionam pequenas quantidades de sobras de comida no recipiente de comida de seu cão 
ou gato, enquanto outros simplesmente oferecem as sobras com a mão como forma de agrado. Esta ação 
não se torna prejudicial apenas se for realizada ocasionalmente.
• No entanto, é importante lembrar que, embora o proprietário possa estar comendo uma dieta 
equilibrada, sobras de comida oferecidos para o animais de estimação muitas vezes não são 
nutricionalmente equilibradas. Por exemplo, embora os cães e gatos gostem de cortes de gordura e restos 
de carne, o tecido muscular da carne e de aves por si só não pode fornecer uma nutrição completa.
• No geral, devemos limitar a quantidade e a frequência de sobras de comida, guloseimas e qualquer outro 
petisco oferecidos para menos de 10% das calorias diárias para um animal de estimação. Essas calorias 
devem ser refletidas na diminuição de calorias na ração diária ofertada.
Meu gato ama o sabor do peixe. É seguro alimentá-lo com pequenas quantidades, 
enquanto eu estou cozinhando?
• Alguns gatos gostam do sabor do peixe, principalmente porque é um alimento com alto teor de proteína. 
Como outras variedades de carne, peixe sozinho não pode fornecer uma nutrição completa. Além disso, 
alguns tipos de peixes contêm pequenos espinhos que são difíceis de remover; eles podem se alojar na 
garganta ou no trato gastrointestinal do gato e causar ferimentos.
• Peixe cru nunca deve ser oferecido aos animais de estimação por causa do risco de transmissão de 
parasitas como Diphyllobothrium latum, responsável pela Difilobotríase em humanos.
• Alguns peixes crus podem causar deficiência de tiamina. Certos indicadores de deficiência de tiamina 
incluem perda de apetite, postura anormal, fraqueza, convulsões e morte.
Existe alguma quantidade de chocolate que seja segura para cães?
• A razão pela qual o chocolate não é considerado seguro para cães está relacionada com o seu teor de 
teobromina. Mesmo uma pequena quantidade (menos de 28 g de chocolate ao leite por quilograma de 
peso do corpo) pode ser fatal.
• Um cão que tenha consumido chocolate em excesso apresentará sinais de vômitos, diarreia, respiração 
ofegante, aumento da frequência urinária e tremores musculares. Os sintomas geralmente se desenvolvem 
cerca de 4-5 horas depois que o cão comeu chocolate e podem ser fatais caso não sejam tratados por um 
médico veterinário rapidamente. (Em geral, isso não é um problema em gatos, já que eles não identificam o 
sabor de alimentos doces como os cães, embora também seja tóxico).
É seguro adicionar óleo ou gordura no alimento de meu animal de estimação?
• Alguns donos de animais adicionam gordura ou óleo de cozinha no alimento habitual de seu animal de 
estimação para melhorar sabor, fornecer vitaminas adicionais e melhorar a saúde da pele e a pelagem. 
Embora cada uma dessas razões tenha alguma verdade, a suplementação não é necessária e apresenta 
vários riscos:
- Suplementos, como óleos e gorduras adicionadas no alimento, raramente são necessários quando o 
animal possui uma alimentação completa e balanceada.
- Agregar gordura no alimento de um animal de estimação, também aumenta substancialmente as calorias. 
Os óleos são calóricos e contêm mais calorias do que os proprietários podem perceber. Ao longo do tempo, 
até mesmo uma pequena quantidade de óleo ou gordura adicionada diariamente ao alimento pode 
adicionar um peso corporal extra.
Minha avó sempre alimenta seus gatos com leite de vaca fresco. Ela insiste que eles 
precisam para se manterem saudáveis. Devo alimentar meu gato com leite?
• O leite, quando oferecido, deve ser dado em pequenas quantidades e nunca utilizado como um substituto 
para a água. Alguns cães e gatos adultos são incapazes de digerir grandes quantidades de leite e sofrem 
desconfortos digestivos quando o fazem, podendo apresentar vômito e diarréia.
• A Nestlé® Purina® comercializa leite específico para gatos em alguns países. É especialmente formulado 
e serve como uma alternativa mais saudável para o leite de vaca, o qual nem todos os gatos são capazes 
de digerir.
Nutrição básica
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É seguro adicionar ovo cru no alimento seco para meu cão ou gato todos os dias?
• Não. Existem vários riscos associados com ovo cru adicionado ao alimento do animal de estimação. A 
clara do ovo contém substâncias inibitórias que reduzem a digestão da proteína da dieta e inibem a 
absorção de biotina.
• Alguns indicadores de deficiência de biotina incluem dermatite, perda de pelo e crescimento deficiente.
Eu li que o alho pode ser tóxico para cães e gatos. Isso é verdade?
• Sim, mas não somente o alho, a cebola tambem é tóxica para animais de estimação. No entanto, o alho em 
pó não é. Na verdade, alho em pó e saborizantes de alho são utilizados para melhorar a palatabilidade em 
alguns alimentos para animais.
• O alho processado (por exemplo: óleo, pó, saborizante) torna-se menos tóxico. Os compostos voláteis do 
enxofre (que podemos sentir o odor quando descascamos, esmagamos ou cozimos) são liberados durante o 
processamento, reduzindo sua toxicidade para os animais de estimação.
• Alguns outros alimentos como abacate, macadâmia, uva e chocolate também são tóxicos, por isso evite 
alimentos que você não tem certeza sobre a toxidade.
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Há mais de 85 anos cuidando da nutrição e saúde de cães e gatos
no Brasil e no mundo.
 
NUTRIÇÃO AVANÇADA
ANIMAIS DE ESTIMAÇÃO: NOSSO OBJETIVO, NOSSA PAIXÃO
Na NESTLÉ® PURINA® Pet Care, nossos técnicos trabalham com paixão com o 
objetivo de enriquecer a vida de cães e gatos, pois acreditamos que eles 
tornam a nossa vida melhor. Inovamos para criar produtos, porque nós 
queremos ajudar a proteger a saúde e a melhorar a qualidade de vida dos 
animais de estimação.
Todos os alimentos da NESTLÉ® PURINA® são desenvolvidos na Purina Pet 
Care Center localizada em St. Louis (Missouri, Estados Unidos) e em 
Aubigry (França). Nossa equipe de pesquisadores, integrada por 
nutricionistas e médicos veterinários, lidera programas de pesquisa com 
tecnologias avançadas, a fim de desenvolver alimentos que levem nutrição 
da mais alta qualidade aos animais de estimação.
NOSSO COMPROMISSO COM OS PROFISSIONAIS
Na NESTLÉ® PURINA® Pet Care oferecemos aos profissionais as ferramentas 
necessárias para que possam desenvolver sua tarefa apoiados em produtos 
de excelente qualidade e cientificamente testados.

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