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PERSPECTIVA DO CONTADOR

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11
 (
Sistema de Ensino 
100% ONLINE
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
)
 (
Camargo Felis Guedes
)
 (
Perspectiva do contador
:
 
“O empreendedorismo individual e suas implicações”
)
 (
Domingos Martins/ES
2020
)
 (
Camargo Felis Guedes
)
 (
Perspectiva do contador
:
 
“O empreendedorismo individual e suas implicações”
)
 (
Trabalho 
Produção 
T
extual 
em Grupo 
apresentado à Universidade Norte do Paraná 
–
 UNOPAR
,
 apresentado como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de 
Comportamento Organizacional; Contabilidade Comercial; Ética, Política e Sociedade; e, Teoria da Contabilidade.
Orientador: Prof. 
Eric Ferreira dos Santos
; José Adir Lins Machado;
 
Ana Celi Pav
ã
o 
Guerchmann
; 
Paulo Alexandre da Silva Pires
.
)
 (
Domingos Martins
 
/ES
2020
)
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	DESENVOLVIMENTO	4
2.1	CONTROLE FINANCEIRO	6
2.1.1	Tipo societário	9
2.1.1.1	Conflitos	11
2.1.1.1.1	Conflitos	12
3	CONCLUSÃO	14
REFERÊNCIAS	15
INTRODUÇÃO
O curso de Ciências Contábeis a fim de aproximar o estudante de uma realidade hipotética da sua futura área de atuação leva o alunado através da disciplina de Atividades Interdisciplinares a Produção Textual Interdisciplinar Individual (PTI), apresentado a Universidade Pitágoras Unopar e ao referido curso, como requisito para obtenção da média parcial teve como temática de abordagem “o empreendedorismo individual e suas implicações”.
Para desenvolver competências e habilidades pertinentes ao curso a produção textual realizou a proposta de um caso hipotético a partir da Situação Geradora de Aprendizagem (SGA), apresentado no portfólio da disciplina de Atividades Interdisciplinares e desenvolvido como requisito parcial do 8º semestre do curso de Ciências Contábeis para a obtenção de média bimestral na disciplina de Comportamento Organizacional; Contabilidade Comercial; Ética, Política e Sociedade; e, Teoria da Contabilidade.
A orientação apresentou o caso de um personagem que ao decidir investir em um negócio empreendedor na produção de chocolates, bolos e café personalizados, estabelecendo-se inicialmente como MEI (Micro Empreendedor Individual) viu com as finanças apertadas e um novo gasto, o retorno financeiro ficar estagnada. Foi neste cenário que viu a oportunidade de se estabelecer no centro e expandir seu negócio, entretanto, sem capital precisou de um sócio, com consequente alteração do tipo societário, passando para Micro Empresa, limitada.
Este trabalho tem como objetivo possibilitar a aprendizagem interdisciplinar dos conteúdos desenvolvidos nas disciplinas desse semestre. Para isso dividiu-se em 05 (cinco) tópicos essenciais, são eles: como a contabilidade auxilia na administração do patrimônio pessoal e da empresa, de forma separada; apresentar um modelo de controle de caixa diário, semanal e mensal, e a importância do controle financeiro de um negócio; justificar a mudança do tipo societário de MEI (Micro Empreendedor Individual) para ME (Micro Empresa); orientar os empresários em relação aos possíveis conflitos; e, quais as implicações e consequências dos conflitos que estão ocorrendo no cenário apresentado tanto para as pessoas.
DESENVOLVIMENTO
Com o novo contexto empresarial no início da década de 90 surgem entidades com aspectos de contabilidade no papel de fornecer aos gestores empresariais informações úteis e relevantes sobre o controle e registros para uma administração adquirir sucesso. Szuster et al. (2013) definem a contabilidade como um instrumento voltado a gestão e controle das entidades com objetivo de produzir informações sobre os aspectos quantitativos e qualitativos do patrimônio das entidades.
A área contábil em sua definição formal é conceituada como “ciência que estuda a pratica as funções de orientação, de controle e de registro dos atos e fatos de uma administração econômica” (1º Congresso Brasileiro de Contabilidade/1924). Logo, se compreende que é a contabilidade que irá fornecer todas essas informações, de modo prático, através das demonstrações financeiras.
É a partir da contabilidade que se vê a necessidade de registros sobre o comércio e produção de todas as organizações, é por meio dela que as empresas sabem o valor de seus ativos, passivos, receitas, despesas, a rentabilidade e lucratividade do negócio, produtividade da mão de obra. Segundo explicam Troian et al. (2014) essas operações são de responsabilidade do departamento fiscal e contábil, sendo deles o papel de comunicação e os esclarecimentos das dúvidas sobre o patrimônio.
A contabilidade é a fonte mais completa para o auxílio no controle da empresa. Em suma, o objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio. Por patrimônio, entenda o conjunto de bens, direitos e obrigações da entidade. O Balanço Patrimonial (BP) é o relatório mais importante da Contabilidade, ele é fundamental para a análise da saúde da empresa, e com base nessas informações é possível tomar as decisões mais acertadas.
A contabilidade é o principal engenho que está ligado ao controle do patrimônio e suas mutações. Em contabilidade o patrimônio é o conjunto dos bens, direitos e as obrigações. É na demonstração do balanço patrimonial que a contabilidade mostra a posição patrimonial e financeira, ou seja, a saúde financeira da empresa.
Entretanto, para um bom desempenho o patrimônio das entidades e seu objetivo deve ser compreendido não somente pelo setor contábil, mas também pelos gestores/administradores, sócios e todos da organização, e assim levar a conclusão que é no controle deste patrimônio que se levará informações relevantes para seus usuários (RIBEIRO, 2009). 
Quadro 1 – Caracterização de Patrimônio 
	PATRIMÔNIO
	O QUE É
	QUAIS SÃO
	
BENS
	
São os elementos que podem 
ser avaliados monetariamente 
e podem ser destinados para uso, 
troca ou venda.
	- Bens Permanentes
- Bens de Consumo
- Bens móveis
- Bens imóveis
- Bens Corpóreos (tangíveis)
- Bens incorpóreos (intangíveis)
	DIREITOS
	São os elementos que representam 
os bens que estão em poder de terceiros.
	- Contribuições a receber 
- Títulos a receber 
- Adiantamento concedido
	OBRIGAÇÕES
	É a responsabilidade de pagamento 
por bens adquiridos ou despesas 
realizadas.
	- salários a pagar 
- impostos a recolher
- fornecedor, entre outros.
Fonte: Bachtold (2011)
Assim, a contabilidade se preocupa em estudar o patrimônio, formado por bens, direitos e obrigações das organizações de modo geral. Em contabilidade o patrimônio refere-se de modo literal ao capital, essa expressão tem vários significados, os quais se caracterizam como capital social; capital próprio; capital de giro; capital total disponível da entidade, etc. 
Para lidar com o patrimônio pessoal e da empresa, de forma separada, é essencial a incorporação da teoria da completa separação do patrimônio que pertence à pessoa física do sócio e o da pessoa jurídica. Considerada uma das regras mais difíceis de seguir, é comum encontrar nas organizações, inclusive as grandes corporações recomendações de melhorias das práticas e controles relacionados com o tema.
 A contabilidade é a ferramenta que colabora para que a atuação entre as diferenças de patrimônio pessoal e da empresa seja eficaz para os sócios da organização, entre os pontos que são de responsabilidades da contabilidade em explicitar para seus clientes, sobre as diferenças entre patrimônio são: remuneração; bens; horário de trabalho; transações; contratação; compras e vendas e caixa dois.
É importante salientar que em suma, a empresa não é um bem único e exclusivo do seu dono, que deve favorecer apenas aos seus interesses. Uma empresa é da sociedade, da comunidade onde está inserida e principalmente dos seus funcionários. Todos são interdependentes dela e, tomar atitudes descabidas pode colocar sua própria existência em risco, ou seja, a saúde financeira.
Assim, é de extrema importância saber separar as finanças dos dois mundos para não prejudicar o fluxo de caixa, é indicado fazer um controle financeiro por meio de relatórios frequentes.Sabe-se que a empresa deve gerir por conta própria após alguns anos, logo, é essencial que o empresário tenha paciência para investir e esperar o retorno do investimento.
CONTROLE FINANCEIRO
Nos dias atuais as organizações vivem num mundo muito competitivo, com novos desafios a cada dia, necessitando intensamente por informações para tomar decisões corretas como, novos investimentos, cálculos de custo, e outros pertinentes a saúde financeira das empresas. É através dos indicadores econômico-financeiros, que servem para reforçar e embasar a tomada de decisão, que a contabilidade busca garantir a continuidade das atividades da empresa.
A contabilidade através de números econômicos e financeiros traz informações relevantes, para que o empresário possa ter dados importantes para mudar os setores da empresa que não estão dando retorno financeiro para a mesma. A contabilidade dispõe de diversas ferramentas que auxiliam na boa gestão, ferramentas como a contabilidade financeira e a contabilidade gerencial.
A contabilidade financeira, ou controle financeiro de uma empresa é uma das áreas mais importantes, pois é a partir dele que se pode ter exatamente o montante de desembolsos e recebimentos, como um instrumento de informação que através das avaliações e análises dos dados constantes nas demonstrações financeiras, ajuda o administrador de uma empresa nas tomadas de decisões.
Atkinson et al. (2000, p. 37) destaca que, 
Contabilidade Financeira lida com a elaboração e a comunicação de informações econômicas de uma empresa dirigidas a uma clientela externa: acionistas, credores (bancos, debenturistas e fornecedores), entidades reguladoras e autoridades governamentais tributárias. A informação contábil financeira comunica aos agentes externos as consequências das decisões e das melhorias dos processos executadas por administradores e funcionários.
É por meio da contabilidade e a administração financeira, que é realizado o controle financeiro de uma empresa, integrando as políticas que tem por objetivo o estudo da situação econômica da empresa, visando à manutenção da integridade da organização no mercado. Uma gestão através do controle financeiro constitui-se uma atividade vital para a manutenção do negócio.
É com o controle financeiro que se tem a prática de registrar, analisar e planejar o fluxo de receitas e despesas. Segundo Oliveira (2013, p. 12) “mantendo a liquidez, os compromissos assumidos com terceiros são honrados em dia, além de ampliar seus lucros sobre investimentos”.
Assim, o gerenciamento financeiro das empresas exige ferramentas que proporcionem resultados eficientes, indicando onde, quando e quanto investir. Dentre as opções de planejamento do controle financeiro tem-se o controle de caixa – fluxo de caixa, este que tem como principal objetivo dar apoio ao processo decisório exercendo papel essencial para o controle financeiro e estratégico das empresas. 
Para Pinches (1990) “o Fluxo de Caixa é usado no gerenciamento financeiro porque ele é teoricamente correto, ‘inambíguo’ e essencial para a ‘saúde’ financeira da empresa”. O Fluxo de Caixa consiste na representação dinâmica da situação financeira de uma empresa, considerando todas as fontes de recursos e todas as aplicações.
Em síntese o Fluxo de Caixa demonstra a modificação no nível do estoque do Capital Caixa, e é uma das mais importantes ferramentas de análise da circulação do dinheiro na empresa, e podem se apresentar em modelos de controle de caixa diário, semanal e mensal, como demonstrados nos exemplos abaixo:
Quadro 2 – Fluxo de caixa diário
	CAIXA
	
	Saldo anterior
	
	
	
	Entradas
	
	
	
	Saídas
	
	
	
	Saldo atual
	
	
	
	Conferência
	
	
	
	DATA 
	DISCRIMINAÇÃO
	ENTRADA
	SAÍDA
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Quadro 3 – Fluxo de caixa semanal
	ITENS
	DEMONSTRAÇÃO SEMANAL
	
	1º semana
	2º semana
	3º semana
	4º semana
	TOTAL
	
	
	
	
	
	
	1. INGRESSOS
	
	
	
	
	
	Vendas a vista (dinheiro e cheque)
	
	
	
	
	
	Vendas a prazo (crediário)
	
	
	
	
	
	Recebimento com cartão
	
	
	
	
	
	Recebimento de atrasados 
	
	
	
	
	
	Receitas Financeiras
	
	
	
	
	
	2. DESEMBOLSOS
	
	
	
	
	
	Compras a vista
	
	
	
	
	
	Fornecedores
	
	
	
	
	
	Salários
	
	
	
	
	
	Pró-labore
	
	
	
	
	
	Despesas administrativas
	
	
	
	
	
	Despesas com vendas
	
	
	
	
	
	Despesas financeiras
	
	
	
	
	
	Despesas tributárias
	
	
	
	
	
	Compras diversas
	
	
	
	
	
	Compra de ativos
	
	
	
	
	
	3. DIFERENÇA DO PERÍODO (1 -2)
	
	
	
	
	
	4. SALDO INICIAL DE CAIXA
	
	
	
	
	
	5. DISPONIBILIDADE ACUMULADA (+/-3 – 4)
	
	
	
	
	
	6. SALDO FINAL DE CAIXA
	
	
	
	
	
Quadro 4 – Fluxo de caixa mensal
	ITENS
	JANEIRO
	FEVEREIRO
	...
	DEZEMBRO
	TOTAL
	
	P
	R
	D
	P
	R
	D
	P
	R
	D
	P
	R
	D
	P
	R
	D
	1. INGRESSOS
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Vendas a vista
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Cobranças em carteira
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Cobranças bancárias
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Desconto de duplicatas
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Vendas do item do ativo 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Alugueis recebidos
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Aumento do Capital social
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Receitas Financeiras
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	SOMA
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	2. DESEMBOLSOS
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Compras a vista
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Fornecedores
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Salários
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Compras de itens do ativo
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Energia elétrica
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Telefone
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Manutenção de máquinas
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Despesas com vendas
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Despesas tributárias
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Despesas financeiras
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	OUTROS
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	SOMA
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	3. DIFERENÇA DO PERÍODO 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	4. SALDO INICIAL DE CAIXA
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	5. DISPONIBILIDADE ACUMULADA
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	6. Nível desejado de caixa
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	7. Empréstimos a captar
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	8. Aplicações no mercado financeiro
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	9. Amortizações
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	10. Resgates
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	11. Saldo final de caixa
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Observação: P = projetado, R = realizado, D = defasagem.
A principal finalidade do controle de caixa é verificar se não existem erros de registros ou desvios de recursos. O controle financeiro de uma organização é de grande importância para o gestor, pois é com ele que será possível se prevenir, e tomar decisões sobre as principais funções e providências que a empresa deve tomar em relação às finanças. 
É com a gestão do controle financeiro, que se compreende todo o conjunto de ações e procedimentos administrativos que envolvem o planejamento, a análise e o controle das atividades financeiras da empresa. O principal objetivo da gestão financeira é a busca incansável na melhora dos resultados apresentados pela empresa e aumentar a lucratividade líquida proveniente das atividades operacionais (RIBEIRO, 2011).
Tipo societário
O microempreendedor individual (MEI) tem uma grande importância no cenário econômico brasileiro. Com menos burocracia e um regime tributário adequado, a Lei Complementar n.º 128/08 criou a figura do Microempreendedor Individual que fez com que diversas atividades que tinham dificuldades de se formalizar como empresas no sistema legal tradicional, passassem a ser facilmente regularizadas, conforme se explica no Art. 966 da Lei Complementar 128/2008:
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa(LEI COMPLEMENTAR 128/2008).
 
Por meio dessa legislação, diversos pequenos negócios podem contar com um CNPJ, emitir notas e terem acesso aos benefícios da Previdência Social. O MEI deve atender além de se adequar a realização de determinadas atividades previstas na lei, para se estabelecer tem alguns pré-requisitos que são: empresa individual (sem sócios), receita bruta para o exercício/ano é de até R$ 81 mil, ter um empregado contratado que receba um salário mínimo ou piso da categoria, o proprietário não poderá contar com nenhuma participação em outra empresa, seja como sócio, seja como titular. E, por fim, para se tornar MEI é necessário optar pelo regime tributário do SIMPLES Nacional.
Por meio do SIMPLES, o Microempreendedor Individual é isento de pagar tributos federais tais como Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, PIS, Cofins, IPI e CSLL. Com o encerramento das atividades, a necessidade de contratação de mais funcionários e o aumento do faturamento, e até a entrada de um sócio há um desenquadramento da personificação jurídica, onde o MEI deve se transformar em microempresa (BRASIL, 2013). 
Na atual legislação, microempresa (ME) é a sociedade empresária, a sociedade simples. Considera-se Microempresa, para efeito do Simples, a pessoa jurídica que tenha auferido, em cada ano-calendário imediatamente anterior ou no ano-calendário em curso, receita bruta inferior a 360.000,00 (trezentos e sessenta mil) reais.
A mudança do tipo societário no caso estudado da PTI ocorreu principalmente, pela entrada do novo sócio. Mas são vários os motivos que podem levar a transformação do MEI em microempresa, seja por opção própria do empreendedor, ou por comunicação obrigatória, nos seguintes casos: 
• Faturamento bruto acima do limite anual (R$ 81 mil) 
• Contratação de mais de um funcionário 
• Entrada de um sócio na empresa 
• Abertura de filial ou outra empresa em nome do empresário 
• Exercer novas atividades vedadas ao MEI 
Se uma empresa se desenquadrar por opção própria, ou porque seu faturamento ultrapassou em até 20% o limite anual, seu pedido terá efeito a partir de 1º de janeiro do seguinte, salvo quando a comunicação for feita no mês de janeiro. Neste caso os efeitos se darão no mesmo ano.
A forma tributária para o MEI é feito por meio do recolhimento mensalmente, através do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), ou seja, a carga tributária do MEI é feito através de impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais. Já o cálculo do simples nacional para efeito de determinação da alíquota do ME, o sujeito passivo utilizará a receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração.
Quadro 5 – Valor do imposto do Simples Nacional 2020
	Receita Bruta total em 12 meses
	Alíquota
	Quanto descontar do valor recebido
	Até R$ 180.000,00
	4,5%
	0 
	De R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00
	9%
	R$ 8.100,00
	De R$ 360.000,01 a R$ 720.000,00
	10,2%
	R$ 12.420,00
	De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000,00
	14,%
	R4 39.780,00
Conflitos
Dentro de um ambiente organizacional por mais equilibrado que ele esteja existe muitos conflitos, e trabalhar em um ambiente empresarial formado por componentes de uma mesma família podem gerar conflitos entre as partes. Além disto, existe dentro do próprio ambiente empresarial um volume muito grande de transformações que aquece os ânimos, onde a acirrada competitividade exige muito do ambiente interno, e do clima organizacional. 
Segundo o Dicionário Michaelis Online, conflito é definido como a “falta de entendimento grave ou oposição violenta entre duas ou mais partes”. Considerando o ambiente de negócios, conflito pode ser entendido como qualquer desacordo que rompe o fluxo de trabalho e esta é a definição de interessepara o presente estudo.
É neste cenário que os conflitos ganham cada vez mais destaque, e a empresa precisa estar preparada para geri-los. Os conflitos surgem então como desacordos e embates, entre administração e funcionários, entre sócios, entre colaboradores e clientes, etc.
Várias pesquisas apresentam o conflito como o desacordo que conduz a uma luta de poder. O conflito se instala quando há divergência de ideias, quando o papel por desempenhar choca-se com os princípios de outras pessoas. É impossível eliminar os conflitos: eles fazem parte da condição humana. “O homem conflita consigo mesmo, procurando superar-se”. (GALO4 , 2005, p. 3).
O que se entende é que conflito é o resultado das desigualdades existentes entre as pessoas que são desiguais e as organizações que também são desiguais entre si. Logo, quando se instala um conflito em uma organização e isso quando é na administração é necessária uma intervenção por meio da Gestão do Conflito Organizacional. 
Essa gestão deve receber todo aparato de sua contabilidade, visto que a análise da gestão de conflitos é um ponto crucial na administração de qualquer instituição. Em uma análise inicial a competência na administração de conflitos depende da identificação dos motivos que os geraram.
A contabilidade deverá então, reunir um conjunto de processos, medidas e ações estratégicas que terá como finalidade estabelecer um ambiente de trabalho mais harmonioso e saudável, dentre as medidas que poderão ser aplicadas estão: eliminação das falhas de comunicação; disseminar a importância da empatia; compreender o conflito a fundo para resolvê-lo; esclarecendo as posições; e enfim, a negociação.
Na gestão de conflito é de extrema importância que, tanto contador quanto empresário conheçam muito bem seus papéis e dessa forma trabalhem em conjunto para uma melhor administração empresarial. Deve-se primeiramente que o contador esteja atento à legislação, impostos e informações cruciais que garantirão que o seu cliente esteja totalmente dentro da lei, não lhe trazendo problemas futuros. 
Apesar de todas as profissões, sem exceção, exigirem a ética profissional, a profissão contábil é talvez a que exija mais. Assim, a ética deve ser o objeto do presente nesta ação, pois diz respeito a um grupo considerado minorias, e que sofrem muitas discriminações em seu dia a dia, assim é indispensável, e mais precisamente que a ética do profissional contábil seja imparcial, visto que ele faz a ligação entre a fiscalização, o contribuinte e a sociedade.
Conflitos
Grande parte dos desentendimentos entre sócios brotam do desalinhamento de objetivos e de valores empresariais que cada sócio imputa em relação à sociedade. No caso apresentado na PTI pode-se considerar que a origem do conflito entre os sócios, é conflito de sistema, que representa conflitos em um mesmo nível hierárquico na perspectiva horizontal, e se espelham em duas dimensões, a de percepção e a de ação. Sobre essas dimensões, Faria (2006) explica:
Percepção: quando você percebe que suas necessidades, desejos ou interesses tornam-se incompatíveis pela presença ou atitude de uma outra pessoa;
Ação: quando você torna explícito para a outra parte, ou outras partes, as suas percepções, os seus sentimentos ou age no sentido de ter uma sua necessidade satisfeita, mas essa sua ação interfere na satisfação de necessidades de outras pessoas.
Salienta-se ainda que no caso apresentado o conflito está associado à presença de três distintas naturezas: tempo, tensão e comportamento. Nesse quesito, podemos dizer que o conflito, ou o seu motivo ocorreu por motivo de interesse, os conflitos ditos “de interesse”, são aqueles que têm como resultado a disputa de interesses inconciliáveis inscritos na estrutura social e que invadem a organização (FARIAS et al., 2014).
Para a organização, no entanto, o importante é perceber o conflito e administrá-lo. Uma forma eficiente de evitar ou solucionar impasses societários é a com planejamento e administração com atribuições deliberativas dentro da estrutura de gestão das sociedades. A gestão desses conflitos, não é senão, através de organização, liderança e controle das pessoas que constituem a organização, as tarefas e atividades por estes realizadas. Entretanto, compreender qual estilobásico de abordar conflitos é difícil, pois ter uma única dimensão e um único modo de resolução é complexo. 
Existem várias possibilidades de lidar com os conflitos, acredito que a conduta para resolver de melhor modo o conflito existente seria o conciliatório ou amistoso, ou seja, o acordo. O acordo É uma posição intermediária entre assertividade e cooperação. Esta opção seria viável para a situação apresentada na PTI porque ele é um instrumento que buscam através dos indivíduos soluções mutuamente aceitáveis, que satisfaçam parcialmente os dois lados. 
Deste modo, um lado abre mão de alguma coisa, desde que em contrapartida receba algo em troca que seja de seu interesse, este tipo de estilo é muito importante, pois quando o assunto é importante para ambas às partes este é o estilo mais indicado, sendo que se utiliza a negociação para que cheguem a um consenso e a uma solução onde todos saem a ganhar. Ou seja, um acordo significa trocar concessões, ou então procurar por uma rápida solução de meio termo.
CONCLUSÃO
As empresas necessitam estar cada vez mais informadas para acompanhar as constantes mudanças que estão ocorrendo no cenário econômico e político do país. É neste cenário que a Contabilidade ganha valor, pois ela mede os resultados da empresa, dando diretrizes para a tomada de decisões pela avaliação do desempenho dos negócios. É de extrema importância a delegação das atividades tanto internamente quando externamente, pois não basta saber um pouco de cada coisa, tem que ser um especialista, assim conseguir melhores margens e não cair em passivos desnecessários. 
Deste modo, se entende com todo o contexto abordado que a principal finalidade da contabilidade é fornecer informações aos seus usuários, onde a contabilidade adquire importância sob a tomada de decisões, mostrando a necessidade de se ter conhecimento e saber interpretar os resultados que a contabilidade nos oferece. Informações dadas pela contabilidade ajudam a todos os envolvidos no desempenho da empresa, a aperfeiçoarem os processos de desempenho da mesma e a seguir pelos melhores caminhos.
REFERÊNCIAS
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