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O empreendedorismo individual e suas implicações

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Domingos Martins/ES 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAMARGO FELIS GUEDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SISTEMA DE ENSINO 100% ONLINE 
CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
PERSPECTIVA DO CONTADOR: 
 “O empreendedorismo individual e suas implicações” 
 
Domingos Martins /ES 
2020 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PERSPECTIVA DO CONTADOR: 
 “O empreendedorismo individual e suas implicações” 
 
Trabalho Produção Textual em Grupo apresentado à 
Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, apresentado 
como requisito parcial para a obtenção de média 
bimestral na disciplina de Comportamento 
Organizacional; Contabilidade Comercial; Ética, Política 
e Sociedade; e, Teoria da Contabilidade. 
 
Orientador: Prof. Eric Ferreira dos Santos; José Adir Lins 
Machado; Ana Celi Pavão Guerchmann; Paulo 
Alexandre da Silva Pires. 
 
CAMARGO FELIS GUEDES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3 
2 DESENVOLVIMENTO ......................................................................................... 4 
2.1 CONTROLE FINANCEIRO ............................................................................... 6 
2.1.1 Tipo societário ............................................................................................... 9 
2.1.1.1 Conflitos ...................................................................................................... 11 
2.1.1.1.1 Conflitos .................................................................................................. 12 
3 CONCLUSÃO .................................................................................................... 14 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 15 
 3 
1 INTRODUÇÃO 
O curso de Ciências Contábeis a fim de aproximar o estudante de 
uma realidade hipotética da sua futura área de atuação leva o alunado através da 
disciplina de Atividades Interdisciplinares a Produção Textual Interdisciplinar 
Individual (PTI), apresentado a Universidade Pitágoras Unopar e ao referido curso, 
como requisito para obtenção da média parcial teve como temática de abordagem “o 
empreendedorismo individual e suas implicações”. 
Para desenvolver competências e habilidades pertinentes ao curso a 
produção textual realizou a proposta de um caso hipotético a partir da Situação 
Geradora de Aprendizagem (SGA), apresentado no portfólio da disciplina de 
Atividades Interdisciplinares e desenvolvido como requisito parcial do 8º semestre do 
curso de Ciências Contábeis para a obtenção de média bimestral na disciplina de 
Comportamento Organizacional; Contabilidade Comercial; Ética, Política e 
Sociedade; e, Teoria da Contabilidade. 
A orientação apresentou o caso de um personagem que ao decidir 
investir em um negócio empreendedor na produção de chocolates, bolos e café 
personalizados, estabelecendo-se inicialmente como MEI (Micro Empreendedor 
Individual) viu com as finanças apertadas e um novo gasto, o retorno financeiro ficar 
estagnada. Foi neste cenário que viu a oportunidade de se estabelecer no centro e 
expandir seu negócio, entretanto, sem capital precisou de um sócio, com 
consequente alteração do tipo societário, passando para Micro Empresa, limitada. 
Este trabalho tem como objetivo possibilitar a aprendizagem 
interdisciplinar dos conteúdos desenvolvidos nas disciplinas desse semestre. Para 
isso dividiu-se em 05 (cinco) tópicos essenciais, são eles: como a contabilidade 
auxilia na administração do patrimônio pessoal e da empresa, de forma separada; 
apresentar um modelo de controle de caixa diário, semanal e mensal, e a 
importância do controle financeiro de um negócio; justificar a mudança do tipo 
societário de MEI (Micro Empreendedor Individual) para ME (Micro Empresa); 
orientar os empresários em relação aos possíveis conflitos; e, quais as implicações e 
consequências dos conflitos que estão ocorrendo no cenário apresentado tanto para 
as pessoas. 
 
 
 4 
2 DESENVOLVIMENTO 
Com o novo contexto empresarial no início da década de 90 surgem 
entidades com aspectos de contabilidade no papel de fornecer aos gestores 
empresariais informações úteis e relevantes sobre o controle e registros para uma 
administração adquirir sucesso. Szuster et al. (2013) definem a contabilidade como 
um instrumento voltado a gestão e controle das entidades com objetivo de produzir 
informações sobre os aspectos quantitativos e qualitativos do patrimônio das 
entidades. 
A área contábil em sua definição formal é conceituada como “ciência 
que estuda a pratica as funções de orientação, de controle e de registro dos atos e 
fatos de uma administração econômica” (1º Congresso Brasileiro de 
Contabilidade/1924). Logo, se compreende que é a contabilidade que irá fornecer 
todas essas informações, de modo prático, através das demonstrações financeiras. 
É a partir da contabilidade que se vê a necessidade de registros 
sobre o comércio e produção de todas as organizações, é por meio dela que as 
empresas sabem o valor de seus ativos, passivos, receitas, despesas, a 
rentabilidade e lucratividade do negócio, produtividade da mão de obra. Segundo 
explicam Troian et al. (2014) essas operações são de responsabilidade do 
departamento fiscal e contábil, sendo deles o papel de comunicação e os 
esclarecimentos das dúvidas sobre o patrimônio. 
A contabilidade é a fonte mais completa para o auxílio no controle da 
empresa. Em suma, o objeto de estudo da contabilidade é o patrimônio. Por 
patrimônio, entenda o conjunto de bens, direitos e obrigações da entidade. O 
Balanço Patrimonial (BP) é o relatório mais importante da Contabilidade, ele é 
fundamental para a análise da saúde da empresa, e com base nessas informações é 
possível tomar as decisões mais acertadas. 
A contabilidade é o principal engenho que está ligado ao controle do 
patrimônio e suas mutações. Em contabilidade o patrimônio é o conjunto dos bens, 
direitos e as obrigações. É na demonstração do balanço patrimonial que a 
contabilidade mostra a posição patrimonial e financeira, ou seja, a saúde financeira 
da empresa. 
Entretanto, para um bom desempenho o patrimônio das entidades e 
seu objetivo deve ser compreendido não somente pelo setor contábil, mas também 
 5 
pelos gestores/administradores, sócios e todos da organização, e assim levar a 
conclusão que é no controle deste patrimônio que se levará informações relevantes 
para seus usuários (RIBEIRO, 2009). 
Quadro 1 – Caracterização de Patrimônio 
PATRIMÔNIO O QUE É QUAIS SÃO 
 
BENS 
 
 
São os elementos que podem 
ser avaliados monetariamente 
e podem ser destinados para uso, 
troca ou venda. 
- Bens Permanentes 
- Bens de Consumo 
- Bens móveis 
- Bens imóveis 
- Bens Corpóreos 
(tangíveis) 
- Bens incorpóreos 
(intangíveis) 
DIREITOS 
São os elementos que representam 
os bens que estão em poder de 
terceiros. 
- Contribuições a receber 
- Títulos a receber 
- Adiantamento concedido 
OBRIGAÇÕES 
É a responsabilidade de pagamento 
por bens adquiridos ou despesas 
realizadas. 
- salários a pagar 
- impostos a recolher 
- fornecedor, entre outros. 
Fonte: Bachtold (2011) 
 
Assim, a contabilidade se preocupa em estudar o patrimônio, 
formado por bens, direitos e obrigações das organizações de modo geral. Em 
contabilidade o patrimônio refere-se de modo literal ao capital, essa expressão tem 
vários significados, os quais se caracterizam como capital social; capital próprio; 
capital de giro; capital total disponível da entidade, etc. 
Para lidar com o patrimônio pessoal e da empresa, de forma 
separada, é essencial a incorporação da teoria da completa separação do 
patrimônio que pertence à pessoa física do sócio e o da pessoa jurídica. 
Considerada umadas regras mais difíceis de seguir, é comum encontrar nas 
organizações, inclusive as grandes corporações recomendações de melhorias das 
práticas e controles relacionados com o tema. 
 A contabilidade é a ferramenta que colabora para que a atuação 
entre as diferenças de patrimônio pessoal e da empresa seja eficaz para os sócios 
da organização, entre os pontos que são de responsabilidades da contabilidade em 
explicitar para seus clientes, sobre as diferenças entre patrimônio são: remuneração; 
bens; horário de trabalho; transações; contratação; compras e vendas e caixa dois. 
É importante salientar que em suma, a empresa não é um bem único 
e exclusivo do seu dono, que deve favorecer apenas aos seus interesses. Uma 
 6 
empresa é da sociedade, da comunidade onde está inserida e principalmente dos 
seus funcionários. Todos são interdependentes dela e, tomar atitudes descabidas 
pode colocar sua própria existência em risco, ou seja, a saúde financeira. 
Assim, é de extrema importância saber separar as finanças dos dois 
mundos para não prejudicar o fluxo de caixa, é indicado fazer um controle financeiro 
por meio de relatórios frequentes. Sabe-se que a empresa deve gerir por conta 
própria após alguns anos, logo, é essencial que o empresário tenha paciência para 
investir e esperar o retorno do investimento. 
2.1 CONTROLE FINANCEIRO 
Nos dias atuais as organizações vivem num mundo muito 
competitivo, com novos desafios a cada dia, necessitando intensamente por 
informações para tomar decisões corretas como, novos investimentos, cálculos de 
custo, e outros pertinentes a saúde financeira das empresas. É através dos 
indicadores econômico-financeiros, que servem para reforçar e embasar a tomada 
de decisão, que a contabilidade busca garantir a continuidade das atividades da 
empresa. 
A contabilidade através de números econômicos e financeiros traz 
informações relevantes, para que o empresário possa ter dados importantes para 
mudar os setores da empresa que não estão dando retorno financeiro para a 
mesma. A contabilidade dispõe de diversas ferramentas que auxiliam na boa gestão, 
ferramentas como a contabilidade financeira e a contabilidade gerencial. 
A contabilidade financeira, ou controle financeiro de uma empresa é 
uma das áreas mais importantes, pois é a partir dele que se pode ter exatamente o 
montante de desembolsos e recebimentos, como um instrumento de informação que 
através das avaliações e análises dos dados constantes nas demonstrações 
financeiras, ajuda o administrador de uma empresa nas tomadas de decisões. 
Atkinson et al. (2000, p. 37) destaca que, 
 
Contabilidade Financeira lida com a elaboração e a comunicação de 
informações econômicas de uma empresa dirigidas a uma clientela externa: 
acionistas, credores (bancos, debenturistas e fornecedores), entidades 
reguladoras e autoridades governamentais tributárias. A informação contábil 
financeira comunica aos agentes externos as consequências das decisões e 
das melhorias dos processos executadas por administradores e 
funcionários. 
 7 
 
É por meio da contabilidade e a administração financeira, que é 
realizado o controle financeiro de uma empresa, integrando as políticas que tem por 
objetivo o estudo da situação econômica da empresa, visando à manutenção da 
integridade da organização no mercado. Uma gestão através do controle financeiro 
constitui-se uma atividade vital para a manutenção do negócio. 
É com o controle financeiro que se tem a prática de registrar, 
analisar e planejar o fluxo de receitas e despesas. Segundo Oliveira (2013, p. 12) 
“mantendo a liquidez, os compromissos assumidos com terceiros são honrados em 
dia, além de ampliar seus lucros sobre investimentos”. 
Assim, o gerenciamento financeiro das empresas exige ferramentas 
que proporcionem resultados eficientes, indicando onde, quando e quanto investir. 
Dentre as opções de planejamento do controle financeiro tem-se o controle de caixa 
– fluxo de caixa, este que tem como principal objetivo dar apoio ao processo 
decisório exercendo papel essencial para o controle financeiro e estratégico das 
empresas. 
Para Pinches (1990) “o Fluxo de Caixa é usado no gerenciamento 
financeiro porque ele é teoricamente correto, ‘inambíguo’ e essencial para a ‘saúde’ 
financeira da empresa”. O Fluxo de Caixa consiste na representação dinâmica da 
situação financeira de uma empresa, considerando todas as fontes de recursos e 
todas as aplicações. 
Em síntese o Fluxo de Caixa demonstra a modificação no nível do 
estoque do Capital Caixa, e é uma das mais importantes ferramentas de análise da 
circulação do dinheiro na empresa, e podem se apresentar em modelos de controle 
de caixa diário, semanal e mensal, como demonstrados nos exemplos abaixo: 
Quadro 2 – Fluxo de caixa diário 
CAIXA 
 Saldo anterior 
Entradas 
Saídas 
Saldo atual 
Conferência 
 
DATA DISCRIMINAÇÃO ENTRADA SAÍDA 
 
 
 
 
 
 8 
Quadro 3 – Fluxo de caixa semanal 
ITENS DEMONSTRAÇÃO SEMANAL 
 1º semana 2º semana 3º semana 4º semana TOTAL 
 
1. INGRESSOS 
Vendas a vista (dinheiro e cheque) 
Vendas a prazo (crediário) 
Recebimento com cartão 
Recebimento de atrasados 
Receitas Financeiras 
2. DESEMBOLSOS 
Compras a vista 
Fornecedores 
Salários 
Pró-labore 
Despesas administrativas 
Despesas com vendas 
Despesas financeiras 
Despesas tributárias 
Compras diversas 
Compra de ativos 
3. DIFERENÇA DO PERÍODO (1 -2) 
4. SALDO INICIAL DE CAIXA 
5. DISPONIBILIDADE ACUMULADA (+/-3 – 4) 
6. SALDO FINAL DE CAIXA 
 
Quadro 4 – Fluxo de caixa mensal 
ITENS 
JANEIRO FEVEREIRO ... DEZEMBRO TOTAL 
P R D P R D P R D P R D P R D 
1. INGRESSOS 
Vendas a vista 
Cobranças em carteira 
Cobranças bancárias 
Desconto de duplicatas 
Vendas do item do ativo 
Alugueis recebidos 
Aumento do Capital social 
Receitas Financeiras 
SOMA 
2. DESEMBOLSOS 
Compras a vista 
Fornecedores 
Salários 
Compras de itens do ativo 
Energia elétrica 
Telefone 
Manutenção de máquinas 
Despesas com vendas 
Despesas tributárias 
Despesas financeiras 
OUTROS 
SOMA 
3. DIFERENÇA DO PERÍODO 
4. SALDO INICIAL DE CAIXA 
5. DISPONIBILIDADE ACUMULADA 
 9 
6. Nível desejado de caixa 
7. Empréstimos a captar 
8. Aplicações no mercado financeiro 
9. Amortizações 
10. Resgates 
11. Saldo final de caixa 
Observação: P = projetado, R = realizado, D = defasagem. 
A principal finalidade do controle de caixa é verificar se não existem 
erros de registros ou desvios de recursos. O controle financeiro de uma organização 
é de grande importância para o gestor, pois é com ele que será possível se prevenir, 
e tomar decisões sobre as principais funções e providências que a empresa deve 
tomar em relação às finanças. 
É com a gestão do controle financeiro, que se compreende todo o 
conjunto de ações e procedimentos administrativos que envolvem o planejamento, a 
análise e o controle das atividades financeiras da empresa. O principal objetivo da 
gestão financeira é a busca incansável na melhora dos resultados apresentados 
pela empresa e aumentar a lucratividade líquida proveniente das atividades 
operacionais (RIBEIRO, 2011). 
2.1.1 Tipo societário 
O microempreendedor individual (MEI) tem uma grande importância 
no cenário econômico brasileiro. Com menos burocracia e um regime tributário 
adequado,a Lei Complementar n.º 128/08 criou a figura do Microempreendedor 
Individual que fez com que diversas atividades que tinham dificuldades de se 
formalizar como empresas no sistema legal tradicional, passassem a ser facilmente 
regularizadas, conforme se explica no Art. 966 da Lei Complementar 128/2008: 
 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade 
econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de 
serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão 
intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso 
de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir 
elemento de empresa (LEI COMPLEMENTAR 128/2008). 
 
Por meio dessa legislação, diversos pequenos negócios podem 
contar com um CNPJ, emitir notas e terem acesso aos benefícios da Previdência 
Social. O MEI deve atender além de se adequar a realização de determinadas 
atividades previstas na lei, para se estabelecer tem alguns pré-requisitos que são: 
 10 
empresa individual (sem sócios), receita bruta para o exercício/ano é de até R$ 81 
mil, ter um empregado contratado que receba um salário mínimo ou piso da 
categoria, o proprietário não poderá contar com nenhuma participação em outra 
empresa, seja como sócio, seja como titular. E, por fim, para se tornar MEI é 
necessário optar pelo regime tributário do SIMPLES Nacional. 
Por meio do SIMPLES, o Microempreendedor Individual é isento de 
pagar tributos federais tais como Imposto de Renda de Pessoa Jurídica, PIS, Cofins, 
IPI e CSLL. Com o encerramento das atividades, a necessidade de contratação de 
mais funcionários e o aumento do faturamento, e até a entrada de um sócio há um 
desenquadramento da personificação jurídica, onde o MEI deve se transformar em 
microempresa (BRASIL, 2013). 
Na atual legislação, microempresa (ME) é a sociedade empresária, a 
sociedade simples. Considera-se Microempresa, para efeito do Simples, a pessoa 
jurídica que tenha auferido, em cada ano-calendário imediatamente anterior ou no 
ano-calendário em curso, receita bruta inferior a 360.000,00 (trezentos e sessenta 
mil) reais. 
A mudança do tipo societário no caso estudado da PTI ocorreu 
principalmente, pela entrada do novo sócio. Mas são vários os motivos que podem 
levar a transformação do MEI em microempresa, seja por opção própria do 
empreendedor, ou por comunicação obrigatória, nos seguintes casos: 
• Faturamento bruto acima do limite anual (R$ 81 mil) 
• Contratação de mais de um funcionário 
• Entrada de um sócio na empresa 
• Abertura de filial ou outra empresa em nome do empresário 
• Exercer novas atividades vedadas ao MEI 
Se uma empresa se desenquadrar por opção própria, ou porque seu 
faturamento ultrapassou em até 20% o limite anual, seu pedido terá efeito a partir de 
1º de janeiro do seguinte, salvo quando a comunicação for feita no mês de janeiro. 
Neste caso os efeitos se darão no mesmo ano. 
A forma tributária para o MEI é feito por meio do recolhimento 
mensalmente, através do DAS (Documento de Arrecadação do Simples Nacional), 
ou seja, a carga tributária do MEI é feito através de impostos e contribuições 
abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais. Já o cálculo do simples 
nacional para efeito de determinação da alíquota do ME, o sujeito passivo utilizará a 
 11 
receita bruta acumulada nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração. 
Quadro 5 – Valor do imposto do Simples Nacional 2020 
Receita Bruta total em 12 meses Alíquota Quanto descontar do valor recebido 
Até R$ 180.000,00 4,5% 0 
De R$ 180.000,01 a R$ 360.000,00 9% R$ 8.100,00 
De R$ 360.000,01 a R$ 720.000,00 10,2% R$ 12.420,00 
De R$ 720.000,01 a R$ 1.800.000,00 14,% R4 39.780,00 
2.1.1.1 Conflitos 
Dentro de um ambiente organizacional por mais equilibrado que ele 
esteja existe muitos conflitos, e trabalhar em um ambiente empresarial formado por 
componentes de uma mesma família podem gerar conflitos entre as partes. Além 
disto, existe dentro do próprio ambiente empresarial um volume muito grande de 
transformações que aquece os ânimos, onde a acirrada competitividade exige muito 
do ambiente interno, e do clima organizacional. 
Segundo o Dicionário Michaelis Online, conflito é definido como a 
“falta de entendimento grave ou oposição violenta entre duas ou mais partes”. 
Considerando o ambiente de negócios, conflito pode ser entendido como qualquer 
desacordo que rompe o fluxo de trabalho e esta é a definição de interessepara o 
presente estudo. 
É neste cenário que os conflitos ganham cada vez mais destaque, e 
a empresa precisa estar preparada para geri-los. Os conflitos surgem então como 
desacordos e embates, entre administração e funcionários, entre sócios, entre 
colaboradores e clientes, etc. 
 
Várias pesquisas apresentam o conflito como o desacordo que conduz a 
uma luta de poder. O conflito se instala quando há divergência de ideias, 
quando o papel por desempenhar choca-se com os princípios de outras 
pessoas. É impossível eliminar os conflitos: eles fazem parte da condição 
humana. “O homem conflita consigo mesmo, procurando superar-se”. 
(GALO4 , 2005, p. 3). 
 
O que se entende é que conflito é o resultado das desigualdades 
existentes entre as pessoas que são desiguais e as organizações que também são 
desiguais entre si. Logo, quando se instala um conflito em uma organização e isso 
quando é na administração é necessária uma intervenção por meio da Gestão do 
Conflito Organizacional. 
Essa gestão deve receber todo aparato de sua contabilidade, visto 
 12 
que a análise da gestão de conflitos é um ponto crucial na administração de 
qualquer instituição. Em uma análise inicial a competência na administração de 
conflitos depende da identificação dos motivos que os geraram. 
A contabilidade deverá então, reunir um conjunto de processos, 
medidas e ações estratégicas que terá como finalidade estabelecer um ambiente de 
trabalho mais harmonioso e saudável, dentre as medidas que poderão ser aplicadas 
estão: eliminação das falhas de comunicação; disseminar a importância da empatia; 
compreender o conflito a fundo para resolvê-lo; esclarecendo as posições; e enfim, a 
negociação. 
Na gestão de conflito é de extrema importância que, tanto contador 
quanto empresário conheçam muito bem seus papéis e dessa forma trabalhem em 
conjunto para uma melhor administração empresarial. Deve-se primeiramente que o 
contador esteja atento à legislação, impostos e informações cruciais que garantirão 
que o seu cliente esteja totalmente dentro da lei, não lhe trazendo problemas 
futuros. 
Apesar de todas as profissões, sem exceção, exigirem a ética 
profissional, a profissão contábil é talvez a que exija mais. Assim, a ética deve ser o 
objeto do presente nesta ação, pois diz respeito a um grupo considerado minorias, e 
que sofrem muitas discriminações em seu dia a dia, assim é indispensável, e mais 
precisamente que a ética do profissional contábil seja imparcial, visto que ele faz a 
ligação entre a fiscalização, o contribuinte e a sociedade. 
2.1.1.1.1 Conflitos 
Grande parte dos desentendimentos entre sócios brotam do 
desalinhamento de objetivos e de valores empresariais que cada sócio imputa em 
relação à sociedade. No caso apresentado na PTI pode-se considerar que a origem 
do conflito entre os sócios, é conflito de sistema, que representa conflitos em um 
mesmo nível hierárquico na perspectiva horizontal, e se espelham em duas 
dimensões, a de percepção e a de ação. Sobre essas dimensões, Faria (2006) 
explica: 
 
Percepção: quando você percebe que suas necessidades, desejos ou 
interesses tornam-se incompatíveis pela presença ou atitude de uma outra 
pessoa; 
 13 
Ação: quando você torna explícito para a outra parte, ou outras partes, as 
suas percepções, os seus sentimentos ou age no sentido de ter uma sua 
necessidade satisfeita, mas essasua ação interfere na satisfação de 
necessidades de outras pessoas. 
 
Salienta-se ainda que no caso apresentado o conflito está 
associado à presença de três distintas naturezas: tempo, tensão e comportamento. 
Nesse quesito, podemos dizer que o conflito, ou o seu motivo ocorreu por motivo de 
interesse, os conflitos ditos “de interesse”, são aqueles que têm como resultado a 
disputa de interesses inconciliáveis inscritos na estrutura social e que invadem a 
organização (FARIAS et al., 2014). 
Para a organização, no entanto, o importante é perceber o conflito e 
administrá-lo. Uma forma eficiente de evitar ou solucionar impasses societários é a 
com planejamento e administração com atribuições deliberativas dentro da estrutura 
de gestão das sociedades. A gestão desses conflitos, não é senão, através de 
organização, liderança e controle das pessoas que constituem a organização, as 
tarefas e atividades por estes realizadas. Entretanto, compreender qual estilo básico 
de abordar conflitos é difícil, pois ter uma única dimensão e um único modo de 
resolução é complexo. 
Existem várias possibilidades de lidar com os conflitos, acredito que 
a conduta para resolver de melhor modo o conflito existente seria o conciliatório ou 
amistoso, ou seja, o acordo. O acordo É uma posição intermediária entre 
assertividade e cooperação. Esta opção seria viável para a situação apresentada na 
PTI porque ele é um instrumento que buscam através dos indivíduos soluções 
mutuamente aceitáveis, que satisfaçam parcialmente os dois lados. 
Deste modo, um lado abre mão de alguma coisa, desde que em 
contrapartida receba algo em troca que seja de seu interesse, este tipo de estilo é 
muito importante, pois quando o assunto é importante para ambas às partes este é o 
estilo mais indicado, sendo que se utiliza a negociação para que cheguem a um 
consenso e a uma solução onde todos saem a ganhar. Ou seja, um acordo significa 
trocar concessões, ou então procurar por uma rápida solução de meio termo. 
 
https://www.alento.pt/servicos/formacao/NEGOCIACAO
 14 
3 CONCLUSÃO 
As empresas necessitam estar cada vez mais informadas para 
acompanhar as constantes mudanças que estão ocorrendo no cenário econômico e 
político do país. É neste cenário que a Contabilidade ganha valor, pois ela mede os 
resultados da empresa, dando diretrizes para a tomada de decisões pela avaliação 
do desempenho dos negócios. É de extrema importância a delegação das atividades 
tanto internamente quando externamente, pois não basta saber um pouco de cada 
coisa, tem que ser um especialista, assim conseguir melhores margens e não cair 
em passivos desnecessários. 
Deste modo, se entende com todo o contexto abordado que a 
principal finalidade da contabilidade é fornecer informações aos seus usuários, onde 
a contabilidade adquire importância sob a tomada de decisões, mostrando a 
necessidade de se ter conhecimento e saber interpretar os resultados que a 
contabilidade nos oferece. Informações dadas pela contabilidade ajudam a todos os 
envolvidos no desempenho da empresa, a aperfeiçoarem os processos de 
desempenho da mesma e a seguir pelos melhores caminhos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 15 
REFERÊNCIAS 
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em: <http://merkatus.com.br/11_artigos/49.htm>. Acesso em: 16 de Abril 2020. 
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organização do setor de vestuário. X Congresso Nacional de Excelência em 
Gestão. 08 e 09 de agosto de 2014. 
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Campos Oliveira; organização, Viviane Soares da Costa, Any Myuki Wakabayashi, 
Renata Duarte Foscarini, Adriana Athouguia Sabioni. Belo Horizonte: SEBRAE/MG, 
2013. 
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2011. 43 fls. Trabalho para título de especialista em Desenvolvimento Regional no 
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RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade geral fácil. 9. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. 
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STONER, James A. F.; FREEMAN, R. Edward.Administração.5 ed. Rio de Janeiro: 
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SZUSTER Natan; CARDOSO, Ricardo Lopes; SZUSTER, Fortunée Rechtman; 
SZUSTER, Fernanda Rechtman; SZUSTER, Flávia Rechtman. Contabilidade geral: 
introdução à Contabilidade Societária. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2013. 
TELES, Liziane da Silva; SILVA, Thaís Mara Cardoso da. Fluxos de caixa: um 
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Teles; Thaís Mara Cardoso da Silva. – – Lins, 2018. 
TROIAN et al., Gebriele Regina. A importância da contabilidade nas organizações. 
XII Jornada Científica da UNIVEL “Educação, Tecnologia e Pós-Modernidade” 28 e 
28 de outubro de 2014 – UNIVEL – CPE – Cascavel-PR. 
http://merkatus.com.br/11_artigos/49.htm

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