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1 DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY FARMACOLOGIA DA COAGULAÇÃO INTRODUÇÃO Na imagem acima temos uma imagem microscópica, e vemos feixes de fibrina segurando as hemácias, essas pequenininhas são as plaquetas. Apesar deste ser um processo que pode parecer simples, esse, é um processo extremamente dinâmico. Se pensarmos de uma forma mais simples, ao me cortar, se inicia um processo de coagulação para que eu não “morra sangrando”, mas esse processo, por exemplo, ele não pode ser indefinido, visto que pode obstruir passagem causando ausência de sangue e morte. Então, em geral, os processos fisiológicos sempre têm antagonistas, sempre temos a anti-coagulação, e a fibrinólise (quebra da fibrina) porque esse trombo não pode crescer indefinidamente, temos que modular para que só haja reparação tecidual necessária, e o meu fluxo sanguíneo continue chegando. Então, são 3 os processos que falaremos muito, a COAGULAÇÃO (também chamada de hemostasia, que temos primária e secundária), mas também existem os processos de FIBRINÓLISE e de ANTI-COAGULAÇÃO, por isso, existe esse equilíbrio tão bonito, nada pode estar em excesso, caso contrário, aparecem problemas, seja coagulação intravascular disseminada, hemorragias, enfim. HEMOSTASIA PRIMÁRIA Formação do trombo plaquetário (branco) e arterial (alta pressão); Estancamento inicial do sangramento. EXEMPLO: As vezes um paciente é plaquetopênico, (plaqueta baixa), mas o fator de coagulação dele é alto. Esse paciente não sangra. As vezes tem pouco tijolo, mas eu compenso isso com cimento. Mas se não tiver cimento, o coágulo não segura, então esse paciente vai sangrar, um exemplo disso são pacientes hemófílicos. PERGUNTA: Como eu sei que um paciente tem problema na hemostasia primária? Ele sangra logo após a cirurgia, é difícil estancar o sangue. Isso se dá já que as plaquetas desse não funcionam bem. PERGUNTA: Se um paciente te ligar a noite dizendo que está sentindo dor no peito, o que você faz? Manda ele pegar 2 comprimidos de AAS e mastigar, você está salvando a vida dele antes dele sair de casa, já que você está interrompendo o processo de oclusão do vaso que vai levar a necrose miocárdica. PERGUNTA: Qual fármaco diminui 25% da mortalidade no paciente infartado? AAS. Isso é tão importante que hoje em dia nos protocolos você faz dupla anti-agregação plaquetária, já que o que leva esse paciente a infartar e vir a óbito é a plaqueta (trombo branco). FÁRMACOS QUE AGEM NA HEMOSTASIA PRIMÁRIA SÃO OS ANTI-AGREGANTES PLAQUETÁRIOS CLÍNICA DE DISTÚRBIO DA HEMOSTASIA PRIMÁRIA Paciente sangra precocemente no pós-operatório; Sangramento mucoso. “Escovo os dentes e começa a sangrar” “Minha menstruação é uma cachoeira” Ecmoses (roxo), você aperta e não some, o que é sinal de sangramento. DISCIPLINA FARMACOLOGIA AULA 7- FARMACOLOGIA DA COAGULAÇÃO PROFESSOR VINÍCIUS https://www.google.com.br/url?sa=i&url=http%3A%2F%2Fmedicplus.com.br%2Fcoagulograma%2F&psig=AOvVaw1Ud7VIAgNIex3Fz7dExNcH&ust=1568573856113000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCJjx843_0OQCFQAAAAAdAAAAABAN 2 DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY PLAQUETAS Quando falamos em Hemostasia Primária, a nossa estrela são as Plaquetas. Essas, tratam-se de fragmentos de células, fragmentos de megacariócitos. Temos algumas estruturas importantes nela, na fisiologia, temos o sistema canalicular aberto, esse, trata-se de pedações de membranas plasmáticas introjetadas. Isso existe justamente para quando essa plaqueta tiver que expor receptores, ela tenha em reserva. É aquela história, o sangue é fluido, líquido, então, o que ela faz é se esconder dos receptores e ficar ali, a partir do momento que existe lesão endotelial, exposição de colágeno subendotelial, fator tecidual, ou seja, exposição de alguma coisa que não deveria estar exposta, ela pensa “expôs porque rompeu a barreira endotelial”. Essa, identifica isso e já expõe aquilo, começa a fazer os processos de ADESÃO, ATIVAÇÃO, e AGREGAÇÃO PLAQUETÁRIA. Isso se dá, por exemplo, no Sistema Canalicular. Grânulos Alfa, Grânulos denso são proteínas que aumentam a adesividade plaquetária. Os Grânulos Denso irão identificar e chamar ajuda, porque se eu sangrar eu fico hipotenso. Por isso, a fibrinólise é um processo extremamente importante evolutivamente; EXEMPLO: Um paciente que já teve hemorragia após procedimento dentário, isso, provavelmente, trata-se de um distúrbio plaquetário relacionado a hemostasia primária. A Hemostasia Primária e a Hemostasia Secundária se comunicam, até porque, os fatores da coagulação têm um território para atuar, e esse território, muitas vezes é a plaqueta, como se fosse um palco da cascata de coagulação. Isso é muito importante, já que permite focar onde tem que coagular. MECANISMOS DA COAGULAÇÃO (KATZUNG) A camada de células endoteliais vasculares que reveste os vasos sanguíneos tem um fenótipo anticoagulante, de modo que as plaquetas circulantes e os fatores da coagulação normalmente não aderem de maneira apreciável a essas células. Na presença de lesão vascular, a camada de células endoteliais sofre rápida série de alterações, resultando em um fenótipo mais pró-coagulante. A lesão leva à exposição de proteínas reativas da matriz subendotelial, como o colágeno e o fator de von Willebrand, resultando em aderência e ativação das plaquetas, bem como na secreção e síntese de vasos constritores e de moléculas para recrutamento e ativação das plaquetas. Assim, o tromboxano A2 (TXA2) é sintetizado a partir do ácido araquidônico no interior das plaquetas e atua como ativador plaquetário e potente vasoconstritor. Os produtos secretados dos grânulos das plaquetas incluem difosfato de adenosina (ADP), um poderoso indutor da agregação plaquetária, e serotonina (5-HT), que estimula a agregação e a vasoconstrição. A ativação das plaquetas resulta em uma mudança de conformação no receptor de integrina αIIbβIII (IIb/IIIa), possibilitando a ligação do fibrinogênio, que estabelece ligações cruzadas entre plaquetas adjacentes, com consequente agregação e formação de um tampão plaquetário. Simultaneamente, a cascata do sistema da coagulação é ativada, levando à produção de trombina e formação de um coágulo de fibrina que estabiliza o tampão plaquetário. O conhecimento do mecanismo hemostático é importante para o diagnóstico dos distúrbios hemorrágicos. Os pacientes com defeitos na formação do tampão plaquetário primário (defeitos da hemostasia primária, como defeitos da função plaquetária, doença de von Willebrand) costumam apresentar sangramento de locais superficiais (gengiva, pele, menstruação acentuada) com a ocorrência de lesão. Por outro lado, os pacientes com defeitos no mecanismo da coagulação (hemostasia secundária, p. ex., hemofilia A) tendem a sofrer hemorragia em tecidos profundos (articulações, músculo, retroperitônio), com frequência sem nenhum evento desencadeante aparente, podendo ocorrer recidiva imprevisível do sangramento. As plaquetas são essenciais para a hemostasia normal e para as doenças tromboembólicas, constituindo o alvo de muitas terapias discutidas neste capítulo. Ocorre formação de trombos ricos em plaquetas (trombos brancos) no ambiente das artérias de alto fluxo e grande força de cisalhamento. Os trombos arteriais oclusivos causam doença grave, produzindo isquemia distal dos membros ou de órgãos vitais, e podem levar a amputação do membro ou falência de órgãos. Os coágulos venosos tendem a ser mais ricos em https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fhistologiaufam.wordpress.com%2F2016%2F04%2F18%2Ftecido-sanguineo%2F&psig=AOvVaw38PmRgoluV8Zl_0eHvR6GX&ust=1568585025427000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCMDQ2Nuo0eQCFQAAAAAdAAAAABAj https://www.google.com.br/url?sa=i&url=http%3A%2F%2Fmedicplus.com.br%2Fcoagulograma%2F&psig=AOvVaw2GXKDP81X7wjAiz-FDdxFo&ust=1568585486874000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCPjp3req0eQCFQAAAAAdAAAAABAZ3 DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY fibrina, contêm uma grande quantidade de eritrócitos retidos e são reconhecidos, patologicamente, como trombos vermelhos. A trombose venosa profunda (TVP) pode causar edema pronunciado e dor intensa no membro acometido, porém a consequência mais temida é a embolia pulmonar (EP). Ocorre EP quando parte do coágulo ou todo ele desprende-se de sua localização no sistema venoso profundo e dirige-se, na forma de êmbolo, pelo lado direito do coração até a circulação arterial pulmonar. A oclusão de uma grande artéria pulmonar por um coágulo embólico pode precipitar insuficiência cardíaca direita aguda e morte súbita. Além disso, ocorre isquemia ou infarto pulmonar distalmente ao segmento ocluído da artéria pulmonar. Esses êmbolos surgem habitualmente do sistema venoso profundo dos membros inferiores ou da pelve. Embora todos os trombos sejam mistos, o ninho de plaquetas predomina nos trombos arteriais, já a cauda de fibrina predomina nos trombos venosos. PERGUNTA: O que fazer em paciente sangrando que tem distúrbio plaquetário? Dar plaquetas que sejam funcionantes. ANTI-PLAQUETÁRIOS INIBIDORES DA CICLO-OXIGENASE (ADESÃO) ÁCIDO ACETILSALICÍLICO (AAS) NOME COMERCIAL: ASPIRINA A prostaglandina tromboxano A2 é um produto do araquidonato que induz a mudança de forma das plaquetas, a liberação de seus grânulos e a sua agregação. Os fármacos que antagonizam essa via interferem na agregação plaquetária in vitro e prolongam o tempo de sangramento in vivo. O Ácido Acetilsalicílico inibe a síntese de tromboxano A2 por meio da acetilação irreversível da enzima cicloxigenase. Outros salicilatos e anti-inflamatórios não esteroides também inibem a cicloxigenase, porém têm menor duração de ação inibitória, visto que são incapazes de acetilar a cicloxigenase; isto é, a sua ação é reversível; Como faz bloqueio irrerversível da COX, “adeus aquela Plaqueta, só produzindo uma nova”, o tempo de vida dessa plaqueta é de 7 dias, portanto, em 7 dias consegue-se repor as Plaquetas, por isso, AAS PARA 7 DIAS ANTES DA CIRURGIA; A COX-1 é a isoforma predominante da COX nas plaquetas, enquanto as células endoteliais parecem expressar tanto a COX-1 quanto a COX-2 em condições fisiológicas. Como o ácido acetilsalicílico inibe tanto a COX-1 quanto a COX-2 de modo não seletivo, esse fármaco atua como agente antiplaquetário efetivo. Em contrapartida, os inibidores seletivos da COX-2 não podem ser usados como agentes antiplaquetários, uma vez que são inibidores fracos da COX-1. Além disso, O EMPREGO DOS INIBIDORES SELETIVOS DA COX-2 PARECE ESTAR ASSOCIADO A RISCO CARDIOVASCULAR AUMENTADO, LEVANDO À RETIRADA DA MAIORIA DESSES FÁRMACOS DO MERCADO. OBS: Se eu uso AAS em doses baixas, ele tem mais seletividade para COX-1, portanto, eu tiro o agonista, favorecendo o não funcionamento da plaqueta, e isso é tudo que queremos, já que quem fecha a coronária é a plaqueta. Por isso, a um tempo atrás AAS era utilizado como preventivo para doença coronariana, mas isso já caiu por terra. O AAS em altas doses começa a ter ação anti- inflamatória, tendo uma ação muito maior, inclusive deletéria, seja no estômago ou outros lugares. O ÚNICO ANTI-INFLAMATÓRIO QUE O PACIENTE PODE USAR É O AAS. INIBIDORES DA VIA DO RECEPTOR ADP (ATIVAÇÃO) 1. CLOPIDOGREL NOME COMERCIAL: PLAVIX 2. TICLOPIDINA NOME COMERCIAL: TICLIDE São as Tienopiridinas; Ticlopidina e Clopidogrel atuam por meio de modificação covalente e inativação do receptor P2Y(ADP) das plaquetas (também denominado P2Y12), fisiologicamente acoplado à inibição da adenilciclase; CLOPIDOGREL, uma tienopiridina de segunda geração estreitamente relacionada com ticlopidina, tem sido amplamente empregado em associação ao ácido acetilsalicílico para aumentar a inibição das plaquetas durante e após intervenção coronariana percutânea. O clopidogrel é um profármaco que deve sofrer oxidação por enzimas do citocromo P450 hepático para chegar à forma ativa do fármaco; por conseguinte, pode interagir com estatinas, inibidores da bomba de prótons e outros fármacos metabolizados por essas isoformas do P450. - Seu uso foi aprovado na prevenção secundária de pacientes com infarto do miocárdio, acidente vascular encefálico ou doença vascular periférica recentes, bem como em síndromes coronarianas agudas tratadas com intervenção coronariana percutânea ou implante de bypass em artéria coronária; https://www.google.com.br/url?sa=i&url=http%3A%2F%2Fcefal-unifal.blogspot.com%2F2014%2F08%2Fantiinflamatorios-nao-esterioidais-aines.html&psig=AOvVaw1B3lqxtU9S789S8DQXoXYD&ust=1568593086813000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCPi88N_G0eQCFQAAAAAdAAAAABAE 4 DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY - 6x mais potente que a Ticlopidina, por isso, é o fármaco de escolha, entretanto, usa-se o AAS para tratar rapidamente o infarto apenas por ser encontrado mais facilmente; - O perfil de efeitos adversos do clopidogrel é mais aceitável que o da ticlopidina: os efeitos gastrintestinais do clopidogrel assemelham-se aos do ácido acetilsalicílico, e o fármaco carece da mielotoxicidade significativa associada ao uso da ticlopidina. Como bloqueiam irreversivelmente, assim como o AAS, DEVEM SER SUSPENSOS 7 DIAS ANTES DE UMA CIRURGIA; Não são usados apenas em doenças coronarianas, são usados também em indivíduos com obstrução da artéria ilíaca; As principais limitações do clopidogrel e, possivelmente, de outros membros da classe da tienopiridina são atribuídas ao efeito antiplaquetário irreversível desses fármacos e à variabilidade da inibição plaquetária entre indivíduos. Parte da variabilidade interpessoal pode ser explicada por diferenças farmacogenéticas. Essas limitações levaram ao desenvolvimento de vários agentes antiplaquetários não tienopiridínicos, que estão em fase avançada de investigação clínica. O TRATAMENTO DE IAM NÃO É SÓ AAS, É AAS+ CLOPIDOGREL JÁ QUE UM IRÁ ACETILAR A COX, E OUTRO VAI ATUAR NOS RECEPTORES DE P2Y, ENTÃO, USAMOS DOIS MECANISMOS PARA INATIVAR A PLAQUETA, OBTENDO EFEITO MELHOR OBSERVAÇÕES Outros anti-inflamatórios como Ibuprofeno (Nome comercial: Alivium) Cetoprofeno (Nome comercial: Profenide ou Biprofenide), Diclofenaco (Nome comercial: Voltarem e Cataflam), esses, causam bloqueios reversíveis, por isso, após 24horas a Plaqueta volta a funcionar. Portanto, idealmente, o paciente não deve estar utilizando anti-inflamatório na cirurgia; Os -coxibes são inibidores seletivos da COX. Existem 2 tipos de COX, a induzível e a constucional. O problema dos seletivos é que COX-1, produz Tromboxane A-2, que já vimos ser um agonista plaquetário. A COX-2 também tem no endotélio, e produz antagonista plaquetário que é a Prostaciclina, quando você dava esse inibidor seletivo para ele, você tirava o antagonista plaquetário, com isso, o agonista plaquetário sobrava. Quando esse foi lançado, os números de infarto aumentaram e tiraram correndo esse fármaco do mercado. ANTAGONISTAS DA GPIIB-IIIA (AGREGAÇÃO) Essas Glicoproteínas IIB-IIIA também são chamadas de Integrinas αIIbβ3; Elas irão usar essa glicoproteína a molécula de fibrinogênio para fazer ponte entre as Plaquetas. Os antagonistas da Glicoproteína IIB-IIIA (se é antagonista tem que ser anti-agregante) só tem uso venoso, portanto, não é usado para todo mundo, nem feito de cara em suspeita de infarto; PERGUNTA: Paciente chegou no pronto-socorro, como eu sei que ele está infartando? Dor esforço-dependente, cheio de fator de risco, você vai dar anti-agregante. 1. ABCIXIMABE É um anticorpo multiclonal murino-humano quimérico, direcionado contra o receptor GPIIb-IIIa humano; Usado mais para quem está no cateterismo, é importante percebermos como a anti-agregação plaquetária é importante na fisiopatologia, visto que, precisa-se usar 3 fármacos para inativar plaqueta em receptores diferentes,porque você sabe que a Plaqueta é que vai matar esse cara; NÃO É OBRIGATÓRIO EM ATENDIMENTO INICIAL VISTO QUE É MAIS COMPLEXO Se você começa a usar fármaco que interfere muito na hemostasia, obviamente, você corre risco de sangramento por pequenos esforços, por isso, todo paciente que usa anti-coagulante e anti-agregente devemos verificar se esse paciente pratica esportes de risco, etc, já que ele sangra com pequenos esforços. 2. EPFITIBATIDA 3. TIROFIBANA HEMOSTASIA SECUNDÁRIA (CASCATA DA COAGULAÇÃO) Formação da rede de fibrina que consolida o trombo (vermelho) que passa a se chamar coágulo; Sistema venoso (baixa pressão). EXEMPLO: Um exemplo de doença de hemostasia secundária é a Trombose Venosa Profunda, se essa é venosa, ela é de baixa pressão, portanto, essa não pode ser tratada com anti-agregantes (por exemplo, AAS), deve ser tratada com anti- coagulantes. Conjunto de proteínas plasmáticas inativas (zimogênios) que ativam umas as outras em seqüência com o objetivo de aumentar o número de moléculas ativas; - Fatores dependentes de vitamina K: fatores: II, VII, IX e X; - Necessitam de modificações pós sintéticas para funcionar adequadamente (a vitamina K é cofator na carboxilação dos resíduos de ácido glutâmico). O fosfolipídeo plaquetário (fator III) serve como “gancho” que prende os fatores com resíduos carboxilados SE O PROCESSO FOSSE DEFLAGRADO SEM OPOSIÇÃO FECHARIA A LUZ DO VASO (ISQUEMIA DISTAL) 5 DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY - Formando enzimas multimoleculares (tenase e protrombinase); - Formando coágulo restrito ao sítio de injúria vascular (superfície da plaqueta); - Cumarínicos inibem a reação de carboxilação, inibindo a formação de tenases e protrombinase. OBS: AAS (anti-agregante NÃO altera exame de anti-coagulante, as duas vias se comunicam mas são coisas diferentes. CLÍNICA DE DISTÚRBIO DA HEMOSTASIA SECUNDÁRIA Começa a sangrar horas após a cirurgia; Coágulo não estabiliza; Não é sangramento mucoso; Paciente hemofílico, que é o grande protótipo das doenças da hemostasia secundária, tem hematomas, coleção de sangue nas articulações, no retroperitônio. Hemartrose (coleção de sangue dentro das articulações, principalmente). FORMAS DE FAZER O SANGUE COAGULAR EM LABORATÓRIO VIA INTRÍNSECA Desencadeada pelo contato do sangue com uma superfície com cargas elétricas negativas (vidro/caolin); - Isso é o que acontece quando há uma lesão no endotélio, portanto, consiste em uma forma de mimetizar o que acontece na vida real. Sistema de contato; Avaliado pelo PTTa ou PTT (TEMPO DE TROMBOPLASTINA PARCIAL ATIVADA). - O nome é Tromboplastina parcial (sem o Fator Tecidual), já que a completa será usada no exame da via extrínseca. VIA EXTRÍNSECA Iniciada pela expressão do fator tecidual (células subendoteliais); Avaliado pelo TAP (tempo e atividade de protrombina). - Uso a TROMBOPLASTINA COMPLETA tendo Fator Tecidual para ativar o Fator VII. PERGUNTA: Como eu avalio função hepática? Fator de coagulação, o primeiro fator de coagulação que irá parar de ser produzido na insuficiência hepática é o VII, o TAP. PTT também será alterado, mas muito tardiamente. PERGUNTA (‘’QUESTÃO BOA DE PROVA”): Paciente com cirrose avançada, Insuficiência Hepática cai da escada, bate cabeça e faz um hematoma. Se esse tem cirrose avançada, fatores de coagulação não estão sendo produzidos. Quando você doa sangue, é dito que você salva 3 vidas já que o sangue é centrifugado, daí você tira Concentrado de hemácias, Plaquetas e Plasma. Para dar Fator de coagulação para o indivíduo, basta você dar plasma seco congelado. COAGULAÇÃO Trombina (fator II) tem papel central: - Faz proteólise do fibrinogênio em fibrina insolúvel e então consegue estocar o sangue; - Ativa muitos fatores de coagulação e o fator XIII (estabiliza o coágulo); - Potente ativador plaquetário; Portanto, percebemos que a Plaqueta é o palco, essa, ancora os Fatores da Coagulação, mas eles também ativam Plaquetas. - Ativa a proteína C (faz proteólise dos fatores Va e VIIIa). Um fator de coagulação ativa um fator de anticoagulação. Proteína C quebra, faz proteólise do fator V e VIII. Todo processo é mediado por Ca2+ (fator IV) - Quelantes: citrato e EDTA (etilenodiaminotetracético). PERGUNTA (‘’QUESTÃO BOA DE PROVA”): Pacientes politransfundidos, se entrou na veia não estava coagulado, e fica livre com quelante. Portanto, quando eu injeto sangue na veia de alguém, eu não injeto só o sangue, injeto quelante https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fwww.ebah.com.br%2Fcontent%2FABAAABYMUAD%2Fpatologia-01-circulacao%3Fpart%3D3&psig=AOvVaw3OJZ49pTbsUOC6lP7s066i&ust=1568600052214000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCPDp-djg0eQCFQAAAAAdAAAAABAE 6 DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY também, o que pode acontecer com o Cálcio sérico da pessoa é diminuir. Entretanto, o Cálcio é fator de coagulação, portanto, politransfusões sanguíneas podem levar a sangramento por intoxicação do citrato. TRANSFUSÃO MACIÇA -> PRECISO DOSAR CÁLCIO PROBLEMA NO FATOR DA COAGULAÇÃO: DAR PLASMA PARA O PACIENTE PROBLEMA NA PLAQUETA: DAR PLAQUETA PARA O PACIENTE ANTICOAGULANTES À semelhança dos agentes antiplaquetários, os anticoagulantes são usados tanto para prevenção quanto para tratamento de doenças trombóticas. São quatro as classes de fármacos anticoagulantes: varfarina, heparinas não fracionada e de baixo peso molecular, inibidores seletivos do fator Xa e inibidores diretos da trombina. Os anticoagulantes são dirigidos para vários fatores na cascata de coagulação, interrompendo, assim, a cascata e impedindo a formação de uma rede de fibrina estável (tampão hemostático secundário). Nesta seção, as quatro classes de anticoagulantes são discutidas por ordem de seletividade, dos agentes menos seletivos (varfarina e heparina não fracionada) até os agentes mais seletivos (inibidores seletivos do fator Xa e inibidores diretos da trombina). A proteína C ativada recombinante também apresenta atividade anticoagulante, embora esteja clinicamente indicada para a sepse grave. Em decorrência dos mecanismos de ação desses fármacos, o sangramento constitui um efeito adverso comum a todos eles. INIBIDORES INDIRETOS DA TROMBINA 1. HEPARINA É um polissacarídeo capaz de se ligar à antitrombina III aumentando sua ação, anti-Xa e em menor escala, anti IXa, anti XIa e anti-XIIa; Com isso inibe a via comum e intrínseca da coagulação: ALARGANDO O PTTA; Algumas tromboplastinas totais (usadas no “TAP”) neutralizam a heparina. TOXICIDADE Principal: SANGRAMENTO; Cautela em alérgicos (origem animal); Há relatos de alopecia reversível; Heparinoterapia a longo prazo está associada a osteoporose e fraturas espontâneas (ativação de osteoclastos); Outros efeitos: urticária, broncoespasmo, elevação de transaminases. REAÇÃO ADVERSA TROMBOCITOPENIA INDUZIDA POR HEPARINA - Ocorre em 1 a 4% dos pacientes tratados por pelo menos 7 dias (entre 5 e 15 dias); - Formação de anticorpos que se ligam nas plaquetas levando a sua ativação e agregação plaquetária: predisposição à trombose; TODA VEZ QUE FOR USAR HEPARINA NO DOENTE, DEVE-SE DOSAR SUAS PLAQUETAS, E SE ESSAS ESTIVEREM CAINDO, O FÁRMACO DEVE SER SUSPESO - Plaquetometria costuma voltar ao normal em poucos dias após a suspensão; - “SÍNDROME DO TROMBO BRANCO”: trombocitopenia acentuada com eventos trombóticos graves. Trombose arterial para de chegar sangue para o membro, há necrose no membro (3p’s da Trombose arterial é muito comum no membro inferior, e quanto mais distal, mais precária a irrigação sanguínea); ANTICOAGULANTE MEXENDO COM ANTIAGREGANTE DE FORMA ADVERSA - Por ser uma idiossincrasia (reação adversa não esperada) pode ocorrer com doses mínimas (ex.: cateter de Pressão Arterial Média você colocaum cateter dentro da artéria, seja radial ou outra artéria, para o sangue não coagular no circuito, coloca-se um pouco de Heparina, então, as vezes o paciente começa a ter plaquetopenia, ninguém sabe, e isso acontece devido a Heparina ali dentro). 2. HEPARINA NÃO FRACIONADA (HNF) “Velha”; É uma mistura de mucopolissacarídeos de diversos tamanhos (média entre 4000 e 16000 Da); Tem uma relação de atividade anti-Xa/antitrombina 1:1; - Grande, já que não foi fracionada. Ligação protéica variável (incluindo reagentes de fase aguda): resposta muito variável; OBRIGATÓRIO CONTROLE TERAPÊUTICOS com: PTTa (6h). TROMBOPROFILAXIA: pequenas doses (5000U) pela via subcutânea a cada 8 ou 12h (não altera o PTT); - Pode ser feita subcutânea como profilaxia, mas também podemos usar infusão venosa, paciente com embolia pulmonar deve ficar com infusão contínua de heparina. Pelo risco de hematoma NÃO SE DEVE FAZER VIA INTRAMUSCULAR. - Já que é um anticoagulante, se começar a sangrar não irá parar, e músculos tem muito vaso, subcutâneo não. 3. HEPARINA DE BAIXO PESO MOLECULAR (HBPM) NOME COMERCIAL: CLEXANE OU NOXIPARINA “Mais moderna”, logo, mais cara; É um preparado de polissacarídeos menores (média entre 4000 e 5000 Da); Inibe fortemente o fator Xa e fracamente a trombina relação 4:1; 7 DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY - Inibindo fator Xa, tem MAIS AÇÃO NA VIA COMUM. Freqüentemente não alarga o PTTa; - Visto que, atua mais na via comum. POR ATUAR MAIS NA VIA COMUM, NÃO ALARGA PTT, POR ISSO, NÃO HÁ NECESSIDADE DE EXAME. SE QUISERMOS EXAME, PEDIMOS O EXAME DO FATOR Xa, ENTRETANTO, ESSE É MUITO CARO Tem ligação proteica desprezível; Maior biodisponibilidade via subcutânea e administração menos frequente 1 ou 2x ao dia; - 1mg por kg de peso; - 1x ao dia profilático (dose menor para evitar formação de trombo); - 2x ao dia terapêutico (dose plena para anti- coagular o paciente plenamente. Dose com base ponderal resulta em farmacocinética e níveis plasmáticos previsíveis em paciente com função renal normal; Indicação de dosagem dessa Heparina em casos que essa Heparina pode mudar: - Insuficiência renal; - Obesidade; - Gravidez. Nesses casos: Nível em unidade anti-Xa (após 4h da administração). PACIENTE COM CLEXANE, PEÇO O QUE? SE NÃO TIVER INSUFICIÊNCIA RENAL, OBESIDADE, OU ESTIVER GESTANDO, NÃO PRECISO DE EXAME ALGUM OBS: Não pode ser feita venosa. Portanto, em uma cirurgia cardíaca para não coagular o sangue do paciente não posso usar Clexane, tem que ser a Heparina velha. HEMORRAGIA POR HEPARINA Suspensão da infusão; - Medida suficiente para sangramentos leves (meia vida da heparina é curta 0,5 a 1h) Sangramento moderado ou grave: Protamina - Dose depende do tempo da última administração; - 1mg para cada 100U se for em procedimentos (CAT); - Se a última dose foi feita há 30 min 0,5mg para cada 100U; - Se o intervalo for maior que uma hora 0,25mg para 100 U de heparina. INIBIDORES DA ANTICOAGULAÇÃO E FIBRINÓLISE 1. PROTAMINA Antagonista da Heparina, portanto, ele é o reversor, é o antígeno da Heparina. Se estou usando um fármaco e comecei a sangrar, tudo que quero é que o fármaco pare seu efeito, então, existe um antídoto que é a Protamina. Obviamente, tem que parar de infundir Heparina, isso é fundamental, porque se não suspendermos a prescrição, o restante da equipe não irá suspender. PERGUNTA (‘’QUESTÃO DE PROVA ANTIGA”): Paciente com histórico de Febre Reumática tem uma prótese valvar metálica, anticoagulado, está dirigindo e bate de carro. Com isso, provavelmente, terei um sangramento por trauma. Nisso ele chega para você. Não posso responder Protamina e pronto, já que, essa é apenas se o sangramento for moderado ou grave, visto que, ela tem efeitos adversos. EFEITOS ADVERSOS Hipotensão importante, sendo um dos momentos tensos da cirurgia cardíaca. Por isso, se o paciente não estiver apresentando sangramento grave, não uso Protamina; Em doses altas, é um anticoagulante, podendo levar a sangramento; Heparina não fracionada tem resposta a Protamina melhor do que a Heparina de baixo peso molecular (Clexane ou Noxiparina). Portanto, se o paciente estiver usando Clexane para profilaxia, você pode usar Heparina, mas não tem a mesma resposta do que a antiga, portanto, nem tudo que é antigo é ruim. PERGUNTA (‘’QUESTÃO BOA DE PROVA”): Um interno quer fazer Heparina não-fracionada, outro quer fazer Heparina de baixo peso molecular, eles chegam até nós e querem saber o que fazer, devemos colocar os prós e contras das duas. CUMARÍNICOS 1. VARFARINA NOME COMERCIAL: MAREVAN Primeiro anticoagulante oral; Antagonistas da vitamanina K. Inibem a reação de carboxilação dependente de vitamina K para a síntese hepática dos fatores II, VII, IX, X assim como proteínas C e S (anticoagulantes); Via extrínseca; Proteína C tem meia vida de 6h e o fator VII de 8h (efeito paradoxal do marevan- primeiras 48h); PACIENTE COMEÇOU A SANGRAR TOMANDO HEPARINA ADMINISTRAR PROTAMINA SUSPENDER HEPARINA 8 DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY O TAP é o primeiro exame a se alterar ( pela meia vida curta do fator VII), irá alterar o PTT, caso eu esteja encharcado de Marevan, mas esse efeito é tardio; Biodisponibilidade de 100%; Mais de 99% ligam-se a albumina; Tem metabolização hepática; Demora 8 a 12h para o início de ação (se justifica porque depende da síntese deprimida e degradação inalterada dos fatores de coagulação); Atravessa a placenta levando a distúrbios hemorrágicos no feto e deformidades ósseas (interfere em algumas enzimas presentes no osso). INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA Interage com tudo; Paciente não pode comer vegetais verde-escuros, já que esse trata-se de um antagonista da Vitamina K, e todos os alimentos que são fonte de Vitamina K, diminuem o efeito do Marevan, visto que, se eu estou dando Vitamina K, estou dando um agonista, a Vitamina K, e o antagonista é uma balança. Então, o paciente esquece que está tomando Marevan e cai dentro de couve, agrião, com isso, pode fazer uma trombose; As Tromboplastinas vêm de cérebro de coelho, de boi, cada laboratório usa uma, e então, existe uma coisa chamada INR, o qual é um Índice Normatizado (correção matemática). Como são usados diferentes tipos de fator tissular na obtenção do TAP, a Organização Mundial de Saúde preconizou o uso do índice internacional normalizado (INR ou IIN) para padronizar mundialmente o resultado obtido durante o teste. Isso significa que o resultado do INR é praticamente o mesmo se usado em diferentes laboratórios no mundo inteiro. O INR é o TAP corrigido a padrões mundiais. O uso de anticoagulantes orais é avaliado somente pelo INR. - TVP -> INR deve estar entre 2 e 3 (2 a 3 vezes alargado/anticoagulado); - Se eu tenho uma prótese valvar cardíaca por febre reumática -> INR deve estar entre 2,5 e 3,5. REAÇÃO PARADOXAL DO MAREVAN (*”CAI SEMPRE EM PROVA”) A proteína C, trata-se de um anticoagulante que tem meia-vida menor que o Fator 7, também dependem de Vitamina K. OBS: Comecei a tomar Marevan, portanto, tudo que depende de Vitamina K irá parar de funcionar, tanto os coagulantes quanto os anticoagulantes. Proteína C tem meia-vida menor do que 7, portanto, essa irá parar de funcionar primeiro. No início do tratamento esse fármaco tem um efeito pró-coagulante, já que Proteína C é um anticoagulante, deixou de ser produzida porque depende da Vitamina K. EFEITO PARADOXAL DO MAREVAN: ANTES DELE TE COAGULAR, ELE TE DEIXA EM ESTADO PRÓ-COAGULANTE, APESAR DE SER UM ANTICOAGULANTE Depois de pelo menos 48 horas, você irá tirar Fator VII, Fator IX, Fator 10. Portanto, ele tem mais ação nos fatores de coagulação, por isso é um anticoagulante, mas, no início, eu tirei a Proteína C queé anticoagulante, e o que está funcionando, é Fator 7, 9 e 10; Paciente pode fazer trombose no início do tratamento com Marevan; OBS: Paciente está no ambulatório, você acaba de fazer diagnóstico de trombose venosa nesse, ele quer saber se pode ir para casa, porque “olhou no google” e descobriu que existe anticoagulante oral. Pode? Não! Visto que, se ele começar Varfarina sozinho, isoladamente, ele pode fazer trombose pelo efeito paradoxal do Marevan. OBS2: Paciente que teve fibrilação atrial crônica, e por usar Beta-Bloqueador devido hipertensão, esse não taquicardizou, então, não se sabe quando ele começou a arritmia. Se é uma arritmia de tempo indeterminado, pode ter trombo lá dentro. Portanto, Fibrilação Atrial você deve anticoagular, não pode começar o anticoagulante em casa. Não precisa de eletro, visto que, o sinal patognomônico da Fibrilação Atrial é dissociação pulso-precórdio. Esse paciente, com certeza em primeiro momento ficará internado, já que não da para começar anitcoagulante oral e mandar para casa, deve começar Heparina junto para eitar esse efeito pró- trombótico, após 48horas, tira a Heparina e vai para casa, porque todos os outros fatores estão funcionando. Hoje, em dia tem anticoagulantes mais modernos que não tem isso, mas, isso é clássico, e temos que estudar porque é barato. TRATAMENTO DE SANGRAMENTO CUMARÍNICO Vitamina K; Plasma fresco congelado; Concentrado de complexo protrombínico (PROTHROMPLEX®); Fator VIIa humano recombinante (NOVOSEVEN®). FÁRMACOS USADOS NOS DISTÚRBIOS HEMORRAGICOS VITAMINA K Como os anticoagulantes orais (cumarínicos) atuam ao afetar as reações dependentes de vitamina K, é importante compreender como funciona essa vitamina; GRAVIDAS NÃO PODEM USAR MAREVAN, VISTO QUE, ESSE IRÁ LEVAR A HEMORRAGIA E DEFORMIDADES ÓSSEAS CASO A PACIENTE QUEIRA AINDA ENGRAVIDAR: SUBSTITUIR O FÁRMACO POR HEPARINA 9 DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY “K” deriva da palavra alemã Koagulation; NÃO TEM RELAÇÃO COM POTÁSSIO!!!!!!! OBS: Isso foi descoberto deixando animais sem lipídios, não tinha gordura mais em sua alimentação, esses morriam de sangramento, porque essa é uma vitamina lipossolúvel. É necessária para a síntese hepática normal de quatro fatores de coagulação (II, VII, IX e X) e das proteínas C e S; Esses fatores da coagulação, para funcionar, precisam de algumas modificações pós-sintéticas no fígado, que é a carboxilação dos tecidos subcutâneos, feito pela Vitamina K, se isso não acontecer, esses ficam inativos, com isso, não irão funcionar, e o meu paciente se torna anti-coagulado. Um exemplo do uso disso é TVP. OBS: Uso de anticoncepcional aumenta a produção de fatores de coagulação (hipercoagulabilidade), imobilização pós-cirurgica (fluxo sanguíneo anormal). Deve ser suspendido antes da cirurgia. CASO CLÍNICO: Se eu der anticoncepcional para uma paciente fumante, eu aumento ainda mais o risco, dou anticoagulante para uma paciente com lesão endotelial. FORMAS DE VITAMINA K: FITONADIONA OU FILOQUINONA OU FITOMENADIONA (K1): alimentos; MENAQUINONA (K2): sintetizado por nossa microbiota; MENADIONA (K3): sal hidrossolúvel, proscrito uso clínico (associada a hemólise); APRESENTAÇÕES MAIS COMUNS (FOTOSSENSÍVEIS) 10mg/ml; - kanakion®: uso venoso - vikatron®: apenas uso intramuscular (polissorbato e propilenoglicol) 2mg/0,2ml (pediátrico) - kanakion®: via oral, venosa ou intramuscular. Injeção venosa deve ser administrada lentamente (1mg/minuto) - Evitar: Reação anafilactóide (hipotensão, broncoespasmo) - Dose: 5 a 10 mg Via oral e intramuscular são menos prováveis de paraefeitos (preferidos); Via intramuscular tem risco de formar hematoma (o paciente está anticoagulado); Biodisponibilidade pela via subcutânea é errádica; Dose única não é suficiente pela meia vida longa da Varfarina (36h); TEM QUE SER SUSPENSA 5 DIAS ANTES DA CIRURGIA. OBS: Caso a indicação do paciente seja uma indicação importante, devemos substituir por Heparina, visto que, a não-fracionada (velha), tem meia-vida de 6horas, após esse tempo, paciente pode ser operado. A Heparina mais nova, de Baixo Peso Molecular, o Clexane, usa-se a cada 12 horas. Portanto, se for profilático, para 12 horas antes. Se for terapêutico, paro 24 horas antes. AAS tem que parar 7 dias antes de uma cirurgia. (*”isso precisa ser decorado”) INIBIDORES DIRETOS ORAIS DO FATOR XA RIVAROXABANA NOME COMERCIAL: XARELTO Inibidor oral direto do fator Xa (via comum da coagulação); Usados em doses fixas e não necessitam de monitorização; Rápido início de ação e meia vida mais curta que a varfarina (10h); A rigor, deve ser supensa 24horas antes da cirurgia (alguns aconselham 48horas); Tem excreção renal (reduzir dose); Não existe antídoto (antagonista), por isso, caso houver problema, esse deve ser suspenso. FIBRINÓLISE A fibrinólise refere-se ao processo de digestão da fibrina pela protease específica de fibrina, a plasmina. O sistema fibrinolítico assemelha-se ao sistema da coagulação, uma vez que a forma precursora da serina protease, a plasmina, circula em uma forma inativa, como plasminogênio. Em resposta à lesão, as células endoteliais sintetizam e liberam o ativador do plasminogênio tecidual (t-PA), que converte o plasminogênio em plasmina. A plasmina remodela o trombo e limita a sua extensão pela digestão proteolítica da fibrina. Tanto o plasminogênio como a fibrina apresentam domínios proteicos especializados (kringles), que se ligam às lisinas expostas sobre o coágulo de fibrina, proporcionando a especificidade ao processo fibrinolítico para o coágulo. É preciso assinalar que essa especificidade de coágulos só é observada com níveis fisiológicos de t-PA. Nos níveis farmacológicos de t-PA usado na terapia trombolítica, a especificidade de coágulos é perdida, e cria-se um estado lítico sistêmico, com aumento concomitante do risco de sangramento. À semelhança da cascata da coagulação, existem reguladores negativos da fibrinólise: as células https://www.google.com.br/url?sa=i&url=https%3A%2F%2Fpt.slideshare.net%2FMauroCunhaXavierPint%2Faula-cardiovascular-anticoagulantes&psig=AOvVaw12u6CE8i6_yeKXHaHzHdlm&ust=1568598877294000&source=images&cd=vfe&ved=0CAIQjRxqFwoTCIiUzajc0eQCFQAAAAAdAAAAABAE 10 DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY endoteliais sintetizam e liberam o inibidor do ativador do plasminogênio (PAI), que inibe o t-PA; além disso, a α2 antiplasmina circula no sangue em altas concentrações e, em condições fisiológicas, inativa com rapidez qualquer plasmina que não esteja ligada a coágulos. Entretanto, esse sistema regulador é sobrepujado por doses terapêuticas de ativadores do plasminogênio. Se os sistemas da coagulação e fibrinólise forem patologicamente ativados, o sistema hemostático pode escapar do controle, levando a uma coagulação intravascular generalizada e hemorragia. Esse processo, denominado coagulação intravascular disseminada (CID), pode ocorrer após lesão tecidual maciça, câncer avançado, emergências obstétricas, como descolamento prematuro da placenta ou produtos retidos da concepção, ou sepse bacteriana. O tratamento da CID consiste em controlar o processo patológico subjacente; se isso não for possível, a CID tende a ser fatal. A regulação do sistema fibrinolítico é útil do ponto de vista terapêutico. O aumento da fibrinólise constitui uma terapia efetiva para a doença trombótica. O ativador do plasminogênio tecidual, a urocinase e a estreptocinase ativam o sistema fibrinolítico. Por outro lado, a diminuição da fibrinólise protege os coágulos contra a lise e reduz o sangramento que ocorre em consequência de insuficiência hemostática.O ácido aminocaproico é um inibidor clinicamente útil da fibrinólise. A heparina e os anticoagulantes orais não afetam o mecanismo fibrinolítico. OBS: Plasmina é como se fosse uma tesoura que corta Fibrina, e nós usamos muito os fármacos anti- fibrinolíticos. ANTIFIBRINOLÍTICOS ANÁLOGOS DA LISINA Fibrinólise é para podar, Plasmina é uma tesoura, ao dar um anti-fibrinolítico, você tira a tesoura, portanto, quer que o coágulo aumente. Os agentes fibrinolíticos lisam com rapidez os trombos ao catalisar a formação da serina protease, a plasmina (“tesoura que remodela o trombo”), a partir de seu zimogênio precursor, o plasminogênio. Esses fármacos criam um estado lítico generalizado quando administrados por via intravenosa. Por conseguinte, ocorre degradação dos trombos hemostáticos protetores, bem como dos tromboêmbolos-alvo. 1. ÁCIDO AMINOCAPROICO NOME COMERCIAL: ÉPSILON INDICAÇÕES: 2. ÁCIDO TRANEXÂMICO NOME COMERCIAL: TRANZAMIN O Ácido Aminocaproico e o Ácido Tranexâmico são análogos da lisina, que se ligam ao plasminogênio e à plasmina, inibindo-os. São utilizados para reduzir o sangramento perioperatório durante o implante de bypass em artéria coronária. Esses fármacos podem não aumentar o risco de insuficiência renal aguda pós-operatória. AGENTES TROMBOLÍTICOS Embora varfarina, heparina não fracionada, heparinas de baixo peso molecular, inibidores seletivos do fator Xa e inibidores diretos da trombina sejam efetivos na prevenção de formação e propagação de trombos, esses fármacos são geralmente ineficazes contra coágulos preexistentes. São utilizados agentes trombolíticos para a lise de coágulos já formados, propiciando, assim, a recanalização do vaso obstruído antes que ocorra necrose tecidual distal. Os agentes trombolíticos atuam por meio da conversão de plasminogênio (zimogênio inativo) em plasmina (protease ativa). Conforme já assinalado, a plasmina é uma protease relativamente inespecífica que digere a fibrina, formando produtos de degradação da fibrina. Infelizmente, a terapia trombolítica tem o potencial de dissolver não apenas os trombos patológicos, como também os coágulos de fibrina fisiologicamente apropriados que se formaram em resposta à lesão vascular (fibrinólise sistêmica). Por conseguinte, o uso de agentes trombolíticos pode resultar em hemorragia de gravidade variável, por isso, não pode usar em casos de cirurgia recente, hemorragia digestiva recente. INDICAÇÕES: CONTRA-INDICAÇÕES: 11 DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY PERGUNTA BOA DE PROVA: IAM durante a cirurgia, posso usar Trombolítico? NÃO. Apesar do risco principal ser de sangramento cerebral, qualquer outro sangramento pode levar a pessoa a morrer em minutos. Apesar de não poder, eu fiz, o paciente começou a sangrar, o que faço agora? Primeiramente, interromper. E então, como a Plasmina quebra Fibrina que vem do Fibrinogênio, eu tenho que dar Fibrinogênio (Criopreciptado, mais ou menos igual a Plasma) para ele. Se eu dei um fibrinolítico, o que faço agora? Dou um anti-fibrinolítico, o Ácido Aminocaproico, ou então, o Ácido Tranexâmico. 1.ESTREPTOQUINASE A estreptoquinase é uma proteína produzida por estreptococos β-hemolíticos, como um componente do mecanismo de destruição tecidual desses microrganismos. A ação farmacológica da estreptoquinase envolve duas etapas – formação de complexo e clivagem. Na reação de formação de complexo, a estreptoquinase forma um complexo 1:1 não covalente e estável com o plasminogênio. A reação de formação do complexo produz modificação na conformação do plasminogênio, expondo o sítio proteoliticamente ativo dessa proteína. O plasminogênio complexado com a estreptoquinase, com o seu sítio ativo exposto e disponível, pode então clivar de modo proteolítico outras moléculas de plasminogênio em plasmina. Com efeito, o complexo estreptoquinase: plasminogênio termodinamicamente estável constitui o ativador do plasminogênio de maior eficiência catalítica in vitro. Embora a estreptoquinase exerça seus efeitos mais notáveis e potencialmente benéficos nos trombos recentes, seu uso tem sido limitado por dois fatores. Em primeiro lugar, a estreptoquinase é uma proteína estranha, que tem a capacidade de desencadear respostas antigênicas nos seres humanos com sua administração repetida. A administração prévia de estreptoquinase constitui uma contraindicação de seu uso, dado o risco de anafilaxia. Em segundo lugar, as ações trombolíticas da estreptoquinase são relativamente inespecíficas e podem resultar em fibrinólise sistêmica. Na atualidade, o uso da estreptoquinase está aprovado para o tratamento de infarto do miocárdio com elevação do segmento ST, bem como para o tratamento de embolia pulmonar potencialmente fatal. OBS: Paciente utilizou Estreptoquinase, essa, ativa Plasminogênio em Plasmina, começou a abrir o vaso, mas ele sangrou, então, preciso dar um anti- fibrinolítico que vai inibir a transformação de Plasminogênio em Plasmina. OBS: Sistema fibrinolítico não tem haver com anti- coagulação, tudo tem um certo diálogo, mas não podemos anti-coagular paciente com trombolítico. 2. UROCINASE A urocinase é uma enzima humana sintetizada pelos rins, que converte diretamente o plasminogênio em plasmina ativa. A própria plasmina não pode ser usada, visto que os inibidores de ocorrência natural no plasma (antiplasminas) impedem seus efeitos. Todavia, a ausência de inibidores da urocinase e do complexo estreptocinase-proativador possibilita o seu uso clínico. A plasmina formada no interior de um trombo por esses ativadores é protegida das antiplasminas presentes no plasma, permitindo a lise do trombo a partir de seu interior. Quase não é usada. Possui preço extremamente elevado. É inespecífica como a estreptoquinase, não tendo benefícios práticos. 3. ATIVADOR DO PLASMINOGÊNIO TECIDUAL RECOMBINANTE (T-PA OU RT-PA) NOME COMERCIAL: ALTEPLASE; RETEPLASE Um agente trombolítico ideal deveria ser não antigênico e deveria causar fibrinólise apenas no local de um trombo patológico. O ativador do plasminogênio tecidual (t-PA), uma serina protease produzida pelas células endoteliais humanas, preenche aproximadamente esses critérios. O t- PA, por conseguinte, não é antigênico. Liga-se a trombos recém-formados (frescos) com alta afinidade, provocando fibrinólise no local do trombo. Uma vez ligado ao trombo fresco, o t-PA sofre uma mudança de conformação, transformando-se em um potente ativador do plasminogênio. Por outro lado, o t-PA é um fraco ativador do plasminogênio na ausência de ligação de fibrina. A tecnologia do DNA recombinante possibilitou a produção de t-PA recombinante, genericamente designado como alteplase. O t-PA recombinante mostra-se efetivo em recanalização de artérias coronárias ocluídas, limitação da disfunção cardíaca e redução da taxa de mortalidade após infarto do miocárdio com elevação do segmento ST. Todavia, quando administrado em doses farmacológicas, o t-PA recombinante pode produzir um estado lítico sistêmico e (a exemplo de outros agentes trombolíticos) provocar sangramento, incluindo hemorragia cerebral. Por 12 DIGITADA POR JÚLIA ROBADEY conseguinte, seu uso está contraindicado para pacientes que recentemente sofreram acidente vascular encefálico hemorrágico. À semelhança da estreptoquinase, o t-PA foi aprovado para uso no tratamento de pacientes com infarto do miocárdio com elevação do segmento ST ou embolia pulmonar potencialmente fatal. O fármaco também está aprovado para tratamento de acidente vascular encefálico isquêmico agudo.
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